17º CONCURSO NACIONAL MUSEU DA IMPRENSA
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- André Porto Madureira
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1 Ficha de inscrição 17º CONCURSO NACIONAL MUSEU DA IMPRENSA 2014/2015 Categoria Artigo Jornalístico Nível superior Tema: A importância dos museus na formação cultural do país Aluna: Janaina Bárbara Bolonezi Curso: Comunicação Social Jornalismo Instituição: Universidade de Brasília (UnB) Faculdade de Comunicação (FAC)
2 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA A IMPORTÂNCIA DE ENTENDER MUSEUS COMO CENTROS DE FORMAÇÃO NO PAÍS JANAINA BÁRBARA BOLONEZI Brasília - DF 2015
3 JANAINA BÁRBARA BOLONEZI A IMPORTÂNCIA DE ENTENDER MUSEUS COMO CENTROS DE FORMAÇÃO NO PAÍS Artigo jornalístico apresentado para o XVII Concurso Nacional Museu da Imprensa, na categoria ensino superior. Brasília - DF 2015
4 A IMPORTÂNCIA DE ENTENDER MUSEUS COMO CENTROS DE FORMAÇÃO NO PAÍS Janaina Bolonezi 1. Introdução Encontrar uma pessoa que nunca tenha visitado um museu em toda sua vida no Brasil não é uma tarefa difícil. Segundo pesquisas do IBGE, 96% dos brasileiros não frequentam museus. Muitas vezes interpretados como uma espécie de depósito, visitar museus em busca de conhecimento não é um hábito comum e dificilmente esses ambientes são vistos pela população brasileira como um local de construção do saber. Responsáveis pela preservação da cultura e história da humanidade, os museus possuem grande papel na identificação do homem com sua história e na conscientização da preservação de seu patrimônio cultural. Seus acervos podem ser considerados uma fonte quase inesgotável de conhecimento em diversas áreas. Como grandes espaços de formação que são, é extremamente importante que os museus sejam valorizados no Brasil como patrimônio cultural e educativo. 2. Breve histórico sobre a concepção dos museus na sociedade e no Brasil Para entender o atual papel dos museus na sociedade é importante remeter ao passado. Ao longo do tempo, a concepção dos museus foi se transformando e mudando de foco. Inicialmente, na Grécia Antiga e Roma Antiga, os museus eram grandes centros de conhecimento, na época eram neles onde aconteciam as discussões filosóficas.
5 Foi na Idade Média, com a criação dos gabinetes de curiosidade (antecessores diretos dos museus atuais), que, pela primeira vez, esse objetivo começou a se transformar. O museu perdeu seu papel de centro de conhecimento e começou a ser entendido como local de visita e observação até a chegada do século XIX. No século XIX, antes do advento das universidades, o museu muda novamente e passa a ser compreendido como centro de ciências. Eram nos museus onde as pesquisas eram realizadas e publicadas. Nessa época, no Brasil e em várias partes do mundo, o museu era muito mais que somente um local para exposição de acervo. Passado algum tempo, já na década de 20, no Brasil, a criação do Museu Histórico Nacional, os movimentos modernistas e a semana de arte moderna repercutiram na concepção dos museus. Como o Museu Histórico Nacional foi por muito tempo referência para criação de novos museus, foram criados, nesse período, os museus de história oficial, de exaltação da nação e de nacionalismo. Nos anos 50 e 60, alguns movimentos folcloristas começam a eclodir no Brasil e é chegado o momento de repensar a concepção dos museus novamente. Na década de 80 são abertos os primeiros museus privados, uma vez que até aquele momento eram todos museus públicos. Enfim, nos anos 90 e 2000, temos a repercussão da nova museologia, que impera hoje. A nova museologia começa a criar uma diferente forma de se pensar museus. A preocupação passa a não ser só com o acervo, mas também com o público visitante e o acesso. Atualmente, a nova museologia (unida à criação de museus a céu aberto, eco
6 museus, museus comunitários, museus sem acervo, entre outros) significa uma grande mudança no foco dos museus brasileiros e de como são entendidos pela população. 3. O desafio dos museus no Brasil na atualidade Após as transformações significativas ao longo do tempo, o século XXI apresenta grandes desafios para os museus brasileiros. Como deixaram de ser entendidos como centros educativos e de aprendizagem cultural, existe o desafio de potencializar o papel dessas instituições no desenvolvimento da sociedade e enfatizar seu valor social. O grande desafio atual é que os museus sejam entendidos como locais de observação, interação e reflexão pela população. Entender museus como lugares capazes de oferecer uma experiência ao mesmo tempo educativa e divertida é essencial para que os museus sejam vistos atualmente como os grandes centros de formação que são. 4. Considerações finais Investigando a historia dos museus no Brasil entendemos um pouco melhor os motivos desses não serem interpretados como centros de formação no país. Para que a população possa praticar o olhar crítico diante das peças existentes nos museus, devemos pensar, primeiramente, na valorização dos museus como patrimônio cultural. Essa valorização pode acontecer por meio de divulgação, apoio governamental e, sobretudo, pela escola. Na escola, o indivíduo pode compreender desde muito cedo as relações existentes entre o patrimônio cultural dos museus e a sua própria trajetória.
7 Entender e valorizar museus como centros de formação é considerá-los como locais de aprendizado contínuo. Locais que promovem aprendizado para todos, em diferentes ocasiões, independentemente de idade e grau de conhecimento. O aprendizado nos museus tem um caráter único, sempre condicionado à experiência individual do visitante e das circunstâncias em que ocorreu a visita. Cada visita a um museu pode ser vista como uma grande aula, interpretada de diversas formas por cada um dos visitantes. No fim, percebemos que museus são, e sempre foram, importantes centros de conhecimento no Brasil e merecem ser valorizados como tal.
8 Referências bibliográficas: ARRUDA DA COSTA, Rila. Museus do Amazonas - evolução das unidades museológicas e da política de patrimônio no Brasil. EDUA, SUANO, Marlene. O que é museu. São Paulo: Brasiliense, RODRIGUES, Ana Ramos. O museu e o ensino de história. Disponível em: Acesso em: 02/02/2015. CHAGAS, Mario. Museu: coisa velha, coisa antiga. Rio de Janeiro, UNIRIO, 1987.
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