Classificação dos seres vivos e organografia. Profa Ana Cláudia Vieira Laboratório de Farmacobotânica Faculdade de Farmácia UFRJ
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- Adelino Leão Guimarães
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1 Classificação dos seres vivos e organografia Profa Ana Cláudia Vieira Laboratório de Farmacobotânica Faculdade de Farmácia UFRJ vieira@ufrj.br
2 A CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS Pelo menos 10 milhões de diferentes tipos de organismos vivos compartilham nossa biosfera. Temos háh muito tempo buscado inquirir sobre outras criaturas, bem como trocar informações a respeito destas. Para se fazer isto, foi necessário dar nomes aos organismos. Aos organismos mais conhecidos foram dados nomes vulgares,, mas mesmo para o mais simples dos propósitos tais nomes podem ser inadequados. Algumas vezes os nomes são vagos, particularmente quando estamos trocando informações com pessoas de outras partes do mundo. Um pinheiro na Europa ou nos Estados Unidos não é o mesmo que um pinheiro na Austrália. Por estas razões, os biólogos designam os organismos com nomes em latim, que são oficialmente reconhecidos por organizações internacionais de botânicos, bacteriologistas e zoólogos.
3 A CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS Os nomes eram freqüentemente entemente aqueles que os romanos usavam; em outros casos, eram inventados novos nomes ou nomes eram colocados na forma latinizada. Estes tipos acabaram por ser chamados de gêneros,, e membros individuais destes gêneros, tais como carvalhos vermelhos ou carvalho-salgueiro, eram chamados espécies. No início, as espécies eram identificadas por frases descritivas em latim consistindo em uma a muitas palavras; estas frases eram chamadas polinômios.. A primeira palavra de um polinômios era o nome do gênero ao qual a planta pertencia. Assim, todos os carvalhos eram identificados por polinômios que começavam com a palavra Quercus,, e todas as rosas com polinômios que se iniciavam com a palavra Rosa.. Os antigos nomes latinos para estas plantas continuaram a ser utilizados para designar os gêneros
4 O SISTEMA BINOMIAL Uma simplificação no sistema de nomear os seres vivos foi feita pelo professor e naturalista sueco do século s 18 Carl Linnaeus, cuja ambição era nomear e descrever todos os tipos conhecidos de plantas, animais e minerais. Em 1753, Linnaeus publicou o trabalho em dois volumes, Species Plantarum (As Espécies das Plantas). Neste trabalho, Linnaeus usou designações polinomiais para todas as espécies de plantas como meio de descrevê-las e nomeá-las las. Ele considerava esses polinômios como nomes próprios prios para as espécies incluídas nestes volumes, mas acrescentando uma importante inovação, ele assentou os alicerces para o sistema binomial de nomenclatura - que ainda usamos hoje. Nas margens do Species Plantarum,, próximo ao nome polinomial próprio de cada espécie, Linnaeus escreveu uma única palavra que, quando combinada com o nome genérico, formava uma conveniente designação taquigráfica para cada espécie. Por exemplo, para gatária, que foi formalmente nomeada de Nepeta floribus interrupte spicatus pedunculatis (Nepeta com flores em uma espiga pedunculada ininterrupta), Linnaeus escreveu a palavra cataria (significando associando a gato ) ) na margem do texto, chamando assim a atenção para um atributo conhecido da planta. Ele e seus contemporâneos logo começaram a chamar esta espécie de Nepeta cataria,, que ainda hoje é a designação oficial.
5 O SISTEMA BINOMIAL O nome de uma espécie, como Nepeta cataria,, consiste em duas partes, a primeira das quais é o nome genérico rico. Um nome genérico pode ser escrito sozinho quando se está referindo a todo o grupo de espécies que forma aquele gênero. Se descobrir-se se que uma espécie foi colocada inicialmente em um gênero errado e deve por isso ser transferida para um outro gênero. A segunda parte do seu nome - o epíteto específico - vai junto com ela para o novo gênero. Se jáj existe neste gênero uma espécie que tem o mesmo epíteto específico, um nome alternativo deve ser encontrado. Cada espécie tem um espécime cime-tipo,, geralmente um espécime de planta seca depositado em um museu, que é designado pelo autor que originalmente nomeou esta espécie ou por um autor posterior se o autor original não tiver feito isso. O espécime cime-tipo serve como base para comparação com outros espécimes para determinar se eles seriam ou não membros da mesma espécie. Um epíteto específico não tem significado quando escrito sozinho
6 O SISTEMA BINOMIAL Nomes de gêneros ou espécies são impressos em itálico ou sublinhados quando escritos ou datilografados. Algumas espécies consistem em duas ou mais raças, as, que são chamadas de subespécies ou variedades.. Todas as subespécies ou variedades de uma espécie guardam semelhança a geral umas com as outras, mas exibem uma ou mais diferenças importantes. Como resultado destas subdivisões, embora o nome binomial seja ainda a base da classificação, o nome de algumas plantas e animais pode consistir em três partes.. Nomes de subespécies e variedades também m são escritos em itálico ou sublinhados, e as subespécies ou variedades que incluem o espécime cime-tipo da espécie repete o nome da espécie. Assim o pessegueiro é Prunus persica var.. persica,, enquanto a nectarina é Prunus persica var. nectarina.. A repetição de persica no nome do pessegueiro nos diz que o espécime cime-tipo da espécie P. persica pertence a esta variedade.
7 Categoria Reino Divisão Classe Ordem Família Gênero Espécie Modelo de Classificação Vegetal (Raven et al.1996) Nome Plantae Anthophyta Monocotyledoneae Commelinales Poaceae Zea Zea mays Descrição Organismos terrestres, que possuem clorofila a e b em seus cloroplastos e apresentam diferenciação estrutural. Plantas vasculares com sementes e flores, óvulos protegidos em um ovário; as Angiospermas. Embrião com um cotilédone; flores geralmente trímeras; muitos feixes vasculares dispersos no caule. Monocotiledôneas com fplhas fibrosas; redução e fusão de partes florais Monocotiledôneas de caule oco, com flores reduzidas; fruto é um aquênio especializado (cariopse); as gramas. Gramíneas robustas com flores estaminadas e pistiladas em inflorescências separadas; cariopse carnosa. Milho
8 Sistema de reinos Cinco reinos Monera Protista Fungi Plantae Animalia Classificação Atual Domínios Procarióticos Bacteria Archea Domínio Eucariótico Reino Fungi Reino Protista Reino Plantae Reino Animalia
9 Sistema de Engler (1954) Divisão - Bacteriophyta ; Divisão - Cyanophyta ; Divisão - Glaucophyta ; Divisão - Myxophyta ; Divisão - Euglenophyta ; Divisão - Pyrrophyta ; Divisão - Chrysophyta ; Divisão - Chlorophyta ; Divisão - Charophyta ; Divisão - Phaephyta ; Divisão - Rhodophyta ; Divisão - Fungi ; Divisão - Lichenes ; Divisão - Bryophyta ; Divisão - Pteridophyta ; Divisão - Gymnospermae ; Divisão - Angiospermae ; Classe 1 Monocotyledoneae Classe 2 Dicotyledoneae
10 Algas
11 Briófitas
12 Pteridófitas
13 Gimnospermas
14 Angiospermas
15 Organografia Semente Folha Caule Raiz
16 SISTEMAS RADICULARES CONCEITO E FUNÇÕES As raízes são os órgãos do corpo da planta especializados na fixação do vegetal no solo e absorção e condução da água e sais minerais. Outras funções desempenhadas por raízes são o armazenamento de reservas nutritivas e aeração. Morfologicamente, a raiz se distingue do caule por não apresentar nós e internós, nem gemas laterais ou folhas. Existem relativamente poucas exceções a esta regra como, por exemplo, as raízes gemíferas. DESENVOLVIMENTO INICIAL DA RAIZ Embrião. radícula, um eixo caulinar embrionário (hipocótilo-epicótilo) e uma ou duas folhas embrionárias (cotilédones). Ao germinar a semente, a radícula se distende por divisões e alongamentos celulares formando uma raiz primária com três zonas distintas, a coifa, a zona de distensão e a zona pilífera. A raiz primária pode crescer e formar ramificações: as raízes laterais ou secundárias. Estas repetem a estrutura da raiz primária.
17 SISTEMAS RADICULARES
18 SISTEMAS CAULINARES CONCEITO A organização básica de um caule consiste num eixo com nós e entrenós (ou internós); nos nós existem folhas e gemas, residindo nesses caracteres a diferença fundamental entre o caule e a raiz. A gema existente no ápice de um eixo caulinar é a gema terminal (ou apical), enquanto aquelas localizadas nas axilas das folhas (uma ou mais por axila) são denominadas gemas laterais ou axilares. As gemas podem ser nuas, mas principalmente em espécies de climas frios e temperados, são protegidas por folhas modificadas (catáfilos), que caem em condições favoráveis permitindo o desenvolvimento do meristema apical e folhinhas jovens. Uma gema ao desabrochar pode formar ramos com folhas, flores ou ambas. O caule tem como funções Suporte mecânico para folhas, flores e frutos Dispor estas partes: folhas ficam em posição adequada à recepção de luz e ar, flores em posição que facilite a polinização, frutos de modo a facilitar a dispersão das sementes Conduzir água e sais minerais das raízes para a copa e dos açúcares, aminoácidos, hormônios e outros metabólitos aí produzidos para as demais partes da planta Acumular reservas Propagação vegetativa Fotossíntese
19 TIPOS BÁSICOS DE CAULES AÉREOS
20 TIPOS BÁSICOS DE CAULES SUBTERRÂNEOS
21 Evolução das estruturas de reprodução
22 Flores e Inflorescências
23 Organografia - FLOR
24 Cálice e Corola
25 Androceu e Gineceu
26 Variações na sexualidade
27 Formação do Fruto
28 Frutos secos
29 Frutos carnosos
30 Frutos compostos ou Infrutescências
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