UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA CARACTERIZAÇÃO DAS COMUNIDADES DE PESCADORES ARTESANAIS DO MUNICÍPIO DE PERUÍBE, LITORAL SUL DO ESTADO DE SÃO PAULO.

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1 UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ANA PAULA TELES DA SILVA ELAINE MILARÉ CARACTERIZAÇÃO DAS COMUNIDADES DE PESCADORES ARTESANAIS DO MUNICÍPIO DE PERUÍBE, LITORAL SUL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Santos/SP Outubro/2007

2 UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ANA PAULA TELES DA SILVA ELAINE MILARÉ CARACTERIZAÇÃO DAS COMUNIDADES DE PESCADORES ARTESANAIS DO MUNICÍPIO DE PERUÍBE, LITORAL SUL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Santa Cecília, sob a orientação do Professor Ms. Luiz Alberto Zavala-Camin. Santos/SP Outubro/2007

3 ANA PAULA TELES DA SILVA ELAINE MILARÉ CARACTERIZAÇÃO DAS COMUNIDADES DE PESCADORES ARTESANAIS DO MUNICÍPIO DE PERUÍBE, LITORAL SUL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Santa Cecília. Data da aprovação: 08 / 11 / Banca Examinadora Prof. Dr. Luiz Alberto Zavala-Camin Orientador Prof. Ms./Dr.(a) João Alberto Paschoa Prof. Ms./Dr.(a) Jocemar Tomasino Mendonça

4 DEDICATÓRIA A nossas famílias e amigos, as alegrias de nossas vidas.

5 AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus que iluminou nossos caminhos durante esta estrada. Agradecemos aos nossos pais por absolutamente tudo, desde erros a acertos, enfim em tudo que nos ajudou a ser quem somos hoje. Aos nossos familiares e amigos pela compreensão e incentivo, enfim a todos que estiveram de uma maneira ou outra envolvidos na elaboração deste projeto. Agradecemos a todo o corpo docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia pela dedicação durante todo o curso, especialmente ao nosso orientador Luiz Alberto Zavala-Camin e coorientador Jorge Luiz dos Santos. Agradecemos a todos os pescadores pela atenção dispensada e pelas várias conversas agradáveis. Agradecemos a todos que passaram pelas nossas vidas nesses quatro anos de graduação e que, mesmo sem saber, nos ensinaram mais do que podemos dizer em palavras.

6 Cada vez que somos levados a qualificar uma cultura humana de inerte ou estacionária, devemos, portanto, nos perguntar se este imobilismo aparente não resulta da ignorância que temos de seus interesses verdadeiros, conscientes e inconscientes, e se, tendo critérios diferentes dos nossos, esta cultura não é, a nosso respeito, vítima da mesma ilusão. Ou seja, apareceríamos um ao outro como desprovido de interesse, muito simplesmente porque não nos parecemos. Lévi-Strauss

7 RESUMO O Litoral Sul do Estado de São Paulo, especificamente Peruíbe é uma região muito importante por abranger parte da Estação Ecológica Juréia-Itatins, possui uma relevante importância ambiental justificada pelo fato desta porção da Mata Atlântica associar uma série de ecossistemas, caracterizando uma das últimas áreas do Litoral Paulista que possibilita os estudos destes ecossistemas e suas inter-relações. Este estudo teve por objetivo caracterizar as comunidades de pesca artesanal do município de Peruíbe, Litoral Sul do Estado de São Paulo. Os dados foram levantados no período de maio a outubro de 2007, junto com entidades envolvidas e questionários direcionados aos pescadores. Foram entrevistados 40 pescadores distribuídos em 4 bairros do município: Centro, Ruínas, Guaraú e Barra do Una. Do total de pescadores, 52,5% possui embarcação própria, as embarcações mais utilizadas são do tipo baleeira e bote; 82,5% possuem cadastro na Capitania dos Portos; as artes de pesca mais utilizadas são o arrasto e rede de espera; 21,05% utilizam motor de 18 HP; as espécies alvo citadas com mais freqüência são: bagre, camarão sete barbas, cação, corvina, pescada, robalo, sororoca e tainha; as espécies acessórias são aproveitadas em 80% dos casos, sendo citada com mais freqüência o siri. A produção em 47,5% destina-se a intermediários, mercados, peixarias, indústrias, bares/restaurantes; 92,5% possuem permissão para captura; 28,84% atuam na Barra do Una como principal ponto de pesca; 57,5% não completaram o 1ºgrau; 75% residem em casa própria; 95% estão cadastrados na associação/colônia; 75% recebem defeso; 25% são naturais de Peruíbe; 55% possuem cultura de pesca transmitida; 72,5% não exercem outra atividade remunerada. Os principais problemas enfrentados pelos pescadores estão relacionados com a diminuição do estoque e pouca profundidade na boca da barra dos rios. Aponta-se a necessidade de cursos profissionalizantes visando agregação de valor ao pescado, implantação de cooperativas e cultivo de espécies auxiliando no incremento de renda e mais rigor na fiscalização das parelhas. PALAVRA-CHAVE: comunidades de pesca; pesca artesanal; São Paulo Brasil

8 ABSTRACT The South Coast of the State of Sao Paulo, specifically Peruíbe, is an important area for covering the Ecological Station Juréia Itatins, that has a significant environmental importance justified for its portion of the Atlantic Forest which contains a great number of ecosystems, featuring one of the last areas from this coast that allows studies about these ecosystems and their link. This study characterizes the artisanal fishery communities of Peruíbe, south coast of Sao Paulo. The data were gathered from May to October of 2007, along with stakeholders and targeted questionnaires to fishermen. 40 fishermen from four districts from the city were interviewed: Centro, Ruínas, Guaraú and Barra do Una. 52.5% Of all the fishermen have their own boat, the vessels most used are baleeira and boat; 82.5% are registered in Port s Capitanian. The gears most used are drag and net; 21.5% use 18HP engine; the target species most often mentioned are: marine catfish, sea-bob-shrimp, sharks, croaker, weakfish, snook, sororoca and mullet; the incidental species are caught in 80% of the two cases, and the most often mentioned is the crab. The production in 47.5% of the cases are sent to intermediaries, markets, fishmongers and fish industries, bars/restaurants; 92.5% are allowed to fishing; 28.84% have Barra do Una as the principal fishing point; 57.5% had not completed the 1 st grade; 75% live at owned houses; 95% are registered in the association/colony; 75% receive closure; 25% are natural from Peruíbe; 55% have fishing culture inhirited; 72.5% have no other economic activity. The main problems faced by the fishermen are related to the decrease in stock and little depht in the rivers bars. It points out the need for professional training aiming aggregation of value to fish, establishing cooperatives and helping the cultivation of species to have an income increase and being harder on the surveillance of pair trawlers. KEY WORDS: fishery communities; artisanal fishery; São Paulo - Brazil

9 LISTA DE FIGURAS Figura 01 Mapa com a localização de Peruíbe. Adaptado de Google Earth Figura 02 Região estuarina da Barra do Una Figura 03 Entrevista com pescador Figura 04 Entrevista com pescador Figura 05 Mapa com a localização dos bairros do município de Peruíbe. Adaptado de Google Earth Figura 06 Embarcações e instrumento de pesca no ponto de desembarque da comunidade do Centro de Peruíbe Figura 07 Embarcações no ponto de desembarque da comunidade do Guaraú de Peruíbe Figura 08 - Variação no volume de capturas em meses menos e mais favoráveis para a pesca artesanal no município de Peruíbe Figura 09 Locais onde os pescadores entrevistados no município de Peruíbe, entre maio e setembro de 2007, atuam em suas atividades pesqueiras. Adaptado de Google Earth Figura 10 - Grau de Escolaridade dos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Figura 11 Embarcação de pesca artesanal encalhada Figura 12 Entreposto de pesca Figura 13 Canal da barra do Rio Preto Figura 14 Embocadura da barra do Rio Preto... 56

10 LISTA DE TABELAS Tabela 01 - Número de pescadores entrevistados no município de Peruíbe que possuem embarcação própria, no período de maio a setembro de Tabela 02 Número de tripulantes por embarcação no município de Peruíbe, no período de maio a setembro de Tabela 03 - Comprimento das embarcações utilizadas pelos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Tabela 04 Tipo de embarcações utilizadas pelos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Tabela 05 Situação cadastral das embarcações dos pescadores entrevistados no município de Peruíbe junto a Capitania dos Portos, no período de maio a setembro de Tabela 06 Arte de pesca utilizada pelos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Tabela 07 Potência dos motores em HP das embarcações utilizadas pelos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Tabela 08 Profundidade de captura dos recursos pesqueiros no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Tabela 09 Espécies alvo capturadas pelos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Tabela 10 Aproveitamento da fauna acompanhante capturadas pelos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Tabela 11 - Identificação dos peixes, moluscos e crustáceos capturados pelos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Tabela 12 Venda do pescado capturado pelos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Tabela 13 Situação de permissão para captura dos pescadores entrevistados no município de Peruíbe, no período de maio a setembro de

11 Tabela 14 Pontos de pesca dos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Tabela 15 - Pescadores entrevistados que possuem membros na família que exercem a atividade pesqueira no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Tabela 16 Tipo de residência dos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Tabela 17 - Número de familiares na residência dos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Tabela 18 Situação cadastral dos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Tabela 19 - Número de pescadores entrevistados no município de Peruíbe que recebem seguro-desemprego em período de defeso de camarão ou peixes no período de maio a setembro de Tabela 20 Origem dos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Tabela 21 Tempo em que o pescador entrevistado reside no município de Peruíbe, no período de maio a setembro de Tabela 22 Tempo em que o pescador artesanal entrevistado no município de Peruíbe atua na atividade pesqueira no período de maio a setembro de Tabela 23 Tipo de cultura do pescador artesanal entrevistado no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Tabela 24 Número de pescadores entrevistados que exercem outras atividades remuneradas no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Tabela 25 - Ocorrências da Polícia Militar Ambiental na pesca durante o ano de 2006 e 2007 até 22 de junho de Fonte: Banco de dados do Batalhão da Polícia Militar Ambiental de Peruíbe... 40

12 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO OBJETIVOS METODOLOGIA RESULTADOS Caracterização das embarcações e arte de pesca Caracterização dos Recursos Pesqueiros Áreas de Pesca Perfil dos Pescadores Principais problemas enfrentados pelos pescadores artesanais Órgãos regulamentadores da pesca artesanal Órgão fiscalizador da pesca artesanal DISCUSSÃO CONCLUSÕES CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICES... 52

13 1. INTRODUÇÃO A pesca é uma das atividades mais antigas exercidas pelo homem em período anterior ao Neolítico. O importante a se ressaltar nessa rápida história é o conhecimento acumulado pelos pescadores durante esses vários séculos sobre o comportamento das espécies capturadas, a época de sua reprodução e a concentração de cardumes (DIEGUES, 2004). De acordo com Fabris (1997), mais da metade da população brasileira vive a menos de 60 quilômetros das águas costeiras. A ocupação da zona costeira deve-se principalmente à facilidade de acesso aos portos, às suas belezas naturais, à facilidade de transporte e, especialmente à grande produção biológica nos seus diversos ecossistemas. Estes ecossistemas, quando controlados naturalmente, têm se mostrado altamente produtivos e ecologicamente importantes, como é o caso de ilhas costeiras, desembocadura de rios, costões rochosos, enseadas e áreas protegidas. Segundo Borghetti (2000), a pesca e aqüicultura brasileiras são atividades importantes na produção de proteína para a população, bem como de estratégia da sustentabilidade dos recursos pesqueiros e de geração de tecnologias limpas para a produção e incremento da aqüicultura de organismos aquáticos. A sustentabilidade dos recursos pesqueiros nas bacias hidrográficas depende da adoção de alternativas que considerem os aspectos sociais, econômicos, tecnológicos e ambientais de forma integrada, bem como o equilíbrio entre a necessidade e as limitações, estabelecendo o princípio da economia ecológica. No Estado de São Paulo, a pesca continental caracteriza-se por não apresentar pontos fixos de desembarque, pois o pescador tem vida quase nômade, deslocando-se sempre à procura de locais mais produtivos (VERMULM JR et al., 2002). A caracterização, na literatura, das comunidades caiçaras como pescadoras, tradicionais, isoladas, auto-suficientes, primitivas e dotadas de um referencial marítimo são discutidas com base numa perspectiva diacrônica. Ressalta-se o papel transformador da chegada do barco a motor e da pesca embarcada para as comunidades caiçaras, que as levou a abandonar total ou parcialmente as atividades agrícolas (ADAMS, 1999).

14 A Estância Balneária de Peruíbe está situada no Litoral Sul do Estado de São Paulo, possui uma área de 326 quilômetros quadrados, sob as coordenadas S e W, seus limites encontram-se a Leste o Oceano Atlântico, a Norte Itanhaém, a Sul Iguape e a Oeste Itariri e Pedro de Toledo, a altitude média é de 5,884 metros, de clima subtropical e temperatura média anual de 21 C. Quanto a sua população fixa segundo o IBGE (2007), possui cerca de habitantes, já sua população flutuante chega a aproximadamente habitantes (figura 01). Figura 01 Mapa com a localização de Peruíbe. Adaptado de Google Earth. A Área de Proteção Ambiental Cananéia-Iguape-Peruíbe (APA CIP) é uma Unidade de Conservação que visa compatibilizar as atividades humanas com o uso sustentável do meio ambiente. Como já relatado por Souza & Barrella (2001), os pescadores da Barra do Una demonstraram um extenso conhecimento acerca da ictiofauna local em relação a vários aspectos tais como composição do pescado, épocas de reprodução, características morfológicas, entre outros. Tal conhecimento é adquirido através de atividades relacionadas com a pesca artesanal, como a própria captura e o manuseio do pescado para comercialização.

15 O Litoral Sul do Estado de São Paulo, especificamente Peruíbe é uma região muito importante por abranger parte da Estação Ecológica Juréia-Itatins e constituir uma Área de Proteção Ambiental, esta que segundo Oliveira (2004), possui uma relevante importância ambiental justificada pelo fato desta porção da Mata Atlântica (Floresta Tropical Úmida) associar uma série de ecossistemas (dunas, restingas, manguezais e campos de altitude), caracterizando uma das últimas áreas do litoral paulista que possibilita os estudos destes ecossistemas e suas inter-relações. A área também abriga inúmeras espécies de animais e vegetais em extinção, possui grande concentração de sambaquis além de outras evidências arqueológicas (figura 02). Figura 02 Região estuarina da Barra do Una. As alterações ambientais, as mudanças delas decorrentes, o pertencer a cultura tradicional, com poucos ou quase nulo poder de decisão sobre os caminhos do desenvolvimento econômico e político na região, levam-nos a não conseguirem fazer projeções para o próprio futuro. Projetam algum futuro apenas para a pesca e a projeção que fazem é de que esta não tem futuro (PAIOLA & TOMANIK, 2002). O contexto social não deve ser ignorado, principalmente, quando se leva em consideração o montante de recursos movimentado pelo setor e as características culturais da população tradicional. Estas particularidades devem ser ponderadas durante a elaboração de uma política setorial, que influencia o manejo da pesca na região. Entretanto, há variáveis não controladas pelo Estado e nem pelos usuários,

16 que provocam a perda de habitat e prejudicam todo o sistema (CAMARGO & PETRERE JR, 2004). Ainda de acordo com Fabris (1997), tais trabalhos, justificam-se, assim, por tornar disponíveis conhecimentos decorrentes do contato com a população dos locais, no que diz respeito a alternativas para o desenvolvimento sustentado dessas regiões.

17 2. OBJETIVOS - Caracterizar a frota artesanal, arte de pesca utilizada e quais as espécies capturadas pelos pescadores do município de Peruíbe; - Mapear a área de atuação da frota artesanal; - Caracterizar ainda, a atual situação socioeconômica das comunidades de pesca artesanal do local do estudo.

18 3. METODOLOGIA Entre abril e outubro de 2007 foram coletadas informações junto aos pescadores das comunidades do município de Peruíbe, através de entrevistas informais (Apêndice A), com o intuito de descrever sua situação socioeconômica bem como as características da atividade pesqueira realizada por eles. As entrevistas ocorriam nos locais de desembarque (figura 03 e 04). Figura 03 Entrevista com pescador. Figura 04 Entrevista com pescador. As informações coletadas foram processadas em planilhas e divididas por bairros do município: Centro, Ruínas, Guaraú e Barra do Una (figura 05). Os dados sobre a reunião de gerenciamento costeiro foram obtidos através de anotações dos relatos e pautas discutidas nesse evento.

19 Figura 05 Mapa com a localização dos bairros do município de Peruíbe. Adaptado de Google Earth. A identificação dos grupos de organismos capturados na região foi feita com o auxílio dos pescadores locais (nomes comuns) e posteriormente os nomes científicos foram obtidos no banco de Froese (2007), Mendonça & Katsuragawa (2001) e Silva (2003). Para a identificação da colônia de pesca e inserção de órgãos fiscalizadores e regulamentadores da pesca artesanal foram feitas entrevistas, utilizando se dos formulários específicos contidos nos Apêndice B e C, respectivamente.

20 4. RESULTADOS 4.1 Caracterização das embarcações e arte de pesca Do total de pescadores entrevistados 52,5% possuíam embarcação própria e 47,5% pescam em embarcações de terceiros, apresentando uma média de 3 tripulantes á bordo, variando entre 1 e 5 pessoas. O comprimento das embarcações apresentavam uma média de 8 metros, variando entre 5 e 12 metros. As embarcações utilizadas para captura dos recursos pesqueiros são do tipo baleeira, bote, bote de alumínio e chata de alumínio, na comunidade do centro observa-se que as embarcações são maiores apenas dos tipos baleeira e bote, sendo que a baleeira representa 38,46% do total de embarcações. A chata de alumínio é uma embarcação de alumino que possui o fundo chato, a proa e a popa também são de forma achatada, é utilizada em regiões de baixa profundidade; a baleeira é uma embarcação de madeira provida ou não de casaria e sua boca possui uma dimensão considerável; o bote de alumínio é uma embarcação confeccionada em alumínio, possui o fundo em v, provida de motor de popa, podendo ter a proa elevada (borda falsa); o bote é uma embarcação que pode ser inflável, de madeira ou até mesmo de fibra podendo ou não haver casaria (figuras 06 e 07). Figura 06 Embarcações e instrumento de pesca no ponto de desembarque da comunidade do Centro de Peruíbe.

21 Figura 07 Embarcações no ponto de desembarque da comunidade do Guaraú de Peruíbe. Dentre todas as embarcações 82,5% destas possuem cadastro na Capitania dos Portos. Estes resultados estão demonstrados nas tabelas 01, 02, 03, 04 e 05. Tabela 01 - Número de pescadores entrevistados no município de Peruíbe que possuem embarcação própria, no período de maio a setembro de Possui embarcação própria Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Fr(%) Sim ,5 Não ,5 Tabela 02 Número de tripulantes por embarcação no município de Peruíbe, no período de maio a setembro de n.º de tripulantes Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Fr(%) , ,5 Tabela 03 - Comprimento das embarcações utilizadas pelos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Comprimento da embarcação (metros) Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Fr(%) , , , , , , , ,89

22 Tabela 04 Tipo de embarcações utilizadas pelos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Tipo da embarcação Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Fr(%) Baleeira ,46 Bote ,76 Bote de alumínio ,64 Chata de alumínio ,12 *Um entrevistado não utiliza barco Tabela 05 Situação cadastral das embarcações dos pescadores entrevistados no município de Peruíbe junto a Capitania dos Portos, no período de maio a setembro de Embarcação é inscrita na Capitania dos Portos Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Fr(%) Sim ,5 Não ,5 Dentre as artes de pesca utilizadas na captura dos recursos pesqueiros, foi observado que o arrasto e a rede de espera são as artes mais utilizadas pelos pescadores das comunidades de Peruíbe correspondendo a 31,34 % e 44,77 % respectivamente, tabela 06. Tabela 06 Arte de pesca utilizada pelos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Arte de pesca Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Fr(%) Arpão ,47 Arrasto ,34 Caceio ,47 Cerco ,49 Rede de espera ,77 Rede de lance ,47 Tarrafa ,98 Vara ,97

23 A partir da análise observamos que 21,05% possuíam motores de popa com potência de 18 HP, variando entre 11 a 60 HP, tabela 07. Os pescadores enfrentam problemas com a profundidade dos rios que utilizam para chegar ao mar, limitando assim o tamanho de suas embarcações. A profundidade de captura dos recursos pesqueiros varia de 2 a 35 metros, tabela 08. Tabela 07 Potência dos motores em HP das embarcações utilizadas pelos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Potência do Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Fr(%) motor (HP) , , , , , , , , , , ,78 remo ,63 Não definiu ,63 Tabela 08 Profundidade de captura dos recursos pesqueiros no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Profundidade Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Fr(%) (metros) , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,19 Não definiu ,59

24 4.2 Caracterização dos Recursos Pesqueiros É grande a variedade de grupos capturados pelas comunidades de pesca do município de Peruíbe, segundo os pescadores são 26 espécies capturadas que possuem interesse econômico (tabela 09). Tabela 09 Espécies alvo capturadas pelos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Espécie alvo da pesca (os valores correspondem ao número de pescadores que citaram as espécies) Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Peixes Classe Osteichthyes Anchova Bagre Betara Cará Caratinga Corvina Oveva Parati Peixes diversos Pescada Pescada bembeca Pescada branca Pescada inglesa Piau Robalo Salteira Sororoca Tainha Traíra Peixes Classe Chondrichthyes Cação Cação viola Crustáceos Classe Crustacea Camarão sete barbas Camarão branco Camarão pistola Camarão rosa Camarões diversos

25 A fauna acompanhante da pesca artesanal no município é aproveitada por 80% dos pescadores, dentre elas destacam-se os peixes, crustáceos e moluscos (tabela 10). As espécies da fauna associada às modalidades de pesca são bagre, baiacu, cação, caranguejo, corvina, lula, oveva, pescada, raia, sardinha de rio, siri, sororoca e tainha. Os nomes científicos das espécies de peixes, moluscos e crustáceos estão listados na tabela 11. Tabela 10 Aproveitamento da fauna acompanhante capturadas pelos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Aproveitamento da fauna acompanhante Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Fr(%) Sim não

26 Tabela 11 - Identificação dos peixes, moluscos e crustáceos capturados pelos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Nome popular Nome científico Peixes Classe Osteichthyes Anchova Pomatomus saltatrix Bagre Netuma barba Baiacu Lagocephalus sp. Betara Menticirrhus littoralis Cará Geophagus brasiliensis Caratinga Eugerres brasilianus Corvina Micropogonia furnieri Oveva Larinus breviceps Parati Mugil sp. Pescada Cynoscion sp Pescada Bembeca Macradon ancylodon Pescada Branca Cynoscion leiarchus Pescada Inglesa Nebris microps Piau Leporinus sp. Robalo Centropomus sp Salteira Oligoplites sp Sardinha de Rio Opisthonema oglinum Sororoca Scomberomorus brasiliensis Tainha Mugil sp. Traira Hoplias sp. Peixes Classe Chondrichthyes Cação Anjo Squatina sp. Cação Frango Rhizoprionodon sp Cação Cabeça Chata; Tintureira. Carcharhinus sp. Cação Cambeva Sphyrna sp. Cação Viola Rhinobatos horkelii Raia Dasyatis sp Moluscos Classe Cephalopoda Lula Loligo sp. Classe Bivalvia Mexilhão Mytella sp. Crustáceos Classe Crustacea Camarão Branco Litopenaeus schmiti Camarão Pistola Farfantepenaeus sp. Camarão Rosa Farfantepenaeus sp. Camarão Sete Barbas Xiphopenaeus kroyeri Caranguejo Geryonidae sp. Caranguejo aranha Libinia sp. Siri Callinectis sp.

27 A venda do pescado pode ocorrer de forma indireta, na qual a mercadoria é passada a um atravessador antes de chegar ao consumidor final, em alguns casos estas vendas são feitas a restaurantes locais. Pode ocorrer de forma direta, sendo a mercadoria vendida direto ao consumidor, sem atravessadores, barateando o valor do pescado. No caso do município de Peruíbe em 47,5% dos entrevistados a venda do pescado ocorre de forma indireta. O volume dos recursos pescados durante os meses é muito variável, dependente muitas vezes de condições ambientais principalmente do mar que impede os pescadores de sair com suas embarcações em muitos dias de cada mês, os pescadores apresentaram, por relato, uma variação de 0 a 3 toneladas de pescado nos meses. Entre os pescadores 92,5 % possuem permissão para captura. Estes resultados estão demonstrados na figura 08 e tabelas 12 e 13. Quantidade de captura mês menos favorável Quantidade de captura mês favorável Figura 04 - Variação no volume de capturas em meses menos e mais favoráveis para a pesca artesanal no município de Peruíbe Kg kg kg kg kg kg kg Figura 08 - Variação no volume de capturas em meses menos e mais favoráveis para a pesca artesanal no município de Peruíbe. Não definiu

28 Tabela 12 Venda do pescado capturado pelos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Venda do Centro Ruínas Guaraú Barra do Total Fr(%) pescado Una Direta ,5 Indireta ,5 Ambos ,5 indefinido ,5 Tabela 13 Situação de permissão para captura dos pescadores entrevistados no município de Peruíbe, no período de maio a setembro de Permissão para captura Centro Ruínas Guaraú Barra do Total Fr(%) Una Sim ,5 Não ,5

29 4.3 Áreas de Pesca O principal ponto de pesca citado pelos pescadores é a região da Barra do Una, apresentando 28,84% dos pescadores, o restante, atua nos municípios de Bertioga, Cananéia, Iguape, Itanhaém, Peruíbe e Santos, tabela 14 e figura 09. Tabela 14 Pontos de pesca dos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Ponto de pesca Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Fr(%) Barra do Una ,77 Bertioga ,85 Cananéia ,70 Guaraú ,66 Iguape ,40 Itanhaém ,55 Juréia ,85 Peruíbe ,37 Praia deserta ,70 Rio Comprido ,85 Rio do Una ,85 Ruínas ,70 Santos ,70 Figura 09 Locais onde os pescadores entrevistados no município de Peruíbe, entre maio e setembro de 2007, atuam em suas atividades pesqueiras. Adaptado de Google Earth.

30 4.4 Perfil dos Pescadores No presente trabalho foram entrevistados 40 pescadores artesanais do município, sendo divididos por bairros, 25 no Centro, 02 no Ruínas, 06 no Guaraú e 07 na Barra do Una. Dentre os pescadores artesanais do município, 23 possui ensino fundamental incompleto, 04 fundamental completo, 06 médio incompleto, 06 médio completo e 01 superior incompleto, figura Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Fund. incompleto Fund. completo Médio incompleto Médio completo Superior incompleto Figura 10 - Grau de Escolaridade dos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de 2007.

31 Segundo depoimentos dos pescadores 52,7 % não possuem membros da família na atividade e 47,3 % possuem pelo menos 01 membro da família na atividade pesqueira. Em 16,66% dos casos de familiares envolvidos, a esposa desempenha um importante papel na pesca auxiliando na limpeza do pescado e consertos de apetrechos, tabela 15. Tabela 15 - Pescadores entrevistados que possuem membros na família que exercem a atividade pesqueira no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Membro da família que exerce atividade pesqueira Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Fr(%) Nenhum membro ,7 filho ,88 irmão ,55 esposa ,66 pai ,77 mãe ,77 outros ,55 Um grupo preponderante de pescadores artesanais possui casa própria com até quatro pessoas morando nesta, sendo as mesmas construídas muitas vezes em terrenos de marinha e até mesmo em áreas de proteção ambiental, tabelas 16 e 17. Tabela 16 Tipo de residência dos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Residência Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Fr(%) Alugada ,5 Cedida ,5 Própria Tabela 17 - Número de familiares na residência dos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de n. º de familiares na residência Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Fr(%) , , , ,5

32 O município possui Associação e Colônia de Pescadores, dentre os entrevistados 95% são cadastrados em pelo menos um dos órgãos regulamentadores, tabela 18. Dentre os mesmos 75% recebem seguro-desemprego em período de defeso de camarão e em alguns casos de peixes, tabela 19. Tabela 18 Situação cadastral dos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Cadastro na associação/colônia Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Fr(%) Sim Não Tabela 19 - Número de pescadores entrevistados no município de Peruíbe que recebem segurodesemprego em período de defeso de camarão ou peixes no período de maio a setembro de Recebe segurodesemprego Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Fr(%) Sim Não

33 A origem dos pescadores artesanais das comunidades de Peruíbe é variada, mais as principais são Itanhaém, Santa Catarina e Santos, tabela 20. Quanto ao tempo de moradia no município apenas 03 pescadores moram na cidade a menos de 10 anos, tabela 21. O tempo em que o pescador artesanal está na atividade pesqueira varia de 05 a 62 anos, tabela 22. Dentre estes 55% possuem a cultura de pesca transferida pelos familiares e 45% adquiridas por terceiros, tabela 23. Quanto ao exercício de outras atividades remuneradas, principalmente em período de defeso 27,5 % relataram que exercem e 72,5 % que não exercem atividades remuneradas, tabela 24. Tabela 20 Origem dos pescadores entrevistados no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Origem do Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Fr(%) Pescador Bahia Brasília ,5 Cananéia ,5 Iguape Itanhaém ,5 Itariri ,5 Minas Gerais ,5 Paraná Peruíbe Piracicaba ,5 Santa Catarina ,5 Santos ,5 São Bernardo ,5 Tupã ,5

34 Tabela 21 Tempo em que o pescador entrevistado reside no município de Peruíbe, no período de maio a setembro de Tempo que reside Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Fr(%) em Peruíbe (anos) , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,63 Não informado ,63 Tabela 22 Tempo em que o pescador artesanal entrevistado no município de Peruíbe atua na atividade pesqueira no período de maio a setembro de Tempo na atividade pesqueira (anos) Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Fr(%) , , , , , , , , , ,5

35 Tabela 23 Tipo de cultura do pescador artesanal entrevistado no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Cultura da pesca Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Fr(%) Transferida Adquirida Tabela 24 Número de pescadores entrevistados que exercem outras atividades remuneradas no município de Peruíbe no período de maio a setembro de Exerce outra atividade remunerada Centro Ruínas Guaraú Barra do Una Total Fr(%) Sim ,5 Não ,5

36 4.5 Principais problemas enfrentados pelos pescadores artesanais Segundo os pescadores as condições ambientais são os fatores determinantes para uma boa pesca, dependendo assim, das marés para a saída das embarcações, tendo em vista a pequena profundidade dos rios do município. Na figura 11 pode-se observar a presença de uma embarcação de propriedade de um pescador artesanal, encalhada na praia ao lado da boca da barra do Rio Preto devido ao problema já citado da pequena profundidade destes locais. Figura 11 Embarcação de pesca artesanal encalhada. Na opinião dos pescadores do município quando a pesca era somente para consumo de populações locais era menos danosa a fauna, com a exportação dos recursos esta situação se inverteu, além disso, a pesca transformou-se em um tipo de empresa tornado-se ainda mais difícil para o pescador artesanal. A pesca industrial, com ênfase as parelhas prejudicam consideravelmente a pesca artesanal contribuindo para depleção dos recursos, pois retiram os peixes pequenos, sem valor comercial, e jogam novamente no mar já mortos. Quanto os recursos pesqueiros, o camarão há 20 anos atrás era pescado em maiores quantidades, já quanto à pescada, bagre e cação seu desaparecimento começou há aproximadamente 07 anos atrás e cada vez mais ocorre diminuição na quantidade dos recursos pesqueiros e está diminuindo a produção geral. Quando questionados sobre a pesca da tainha informaram que por causa da localização geográfica as comunidades do município possuem pouco êxito na sua captura.

37 Alguns pescadores consideram a fiscalização fraca, já outros consideram rígida. Outros problemas enfrentados são quanto ao apoio dos órgãos governamentais, de parte técnica e científica, faltando desenvolvimento do município no setor pesqueiro, e a falta de recursos quanto á combustível e gelo. Os pescadores consideram que a implantação de cooperativas e cultivo de espécies auxiliaria no incremento da renda artesanal; o aumento da profundidade na boca da barra dos rios, principalmente no Rio Preto melhoria a saída das embarcações; o zoneamento costeiro da região e uma fiscalização rigorosa neste com o auxílio dos próprios pescadores, em suas opiniões melhorariam a pesca na região.

38 4.6 Órgãos regulamentadores da pesca artesanal A Colônia de Pescadores Z-5 foi fundada em 1939, sendo que a atual administração assumiu os trabalhos em 2005, tendo como Presidente o Sr. Antônio Ribeiro do Prado, possui atividades de licenciamento dos pescadores e embarcações de pesca artesanal e profissional, oferecem cursos de aperfeiçoamento aos pescadores, principalmente de arrais amador, categoria que habilita a condução de embarcações de esporte e recreio em águas interiores, como lagos, lagoas, rios, canais e praias. Possui 1500 associados, sendo que aproximadamente 600 são atuantes, quanto às embarcações possui 48 cadastradas, não há dados de produção, pois as embarcações não possuem mapa de bordo; foi observado que o cadastro encontrase desatualizado. Como infra-estrutura básica possui a sede sito no Centro com computador, máquina de escrever e salão para palestras. A Colônia atua junto aos pescadores com orientação e cadastramento dos mesmos e participação em reuniões sobre pesca no município. No mês de outubro a colônia se encontrava com o cadastramento dos pescadores para defeso e para o subsídio do diesel. As perspectivas da administração são quanto à melhoria da pesca, o aumento do subsídio do diesel para uma melhoria no desempenho, mais com a real implantação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) teme a piora na pesca artesanal. Segundo o Departamento de Meio Ambiente, a Prefeitura Municipal possui uma preocupação especial com a escassez do pescado decorrente da pesca predatória, que este está na expectativa da implementação de recifes de corais, mas quanto a estes não há autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) por não haver de estudos que mensurem impactos positivos ou negativos. Os esforços deste Departamento estão voltados para organização dos pescadores, visando a capacitação no processo artesanal da carne do pescado, visando também um menor desperdício e talvez reduzindo assim a pressão sobre o estoque pesqueiro. No ano de 2007 até o mês de agosto foram realizados os seguintes cursos Processamento de Carne de Pescado aplicado pela Caixa de Assistência Técnica Integral e Programa Nacional da Agricultura Familiar

39 na Barra do Una e no Núcleo de Inicialização Profissional de Peruíbe; Produção de mexilhão, Produção de siri mole e Produção de camarão aplicados pelo Instituto de Pesca. Ainda em parceria com o Instituto de Pesca, a Prefeitura possui o Projeto Isca-Viva que tem por intuito a criação de camarão-rosa em tanques redes em rio, mais o mesmo ainda encontra-se em fase de estudos de ambas as partes. Em 19 de setembro de 2007 realizou-se a 2.ª Reunião de Gerenciamento Costeiro em Peruíbe, com principal objetivo de discutir o gerenciamento costeiro no município e os principais problemas enfrentados na pesca artesanal, com participação de vários segmentos da sociedade, tendo como representantes do Departamento de Meio Ambiente de Peruíbe o Sr. Carlos Alberto Bianchi da Silva, Diretora Regional do IBAMA a Sra. Ingrid Maria Furlan Oberg, Câmara de Vereadores de Peruíbe a Sra. Maria Onira Betioli Contel, Polícia Militar Ambiental o Tenente Ezequias, Colônia de Pescadores Z-05 o Sr. Antônio Ribeiro do Prado, Instituto de Pesca o Sr. Jocemar Tomasino Mendonça, Diretor da Estação Ecológica Juréia-Itatins o Sr. Joaquim de Marco Neto. Segundo o Tenente Ezequias, o foco da Polícia Ambiental no momento está voltado para educação ambiental, com intuito de mudar a cultura dos jovens quanto aos recursos naturais. Os problemas mais freqüentes relacionados com a fiscalização da pesca são as embarcações sem licença de pesca, a falta de identificação de redes e apetrechos. As fiscalizações estão cada vez mais rigorosas, e que em um futuro não muito distante, a manutenção de hábitos antigos e a não adequação as novas legislações se tornarão sérios problemas com fiscalização, apresentando um grande número de apreensões e aplicações de multas. Um outro problema apresentado é a falta de licença de pesca que acarreta grandes problemas em época de defeso das espécies. A Diretora Regional do Ibama ressaltou a importância de se preservar a biodiversidade para futuras gerações, considerando áreas protegidas como medidas que irão contribuir com o aumento dos recursos pesqueiros. Foi mencionado também sobre o desmembramento do IBAMA, com a criação do Instituto Chico Mendes e IBAMA com o intuito de reforçar a gestão ambiental no país. A divisão de funções entre tais instituições ainda não fora completadas e até a data da reunião não se soubera qual ficará responsável pela pesca.

40 Segundo o Sr. Carlos Alberto o principal problema é a falta de fiscalização, principalmente das parelhas e a falta de recursos para esta. O Diretor da Estação Ecológica Juréia-Itantins considera que para a adequação dos moradores, com as novas áreas que estão sendo implantadas na Juréia será necessária a atualização do cadastro dos pescadores artesanais, com o objetivo de auxiliar os moradores caiçaras, elaborando autorizações individuais para pesca nas áreas de conservação, esta medida será possível em conjunto com o órgão responsável pela fiscalização da pesca. Segundo os pescadores presentes a destruição dos recursos pesqueiros ocorre principalmente devido as parelhas que matam milhares de peixes, pois jogam os menores de volta no mar e não respeitam o tamanho mínimo de captura. Que já o pescador artesanal respeita o meio ambiente devolvendo os peixes menores ainda com vida. Quanto às mudanças do Mosaico os pescadores ressaltaram as dificuldades encontradas em alto mar de se identificar as áreas de reserva (RDS), e quanto as novas áreas onde possivelmente for proibida a pesca esportiva na Barra do Una, haverá dificuldades em atrair turistas para a região, e ainda que segundo avaliações próprias a pesca esportiva causa um dano menor que a pesca extrativista e os ganhos são bem maiores. Que as legislações são complexas e falta orientação aos pescadores quanto a estas, que muitas vezes são autuados por falta de informação e ainda ressaltaram a necessidade de projetos alternativos para a pesca artesanal.

41 4.7 Órgão fiscalizador da pesca artesanal A Polícia Militar Ambiental atuante no município têm como objetivos a fiscalização da flora, mineração, recursos hídricos, fauna e educação ambiental, possue a abrangência da divisa de Peruíbe com Itanhaém até Pedro de Toledo. Como recurso para fiscalização não possue barco e trabalha em parceria com a Prefeitura Municipal e Instituto Florestal. Com a ocorrência de mudanças na Legislação e um processo de reestruturação dentro da Polícia Local, há dificuldade em trazer o recurso pesqueiro para o aspecto ambiental, mesmo com tais dificuldades exercem fiscalização de rotina em pontos de desembarque, marinas e fontes de consumo, como feiras livres, peixarias e restaurantes especializados principalmente no período de defeso. Na tabela 25, apresentamos as ocorrências registradas pela polícia ambiental na pesca durante o ano de 2006 até 22 de Junho de Tabela 25 - Ocorrências da Polícia Militar Ambiental na pesca durante o ano de 2006 e 2007 até 22 de junho de Fonte: Banco de dados do Batalhão da Polícia Militar Ambiental de Peruíbe. OCORRÊNCIA Advertência em pesca Boletim de Ocorrência de pesca Crime praticado contra a pesca Denúncia de pesca irregular Multa arbitrada infração em pesca (em reais) 1.047, ,55 Multa simples pesca em local não permitido Outros produtos de pesca (aparelhos e acessórios) 01 0 Pessoas conduzidas a DP por infração em pesca Redes de pesca (unidades) Redes de pesca apreendidas (em metros) Tarrafa Termo Circunstanciado de pesca 01 0

42 5. DISCUSSÃO O deslocamento dos pescadores das comunidades da Barra do Una e do Guaraú até os locais de pesca é feito através de barcos de alumínio e motor de popa. Alguns pescadores da Barra do Una utilizam canoas a remo quando as redes estão armadas mais próximas. As canoas a remo também são utilizadas por alguns pescadores quando pescam com tarrafas (RAMIRES & BARRELLA, 2003). Já na comunidade do Centro os barcos do tipo baleeira são os mais utilizados para deslocamento dos pescadores. A pesca no município de Peruíbe utiliza a rede de espera como principal método de pesca como caracterizado por Ramires & Barrella (2003), nas comunidades da Barra do Una e Guaraú, este método é realizado com redes chamadas pelos pescadores locais de malhadeiras, as redes são armadas de modo a permanecerem na posição vertical dentro da água, para que alcancem a maior parte da coluna d água, as malhas destas redes variam de 7 a 14cm entre nós opostos. As redes malhadeiras são também usadas para o caceio, uma técnica de pesca onde os pescadores, ao avistarem um cardume, vão soltando aos poucos as redes e deixando com que a correnteza às leve até um determinado ponto onde os peixes se emalham e assim a despesca é feita. Outras artes de pesca utilizadas são o picaré, que é uma pequena rede de arrasto de praia manual, normalmente manejada por dois pescadores, que entram na água e arrastam a rede até um determinado ponto, depois são trazidas até a praia para despesca; e a tarrafa que é um tipo de rede cônica, com chumbos em toda a margem e uma corda presa ao centro. Observou-se no presente trabalho que os pescadores da Barra do Una possuem principalmente características de pescador-lavrador, enquanto que nos outros bairros foi observada uma predominância de características de pescador artesanal. Diegues (2004), diferencia que a pesca dos pescadores artesanais com baleeiras e canoas motorizadas representam ao mesmo tempo uma continuidade e o início da ruptura com a pequena pesca dos pescadores-lavradores. A continuidade se reflete na imprevisibilidade da produção enfrentada tanto na canoa a remo quanto na canoa a motor. Ambas exploram um meio ambiente limitado devido ao tamanho e potência dos meios de produção. Ruptura, na medida em que a canoa/baleeira

43 motorizada permite o arrasto, técnica mais predatória do que a normalmente utilizada pelos pescadores-lavradores. Essa capacidade maior de predação da primeira tem levado frequentemente a conflito entre essas duas categorias de produtores. Esse conflito pode assumir maiores proporções quando os pescadores motorizados provêm de outras praias, como ocorreu em Cananéia, com a vinda dos catarinenses e no presente estudo ocorre com os pescadores do bairro do Centro e de outras localidades atuando na Barra do Una. Atualmente, ambas categorias de pescadores têm que se defrontar com o arrastão, que varre a costa em busca do camarão sempre mais escasso, jogando ao mar toneladas de peixes acompanhantes, tal ocorrência também foi relatada pelos pescadores do município de Peruíbe. De acordo com Cardoso (2001), a questão conceitual sobre pesca artesanal é bem mais ampla, envolve uma diversidade de modalidades de técnicas, modos de apropriação dos recursos pesqueiros, formas de organização da produção e distribuição dos rendimentos, sua definição não deve apenas estar atrelada à questão do instrumental tecnológico empregado nas capturas e sim nas formas de organização social das pescarias. A diversidade observada foi maior do que a apresentada por Ramires & Barrella (2003), na Barra do Una onde foram capturadas 12 espécies, sendo observada também a presença de mistura, que é composta por peixes de várias espécies de baixo ou nenhum valor comercial e que normalmente são de tamanhos inferiores aos peixes frequentemente comercializados; no bairro do Guaraú foram capturadas 24 espécies, tais dados foram confirmados no presente estudo. Para Souza e Barrella (2001) as espécies mais comuns são robalo, tainha, bagre, parati, caratinga, pescada, cação e corvina. Ressaltando ainda, que, os peixes mais abundantes nem sempre são os mais procurados, nem apresentam um maior valor comercial. O bagre, a caratinga, o parati, segundo os pescadores, são abundantes o ano todo, são menos procurados e são vendidos a preços inferiores aos de outras espécies de peixes, como o robalo, que é menos abundante, porém mais procurado, tendo assim um valor maior do que os demais peixes. De acordo com Miranda & Carneiro (2007), para a pesca artesanal, o sucesso da safra da tainha é fortemente dependente das condições ambientais. A maior parte da pesca desta espécie ocorre durante o período de migração reprodutiva

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