Acompanhamento Processual e PUSH

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1 Acompanhamento Processual e PUSH Pesquisa Login no Push Criar Usuário Obs.: Este serviço é de caráter meramente informativo, não produzindo, portanto, efeito legal. PROCESSO: RESPE Nº Recurso Especial Eleitoral UF: M S JUDICIÁRIA Nº ÚNICO: MUNICÍPIO: BELA VISTA - M S N. Origem: PROTOCOLO: /08/ :22 RECORRENTE: COLIGAÇÃO REAJA BELA VISTA (PSL/PSB/PP/PT/PSC/PPS/PHS/PV/PRP/PSD) ADVOGADO: JEAN PHIERRE DA SILVA VARGAS ADVOGADO: LUCIO FLAVIO J. SUNAKOZAWA RECORRENTE: M INISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL RECORRIDO: ABRAÃO ARM OA ZACARIAS ADVOGADO: JOÃO ONOFRE CARDOSO ACOSTA ADVOGADO: LEONARDO BASM AGE PINHEIRO M ACHADO ADVOGADO: ANDRESSA NAYARA DE M ATOS RODRIGUES BASM AGE M ACHADO RELATOR(A): M INISTRA LAURITA HILÁRIO VAZ ASSUNTO: IM PUGNAÇÃO AO REGISTRO DE CANDIDATURA - REGISTRO DE CANDIDATURA - RRC - CANDIDATO - INELEGIBILIDADE - REJEIÇÃO DE CONTAS PÚBLICAS - CARGO - PREFEITO LOCALIZAÇÃO: GAB-LV-GABINETE DA M INISTRA LAURITA VAZ FASE ATUAL: 13/10/ :00-Para julgamento Andamento Distribuição Despachos Decisão Petições Todos Visualizar Imprimir Andamentos Seção Data e Hora Andamento GAB-LV 13/10/ :00 Remessa para SEDIV-PS. GAB-LV 13/10/ :00 Para julgamento. GAB-LV 24/09/ :18 Recebimento CPADI 24/09/ :34 Conclusão. CPADI 24/09/ :34 Remessa CPADI 24/09/ :59 M ontagem atualizada CPADI 24/09/ :49 Recebimento CPRO 23/09/ :45 Remessa para CPADI. CPRO 23/09/ :45 Para providências: atualizar cap0a e após fazer conclusão ao relator CPRO 23/09/ :40 Interposto Agravo Regimental (Protocolo: /2012 de 21/09/ :56:38). Pelo M inistério Público Eleitoral CPRO 21/09/ :53 Autos devolvidos SEDESC 1 19/09/ :10 Redistribuição por término do biênio do Relator. M INISTRA LAURITA VAZ. Art. 16 7º do RITSE 1/5

2 CPRO 17/09/ :19 Entrega em carga/vista (M inistério Público Eleitoral: ) CPRO 17/09/ :14 Decurso de prazo para Recurso em 16/09/2012 para COLIGAÇÃO REAJA BELA VISTA (PSL/PSB/PP/PT/PSC/PPS/PHS/PV/PRP/PSD) CPRO 13/09/ :29 Publicação em 13/09/2012 Publicado em Sessão. Decisão M onocrática de 12/09/2012 CPRO 13/09/ :43 Recebimento GAB-GD 12/09/ :01 Remessa para CPRO. GAB-GD 12/09/ :01 Com decisão para CPRO. GAB-GD 12/09/ :35 Registrado(a) Decisão M onocrática no(a) REspe Nº em 12/09/2012. Com decisão GAB-GD 05/09/ :45 Recebimento CPRO 04/09/ :31 Conclusão. conclusos à M inistra substituta, Exma. Sra. LAURITA VAZ, nos termos do parágrafo 5º, art. 16 do RITSE. CPRO 04/09/ :31 Remessa conclusos à M inistra substituta, Exma. Sra. LAURITA VAZ, nos termos do parágrafo 5º, art. 16 do RITSE. CPRO 02/09/ :11 Aguarda redistribuição CPRO 02/09/ :11 Cancelamento da conclusão CPRO 02/09/ :24 Conclusão. CPRO 02/09/ :24 Remessa CPRO 02/09/ :19 Juntada de parecer CPRO 02/09/ :36 Autos devolvidos CPADI 31/08/ :34 Entrega em carga/vista (M inistério Público Eleitoral: ) CPADI 31/08/ :33 Liberação da distribuição. Sorteio em 29/08/2012 M INISTRO GILSON DIPP CPADI 31/08/ :24 M ontagem concluída CPADI 30/08/ :29 Enviado para M ontagem CPADI 29/08/ :30 Autuado - REspe nº CPADI 29/08/ :36 Recebimento SEPRO 28/08/ :29 Encaminhado para CPADI SEPRO 28/08/ :29 Documento registrado SEPRO 24/08/ :22 Protocolado Distribuição/Redistribuição Data Tipo Relator Justificativa 19/09/2012 Redistribuição por término do LAURITA VAZ biênio do Relator 29/08/2012 Distribuição automática GILSON DIPP Art. 16 7º do RITSE Despacho Decisão Monocrática em 12/09/ RESPE Nº Ministra LAURITA VAZ DECISÃO Trata-se de recursos especiais interpostos pela COLIGAÇÃO REAJA BELA VISTA e pelo M INISTÉRIO PUBLICO ELEITORAL de acórdão do Tribunal Regional Eleitoral do M ato Grosso do Sul que, reformando sentença, deferiu o registro da candidatura de ABRAÃO ARMOA ZACARIAS ao cargo de prefeito do Município de Bela Vista. O acórdão recorrido assentou que o Tribunal de Contas não teria competência para o julgamento das contas do Prefeito, que atua na condição de ordenador de despesas. Às fls , a Coligação recorrente afirma que, embora não tenha apresentado impugnação ao registro de candidatura em desfavor do Recorrido, não há óbice a sua atuação na qualidade de terceira interessada, bem como por 2/5

3 candidatura em desfavor do Recorrido, não há óbice a sua atuação na qualidade de terceira interessada, bem como por tratar-se de matéria de ordem pública, porquanto atinge diretamente interesse da coletividade. Isso porque: [...] o recorrido teve suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas em decisão definitiva, e que, por essa razão tem contra si Ação de Execução cujo valor extrapola a soma de R$ ,25 (quatro milhões, trezentos e quarenta e quatro mil, duzentos e trinta e seis reais e vinte e cinco centavos) [...]. (fl. 366) Além disso, argumenta que a decisão do Tribunal de Contas "deu-se por atos de ordenação de despesas [...] e não as atinentes à execução do orçamento votado e aprovado anualmente pelo Parlamento M unicipal" (fl. 367), razão pela qual estaria configurada a competência daquele Órgão para o julgamento das contas do Prefeito. Requer o provimento do recurso para que seja indeferido o registro de candidatura. Às fls , o Ministério Público Eleitoral alega afronta ao artigo 1º, I, g, da Lei Complementar nº 64/90 e ao artigo 71, II, da Constituição Federal, [...] ao não ter sido reconhecida, pelo TRE/MS, a competência do Tribunal de Contas para o julgamento das contas prestadas pelo Prefeito que atua na condição de ordenador de despesa e, consequentemente, a incidência da inelegibilidade em comento. (fl. 382v.) Além disso, assevera que as irregularidades verificadas pelo Tribunal de Contas são insanáveis e configuram ato doloso de improbidade administrativa, sendo forçoso reconhecer a incidência da causa de inelegibilidade. Requer, assim, o conhecimento e provimento do especial para que seja indeferido o registro de candidatura do Recorrido. Contrarrazões apresentadas às fls A Procuradoria-Geral Eleitoral manifesta-se pelo provimento dos recursos (fls ). É o relatório. Decido. Por primeiro, verifico que a Coligação recorrente não possui legitimidade para recorrer da decisão que deferiu o registro de candidatura do Recorrido, pois não o impugnou, atraindo o óbice da Súmula 11 do TSE: No processo de registro de candidatos, o partido que não o impugnou não tem legitimidade para recorrer da sentença que o deferiu, salvo se se cuidar de matéria constitucional. A matéria de fundo do presente recurso refere-se à causa de inelegibilidade infraconstitucional, prevista no artigo 1º, I, g, da LC nº 64/90, com a redação dada pela Lei Complementar nº 135/2010, razão pela qual não se aplica, na espécie, a ressalva da parte final da referida Súmula. Nesse sentido, vejam-se, entre outros, os acórdãos deste Tribunal no RO nº /TO, Rel. M inistro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, publicado na sessão de , e no AgR-REspe nº /BA, Rel. M inistro RICARDO LEWANDOWSKI, DJe Desse modo, passo à análise do recurso interposto pelo M inistério Público. O Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso do Sul reformou a sentença e deferiu o pedido de registro de candidatura por entender que o Recorrido não incidira na causa de inelegibilidade prevista na alínea g do inciso I do artigo 1º da LC nº 64/90, com a alteração trazida pela Lei Complementar nº 135/2010. O voto condutor do acórdão, da lavra do Desembargador Joenildo de Sousa Chaves, consigna que a apreciação das contas prestadas pelo chefe do Poder Executivo constitui prerrogativa intransferível do Legislativo, conferida pela própria Constituição, artigos 71, inciso I, 75, caput, e 31, e seus 1º e 2º (fl. 351). No âmbito desta Corte, foi reafirmada a competência da Câmara Municipal para o julgamento das contas do chefe do Poder Executivo municipal e destacada a competência do Tribunal de Contas para a emissão de parecer prévio, o que se 3/5

4 aplica também quando examinados atos de ordenação de despesas. A propósito do tema, vale conferir os seguintes precedentes: Registro. Inelegibilidade. Rejeição de contas. Órgão competente. 1. Nos termos do art. 31 da Constituição Federal, a competência para o julgamento das contas de Prefeito é da Câmara Municipal, cabendo ao Tribunal de Contas a emissão de parecer prévio, o que se aplica, inclusive, a eventuais atos de ordenação de despesas. 2. A ressalva final constante da nova redação da alínea g do inciso I do art. 1º da Lei Complementar n 64/90, introduzida pela Lei Complementar n 135/ de que se aplica "o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição" -, não alcança os chefes do Poder Executivo. 3. Os Tribunais de Contas só têm competência para julgar as contas de Prefeito, quando se trata de fiscalizar a aplicação de recursos mediante convênios (art. 71, VI, da Constituição Federal). Recurso ordinário não provido. (RO nº /TO, Rel. M inistro ARNALDO VERSIANI, publicado na sessão de sem grifo no original) AGRAVOS REGIM ENTAIS. RECURSO ORDINÁRIO. REGISTRO DE CANDIDATURA. DEPUTADO ESTADUAL. INELEGIBILIDADE. LC Nº 64/90, ART, 1º, I, d, g e j. ALTERAÇÃO. LC Nº 135/2010. REJEIÇÃO DE CONTAS PÚBLICAS. TCU. RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO. DECISÃO IRRECORRÍVEL. AUSÊNCIA. REJEIÇÃO DE CONTAS. TCM. PREFEITO. ÓRGÃO COM PETENTE. CÂM ARA M UNICIPAL. CONDENAÇÃO. AIJE. INELEGIBILIDADE. INTEGRALM ENTE CUM PRIDA. PRAZO DE OITO ANOS. INAPLICABILIDADE. CONDENAÇÃO. AIM E. EFEITO SUSPENSIVO. LIM INAR. CONCESSÃO. REGISTRO. DEFERIM ENTO. SOB CONDIÇÃO. 1. O óbice a reavaliação do acervo fático-probatório dos autos pela Corte ad quem, bem como a exigência de demonstração de divergência jurisprudencial, são temas afetos ao recurso especial, não se aplicando ao recurso ordinário, pela devolutividade ampla que lhe é própria. 2. A despeito da ressalva final constante da nova redação do art. 1º, I, g, da LC nº 64/90, a competência para o julgamento das contas de prefeito, sejam relativas ao exercício financeiro, à função de ordenador de despesas ou a de gestor, é da Câmara Municipal, nos termos do art. 31 da Constituição Federal. 3. Cabe ao Tribunal de Contas apenas a emissão de parecer prévio, salvo quando se tratar de contas atinentes a convênios, pois, nesta hipótese, compete à Corte de Contas decidir e não somente opinar. 4. O recebimento do recurso de reconsideração interposto perante o TCU com efeito suspensivo afasta o caráter definitivo da decisão da Corte de Contas e, consequentemente, a inelegibilidade fundada no art. 1º, I, g, da LC nº 64/ Nos termos do art. 11, 10, da Lei nº 9.504/97, inserido pela Lei nº /2009, a concessão da liminar, ainda que posterior ao pedido de registro, é capaz de afastar a inelegibilidade decorrente da rejeição de contas no exercício de cargos públicos. 6. O prazo de inelegibilidade de oito anos, previsto no art. 1º, I, d, da LC nº 64/90, com a nova redação conferida pela LC nº 135/2010, não retroage para alcançar aqueles que, condenados pela prática de abuso, tenham, antes da entrada em vigor da nova lei, cumprido integralmente a sanção de inelegibilidade fixada por decisão judicial, sob pena de violação ao princípio do ne bis in idem, bem como ao que preceitua o art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal. 7. Concedida liminar para conferir efeito suspensivo ao recurso interposto contra o acórdão regional que condenou o agravado nos autos de AIME, não há como incidir, de imediato, a causa de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, j, da LC nº 64/90. 4/5

5 8. Contudo, considerado o disposto no art. 26-C, 2º, da LC nº 64/90, uma vez revogada aquela liminar ou desprovido o recurso para manter a condenação, deverão ser desconstituídos o registro ou o diploma eventualmente concedidos ao agravado. Agravos regimentais desprovidos. (AgR-RO nº /CE, Rel. M inistro M ARCELO RIBEIRO, julgado em , DJe ) No mesmo sentido, confiram-se: ED-AgR-REspe nº /PB, Rel. M inistro ARNALDO VERSIANI, julgado em , DJe 1º ; AgR-RO nº /CE, Rel. M inistro HAM ILTON CARVALHIDO, publicado na sessão de Note-se que, estando assentada a matéria na jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, incide a Súmula 83 do Superior Tribunal de Justiça, in verbis: Não se conhece do recurso especial, pela divergência, quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida. De resto, fica prejudicada a análise da alegação de insanabilidade das irregularidades trazidas nas razões de recurso do M inistério Público Eleitoral. Ante o exposto, com fundamento no artigo 36, 6º, do Regimento Interno do Tribunal Superior Eleitoral, NEGO SEGUIM ENTO aos recursos especiais. Publique-se em sessão. Brasília, 12 de setembro de M INISTRA LAURITA VAZ (RITSE, artigo 16, 5º) Petições Protocolo Espécie Interessado(s) /2012 AGRAVO REGIM ENTAL M INISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL 5/5