ANÁLISE COMPARATISTA ENTRE A OBRA VIDAS SECAS DE GRACILIANO RAMOS E O FILME HOMÔNIMO DE NELSON PEREIRA DOS SANTOS RESUMO

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1 ANÁLISE COMPARATISTA ENTRE A OBRA VIDAS SECAS DE GRACILIANO RAMOS E O FILME HOMÔNIMO DE NELSON PEREIRA DOS SANTOS Caroline Arlindo (PG-CLCA UENP/CJ) Danielle Bettini (PG- CLCA UENP/CJ) Nerynei Meira Carneiro Bellini (Orientadora CLCA UENP/CJ) RESUMO O objetivo principal deste trabalho é mostrar um estudo comparativo da narrativa literária e a narrativa fílmica, com base na obra Vidas Secas de Graciliano Ramos (1938), destacando entre outros aspectos, as semelhanças e distinções entre o livro e a produção cinematográfica de Nelson Pereira dos Santos (1963), observando a construção dos personagens, uma relevância entre as obras é a economia vocabular, ficando no livro por conta do narrador e do fluxo de consciência, enquanto no filme são as imagens que substituem o narrador direcionando as ações através de outros elementos. Na análise comparatista em questão utilizaremos o suporte teórico de Cândido (1996), Carvalhal (1986) e Coutinho (1996). Palavras-chave: Vidas Secas. Narrativa literária e fílmica. Análise comparatista. Este artigo propõe uma análise comparatista entre a obra literária Vidas Secas de Graciliano Ramos publicado em 1938 que é um romance regionalista da Segunda Geração Modernista Brasileira. E a obra fílmica Vidas Secas do diretor Nelson Pereira dos Santos lançado em 1963 que também trabalhou com outros textos literários adaptados: Memórias do Cárcere romance igualmente de Graciliano Ramos, Tenda dos Milagres e Jubiabá de Jorge Amado e O Alienista de Machado de Assis. Embasado teoricamente nos estudos de literatura comparada realizados por Tânia Carvalhal, Eduardo Coutinho e Antônio Cândido. Tendo em vista que estas obras clássicas foram produzidas em dois momentos importantes da cultura brasileira, as décadas de 30 e 60 do século XX, concomitantemente ao modernismo social e ao cinema novo respectivamente, verifica-se que a temática sobre a seca vem sendo retratada em momentos diversos por artistas 108

2 distintos, comprovando que esta é uma questão recorrente, presente em diferentes manifestações artísticas. Tanto a linguagem verbal, do romancista, quanto à visual, do cineasta, possuem uma estética realista, sendo o filme a verdadeira releitura crítica da realidade social encontrada no romance. Embora uma e outra obra apresente pontos divergentes, devido aos recursos que cada uma delas utiliza ao passo que o romance se dispõe da onisciência do narrador e dos monólogos interiores, demarcados pelo discurso indireto livre, para que o leitor conheça o interior psicológico das personagens, enquanto a película optou por evidenciar os fatos narrados através da focalização da câmera no olhar das personagens, ambas apresentam em comum a mesma temática da seca nordestina e a decorrência desse fenômeno para a vida da população pobre daquela região. Integravam o elenco do filme Vidas Secas Atila Iório e Maria Ribeiro, sendo considerada uma das melhores obras da filmografia do célebre cineasta Nelson Pereira dos Santos, que depois também adaptaria Memórias do Cárcere (1984), de livro de Graciliano. Apesar de ser fiel à obra literária, algumas mudanças foram feitas para a adaptação no cinema. O livro apresenta a palavra escrita e o fluxo de consciência, por isso, remete à abstração do leitor, o cinema trabalha com imagens e como os integrantes da família interagem pouco verbalmente, o cenário de seca e miséria tem o objetivo de demonstrar as aspirações e sentimentos dos personagens. O livro de Graciliano é em terceira pessoa e predomina-se o discurso indireto. Os principais personagens são: Fabiano, Sinhá Vitória, o menino mais novo e o menino mais velho, que compõem a família de retirantes; a cachorra Baleia, que é praticamente da família, Seu Tomás da bolandeira, que aparece apenas das lembranças dos retirantes; o soldado amarelo, o dono da fazenda em que os retirantes se estabelecem e o cobrador da prefeitura, estes representam instituições exploradoras que oprimem Fabiano (a polícia, o latifundiário e o governo). O sentimento de animalização fica evidente em diversas passagens de Vidas secas, como, por exemplo, no capítulo II Fabiano em que o personagem-título afirma para si mesmo: Você é um bicho, Fabiano. Na obra fílmica a maior distinção é a ausência do fluxo de consciência dos personagens. Quanto ao caráter descritivo do livro, até certo ponto é mantido, já que o filme destaca várias vezes o ambiente, o que lhe dá até um certo ritmo lento.o diretor Nelson Pereira dos Santos comentou sobre a adaptação em um seminário realizado em 1964 na cidade de São Paulo. Sobre a menor ênfase que é dada ao personagem Seu 109

3 Tomás. No livro é resultante da memória dos personagens, por isso não é representado no filme. Enquanto na obra literária Seu Tomás é para Fabiano o homem que sabe ler, que conhece além daquela realidade. Outra diferença está na cena de Fabiano na cadeia: no livro, ele tem pesadelos: acorda de repente, xinga, revira-se no chão duro, etc. E para transpor o pesadelo de Fabiano o diretor opta por choro e dores, deixando-o a noite inteira acordado. No livro cada personagem aparece isolado em um capítulo, diferentemente do filme. Na literatura é possível fazer isso. É possível num capítulo isolar o Fabiano e colocá-lo em evidência e a relação subjetiva dele com os filhos. No cinema é preciso apresentar o Fabiano, os filhos e o ambiente para o espectador compreender o desfecho da história. O diretor acrescentou a narrativa uma maior ênfase ao cangaço. Graciliano faz uma pequena referência ao cangaço, durante a prisão de Fabiano. Ele pensa em matar o soldado, o juiz de direito, o delegado, em matar todo mundo e tornar-se cangaceiro. Naquela época, no Nordeste era uma das obsessões do nordestino: a revolta individual, o cangaço como perspectiva de superação de todos aqueles problemas. Foi o único momento acrescido ao filme, sequências do jovem que se torna cangaceiro preso e do grupo do cangaço. A incomunicabilidade dos personagens é uma característica que aproxima as obras que circulam em meios diferentes. Fabiano, Sinhá Vitória, o menino mais novo e o menino mais velho em ambas são personagens alegóricos, pode-se vê-los como representantes dos brasileiros excluídos socialmente pela pobreza. Representam também todos os retirantes nordestinos da época de Graciliano Ramos e das décadas seguintes. Eles inclusive personificam uma parcela considerável de brasileiros, já que ainda há seca, pobreza e excluídos. Eles se veem como bichos por terem sido maltratados durante a vida toda. Isso fica claro no livro e em uma das cenas finais do filme onde a família está indo embora da fazenda, Sinhá Vitória diz para Fabiano: Como num havemo de ser gente um dia? Gente que dorme em cama de couro. Por que havemo de ser sempre desgraçado? Fugindo no mato que nem bicho. Podemo viver como sempre, fugindo que nem bicho. Há uma passagem no capítulo Fabiano do livro que também acentua isso: Coçou o queixo cabeludo, parou, reacendeu o cigarro. Não, provavelmente não seria homem: seria aquilo mesmo a vida inteira, cabra, governado pelos brancos, quase uma rês na família alheia (RAMOS, p.24). Essa condição de quase bichos, maltratados pela vida, pobres, muitas vezes famintos e sem instrução os torna submissos ao ponto de não conseguir se comunicar 110

4 com as outras pessoas. A família de retirantes sente uma penosa insegurança com o gênero da comunicação da gente da cidade. Uma passagem do capítulo Fabiano mostra a postura dele com relação às pessoas da cidade: Na verdade falava pouco. Admirava as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas, em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas (RAMOS, p.20). Uma passagem do livro de quando Fabiano está na cadeia mostra que ele mesmo vê a falta de instrução como um dos motivos de sua exclusão social e seu sofrimento: Nunca vira uma escola. Por isso não conseguia defender-se, botar as coisas nos seus lugares. (RAMOS, p.36). Excluídos da sociedade a família de retirantes vive em um mundo fechado entre si. Mas mesmo no ambiente familiar não há espaço para afeto, a vida é dura, eles são duros uns com os outros. Eles não se comunicam além do básico, são quietos, com seus próprios pensamentos. A seguir, alguns trechos do livro que evidenciam a incapacidade de se comunicar dos personagens de Vidas secas: quando a família está ao redor da fogueira, Fabiano e Sinhá Vitória começam falas que se cruzam, monólogos ininterruptos; quando Fabiano é preso por não saber lidar com gente da cidade e a ida da família à cidade. Além disso, também as cenas do filme correspondentes a tais trechos. Trecho do livro: Quando [os meninos] iam pegando no sono, arrepiavam-se, tinham precisão de virar-se, chegavam-se à trempe e ouviam a conversa dos pais. Não era propriamente, conversa, eram frases soltas, espaçadas, com repetições e incongruências. Às vezes uma interjeição gutural dava energia ao discurso ambíguo. Na verdade nenhum deles prestava atenção às palavras do outro: iam exibindo as imagens que lhes vinham ao espírito, e as imagens sucediam-se, deformavam-se, não haviam meio de dominá-las. Como os recursos de expressão eram minguados, tentavam remediar a deficiência falando alto. (RAMOS, p.63 e p.64) Um exemplo de incomunicabilidade na obra fílmica é o monólogo perto da fogueira, a cena ocorre pouco depois da família ter chegado à fazenda é representada com a Sinhá Vitória mostrando a chuva caindo, o mato e o horizonte. Muito contraste entre o preto e o branco, com moldura natural formada pelo telhado e pelas paredes da casa. A chuva é principal ação mostrada nesta cena. Logo após Fabiano em primeiro plano, Sinhá Vitória de pé ao fundo, senta-se, entre eles um dos meninos, que se deita 111

5 nela. O outro menino deita-se ao lado do o irmão. Sinhá Vitória: O pasto é bom Fabiano: Am Sinhá Vitória: Vão tudo engordar Todos riem. No livro a família vai à cidade no oitavo capítulo, Festa, eles não interagem com as pessoas da cidade, fica claro que pertencem a mundos diferentes. Os meninos estranham a situação. Os dois meninos espiavam os lampiões e adivinhavam casos extraordinários. Não sentiam curiosidade, sentiam medo, e por isso pisavam devagar receando chamar a atenção das pessoas. Supunham que existiam mundos diferentes da fazenda, mundos maravilhosos na serra azulada. Aquilo, porém, era esquisito. Como podia haver tantas casas e tanta gente? Com certeza os homens iriam brigar. Será que o povo ali era brabo e não consentia que eles andassem entre as barracas? Estavam acostumados a agüentar cascudos e puxões de orelhas. Talvez as criaturas desconhecidas não se comportassem como Sinhá Vitória, mas os pequenos retraíram-se, encostavam-se às paredes, meio encandeados, os ouvidos cheios de rumores estranhos. (RAMOS, p.73 e p.74) Esta passagem no filme onde os dois meninos sentem-se diferentes das pessoas, não há comunicação entre eles, porém os olhares reproduzem esse sentimento de exclusão. Fabiano também não pertencia ao mundo da cidade: Evidentemente as criaturas que se juntavam ali não o viam, mas Fabiano sentia-se rodeado de inimigos, temia envolver-se em questões e acabar mal a noite. (RAMOS, p.75). Comparando-se aos tipos da cidade, Fabiano reconhecia-se inferior. Por isso desconfiava que os outros mangavam dele. Fazia-se carrancudo e evitava conversas. Só lhe falavam com o fim de tirar-lhe qualquer coisa (RAMOS, p.76). Até mesmo a cachorra Baleia sentia desconforto naquele ambiente: Achava é que perdiam tempo num lugar esquisito, cheio de odores desconhecidos (RAMOS, 1989, p.83) Os fragmentos apresentados do filme e do livro neste trabalho são trechos que acentuam a falta de capacidade dos personagens de Vidas secas de se comunicar. O primeiro trecho do filme apresentado mostra uma problemática na comunicação familiar, entre Fabiano e Sinhá Vitória. Já o segundo trecho retirado do livro aponta para incapacidade de Fabiano de comunicar-se com as pessoas da cidade. Com relação ao 112

6 trecho dos monólogos perto da fogueira, diferentemente do filme em que a cena é apresentada logo no início, no livro este fato se passa aproximadamente na metade, depois de Fabiano ter sido preso. Mas a grande diferença está na forma como o fato é descrito no livro, ficou mais impactante e evidente a problemática da comunicação do que na obra cinematográfica. Isso é justificável, porque no filme o ambiente retratado tem a função de substituir o fluxo de consciência dos personagens. Enquanto no livro a cena é passada em um pequeno trecho (menos de meia página de um livro de mais de cem páginas) em discurso indireto, o leitor precisa utilizar de seus conhecimentos e de sua abstração para construir as cenas e os personagens, por melhor que seja a imaginação do leitor, o trecho do livro continua sendo em palavras escritas. Já o trecho do filme exige apenas que o leitor se envolva com o som e as imagens que estão sendo apresentadas. Uma acentuada distinção entre a obra literária e a cinematográfica é que no livro, Fabiano é preso no terceiro capítulo, Cadeia, e a família só irá à cidade com Fabiano depois, no oitavo capítulo, Festa, outrora na obra de Nelson Pereira dos Santos, os dois fatos ocorrem simultaneamente. Entretanto encontramos uma grande semelhança na maneira como Fabiano é preso nas duas obras, caindo nas artimanhas do corrupto soldado amarelo, demonstrando a falta de jeito dele em lidar com as pessoas da cidade. Analisando o acontecimento a forte presença do discurso direto no trecho literário permitiu ao diretor o uso das mesmas falas no filme. Prosseguindo com estudo comparativo das duas obras em questão, no que se refere ao foco narrativo, analisaremos os capítulos "Festa", "Inverno" e "Baleia" e as cenas do filme correspondentes a estes capítulos, no sentido de mostrar as divergências existentes. Em primeiro lugar, observa-se uma diferença entre os eventos narrados nas duas narrativas. No romance, trata-se da festa de Natal, sendo a focalização do narrador onisciente uma constante. No filme, por outro lado, há uma substituição da festa natalina pela festa do bumba-meu-boi. Embora os acontecimentos enfocados sejam diversos, os narradores do romance e do filme aproximam-se, na medida em que, nas cenas citadas, a onisciência é comum a ambos. No caso do romance, a onisciência manifesta-se do início ao fim da narrativa, sendo ela a técnica que permite adentrar o interior das personagens. Todavia, o que parece problemático, no caso do filme, é a mudança brusca da focalização na cena referente ao bumba-meu-boi. Como dissemos anteriormente, o filme utiliza-se do olhar das personagens para mostrar a realidade. Assim, a cena do 113

7 bumba-meu-boi, ao optar pela focalização onisciente, destoa marcadamente da perspectiva adotada no restante do filme. O capítulo que se refere à morte de Baleia revela-nos a grande dor sofrida pela família com a doença do animal, pois até mesmo um "bruto" como Fabiano hesita na hora de matá-la. O processo de antropomorfização de Baleia é evidente, ainda, em seus monólogos interiores, os quais revelam a sua dor e seu sofrimento, como neste fragmento: De fronte ao carro de bois faltou-lhe a perna traseira. E, perdendo muito sangue, andou como gente, em dois pés, arrastando com dificuldade a parte posterior do corpo.olhou-se de novo, aflita. Que estaria acontecendo? O nevoeiro engrossava e aproximava-se.senti o cheiro bom dos preás que desciam do morro mas o cheiro vinha fraco e havia nele partículas de outros viventes. (RAMOS, p. 88-9) Os fragmentos citados evidenciam o sofrimento de Baleia, que, prestes a morrer, tem um delírio, vendo preás. Para o animal os preás são sinônimos de felicidade, na medida em que serviam de alimento para ela e para a família de retirantes, afastando-os da fome causada pela seca. A morte de Baleia é transposta para o filme fielmente. A cena cinematográfica oferece a impressão de um real sofrimento. O diretor conseguiu, ao posicionar a câmera sob o ponto de vista de Baleia, mostrar o interior da personagem, enredando o espectador em sua morte. Nesta cena, tem-se um exemplo pertinente do poder de interpretação de sentimentos e sensações de Baleia antes de morrer. Um aspecto presente no filme que procura recriar a triste atmosfera de pobreza em que vivem os personagens de Graciliano é a questão da trilha sonora. Afinal, praticamente a única música da película é o som das rodas do carro de boi. Tal melodia muito mais um barulho que tenta fazer com que o espectador perceba e localize a continuidade do drama pelo qual os personagens passam em uma região tão escassa. A incomunicabilidade da família de retirantes perante a sociedade urbana é bem salientada e reiterada ao longo de todo o livro através dos pensamentos dos personagens. Já no filme tal questão não é mostrada de forma tão significativa, apenas ficando bem clara com as cenas na cidade e a falta de contato da família com a sociedade urbana. Fica claro nas duas obras que Fabiano, Sinhá Vitória, o menino mais velho, o menino mais novo e a cachorra baleia vivem em um mundo à parte. Pois são oprimidos e excluídos pela sociedade. De tal forma, a comunicação entre eles é rude sem 114

8 afeto e diálogo, eles não dominam os gêneros de discurso para elaborarem coerentemente conversas entre os familiares e com outras pessoas. Afinal, não há afeto ou palavras suaves as falas normalmente são curtas, apenas ordens ou questões superficiais. No livro não há muitos diálogos com discurso direto, ações e principalmente pensamentos, a maior comunicação dos personagens é consigo mesmo, seus pensamentos. Já no filme, não havendo muitos diálogos, segue-se um ritmo lento, focando-se nas ações dos personagens, mostrando o ambiente seco e alguns silêncios. A incomunicabilidade do ser humano é uma questão bastante complexa que em Vidas Secas aparece ligada fortemente a problemáticas sociais, tais como a necessidade de reforma agrária e os pobres retirantes, tão característicos do nosso país. Neste artigo, objetivamos investigar essa questão no âmbito da linguagem narrativa, literária e audiovisual com o livro Vidas Secas de Graciliano Ramos e a obra fílmica homônima de Nelson Pereira dos Santos. Certas características do livro se mantêm no filme, como a proposta de denúncia social e o caráter alegórico de Fabiano e de sua família representantes dos retirantes nordestinos, dos excluídos por causa da miséria. O filme de Nelson Pereira dos Santos pode ser visto como uma simples "cópia" do livro de Graciliano Ramos, pois conservou a mesma temática e a mesma fábula na passagem para o cinema. Todavia, se levarmos em conta que a transposição de uma linguagem literária para outra é um processo complexo, podemos interpretar a obra de Nelson como uma recriação do texto de Graciliano, pois a adaptação produzida resulta em uma leitura particular. 115

9 Referências CARVALHAL, Tânia. Literatura comparada. São Paulo: Ática, ; COUTINHO, Eduardo. Literatura Comparada Textos Fundadores. Rio de Janeiro: Rocco, 1994 RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 102ª ed. São Paulo/Rio de Janeiro: Record, Vidas secas. Direção: Nelson Pereira dos Santos. Produção: Luis Carlos Barreto, Herbert Richers. Nelson Pereira dos Santos e Danilo Trelles. Roteiro: Nelson Pereira dos Santos. Intérpretes: Átila Iório, Genivaldo Lima, Orlando Macedo e Maria Ribeiro e outros. Sino Filmes, Brasil, 1963, 103 min. Acessado em 05 de Maio de Acessado em 01 de Maio de Para citar este artigo: ARLINDO, Caroline; BETTINI, Danielle. Análise comparatista entre a obra Vidas Secas de Graciliano Ramos e o filme homônimo de Nelson Pereira dos Santos. In: XI CONGRESSO DE EDUCAÇÃO DO NORTE PIONEIRO Jacarezinho Anais...UENP Universidade Estadual do Norte do Paraná Centro de Ciências Humanas e da Educação e Centro de Letras Comunicação e Artes. Jacarezinho, ISSN p

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