Manuais Escolares Eletrónicos
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- Bento Veiga Paiva
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1 DIREÇÃO-GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES ( (DS (DGESTE) SRA) um tablet por aluno 13
2 Índice Introdução... 3 Objetivos... 4 Suporte pedagógico-didático... 4 Manual... 4 Dispositivo... 5 Vantagens e Desvantagens... 6 Implementação... 7 Cronograma/Avaliação... 7 Custos... 8 Parceiros... 8 Webgrafia
3 Introdução Atualmente os livros digitais entraram num espiral de crescimento. Dados revelados pela Amazon, mostram que em 2012, no Reino Unido, por cada 100 livros impressos comprados são efetuados 114 download de ebooks para o Kindle. Em Portugal, a Editora Esfera já disponibiliza digitalmente os seus livros na Amazon. Ao nível do ensino, alguns Países já começaram a preparar a migração para os livros digitais. A Coreia prevê que em 2015, os livros na sala de aula sejam todos digitais. Alguns Países Europeus e Americanos começam agora a dar os primeiros passos na implementação dos livros digitais nos seus sistemas de ensino. É com base neste evolução que a DSRA pretende implementar um projeto-piloto que tem como finalidade testar eficácia da utilização de manuais escolares digitais no lugar dos atuais manuais em papel. Enfatizamos a designação de projeto-piloto, pois é uma iniciativa que, acima de tudo, coloca questões, levanta problemas e procura as melhores respostas no contexto em causa. Será também uma iniciativa dinâmica, no sentido em que o seu desenvolvimento levará certamente a ajustes e melhorias. Não temos a ambição de que do fim deste projeto-piloto possa sair um modelo de implementação final. Aliás estamos certos que esse nunca existirá, pois, tal como a realidade é mutável, também as estratégias à sua volta terão que ser. Os recentes investimentos em tecnologias para a educação em Portugal têm privilegiado sobretudo o equipamento, muito pouco tendo sido feito na criação de conteúdos que, verdadeiramente, confiram sentido e retorno ao investimento infraestrutural. É nossa convicção que o elemento que pode efetivamente fazer a diferença é o manual escolar, aqui na sua dimensão eletrónica. Várias experiências e ensaios já têm vindo a decorrer ao nível de conteúdos digitais, no entanto até hoje ainda não existia uma solução de leitura e portabilidade com condições técnicas e económicas que permitisse considerar a existência de um manual escolar puramente eletrónico. A generalização dos tablets pode ser essa solução e esse é o cenário que enquadra a nossa proposta. 3
4 Objetivos - Utilizar tecnologias e metodologias avançadas de ensino, visando proporcionar aos alunos uma maior e melhor aprendizagem; - Tornar o processo de ensino/aprendizagem mais interativo e dinâmico; - Formar alunos competentes, técnica e cientificamente; - Introduzir uma dimensão dinâmica e interativa no manual; - Tornar o mercado das Editoras em Portugal mais dinâmico e próspero em conteúdos; - Reduzir os custos dos encarregados de educação com os manuais escolares; - Melhorar a interação professor/aluno; - Desmaterializar parcelas do processo ensino-aprendizagem. Suporte pedagógico-didático Este não é um projeto tecnológico. A tecnologia é assumidamente um meio. Este é um projeto didático, onde a leitura é o focus. Estamos também cientes do impacto que esta iniciativa possa vir a ter nos processos ensino-aprendizagem dos alunos envolvidos, daí que tenhamos tido a preocupação de garantirmos o envolvimento de um parceiro na área da pedagógica. Esse parceiro, terá como primeira função acompanhar os processos de ensino-aprendizagem que irão decorrer na turma-piloto, de forma a despistar rapidamente problemas e desvios que possam ocorrer. Será também este parceiro que, em conjunto com a DSRA, desenvolverá os instrumentos de análise da evolução do projeto. Manual Neste projeto-piloto, o caminho a seguir relativamente aos manuais também assenta em 2 cenários, assim: - Cenário 1 Ensino Básico: eeste cenário assenta no dispositivo com sistema operativo Windows 8, a utilização deste sistema vai permitir: 4
5 - numa primeira fase os alunos acedem recursos digitais existente, através do estabelecimento de uma parceria com um produtor de conteúdos (editora escolar). - numa fase posterior será criado um manual eletrónico mais integrado com o dispositivo, que integre os conteúdos duma forma mais coerente - Cenário 2 Ensino Profissional: este cenário assenta no dispositivo com sistema operativo Android, a utilização deste sistema vai permitir que seja o Professor a construir e desenvolver o seu próprio manual, numa aplicação própria, desenvolvida para o efeito pelos serviços de informática desta direção regional em colaboração com a instituição de ensino superior escolhida. Dispositivo Para a implementação deste projeto-piloto, julgamos ser adequado a utilização de tablets que possuam docking. Este tipo de equipamento (figura 1) pode, sempre que necessário, ser transformado num portátil. Ao nível de sistemas, idealizamos o projeto-piloto assente em 2 cenários. Cenário 1- Equipamento com sistema operativo Windows 8, direcionado para o ensino básico. Cenário 2- Equipamento com sistema operativo Android, direcionado para o ensino profissional. Figura 1 Tablet com docking 5
6 Vantagens e Desvantagens Este Projeto-piloto é ainda um draft, abaixo descrevemos, o que julgamos serem as suas vantagens e desvantagens e consequentemente algumas das variáveis que pretendemos testar. Vantagens: - Redução do peso a transportar pelo aluno para a escola; - Redução de despesas do encarregado de educação com os manuais; - Facilitar a comunicação entre aluno/professor e professor/encarregado de educação; - Tornar o processo ensino/aprendizagem virado para o futuro. - A adoção imediata pelas escolas incentivaria as editoras a acelerar o lançamento de livros didáticos para tablets para não perder mercado para as concorrentes que se anteciparem na digitalização de conteúdos. - Com a implementação antecipada dos tablets, as escolas serão obrigadas a investir rapidamente na formação do corpo docente para que os professores aprendam a aplicar as novas tecnologias em sala de aula, melhorem a qualidade do ensino e consigam envolver e motivar os alunos, incrementando a curva de aprendizado na medida em que conquistem o seu interesse para um conteúdo mais interativo, dinâmico e atraente. - As editoras, julgamos nós, poderão começar a pensar nos seus preços apenas pelas atualizações e não por novas edições que têm conteúdos muito semelhantes há edições anteriores. Os conteúdos dos manuais nos tablets serão 100% reaproveitáveis e terão que ser cada vez mais inovadores, interativos e criativos para os alunos. Desvantagens: - A grande maioria das editoras ainda não tem os manuais em formato digital. - A possibilidade de existir resistência de algum corpo docente à mudança. 6
7 Implementação DIREÇÃO-GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES (DGESTE) Com o intuito de colocarmos em prática o projeto-piloto, foram escolhidas 2 escolas. A Escola Secundária de Vila Viçosa, que terá o projeto implementado numa turma de ensino profissional e a Escola Básica Integrada de Cuba, que terá o projeto implementado numa turma de 3º ciclo. O corpo docente e a gestão das escolas atrás referidas demonstraram uma grande recetividade para dinamizarem o projeto. São escolas com uma dinâmica tecnológica bastante aceitável e que têm um corpo docente que faz uma utilização regular das tecnologias nas suas aulas. O objetivo de implementar o piloto já neste ano letivo, está relacionado com a possibilidade de podermos este ano funcionar com um sistema hibrido. Uma vez que os alunos já têm manuais em papel, podemos aproveitar esse fato para conseguirmos despistar alguns problemas relacionados com o manual digital sem afetar o processo ensino/aprendizagem. Assim, no presente ano letivo os alunos ainda teriam os seus manuais em papel, mas iniciariam o processo de migração para o manual digital. No próximo ano letivo, os alunos já só utilizariam o manual digital. O projeto terá a duração de 2 anos letivos, além do 3º período do presente ano letivo. Cronograma/Avaliação Início do projeto-piloto Setembro de 2013 Distribuição dos Dispositivos com os Manuais Até Dezembro de 2013 Primeiro Momento de Avaliação Dezembro de 2013 Segundo Momento de Avaliação Março de 2014 Terceiro Momento de Avaliação Julho de 2015 Tal como já foi anteriormente referido, até ao primeiro momento de avaliação os alunos/professores vão trabalhar hibridamente com o manual tradicional e o digital. 7
8 Custos Para a implementação deste projeto-piloto existem 2 fatores a ter em conta: 1 Dispositivos- Neste fator a DSRA está a tentar que os dispositivos sejam cedidos às escolas de forma gratuita. Caso esse cenário não seja possível, dispomos de meios de financiamento que permitam concretizar o projeto. De qualquer forma, o preço de cada dispositivo será sempre bastante abaixo do preço de mercado. 2 Manuais Digitais Este fator está fechado. No âmbito de um projeto-piloto, deverá ser facultado gratuitamente o acesso aos conteúdos digitais aos alunos e professores das turmas envolvidas. Quanto aos custos de uma massificação do manual digital, que envolverá quase sempre a aquisição de um tablet por cada aluno, sendo ainda bastante cedo para apresentarmos valores, julgamos que poderão resultar na redução dos custos para os encarregados de educação em 1/3 dos valores que são despendidos atualmente. O tempo e desenvolvimento do projeto, por se tratar de um piloto servirá para se criar o modelo de negócio que uma generalização poderá envolver. Parceiros Parceiros previstos para o Hardware: - Fujitsu - JP Sá Couto - Microsoft Parceiros previstos para os Conteúdos: - Porto Editora; Parceiros previstos para o Software: - Google; - Microsoft; 8
9 Parceiros para Apoio Técnico: DIREÇÃO-GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES (DGESTE) - Novabit; Parceiros previstos para Acompanhamento Pedagógico: - Universidade de Évora - Universidade do Minho - Universidade Católica 9
10 Webgrafia - Informação sobre as vendas da Amazon - Noticia sobre a adesão de editoras portuguesas aos livros digitais - Reportagem sobre a introdução de livros digitais no ensino da Coreia - Website da Escola Digital 10
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