Aula 3. Curso de Atualização 30 horas. Núcleo Pedagógico / Diretoria de Ensino Região Leste 4 / SEE-SP
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1 Aula 3 Curso de Atualização 30 horas Núcleo Pedagógico / Diretoria de Ensino Região Leste 4 / SEE-SP
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5 INFLUÊNCIA DE LÍNGUAS AFRICANAS NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Região Banto (ou Bantu) mais de 300 línguas muito semelhantes as de maior influência no Brasil: quicongo (falado na República Popular do Congo, na República Democrática do Congo e no norte de Angola); quimbundo (falado na região central de Angola); umbundo (falado no sul de Angola). Região Sudanesa línguas oeste-africanas: família kwa (Golfo do Benim) povos de línguas do grupo ewe-fon ou gbe, apelidados de minas ou jejes pelos traficantes de escravos; língua iorubá (grupo de falares regionais correntes no sudoeste da Nigéria ijexá, oió, ifé, ondô, etc., e no antigo reino de Queto ou Ketu, no Benim, onde é chamada de nagô).
6 INFLUÊNCIA DE LÍNGUAS AFRICANAS NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Falares afro-brasileiros: se formaram nas senzalas, nas plantações, nos quilombos e nas minas. A mãe-preta: interferia no comportamento das crianças do colonizador por meio de seu processo de socialização linguística, inclusive introduzindo componentes simbólicos do seu universo cultural e emocional nos contos populares e nas cantigas de ninar (ex.: boi da cara preta), nas expressões de afeto (dengo, xodó) etc. Os ladinos: eram os escravos bilíngues, que atuavam como uma espécie de leva e traz... Agentes de difusão e adaptações linguísticas entre os que não falavam português. Língua-de-santo falada pelas lideranças afro-religiosas, linguagem litúrgica de base africana, cujo conhecimento é veículo de integração e ascensão na hierarquia do grupo. Fonte de vários aportes lexicais para o português do Brasil ex.: axé (fon/iorubá).
7 INFLUÊNCIA DE LÍNGUAS AFRICANAS NO PORTUGUÊS BRASILEIRO O português brasileiro tem uma pronúncia diferente da de Portugal devido à influência das línguas africanas, principalmente do grupo banto quicongo, quimbundo e umbundo africanização do português, favorecida pela proximidade relativa da estrutura linguística do português europeu antigo e regional com as línguas negro-africanas que a ele se misturaram. As principais semelhanças são: O sistema de sete vogais orais (a, é, ê, i, ó, ô, u) A estrutura silábica ideal CV.CV (consoante-vogal.consoante-vogal) a vogal, mesmo átona, continua sendo nitidamente pronunciada. Essa semelhança é o que tornou possível a continuidade da pronúncia vocalizada do português antigo no Brasil, diferente do português moderno de Portugal, cuja pronúncia é muito consonantal. No nosso falar, a vogal é a parte sonora da palavra, e isto fez o português do Brasil soar mais melodioso.
8 INFLUÊNCIA DE LÍNGUAS AFRICANAS NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Português moderno de Portugal PNEU AD.VO.GA.DO RIT.MO Português do Brasil PI.NEU A.DI.VO.GA.DO RI.TI.MO A tendência em se omitir as consoantes finais das palavras ou de transformá-las em vogais falá, dizê, Brasiu, coincide com a estrutura silábica das palavras em banto e em iorubá, que nunca terminam em consoante. Nessas línguas também não existem encontros consonantais; no falar do brasileiro, é comum introduzir uma vogal entre elas......assim, flor se torna fulô
9 INFLUÊNCIA DE LÍNGUAS AFRICANAS NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Há grande influência também quanto ao léxico palavras que entraram na língua portuguesa e que são usadas cotidianamente em grande número: senzala, mucama, quilombo, moleque, cachimbo, carimbo, caçula, samba, xingar, muamba, tanga, sunga, moranga, jiló, candomblé, fubá, moringa, berimbau, maracutaia... a presença portuguesa na colonização de Angola desde o século XV propiciou isso. Na morfologia e na sintaxe: na nossa linguagem coloquial, é comum assinalar o plural dos substantivos apenas pelos artigos que os antecedem ( as casa ), seguindo o padrão do plural nas línguas bantos, que é feito por meio de prefixos (mu=singular, ba=plural).
10 Oralidade Circular (horizontalidade nas relações humanas) Comunitário (sem personalização) Oralidade (palavra como elemento sagrado) A oralidade é parte fundamental da cosmo visão africana, isto é, dos princípios que orientam o viver da comunidade. E ainda é muito presente na vida dos jovens da periferia. Ancestralidade (visível e invisível) Aprendizado (envolve necessariamente a experiência) Princípios Corporeidade (gestual, vestimenta, cabelo) Força vital (energia a ser preservada e renovada pelo ritual e pela celebração) Todos esses princípios estão presentes nessas manifestações: a roda de samba, o hip-hop, a capoeira e os saraus
11 Sarau Elo da Corrente Álbum Itaú Cultural (6min) Olhar TVT São Mateus em Movimento (13min)
12 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA Escolha de uma temática, dentre as apresentadas neste minicurso, que pode ser levada para sua escola, se possível, ainda este ano; Apresentação ao grupo contendo justificativa, objetivo, estratégias e produto final; Postagem da proposta na sala de aula virtual até 17/11/2016; Professores de uma mesma unidade escolar podem fazer a atividade em grupo.
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