Capítulo 16. Briófitas e Pteridófitas

Transcrição

1 Capítulo 16 Briófitas e Pteridófitas

2 Primeiras plantas terrestres As primeiras plantas terrestres surgiram das algas verdes, por evolução. As Briófitas (musgos) e as pteridófitas (samambaias) evoluíram dessas primeiras plantas terrestres.

3 Briófitas (musgos) Plantas de poucos centímetros que formam um tapete verde em locais úmidos e sombreados. Não possuem vasos condutores de seiva, por isso, são plantas avasculares. O tamanho reduzido é porque não têm vasos condutores de seiva: o transporte de substâncias da planta é feito célula a célula e portanto é lento. Não possuem proteção contra a perda de água e por isso vivem em locais úmidos e sombreados.

4 Briófitas (musgos) As estruturas das briófitas são chamadas de rizoide, cauloide e filoide, pois não podem ser considerados raiz, caule e folha verdadeiros. Imagem ampliada

5 Briófitas (musgos) Reprodução: A água é importante para a reprodução dos musgos, pois, o gameta masculino (anterozoide) é transportado pela água até o gameta feminino (oosfera), nadando com seus flagelos. Embora vivam na terra os musgos dependem da água para se reproduzir.

6 Briófitas (musgos) Reprodução: Há plantas masculinas, que produzem os gametas masculinos (anterozoides) e plantas femininas, que produzem os gametas femininos (oosferas).essas plantas são chamadas de gametófitos. Após a fecundação- encontro do anterozoide com a oosfera- forma-se uma planta diferente da inicial que cresce sobre o pé de musgo feminino. Essa planta é chamada de esporófito e produz os esporos que são levados pelo vento e quando chegam ao solo, germinam, formando um novo pé de musgo.

7 Briófitas (musgos)

8 Pteridófitas (samambaias) As pteridófitas têm vasos condutores de seiva, são vasculares: os vasos condutores que levam rapidamente a água e os sais minerais extraídos do solo para as folhas e transportam as substâncias produzidas pelas folhas na fotossíntese. Por isso, são bem desenvolvidas. Têm raiz, caule e folha; o caule na maioria das vezes é subterrâneo, cresce rente ao solo e se chama rizoma.

9 Pteridófitas (samambaias) Outras pteridófitas Avenca Salvinia Samambaiaçu

10 Pteridófitas (samambaias) Reprodução Em certas épocas do ano, a samambaia produz esporos dentro de soros, pequenos pontos escuros que ficam na face inferior da folha. Nas samambaias são esporófitos pois produzem os esporos. Imagem ampliada

11 Pteridófitas (samambaias) Reprodução Os esporos caem no solo e germinam, originando uma pequena planta em forma de coração, que mede apenas 2 cm e dura pouco; é chamada de prótalo. O prótalo produz gametas masculinos (anterozoides) e femininos (oosferas); o prótalo é o gametófito.

12 Pteridófitas (samambaias) Quando o prótalo é coberto pela água da chuva ou do orvalho, o gameta masculino (anterozoide) nada sobre o prótalo e fecunda o gameta feminino (oosfera) e origina o zigoto que forma a nova samambaia. Em seguida, o prótalo morre.

13 Pteridófitas (samambaias)

14 Capítulo 17 As plantas com sementes: Gimnospermas e Angiospermas

15 Gimnospermas (pinheiros) As gimnospermas são plantas que não produzem frutos mas produzem sementes, por isso suas sementes são nuas. São Plantas adaptadas aos climas frios ou temperados: forma as florestas de pinheiros no hemisfério norte e a mata de araucárias, no sul do Brasil e na Argentina.

16 Araucárias ou Pinheiros-do-Paraná Pinhões- são sementes de araucária. Nas gimnospermas as sementes não estão dentro de frutos

17 Pinheiros

18 Ciprestes

19 Sequóias

20 Tuias

21 Sagu-de-jardim

22 Podocarpo ou pinheirinho-bravo

23 Gimnospermas (pinheiros) São plantas que alcançam grande porte e vivem preferencialmente em regiões de clima frio a temperado. Apresentam vasos condutores (o que permite terem grande porte) produzem sementes mas não produzem frutos. Possuem folhas especializadas na reprodução: estróbilos ou cones.

24 Reprodução das gimnospermas Estróbilo ou cone feminino Araucária ou Pinheirodo- Paraná Estróbilo ou cone masculino Pinha- estróbilo ou cone feminino após fecundaçãocheio de sementes- pinhões

25 Reprodução das gimnospermas Nas gimnospermas, o gameta masculino (grão de pólen) é levado do estróbilo masculino até o estróbilo feminino pelo vento; não depende da água. Essa é uma adaptação das gimnospermas responsáveis pelo sucesso na colonização do ambiente terrestre. Quando o grão de pólen alcança o estróbilo feminino, o grão de pólen germina e forma um tubo chamado de tubo polínico, que se aprofunda levando os núcleos espermáticos até oosfera (gameta feminino) e ocorre a fecundação, originando o zigoto que forma o embrião da nova planta.

26 Reprodução das gimnospermas Quando alcança o estróbilo feminino, o grão de pólen forma o tubo polínico que cresce e se aprofunda no estróbilo feminino levando dentro de si 2 gametas masculinos, chamados de núcleos espermáticos. Os núcleos espermáticos chegam na oosfera-gameta feminino, produzido pelo estróbilo feminino. A oosfera fica dentro do óvulo- um dos núcleos espermáticos se une à oosfera- fecundaçãoformando o zigoto ou embrião.

27 Reprodução das gimnospermas Após a fecundação, forma-se uma casca resistente em volta do óvulo, onde fica o embrião e uma reserva de alimento que vai nutrir o embrião. Esse conjunto é a semente. No caso das araucárias ou pinheiros-do-paraná, as sementes são os pinhões e o estróbilo feminino cheio de sementes é chamado de pinha.

28 Ciclo reprodutivo das gimnospermas

29 Reprodução das gimnospermas Pinhas-estróbilos feminino com pinhões pinhões pinhões sem casca

30 Reprodução das gimnospermas Os pinhões servem de alimento para vários animais como capivaras, cutias, macacos preás,pacas, esquilos, papagaios, gralhas-azuis e outros. Esses animais são dispersores dessas sementes, espalhando-as nos ambientes.

31 Angiospermas (laranjeiras) Apresentam vaso condutores de seiva Produzem sementes, que se encontram dentro de frutos, que por sua vez se originam de flores. Têm o maior número de espécies. No ambiente terrestre, são as maiores produtoras de matéria orgânica. Muitas servem de alimento. Pau-brasil- árvore nacional do Brasil

32 Angiospermas (laranjeiras) Partes das angiospermas: RAIZ CAULE FOLHA FLOR FRUTO SEMENTE

33 Angiospermas FLOR FOLHA FRUTO SEMENTE CAULE RAIZ

34 A RAIZ- Angiospermas Funções: fixar a planta ao substrato absorver água e sais minerais

35 A RAIZ - Angiospermas A água e os sais minerais formam a seiva bruta ou minerallevada pelos vasos lenhosos do caule até as folhas. Nas folhas, com a energia do Sol e pelo processo de fotossíntese, são produzidos os açúcares que forma a seiva orgânica ou elaborada- transportada pelos vasos liberianos do caule para a planta toda.

36 Algumas raízes possuem adaptações para a planta sobreviver em situações especiais. Raízes suporte ou escora: crescem em direção ao solo e auxiliam na fixação da planta Raízes de plantas dos manguezais

37 Raízes tabulares: são raízes superficiais achatadas, como tábuas, que auxiliam na fixação da planta.

38 Raízes respiratórias: OCORREM EM SOLO COM POUCO OXIGÊNIO COMO NOS MANGUEZAIS.

39 Raízes tuberosas: acumulam material nutritivo, muitas são usadas na alimentação.

40 Raízes sugadoras: penetram no caule da planta hospedeira para sugar a seiva. Cipó-chumbo- parasita

41 Raízes aéreas: como a das orquídeas, que absorvem água do ar.

42 Raízes aquáticas: presentes em plantas aquáticas como a alface da água.

43 O CAULE- Angiospermas Funções: dar suporte à planta conduzir as seivas

44 CAULES AÉREOS TRONCO- resistentes e ramificados

45 CAULES AÉREOS ESTIPE: não é ramificado, as folhas saem do topo.

46 CAULES AÉREOS COLMO: é o caule do bambu (oco) e da cana de açúcar (cheio).

47 CAULES AÉREOS Haste: caule frágil e flexível

48 CAULES SUBTERRÂNEOS

49 Modificações de alguns caules- adaptações Espinhos de limoeiros Gavinhas de parreiras Acúleos de roseiras

50 CAULES AQUÁTICOS Podem ser flutuantes.

51 AS FOLHAS Funções: Fotossíntese Respiração Transpiração

52 Funções das folhas A entrada e saída de gases na fotossíntese e na respiração e a saída de vapor de água na transpiração acontecem por pequenas aberturas das folhas chamadas estômatos. Os estômatos são formados por duas células com uma pequena abertura entre elas.

53 Estômatos- aberturas por onde sai o vapor de água (transpiração) e entram e saem os gases (fotossíntese e respiração)

54 Gutação- em algumas plantas de clima úmido, em que a saída de vapor pelos estômatos é difícil, ocorre a gutação, as folhas eliminam água na forma líquida. Nas plantas de clima seco, há perigo de desidratação, então, as folhas tem tamanho reduzido ou são modificadas em forma de espinhos.

55 A FLOR Estrutura reprodutiva das angiospermas- nela ocorrem a fecundação, a formação do fruto e a produção de semente. A flor é produzida nos ramos floríferos, que se originam das gemas laterais do caule.

56 PARTES DA FLOR

57 ANDROCEU- FORMADO PELO FILETE E PELA ANTERA: PARTE MASCULINA QUE PRODUZ GRÃOS DE PÓLEN GINECEU- FORMADO PRLO ESTIGMA, PELO ESTILETE E PELO OVÁRIO: PARTE FEMININA QUE PRODUZ ÓVULOS

58 PARTES DA FLOR Cálice ( protege as partes internas da flor) formado por sépalas Corola (atrai insetos e aves) formado por pétalas Androceu (parte masculina) formado por estames cada estame é formado por antera e filete. Gineceu (parte feminina) formado por um ou vários carpelos cada carpelo é formado por estigma, estilete e ovário. Pedúnculo haste que prende a flor ao ramo. Receptáculo floral parte dilatada onde cálice, corola, gineceu e androceu se prendem.

59 POLINIZAÇÃO Transporte de grãos de pólen da antera para o estigma da mesma flor ou para outra flor da mesma espécie. Agentes polinizadores:

60 FECUNDAÇÃO É a união do gameta masculino (grão de pólen) com o gameta feminino (óvulo ou oosfera). Chegando ao estigma, o grão de pólen forma o tubo polínico, que penetra no estilete e chega até o ovário.

61 FECUNDAÇÃO Dentro do tubo polínico existem dois núcleos (núcleos espermáticos). Um dos núcleos espermáticos use-se à oosfera ( que fica no interior do óvulo) e produz o embrião.

62 Formação da semente Após a fecundação, as partes dos óvulo que envolvem o embrião se desenvolvem, e o conjunto todo forma a semente.

63 Formação do fruto Após a fecundação, o ovário se desenvolve e forma o fruto, enquanto as outras partes da flor secam e caem.

64 O FRUTO FUNÇÃO: proteger a semente e pode também ajudar na dispersão.

65 PARTES DO FRUTO Pericarpo formado por:

66 PSEUDOFRUTOS FRUTOS VERDADEIROS: formados pelo desenvolvimento do ovário da flor depois da fecundação. FRUTOS FALSOS: formados pelo desenvolvimento de outra parte da flor: do pedúnculo ou do receptáculo floral.

67 EXEMPLOS DE FRUTOS FALSOS

68 Inflorescências A parte comestível do abacaxi e do figo desenvolve-se de receptáculos e de outras partes da flor reunidas em um conjunto chamado inflorescência.

69 TIPOS DE FRUTOS Frutos secos- com pericarpo duro.

70 Frutos carnosos com pericarpo suculento

71 O fruto e a dispersão das sementes As substâncias nutritivas de muitos frutos atraem animais que comem os frutos e jogam fora as sementes que se espalham pelo solo e podem dar origem a novas plantas.

72 O fruto e a dispersão das sementes Pela água Pelo vento

73 Dispersão pelos animais

74 A SEMENTE Função: abriga e protege o embrião que poderá originar uma nova planta.

75 PARTES DA SEMENTE

76 Partes de uma semente: Cotilédone: reserva de alimento a semente pode ter 1 ou 2 cotilédones. Embrião:formado pela radícula, caulículo e pela folha primária. Casca ou tegumento: envoltório que protege o embrião.

77 Plantas com 1 cotilédone na semente (monocotiledôneas) Raiz fasciculada e folhas com nervuras paralelas

78 Plantas com 2 cotilédones na semente (dicotiledôneas) Raiz pivotante e folhas com nervura principal e nervuras paralelas

79 GERMINAÇÃO É o desenvolvimento da semente para gerar nova planta Condições adequadas de: Luz Umidade Temperatura Algumas sementes passam por um período de dormência e só germinam após certos estímulos.

80 Reprodução assexuada das plantas É chamada também de reprodução vegetativa.