Uma Possível Rede Urbana Estruturada:

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1 Uma Possível Rede Urbana Estruturada: Os Edifícios dos Jesuítas do Espírito Santo e sua Relação com o IPHAN Resumo O casamento entre Igreja e Estado condicionou aos mesmos o título de principais agentes modeladores da cidade colonial brasileira. A igreja teve um papel primordial na configuração dos núcleos urbanos coloniais brasileiros, assegurado pela existência de uma legislação. É notória a frouxidão de uma regulamentação específica por parte do Estado, que preferiu simplesmente transferir para a colônia as Ordenações do Reino Lusitano, composta por normas parcimoniosas e generalizantes em relação ao ordenamento urbano. O direito canônico, ao contrário, apresentava normas claramente definidas em relação ao espaço urbano sagrado, instituídas pelas Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia. As Constituições estabeleciam normas sobre a construção de templos igrejas, ermidas, capelas, mosteiros de espaços sagrados, como o adro e o cemitério, e de assuntos ligados ao urbanismo, como as fontes e obras públicas. Esta comunicação se dispõe a desvelar indícios que apontam para a existência de uma possível rede urbana entre os antigos núcleos estabelecidos pelos jesuítas no Espírito Santo, estabelecendo um confronto com a forma com que estes edifícios foram encarados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), órgão responsável pela salvaguarda do patrimônio nacional.

2 1. Questões pertinentes a colonização do território brasileiro 1.1 A aliança entre a Coroa e a Igreja A conveniente união entre a Coroa Portuguesa e a Igreja Católica, impressa na empreitada dos descobrimentos e na configuração do vasto império ultramarino português, apenas se concretizou de fato através da instituição do padroado. Entende-se, resumidamente, por padroado a concessão da jurisdição espiritual das novas terras descobertas cedida pela Igreja Católica ao Estado Português, estabelecendo uma combinação de direitos e deveres (COSTA, 2003, p. 41). Ou seja, a Santa Sé conferia à Coroa o privilégio de promover a cobrança e a administração do dízimo de Deus, perante o dever de provisão dos cargos, de remuneração dos religiosos e da instalação e manutenção dos templos. A instituição do padroado partiu de um lento processo, iniciado no final da Idade Média, durante a reconquista do reino português aos muçulmanos. A conquista de Ceuta, em 1415, marca o início da propagação do padroado para as terras de além-mar. A partir desta conquista, os papas publicam numerosas bulas ao longo dos séculos XV e XVI, confirmando o direito real português de administração espiritual sobre as suas colônias. O forte vínculo entre a Coroa e a Igreja fica comprovado pela solicitação do Infante D. Henrique à Santa Sé de fundação de um convento dos frades menores da observância em Ceuta, alegando que a finalidade deste pedido objetivava a defesa e aumento da Santa Fé Cristã, e a consequente redução dos infiéis (HOONAERT, 2008, p ). Do ano 1442 em diante, direito de padroado significa direito de conquista: eis o sentido das bulas pontifícias. Portugal é o senhor dos mares nunca dantes navegados, organizador da Igreja em termos de conquista e redução, planificador da união entre missão e colonização. (HOORNAERT, 2008, p. 35). O casamento entre Igreja e Estado condicionou aos mesmos o título de principais agentes modeladores da cidade colonial brasileira. À Igreja Católica cabia a função de delimitar as áreas territoriais correspondentes à freguesia, unidade essencial para a posterior ereção de vilas e cidades. O controle da população também era estabelecido pela Igreja, tanto através das confissões, como dos registros de nascimento e de morte. A localização privilegiada de seus edifícios no núcleo destacado de uma povoação, vila ou cidade, também funcionava como pontos de atração do crescimento urbano. Já o Estado era o responsável pela distribuição de terras através do sistema de sesmarias e pela manutenção do sistema de defesa das cidades. Estas duas competências da Coroa Portuguesa contribuíram para a formação e configuração física de uma rede de cidades e núcleos urbanos. (COSTA, 2007, p. 33). A implantação da cristandade no Brasil efetivou-se no reinado de D. João III, monarca que decidiu colonizar o Brasil de maneira mais racional, transplantando o modelo cultural português para a

3 colônia brasileira, com o principal objetivo de converter a gente do Brasil à Santa Fé Católica. Apesar do forte apelo religioso, não se deve esquecer que a empresa dos descobrimentos era comercial por excelência. Em Portugal, o panorama religioso vigente era o modelo de confissão católica romana, reformulado pelo Concílio de Trento. As principais recomendações instituídas pela Contra- Reforma visavam atrair fiéis perdidos e acrescentar outros, certamente provindos das novas descobertas. Território virgem, onde novos fiéis poderiam ser arrebanhados e onde as novas regras poderiam ser experimentadas. Sob o lema de defesa e promulgação da Fé Católica, a Companhia de Jesus constituía a ordem mais apta a assumir o papel de evangelização nas colônias portuguesas. (BITTAR, MENDES, VERÍSSIMO, 2007, p ). No ano de 1534, Inácio de Loyola e um grupo de seis notáveis homens 1, fizeram voto em Paris que objetivava a organização de seus propósitos religiosos, dos quais é merecedor de primazia o voto de peregrinação a Jerusalém e posterior conversão dos turcos. Após fracassarem as tentativas de ida à Terra Santa, seguidas por perseguições ocorridas em Roma durante o ano de 1538, Inácio e seus companheiros decidem então fundar a Companhia de Jesus, em A 27 de setembro de 1540, a ordem alcança o merecido reconhecimento, oficializado na Bula Regimini Militantis Ecclesiae. Inácio de Loyola é designado ao cargo de Superior Geral da ordem, escrevendo as Constituições Jesuíticas, que estabeleceriam uma organização rigidamente disciplinada. Assim, a Companhia de Jesus se estabelece como uma ordem mista, não apenas ativa, com o objetivo de servir ao próximo, nem apenas passiva, para a contemplação das coisas divinas. Assume, além dos três votos comuns a todas as ordens, o preceito de total obediência ao Papa, a respeito das missões, sob o lema tudo para a maior glória de Deus (LEITE, 2006, tomo I/livro I/I, p ). 1.2 Os jesuítas e a configuração do espaço no Brasil No que concerne à colonização brasileira, os primeiros jesuítas a aportarem no litoral em 1549, integraram a comitiva do primeiro Governador Geral Tomé de Souza. Liderados pelo Pe. Manoel da Nóbrega, o grupo composto por seis padres jesuítas possuía a missão de converter o gentio por meio da catequese e da doutrinação. Considerando que o projeto colonizador contemplava dois tipos de conquista a espiritual, sob a responsabilidade dos missionários, e a territorial, sob as instruções do Governador Geral e demais autoridades do Estado Português, destinadas a povoar e usufruir dos benefícios que esta conquista poderia possibilitar, Nóbrega propõe uma forma de ordenamento da catequese, baseada na disciplina e na organização do trabalho sistemático do gentio, até o momento 1 O grupo era formado por Pedro Fabro, Francisco Xavier, Simão Rodrigues, Diogo Laines, Afonso Salmeron e Nicolau Bobadilha.

4 acostumado a um modo de vida nômade. Desta forma, são estruturados os aldeamentos, que agrupavam famílias indígenas em torno da igreja, e que contavam inicialmente como suporte dos colégios. Essas aglomerações eram todas concebidas num mesmo plano [...]. Diante da igreja, uma grande praça retangular, o largo da matriz e, dos lados, as casas dos índios, dispostas geometricamente. Um grande número de aglomerações religiosas foi assim constituído até nas regiões mais longínquas; mesmo na Amazônia os jesuítas fundaram milhares de aldeias. (DEFFONTAINES, 2004, p. 120). Os jesuítas iniciaram sua atividade missionária na Capitania do Espírito Santo em 1551, a partir da Vila de Vitória, fundando, segundo Leite (2008, tomo VI/livro II/II, p. 152), um total de dez aldeamentos, ao longo dos séculos XV e XVI. Quase sempre, no momento em que chegavam a um sítio, os jesuítas erguiam um abrigo simples, geralmente feito de madeira ou taipa de mão, e coberto com palha. Esse abrigo inicial servia como base, para que os padres encontrassem o local mais apropriado para a construção definitiva, que deveria durar enquanto o mundo durasse (CARVALHO, 1982, p.117). Preocupados com a defesa de seus núcleos, os jesuítas geralmente localizavam seu edifício em elevações, com vista para o mar e próximo a algum rio, visto que essa situação facilitava tanto a locomoção pela costa, quanto para o interior, em busca de novos aldeamentos. O partido arquitetônico de dispor os corpos da construção em quadra, tradicionalmente empregado pelas ordens religiosas em seus mosteiros e conventos, foi mantido pelos jesuítas. Com a particularidade de que os pátios jesuíticos no que diz respeito ao Brasil não gozavam da mesma atmosfera de sossego e recolhimento presente nos claustros das demais ordens religiosas, considerando a vida ativa e as atividades ministradas pelos padres da Companhia. Assim, na maioria dos casos, o edifício jesuítico brasileiro era disposto em quadra, em torno de um pátio central, onde um dos quartos da quadra era ocupado pela igreja, sendo os demais ocupados pela residência, pelas salas de aula e oficinas, pela enfermaria e pelas dependências de serviço. Todo o conjunto era comumente composto por uma cerca, com horta e pomar (COSTA, 1941, p. 13). [...], pode-se afirmar, que os jesuítas nunca tiveram na arquitectura um estilo propriamente dito, nem existem documentos na Ordem em que se faça referência a um estilo, desejável ou a ser adoptado ou a impor; que, pelo contrário, os jesuítas foram uma das Ordens mais flexíveis, tendo escolhido de se adaptar às situações históricas, às evoluções culturais e às condições da sociedade. (PATETA, 2001, p. 39). Os jesuítas permaneceram como mentores da educação brasileira até o ano de 1759, quando foram expulsos de Portugal e de suas colônias por interferência do Marquês de Pombal 2. Nesse ano, os mesmos possuíam ao longo do país, 25 residências, 36 missões e 17 colégios, além de seminários menores e escolas de primeiras letras. 2 Primeiro-ministro de Portugal de 1750 a 1777.

5 1.3 O legado alçado à condição de patrimônio cultural Este legado deixado pela Companhia de Jesus, alcança reconhecimento e o título de patrimônio nacional a partir das modificações impressas no âmbito da política e, principalmente, da cultura brasileira das décadas de 20 e 30. A noção de patrimônio histórico e artístico nacional surge em meio a um quadro otimista, tanto no que diz respeito à economia, impulsionada pela incipiente, porém promissora, industrialização o que contribui para a substituição gradativa do sistema oligárquico/rural pelo urbano/industrial, quanto no que se refere à política nacionalista de Getúlio Vargas que, inserida no contexto do Estado Novo, estimulava o processo de construção de uma identidade nacional. O fortalecimento do sentimento nacionalista, que vinha se desenvolvendo desde o movimento modernista da década de 20, alcança um estímulo maior em decorrência da considerável independência do Brasil em relação a outros países, devido à crise política e econômica internacional. Os modernistas brasileiros perceberam, por volta de 1924, que diferente dos países europeus que possuíam tradição nacional internalizada, no Brasil a tradição cultural ainda estava em processo de construção. Nesse sentido, a missão dos modernistas brasileiros primava a construção de uma tradição brasileira autêntica. Os remanescentes do período colonial e o barroco mineiro foram assim considerados os representantes artísticos do autêntico estilo puramente nacional. (CAMPOS, 2009, p. 217). Considerando a preocupação com a construção da identidade cultural da nação amparada pela história nacional, pela unificação de um patrimônio autenticamente brasileiro e pela eminente necessidade de preservação do mesmo, foi constatada a urgência de um projeto de lei que possibilitasse a normatização de todas essas questões. Assim é criado, com base no anteprojeto de Mário de Andrade, o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), que começou a funcionar, em caráter experimental, no ano de Com a Lei nº 378 de 13 de janeiro de 1937, passou a integrar a estrutura do Ministério da Educação e Saúde (MES). O órgão é oficializado através da promulgação do Decreto-lei nº 25, de 25 de novembro de 1937, que organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. As primeiras ações do SPHAN, iniciadas já em 1936, vão desde sua estruturação administrativa a gestões no campo político, desenvolvendo também, atividades específicas na área de preservação e restauração, como a execução de inventários, que dariam suporte aos tombamentos dos bens culturais 3, após a aprovação do Decreto-lei nº 25. Considerando os escassos recursos e a carência de profissionais, o critério inicial adotado para a efetivação dos inventários foi o de iniciar o trabalho pelas obras correspondentes à arquitetura civil 3 Entende-se atualmente por tombamento: Ato administrativo realizado pelo poder público com o objetivo de preservar bens de valor histórico, cultural, artístico, arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo para a população, impedindo que os mesmos venham a ser destruídos ou descaracterizados, culminando com o registro em livros especiais denominados Livros de Tombo.

6 e religiosa, limitando-os primeiramente a Ouro Preto, Salvador e Distrito Federal à época, Rio de Janeiro, para posteriormente desenvolvê-lo progressivamente pelas demais regiões do Brasil (LINS, 1990, p ). Após a promulgação do Decreto-lei nº 25, o órgão procurou promover a inscrição nos Livros de Tombo do maior número possível de bens, visando à proteção imediata do Estado 4. Como os inventários não estavam plenamente concluídos, a listagem dos bens passíveis ao tombamento foi realizada por pessoas consideradas idôneas. A maioria dos exemplares tombados correspondia à arquitetura religiosa, seguidos pelos da arquitetura civil, oficial e militar, todos de caráter monumental, o que revela os valores arraigados a essa fase inicial. A fase das intervenções procedidas pelo SPHAN se inicia em 1938, justamente numa obra dos jesuítas, nas ruínas de São Miguel das Missões. O volume e a qualidade das obras realizadas pelo SPHAN entre 1937 e 1945 foi algo sem precedentes no País, ainda mais em se tratando de um órgão de cultura que, sem possuir um corpo técnico especializado atuava numa época de grave crise econômica, social e política gerada pela 2ª Guerra Mundial. (LINS, 1990, p. 237). O IPHAN 5 vem atuando no âmbito da cultura nacional há mais de setenta anos, sendo que, no decorrer deste tempo, pouco se discutiu a respeito das posturas 6 adotadas pelo órgão, em relação às ações empreendidas nas diversas obras brasileiras e aos critérios que nortearam os tombamentos. 2. Os edifícios jesuítas remanescentes do Estado do Espírito Santo Dos aldeamentos e do Colégio de Vitória que outrora integraram a estrutura jesuítica do Espírito Santo, restaram apenas alguns dos seus principais edifícios. De alguns dos aldeamentos citados pelos padres da Companhia, não sobraram vestígios, considerando que deixaram de fazer parte da dinâmica do processo jesuítico, ainda no período de atividade dos padres 7. Pouco sobrou também da antiga sede jesuítica, composta pelos referidos Colégio de Santiago e Igreja de São Maurício, em Vitória. A reforma executada entre os anos de 1910 e 1912, visando à implantação do palácio do governo do estado, descaracterizou completamente o antigo colégio. 4 O maior número de tombamentos efetivados datam dos cinco primeiros anos de atuação do SPHAN. 5 Criado inicialmente sob a alcunha de SPHAN, o órgão foi posteriormente denominado DPHAN (Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), IBPC (Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural), e IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Essa última denominação permanece até os dias de hoje. 6 Dito no plural em decorrência da mudança de critérios possivelmente sofrida, seja em relação às imposições de ordem administrativa ou pessoal, seja motivada pela época em que as intervenções foram executadas. 7 Alguns aldeamentos foram relocados ou unificados por aldeamentos vizinhos, em conseqüência disso, deixaram de integrar a estrutura ativa dos jesuítas.

7 O legado deixado pelos jesuítas em terras capixabas se constitui atualmente por seis edifícios (Figura 1) que se destacam por sua singela arquitetura: Igreja e Residência dos Reis Magos, situada em Nova Almeida, Igreja e Residência de N. S. da Assunção em Anchieta (antiga Reritiba), Igreja de N. S. da Conceição em Guarapari, Igreja de N. S. da Ajuda em Araçatiba, Igreja de N. S. das Neves em Muribeca e Igreja de São João Batista em Carapina. Figura 1 Localização dos seis monumentos jesuíticos remanescentes. Fonte: Adaptado pela autora, a partir de Ilustração presente em LEITE (2006, tomo VI/livro IV/X, p. 440), As igrejas e residências dos Reis Magos e de N. S. da Assunção correspondem às obras jesuítas de maior vulto do estado, devido à grande significação histórica, tipológica e afetiva destes monumentos. A primeira constitui um dos poucos exemplares brasileiros, que ainda apresentam o sistema de quadra completo 8, enquanto que a segunda se destaca por ser exceção do programa 8 Em consulta realizada ao processo de inventário deste bem, pôde-se observar que à época da primeira restauração, um dos quartos da quadra apresentava avançado estado de arruinamento.

8 jesuíta desenvolvido na colônia, apresentando uma nave e duas alas 9, ao invés de uma nave única, como era comum à tipologia desenvolvida pelos padres da Companhia no Brasil. A Igreja e Residência de N. S. da Assunção destaca-se também por ter sido erigida, no final do século XVI, pelo Padre José de Anchieta, um dos missionários mais ilustres da Companhia de Jesus, que dedicou grande parte de sua doutrina e vida a esses monumentos capixabas. O sacerdote inclusive escolheu a mui aprazível (IPHAN, 1998, p. 31) aldeia de Reritiba para passar os últimos anos de sua vida. Enquanto que Reis Magos constituía um dos principais centros de aprendizado da língua brasílica. Segundo Leite (2008, tomo VI/livro II/II, p ), Reritiba e Reis Magos se destacaram pela continuidade de seu regime administrativo, e por constituírem sedes de incursão para o interior, de forma a promover o descimento de novas tribos. Estas Aldeias, como todas as mais do Brasil, tinham a mesma tríplice finalidade: a aprendizagem da catequese, do trabalho estável, pessoal ou de caráter público, e de solidariedade política na defesa contra piratas e invasores estrangeiros. (LEITE, 2008, tomo VI/livro II/II, p. 143). Alguns historiadores do Espírito Santo Basílio Daemon, Misael Pena, José Marcelino e César Marques sustentam que também a Igreja de N. S. da Conceição foi construída pelo Pe. Anchieta, no ano de O edifício de Guarapari é marcado por duas particularidades ocasionadas pela elevação do aldeamento jesuítico à vila, em fins do século XVII: a de ter sido gradativamente abandonado pelos Padres da Companhia, deslocando o eixo da ação jesuítica para o sul do Estado, no aldeamento de Reritiba; e de ter sido e continuar sendo constantemente confundido com a antiga Igreja Matriz de N. S. da Conceição, edificada em frente à igreja jesuítica quando a aldeia assumiu o status de vila. A Igreja de N. S. da Ajuda é o único testemunho do que outrora constituía o engenho de Araçatiba, que juntamente com as fazendas de Muribeca e Carapina, proviam a estrutura jesuítica capixaba, cada qual com sua especialidade bem definida: açúcar, gado e farinha, respectivamente. As Fazendas do Colégio, com serem grandes, tinham também grandes gastos com o pessoal e a fábrica. Em 1739, nota-se que em muitos anos, por acidentes climatéricos, sêcas e inundações, as receitas não cobriam as despesas, mas nesse ano produziram muito e superaram-nas. E não houve pobres na Vila de Vitória, que todos participaram da abundância do Colégio. (LEITE, 2008, tomo VI/livro II/I, p. 141). Os remanescentes das antigas fazendas, a Igreja de N. S. das Neves, situada ao sul do Estado, e a Igreja de São João Batista, próxima a Vitória, apresentam tipologias mais simplificadas se comparadas às demais, porém munidas de grande significação histórica e ricas em elementos 9 Caso similar só ocorre na Igreja e Residência de São Pedro da Aldeia, no estado do Rio de Janeiro. Tal semelhança pode ser justificada pelo fato da igreja fluminense ter sido construída por padres procedentes da aldeia de Reritiba.

9 particulares, nos quais a simplicidade das formas e a rudeza arquitetônica imprimem traços marcantes aos dois monumentos. 3. A possível rede urbana entre os edifícios jesuítas do Espírito Santo Sobre a organização jesuítica capixaba, o Pe. José de Anchieta relata no ano de 1581, a existência de dez aldeias no Espírito Santo, duas delas sob a administração direta dos padres, e as demais quatro localizadas ao norte, e quatro ao sul separadas da Vila de Vitória em intervalos similares, e distantes da mesma em passos. (LEITE, 2008, tomo I/livro III/IV, p. 230). A preciosa informação de Anchieta, aliada a importância das fazendas, cada qual dispondo de sua especialidade, para o mantimento da estrutura jesuítica do Espírito Santo, evidenciam a possível existência de uma rede urbana entre esses antigos conjuntos capixabas. Entende-se, resumidamente, por rede urbana, o conjunto de centros funcionalmente articulados, que refletem e reforçam as características sociais e econômicas do território ao qual se inserem. A configuração mais simples de rede urbana é a rede dendrítica, que se caracteriza por sua origem colonial. A estruturação dessa rede inicia-se com a criação de um núcleo estrategicamente localizado próximo ao mar, constituindo o ponto inicial de penetração e conquista do território e sua porta de entrada e saída, que concentre as principais funções econômicas e políticas, assumindo destaque em relação aos demais pequenos núcleos que controla. (CÔRREA, 1994, p ). [...] esses primeiros agrupamentos de evangelização poderiam ter dado ao Brasil uma rede inicial de pequenas aglomerações e constituir para o país o que as paróquias forneceram à antiga França, esses nódulos religiosos, capazes de servir de suporte a um modo de povoamento. (DEFFONTAINES, 2004, p. 122). A igreja teve um papel primordial na configuração dos núcleos urbanos coloniais brasileiros, assegurado pela existência de uma legislação. É notória a frouxidão de uma regulamentação específica por parte do Estado, que preferiu simplesmente transferir para a colônia as Ordenações do Reino Lusitano, composta por normas parcimoniosas e generalizantes em relação ao ordenamento urbano. O direito canônico, ao contrário, apresentava normas claramente definidas em relação ao espaço urbano sagrado, instituídas pelas Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia. As Constituições estabeleciam normas sobre a construção de templos igrejas, ermidas, capelas, mosteiros de espaços sagrados, como o adro e o cemitério, e de assuntos ligados ao urbanismo, como as fontes e obras públicas. Dentre estas normas, merecem destaque: as recomendações quanto à localização dos edifícios, em lugar elevado e com merecido destaque nos núcleos de povoamento; a necessidade de se manter um espaço em torno da edificação, que

10 possibilitasse a ocorrência de procissões; e a obrigatoriedade dos adros, espaços abertos em frente às igrejas, que acabaram por constituir pontos focais na trama urbana dos sítios urbanizados. A determinação da localização do edifício religioso condicionava o parcelamento inicial do solo. Desta forma, estava nas mãos da Igreja Católica o controle do embrião da malha urbana do futuro núcleo urbano. (COSTA, 2007, p ). Os edifícios em questão, como bem demonstrou Anchieta, dominavam de norte a sul o litoral capixaba e estavam estruturados economicamente, de forma que cada uma das unidades estava condicionada a uma produção que pudesse suprir as demais integrantes deste organismo. A configuração de rede urbana obriga a ocorrência de no mínimo três condições, que seriam resumidamente, a existência de uma economia de mercado, de pontos fixos no território, que possibilitassem esta economia, e de articulação e circulação entre esses referidos pontos. (CORRÊA, 1994, p. 6-7). As fazendas de gado e farinha e o engenho provinham toda estrutura jesuíta do Espírito Santo, e como apontado acima por Serafim Leite, supriam por vezes as necessidades da principal vila, que atualmente constitui a capital Vitória. O caminho existente entre as edificações foi durante séculos a única via de comunicação entre os extremos da capitania, visto o domínio absoluto das terras interiores por índios bravios e o confinamento imposto ao Espírito Santo pela descoberta do ouro nas Minas Gerais. Neste panorama os jesuítas constituíram os senhores deste caminho e assumiram um papel de destaque nos âmbitos econômico, político e social no panorama colonial capixaba. É notório ainda o papel de destaque que estes edifícios assumem nos núcleos dos antigos aldeamentos e a influência que estabeleceram para a formação urbana dos mesmos. Surgindo daí o interesse do estudo sobre a conduta do órgão responsável pela salvaguarda do patrimônio nacional neste conjunto jesuíta capixaba. 4. A lógica das intervenções promovidas pelo IPHAN em solo capixaba Esses monumentos fornecem uma rica e diversificada base de pesquisa a respeito da conduta do IPHAN ao longo do tempo. Além da questão basilar caracterizada pela possível existência de uma rede entre os edifícios, essas edificações se enquadram na primeira concepção de reconhecimento de valor empreendida pelo antigo SPHAN, que privilegiava o conceito de excepcionalidade encontrado na arquitetura tradicional brasileira do período colonial. Porém, apenas três dessas obras foram tombadas durante a fase heróica do antigo SPHAN (quadro 1): Igreja e Residência de N. S. da Assunção, Igreja e Residência dos Reis Magos, e Igreja de N. S.

11 da Ajuda. O tombamento da Igreja de N. S. da Conceição só é efetuado no ano de 1970, quando ocorre uma significativa mudança na noção de patrimônio 10. Bem tombado Igreja e Residência de N. S. da Assunção Número do processo Data do registro Livro das Belas-Artes Inscrição Livro Histórico Inscrição Localidade 0229-T-40 21/09/ Anchieta Igreja e Residência dos Reis Magos 0230-T-40 21/09/ A 223 Nova Almeida Igreja de N. S. da Ajuda 0422-T-50 20/03/ Araçatiba Igreja de N. S. da Conceição 0382-T-46 16/09/ Guarapari Quadro 1 Referente aos processos de tombamento dos edifícios em estudo. Fonte: Autora, As demais edificações, Igreja de N. S. das Neves e Igreja de São João Batista, não foram tombadas pelo IPHAN. Em 1981 foi aberto um processo que pretendia o tombamento da Igreja de Carapina, porém o mesmo continua não concluído até os dias de hoje. O não tombamento das duas igrejas já questionaria a prática de salvaguarda empreendida pelo IPHAN no caso da comprovação da presença de uma rede entre os edifícios, visto a importância dessas duas fazendas para o funcionamento de toda estrutura dos jesuítas no Espírito Santo. Como exposto anteriormente, a estrutura jesuíta capixaba se enquadra aos quesitos mínimos exigidos por uma conformação em rede: a existência de uma economia de mercado, de pontos fixos no território, que possibilitassem esta economia, e de articulação e circulação entre esses referidos pontos. Resta a dúvida do porque esta constatação não assumiu o devido valor na forma como esses edifícios foram encarados pelo IPHAN, visto que duas engrenagens de grande significação dentro desta organização jesuíta as Fazendas de Carapina e Muribeca foram marginalizadas na atuação do órgão no Estado. 5. Considerações finais O quadro político de 1930 imprimiu certo grau de supremacia às intervenções ministradas pelo IPHAN, que até o presente século ainda se mantém difícil de romper. Tal atmosfera de 10 A noção de patrimônio é ampliada, passando o mesmo a englobar práticas culturais, como: rituais, festas populares, celebrações e formas de expressão diferenciadas. Ocorre também a preservação do entorno imediato dos bens tombados individualmente.

12 supremacia e intocabilidade foi gerada devido à permanência do órgão, durante um longo período, na posição de único responsável pelo patrimônio nacional. Que o IPHAN é um dos grandes responsáveis pela manutenção da memória brasileira, não há dúvidas. Mas o modo como isso de fato se deu, ainda é um campo pouco conhecido, especialmente no que diz respeito à análise de como foram procedidas essas ações restaurativas. Os seis edifícios em questão passaram por muitas modificações ao longo dos anos, muitas realizadas ainda no período em que os padres jesuíticos os ocuparam, outras ocasionadas pelo estado de abandono, pela adoção de novos usos como no caso das residências de Anchieta e Nova Almeida, que foram ocupadas por órgãos administrativos e modismos que alteraram fachadas e interiores. Como é possível observar, a restauração desses bens assumiu um papel fundamental e de múltiplas interpretações, ocasionadas pelos diferentes valores históricos e estéticos intrínsecos aos edifícios. Será que as decisões adotadas pelo órgão no que diz respeito ao conflito desses dois valores se alteram ao longo do tempo? E por que, sendo constatada a clara ligação entre os seis edifícios capixabas remanescentes, apenas quatro deles foram merecedores de tombamento? É justamente nesta questão do tombamento que a constatação da presença da rede entre os edifícios capixabas, questionará a forma como os edifícios foram encarados pelo IPHAN, visto que duas importantes obras que antes compunham essa estrutura jesuítica foram relegadas ao não tombamento. Referências BITTAR, William, MENDES, Francisco, VERÍSSIMO, Francisco. Arquitetura no Brasil: de Cabral a D. João VI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, CAMPOS, Leandro Augusto Ferreira. A Caixa Vazia: Preservação e História no Mercado Municipal de Diamantina. Salvador: Universidade Federal da Bahia, (Dissertação de Mestrado). CARVALHO, José Antônio. O colégio e as residências dos jesuítas no Espírito Santo. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, COSTA, Ana de Lourdes Ribeiro da. Salvador, século XVIII: o papel da Ordem Religiosa dos Beneditinos no processo de crescimento urbano. Barcelona: Universitat Politècnica de Catalunya, (Tese de Doutorado).. A Igreja Católica e a configuração do espaço físico dos núcleos urbanos coloniais brasileiros. In: Cadernos PPG-AU/FAUFBA. Ano IV, número especial. Salvador: FAUFBA : EDUFBA, 2007.

13 COSTA, Lucio. Arquitetura jesuítica no Brasil. Revista da SPHAN. Rio de Janeiro: n.5, CORRÊA, Roberto Lobato. A Rede Urbana. 2 ed. São Paulo: Editora Ática S.A., DEFFONTAINES, Pierre. Como se constitui no Brasil a rede das cidades. In: CIDADES: Revista cientifica. Presidente Prudente: Grupo de Estudos Urbanos, HOONAERT, Eduardo (org.). História da Igreja no Brasil; Primeira Época Período Colonial. 5 ed. Petrópolis: Vozes, INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL, 6ª Coordenação Regional, Ministério de Cultura, Brasil. Anchieta A Restauração de um Santuário. Org. Carol de Abreu. Rio de Janeiro: 6ª C.R. / IPHAN, LEITE, Serafim. História da Companhia de Jesus no Brasil. Belo Horizonte: Editora Itatiaia, v. I e VI. LINS, Eugênio de Ávila. Preservação no Brasil - A Busca de uma Identidade. Salvador: Universidade Federal da Bahia, (Dissertação de mestrado). PATETTA, Luciano. A arquitectura da Companhia de Jesus entre maneirismo e barroco. In: II Congresso Internacional do Barroco, 2001, Porto. Actas do II Congresso Internacional do Barroco. Porto: Universidade do Porto, v. 1. p

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