F U N D A Ç Ã O CASA DE RUI BARBOSA
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- Edison Ramires Valverde
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1 F U N D A Ç Ã O CASA DE RUI BARBOSA Projeto de Pesquisa Título do Projeto Nome do Coordenador Pesquisa, planejamento e inovação: a relação do Museu Casa de Rui Barbosa com o Turismo e seu público Aparecida Rangel e Jurema Seckler Grupo de Pesquisa (opcional) Palavras Chave (até 3) Membros (docentes e discentes) Resumo (até 200 palavras) Museologia, Turismo, Museu Casa O Museu Casa de Rui Barbosa (MCRB) foi o primeiro museu-casa público aberto à visitação no país. Inaugurado em 1930 tem no seu conjunto arquitetônico e museológico um importante patrimônio cultural brasileiro. Atualmente, a instituição recebe visitantes que chegam ao museu de forma espontânea, em grupos organizados ou por meio de visitas escolares. Entendendo a importância dos diferentes segmentos de público que trabalhamos, temos o intuito de estabelecer uma melhor comunicação com eles e aumentar a visibilidade dos serviços que o museu oferece. Para tal, o presente projeto abrange duas áreas do conhecimento Museologia e Turismo - que possuem conexões conceituais e metodológicas capazes de potencializar a relação institucional com os diferentes segmentos de público que se apropriam deste espaço em múltiplas dimensões. Neste estudo pretendemos identificar as formas de interpretação e interação estabelecidas pelo público visando ressignificar a imagem do museu a partir das demandas apresentadas nas pesquisas de opinião e satisfação. Entendendo o 1
2 museu como categoria social e lócus de comunicação, o projeto contempla, ainda, a construção de roteiros temáticos e oficinas de recepção e hospitalidade em espaços culturais. 1 Objetivos e Justificativa (máximo de 01 página) Objetivo Geral: Identificar as formas de interpretação e interação estabelecidas pelo público com o Museu Casa de Rui Barbosa. Objetivos Específicos: Traçar o perfil do visitante do Museu Casa de Rui Barbosa; Analisar comparativamente o perfil e o quantitativo de visitantes com base em pesquisas anteriores; Avaliar o nível de satisfação dos visitantes com a experiência no museu; Elaborar conteúdo para oficinas de hospitalidade e recepção em espaços culturais; Ministrar as oficinas mencionadas para as equipes terceirizadas que lidam direta e indiretamente com o público; Desenvolver ações diferenciadas e roteiros temáticos para o Museu Casa de Rui Barbosa. Justificativa: Uma casa em diferentes tempos e substratos de memória; a casa residência; a casa museu; a casa do político; a casa da família; a casa de todos: assim é o Museu Casa de Rui Barbosa, um espaço multiconceitual que se abre num espectro de possibilidades interpretativas. Construído entre 1849 e 1850, o palacete da Rua São Clemente, no bairro 2
3 de Botafogo, teve Rui Barbosa como seu quarto dono. Nela o famoso jurista brasileiro viveu por 28 anos. Com a sua morte, ocorrida em 1923, o status do lugar é alterado por decreto, em 1927, passando a ser o Museu Casa de Rui Barbosa, tornando-se, assim, a primeira instituição pública neste modelo conceitual. A institucionalização do espaço, a despeito da sua natureza pública, não apagou as marcas da vida privada tão presentes nos ambientes e no projeto museográfico implementado. Estes elementos criam com o visitante uma conexão, na medida em que ele estabelece com o museu casa um elo afetivo; os objetos expostos exercem um poder evocativo, quase anímico. Visando manter a distinção deste modelo conceitual, sobretudo no quesito relacional, a instituição vem buscando nos últimos anos potencializar as áreas de comunicação e educação museal, na medida em que a mediação direta com o público consta nos escopos das ações que são desenvolvidas pelas áreas citadas. Neste sentido, o projeto intitulado pesquisa, planejamento e inovação: a relação do Museu Casa de Rui Barbosa com o Turismo e o público pretende dar continuidade aos estudos que vem sendo empreendidos para análise do perfil do visitante, incluindo metodologia comparativa com dados anteriores; inserção de novas demandas tais como a elaboração de roteiros temáticos que possam dinamizar as práticas instituídas de atendimento; além da elaboração e aplicação de oficinas que abordem os temas da recepção e hospitalidade em espaços culturais, para os funcionários terceirizados. 2 Metodologia (máximo de 01 página) Os bolsistas desenvolverão instrumentos de pesquisa que possibilitem analisar o perfil atual do visitante e, ainda comparativo com outros períodos, buscando perceber se houve alteração e em quais segmentos a mesma se deu. Os formulários e o programa para tabulação dos dados estão entre os instrumentos citados; ressaltando que a pesquisa será aplicada por amostragem a partir de critérios definidos em reuniões com as orientadoras. A elaboração dos roteiros e das oficinas serão desenvolvidos e testados em número reduzido até que se possa aplicar a todo o quadro desejado. 3
4 3 Resultados e impactos esperados (máximo de 01 página) Espera-se que os bolsistas elaborem a partir do diagnóstico, das pesquisas e do atendimento, um Plano de Ação com atividades que potencializem a experiência do visitante no Museu Casa de Rui Barbosa, permitindo que seja estabelecida uma conexão em múltiplas esferas entre a instituição e seus visitantes. Apesar de os resultados alcançados não serem universalmente válidos, somam às políticas de público em espaços culturais similares ao caso que será estudado. Partindo desta unidade de análise, esperamos contribuir com outras instituições responsáveis pela divulgação, lazer e fruição em Museus Casas, através da publicização dos esforços e resultados da metodologia aplicada. 4 Cronograma de execução* (máximo de meia página) Atividade 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º Definição e estudo da bibliografia que servirá de embasamento para a construção da pesquisa; Visitas técnicas ao museu; Elaboração de modelo metodológico para o tratamento das questões propostas pelo projeto Elaboração de formulários de pesquisa e de diagnóstico para a implantação da metodologia Pesquisa de campo externa e interna Análise dos resultados da pesquisa de campo Definição do material que servirá para as análises comparativas; Tabulação dos dados comparativos; Elaboração dos roteiros temáticos; Teste dos roteiros Elaboração das oficinas de recepção e hospitalidade; 4
5 Teste das oficinas Aplicação dos roteiros e oficinas Avaliação dos resultados obtidos Publicação e participação em seminários Relatório final *O cronograma está dividido em trimestres. 5 Referências bibliográficas (máximo de 10 referências) CAMARGO, Luiz Octávio de Lima. Hospitalidade (Coleção ABC do Turismo) São Paulo: Aleph, DUMAZEDIER, Joffre. A sociologia empírica do lazer. São Paulo: Perspectiva, HOOPER-GREENHILL, Eilean. Museums and Their Visitors. In: The Heritage: Carepreservation- Management. York, England: Routledge OLIVEIRA, Lucia Lippi. Cultura é Patrimônio um guia. Rio de Janeiro: Editora FGV, MAGALHÃES, Rejane Mendes Moreira de Almeida. Rui na Vila Maria Augusta.Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação: cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Editora UFRJ PEREIRA, Edgard Batista. A Casa de São Clemente. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, Casa de Rui Barbosa, RANGEL, Aparecida M. S. A construção da subjetividade no museu casa. In: Anais do Museu Histórico Nacional. Rio de Janeiro: Vol. 44, REIS, Claudia. Coleção Estudo do Acervo do Museu Casa de Rui Barbosa. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa. Museu e Turismo. Brasília: IBRAM, Disponível em 5
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