DOING BUSINESS CHINA / GUIZHOU 跟贵州做生意

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1 DOING BUSINESS CHINA / GUIZHOU 跟贵州做生意

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3 FICHA TÉCNICA TÍTULO DO ESTUDO Doing Business - 跟贵州做生意 (Doing Business with Guizhou 2016) AUTORIA E PAGINAÇÃO Double S Company EQUIPA TÉCNICA Elizabeth Magalhães Serra (Coordenação) José Manuel Carvalho Vieira Y Ping Chow DATA Fevereiro de 2016 EDITOR Vida Económica Editorial, SA R. Gonçalo Cristóvão, 116 6º Esq Porto / 3

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5 O SUCESSO E A INOVAÇÃO EM GUIZHOU DEVEM SER CRIADOS POR CADA UM DE VÓS COM CONFIANÇA E DETERMINAÇÃO. É URGENTE PARA GUIZHOU ENCONTRAR UM CAMINHO DE DESENVOLVIMENTO, DISTINTO DAS OUTRAS PROVÍNCIAS, ANCORADO NO DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO, PROTEÇÃO AMBIENTAL E CONSERVAÇÃO ECOLÓGICA PALAVRAS DO PRESIDENTE XI JINPING DURANTE A VISITA EFETUADA À PROVÍNCIA DE GUIZHOU DE 16 A 18 DE JUNHO

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7 GUIZHOU AIMS TO BECOME A 'SWITZERLAND IN THE EAST' GUIYANG, JULY 20 (XINHUA) ECO FÓRUM GLOBAL O novo Embaixador Chinês em Portugal - Cai Run frisou, na celebração dos 66 anos do estabelecimento da República Popular da China, a importância das relações sino-portuguesas para o desenvolvimento económico dos dois países. Este ano comemoramos os 10 anos de parceria estratégica. Isto significa que a China e Portugal continuam a manter a sua boa relação diplomática, caminhando lado a lado numa direção em comum. A crise financeira e económica afetou todos os mercados e nós não fomos exceção. Mas mantivemos o aprofundamento das reformas que estão relacionadas com a abertura ao exterior. Fizemos ajustes, apostando no processo de industrialização, informatização, desenvolvimento, aumentando as nossas áreas de atuação, tendo apresentado um crescimento de 7% do PIB na primeira metade deste ano e um crescimento de 30% na economia mundial. Cai Run lembrou ainda que a China tem cooperado com outros países, reforçando as alianças. Estamos a desenvolver parceiras com vários países europeus, incluindo Portugal. E por falar em Portugal, o embaixador chinês afirmou estar maravilhado com a hospitalidade do povo português e até citou o poeta Sebastião da Gama, no poema Pelo Sonho é que vamos. Devemos ser movidos pelos sonhos. Vamos em frente e cumpriremos os nossos sonhos. Se os dois países cumprirem os seus sonhos, serão melhores. 7

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9 NOTA TÉCNICA Doing Business with Guizhou procura reforçar as competências das PME s participantes na internacionalização para o mercado Chinês, em particular o da Província de Guizhou. Nesse sentido, este documento fornece informação essencial sobre o país e a região caracterizando o seu ambiente de negócios, os fatores dinâmicos internacionais que o envolvem, bem como, as áreas de crescimento e as oportunidades. Neste relatório, de entre os setores considerados estratégicos para a Região destacam-se: Madeira e Mobiliário; Construção e Materiais; Metalomecânica; Gastronomia e Vinho; Calçado e Vestuário. Simultaneamente, identificam-se os que, a médio prazo, poderão assumir um papel preponderante nas relações comerciais com Guizhou: Energia; Ambiente e Ecoturismo. 9

10 ÍNDICE 10

11 ÍNDICE 1. O PAÍS 1.1. GEOGRAFIA E CLIMA 1.2. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 1.3. DEMOGRAFIA 1.4. ECONOMIA 1.5. CULTURA 1.6. INFORMAÇÕES PRÁTICAS FORMALIDADES DE ENTRADA LÍNGUAS UTILIZADAS HORA LOCAL HORÁRIO LABORAL DESLOCAÇÕES NO PAÍS DIFERENÇAS DE ESCALAS 1.7. REGIME FISCAL DO INVESTIMENTO ESTRANGEIRO AS RELAÇÕES EXTERNAS 2.1. A CHINA E A APEC 2.2. A CHINA E A ASEAN 2.3. A CHINA E A SAARC 2.4. A CHINA E A UNIÃO EUROPEIA 2.5. A CHINA E PORTUGAL 3. OS NEGÓCIOS 3.1. AMBIENTE DE NEGÓCIOS 3.2. NEGOCIAR COM SUCESSO 3.3. RECOMENDAÇÕES ÚTEIS 3.4. PROCEDIMENTOS DE EXPORTAÇÃO BARREIRAS NÃO-TARIFÁRIAS PROCEDIMENTOS ALFANDEGÁRIOS TARIFAS E PAUTA FISCAL EMBALAGEM E ETIQUETAGEM OS SETORES 4.1. UM MERCADO DE OPORTUNIDADES 4.2. UMA PROVÍNCIA DE OPORTUNIDADES 5. CONCLUSÕES FACTIOS, 4 PISTAS FACTO FACTO FACTO FACTO 4 6, REFERÊNCIAS

12 MAPAS TABELAS MAPA 1 - A CHINA NO MUNDO 15 TABELA 1 - CINCO MITOS 36 MAPA 2 GUIZHOU NA CHINA 19 TABELA 2 - GUIZHOU: CLUSTERS INDUSTRIAIS MAIS IMPORTANTES (2013) 42 MAPA 3 - CHINA CONTINENTAL 21 TABELA 3 - GUIZHOU: INDICADORES ECONÓMICOS DAS MAIORES CIDADES (2013) 42 MAPA 4 - GUIZHOU: CAPITAL E PRINCIPAIS CIDADES 23 TABELA 4 - GUIZHOU: PERFIL DE MERCADO 45 MAPA 5 - PROVÍNCIAS CHINESAS 28 TABELA 5 - COMPOSIÇÃO DA DESPESA DE FAMÍLIAS URBANAS (P/CAPITA) 47 MAPA 6 - LIST OF ADMINISTRATIVE DIVISIONS OF GUIZHOU 29 TABELA 6 - CHINA É O NOSSO 3º FORNECEDOR E COMPRADOR DE BENS (2015) 71 MAPA 7 OBOR NOVA ROTA DA SEDA 33 TABELA 7 - BALANÇA COMERCIAL DE BENS E SERVIÇOS DE PORTUGAL COM A CHINA 72 MAPA 8 - APEC ASIA-PACIFIC ECONOMIC COOPERATION 65 TABELA 8 - EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE SERVIÇOS (2014) 74 MAPA 9 - ASEAN - ASSOCIATION OF SOUTHEAST ASIAN NATIONS 66 TABELA 9 - ANÁLISE SWAT PT/CH 75 MAPA 10 - SAARC - SOUTH ASIAN ASSOCIATION FOR REGIONAL COOPERATION 67 TABELA 10 - AMBIENTE DE NEGÓCIOS 78 TABELA 11 - RECOMENDAÇÕES ÚTEIS 81 TABELA 12 - EXPORTAÇÕES DE PORTUGAL PARA A CHINA POR GRUPOS DE PRODUTOS 95 TABELA 13 - IMPORTAÇÕES DE PORTUGAL PROVENIENTES DA CHINA POR GRUPOS DE PRODUTOS 95 TABELA 14 - OPORTUNIDADES SETORES 98 12

13 FIGURAS GRÁFICOS FIGURA 1 - WANFENGLIN (FOREST OF TEN THOUSANDS PEAKS) METERS 24 GRÁFICO 1 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO CHINESA (AGING) 31 FIGURA 2 DIVERSIDADE GEOGRÁFICA DE GUIZHOU 27 GRÁFICO 2 - POPULAÇÃO NAS PRINCIPAIS CIDADES DE GUIZHOU 32 FIGURA 3 - CONCENTRAÇÃO GEOGRÁFICA DA POPULAÇÃO CHINESA 30 GRÁFICO 3 - INDICADORES CHAVE SOBRE A ECONOMIA CHINESA (2015) 35 FIGURA 4 GUIZHOU CASO EXEMPLAR 93 GRÁFICO 4 - EXPLOSÃO DO VALOR DO MERCADO ELETRÓNICO ($ BN) 37 GRÁFICO 5 - SITUAÇÃO COMPARATIVA DE GUIZHOU NO CONJUNTO DAS 33 PROVÍNCIAS, 44 MUNICIPALIDADES E REGIÕES AUTÓNOMAS CHINESAS GRÁFICO 6 - PORTUGAL - CHINA: DIVERSIDADE CULTURAL (COEF ) 50 GRÁFICO 7 - COMÉRCIO DE BENS ENTRE A UNIÃO EUROPEIA E A CHINA 68 GRÁFICO 8 - COMÉRCIO DE SERVIÇOS ENTRE A UNIÃO EUROPEIA E A CHINA 69 GRÁFICO 9 - FDI - INVESTIMENTO DIRETO ESTRANGEIRO 69 GRÁFICO 10 - EXPORTAÇÕES, IMPORTAÇÕES, SALDO PT-CH (MILHÕES DE ) 73 GRÁFICO 11 - MEASURING BUSINESS REGULATIONS 79 13

14 1. O PAÍS 14

15 ONDE ESTÁ A CHINA? MAPA 1 - A CHINA NO MUNDO Fonte:Elaboração Própria 15

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17 1.1. GEOGRAFIA E CLIMA CHINA Com km2, una China é o 4 º maior país em área (depois da Rússia, Canadá e Estados unidos U.S.). Assemelhando-se o seu mapa a um galo, a sua geografia é muito variada, com montanhas, planícies e deltas no Este e desertos, mesetas e montanhas no Oeste cerca de 2/3 do seu território é montanhoso. O clima é igualmente diversificado, variando de tropical no Sul (Hainan) a Subártico no Nordeste da China (Manchúria). Com uma variação de 50 graus de latitude e 62 graus de longitude, a China faz fronteira com 14 países - Coreia, Vietname, Laos, Birmânia, India, Butão, Nepal, Paquistão, Afeganistão, Tadjiquistão, Quirguizistão, Cazaquistão, Mongólia, Rússia e na sua fronteira marítima com a Coreia do Norte, Coreia, Japão, Filipinas, Brunei, Indonésia, Malásia e Vietname. Pese embora a diversidade de características físicas descritas, é comum dividir a China em As diferenças em clima, densidade populacional, proximidade às zonas mais desenvolvidas justifica que apresentem distintos estilos de vida e costumes étnicos. Com mais de rios, 40 lagos e Km de costa, a China beneficia de preciosos recursos produtos aquáticos, petróleo, gás natural, minerais, botânicos, zoológicos e recursos renováveis incluindo energia das marés. Esta diversidade geográfica deve, pois, ser tida em conta na definição da estratégia de entrada e distribuição para este mercado, na medida que a China é, como destino, um país que não favorece a difusão rápida de produtos e logística, pressionando o custo de transporte e a adaptação regional das condições comerciais. quatro regiões: Norte, Sul, Noroeste e o Qinghai-Tibetano. 17

18 A PROVÍNCIA 18

19 ONDE ESTÁ GUIZHOU? MAPA 2 - GUIZHOU NA CHINA Fonte:Elaboração Própria 19

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21 GUIZHOU Situada no Sudoeste da China, com a capital Guiyang bem no seu centro, também conhecida como "Qian" ou "Gui", Guizhou administra seis cidadescondado, três regiões autónomas, oitenta e oito condados (ou cidades, distritos e zonas especiais ) cobrindo uma área de 176,000 Km2. De acordo com o 6º censo nacional de 2010, são cerca de 35 milhões os residentes permanentes na província, de entre os quais cerca de 36 % constituem diferentes grupos étnicos. Com uma superfície muito acidentada - 92,5 do seu território preenchido por montanhas e colinas, Guizhou dispõe, ainda, de 109 Km2 de paisagem cárstica 62% da sua superfície, com elevado valor geológico, geomorfológico, arqueológico e paleontológico e, portanto, também MAPA 3 - CHINA CONTINENTAL FONTE: ECONOMIST INTELLIGENCE UNIT (2016) turístico - águas cristalinas, cavernas, as pontes e arcos rochosos, conhecida como uma enciclopédia natural. 21

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23 Guizhou tem um clima de monção subtropical que na maioria das suas regiões é ameno e húmido. Varia de acordo com a altitude - podem experimentar-se todas as quatro estações ao escalar uma montanha e em menos de 20 Km coexistem todos os diferentes tipos de clima. A província tem estações distintas das que conhecemos - a primavera é quente e ventosa; o verão não é escaldante e os invernos são suaves. Com a horas de sol/ano, as chuvas são intensas com volumes de precipitação entre e milímetros. Guizhou é rica em recursos: Água 984 rios com não mais de 10Km e uma área de drenagem superior a 20 Km2; Carvão reservas de 50 biliões de toneladas entre cerca de 128 diferentes minerais; Fauna e Flora com mais de espécies de flora e cerca de espécies de fauna selvagem é um importante centro de produção país de medicina tradicional chinesa. Guizhou é também um "parque natural" com uma paisagem pitoresca natural, diferentes culturas, cachoeiras, vales, grutas e paisagens cársicas. Coexistem 17 grupos étnicos indígenas, incluindo a Miao, Bouyi, Dong, Shui, Gao, Yi e Tujia. Esta diversidade geográfica, com impacto nos custos de transporte, deve estar bem presente na hora de tomar decisões de entrada e distribuição. MAPA 4 - GUIZHOU: CAPITAL E PRINCIPAIS CIDADES FONTE: ECONOMIST INTELLIGENCE UNIT (2016) 23

24 FIGURA 1 - WANFENGLIN (FOREST OF TEN THOUSANDS PEAKS) WITH AN ALTITUDE OF 2000 METERS 24

25 "GUIZHOU É UMA PROVÍNCIA DA CULTURA, DO ECO AMBIENTE, DAS CANÇÕES E DANÇAS FOLCLÓRICAS, E DO VINHO." Francesco Frangialli, ex-secretário-geral da Organização Mundial do Turismo 25

26 26 DE JUNHO GUIZHOU CHINA-PORTUGAL THE GREEN INDUSTRY CONFERENCE (GUIYANG) 26

27 DIVERSIDADE GEOGRÁFICA - IMPACTO NAS DECISÕES DE ENTRADA 92,5 do seu território preenchido por montanhas e colinas Água Medicina tradicion al RICA EM RECURSOS Carvão ENCICLOPÉDIA NATURAL Fauna e Flora Elevado valor turístico águas cristalinas cavernas pontes e arcos roch.s 62% com elevado valor geológico, geomorfológico, arqueológico e paleontológico Guizhou é um "parque natural" Coexistem 17 grupos étnicos indígenas FIGURA 2 DIVERSIDADE GEOGRÁFICA DE GUIZHOU Fonte: Elaboração própria 27

28 1.2. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA CHINA Com capital em Beijing (Pequim) cerca de 21 milhões de habitantes em 2014, a China é dividida em províncias, regiões autônomas, municípios diretamente subordinados ao Governo Central e regiões administrativas especiais. As províncias e as regiões autônomas são subdivididas em prefeituras e prefeituras autónomas, condados e condados autônomos, e cidades. Os condados e condados autônomos Esta peculiar organização administrativa justifica ter-se em consideração que o país tem zonas administrativas especiais ou territórios com normas específicas devido à sua particular situação política e/ou económica. Os pontos em que as divergências entre estas regiões e o resto da China podem ser mais notáveis são os relacionados com os vistos e passaportes, a moeda e alguns aspetos bancários e financeiros. são subdivididos em comunas e comunas de nacionalidade minoritária. Os municípios e grandes cidades são subdivididos em distritos e condados. Atualmente, a China possui 23 províncias (incluindo Taiwan), cinco regiões autónomas, quatro municípios diretamente subordinados ao Governo Central, e duas regiões administrativas especiais. A China está organizada administrativamente com base em: 23 Províncias - Anhui, Cantão, Fujian, Gansu, Guizhou, Hainan, Hebei, Heilongjiang, Henan, Hubei, Hunan, Jiangsu, Jiangxi, Jilin, Liaoning, Qinghai, Shaanxi, Shanxi, Sichuan, Taiwan, Xantum, Yunnan, Zhejiang; 4 Municipalidades - Pequim, Chongqing, Xangai, Tianjin; 5 Regiões Autónomas - Guangxi, Mongólia Interior, Ningxia, Xinjiang, Tibete; 2 Regiões Administrativas Especiais - Hong-Kong e Macau. MAPA 5 - PROVÍNCIAS CHINESAS Fonte: Deutsche Bank Research (2016) 28

29 GUIZHOU Com capital em Guiyang, a organização administrativa de província está divida em 3 categorias/níveis: prefeitura; condado e distrito, cada um constituído por uma mancha de subníveis de elevada complexidade social já que respeitam a diversidade étnica dos residentes. Em particular, Guizhou inclui: Prefeitura: 6 cidades prefeiturais 3 prefeituras autónomas Condado: 7 cidades condado 55 condados 11 condados autónomos 15 distritos (1 especial) Distrito: 691 cidades 506 comunas 252 comunas étnicas 94 subdistritos MAPA 6 - LIST OF ADMINISTRATIVE DIVISIONS OF GUIZHOU Fonte: 29

30 1.3. DEMOGRAFIA CHINA A população chinesa - 1,377 milhões em 2015 concentrada nas grandes cidades das zonas mais desenvolvidas, está a envelhecer mais depressa do que enriquece, gerando um forte desequilíbrio demográfico que terá importantes implicações nos esforços do PCC para transformar a economia chinesa e conservar o seu A baixa taxa de fertilidade do país (1,4 filhos por mãe, comparada a uma média de 1,7 nos países desenvolvidos e de 2,0 nos EUA). próprio poder na próxima décadas. (Stratfor, 2013). Segundo indicação de agosto 2012 do Ministério da Educação, fecharam mais de escolas primárias em todo o país. Associando diretamente à alteração pronunciada do perfil demográfico da China esses encerramentos, assinala-se, que entre 2011 e 2012, o número de alunos nas escolas primárias e secundárias desceu de quase 150 milhões para 145 milhões, enquanto entre 2002 e 2012, o número de alunos matriculados na escola primária desceu quase 20%. À crise iminente da segurança social chinesa perante a expectativa de que o número de idosos aumentará de 194 milhões em 2012 para 300 milhões em 2025 soma-se o risco de a população chinesa envelhecer antes de a maioria estar sequer perto de um nível de rendimento médio. Esta elevação sensível do quociente de exposição aos idosos fez tocar os alarmes na capital e já não é claro que a política de filho único tenha algum efeito relevante no crescimento da população chinesa. FIGURA 3 - CONCENTRAÇÃO GEOGRÁFICA DA POPULAÇÃO CHINESA FONTE: N. C. Geographic Information and Analysis (2015) 30

31 GUIZHOU Com cerca de 35 milhões de habitantes, Guizhou é, demograficamente, uma das províncias chinesas mais diversa. As suas minorias valem mais de 37% do total da sua população, com diversas etnias: Miao (Gha-Mu e A-Hmao), Yao, Yi, Qiang, Dong, Zhuang, Bouyei, Bai, Tujia, Gelao and Sui. Cerca de 56% da superfície da província é designada com região autónoma para as minorias étnicas elevada concentração. Guizhou é a província chinesa com um índice de fertilidade mais elevado 2,9 (1,3 urbano; 2,42 rural) (FIGURA 3) GRÁFICO 1 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO CHINESA (AGING) Fonte: Elaboração própria c/base em World Bank (2016) O banco mundial indica que o esforço da China para diminuir os índices de pobreza teve êxito nos últimos 15 anos, cerca de 600 milhões viram o seu rendimento ultrapassar os 400 US Dólares. Guizhou ainda tem uma árdua tarefa de desenvolvimento para levar a cabo. A concentração demográfica na capital é disso indicador (GRÁFICO 2). 31

32 DIVERSIDADE DEMOGRÁFICA: PRESENTE NAS DECISÕES DE ENTRADA Zunyi Liupanshui Bijie Anshun Xingyi Zunyi Kaili Guiyang 37% são 17 Etnias 2 500,6 35,1 MILHÕES 2,9 Índ. Fert. 57% zonas autónomas étnicas 715,1 621,5 421,3 358,9 335,2 280,2 275,0 FIGURA 3 DIVERSIDADE CULTURAL DE GUIZHOU Fonte: Elaboração própria GRÁFICO 2 - POPULAÇÃO NAS PRINCIPAIS CIDADES DE GUIZHOU Fonte: Elaboração própria c/base em City Population (2014) 32

33 CHINA GOING GLOBAL One Belt, One Road Nova Rota da Seda 1.4. ECONOMIA CHINA Segundo o Global Competitiveness Report (GCR), que organizou um China negoceia acordos de comércio-livre com 65 países ao longo da OB-OR ranking de 144 mercados, em 2013, a China registou o 2º maior PIB bruto mundial, seguindo os Estados Unidos da América (EUA), ocupando a 1ª posição em número de habitantes sem que, contudo, descolar do 73º lugar em termos de PIB per capita. O seu papel é central, também, no quadro económico e financeiro mundial, e são três as razões: 1. o seu ritmo de crescimento económico é considerado motor da economia global; 2. a dimensão e capacidade (sobre capacidade, mesmo) do seu setor produtivo suporta a dinâmica andamento da oferta mundial, designadamente em termos de preços de matérias-primas qualquer desaceleração implicará sérios problemas nas economias emissoras de recursos e bens intermédios; 3. detém o mais robusto montante de reservas do mundo, mesmo que parte MAPA 7 OBOR Nova Rota da Seda FONTE: Xinha (2015) significativa delas estejam investidas em obrigações de longo prazo do Tesouro norte-americano. 33

34 A China evoluiu, também, (1) de uma economia estatal e planificada para uma economia mais orientada para o mercado, ainda que num processo de transição de uma economia agrícola e rural para uma economia urbana, assente na indústria e nos serviços, e (2) de uma economia fechada para uma economia ao comércio mundial de bens e de capital. Pese embora o abrandamento dos últimos anos são várias as suas províncias que crescem ainda a dois dígitos (ex. Guizhou) - a economia da China vem registando taxas de crescimento consideráveis fruto da reestruturação económica e da sua inserção no contexto internacional. O investimento tem contribuído de uma forma bastante relevante para o crescimento económico. Se em 2008 e 2009 registou taxas de crescimento do PIB de 9,6% e 9,2%, quebrando face a 2007, ano em que alcançou de 14,2% - efeito da crise da economia mundial, já em 2010, voltou aos dois dígitos (10,4%). O ano de 2011 foi de abrandamento (9,3%) que se confirmou com a baixa em 2012 para os 7,7% de onde ainda não saiu - menor ritmo de crescimento das exportações e desaceleração do investimento no desenvolvimento do setor imobiliário (sobre capacidade instalada). Em 2015 a taxa de crescimento do PIB ficou-se pelos 6,9% - o mais baixo resultado em 25 anos e que persistirá até Estima-se que o incremento do PIB tenha sido de 7,4% em 2014, prevendo-se um acréscimo ligeiramente inferior para 2015 (7,2%). Segundo os dados do EIU (Economist Intelligence Unit), espera-se que a taxa de crescimento real do PIB desacelere gradualmente ao longo do período de 2016 a Relativamente ao consumo privado, em 2014 e 2015 cresceu, respetivamente, 7,5% e 7,6%, enquanto o consumo público registou 8% e 7,8%. Com o desemprego abaixo dos 5% em 2015 e um nível de inflação que ronda os 2%, a descida dos preços do petróleo nos mercados internacionais tem um impacto positivo na inflação, gerando um aumento do rendimento das famílias, em termos reais, sustentando assim o crescimento do consumo privado. O forte investimento em infraestruturas e o compromisso do Poder Central em desenvolver as vias de comunicação ferroviárias ( km 2013) e rodoviárias nas províncias mais assimétricas, com a desaceleração da construção para habitação, é indicador importante para a atratividade do país, agora que Governo decidiu estimular a economia pelo lado da Procura. 34

35 Alguns números são impressionantes, assim como os resultados (GRÁFICO 3): 9,579 10, Aeroportos com pista de aterragem pavimentada e 44 não pavimentada; 2000 Portos marítimos e fluviais abertos a navios internacionais; 4,51 6,048 5,579 7,516 6,264 8,481 7,04 7, ,86 Milhões de assinantes de serviços telefónicos (2012), 1,2 mil milhões de assinantes (2013); 89,2% dos habitantes tem telemóvel; 618 Milhões de utilizadores de Internet: de assinantes - 44% da população em ,341 1,347 1,354 1,361 1, Population (million) GDP per capita (USD) GDP (USD bn) GRÁFICO 3 - INDICADORES CHAVE SOBRE A ECONOMIA CHINESA Fonte: Elaboração Própria Elaboração própria c/base em Asian Development Bank (2015) 35

36 CINCO MITOS QUE É NECESSÁRIO DESMISTIFICAR SOBRE A ECONOMIA CHINESA 1 Não estabeleceu as bases para a sua sustentabilidade Grande apoio e dinamismo das exportações; O consumo cresce acima do PIB; O investimento desloca-se para sectores limpos e intensivos em tecnologia; 2 É fraca ainda a sua capacidade em inovação A inovação está no centro do sucesso de empresas como Alibaba (e-commerce) e Xiaomi (tlm.s) que são já concorrentes globais; O investimento chinês em R&D é o 2º maior do mundo; Grande investimento em diversas áreas críticas à sustentabilidade; 3 O seu dinamismo assenta em híper construção (pública e privada) O consumo de cimento, em 2013, foi 25 vezes superior ao dos Estados Unidos em 1985 e é similar ao da Coreia do Sul e Taiwan. 4 As assimetrias crescem com a aceleração do bem-estar nas cidades Já em 2016, o 13º Plano Quinquenal investe ampla parcela do PIB em sustentabilidade, com a redução da capacidade industrial excedentária, poluente, bem como na produtividade; Menos empregos, rendimentos em desaceleração e menos confiança os trabalhadores colarinho-branco são os mais vulneráveis; Abertura e facilitação do investimento interno e da gestão externa; A indústria chinesa parece estar a mudar, não a desaparecer empresas de êxito são competitivas à escala global; As importações agrícolas crescem com oportunidades e parcerias externas (Austrália, Rússia e Estados Unidos); Em 2016, as necessidades alimentares irão gerar um recorde de importações, com oportunidades para países exportadores grãos, oleaginosas, milho, bovinos,..., alimentos processados de marca para a classe média; 5 Maior centralização, fruto da reposição do poder central Empresas estatais têm diminuído : de 78% (1978) para 26% (2011); O consumo está mais dinâmico que o PIB; Estimula-se o regresso da classe média, dado que as cidades estão saturadas; A China continua a aumentar a sua presença global Acordos com União Europeia e Reino Unido são exemplos recente. TABELA 1 - CINCO MITOS Fonte: Adaptado de McKinsey&Company (2015) 36

37 Europa Estados Unidos China GRÁFICO 4 - EXPLOSÃO DO VALOR DO MERCADO ELETRÓNICO ($ BN) Fonte: Elaboração própria c/base em Statista (2016) A China é o maior e mais dinâmico Mercado mundial de e-commerce. Em 2018, estima alcançar 610 biliões de dólares em valor de mercado, ultrapassando a Europa e os Estados Unidos somados 37

38 GUIZHOU Guizhou é um exemplo paradigmático do esforço de qualificação atual do crescimento económico. Província entre as menos desenvolvidas, espera tornar-se "a Suíça da China", multiplicando o dinamismo do seu PIB pelas suas condições climatéricas, riqueza cultural e paisagísticas condições base para qualidade de vida que procuram os inovadores. Switzerland's experience in developing into a rich country can be applied to Guizhou's development as well Zhang Xinsheng, general-secretary of Eco-Forum Global Through the EcoForum Global Forum, we can gain experience from other countries, including Switzerland, inecological conservation and economic development, Li Jun, deputy secretary of Guizhou's provincial Communist Party of China committee. 38

39 Apple em Guizhou aberta ao investimento tecnológico De acordo com Lisa Jackson, vice-presidente de iniciativas ambientais da Apple, a empresa de tecnologia dos Estados Unidos, com sede na Califórnia, pode colocar o seu Centro de Dados da Ásia-Pacífico, na província de Guizhou e, para isso, estão a trabalhar em cooperação com Guizhou e o Foxconn Technology Group (Taiwan) - maior contract manufacturing de eletrónica do mundo. Nos últimos anos, a província de Guizhou acelerou o seu desenvolvimento económico (GRÁFICO 5), preservando sua ecologia, tornando-se uma das províncias mais rápido crescimento na China. Tem ganho reputação internacional como comprovam os mais de académicos, políticos e jornalistas participaram na Eco Fórum Global Annual Conference opens in Guiyang (2015). 39

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41 A INDÚSTRIA EM GUIZHOU Guizhou é uma província pobre relativamente ao conjunto, com o mais baixo PIB p/capita das províncias chinesas (GRÁFICO 5). As suas principais indústrias são a silvicultura, energia e extração mineral, principalmente carvão (Tabelas 2 e 3). A produção de energia elétrica é um grande componente da economia Guizhou, mas a maior parte da energia que é criada é exportada para Guangdong. A província tem reservas de minério de fósforo e bauxita em primeiro e segundo, respetivamente, na China. A sua reserva de carvão é a maior entre todas as províncias do Sul e a quinta maior da China. A ATIVIDADE AGRÍCOLA Com atrações turísticas como as quedas de água de Huangguoshu - as maiores em toda a China e o Palácio de Conferências de Zunyi, onde Mao Zedong liderou o Partido Comunista durante a conferência de 1935, Guizhou beneficia de um aumento no turismo, mas é ainda surpreendentemente escasso face à beleza da região e ampla diversidade étnica. Rica em recursos minerais, Guizhou identificou cerca de 123 diferentes minerais, 22 dos quais avaliados no top 3 das reservas nacionais. Com a melhoria significativa na irrigação, Guizhou tem um forte setor agrícola. A província é um dos principais produtores de tabaco e sua produção ficou em segundo lugar no país em 2013, só depois de Yunnan. Produtos como o chá é famoso o seu chá verde, legumes e algumas frutas exóticas são reconhecidos tanto interna como externamente. Graças à sua biodiversidade, Guizhou também tem dispões de muitas variedades de ervas para uso industrial e medicinal. 41

42 Valor Acrescentado Industrial (%) Cidades PIB ($ bn) PIB p/capita ($ bn) VA. Industrial ($ bn) Vendas Retalho ($ bn) Extração e Lavagem de Carvão 22.0 Produção de Licores e Bebidas 19.5 Guyang Produção e Distribuição de Energia Elétrica, Gaz e Hidroelétrica 12.9 Produção de Tabaco 10.9 Zunyi Matérias-primas e Produtos químicos 4.9 Produção de Produtos Minerais Não-Metálicos 4.2 Fundição e Prensagem de Metais Não-Ferrosos 3.7 Produtos Médicos e Farmacêuticos 2.7 Fundição e Prensagem de Metais Ferrosos 2.5 TABELA 2 - GUIZHOU: CLUSTERS INDUSTRIAIS MAIS IMPORTANTES (2013) Fonte: Adaptado de All China Data Center Bijie Liupnshui TABELA 3 - GUIZHOU: INDICADORES ECONÓMICOS DAS MAIORES CIDADES (2013) Fonte: Adaptado de All China Data Center 42

43 É conhecido que o Mercado chinês tem a maior classe média do mundo milhões pessoas, sendo, no entanto, ponderada pela também vasta classe baixa. De qualquer modo, a China é já a segunda maior economia do mundo e algumas das suas províncias mostram um desempenho mais saliente isoladamente, à escala global. O PIB de Guangdong s (a taxas de câmbio de mercado) é tão grande como o da Indonésia; Jiangsu e Shandong superam a Suíça. Guangdong exporta tanto como a Coreia do Sul e Jiangsu tanto como Taiwan. O PIB de Shanghai p/capita é tão elevado quanto o da Arábia Saudita (ppc.s), ainda que abaixo de Hong-Kong e Macau. No outro extremo, a mais pobre das províncias, Guizhou tem um: PIB (71,8 biliões de dólares) similar ao da líbia; PIB p/capita ($3.335) próximo do da India; total população (38.4 m) similar à Argentina; valor total de exportações (1,5 biliões de US Dólares) similar ao da Coreia do Norte As Províncias do Sul nas quais Guizhou se integra, estão entre as que acumularam a maior dívida que, somada ao reduzido rendimento p/capita generalizado, coloca desafios de Gestão e Política Económica sérias: como financiar o desenvolvimento futuro (e necessário)? Mas há também oportunidades! A título de exemplo, as províncias nas fronteiras oeste e sudoeste beneficiam, mais que outras, dos efeitos da ambição da China para expandir o comércio transfronteiriço e de investimento através da "nova rota da seda (One Belt, One Road). 43

44 Produto Interno Bruto Bruto ($ ($ bn) bn) Produto Interno Bruto Bruto p/capita ($) ($) População (milhões) Exportações ($ ($ bn) bn) GRÁFICO 5 - SITUAÇÃO COMPARATIVA DE GUIZHOU NO CONJUNTO DAS 33 PROVÍNCIAS, MUNICIPALIDADES E REGIÕES AUTÓNOMAS CHINESAS Fonte: Economist Intelligence Unit (2016) 44

45 Indicadores económicos valor var. % valor var. % valor var. % PIB ($ bn) nominal 121,8 12,5 140,1 10,8 159,7 10,7 % PIB Nacional 1,4 1,5 1,6 PIB p/capita ($) 3477, , ,76 População (milhões) 35,1 Exportações ($ bn) Importações ($ bn) Investimento Directo (inflows) ($ bn) Inflação (%) 2,5 2,4 1,8 Estrutura Económica (Sectores) Primário 12,9 13,8 15,6 Secundário 40,5 41,6 39,5 Terciário 46,6 44,6 44,9 Mercado de Trabalho Desemprego (%) 3,3 3,3 Crescimento real dos Salários (%) 12,2 9,1 Rendimento disponível urbano (% ano) 10,0 10,0 9,6 Rendimento disponível rural (% ano) 19,4 14,7 14,3 Rede Ferroviária total (Km) Rede Ferroviária (Km por mil Habitantes) 93,8 114,2 Transporte Rodoviário (milhões Toneladas) ,2 Transporte Marítimo (milhões Toneladas) 11,4 13,4 Consumo e Investimento Consumo Público Final (% PIB) 15 14,1 Consumo Final das Famílias (% PIB) 41,6 43 Formação Bruta de Capital Fixo (% PIB) 65,7 66 Exportações líquidas (% PIB) -9,4 Investimento em ativos fixos ($ bn) 108,04 29,0 133,52 23,6 Vendas Retalho ($ bn) 35, ,24 12,9 Venda de Imóveis Residenciais (% ano) 33,6 1,1 Investimento Imobiliário (% PIB) 31,6 10,3 Superfície Construída não vendida (% Ano) 90 O Sector Primário ainda é responsável por 12,9% do PIB com base num cabaz de produtos que incluem milho, arroz, tabaco, tubérculos e sementes de colza. A produção de tabaco é segunda em volume em toda a China, representando 12,9% do total nacional. Guizhou tem mais de tipos de ervas pelo que é um dos principais produtores domésticos de medicina chinesa. A produção animal e produtos agrícolas destinados à indústria farmacêutica são também importantes sectores da produção agrícola. Embora a pesca seja responsável por uma muito pequena parcela do sector primário, tem vindo a crescer mais de 20% ao ano, em termos de valor agregado, ao longo dos últimos três anos. A estrutura da produção industrial em Guizhou reflete os recursos naturais da província. Em 2013, energia elétrica, calor e gás representaram 12,9% do valor acrescentado industrial, enquanto o tabaco, as bebidas alcoólicas e não alcoólicas, em conjunto, representaram mais de 30%. As mais importantes áreas de concentração industrial são a capital Guiyang e Zunyi. TABELA 4 - GUIZHOU: PERFIL DE MERCADO Fonte: Adaptado de Deutshe Bank Research (2016) 45

46 Guizhou continuará a desenvolver produtos farmacêuticos, tabaco e indústrias agroalimentar, sectores mais ou menos tradicionais, mas não perdeu oportunidade - antes tomou a iniciativa, de concentrar esforços em sectores inovadores e globais, exigentes em capacidade de investimento, formação e tecnologia, como é o caso mais saliente da Big Data. Empresas de Big data em Guizhou esperam beneficiar do facto de a província ser quem primeiro vai regulamentar o sector nascente 16 de março 2016 será o lançamento. Em sectores tão sensíveis como o Big Data na Saúde, é crítico saber o que se pode e não pode fazer. Guizhou tem notoriedade como destino turístico (ecoturismo), pois possui diversos parques naturais (6) e zonas protegidas (12) que preserva e desenvolve como alavanca na captação de visitantes e exploração das economias que aí resultem. Já em 2013, o volume de turistas externos cresceu 10.2% (770 mil), gerando receitas em torno dos 200 milhões de dólares (+19.2%). O turismo interno cresceu 25% milhões de visitantes com um volume de receitas em trono dos 236 milhões de dólares. Relativamente ao comércio externo da província, as exportações de Guizhou para a Ásia (região) representaram 54% das exportações totais. As exportações para a Europa e América do Norte cresceram rapidamente nos últimos anos. Em 2013, as exportações para a Europa e América do Norte cresceu 92% e 74%, respetivamente. Os principais produtos exportados foram produtos químicos e relacionados, máquinas e equipamentos, plásticos e produtos relacionados. Em 2013, as exportações para Hong Kong atingiram os 360 milhões de dólares (+ 42,4%), representando 5,2% do total das exportações. Guizhou importa minerais, plásticos e produtos relacionados, maquinaria e equipamento, fundamentalmente da Ásia e da Oceânia. Em 2013, o investimento direto externo para a indústria representou 42,5% dos ingressos totais em IED. Os setores de energia elétrica, gás e água foram beneficiados com 17,6% do IED total utilizado. Hong Kong é um dos principais investidores em Guizhou. Em 2013, todavia, o investimento direto proveniente de Hong Kong caiu -20,6% (240 milhões de dólares). Até aí, Hong Kong foi responsável por 31,5% do IED em Guizhou. 46

47 Alimentação 43,1 35,9 Vestuário 10,2 10,2 Artigos de casa 6,3 7,9 Serviços Médicos e de Saúde 5,6 4,6 Transporte e Comunicações 10,4 13,6 Serviços de Laser, Educação e Cultura 11,2 14,2 Habitação 10,0 10,9 TABELA 5 - COMPOSIÇÃO DA DESPESA DE FAMÍLIAS URBANAS (P/CAPITA) Fonte: Adaptado de All China Data Center Relativamente ao Consumo, em 2013, o rendimento disponível p/capita de lares urbanos situou-se nas 3.3 mil milhões de dólares (+10.5%). O crescimento das vendas de retalho em Guizhou aceleraram nos últimos anos. A capital Guiyang é o maior centro comercial, representando cerca de 33% das vendas totais em Zunyi, a segunda maior cidade, foi também responsável por 20%, pelo que as duas cidades concentram 50% das vendas totais. As despesas em alimentação ainda constituem um pilar na composição das despesas das famílias, que conjuntamente com as despesas com habitação ultrapassam os 50% (TABELA 5). 47

48 27 DE JUNHO VISITA A XIJIANG MIAO VILLAGE 48

49 1.5. CULTURA CHINA A proximidade física e cultural com um Mercado externo selecionado e/ou do qual se tem prévia experiencia prejudicam, por vezes, o distanciamento com que é necessário identificar e avaliar o complexo de riscos com que a Empresa se confronta quando decide sair ou diversificar a sua presença internacional. A Cultura, pelo seu poder de diferenciação, de autorreferenciação pode constituir, quando desconhecida na sua especificidade, um obstáculo definitivo ao sucesso na entrada num mercado terceiro. Quando, por outro lado, é familiar o cuidado com a diferença, o conhecimento das especificidades culturais pode ser fonte de economia, na medida em que permita gerir risco com maior clareza e antecipação, mas sobretudo suscite a descoberta de novos contextos de uso, inusitadas necessidades implícitas isentas da deformação que provoca a utilização de critérios meus quando A Cultura é, pois, no contexto internacional critica para o sucesso da internacionalização. A utilização da escala de Hofsted para estimar a proximidade cultural entre a China e Portugal é um exercício surpreendente, senão vejamos. O que se pretende é captar o perfil 1. A Distância ao Poder; 2. O grau de Individualismo vs. Coletivismo; 3. A Masculinidade vs. Feminilidade; 4. A orientação ao Longo-prazo vs. Curto-prazo. 5. A Indulgencia ou autocontrolo. Como se pode observar, o nosso perfil é bem distinto do dos chineses, mesmo antagónicos relativamente ao longo-prazo. As implicações são profundas na abordagem, negociação, familiaridade, comportamentos que em gestão internacional são bem relevantes (GRÁFICO 6). avalio o outro. 49

50 80 63 Distância ao Poder Individualismo Masculinidade Intolerância à Incerteza China Portugal Orientação ao Longo-Prazo Indulgência GRÁFICO 6 - PORTUGAL - CHINA: DIVERSIDADE CULTURAL (COEF ) Fonte: Elaboração própria c/base em Hofsted Center 1.6. INFORMAÇÕES PRÁTICAS * FORMALIDADES DE ENTRADA Todos os visitantes têm de ser portadores de um passaporte (com validade mínima de seis meses para além da data de fim da viagem) e de visto de entrada. Existem oito categorias de vistos: L Viagem turismo F Negócios, estágios, intercâmbios culturais ou científicos D Residentes permanentes na China X Estudo Z Trabalho G Trânsito C Tripulações (companhias aéreas, marinheiros...) J Jornalistas O visto poderá ser obtido na Embaixada da República Popular da China em Lisboa, cujas coordenadas se encontram em Contactos Úteis (AICEP Portugal Global, 2016). * Fonte Direta: Guia Prático de Acesso ao Mercado (2014) 50

51 LÍNGUAS UTILIZADAS Existe uma língua oficial, 7 dialetos e ainda várias línguas das diferentes minorias étnicas embora o mandarim seja a língua-franca falada por todo o país, a língua ouvida, por exemplo, nas ruas de Xangai é o wu ( xangainense ) e em Cantão o yue (cantonês), este último também falado nas Regiões Administrativas Especiais de Macau e Hong-Kong. Mesmo a língua escrita oficial é complementada pela escrita local em algumas províncias. O chinês mandarim é uma língua sino-tibetana, sendo o idioma mais falado do mundo e a língua materna de mais de 900 milhões de pessoas. Duas das facetas mais difíceis da língua chinesa para os estrangeiros são a pronúncia e a escrita. A pronúncia porque o mandarim, para além dos sons próprios Relativamente à escrita, verifica-se que os ocidentais estão familiarizados com uma escrita alfabética, pelo que a aprendizagem e uso do sistema pictográfico de escrita chinesa, são frequentemente problemáticos. O sistema de escrita é formado por mais de 10 mil carateres, embora se diga que aprender aproximadamente 2 mil basta para entender os textos não especializados. Para facilitar a comunicação, foi criado o sistema de escrita PinYin, método usado oficialmente na República Popular da China para transcrever o dialeto mandarim da língua chinesa para o alfabeto latino. De referir que a generalidade dos chineses não fala línguas estrangeiras, mesmo a utilização e compreensão do inglês é rara no dia-a-dia, pelo que o visitante deve ter em conta este facto (AICEP Portugal Global, 2016). associados a cada caracter, possui 4 tons, existindo vários carateres com sons e tons idênticos, mas distintos na grafia e no significado. 51

52 HORA LOCAL Corresponde ao GMT mais oito horas. Em relação a Portugal, a China tem mais oito horas no horário de inverno e mais sete horas no horário de verão (AICEP Portugal Global, 2016) HORÁRIO LABORAL Serviços Públicos: das 8h30 às 11h30 / das 13h00 às 17h00 (de segunda-feira a sexta-feira) Bancos: das 9h00 às 12h00 / das 13h30 às 17h00 (de segundafeira a sexta-feira) Comércio tradicional: das 9h00 às 19h00 (todos os dias) Centros comerciais: das 9h00 às 21h00 (todos os dias) Supermercados: das 9h00 às 21h00 (todos os dias) Feriados fixos: 1 de janeiro - Ano Novo 1 de maio - Dia do Trabalhador 1, 2 e 3 de outubro - Celebração da Fundação da República Popular da China / Dia Nacional Os feriados nacionais são, para os trabalhadores chineses, acompanhados pelos chamados dias de compensação, ou tolerância de ponto. Assim, ao feriado de 1 de janeiro juntam-se os dias de 2 a 3 de janeiro como dias feriados, ao dia 1 de maio os dias de 28 a 30 de abril e aos feriados de outubro os dias 4 e 5 deste mês. Feriados móveis: Festival da primavera / Ano Novo Chinês, 3 dias de feriado e 2 de compensação Dia de Finados, 1 dia de feriado e 2 de compensação Festival do Dragão, 1 dia de feriado e 2 de compensação Festival do outono, 1 dia de feriado e 2 de compensação 52

53 Recomenda-se a consulta do calendário de feriados chineses antes de decidir as datas da viagem de negócios, visto que nessas datas, em especial as celebrações da fundação da República Popular da China e do Festival da primavera/ano Novo Chinês (as chamadas Golden Weeks) existe de facto uma paragem total da atividade, que se alarga por vários dias úteis, em virtude do acima referido sistema dos dias de compensação. Quanto às melhores épocas para agendar viagens de negócios, embora o clima seja muito variável na China, cujo território atravessa seis zonas climáticas distintas, no geral recomenda-se efetuar a viagem durante a primavera (março a maio) ou o outono (setembro e outubro), evitando desta forma as temperaturas extremas do inverno e do verão; note-se que o inverno é rigoroso, seco e que a temperatura atinge graus negativos. O verão é quente e com elevados graus de humidade, registando-se temperaturas elevadas e DESLOCAÇÕES NO PAÍS Não existem ligações aéreas diretas entre Portugal e a China. As principais companhias aéreas europeias (AIR France, British Airways, Lufthansa, KLM) têm voos regulares para Pequim e Xangai, a partir das principais cidades (Paris, Londres, Amsterdão, Berlim, Frankfurt). Em 2012, a Emirates Airlines inaugurou voos diretos para o Dubai, nos EAU, a partir de Lisboa, passando assim o Dubai a ser mais uma escala possível de ligação aérea com a China a partir de Lisboa. períodos de chuvas intensas em algumas regiões (AICEP Portugal Global, 2016). De referir que em outubro deverá ser evitado marcar viagem na primeira semana do mês, tendo em conta os feriados de comemoração da fundação da República Popular da China, dias 1, 2 e 3 de outubro. 53

54 Caso a viagem seja efetuada em fevereiro, deverá também ser consultado previamente o calendário anual de feriados, dado que a celebração móvel do Fim de Ano Chinês (Ano Lunar ou Festival da primavera), que também implica 3 feriados seguidos, ocorre normalmente durante este mês; não só a mesma implica uma paragem de atividade, em termos práticos, por uma semana seguida (aos dias de feriado nacional juntam-se dias de compensação, ou de tolerância de ponto) como o período corresponde ao maior movimento de migração interna do mundo, com milhões de chineses a deslocarem-se do local de residência para o local de origem familiar, ficando em overbooking os voos domésticos e esgotados os bilhetes de comboio, para além de aumentarem os respetivos preços (AICEP Portugal Global, 2016). Meios de Pagamento A moeda chinesa é o Renminbi (RMB, código CYN ou CN). A unidade do RMB é o YUAN, o qual se divide por 10 jiao e que finalmente se divide por 10 fen (valor tão pequeno que raramente é utilizado). Informalmente o Yuan é apelidado de kuài e o jiao apelidado de máo. Símbolo chinês para CYN: - Existem notas de 100, 50, 20, 10, 5, 2, 1, 0,1 e 0,5 sendo as menos utilizadas as de 2 e de 0,5. As moedas são de 1, 0,5 e 0,1 e também, raramente utilizadas, de 0,01, 0,02 e 0,05 O câmbio de divisas pode ser feito nos bancos e em casas de câmbio e em boas redes ATM/Multibanco nas cidades. Normalmente existem máquinas ATM para redes nacionais e outras para redes internacionais, tendo estas últimas instruções bilingues (chinês/inglês). Os cartões de crédito (Visa, Mastercard, American Express, etc.) são normalmente aceites em hotéis, mas no que se refere ao comércio e restauração, a sua aceitação é bastante variável, pelo que se aconselha ao viajante que tenha dinheiro disponível. Os custos de levantamentos e pagamentos variam consoante a entidade bancária portuguesa, pelo que deverá antecipadamente solicitar tal informação junto do seu banco (AICEP Portugal Global, 2016) DIFERENÇAS DE ESCALAS Corrente Elétrica 220 Volts AC, 50 ou 60 Hz. Tomadas de dois e de três pinos. Pesos e Medidas É utilizado o sistema métrico. 54

55 1.7. REGIME FISCAL DO INVESTIMENTO ESTRANGEIRO * Com a entrada da China na OMC as autoridades locais comprometeram-se a proceder, de forma gradual e faseada, reformas significativas com vista a atrair o investidor estrangeiro, criando, para o efeito, um ambiente de negócios de maior segurança jurídica, transparência de procedimentos e abertura do mercado; os interessados podem consultar a publicação China Outlook 2015 / Foreign Investment Direct, KPMG que, entre outras informações, faz referência à futura alteração do quadro jurídico do investimento estrangeiro (Draft Foreign Investment Law - FIL, 19 January 2015) que permitirá aos promotores estrangeiros um acesso mais facilitado a este mercado asiático (AICEP Portugal Global, 2016). De facto, na sequência da publicação pelo Ministry of Commerce (MOFCOM) da proposta de nova legislação the FIL Unofficial English Investment Draft Law: What you Should Know, e quando a mesma for aprovada e entrar em vigor, a China dará mais um passo importante na liberalização do regime legal a que passarão a estar sujeitos os projetos de investimento estrangeiro, nomeadamente ao nível da simplificação dos respetivos procedimentos de aprovação e da aplicação do princípio do tratamento nacional em igualdade com as empresas chinesas, salvo no que respeita às restrições/proibições previstas na Lista Negativa a criar no âmbito da FIL ou em legislação especial. Assim, ao contrário do que sucede atualmente, em que todos os projetos são objeto de aprovação governamental numa base casuística (com exceção dos estabelecidos na Zona de Comércio Livre de Xangai), apenas os investimentos a implementar em setores classificados como restritos (na referida Lista Negativa) estarão submetidos a licenciamento específico. Para esclarecimentos pormenorizados sobre a reforma legal a implementar sugerese a consulta da seguinte informação: Ministry of Commerce News and Analysis (JD Supra, LLC, 2015); Last Guidance Catalogue for Foreign Investment Industries Released, China Briefing, 2015); PRC Foreign Investment Draft Law: What you Should Know (Sheppard and Mullin Richter & Hampton LLP,2015); * Fonte Direta: Guia Prático de Acesso ao Mercado (2014) 55

56 Draft PRC Foreign Investment Law Proposes Substantial Changes to the Foreign Investment Regime in China (Law Now / CMA International Law with Global Expertise, 2015); Radical Changes for Foreign Investment in China are on Their Way (Squire Patton Boggs, Service Global Law Firm, 2015); China: New Law Shakes up Foreign Investment Regime (Norton Rose Fulbright, Global Legal Practice, 2015). Ainda no contexto da política de investimento estrangeiro o Governo central, através do (National Development and Reforms Commission NDRC, tutelado pelo Comité Central) e do Ministry of Commerce MOFCOM) tem promulgado, desde 1995, um conjunto de regras, objeto de alterações periódicas, que estabelecem orientações fundamentais para a entrada do investimento externo, em todos os setores de atividade Catálogo de Investimento Estrangeiro (Catalogue for the Guidance of Foreign Investment Industries), de acordo com as prioridades anunciadas para o desenvolvimento económico e social do país. A 13 de março de 2015 foi publicada a sexta revisão deste catálogo/guia (Latest Guidance Catalogue for Foreign Investment Industries), em vigor desde o dia 10 de abril de 2015, e que dá seguimento (com algumas alterações e ajustamentos) à versão de novembro de 2014 (Draft Version Released in November 2014). De acordo com as regras estabelecidas o investimento estrangeiro a realizar no país continua a ser classificado por três categorias de atividades económicas: as encorajadas (encouraged industries); as restritas (restricted industries); e as proibidas (prohibited industries). Todas as restantes, que não se encontrem nas categorias enunciadas, são consideradas como autorizadas ou permitidas (AICEP Portugal Global, 2016). O catálogo de 2015 estabelece 349 atividades incentivadas, 38 restritas e 36 proibidas; em comparação com a versão de 2011 regista-se uma redução dos setores restritos e proibidos, assim como da exigência de parceria com empresas locais, ou detenção da maioria do capital social por parte do sócio chinês, o que se traduz numa maior liberalização no acesso à atividade económica pelos promotores estrangeiros, quer em regime de exclusividade (criação de empresas com 100% de capital externo), quer através de parcerias locais (obrigatoriedade de constituição de joint-ventures com maioria, ou não, de capital chinês). No que respeita às atividades incentivadas (cujos promotores dos projetos podem beneficiar de incentivos fiscais, aquisição de terrenos a custos reduzidos, procedimentos simplificados, entre outras vantagens) a lista foi ampliada, passando a contar, nomeadamente, com o exercício da medicina tradicional chinesa, a exploração petrolífera, a prestação de cuidados de saúde à população mais idosa, 56

57 a prestação de cuidados de saúde à população mais idosa, a produção de determinados medicamentos (ex.: derivados de sangue), os serviços de contabilidade e auditoria, plataformas de e-commerce e a produção de componentes e motores para alguns veículos. As alterações mais significativas, no sentido de uma maior liberalização, verificaram-se nas atividades restritas, onde o número foi reduzido de 79 para 38, tendo sido eliminadas da lista a maioria das atividades comerciais e o imobiliário. Nesta categoria destacam-se: o setor bancário; a indústria automóvel (produção de veículos automóveis); a prestação de cuidados médicos (hospitais), apesar de ser viável desde 2014 a constituição de centros de saúde com 100% de capital externo em 7 províncias/ cidades piloto e o Governo defender uma política de abertura gradual destes serviços ao investimento estrangeiro; a educação (em todos os níveis de aprendizagem, ou seja, do pré escolar ao ensino superior), atividades culturais e a indústria de entretenimento. Relativamente às atividades proibidas e apesar do seu número ter sofrido uma redução, a lista também regista novas entradas. Assim, encontram-se previstas, para além das atividades que ameaçam a segurança nacional e a ordem pública (fabrico de armas e munições, controlo de tráfego aéreo ou correios), a prestação de consultoria em matéria de ordenamento jurídico chinês, a produção de sementes de plantas geneticamente modificadas, a venda de tabaco, assim como a produção de gravações de som e vídeo e publicações online. Para informação mais detalhada aconselha-se a consulta da seguinte informação, sendo que é fundamental, dada a recente entrada em vigor do Catálogo de Investimento Estrangeiro, a par da reforma jurídica em curso The FIL (que prevê a criação de uma Negative List que muito provavelmente se baseará no atual Catálogo 2015 que será revogado uma vez que a nova lei entre em vigor), a contratação de assessoria local especializada para obtenção de esclarecimentos e orientações: China Plans Sweeping Foreign Investment Reforms (King & Wood Malessons KWM, Law Firm, 2015); China Regulatory Brief: 2015 Guidance Catalogue for Foreign Investment Industries Released (China Briefing, 2015); China s New Foreign Investment Guidance Catalogue Enters Into Force Today (Stibbe, Law Firm, 2015); China Releases New Foreign Investment Catalogue (PLC, Practical Law, Thomson Reuters, 2015); 57

58 China s New Foreign Investment Guidance Catalogue (Pillsbury Winthrop Shaw Pittman LLP, Service Law Firm, 2015); China Issues Foreign Investment Industrial Guidance Catalogue (2015 Amendment), WongPartnership LLP, Law Firm, 2015); China Revised the Guideline Catalogue of Industries for Foreign Investment (Law-Now / CMS International Law Firm with Global Expertise, 2015); The New Foreign Investment Catalogue Finalised What is the Trend for Foreign Investment in the PRC? Mayor Brown, Global Legal Services, 2015); 2015 Catalogue Opens Life Sciences and Healthcare Setor (Norton Rose Fullbright, Global Legal Practice, 2015). Ainda no contexto dos aspetos gerais a ter em conta quando se pretende investir na China é importante referir que a 14 de maio de 2013 a National Development and Reform Commission e o Ministry of Commerce aprovaram uma revisão do Catalogue of Priority Industries for Foreign Investment in Central and Western China (2008) que estabelece condições especiais para o investimento no interior da China, e que entrou em vigor a 10 de Junho do mesmo ano Catalogue of Priority Industries for Foreign Investment in Central and Western China. No que concerne aos procedimentos e tramitação, e de modo a atrair o IDE (Investimento Direto do Exterior / Foreign Direct Investment FDI), o processo de autorização dos projetos de investimento estrangeiro foi simplificado. O valor do investimento é um fator determinante na definição da entidade responsável pela aprovação dos projetos. Por exemplo, nas atividades incentivadas pelo Estado chinês os projetos de pequena e média dimensão (inferiores a 300 milhões de USD), são aprovados pelas entidades locais, enquanto os grandes projetos têm de ser aprovados pelas entidades centrais MOFCOM (Circular of the Ministry of Commerce on Issues Concerning Foreign Investment Administration / ver ponto IV). Com o objetivo de facilitar as operações de investimento estrangeiro na China, nomeadamente no que respeita à simplificação dos procedimentos que evolvem as transações com o exterior, nomeadamente ao nível do repatriamento de lucros e capitais, tem vindo a ser publicado, nos últimos anos, um conjunto significativo de regulamentação pela State Administration of Foreign Exchange (SAFE) / Rules and Regulations. Informação pormenorizada também pode ser consultada no site China Briefing (China Further Eases Foreign Exchange Control over Capital Accounts / China Simplifies Rules on Foreign Exchange Administration of FDI / China Expands QFII Schemes to Allow Greater Foreign Investment). 58

59 Relativamente ao estabelecimento de uma empresa existem várias formas legais, sendo que é possível criar uma sociedade na China apenas com capital estrangeiro. Para o exercício de algumas atividades (restricted industries) é obrigatória a participação (minoritária ou não) de um sócio local. Independentemente do que está estabelecido na lei a criação de uma joint-venture é uma opção interessante. De entre as formalidades a cumprir destacam-se o pré-registo do nome da sociedade junto da Administration for Industry and Commerce (AIC), que disponibiliza, no seu site, um Guidance on Registration e a obtenção de aprovação por parte da delegação local do Ministry of Commerce (MOFCOM). A tramitação pode ter variações consoante a indústria, a região, entre outros fatores a ter em conta; o processo é um pouco demorado e sujeito a interpretações nem sempre lineares, pelo que é aconselhável o necessário apoio técnico-jurídico ao longo do processo. Consulta de informação nos sites: China Briefing (Establishing a Trading Company in China / Setting Up a Representative Office in China / Key Aspects of Business Establishment for FIE s in China); e EU SME Centre (Establishment of a Foreign Invested Enterprise in China / Establishment and Operation of a Representative Office in China). Quanto aos incentivos ao investimento o atual quadro legal prevê a concessão de apoios, de entre os quais se destacam: taxa reduzida de 15% para empresas de elevado potencial tecnológico; deduções com despesas em investigação e desenvolvimento; créditos fiscais aos investimentos efetuados em áreas como a proteção do meio ambiente, energia, conservação da água, etc; isenções fiscais no caso de transferências de tecnologia e operações de investimento realizadas em infraestruturas, na agricultura e indústria pesqueira; ajudas ao desenvolvimento das PME (China Highlights 2015 / Incentives, Deloitte 2014; China s Tax Incentives for High-Tech Enterprises / China Issues Guidelines to Accelerate SME Development / China Announces Preferencial Income Tax Policy for Small Business, China Briefing). De referir que a partir da década de 80, foram instituídos diversos pólos de investimento, de que se destacam as Zonas Económicas Especiais (Special Economic Zones SEZ), onde se desenvolvem praticamente todas as formas de atividade económica com caráter permanente, e as Zonas de Desenvolvimento Económico e Tecnológico (National Economic and Technological Development Zones NETDZ / Understanding Development Zones in China; Utilizing Development Zones in China, China Briefing), vocacionadas para acolher projetos industriais de alta tecnologia. 59

60 Existem, igualmente, Zonas Francas (Free Trade Zones FTZ) que beneficiam de um regime especial, que se traduz na isenção do pagamento de impostos sobre as importações e facilidades de armazenamento dos produtos, entre outros benefícios para os promotores estrangeiros que aí queiram implementar as suas empresas. A Zona Franca de Xangai foi inaugurada em setembro de 2013 (China- Shanghai Pilot Free Trade Zone / Shanghai s New Free Trade Zone General Plan and Regulations / Foreign Exchange FDI Regulations Loosened in the Shanghai FTZ / Establishing a Company in the Shanghai FTZ, China Briefing) sendo que em janeiro de 2014 foi aprovada a criação de 12 Zonas Francas (China Approves 12 New Regional Free Trade Zone Proposals, China Briefing) e em dezembro do mesmo ano anunciado o estabelecimento de mais 3 novas (Three New Free Trade Zones in Tianjin, Guangdong and Fujian, China Briefing), bem como o desenvolvimento da Zona Franca de Xangai e a simplificação dos procedimentos dos projetos de investimento (China Announces Locations of New Free Trade Zones, Expands Shanghai FTZ / The New Free Trade Zones Explained Guangdong, China Briefing). No contexto das reformas legais empreendidas nos últimos anos pelas autoridades chinesas com vista a modernizar o ambiente de negócios e a promover a abertura (WTO Review: EU Calls on China to Deepen Reforms and Further Open Up Economy, European Commission, 2014), importa destacar, para além das alterações em curso já referidas na área do regime jurídico do investimento estrangeiro: Reforma Societária / Alteração da Lei das Sociedades (China Amends its Company Law), de 28 de dezembro de 2013 (e em vigor desde 1 de março de 2014), procura promover e incentivar o investimento privado e traduz-se numa série de medidas que reduzem as formalidades requeridas para o estabelecimento empresarial, facilitando e simplificando as exigências neste domínio, nomeadamente ao nível do sistema de registo das empresas estrangeiras, com base no princípio do tratamento nacional (China Issues Revisions on Company Registration Rules / China to Ease Company Registration Rules for Foreign Companies / China to Lower Incorporation Requirements, China Briefing). AICEP Portugal Global China - Ficha de Mercado (março 2015) Reforma do Imposto sobre o Valor Acrescentado (VAT Pilot Reform) que pretende uniformizar os impostos indiretos existentes na China: BT (Business Tax) e VAT (Value-added Tax). do mercado 60

61 Antes da reforma fiscal, o VAT incidia sobre as vendas realizadas a nível interno, importações de bens e sobre a prestação de serviços de processamento, reparação e substituição, a taxas de 13% e 17%; por sua vez, o BT recaía sobre os restantes serviços (ex.: transportes; construção; serviços financeiros e seguradoras), a taxas de 3% e 5%, assim como sobre os bens imóveis, com uma taxa máxima de 20% sobre a indústria de entretenimento e diversão. A reforma (iniciada em 2012) visa substituir, de forma gradual, o BT pelo VAT, eliminando a diferença de tratamento entre a venda de bens e as prestações de serviços, de modo a permitir ganhos de competitividade e eficiência no setor dos serviços. Na fase inicial, o VAT Pilot Reform, incidiu apenas sobre alguns serviços (setor da indústria de transportes e serviços tecnológicos avançados) e em determinadas províncias (ex.: Xangai); em agosto de 2013, a reforma alcançou uma dimensão nacional (Nation to Expand Value-Added Tax Reform, Lawinfochina / China to Expand VAT Reform, Investment Promotion Agency of MOFCOM). Nova Legislação sobre Marcas (China Adopts New Trademark Law), publicada em agosto de 2013, consiste na terceira alteração à Lei das Marcas que entrou em vigor a 1 de maio de 2014 (China s New Trademark Law to Come Into Effect May 1) e que se consubstancia em várias modificações significativas no respetivo regime legal, no sentido de uma maior transparência e segurança jurídica. Importa notar que, não obstante se tenha registado uma melhoria recente no sistema legal de proteção da propriedade intelectual e industrial (PI) na China, as empresas continuam a debater-se com problemas e dificuldades, muitas vezes resolvidos a nível judicial (China Issues White Paper on Intellectual Property Protection; Bad Faith Trademark Registration; The Long and Winding Road of IPR Protection in China, China Briefing). Alteração à Lei de Proteção do Consumidor (China Amends Consumer Protection Law after 20 Years), em vigor desde 15 de março de 2014, visa introduzir diversas melhorias na proteção dos direitos dos consumidores em áreas como o comércio eletrónico (compras online) que não estava regulamentado quando da publicação inicial da lei (1993), nomeadamente a incidência do ónus da prova sobre os prestadores de serviços, em caso de disputa, entre outras. Nova Lei de Segurança Social, publicada a 28 de outubro de 2010 e em vigor a 1 de julho de 2011 (New Social Insurance Law Aims to Improve Social Welfare System in China / Effect on China s New Social Insurance Law on Foreign Employees / Employers, China Briefing) enquadra, de forma unitária, uma matéria que estava dispersa e fragmentada por diversos regulamentos, conferindo-lhe maior transparência e clareza. 61

62 Referir que o sistema de segurança social na China é baseado em diretrizes emanadas do Governo central, embora com especificidades a nível local. Tendo em conta as variações resultantes dos diversos regulamentos emitidos pelos diferentes governos locais, é grande a complexidade para determinar, na prática, as contribuições de cada empresa para a segurança social e os direitos que assistem aos trabalhadores nesta matéria. As empresas estrangeiras deverão, assim, prevenir eventuais dificuldades recorrendo a assessoria especializada para obtenção dos necessários esclarecimentos quanto às obrigações que lhes competem (Social Security in China: What a Foreign Company Needs to Know / Human Resources and Payroll in China 2015, China Briefing). Alterações à Legislação Laboral (Labor Contract Law, Lawinfochina), em vigor desde 1 de janeiro de 2008, visam reformular de forma significativa o relacionamento entre trabalhador/entidade patronal e cuja aplicação incide sobre todas as empresas, independentemente da dimensão das mesmas ou do número de trabalhadores. Entre as várias medidas estabelecidas, destacam-se: o contrato de trabalho deve, sob pena de penalização, ser redigido por escrito; todos os trabalhadores devem ter acesso a um manual informativo onde se encontram previstas as condições de trabalho a que estão sujeitos; o contrato a termo passa a estar submetido a restrições no que respeita à sua renovação (a entidade patronal apenas pode efetuar duas renovações) Designing a Labor Contract in China (China Briefing). A Lei Laboral tem sido objeto de várias alterações nos últimos anos na sequência de pressões dos sindicatos; em 28 de dezembro de 2012 o Congresso adotou a Decision on Revising the Labor Contract Law of the People s Republic of China (Order n.º 73 of the PRC President, China Briefing), em vigor a 1 de julho de 2013, com o objetivo de limitar a contratação de trabalhadores em regime de outsourcing (labor dispatch), por forma a assegurar uma melhor proteção e igualdade das condições laborais destes trabalhadores, nomeadamente a nível salarial (China Revises Labor contract Law, China Briefing / China Amends Labor Contract Law to Eliminate Labor Dispatch Abuse, Brian Cave LLP). Mais recentemente foi publicada regulamentação pelo Ministry of Human Resources and Social Security (MOHRSS), em vigor desde 1 de março de 2014, que irá apresentar novos desafios na gestão de recursos humanos para as empresas estrangeiras (China s New Labor Dispatch Rules to be Enforced March 1 / The Impact of China s New Labor Dispatch Rules on FIE s, China Briefing); 62

63 Lei do Imposto de Rendimento sobre as Sociedades (PRC Corporate Income Tax Law, KPMG), em vigor desde 1 de janeiro de 2008, procura equiparar a taxa do Imposto de Rendimento sobre as empresas estrangeiras e chinesas, deixando de distinguir a origem do capital na criação de uma empresa (também é aplicável às joint-ventures). A taxa uniforme é de 25% (para as PME 20%). Sublinhar, uma vez mais, que dada a rápida e constante alteração a que está sujeito o ordenamento jurídico chinês (na sequência das reformas legislativas em curso) e à grande influência das autoridades oficiais no ambiente de negócios, é essencial que as empresas portuguesas recorram a assistência/assessoria jurídica especializada quando pretendam estabelecer-se neste mercado de modo a acautelar o sucesso das operações a realizar e a minimizar os riscos que possam resultar da grande exigência regulamentar e burocrática, acrescida das alterações constantes ao nível legislativo, que carateriza o mercado chinês. AICEP Portugal Global China - Ficha de Mercado (março 2015). Para informações adicionais sobre o quadro legal do investimento estrangeiro, formas de estabelecimento, sistema fiscal, aspetos laborais, entre outras, os interessados podem consultar as seguintes publicações / sites: Legal Framework for FDI in China (Dacheng Wong Alliance LLP, 2015); Doing Business in China (UHY International, Ltd, 2015); Doing Business in China 2015 (World Bank Group, 2015); China Investment Guide (PLMJ, 2014); Investment in the People s Republic of China (KPMG, 2013); China Highlights 2015 / Taxation and Investment in China (Deloitte, 2014); 2014 FDI Report: China (International Financial Law Review IFLR, 2014); Recomendaciones para Iniciar Negocios en China y Prevenir Posibles Problemas (ICEX, 2014). Nota: O site Lawinfochina, no tema Laws & Regulations, permite a pesquisa e a consulta de legislação chinesa em língua inglesa. Por último, por forma a promover e a reforçar o desenvolvimento das relações de investimento entre os dois países, foram celebrados entre Portugal e a República Popular da China o Acordo sobre a Promoção e a Proteção Recíproca de Investimentos e a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e Respetivo Protocolo (ambos em vigor). * Fonte Direta: AICEP Portugal Global (2016) 63

64 2. AS RELAÇÕES EXTERNAS 64

65 2.1. A CHINA E A APEC A integração da economia chinesa na APEC, que representa cerca de 50% do PIB mundial, constitui aparentemente um obstáculo à entrada de novos produtos oriundos de outras zonas geográficas. Nada mais errado uma vez que a China será a breve trecho o maior parceiro comercial e maior economia do mundo. MAPA 8 - APEC ASIA-PACIFIC ECONOMIC COOPERATION Fonte: Elaboração própria 65

66 2.2. A CHINA E A ASEAN Contrariamente ao esperado, a liderança chinesa está profundamente empenhada na criação de canais estreitos de cooperação (free trade agreements) tecnológicos, económicos e comerciais em vista à sua atual estratégia geoeconómica de conquista de posições no mercado global, sustentadas pela reestruturação e requalificação do seu poder industrial, bem como pela sua reorientação na política económica e social interna. MAPA 9 - ASEAN - ASSOCIATION OF SOUTHEAST ASIAN NATIONS Fonte: Elaboração própria 66

67 2.3. A CHINA E A SAARC Consistente com a cooperação regional anterior, a aproximação às potencias do Índico, em especial da India, sua concorrente direta, permitem à China quebrar o seu isolamento e concretizar o sonho de expansão pelo reavivar da lendária rota da seda, projeto logístico de enorme folego com que pretende participar das economias do Pacifico até ao Báltico. MAPA 10 - SAARC - SOUTH ASIAN ASSOCIATION FOR REGIONAL COOPERATION Fonte: Elaboração própria) 67

68 2.4. A CHINA E A UNIÃO EUROPEIA O investimento para a renovação global da dimensão tecnológica reforçará seguramente o papel da China como motor da economia mundial em particular da UE. 292,1 280,1 302,0 Exemplar é a evolução das negociações bilaterais entre a União Europeia e a China recolhidas no primeiro round de negociações para um acordo de investimento (European Union, Trade with China, 2016) 144,2 148,2 164,8 A intensidade das suas relações (Gráfico 7, 8 e 9) já está patente nos fluxos comerciais, financeiros e tecnológicos de bens e serviços entre os dois blocos. No caso especifico de Portugal, estas são vias de acesso que se abrem à -147,9-131,9-137,3 zona economicamente mais dinâmica da economia mundial, o Pacifico. EU imports EU exports Balance GRÁFICO 7 - COMÉRCIO DE BENS ENTRE A UNIÃO EUROPEIA E A CHINA Fonte: Elaboração própria c/base em European Union, Trade with China (2015) 68

69 29 31,7 127, ,1 20,9 22,6 102,2 8,1 9,2 5,1 25, EU importações EU exportações Balança Inward stocks Outward stocks Balance GRÁFICO 8 - COMÉRCIO DE SERVIÇOS ENTRE A UNIÃO EUROPEIA E A CHINA Fonte: Elaboração própria c/base em European Union, Trade with China (2015 GRÁFICO 9 - FDI - INVESTIMENTO DIRETO ESTRANGEIRO Fonte: Elaboração própria c/base em European Union, Trade with China (

70 28 DE JUNHO THE ECONOMIC AND TRADE DELEGATION OF PORTUGAL SCHEDULE 70

71 2.5. A CHINA E PORTUGAL A China tem vindo, nos últimos anos, a ganhar um peso crescente no contexto do comércio internacional português nosso fornecedor e Exportações Importações comprador e enquanto investidor direto no nosso país é já o nosso 3º Comprador/Fornecedor de Mercadorias (TABELA 6) O estreitar do relacionamento entre Portugal e a China não se esgota, todavia, na área económica, estendendo-se à cooperação e criação de parcerias em áreas como o ensino, a ciência e a tecnologia. De qualquer modo, mesmo partindo de valores relativos baixos, Portugal e as suas Empresas, têm reorientado a sua segmentação internacional, buscando novos mercados-destino atrativos mesmo que muito exigentes em adaptação como é o caso do mercado chinês. União Europeia (28) 69.9 % 74.7 % Angola 6.6 % 2.7 % Estados Unidos 4.4 % 2.7 % China 1.7 % 1.6 % Brasil 1.3 % 1.5 % outros 2.4 % 0.5 % TABELA 6 - CHINA É O NOSSO 3º FORNECEDOR E COMPRADOR DE BENS (2015) Fonte: OMC: Trade Profiles

72 A evolução das nossas exportações na primeira metade desta década mostra um incremento percentual superior a 45% no esforço de penetração no Gigante Asiático (Tabela 7). Naturalmente, a saída para o mercado Chinês não beneficia das Var. % 14/10 Var % 14/13 facilidades intracomunitárias, especialmente a curta distância física e cultural com a Espanha nosso, ainda, primeiro comprador/fornecedor -, bem como a redução de custos financeiros, de transporte, administrativos e regulamentares. Exportações 248,2 428,7 838,6 898, ,5 10,4 Importações 1.535, , , , ,2 0,70 16,40 Ousar entrar em mercados exóticos e tão globalmente atrativos como é o mercado Chinês será sustentável e proveitoso se a decisão de entrar for alicerçada num exercício de prognóstico rigoroso que permita clarificar a diferença entre as condições competitivas doméstica e europeia com as que serão necessário desenvolver para enfrentar o mercado chinês. Dosear o esforço de adaptação/estandardização das nossas ofertas comerciais às voláteis condições do mercado exige (1) conhecimento prévio e rigoroso das oportunidades/ameaças e como as explorar/contornar, bem como, (2) uma auditoria distanciada aos pontos fortes/fracos que é possível acionar/superar para entrar sustentadamente no mercado chinês. Saldo , ,5-517, ,3 Coef. Cob. 16,2 28,9 61,8 67,2 63,8 TABELA 7 - BALANÇA COMERCIAL DE BENS E SERVIÇOS DE PORTUGAL COM A CHINA (Milhões de ) FONTE: Adaptado de Ferreira Leite, A. (2015) 72

73 Exportações Importações Saldo Coef. Cob , , , , ,2 838,6 898, ,2 428,7 16,2 28,9 61,8 67,2 63,8-517,6-438,0-563, , ,5 GRÁFICO 10 - EXPORTAÇÕES, IMPORTAÇÕES, SALDO PT-CH (MILHÕES DE ) Fonte: Adaptado de Ferreira Leite, A. (2015) O crescimento contínuo das nossas exportações de Bens e Serviços desacelera entre 2013/2014. As nossas trocas recíprocas de Serviços são, ainda, insignificantes - a China não faz parte do conjunto dos nossos parceiros mais importantes (TABELA 8). 73

74 Exportações (jan./out) Importações O Investimento Direto Chinês (FDI) em Portugal (2000 milhões de dólares ) o 4º maior destino europeu é o motor da alteração na qualidade e valor das nossas relações económicas. Quando ponderado à menor dimensão Espanha 20 % Espanha 31.1 França 12.7 Alemanha 11.7 Alemanha 11.1 França 7.9 Reino Unido 9.6 Países Baixos 4.9 EUA 5.2 Itália 4.9 Angola 4.6 Reino Unido 4.8 Países Baixos 4.1 Bélgica 2.9 TABELA 8 - EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE SERVIÇOS (2014) Fonte: OMC: Trade Profiles 2015 da nossa Economia no teatro europeu, Portugal é o mais importante destino europeu para o FDI Chinês. As relações comerciais com a China entram numa nova fase qualitativa: criatividade, inovação, parceria e realismo transformam o comportamento externo das Empresas Portuguesas. Para beneficiar das oportunidades no Mercado Chinês que estão ao alcance do melhor que somos capazes, é necessário que o País e as suas Empresas concentrem esforços (Ferreira Leite A., 2015): na melhoria e ampliação da perceção de Portugal na China; no rejuvenescimento e aprofundamento das nossas relações culturais; na presença física, geração e aprofundamento de redes de confiança e parceria; no conhecimento económico, social e cultural dos diferentes mercados no espaço Chinês; na desmistificação do mito da quantidade. 74

75 PONTOS FORTES PONTOS FRACOS 1. Excelente relação qualidade/preço; 2. Oferta diversificada; 3. Oferta de know-how tecnológico em sectores relevantes face à procura do mercado; 4. Posição estratégica de acesso aos mercados europeus e dos PALOP. 1. Fraca perceção de Portugal na China: margem para melhoria da promoção da nossa imagem e valências; 2. Barreiras culturais e linguísticas; 3. Forte concorrência; 4. Défice de investimento/presença no mercado. AMEAÇAS OPORTUNIDADES 1. Complexas barreiras técnicas de acesso ao mercado; 2. Imprevisibilidade do ambiente de negócios e clima de investimento; 3. Fragmentação do mercado, nomeadamente ao nível redes de importação e distribuição; 4. Ineficiente proteção dos direitos de propriedade industrial, das marcas e do design. 1. Poder de compra crescente e aumento do consumo; 2. Grande procura de bens importados; 3. Indústrias em forte reestruturação e crescimento; 4. Contínuo aumento do investimento externo, pelas empresas chinesas; 5. Abertura crescente à cooperação e parcerias, científicas e empresariais, em áreas tecnológicas. TABELA 9 - ANÁLISE SWOT Portugal/China Fonte: Adaptado de Ferreira Leite, A. (2015) 75

76 3. OS NEGÓCIOS 76

77 25 DE JUNHO 2015 REUNIÃO COM O DEPARTAMENTO DE NEGÓCIOS ESTRANGEIROS DE GUIZHOU 77

78 3.1. AMBIENTE DE NEGÓCIOS FAZER NEGÓCIOS Impostos: Para contraiar o seu mau posicionamento relativo no mundo, a China simplificou o pagamento de impostos com: O desenvolvimento de sistemas eletrónicos e novos canais de comunicação disponíveis entre empresas e o Estado; A redução da taxa de Segurança Social em vigor; A equiparação dos regimes fiscais para empresas nacionais e estrangeiras. Iniciar um negócio: Em média, iniciar um negócio exige cumprir 11 procedimentos, demora 33 dias, custa cerca de 0.70% do rendimento p/capita. Em Guiyang, capital de Guizhou, são exigidos 14 procedimentos que demoram 50 dias e custam cerca de 26% do rendimento p/capita nacional. A China simplificou a criação de um negócio, reduzindo os custos, já que isentou PME.s de várias taxas administrativas a partir de janeiro de 2012 e eliminou passos de verificação financeira, demorados e onerosos. Obtenção de crédito: China melhorou seu sistema de informações de crédito, regulando o acesso sectorial a informações de crédito que garantem o direito dos agentes económicos a inspecionar os seus dados. Contratos de Negócios: A resolução de conflitos foi facilitadas e protegidos os contraentes, por alterações ao código do processo civil chinês, simplificando e acelerando processos judiciais. Insolvências: Duram média de cerca de 2 anos, bem mais formalizados nos direitos dos credores, os processos de insolvência custam cerca de 22% do valor dos bens do devedor TABELA 10 - AMBIENTE DE NEGÓCIOS Fonte: Adaptado de Doing Business China (2016) 78

79 3.2. NEGOCIAR COM SUCESSO Cumprimento de Contratos Comércio internacional Resolvendo Insolvência Pagamento de impostos Iniciar um negócio DB 2016 Rank Proteger Investidores Minoritários Obtenção de alvarás de construção Obtenção de Crédito DB 2015 Rank Obter Eletricidade Registo de Propriedade GRÁFICO 11 - MEASURING BUSINESS REGULATIONS Fonte: Adaptado de Doing Business China (2016) Competitividade: 28º (Rank no Global Competitiveness Index 2014/15) Transparência: 100º (Rank no Corruption Perceptions Index 2014) Facilidade de Negócios: 90º (Rank no Doing Business Rep. 2015) Ranking Global: 51º (EIU, entre 82 mercados) São frequentes as dificuldades de compreensão e aceitação da maneira chinesa de fazer negócios. A matriz filosófica, religiosa e política na China é muito distinta da cultura ocidental. Seriam precisas décadas para compreender plenamente e absorver uma cultura tão rica e diferente da europeia, como a do Império do Meio. A China é uma cultura de Alto Contexto, onde a informação não é muitas vezes explícita, mas contextual, e com predomínio para uma linguagem silenciosa. É muito importante evitar critérios de autorreferência (onde só os valores, experiências e conhecimento próprios são a base para tomar decisões) e uma perspetiva etnocêntrica ou de superioridade em relação ao interlocutor. 79

80 THE PORTUGUESE DELEGATION PANEL WITH ANSHUN CITY GOVERNMENT 80

81 3.3. RECOMENDAÇÕES ÚTEIS Recomendações Úteis Definir bem (1) o mercado e sectores; (2) modelo de negócio; (3) formas de abordagem; (4) forma de entrada Estudar profundamente mercado e sectores Conhecer enquadramento regulamentar aplicável Ter sempre em atenção due dilligence/verificação da idoneidade Proteger, antes de abordar marca, a propriedade industrial, o design Recorrer apoio especializado (jurídico) Ter presente a barreira linguística Preparar versões em mandarim materiais promocionais Fazer-se acompanhar intérprete nas deslocações ao mercado Trabalhar o mercado presencialmente (feiras, plataformas) Ter presente forte concorrência e capacidade produtiva Oferecer a qualidade, a diferenciação, o know-how Desmistificar a quantidade Abordar o mercado promoções conjuntas (dimensão; visibilidade) Fundamental (1) o relacionamento pessoal (lento trust building); (2) respeitar a hierarquia (ex. lugares na reunião) Paciência processo de decisão lento Evitar comunicação comercial agressiva Respeitar prazos (escrupulosamente) Protocolo (1) pontualidade britânica ; (2) troca de cartões (m. apreciada) TABELA 11 - RECOMENDAÇÕES ÚTEIS Fonte: Adaptado de Ferreira Leite, A. (2015) 81

82 82

83 3.4. PROCEDIMENTOS DE EXPORTAÇÃO BARREIRAS NÃO-TARIFÁRIAS * Regime Geral de Importação Desde a sua adesão à OMC, em dezembro de 2001, a China tem envidado esforços na implementação de um conjunto de medidas tendentes a uma liberalização comercial e económica, diminuindo a lista de produtos sujeitos a contingentes, reduzindo as tarifas aduaneiras e dispensando uma variedade de bens da emissão de licenças de importação. (AICEP - Ficha de Mercado - Março 2015) Com a publicação da Foreign Trade Law, em vigor desde 1 de julho de 2004, foi consolidada a abertura deste setor, sendo permitido também às pessoas singulares (e não só às empresas) operarem na área do comércio externo, desde que devidamente registadas no Ministry of Commerce (MOFCOM). O sistema de importação de bens na China, da responsabilidade do MOFCOM, estabelece 3 categorias: Permited Goods (abrange a maior parte dos produtos, para os quais apenas é necessária a obtenção de licença de importação automática, para fins estatísticos Automatic Import Licence); Restricted Goods (os produtos incluídos nesta categoria são monitorizados via quotas ou licenciamento não automático, por razões de segurança e saúde públicas, assim como proteção dos recursos naturais; entre os produtos sujeitos a quotas tarifárias encontram-se: arroz; farinha; algodão; quanto aos que necessitam de licença destacam-se os produtos eletrónicos usados e todos os que sejam suscetíveis de colocar em risco a camada de ozono); Prohibeted Goods (produtos químicos e resíduos tóxicos/perigosos, alguns bens em segunda mão, como vestuário e máquinas, e produtos alimentares suscetíveis de causar danos nos consumidores). Os interessados podem aceder a mais informação nas seguintes páginas China s Import and Export Licensing Framework e China: Import (General). * Fonte Direta: Guia Prático de Acesso ao Mercado (2014) 83

84 Refira-se, também, que uma grande variedade de mercadorias está sujeita a uma inspeção antes da realização do desalfandegamento. Da "Lista de Inspeção" constam produtos potencialmente perigosos para a saúde pública, ambiente e segurança nacional; na importação destes produtos é obrigatória a apresentação de um certificado de inspeção, cuja emissão é da competência da General Administration of Quality Supervision, Inspection and Quarantine of the PRC (AQSIQ). decorrentes da aplicação da referida Norma Internacional (ex.: fabrico, tratamento térmico e marcação). Para mais informações e esclarecimentos, as empresas devem contactar a Divisão de Inspeção Fitossanitária e de Materiais de Propagação Vegetativa, da Direção de Serviços de Sanidade Vegetal, da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) Questões Mais Frequentes. O envio de embalagens (ex.: paletes; caixas; caixotes) de madeira de qualquer espécie, não processada, (ex.: pinho; eucalipto; carvalho; choupo) deve cumprir com os requisitos previstos na Norma Internacional para Medidas Fitossanitárias (NIMF) nº 15 (em Inglês: ISPM-15), aprovada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), através da Convenção Fitossanitária Internacional (CFI / IPPC), que visa minimizar o risco de introdução de organismos prejudiciais nos diferentes países (China é membro signatário) através do material de embalagem de madeira. Em Portugal foi publicado o Decreto-Lei n.º 95/2011, de 8 de agosto que, nos artigos 14.º a 21.º, define as medidas fitossanitárias e os procedimentos a seguir relativos ao material de embalagem de madeira não processada destinado a países terceiros, Podem, ainda, ser exigidos certificados de origem, solicitados pelo importador, instituição bancária ou por imposição da carta de crédito, ou outros certificados a obter pelo exportador (como por exemplo, certificados de análise). Nestes casos, o exportador deve questionar a secção consular da Embaixada da República Popular da China em Portugal sobre a necessidade de legalização dos mesmos. Caso os serviços consulares refiram a necessidade de legalização prévia dos documentos junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português, a mesma deve ser efetuada na Direção de Serviços de Administração e Proteção Consulares (SAC), da Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas (MNE). 84

85 PROCEDIMENTOS ALFANDEGÁRIOS * Em termos de procedimentos de despacho aduaneiro importa referir que, desde 1 de janeiro de 2011, qualquer agente económico na China (ex.: importador) tem que estar registado junto das autoridades aduaneiras (Customs Registration Code CR Code); por sua vez, os exportadores nacionais devem indicar nas faturas comerciais que acompanham as mercadorias para além do Consignee CR n.º, a posição pautal correta dos produtos (segundo o Sistema Harmonizado de Classificação e Designação de Mercadorias HS Code) e preencher, de forma exata e pormenorizada, a descrição dos mesmos. De mencionar, ainda, que a partir de 1 de outubro de 2012 é obrigatório o registo prévio de exportadores e importadores de produtos alimentares (bebidas alcoólicas incluídas) para a China (Continental) junto da AQSIQ; neste sentido, foi disponibilizado um website Filing Management System for Exporters / Agents and Consignee of Imported Food para as empresas efetuarem o respetivo registo online; a informação relativa aos importadores chineses deve ser preenchida em chinês. É importante que as empresas estrangeiras exportadoras trabalhem em estreita colaboração com os agentes e/ou os importadores para concluir com Em paralelo, a China implementou um sistema de registo adicional e obrigatório para os produtores estrangeiros de bens de origem animal dos países habilitados a exportar (caso de Portugal para os produtos lácteos) que é da responsabilidade da China National Accreditation Service for Conformity Assessment (CNAS) e que é efetuado, em Portugal, pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV). Só após a realização dos 2 registos será possível emitir os respetivos certificados sanitários necessários à exportação dos bens. As empresas nacionais devem, para o efeito, estabelecer contacto com a Direção de Serviços de Alimentação e Veterinária Regionais da sua Zona para obtenção de informações detalhadas sobre o registo de exportador e proceder ao registo como produtor habilitado. Na Market Access Database (MADB), da responsabilidade da Comissão Europeia, no tema Procedures and Formalities / Country Overview os empresários podem consultar (selecionar o mercado Country / China; introduzir os códigos pautais dos produtos Product Code a 4 ou 6 dígitos; clicar em HS-Code Search e aceitar as condições em Accept) informação sobre a documentação que deve acompanhar os bens a exportar, nomeadamente sobre os documentos Registration of Foreign Exporters of Particular Foodstuffs ou Registration of Foreign Exporters of Dairy Products, no caso de bens alimentares. sucesso este processo. * Fonte Direta: Guia Prático de Acesso ao Mercado (2014) 85

86 Por sua vez, o USDA Foreign Agricultural Service (FAS) disponibiliza o documento China Registration Required for Foreign Food Product Exporters, que visa, igualmente, esclarecer o procedimento de registo. Quanto à regulamentação técnica, de qualidade e segurança dos produtos, a China aplica um sistema de normalização próprio (estruturado em 4 níveis National Standards/GB Standards, Professional Standards/sectorial Standards, Local Standards/Provincial Standards e Enterprise Standards), com componentes obrigatórias e voluntárias, que deverá ser conhecido das empresas externas por forma a que os bens possam ser colocados no mercado em condições de serem consumidos (Standards Used in China). De referir que mais de uma centena de produtos (ex.: fios e cabos elétricos; motores de pequena potência; máquinas de soldar; eletrodomésticos; terminais de telecomunicações; veículos a motor; dispositivos médicos; brinquedos) estão submetidos a certificação obrigatória (CCC China Compulsory Certification), em cumprimento de National Standards/GB Standards, necessitando da respetiva CCC Mark / Catalogue of Products Subject to CCC Mark. Para obtenção de informação na área da qualidade os interessados devem consultar o Site da Standardization Administration of China (SAC), organismo responsável pela gestão, supervisão e coordenação do sistema nacional de qualidade, competindo-lhe, designadamente, a elaboração de normas nacionais (GB Standards) e a representação da China na International Organization for Standardization ISO. Também é importante o acesso a informação constante do Site EU SME Centre, ou a consulta do Site Europe-China Standardization Information Platform (General Information on Entering the Chinese Market) TARIFAS E PAUTA FISCAL Relativamente à Pauta Aduaneira o país adotou o Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH) e, como resultado da sua integração na OMC, as autoridades competentes procederam a sucessivas reduções nas taxas alfandegárias, calculadas numa base ad valorem sobre o valor CIF das mercadorias. AICEP Portugal Global China - Ficha de Mercado (março 2015). O Site EU SME Centre disponibiliza, nesta matéria, o guia prático c que aborda diversas questões sobre como negociar na China. 86

87 Para além dos direitos aduaneiros, os produtos estão ainda sujeitos ao Imposto sobre o Valor Acrescentado, às taxas de 17% (taxa normal), aplicável à generalidade dos bens e serviços, e de 13% (taxa mínima) para produtos essenciais (ex.: cereais; óleos vegetais; e outros produtos alimentares de primeira necessidade), determinados livros, revistas e periódicos e ao Imposto de Consumo sobre artigos de luxo (ex.: tabaco; bebidas alcoólicas; perfumes; artigos de joalharia e pedras preciosas). A tributação aduaneira incidente na importação de produtos na China pode ser consultada, por produto e de forma atualizada, na página Market Access Database (MADB), já referida (clicar em Tariffs; selecionar o mercado Country / China; introduzir os códigos pautais dos produtos Product Code a 4 ou 6 dígitos; clicar em HS-Code Search e aceitar as condições em Accept). Aos produtos originários da União Europeia aplicam-se os direitos da coluna MFN (Most Favoured Nation). Clicando no código pautal específico do produto (classificação mais desagregada) os interessados têm acesso a outras imposições fiscais para além dos direitos aduaneiros (ex.: IVA; Impostos de Consumo). Os interessados podem obter mais informação pormenorizada sobre o regime de importação na China acedendo aos seguintes Sites: EU SME Centre estrutura da UE criada com o objetivo de apoiar as empresas comunitárias no estabelecimento, desenvolvimento e manutenção de atividades comerciais no mercado chinês, facultar informação e conselhos gratuitos e confidenciais e prestar serviços de apoio prático de diversa natureza. China Briefing, (ex.: China s Import and Export Licensing Framework, Import-Export Taxes and Duties in China e Calculating Taxes and Duties for Import to China). Finalmente referir que no contexto das cautelas a ter em conta na abordagem deste mercado asiático importa mencionar que não existe qualquer obrigatoriedade legal de assinatura de um contrato presencial na China; a insistência ou sugestão desta formalidade por parte de potenciais clientes importadores pode constituir um sinal de alerta para uma situação com possíveis contornos fraudulentos. 87

88 As empresas exportadoras devem atender ao facto de que constitui um risco fazer negócios à distância com base exclusivamente na troca de s; é recomendável que os agentes económicos tomem medidas preventivas de despiste nos contactos com eventuais clientes chineses, como por exemplo: solicitar cópia de certificado de registo da empresa; testar os contactos disponibilizados; pedir mais esclarecimentos e informação adicional sobre a empresa importadora; solicitar indicação de outros clientes estrangeiros que possam fornecer referências; optar sempre pela carta de crédito irrevogável e confirmada como meio de pagamento. Para Due Diligence aprofundadas as empresas deverão contratar serviços de empresas especializadas (idoneidade comercial), assim como escritórios de advogados com partners portugueses presentes na China; aconselha-se que nunca assumam qualquer compromisso contratual sem recurso a apoio jurídico especializado. O Site EU SME Centre disponibiliza, nesta matéria, o guia prático Negotiating and Dealing with Chinese Business Partners que aborda diversas questões sobre como negociar na China EMBALAGEM E ETIQUETAGEM Relativamente à rotulagem dos produtos existe legislação rigorosa a cumprir, nomeadamente no que respeita aos produtos alimentares (Exporting Food Products in China: Labeling and Customs Inspections), que obriga a que todos os bens embalados (importados ou locais) sejam portadores de uma etiqueta com indicação de informações várias (em língua chinesa, para além do inglês), designadamente, a designação dos produtos, os ingredientes utilizados, a marca comercial, o nome e a morada da empresa produtora, o número de registo do exportador, o país de origem, o prazo de validade, etc. Desde 20 de abril de 2012 que está em vigor a norma GB para os produtos alimentares pré-embalados em geral. As regras específicas para as bebidas alcoólicas constam da norma GB e para o vinho da GB ; o Site EU SME Centre disponibiliza, para as empresas comunitárias, um Flash Guide Importing Wine to China. A rotulagem nutricional é obrigatória para certos bens alimentares; nesta matéria destaca-se a norma GB (em vigor a partir de 1 de janeiro de 2013). Existem, também, regras específicas para a etiquetagem de cosméticos, produtos farmacêuticos e pesticidas. A aprovação dos rótulos tem lugar na alfândega do posto de entrada, onde é verificada a conformidade dos produtos com as normas aplicáveis (China Inspection & Quarantine Services CIQ). Com a publicação da Food Safety Law (junho de 2009) foi introduzido um maior controlo e vigilância sobre os produtos alimentares, assim como penas mais gravosas para os infratores. Os bens importados deverão cumprir (à semelhança dos produzidos no país) com as regras aí estabelecidas; está em curso uma alteração aprofundada deste diploma legal Food Safety Law (Second Draft for Public Comments). 88

89 Assume, também, um papel importante, em termos de segurança alimentar, a agência China Food and Drug Administration (CFDA). Não obstante os progressos verificados na simplificação do regime do comércio externo chinês, o acesso a este mercado ainda apresenta entraves significativos, como por exemplo: não é permitida a exportação de produtos de origem animal e vegetal sem a aprovação de procedimentos administrativos bilaterais complexos que envolvem um processo de habilitação e aprovação lento e moroso e que implica a aprovação de Certificados Sanitários para a Exportação, por grupo de produtos; necessidade de registo para vários produtos (ex.: produtos farmacêuticos e dispositivos médicos; substâncias químicas, nomeadamente os fertilizantes; certo tipo de equipamento industrial); falta de transparência/divergência (dada a insuficiente informação em inglês e às diversas interpretações locais) e problemas na determinação do valor aduaneiro; dificuldades técnicas ao nível do registo obrigatório on-line dos exportadores/importadores de bens alimentares; complexidade dos procedimentos administrativos e de certificação de produtos; deficiente proteção dos direitos de propriedade intelectual/industrial e litigância onerosa desses direitos (embora estejam a ser promovidos esforços no sentido de alterar a situação); e riscos de ocorrência de fraudes na negociação com empresários locais. No que respeita a Portugal, ainda não é possível exportar produtos de origem animal, com exceção do pescado / produtos da pesca e dos produtos lácteos (ex.: carnes de suíno; carnes de aves), ou vegetal (ex.: citrinos; kiwis; maças; peras; uvas de mesa), encontrando-se a decorrer os respetivos processos de habilitação. As empresas nacionais interessadas em exportar produtos agroalimentares para a China devem contactar a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, em Portugal (DGAV) para apurarem da possibilidade de realização da respetiva operação de exportação; os agentes económicos podem consultar informação pormenorizada relativa às barreiras não tarifárias às exportações deste setor para países terceiros (nomeadamente China) no Portal GlobalAgriMar (ver tema Facilitação da Exportação e, depois, Constrangimentos à Exportação ), do Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral GPP, do Ministério da Agricultura e do Mar (MAM). O facto de determinados produtos não constarem na lista de constrangimentos à exportação não significa que Portugal esteja habilitado a exportar para o mercado; eventualmente, pode nunca ter existido qualquer intenção de exportação por parte de empresas portuguesas, condição indispensável para a DGAV iniciar o processo de habilitação. 89

90 4. OS SETORES 90

91 JUNHO DE ECO FÓRUM GLOBAL ANNUAL CONFERENCE 91

92 4.1. CHINA UM MERCADO DE OPORTUNIDADES A economia portuguesa e as suas empresas vivem um tempo de requalificação da sua presença internacional. E fazem-no pressionadas pela crise financeira recente, pela reestruturação do mercado interno, pela entrada de novos players em todas as áreas e mercados e, ainda, pela emergência de um ecossistema global e complexo no interior do qual ser complementar é, hoje, tão importante quanto ser competitivo. Os mercados distantes - cultural, física, em dimensão relativa, são exigentes. A sua avaliação estritamente fundada no histórico da sua exposição versus a nossa capacidade de resposta é ineficaz no interior de cadeias de valor globais que alteram as métricas, as estratégias e as regras do jogo. A velocidade a que no mercado chinês se operam alterações - uma, duas décadas ou mesmo meia década É exemplar o caso da Província de Guizhou. É quando cresce, em contraciclo face ao PIB nacional, que se reestrutura - decide e investe (FIGURA 3). É um exemplo particularmente feliz de convivência inquieta entre níveis de vida extremos e a disponibilidade para o consumo, ou entre metodologias industriais obsoletas, poluentes e desajustadas, e projetos disruptivos que a colocam no centro (hub) de redes de alta tecnologia, marketing global, indústrias de procura mundial crescente e sustentáveis. Inusitadamente, Portugal ocupa o quarto lugar europeu como destino de FDI chinês. O mesmo não é impossível pela nossa parte. Sejamos capazes, isso sim, de tomar o mercado global como online, já que a exposição é máxima e constante. é tempo suficiente para reunir recursos e alterar o cenário. 92

93 PROVÍNCIA DE GUIZHOU - CASO EXEMPLAR Cresce em contraciclo Reestrutura-se Decide Investe na: Captação de investimento externo avançado (Apple) redução de capacidade industrial obsoleta/poluente atividade económica de elevado valor sustentabilidade: ecoturismo, trat. de águas, biodiversidade alta-velocidade e infraestruturas que reduzam a periferia elevação do PIB p/capita - revitalização Mercado Interno FIGURA 4 GUIZHOU CASO EXEMPLAR Fonte: Elaboração própria 93

94 Temos, aliás, trunfos importantes: o nosso empenho especial na exploração sustentável dos recursos do Mar; a criatividade das nossas start-ups; o crescente abraçar pelas nossas exportadoras dos modelos de comércio eletrónico; a qualidade dos produtos da nossa agroindústria; a inovação e design nos nossos tecidos, calçado, cortiça, entre outros; o contributo que podemos dar a uma urbanização inteligente e verde ; ou, ainda, a importância que estamos a dar à cooperação científica e tecnológica para o desafio de criar produtos que integrem soluções inovadoras. Guizhou pretende conquistar a liderança em tecnologias de Big Data para aplicação na saúde, em aeronáutica inteligente, em tecnologias sustentáveis no tratamento de águas, planeamento urbano, formação e, por isso mesmo, aberta a contributos com valor e impacto neste processo. Este reposicionamento, associado à aceleração com que é feito, suscita oportunidades para uma pequena economia, dependente, mas aberta como é a nossa entrar, partilhar e enriquecer parcerias onde a Economia Global está mais dinâmica. O atual motor da economia global, com um PIB em 2014 de 10,4 triliões de dólares, a China, é simultaneamente o maior exportador e o segundo maior importador mundial, o terceiro emissor de investimento direto e primeiro recetor, o quarto maior país em dimensão territorial e a maior população do globo (Ferreira Leite, A., 2015). Tem dois desígnios principais: aumentar o consumo interno e aumentar o grau de inovação - até 2020 e tendo por referência os valores de 2010, o PIB nacional, bem como o PIB p/capita de cada região. Assinalável é, também, sobretudo se tivermos em atenção a óbvia diferença de escala, o incremento registado, na última década - a partir dos anos 2011/2012, no relacionamento bilateral económico entre a China e Portugal (TABELAS 12 E 13). Em 2008 não havia registo de turistas chineses em Portugal. Hoje, as receitas geradas pelos que nos visitam alcançam os 54 milhões de euros (2014) e só no primeiro semestre de 2015 registou-se um crescimento de 35 por cento do número de visitantes chineses face ao período homólogo do ano anterior. 94

95 2014 jan/nov % Tot jan/nov % Tot 15 Var % 15/14 Veículos e outro mat. transporte 401,6 53,2 330,4 42,3-17,7 Minerais e minérios 114,5 15,2 147,2 18,8 28,6 Máquinas e aparelhos 42,1 5,6 68,5 8,8 62,7 Pastas celulósicas e papel 44,4 5,9 53,0 6,8 19,5 Alimentares 11,1 1,5 30,6 3,9 175,0 Plásticos e borracha 21,7 2,9 29,7 3,8 37,2 Madeira e cortiça 21,8 2,9 22,2 2,8 2,1 Matérias têxteis 26,4 3,5 21,3 2,7-19,3 Metais comuns 23,6 3,1 20,3 2,6-14,1 Instrumentos de ótica e precisão 7,0 0,9 11,4 1,5 63,1 Calçado 5,8 0,8 9,9 1,3 70,9 Vestuário 5,2 0,7 8,2 1,0 56,0 Agrícolas 4,9 0,7 6,7 0,9 35,0 Peles e couros 3,8 0,5 3,5 0,4-7,2 Químicos 11,7 1,6 3,3 0,4-72,1 Combustíveis minerais 0,0 0,0 3,0 0,4 Outros produtos (a) 9,6 1,3 12,4 1,6 29,1 TABELA 12 - EXPORTAÇÕES DE PORTUGAL PARA A CHINA POR GRUPOS DE PRODUTOS a) Tabaco, chapéus, guarda-chuvas, pedras e metais preciosos, mobiliário, brinquedos, obras de arte. Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística (Milhões de ) TABELA 13 - IMPORTAÇÕES DE PORTUGAL PROVENIENTES DA CHINA POR GRUPOS DE PRODUTOS Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística (Milhões de ) 95

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