MARIA ELISA FERREIRA DE QUEIROZ

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "MARIA ELISA FERREIRA DE QUEIROZ"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE ESTUDOS COSTEIROS IECOS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA AMBIENTAL MESTRADO COM ÊNFASE EM RECURSOS BIOLÓGICOS DA ZONA COSTEIRA AMAZÔNICA MARIA ELISA FERREIRA DE QUEIROZ ANÁLISE ESTRUTURAL DE BOSQUES DE MANGUE SOB DIFERENTES NÍVEIS DE CORTE E CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DE Ucides cordatus (LINNAEUS, 1763) PRESENTE NESTAS ÁREAS NA VILA DE CARATATEUA BRAGANÇA - PA BRAGANÇA, PA 2009

2 MARIA ELISA FERREIRA DE QUEIROZ ANÁLISE ESTRUTURAL DE BOSQUES DE MANGUE SOB DIFERENTES NÍVEIS DE CORTE E CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DE Ucides cordatus (LINNAEUS, 1763) PRESENTE NESTAS ÁREAS NA VILA DE CARATATEUA BRAGANÇA - PA Dissertação de Mestrado apresentada ao programa de Pós-Graduação em Biologia Ambiental (Mestrado com ênfase em Recursos Biológicos da Zona Costeira Amazônica), da Universidade Federal do Pará, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Biologia Ambiental. Orientador: Prof. Dr. Marcus E. B. Fernandes BRAGANÇA PA 2009

3 MARIA ELISA FERREIRA DE QUEIROZ ANÁLISE ESTRUTURAL DE BOSQUES DE MANGUE SOB DIFERENTES NÍVEIS DE CORTE E CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DE Ucides cordatus (LINNAEUS, 1763) PRESENTE NESTAS ÁREAS NA VILA DE CARATATEUA BRAGANÇA - PA Dissertação de Mestrado apresentada ao programa de Pós-Graduação em Biologia Ambiental (Mestrado com ênfase em Recursos Biológicos da Zona Costeira Amazônica), da Universidade Federal do Pará, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Biologia Ambiental. Aprovado em: / / BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. João Marcos Góes Prof. Dra. Marivana Borges Prof. Dr. Fernando Abrunhosa BRAGANÇA PA 2009

4

5

6 RESUMO O manguezal é um ecossistema costeiro típico de regiões tropicais e subtropicais, destacando-se como um importante sistema litorâneo biológico, ecológico e econômico. Nas Américas, o Brasil abrange uma área com cerca de km², sendo que só os estados do Pará e Maranhão se somam a um total de 7.591,09 km² de florestas, que margeiam baías e estuários. Sua alta produtividade abriga uma vasta fauna que depende direta ou indiretamente de seus recursos, que por tais características é alvo de intensa exploração humana através de séculos. No Pará, árvores do mangue e o caranguejo Ucides cordatus são retirados a uma taxa alarmante, ao ponto de tais práticas causarem redução em massa de suas populações, o que insere o presente trabalho numa das principais áreas de manguezal do estado: a península de Ajuruteua, localizada no município de Bragança e circundada por diversas comunidades que sobrevivem da extração destes recursos. Uma delas é a vila de Caratateua, área de estudo e local onde foram verificadas diferenças no tamanho dos caranguejos desta espécie ao se comparar quatro bosques, um com ausência de corte e três com diferentes níveis de corte: Área de impacto baixo (AIB) 24,69%; Área de impacto médio (AIM) 44,52%; Área de impacto alto (AIA) -62,27%. Neles foram registrados 621 indivíduos, pertencentes a apenas duas espécies de mangue, Rhizophora mangle e Avicennia germinans, com a maioria dos indivíduos nas classes de altura entre 5-10m, volume entre m³ e DAP entre 1-60 cm. Estruturalmente, R. mangle obteve a maior Freqüência, Densidade Relativa (95,7%), Dominância Relativa (91,3%), Valor de Cobertura (186,9) e Valor de Importância (268,2). A análise de variância mostrou que todos os parâmetros estruturais dos bosques são significativos quando as áreas são comparadas entre si, exceto para a Freqüência Relativa (p > 0,05). A análise de regressão linear também foi utilizada para verificar a relação existente entre os parâmetros estruturais. Para a caracterização do U. cordatus foram utilizadas duas amostragens, uma de coleta de indivíduos (149) e outra de mensuração das tocas. Na primeira, os dados biométricos de largura e comprimento da carapaça mostraram relação significativa (p<0,001), com crescimento alométrico negativo nas áreas ANI, AIM, AIA (b=0,9; b=0,8; b=0,9), respectivamente. A massa e o comprimento da carapaça também demonstraram crescimento alométrico, mas positivo para ANI e AIM (b=3,35; b=3,12) e negativo para AIB e AIA (b=2,14 e 2,96), todos com p <0,001. O teste de Kruskal Wallis demonstrou não haver diferença entre as áreas para as medidas de massa, mas sim para largura e comprimento da carapaça (Cc H=18,27; gl=3; p<0,001; Lc H=20,15; gl=3; p<0,001). A densidade de indivíduos foi baixa em comparação à encontrada para outras regiões da península (ANI: 1,92 ind.m²; AIB: 1,40 ind.m²; AIM: 1,30 ind.m²; AIA: 1,74 ind.m²) e as áreas antagônicas ANI e AIA apresentaram valores muito próximos. Entretanto, a área ocupada pelas tocas apresentou um decréscimo proporcional ao corte de árvores (ANI:15,78 cm²; AIB:12,39 cm²; AIM:14,27 cm²; AIA:10,98 cm²). Os valores encontrados para caranguejos e árvores mostraram que em nenhuma das áreas os dados estão correlacionados, concluindo-se que a amostragem de caranguejos não respondeu ao impacto do corte. Palavras-chave: Estrutura de bosque, manguezal, caranguejo-uçá.

7 ABSTRACT Mangrove areas constitute a typical ecosystem along tropical and subtropical coast lines of Central and South America and are very important niche areas from the biological and ecological point of view. These areas are also very important in the social and economic context. As estuary forest systems, mangrove areas in the two northern States of Brazil, Pará and Maranhão, form 13,400km 2 of forest cover along bays and estuarine rivers in a total of 7,591.09km 2 of forest cover in the two states. Mangrove regions are considered to be delicate but vastly productive ecosystems that rely directly and in-directly on the natural resources and the fauna and flora that make up this habitat. For centuries mangrove regions have provided sustenance, shelter, and economic well being for man. Two natural resources of this complicated ecosystem are being exploited today at alarming rates in the northeastern coastal sector of the Amazon. Mangrove trees are being cut down to make charcoal and for firewood and the mud crab, Ucides cordatus, is being captured for economic and commercial reasons. Both the mud crab and wood from the mangrove regions are being exploited at rates that are presumed to be reducing their biomass and populations. For this reason the densely populated region of the Ajuruteua peninsula located in the county of Bragança where several villas and communities derive their economic sustenance on the extraction of these two resources was chosen as the focus of this study and in particular, the villa of Caratateua, where a reduction in crab size already has been noted by crab gatherers. Four mangrove sites where delineated and then had their forest cover thinned to three different levels: AIB %; AIM 44.52%, AIA 62.27%, and a control was left in its natural state. Of the 621 individual trees located in the four sites, only two species of mangrove tree were found, Rhizophora mangle and Avicennia germinans, A majority of the specimens were from 5-10m in height, had a biomass of from 1 to 300m 3, and a diameter at chest level of from 1 to 60cm. Structurally R. mangle was more present in the sites with a Relative Density of (95.7%) and Relative Dominance of (91.3%). The Cover Value for this species was (186.9) with a Value of Importance of (268.2). Statistical analysis showed that all the variances concerning the structural parameters of the chosen sites were significant when compared with one another except that of Relative Frequency, which was (p>0.05). Linear regression analysis was also used to examine the relationship between all structural parameters. To characterize U. cordatus, two variances were studied: carapace size from (149) specimens collected from the four sites, and the number and size of the crab holes counted and conferred in the four sites. The biometric data taken from the measurements (length and width of the carapace) showed relative significance when compared with the four sites demonstrating a negative alometric growth pattern. Biomass and length of carapace also showed an alometric growth pattern being positive in the ANI and AIM sites and negative in the AIB and AIA sites. Kruskal Wallis analysis of the data showed that there was no significant difference among the different sites in regards to crab biomass, but there was significant difference in the measurements of length and width of crab carapace. Crab density in this over exploited region is different from other less exploited regions studied in the peninsula and the opposing sites ANI and AIA had very similar values, but a direct relationship was found among the size of

8 crab holes and the thinning of the canopy. The relationship between the crab measurements (biomass and carapace) showed no correlation among the four different sites giving the impression that during the short time interval of this study the impact of a thinning canopy could not be measured from the sample data taken. Key words: forest canopy structure, mangrove, and mud crab.

9 LISTA DE FIGURAS E TABELAS Figura 1 - Mapa da área de estudo localizando a comunidade de Caratateua e a cidade de Bragança, Bragança PA.(MAGALHÃES et al., 2007)...22 Figura 2: Comparação entre a distribuição de indivíduos vivos e mortos por parcela em cada área. ANI área não-impactada; AIB área de impacto baixo; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto...28 Figura 3: Classes de Altura (AT) nas quatro áreas de estudo comparando as duas espécies de árvores de mangue, Rizophora mangle e Avicenia germinans. ANI área não-impactada; AIB área de impacto baixo; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto...29 Figura 4: Classes de Volume (V) nas quatro áreas de estudo comparando as duas espécies de árvores de mangue, Rizophora mangle e Avicenia germinans. ANI área não-impactada; AIB área de impacto baixo; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto...30 Figura 5: Classes de DAP nas quatro áreas de estudo comparando as duas espécies de árvores de mangue, Rizophora mangle e Avicenia germinans. ANI área não-impactada; AIB área de impacto baixo; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto...31 Tabela 1: Resumo dos dados estruturais para todas as áreas de estudo das espécies de R. mangle e A. germinans. DAP- Diâmetro Altura do Peito; FR - Frequência Relativa; DeR Densidade Relativa; DoR Dominância Relativa; VC Valor de Cobertura; VI Valor de Importância; α nível de significância; Rh Rizophora mangle; Av Avicennia germinans...33 Figura 6: Análise de Regressão para R. mangle mostrando diferenças significativas para ANI - área de impacto médio, relacionando as variáveis Altura, Volume, DAP e Dominância...34 Figura 7: Análise de Regressão para A. germinans mostrando diferenças significativas para ANI entre as variáveis Volume, Densidade e DAP...35 Figura 8: Análise de Regressão para R. mangle mostrando diferenças significativas para AIB entre as variáveis Altura, Volume e DAP...35 Figura 9: Análise de Regressão para R. mangle mostrando diferenças significativas para

10 AIM entre as variáveis Altura, Volume, DAP,Dominância...36 Figura 10 Análise de Regressão para A. germinans mostrando diferenças significativas para AIM entre as variáveis Altura, Volume, DAP e Dominância...37 Figura 11: Análise de Regressão para R. mangle mostrando diferenças significativas para AIA entre as variáveis Altura, Volume, DAP, Dominância...37 Figura 12: Análise de Regressão para A. germinans mostrando diferenças significativas para AIA entre as variáveis Altura, Volume e DAP...38 Figura 13: Análise de Regressão para os parâmetros de Largura e Comprimento da Carapaça do Caranguejo-uçá. ANI área não-impactada; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto...39 Figura 14: Análise de Regressão utilizando os parâmetros Massa e Comprimento da Carapaça entre as quatro áreas de estudo. ANI área não-impactada; AIB área de impacto baixo; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto...40 Tabela 2: Média dos valores de Comprimento da carapaça (Cc) e Largura da carapaça (Lc) para machos e fêmeas de U. cordatus nas quatro áreas de estudo. ANI área nãoimpactada; AIB área de impacto baixo; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto...41 Tabela 3: Valores máximos, mínimos e médios das densidades de U.cordatus (ind.m²) obtidos a partir da contagem das tocas por área de estudo. ANI área não-impactada; AIB área de impacto baixo; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto...42 Tabela 4: Valores médios do diâmetro das tocas (cm) e da área ocupada por eles (cm²) em cada área de estudo. ANI área não-impactada; AIB área de impacto baixo; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto...42 Figura 15: Variação entre os valores de Densidade (ind.m²) primeira coluna e Área ocupada pelas tocas (cm²) segunda coluna, nas áreas de estudo (em paralelo) indicando suas diferenças ao longo da transecção. ANI área não-impactada; AIB área de impacto baixo; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto...42

11 Figura 16 Comparação entre a densidade das árvores vivas (ind.m²) de cada área às medidas de Área ocupada pelas tocas (primeira coluna) e densidade dos caranguejos (segunda coluna). ANI área não-impactada; AIB área de impacto baixo; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto Figura 17 Análise de correlação de Pearson para todas as áreas, comparando o número de árvores vivas com a densidade de caranguejos (gráfico superior) e com a área ocupada pelo diâmetro da abertura da toca (gráfico inferior). As variáveis não são correlacionadas (p>0,05)...45

12 SUMÁRIO RESUMO 6 ABSTRACT 7 LISTA DE FIGURAS E TABELAS 8 1 INTRODUÇÃO 13 2 OBJETIVOS OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS 20 3 MATERIAL E MÉTODOS ÁREA DE ESTUDO ZONEAMENTO DA ÁREA DE EXTRAÇÃO MADEIREIRA CARANGUEJO-UÇÁ (Ucides cordatus) 4 RESULTADOS DADOS ESTRUTURAIS BIOECOLOGIA DO Ucides cordatus VEGETAÇÃO X CARANGUEJO 43 5 DISCUSSÃO ESTRUTURA DOS BOSQUES BIOECOLOGIA DO Ucides cordatus VEGETAÇÃO X CARANGUEJO 56 6 CONCLUSÃO 60 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 61 ANEXO 73

13

14 13 1 INTRODUÇÃO 1.1 O ECOSSISTEMA O manguezal é um ecossistema costeiro típico de regiões tropicais e subtropicais, destacando-se como um importante sistema litorâneo, do ponto de vista biológico, ecológico e econômico (ALCÂNTARA-FILHO, 1978), composto por plantas halófitas lenhosas, bem como espécies herbáceas, epífitas, hemiparasitas e aquáticas (SUGIYAMA, 1995). Segundo Walsh, (1974), a ocorrência e o melhor desenvolvimento dos bosques de mangue se dá em regiões onde a temperatura média do mês mais frio é superior a 20 C e a amplitude térmica anual inferior a 5 C, em substrato aluvial (lamoso), com presença de água salgada e submetida a grandes amplitudes de maré. Em virtude destas freqüentes invasões de água marinha e das contínuas descargas de água doce no ambiente, o padrão de circulação e mistura das águas conferem ao ecossistema um comportamento cíclico do gradiente de salinidade, enquadrando-o como um sistema dinâmico, com características de estuário (CASTRO,1986). No Brasil, os estudos de Herz (1991) apontam uma distribuição do manguezal que vai do Rio Oiapoque, Amapá (latitude 4º30 N), à Praia do Sonho, Santa Catarina (latitude 28º53 S). Este mesmo autor ressalta que o seu limite mais oriental encontra-se na ilha de Fernando de Noronha (longitude 32º24 W e 3º50 S), onde uma pequena (0,15 ha) mata monoespecífica de Laguncularia racemosa ocorre no estuário do rio Maceió, com um total aproximado em 6800 km de costa. Em escala mundial, é o segundo país em extensão de áreas de manguezal (13.400

15 14 km²), ficando atrás apenas da Indonésia, que apresenta km² distribuídos por seus diversos arquipélagos (SPALDING et al., 1997). Segundo Souza-Filho (2005), no estado do Pará, os manguezais formam uma faixa quase contínua de 300 km de extensão, com uma área total de 2.176,78 Km² que se ligam ao estado do Maranhão onde se somam a um total de 7.591,09 km² de florestas que margeiam baías e estuários. Este autor ainda ressalta que o nordeste do Pará abriga uma das maiores áreas de manguezais do mundo, além de ser caracterizada por um relevo baixo (0 a 80 m), ampla planície costeira (com até 70 km de largura) e extensa plataforma continental adjacente (200 km de largura), sendo extremamente irregular, endentada e recortada por vários estuários. A costa está sujeita a um regime de macromarés semidiurnas, com variações entre 4 m na baía de Guajará, em Belém, e 7,5 m na baía de São Marcos. Em virtude desta imensa e importante área ecológica e de extração de produtos, vários trabalhos sobre a vegetação do nordeste paraense, em especial a península de Ajuruteua, já foram desenvolvidos (MEHLIG, 2001; MENEZES et al., 2003; REISE, 2003; SILVA e FERNANDES, 2004; MATNI et al., 2006; ABREU et al., 2006; SEIXAS et al., 2006; MENEZES et al., 2008). 1.2 AS ÁRVORES DE MANGUE Em seu trabalho, Alcântara-Filho,1978 (appud Ottmann et al., 1967) diz que as espécies de mangue constituem a maior produção primária do manguezal, uma vez que sintetizam durante o dia e as algas, que vivem nas zonas entremarés, sintetizam apenas quando a região não está coberta pela água, além da produção do fitoplâncton ser variável e dependente das marés. O mesmo autor afirma que as

16 15 árvores contribuem para a fixação do substrato e ainda ressalta a adaptação das mesmas ao ambiente salino, servindo também como suporte a uma grande quantidade de bivalves; obstáculo à força das marés e ao fluxo da água doce; protegem os peixes que ali desovam e resguardam o sistema terrestre da erosão. Em algumas florestas, podem exceder 40m de altura, formando copas densas que favorecem associações entre plantas, animais e microorganismos adaptados à vida na zona entremarés (KJERFVE et al., 1997). Sua alta produtividade abriga uma vasta fauna que depende direta ou indiretamente de seus recursos (WOLFF et al., 2000). As florestas de mangue apresentam baixa diversidade florística se comparadas às florestas tropicais terrestres. Isto porque o ambiente onde ocorrem oferece condições peculiares, como alta salinidade da água intersticial, baixa concentração de oxigênio do substrato lamoso e regime de inundações diárias, o que permite o desenvolvimento apenas de espécies com adaptações específicas ao meio (TOMLINSON,1986). Segundo Schaeffer-Novelli et al., (1990) os manguezais do hemisfério ocidental são pobres de espécies, com apenas oito em cinco gêneros do Novo Mundo e sete espécies em quatro gêneros no Brasil. No nordeste paraense, especialmente na península de Ajuruteua, as espécies que ocorrem com maior freqüência são Rhizophora mangle L. (mangue vermelho), Avicennia germinans (L.) Stearn (mangue preto ou siriúba) e Laguncularia racemosa (L.) Gaertn f. (mangue branco ou tinteira) (LARA e COHEN, 2003) 1.3 O CARANGUEJO-UÇÁ As coberturas vegetais fornecem hábitat adequado para a colonização de animais no solo. O caranguejo-uçá (Ucides cordatus) pertencente à família Ucididae

17 16 (ṦTEVC IC, 2005 appud NG et al., 2008) constitui-se num dos importantes componentes da fauna dos manguezais brasileiros ocorrendo com maior ou menor abundância em toda a vasta extensão ocupada pelos mesmos ao longo do litoral do Brasil, desde o Território do Amapá até o estado de Santa Catarina (COSTA, 1972). É citado por vários autores como um recurso pesqueiro apreciado em toda sua área de ocorrência, assumindo um elevado valor sócio-econômico no Norte e Nordeste do Brasil (COELHO, 1962; FAUSTO-FILHO, 1968; PAIVA, 1970). De hábito basicamente herbívoro, o caranguejo-uçá se alimenta de folhas senescentes que caem das árvores de mangue, armazenando-as numa das câmaras de sua galeria. O processamento desse alimento fornece ao U. cordatus o segundo lugar no fluxo energético e a maior biomassa no manguezal, pois devido ao baixo valor nutricional das folhas e difícil digestibilidade, ele precisa ingerir uma grande quantidade desse material, sendo que 68% das folhas ingeridas retornam ao sedimento na forma de partículas, aumentando a eficiência da ação de bactérias decompositoras, suprindo o ambiente com biodetritos, o que contribui para a manutenção do fluxo de energia (KOCH, 1999). Segundo Castro, (1986) os indivíduos se alimentam preferencialmente de Rhizophora mangle L. (mangue vermelho) e de matéria orgânica em decomposição; suas galerias são aleatoriamente distribuídas, tendo um maior número próximo às raízes do mangue vermelho, o que pode ser justificado pela consistência mole do sedimento nestes arredores, facilitando a perfuração.

18 CORTE DE ÁRVORES NO MANGUEZAL Segundo Scolforo (1997) corte seletivo é um conjunto de tratamentos silviculturais, com base na produção sustentada, que permite a retirada seletiva de árvores produtivas, adotando-se o conceito de floresta balanceada, haja vista que alterações locais são inevitáveis. Quando este sistema é aplicado corretamente, torna-se uma prática inegável de melhoramento da floresta, aumentando a proporção de espécies de interesse na área por meio do processo de regeneração dirigida, conduzindo-as para uma produção sustentável e ecologicamente viável. Para Barreira et al., (2000) este sistema pode tornar-se uma alternativa para o melhor aproveitamento da vegetação explorada. Costa e Magnusson, (2003) em estudo sobre o efeito do corte seletivo na produção de flores e frutos na floresta amazônica, analisaram que a produção não é alterada e que pode chegar a aumentar pouco tempo após a exploração. Este fato é contestado por Veríssimo et al., (1992) que afirma que o processo resulta num volume de quase duas vezes o volume de árvores que estão sendo removidas, devido ao fato de muitas árvores menores serem mortas, aumentando o efeito sobre os indivíduos. Nepstad et al., (2004) diz que as aberturas no dossel favorecem a entrada de luz e vento, que atingem o solo formando microclimas mais secos e favorecendo possíveis incêndios em florestas que tem ação do corte seletivo (terra firme). Nos manguezal das Philipinas, há diferença pouco significativa na densidade do dossel de florestas de corte seletivo comparadas com as que não apresentam cortes, entretanto o diâmetro das árvores vivas é menor nessas florestas em comparação com as intactas (WALTERS, 2005). O conceito de corte seletivo é aplicado à quase todos os trabalhos que se referem ao corte de árvores em florestas, que situam-se adjacentes à pequenas

19 18 comunidades que é feito, muitas vezes, sem nenhum manejo ou obediência à normas legais. No caso dos estudo feitos em bosques de mangue, o corte seletivo é relacionado às coletas de madeira que são feitas por moradores que circunvizinham estas áreas (SILVA et al., 2005; GLASER et al., 2003), Neste estudo, o termo corte está relacionado a quantidade de árvores retiradas por unidade amostral, obedecendo níveis percentuais pré-estabelecidos. 1.5 ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS Historicamente, os manguezais brasileiros têm sido explorados como fonte de madeira e principalmente como fonte de recursos naturais de subsistência para as populações caiçaras (LACERDA, 2002). A captura do caranguejo-uçá remonta aos primórdios da presença humana na região Norte do país, apresentando mudanças acentuadas nas três últimas décadas do século XX em virtude das mudanças na conservação e transporte do produto (MANESCHY, 2003). A autora ainda cita a utilização da madeira para a construção de casas, cercas, armadilhas de pesca, lenha e carvão, além de plantas com propriedades medicinais e corantes. Glazer et al., (1997) aponta a presença dos vilarejos que circundam a península bragantina, revelando que 75% destas vilas dependem do manguezal e que somente no ano de 1997 foram coletados aproximadamente 22 milhões de caranguejos U. cordatus para o comércio local, perfazendo um total aproximado de 3300 toneladas. Para 42% destas famílias estes animais representam sua principal fonte de renda, sendo que o percentual restante beneficia-se do recurso de forma secundária. No mesmo trabalho esta autora especula que anualmente m³ de

20 19 madeira são retirados para construção de casas, armadilhas pesqueiras e lenha para olarias. A degradação dos manguezais é um fator que afeta diretamente o ciclo de vida do caranguejo-uçá (IBAMA, 1994; SOUZA et al., 2006; WOLFF et al., 1998; DIELE, 2000; ABRUNHOSA et al., 2002) e o desmatamento provocado por inúmeras atividades (CINTRÓN et al.,1983) podem resultar na ação de tensores. O termo tensor é descrito por Lugo e Snedaker, (1974) para determinar qualquer ação ou influência que retarde ou restrinja o funcionamento normal ou desenvolvimento de unidades biológicas. A ação contínua de um tensor constitui um dreno constante de energia e impede que o ecossistema atinja altos níveis de desenvolvimento. No Brasil, vários trabalhos descrevem agressões ao ambiente manguezal ocasionadas por inúmeros tensores (LEMOS, 2004; SILVA et al., 2005; CAMPOS, 2003; SOARES et al., 2003; HERZ, 1991; GRASSO e TOGNELLA, 1995). O parcelamento do uso do solo e a falha dos governos para manejar as áreas públicas, fazem com que ocorra um deslocamento das comunidades costeiras as quais percorrem trajetos distantes para desempenhar suas atividades econômicas tradicionais como a pesca e a coleta de mariscos (ARRUDA, 2005), refletindo na perda de renda e produtos de subsistência da comunidade local ocasionada pela baixa produtividade que o ambiente passa a proporcionar como resultado da degradação. Somente a prática de pesquisas baseadas na conservação e sustentabilidade poderão proteger e manter o patrimônio biótico e abiótico, inserindo-se a zona-costeira paraense no rol de urgências em ações que gerem informações para fins de manejo, associadas á conservação do meio e ao conhecimento da dinâmica local.

21 20 2 OBJETIVO 2.1 OBJETIVO GERAL O presente trabalho teve como objetivo principal caracterizar áreas sob diferentes níveis de degradação ocasionada por corte de árvores de mangue e avaliar o efeito que essa ação antrópica exerce sobre as mesmas e sobre a população do caranguejo-uçá (U. cordatus) na região da comunidade de Caratateua, Bragança-Pará. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Como objetivos específicos pretende-se: Mapear as áreas de corte seletivo de espécies arbóreas de mangue no entorno da comunidade de Caratateua; Avaliar os atributos estruturais dos bosques de mangue nas áreas sob exploração e na área não explorada (área-controle); Calcular o percentual volumétrico de madeira em pé (m 3 ) para cada espécie de mangue nas áreas sob exploração e na área não explorada; Realizar amostragens de parâmetros bio-ecológicos das populações do caranguejo-uçá nas áreas sob exploração e na área não explorada; Avaliar o efeito do corte seletivo sobre a vegetação arbórea de mangue e sobre as populações de Ucides cordatus na região da comunidade de Caratateua.

22 21 3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 ÁREA DE ESTUDO O trabalho foi realizado na comunidade de Caratateua (Figura 1), localizada na península de Ajuruteua, à margem do rio Caeté, município de Bragança - PA, distante 18 km da sede municipal, com via de acesso pela rodovia PA 242 (Bragança-Viseu) (MAGALHÃES et al., 2007). O período de seleção das áreas e de coleta de dados estendeu-se de dezembro de 2007 a janeiro de Caratateua é uma comunidade de aproximadamente 2,76 km² e média de habitantes, distribuídos na zona rural (81%) e urbana (19%) (IBGE, 2000). A população apresenta como principal fonte de renda a pesca e beneficiamento do caranguejo-uçá, além de outras atividades comerciais e/ou de subsistência, como por exemplo a agricultura e pecuária. Em todo o vilarejo percebe-se que a maioria das casas é cercada com madeira proveniente do mangue. Grande parte do produto da pesca do caranguejo-uçá é exportada, apenas o que sobra é comercializado na região bragantina (DUARTE, 2007).

23 22 RIO CAETÉ BRASIL Figura 1 Mapa da área de estudo localizando a comunidade de Caratateua e a cidade de Bragança, Bragança PA.(MAGALHÃES et al., 2007) 3.2 ZONEAMENTO DA ÁREA DE CORTE DE MANGUE As zonas de corte de madeira foram registradas a partir da indicação de moradores locais. Após o reconhecimento desses locais foram escolhidas e demarcadas quatro áreas para a realização do presente trabalho, as quais foram classificadas de acordo com a quantidade de árvores cortadas: 1) Área Não Impactada (ANI) nenhuma ou quase nenhuma árvore cortada; 2) Área de Impacto Baixo (AIB) percentual de árvores cortadas menor que 25%; 3) Área de Impacto Médio (AIM) percentual de árvores cortadas entre 26% e 50%; 4) Área de Impacto Alto (AIA): percentual de árvores cortadas acima de 50%.

24 23 Estrutura dos bosques Os procedimentos utilizados para avaliar as características estruturais dos bosques de mangue foram retirados de Schaeffer-Novelli e Cintrón, (1986). Nas áreas de trabalho selecionadas foram abertas 13 parcelas de 20X20 m, perfazendo um total de 0,52 ha (5.200 m 2 ). Em cada parcela, todas as árvores vivas de mangue foram mensuradas. As árvores mortas (cortadas ou não) foram registradas. Para este estudo foram utilizados os critérios descritos abaixo: a. Circunferência à Altura do Peito (CAP) a circunferência do fuste foi tomada à altura do peito do observador, mais especificamente a 1,3 m do solo, com auxílio de fita métrica (1,5 m comprimento). A maioria dos troncos que identificaram cortes recentes não apresentaram esta altura mencionada de CAP. b. Altura Total (AT) Compreende a distância entre a base da árvore e a extremidade da copa e foi retirada com o auxílio de um telêmetro óptico; c. Diâmetro à Altura do Peito (DAP) a partir dos valores da circunferência do fuste foi calculado o DAP para o gênero Avicennia, enquanto o Diâmetro acima da última raiz escora para o gênero Rhizophora, através da seguinte fórmula: DAP =CAP/ (Equação 1) d. Volume (V) Foi calculado a partir da altura e DAP, utilizando a seguinte fórmula: VC = /4 DAP² H (Equação 2)

25 24 Onde: VC Volume cilíndrico do fuste H Altura total Os indivíduos registrados na área de estudo foram subdivididos em classes de Diâmetro (DAP), Altura Total (AT) e Volume (V), com o objetivo de analisar o desenvolvimento dos bosques estudados. e. Freqüência (F) É o registro da presença de uma determinada espécie em uma dada parcela. Este parâmetro foi estimado em termos percentuais (Freqüência Relativa FR), através da fórmula abaixo: FR = Frequência de uma espécie x 100 Soma da frequência de todas as espécies (Equação 3) e. Densidade (De) É o número de indivíduos por unidade de área. A densidade foi expressa em termos de indivíduos por hectare (ind.ha) e calculada em termos percentuais (Densidade Relativa DeR), de acordo com a seguinte fórmula: DeR = No. de indivíduos de uma espécie x 100 No. total de indivíduos (Equação 4) f. Dominância (Do) A dominância é o reflexo da área basal de cada espécie em uma dada parcela. A área basal (m 2.ha) para cada indivíduo foi estimada através da seguinte fórmula: g = 0, (DAP) 2 (Equação 5)

26 25 Este parâmetro também foi estimado em termos percentuais (Dominância Relativa - DoR), através da fórmula abaixo: DoR = dominância de uma espécie x 100 dominância total (Equação 6) g. Valor de Cobertura (VC) É a soma dos valores de Densidade Relativa e Dominância Relativa. h. Valor de Importância (VI) É a soma dos valores da Freqüência Relativa, Densidade Relativa e Dominância Relativa. Os valores encontrados para os parâmetros estruturais, em cada área estudada, foram comparados, no intuito de avaliar a diferença entre essas áreas, através da Análise de Variância (ANOVA um fator). A Regressão Linear foi utilizada para analisar a arquitetura dos bosques, através da relação entre os valores de Diâmetro à Altura do Peito (DAP), Altura Total (AT), Volume (V), Dominância (Do) e Densidade (De) (CENTENO, 1999). 3.3 CARANGUEJO-UÇÁ (Ucides cordatus) O estudo do caranguejo-uçá foi realizado nos mesmos locais onde foi feito o estudo dos atributos estruturais, assim informações sobre a vegetação que sofreu corte e aquelas sobre a bioecologia dos crustáceos puderam ser comparadas.

27 26 Dos indivíduos coletados foi medido o Comprimento (Cc) e a Largura da carapaça (Lc) em milímetros (mm), sendo utilizado um paquímetro, enquanto a massa (mg) foi obtida através de uma balança do tipo Pesola (500 g). Em cada área estudada foram demarcadas três transecções de 100 m, onde foram delimitados pequenos quadrantes de 5 m² em intervalos de 5 m, perfazendo um total de 14 quadrantes. Esses quadrantes foram utilizados para estimar a densidade, por meio da contagem do número de tocas. De acordo com Alcântara-Filho, (1978), essa metodologia considera-se que cada galeria é habitada por um único caranguejo, dado o seu comportamento bastante territorial. Também foram mensurados os diâmetros das tocas, com auxílio de um paquímetro posicionado perpendicular à abertura das mesmas (HATTORI e PINHEIRO, 2003). Os valores obtidos de densidade e da área da abertura das tocas foram comparados entre todas as áreas estudadas, com o auxílio da análise de variância (ANOVA - um fator) (AYRES et al., 2007). O teste de Kruskal Wallis foi utilizado para detectar diferenças significativas entre a massa (g), comprimento da carapaça (mm) e largura da carapaça (mm) dos indivíduos. A relação isométrica entre as medidas da carapaça foi analisada através do modelo de regressão linear. A relação existente entre o comprimento da carapaça (mm) e a massa (g) dos indivíduos foi estimada através da equação: W = KL b, a partir dos valores logaritmizados do modelo de regressão linear do tipo (y = a + bx) ou (lnw = lna + blnl) (CASTRO, 1986). sendo: W= peso total (g);

28 27 L= comprimento da carapaça (mm); K ou a = constante e b= expoente (retirado da equação y = a + bx)

29 28 4 RESULTADOS 4.1 DADOS ESTRUTURAIS Nas quatro áreas de trabalho estudadas foram registrados 621 indivíduos, pertencentes a apenas duas espécies de mangue, Rhizophora mangle e Avicennia germinans. Os dados de georreferenciamento destas áreas estão listados na tabela em anexo. A caracterização das áreas foi baseada na ocorrência de árvores vivas e cortadas analisadas nas parcelas. Na área não impactada (ANI) não foi registrado corte de árvores. Na área de impacto baixo (AIB) o percentual de árvores cortadas foi de 24,69%. Na área de impacto médio (AIM) de 44,52% e na área de impacto alto (AIA) de 62,27%. (Figura 2) Figura 2 Comparação entre a distribuição de indivíduos vivos e cortados por parcela em cada área. ANI área não-impactada; AIB área de impacto baixo; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto; n número de indivíduos. A análise por espécies permitiu o agrupamento dos indivíduos em intervalos de classes de Altura, Volume e DAP.

30 29 Na AIB, considerando as classes de altura, a maioria dos indivíduos foi registrada no intervalo de m para R. mangle e de m para A. germinans (Figura 3). Na AIM, A. germinans foi registrada na maioria dos intervalos, exceto de 1-4.9, enquanto que R. mangle foi registrada em três intervalos (5-9.9 m; m; m). Já na AIA, onde o corte foi mais expressivo, observou-se a mesma distribuição que a de AIM para R.mangle e apenas dois intervalos para A. germinans (5-9.9 m; m). Na ANI observou-se uma maior variação para R. mangle, comparada às outras áreas e uma mais sensível para A. germinans, que não apresentou indivíduos nos intervalos de m e de m ANI n= AIB n= Classes de Altura (m) Classes de Altura (m) AIM AIA 40 n=86 40 n= R. mangle A. germinans Classes de Altura (m) Classes de Altura (m) Figura 3 - Classes de Altura (AT) nas quatro áreas de estudo comparando as duas espécies de árvores de mangue, Rizophora mangle e Avicenia germinans. ANI área não-impactada; AIB área de impacto baixo; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto; n número de indivíduos.

31 As classes de volume são dependentes da altura para as duas espécies. R.mangle apresentou o maior número de indivíduos no menor intervalo ( m³) nas quatro áreas de estudo. O mesmo ocorreu para A.germinans, exceto em AIM, onde os indivíduos estavam distribuídos em diferentes intervalos (Figura 4) ANI AIB 80 n= n= Classes de Volume (m³) Classes de Volume (m³) AIM AIA n= n= R. mangle A. germinans 0 0 Classes de Volume (m³) Classes de Volume (m³) Figura 4 - Classes de Volume (V) nas quatro áreas de estudo comparando as duas espécies de árvores de mangue, Rizophora mangle e Avicenia germinans. ANI área não-impactada; AIB área de impacto baixo; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto; n número de indivíduos. Para ambas as espécies, os indivíduos mostraram uma distribuição variada em classes de DAP para todas as áreas de estudo(figura 5). Em ANI, a variação do

32 DAP é correspondente à altura dos indivíduos. Entretanto AIB, AIM e AIA apresentam indivíduos com valores DAP muito variados ANI AIB 40 n= n= Classes de DAP (cm) Classes de DAP (cm) AIM n= AIA n= R. mangle A. germinans 0 0 Classes de DAP (cm) Classes de DAP (cm) Figura 5 - Classes de DAP nas quatro áreas de estudo comparando as duas espécies de árvores de mangue, Rizophora mangle e Avicenia germinans. ANI área não-impactada; AIB área de impacto baixo; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto; n número de indivíduos. A análise das classes de Altura, Volume e DAP foram testadas e demonstraram que as áreas de estudo apresentam uma diferença significativa entre si para ambas as espécies (ANOVA: Rh DAP: F=132,3; gl=51; p<0,001; AT: F= 47,4; gl=51; p<0,001; V: F=21,8; gl=51; p<0,001/ Av DAP: F=25,7; gl=28; p<0,001; AT: F=11,6; gl=28; p<0,001; V: F= 5,9; gl=28; p<0,01).

33 32 A Tabela 1 apresenta os dados sobre a estrutura de bosque de todas as áreas analisadas. A variável Altura (AT) apresentou valores correspondentes ao esperado em relação ao percentual de corte para ambas as espécies, entretanto em AIB e AIA, R. mangle apresentou altura média 8,3 m; 10,4 m, respectivamente. O volume médio também foi correspondente à altura média das espécies, mas A. germinans demonstrou diferença apenas em AIM (424,72 m³), onde seu valor foi mais alto que o de AIB (329,63 m³). O valor do DAP médio para R. mangle não foi correspondente nem à altura média, nem ao volume em AIB (25,8 cm) superando AIA (22,2 cm). Em quase todas as áreas R. mangle apresentou a maior Frequência Relativa, exceto em AIA, onde obteve a mesma representatividade que A. germinans (Rh 50%; Av 50%). Na AIB foram encontrados os maiores valores de Densidade Relativa (95,7%), Dominância Relativa (91,3%), Valor de Cobertura (186,9%) e Valor de Importância (268,2%), todos para A. germinans. Por fim, a análise de variância mostrou que todos os parâmetros estruturais dos bosques são significativos quando as áreas são comparadas entre si, exceto para a Frequência Relativa (p > 0,05) das duas espécies.

34 33 Tabela 1- Resumo dos dados estruturais para todas as áreas de estudo das espécies de A. germinans e R. mangle. DAP Diâmetro Altura do Peito; FR Frequência Relativa; DeR Densidade Relativa; DoR Dominância Relativa; VC Valor de Cobertura; VI Valor de Importância; α nível de significância; Rh Rizophora mangle; Av Avicennia germinans. Áreas Altura (m) Volume (m³) DAP (cm) FR (%) DeR (%) DoR (%) VC VI Rh*** Av*** Rh*** Av*** Rh*** Av*** Rh Av Rh*** Av** Rh*** Av*** Rh*** Av*** Rh*** Av*** ANI 13,2 20,4 144,72 582,12 28,2 50,2 72,2 27,8 88,5 11,5 71,9 28,1 160,5 39,5 232,7 67,3 AIB 8,3 16,7 72,43 329,63 25,8 37,7 81,3 18,8 95,7 4,3 91,3 8,7 186,9 13,1 268,2 31,8 AIM 11,0 15,3 132,44 424,72 27,2 34,7 61,9 38,1 72,7 27,3 57,7 42,1 130,5 69,4 192,3 107,5 AIA 10,4 11,1 110,03 136,09 22,2 21, ,3 37,7 64,7 35,3 127,0 73,0 177,0 123,0 * * * - nível de significância (α) = p<0,001; ** - nível de significância (α) = p<0,01; nível de significância (α) = p>0,05

35 34 Na análise comparativa dos dados estruturais foram utilizados os valores das variáveis DAP, Volume, Altura, Densidade e Dominância e os testes de Regressão foram feitos relacionando as mesmas entre si. Para ANI, a espécie R.mangle mostrou diferenças significativas entre as variáveis DAP, Altura, Volume e Dominância nas relações Dominância x DAP (p < 0,05), Altura x DAP (p < 0.001), Volume x DAP (p < 0.001) e Altura x Volume (p < 0,001) como mostra a Figura 6. As demais relações entre variáveis não revelaram diferenças significativas. Figura 6 Análise de Regressão para R. mangle mostrando diferenças significativas para ANI - área não impactada, relacionando as variáveis Altura, Volume, DAP e Dominância. Na ANI, A. germinans não revelou diferença siginificativa para a maioria das comparações, entretanto foi observado pela primeira vez diferença nas relações de Densidade, mesmo que negativas para Densidade x DAP (p < 0.05), Densidade x Volume (p < 0.05). Além disso também foram notáveis as variáveis Volume x DAP (p < 0.05) indicadas na Figura 7.

36 35 Figura 7 Análise de Regressão para A. germinans mostrando diferenças significativas para ANI entre as variáveis Volume, Densidade e DAP. Na AIB, a Figura 8 mostra que a espécie R.mangle somente apresentou diferenças significativas entre as comparações de DAP x Altura (p < 0,01), DAP x Volume (p < 0,001) e Altura x Volume (p < 0,01). A. germinans não obteve valores suficientes para análise nesta área. As demais comparações revelaram que os valores não demonstram diferença entre si. Figura 8 Análise de Regressão para R. mangle mostrando diferenças significativas para AIB entre as variáveis Altura, Volume e DAP.

37 36 A Figura 9 mostra as correlações entre as variáveis Volume x DAP, Volume x Altura, Dominância x Altura, Dominância x Volume, Dominância x DAP, as quais foram significativas para R. mangle na AIM. As variáveis DAP x Altura e Densidade x DAP, Densidade x Volume e Densidade x Altura, por sua vez não revelaram diferenças significativas. Figura 9 Análise de Regressão para R. mangle mostrando diferenças significativas para AIM entre as variáveis Altura, Volume, DAP e Dominância. A maioria das análises para A. germinans mostrou que a espécie não apresentam diferenças significativas entre os parâmetros estruturais analisados na AIM, exceto nas correlaçòes entre Altura x DAP, Volume x Altura e Dominância x Altura (Figura 10).

38 37 Figura 10 Análise de Regressão para A. germinans mostrando diferenças significativas para AIM entre as variáveis Altura, Volume, DAP e Dominância. Na AIA, R. mangle apresentou diferença significativa entre os valores das variáveis Altura x Volume, Dominância x DAP, Dominância x Volume, Dominância x Altura, Altura x DAP e Volume x DAP (Figura 11). As comparaçãoes entre a Densidade e os valores de Altura, Volume e DAP não mostraram diferença significativa.

39 38 Figura 11 Análise de Regressão para R. mangle mostrando diferenças significativas para AIA entre as variáveis Altura, Volume, DAP e Dominância. A Figura 12 mostra que A.germinans obteve relação significativa para Altura x Volume (p < 0.001), Altura x DAP (p < 0.01) e Volume x DAP (p < 0.01). Valores semelhantes e não significativos foram encontrados para Dominância e Densidade da espécie nesta área. Figura 12 Análise de Regressão para A. germinans mostrando diferenças significativas para AIA entre as variáveis Altura, Volume e DAP. 4.2 BIOECOLOGIA DO Ucides cordatus Dois procedimentos foram realizados para a caracterização de U. cordatus nas quatro áreas de estudo, um em que foram coletados 149 indivíduos e outra, em que sua densidade e tamanho médio foram tomados a partir das medidas das tocas. Para os indivíduos coletados, comparou-se os valores obtidos para massa,

40 39 largura da carapaça e comprimento da carapaça. Os resultados mostraram que essas variáveis são bastante correlacionadas. A Figura 13 mostra o resultado da análise de regressão para a comparação das variáveis largura e comprimento da carapaça, ajustada pelo método dos mínimos quadrados, que resultou na correlação positiva e significativa das duas medidas para todas as áreas (ANI, AIM e AIA = p<0,001; AIB = p<0,01). Figura 13 Análise de Regressão para os parâmetros de Largura e Comprimento da Carapaça do Caranguejo-uçá. ANI área não-impactada; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto. A comparação da relação entre a massa e o comprimento da carapaça dos indivíduos coletados nas quatro áreas também foi calculada através da análise de regressão, ajustada pelo método dos mínimos quadrados, resultando nas equações: lnw = - 1, ,35 lnl lnw = 0,48 + 2,14 lnl lnw = -0,88 + 3,12 lnl lnw = ,96 lnl (ANI) (AIB) (AIM) (AIA)

41 40 Todas as medidas apresentaram correlação positiva e significativa entre os parâmetros de massa e comprimento da carapaça, para todas as áreas (Figura 14). Figura 14 Análise de Regressão utilizando os parâmetros Massa e Comprimento da Carapaça entre as quatro áreas de estudo. ANI área não-impactada; AIB área de impacto baixo; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto. Para se avaliar a diferença das variáveis largura da carapaça, comprimento da carapaça e massa entre as áreas foi utilizado o teste de Kruskal Wallis. Os resultados obtidos para a massa mostraram que não houve diferença significativa entre as áreas para esta variável, porém as medidas de largura e o comprimento da carapaça apresentaram resultados significativos (Cc H=18,27; gl=3; p<0,001; Lc H=20,15; gl=3; p<0,001). A Tabela 2 apresenta os valores médios de largura e comprimento da carapaça de machos e fêmeas por área de estudo. Na maioria das áreas, a largura dos machos é superior a das fêmeas.

42 41 Tabela 2 Média dos valores de Comprimento da carapaça (Cc) e Largura da carapaça (Lc) para machos e fêmeas de U. cordatus nas quatro áreas de estudo. ANI área não-impactada; AIB área de impacto baixo; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto. Macho Fêmea Lc Cc Lc Cc ANI 5,20 4,01 4,90 3,84 AIB 4,51 4,61 4,52 4,53 AIM 5,35 4,07 5,18 4,08 AIA 5,16 4,06 4,62 3,56 A Tabela 3 contém os valores obtidos para a Densidade das Tocas (ind.m²) e a Tabela 4 apresenta o diâmetro e a área ocupada pela abertura das tocas(m²), que foram analisados entre os quadrantes (considerando a abertura como uma circunferência). Os valores utilizados são a média dessas variáveis em três transecções por área. Em geral, todas as áreas apresentaram um pequeno número de indivíduos/m² (ANI: 1,92; AIB: 1,40; AIM: 1,30; AIA: 1,74 Tabela 3). Considerando-se cada quadrante de 5 m² como uma unidade amostral, na ANI as variações entre os valores de densidade (de 0,4 a 5,6 ind.m²) revelaram uma diferença significativa entre as unidades ao longo da transecção (p<0,001). No entanto, a área ocupada pelas tocas tem boa variação entre as unidades (de 7,54 a 35,06 cm²), mas não apresenta diferença significativa (p>0,05), como mostra a Figura 15. Na AIB, a Densidade apresentou pouca variação (Figura 15), porém a área ocupada pelas tocas demonstrou diferença significativa (p<0,05). Já na AIM, mesmo com os valores de densidade variando entre 0,2 e 2,8 ind.m² e os valores da área ocupada pelas tocas entre 12,91 e 19, 03 cm², os resultados não apresentaram diferença significativa (p>0,05). O mesmo resultado foi obtido para a área de impacto alto, onde a Densidade variou entre 0,4 e 4,6 ind.m² e a área ocupada pelas tocas entre 7,33 e 19,33 cm². As variáveis densidade de caranguejo e área ocupada por

43 42 tocas também foram testadas entre as diferentes áreas de estudo (ANOVA Densidade F=3,25; gl=164; p<0,05; Área ocupada pela toca F=5,68; gl=164; p<0,001). Tabela 3 Valores máximos, mínimos e médios das densidades de U.cordatus (ind.m²) obtidos a partir da contagem das tocas por área de estudo. ANI área não-impactada; AIB área de impacto baixo; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto. Máx Mín Média α ANI 5,6 0,4 1,92 p<0,001 AIB 3,4 0,4 1,40 p<0,05 AIM 2,8 0,2 1,30 p>0,05 AIA 4,6 0,4 1,74 p<0,05 Tabela 4 Valores médios do diâmetro das tocas (cm) e da área ocupada por eles (cm²) em cada área de estudo. ANI área nãoimpactada; AIB área de impacto baixo; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto. Diâmetro médio (cm) Área (cm²) ANI 5,02 15,78 AIB 3,91 12,29 AIM 4,57 14,37 AIA 3,50 10,98

44 43 A - Densidade de caranguejos (ind.m 2 ) B Área ocupada pela abertura das tocas (cm 3 ) Figura 15 Variação entre os valores médios de Densidade de caranguejos (ind.m²) e a Área ocupada pela abertura das tocas (cm 3 ) em cada ponto da transecção. A leitura por área está em paralelo. ANI área não-impactada; AIB área de impacto baixo; AIM área de impacto médio; AIA área de impacto alto. 4.3 VEGETAÇÃO X CARANGUEJO A densidade de árvores vivas foi comparada com a densidade dos caranguejos e a área ocupada por tocas em cada uma das áreas de estudo. A Figura 16 mostra os resultados da comparação entre essas nas quatro áreas estudadas (ANI - ANOVA F=41,7; gl=26; p<0,001; F=6,6; gl=26; p<0,05; AIB F=28,9;

A ECOBIOLOGIA DO CARANGUEJO-UÇÁ (Ucides cordatus) DO MANGUEZAL DA PENÍNSULA DE AJURUTEUA, BRAGANÇA PA

A ECOBIOLOGIA DO CARANGUEJO-UÇÁ (Ucides cordatus) DO MANGUEZAL DA PENÍNSULA DE AJURUTEUA, BRAGANÇA PA A ECOBIOLOGIA DO CARANGUEJO-UÇÁ (Ucides cordatus) DO MANGUEZAL DA PENÍNSULA DE AJURUTEUA, BRAGANÇA PA Andreza Patricia Andrade Salgado Cavalcante (*), Leila Marques Elias, Lena Claudia Oliveira Furtado,

Leia mais

Simulação de Impactos da Elevação do Nível do Mar sobre Manguezais Utilizando o TerraME

Simulação de Impactos da Elevação do Nível do Mar sobre Manguezais Utilizando o TerraME Simulação de Impactos da Elevação do Nível do Mar sobre Manguezais Utilizando o TerraME Denilson da Silva Bezerra Orientadores: Dr(a). Silvana Amaral e Dr. Milton Kampel 1 - INTRODUÇÃO O ecossistema manguezal;

Leia mais

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Embrapa Belém, PA 2014 DIVERSIDADE DE ESPÉCIES E SUA ABUNDÂNCIA EM UMA FLORESTA

Leia mais

Edson Vidal Prof. Manejo de Florestas Tropicais ESALQ/USP

Edson Vidal Prof. Manejo de Florestas Tropicais ESALQ/USP Edson Vidal Prof. Manejo de Florestas Tropicais ESALQ/USP PRINCIPAIS ECOSSISTEMAS CAATINGA 844 Mil Km 2 (9,9%) Território Brasileiro = 9,9% Nordeste = 55,6% Cobertura Atual 30% Fonte: IBAMA 2002 Elaboração:

Leia mais

F. A. Moschetto. Moschetto, F. A. 1

F. A. Moschetto. Moschetto, F. A. 1 Estudo de duas populações do Crustáceo Callichirus major (SAY, 1818): Caracterização dos indivíduos da Praia de Barequeçaba, São Sebastião, SP, e da Praia do Itararé, São Vicente, SP. Moschetto, F. A.

Leia mais

HAMILTON BRITO DA SILVA

HAMILTON BRITO DA SILVA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE ESTUDOS COSTEIROS FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LICENCIATURA PLENA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BRAGANÇA HAMILTON BRITO DA SILVA CÁLCULO DO

Leia mais

Utilização do método de BDq para planejar o corte seletivo em um floresta de várzea no município de Mazagão-AP

Utilização do método de BDq para planejar o corte seletivo em um floresta de várzea no município de Mazagão-AP http://dx.doi.org/10.12702/viii.simposfloresta.2014.66-570-1 Utilização do método de BDq para planejar o corte seletivo em um floresta de várzea no município de Mazagão-AP Edielza A. dos S. Ribeiro 1,

Leia mais

COMPORTAMENTO POPULACIONAL DE CUPIÚBA (GOUPIA GLABRA AUBL.) EM 84 HA DE FLORESTA DE TERRA FIRME NA FAZENDA RIO CAPIM, PARAGOMINAS, PA.

COMPORTAMENTO POPULACIONAL DE CUPIÚBA (GOUPIA GLABRA AUBL.) EM 84 HA DE FLORESTA DE TERRA FIRME NA FAZENDA RIO CAPIM, PARAGOMINAS, PA. COMPORTAMENTO POPULACIONAL DE CUPIÚBA (GOUPIA GLABRA AUBL.) EM 84 HA DE FLORESTA DE TERRA FIRME NA FAZENDA RIO CAPIM, PARAGOMINAS, PA. HIRAI, Eliana Harumi ; CARVALHO, João Olegário Pereira de. INTRODUÇÃO

Leia mais

Análise estrutural da vegetação arbórea dos mangues no Furo Grande, Bragança, Pará Structural analysis of mangrove tree vegetation

Análise estrutural da vegetação arbórea dos mangues no Furo Grande, Bragança, Pará Structural analysis of mangrove tree vegetation Análise estrutural da vegetação arbórea dos mangues no Furo Grande, Bragança, Pará Structural analysis of mangrove tree vegetation in the channel Furo Grande in Bragança, Pará Joaquim Augusto Souza de

Leia mais

Geografia. Aspectos Físicos e Geográficos - CE. Professor Luciano Teixeira.

Geografia. Aspectos Físicos e Geográficos - CE. Professor Luciano Teixeira. Geografia Aspectos Físicos e Geográficos - CE Professor Luciano Teixeira www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia ASPECTOS FÍSICOS E GEOGRÁFICOS - CE Clima: O clima do Ceará é predominantemente semiárido,

Leia mais

O manguezal é um ecossistema complexo e um dos mais produtivos do planeta.

O manguezal é um ecossistema complexo e um dos mais produtivos do planeta. - Introdução - Localização dos manguezais no Brasil - Principais áreas e estuarinas de Pernambuco - Vegetação - Fauna - Importância dos manguezais - Utilização sustentável dos manguezais - Impactos ambientais

Leia mais

Parte I. Recursos Florestais Silvicultura. PHD3334 Exploração de Recursos Naturais. Universidade de São Paulo

Parte I. Recursos Florestais Silvicultura. PHD3334 Exploração de Recursos Naturais. Universidade de São Paulo Universidade de São Paulo PHD3334 Exploração de Recursos Naturais Escola Politécnica Departamento de Eng. Hidráulica e Sanitária Recursos Florestais Silvicultura Parte I Aula 5 Prof. Dr. Arisvaldo V. Méllo

Leia mais

Mapeamento espaço-temporal da ocupação das áreas de manguezais no município de Aracaju-SE

Mapeamento espaço-temporal da ocupação das áreas de manguezais no município de Aracaju-SE http://dx.doi.org/10.12702/viii.simposfloresta.2014.118-552-1 Mapeamento espaço-temporal da ocupação das áreas de manguezais no município de Aracaju-SE Dráuzio C. Gama 1, Janisson B. de Jesus 1, Milton

Leia mais

Anais III Simpósio Regional de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto Aracaju/SE, 25 a 27 de outubro de 2006

Anais III Simpósio Regional de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto Aracaju/SE, 25 a 27 de outubro de 2006 VARIAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DE BOSQUES DE MANGUE CUNHA-LIGNON, M. 1 INTRODUÇÃO: Os manguezais são ecossistemas característicos das zonas estuarinas tropicais e subtropicais. Por muitos anos, os manguezais

Leia mais

DINÂMICA DAS POPULAÇÕES DE ABIUS EM UMA ÁREA SOB MANEJO NA FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS, PA 1

DINÂMICA DAS POPULAÇÕES DE ABIUS EM UMA ÁREA SOB MANEJO NA FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS, PA 1 DINÂMICA DAS POPULAÇÕES DE ABIUS EM UMA ÁREA SOB MANEJO NA FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS, PA 1 CASTRO, Tatiana da Cunha 2 ; CARVALHO, João Olegário Pereira de 3 RESUMO: Avaliou-se a dinâmica da população

Leia mais

Características estruturais de bosques de mangue do estuário do rio Cururuca em Paço do Lumiar, MA.

Características estruturais de bosques de mangue do estuário do rio Cururuca em Paço do Lumiar, MA. Características estruturais de bosques de mangue do estuário do rio Cururuca em Paço do Lumiar, MA. Keila Raianan Santos Nunes 1, Clarissa Lobato da Costa 2, Isabela Vieira dos Santos Mendonça 2 1 Acadêmica

Leia mais

INTERAÇÃO ENTRE A POPULAÇÃO DE Ucides cordatus (LINNAEUS, 1763) E A VEGETAÇÃO ARBÓREA DOS MANGUEZAIS NO MUNICÍPIO DE COLARES-PARÁ

INTERAÇÃO ENTRE A POPULAÇÃO DE Ucides cordatus (LINNAEUS, 1763) E A VEGETAÇÃO ARBÓREA DOS MANGUEZAIS NO MUNICÍPIO DE COLARES-PARÁ UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BRAGANÇA INSTITUTO DE ESTUDOS COSTEIROS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA AMBIENTAL MESTRADO EM ECOLOGIA DE ECOSSISTEMAS COSTEIROS E ESTUARINOS

Leia mais

FRAGMENTOS FLORESTAIS

FRAGMENTOS FLORESTAIS FRAGMENTOS FLORESTAIS O que sobrou da Mata Atlântica Ciclos econômicos 70% da população Menos de 7,4% e mesmo assim ameaçados de extinção. (SOS Mata Atlânitca, 2008) REMANESCENTES FLORESTAIS MATA ATLÂNTICA

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BRAGANÇA INSTITUTO DE ESTUDOS COSTEIROS LABORATÓRIO DE ECOLOGIA DE MANGUEZAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BRAGANÇA INSTITUTO DE ESTUDOS COSTEIROS LABORATÓRIO DE ECOLOGIA DE MANGUEZAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BRAGANÇA INSTITUTO DE ESTUDOS COSTEIROS LABORATÓRIO DE ECOLOGIA DE MANGUEZAL BIATRIZ PRESTES DE AVIZ ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO E ASPECTOS POPULACIONAIS

Leia mais

Comparação de Variáveis Meteorológicas Entre Duas Cidades Litorâneas

Comparação de Variáveis Meteorológicas Entre Duas Cidades Litorâneas Comparação de Variáveis Meteorológicas Entre Duas Cidades Litorâneas F. D. A. Lima 1, C. H. C. da Silva 2, J. R. Bezerra³, I. J. M. Moura 4, D. F. dos Santos 4, F. G. M. Pinheiro 5, C. J. de Oliveira 5

Leia mais

Produção de Serapilheira em Florestas de Mangue do Estuário do Rio Paraíba do Sul, Rio de Janeiro, Brasil

Produção de Serapilheira em Florestas de Mangue do Estuário do Rio Paraíba do Sul, Rio de Janeiro, Brasil Universidade Estadual do Norte Fluminense Laboratório de Ciências Ambientais Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais Produção de Serapilheira em Florestas de Mangue do Estuário do Rio

Leia mais

PANTANAL E MANGUEZAIS

PANTANAL E MANGUEZAIS PANTANAL E MANGUEZAIS CIÊNCIAS Profa. Jéssica 2019 A presença de água em abundância é um dos fatores que mais influi na fauna, na flora e nas atividades humanas do Pantanal e dos Manguezais. PANTANAL -

Leia mais

MANILKARA HUBERI STANDLEY (MAÇARANDUBA), EM UMA FLORESTA NATURAL NA REGIÃO DE PARAGOMINAS, PA 1.

MANILKARA HUBERI STANDLEY (MAÇARANDUBA), EM UMA FLORESTA NATURAL NA REGIÃO DE PARAGOMINAS, PA 1. MANILKARA HUBERI STANDLEY (MAÇARANDUBA), EM UMA FLORESTA NATURAL NA REGIÃO DE PARAGOMINAS, PA. HIRAI, Eliana Harumi ; CARVALHO, João Olegário Pereira de. INTRODUÇÃO O sucesso do manejo florestal sustentável

Leia mais

BIOECOLOGIA DE Ucides cordatus LINNAEUS, 1763 (DECAPODA: BRACHYURA) NA COSTA DO ESTADO DO AMAPÁ

BIOECOLOGIA DE Ucides cordatus LINNAEUS, 1763 (DECAPODA: BRACHYURA) NA COSTA DO ESTADO DO AMAPÁ 15 BIOECOLOGIA DE Ucides cordatus LINNAEUS, 1763 (DECAPODA: BRACHYURA) NA COSTA DO ESTADO DO AMAPÁ Marcus Emanuel Barroncas Fernandes 1 Muzenilha Lira Carvalho 1 RESUMO Aspectos da bioecologia do caranguejo-uçá

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BRAGANÇA INSTITUTO DE ESTUDOS COSTEIROS LABORATÓRIO DE ECOLOGIA DE MANGUEZAL ELIANE BARROZO SILVA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BRAGANÇA INSTITUTO DE ESTUDOS COSTEIROS LABORATÓRIO DE ECOLOGIA DE MANGUEZAL ELIANE BARROZO SILVA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BRAGANÇA INSTITUTO DE ESTUDOS COSTEIROS LABORATÓRIO DE ECOLOGIA DE MANGUEZAL ELIANE BARROZO SILVA Corte seletivo de Laguncularia racemosa (L.) C.F.

Leia mais

Grandes Ecossistemas do Brasil

Grandes Ecossistemas do Brasil Grandes Ecossistemas do Brasil Principais Ecossistemas do Brasil Floresta Amazônica Mata Atlântica Mata da Araucárias Caatinga Cerrado Pampas (Campos Sulinos) Zona dos Cocais Pantanal Manguezais Grandes

Leia mais

JOAQUIM AUGUSTO SOUSA DE SEIXAS ESTUDO COMPARATIVO DA ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO DOS BOSQUES DE MANGUE DO FURO GRANDE, BRAGANÇA PA

JOAQUIM AUGUSTO SOUSA DE SEIXAS ESTUDO COMPARATIVO DA ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO DOS BOSQUES DE MANGUE DO FURO GRANDE, BRAGANÇA PA JOAQUIM AUGUSTO SOUSA DE SEIXAS ESTUDO COMPARATIVO DA ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO DOS BOSQUES DE MANGUE DO FURO GRANDE, BRAGANÇA PA BRAGANÇA 2003 JOAQUIM AUGUSTO SOUSA DE SEIXAS ESTUDO COMPARATIVO DA ESTRUTURA

Leia mais

Plano De Manejo Florestal Sustentável Da Caatinga Na Região Central Do RN

Plano De Manejo Florestal Sustentável Da Caatinga Na Região Central Do RN Plano De Manejo Florestal Sustentável Da Caatinga Na Região Central Do RN Mayara Freire Paiva da Silva (1) ; Marcelo da Silva Rebouças (2) ; Eduarda Ximenes Dantas (3) ; Paulo Rogério Soares de Oliveira

Leia mais

Análise da distribuição diamétrica da vegetação de uma área de caatinga por meio da curva de Lorenz e do índice de Gini

Análise da distribuição diamétrica da vegetação de uma área de caatinga por meio da curva de Lorenz e do índice de Gini http://dx.doi.org/10.12702/viii.simposfloresta.2014.166-600-2 Análise da distribuição diamétrica da vegetação de uma área de caatinga por meio da curva de Lorenz e do índice de Gini Francisco T. A. Moreira

Leia mais

PFNM: conceitose importância

PFNM: conceitose importância Universidade Federal de Rondônia Curso de Eng. Florestal Manejo de produtos florestais não madeireiros PFNM: conceitose importância Emanuel Maia emanuel@unir.br www.emanuel.acagea.net Apresentação Introdução

Leia mais

RESUMO. PALAVRAS-CHAVE: Mimosa scabrella, bracatinga, densidade básica, carvão vegetal, energia. ABSTRACT

RESUMO. PALAVRAS-CHAVE: Mimosa scabrella, bracatinga, densidade básica, carvão vegetal, energia. ABSTRACT COMPARAÇÃO DA QUALIDADE DA MADEIRA DE TRÊS PROCEDÊNCIAS DE Mimosa scabrella Benth. PARA FINS ENERGÉTICOS (Comparison of wood quality among three Mimosa scabrella Benth. provenances for energy purposes).

Leia mais

VARIABILIDADE ESPACIAL E TEMPORAL DAS ESTAÇÕES NO ESTADO DE SÃO PAULO PARA AS VARIAVEIS TEMPERATURA E PRECIPITAÇÃO

VARIABILIDADE ESPACIAL E TEMPORAL DAS ESTAÇÕES NO ESTADO DE SÃO PAULO PARA AS VARIAVEIS TEMPERATURA E PRECIPITAÇÃO VARIABILIDADE ESPACIAL E TEMPORAL DAS ESTAÇÕES NO ESTADO DE SÃO PAULO PARA AS VARIAVEIS TEMPERATURA E PRECIPITAÇÃO BRUNO PARALUPPI CESTARO¹; JONATAN DUPONT TATSCH²; HUMBERTO RIBEIRO DA ROCHA³ ¹ Meteorologista,

Leia mais

ESPECTRO BIOLÓGICO DA VEGETAÇÃO DE DUNAS E DE RESTINGA DA ILHA DO CARDOSO, SP

ESPECTRO BIOLÓGICO DA VEGETAÇÃO DE DUNAS E DE RESTINGA DA ILHA DO CARDOSO, SP 392 ESPECTRO BIOLÓGICO DA VEGETAÇÃO DE DUNAS E DE RESTINGA DA ILHA DO CARDOSO, SP Fernanda C.S. Tibério 1, Alline B. Silva 1, Marilina V. Cortez 1, Rafael F. Ramos 1, Fabio T.T. Hanashiro 1, José Pedro

Leia mais

Biodiversidade e Ciclagem de Nutrientes. Estoques de Carbono nas Florestas Brasileiras Simone Aparecida Vieira

Biodiversidade e Ciclagem de Nutrientes. Estoques de Carbono nas Florestas Brasileiras Simone Aparecida Vieira Biodiversidade e Ciclagem de Nutrientes Estoques de Carbono nas Florestas Brasileiras Simone Aparecida Vieira Formas do Carbono no Sistema Terrestre Atmosfera (750) Dióxido de carbono (gás) CO 2 (7)

Leia mais

Disciplina: BI63 B ECOSSISTEMAS. Tema da aula - Distúrbios: Sucessão Ecológica: principais conceitos e aplicações.

Disciplina: BI63 B ECOSSISTEMAS. Tema da aula - Distúrbios: Sucessão Ecológica: principais conceitos e aplicações. Curso de Graduação em Engenharia Ambiental Disciplina: BI63 B ECOSSISTEMAS Tema da aula - Distúrbios: Sucessão Ecológica: principais conceitos e aplicações. http://www.usp.br/agen/bols/2000/rede517.htm

Leia mais

ASSOCIAÇÃO DO CARAGUEJO-UÇÁ Ucides cordatus (LINNAEUS, 1763) COM OS BOSQUES DE MANGUE E ANÁLISE DO SEU POTENCIAL EXTRATIVO NO MUNÍCIPIO DE VISEU- PARÁ

ASSOCIAÇÃO DO CARAGUEJO-UÇÁ Ucides cordatus (LINNAEUS, 1763) COM OS BOSQUES DE MANGUE E ANÁLISE DO SEU POTENCIAL EXTRATIVO NO MUNÍCIPIO DE VISEU- PARÁ i Universidade Federal do Pará Campus Universitário de Bragança Instituto de Estudos Costeiros Programa de Pós-Graduação em Biologia Ambiental Mestrado em Ecologia de Ecossistemas Costeiros e Estuarinos

Leia mais

TÍTULO: ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE LAGUNCULARIA RACEMOSA CULTIVADAS EM VIVEIROS COM DIFERENTES NÍVEIS DE SOMBREAMENTO

TÍTULO: ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE LAGUNCULARIA RACEMOSA CULTIVADAS EM VIVEIROS COM DIFERENTES NÍVEIS DE SOMBREAMENTO TÍTULO: ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE LAGUNCULARIA RACEMOSA CULTIVADAS EM VIVEIROS COM DIFERENTES NÍVEIS DE SOMBREAMENTO CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA:

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO DE ASTRONIUM LECOINTEI DUCKE EM RELAÇÃO ÀS DIFERENTES FASES SUCESSIONAIS EM UMA FLORESTA NATURAL NA FAZENDA RIO CAPIM, EM PARAGOMINAS, PA

DISTRIBUIÇÃO DE ASTRONIUM LECOINTEI DUCKE EM RELAÇÃO ÀS DIFERENTES FASES SUCESSIONAIS EM UMA FLORESTA NATURAL NA FAZENDA RIO CAPIM, EM PARAGOMINAS, PA DISTRIBUIÇÃO DE ASTRONIUM LECOINTEI DUCKE EM RELAÇÃO ÀS DIFERENTES FASES SUCESSIONAIS EM UMA FLORESTA NATURAL NA FAZENDA RIO CAPIM, EM PARAGOMINAS, PA CONCEIÇÃO, Claudice Sousa ; CARVALHO, João Olegário

Leia mais

DINÂMICA DE AÇÕES ANTRÓPICAS PARA APONTAR EVIDÊNCIAS DA CONTRIBUIÇÃO SOCIOECONÔMICA E AMBIENTAL DA FLONA TAPAJÓS AOS MUNICÍPIOS SEM SEU ENTORNO

DINÂMICA DE AÇÕES ANTRÓPICAS PARA APONTAR EVIDÊNCIAS DA CONTRIBUIÇÃO SOCIOECONÔMICA E AMBIENTAL DA FLONA TAPAJÓS AOS MUNICÍPIOS SEM SEU ENTORNO DINÂMICA DE AÇÕES ANTRÓPICAS PARA APONTAR EVIDÊNCIAS DA CONTRIBUIÇÃO SOCIOECONÔMICA E AMBIENTAL DA FLONA TAPAJÓS AOS MUNICÍPIOS SEM SEU ENTORNO Vitor H. da S. Batista 1, Lucieta G. Martorano 2, Gabriel

Leia mais

COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA FLORÍSTICA EM BOSQUES DE MANGUEZAIS PARAENSES, BRASIL

COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA FLORÍSTICA EM BOSQUES DE MANGUEZAIS PARAENSES, BRASIL Ciência Florestal, Santa Maria, v. 27, n. 3, p. 923-930, jul.-set., 2017 ISSN 1980-5098 COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA FLORÍSTICA EM BOSQUES DE MANGUEZAIS PARAENSES, BRASIL 923 FLORISTICCOMPOSITION AND ESTRUCTURE

Leia mais

ESPÉCIES ARBÓREAS DA BACIA DO RIO MAUÉS-MIRI, MAUÉS AMAZONAS

ESPÉCIES ARBÓREAS DA BACIA DO RIO MAUÉS-MIRI, MAUÉS AMAZONAS INTRODUÇÃO REVISTA DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO IFAM ESPÉCIES ARBÓREAS DA BACIA DO RIO MAUÉS-MIRI, MAUÉS AMAZONAS Rodrigo Teixeira Caldas 1 Peter Wimmer 2 A Amazônia possui 300 mil quilômetros2

Leia mais

Anais da Semana Florestal UFAM 2017

Anais da Semana Florestal UFAM 2017 Anais da Semana Florestal UFAM 2017 Eco & Companhia Publicações Av. Gal. Rodrigo Octávio, 6200 - Coroado I Mini-campus da UFAM Setor Sul - CD-Tech Sala 08 CEP 69.080-970 - Manaus Amazonas www.ecoecompanhia.com

Leia mais

Biomas / Ecossistemas brasileiros

Biomas / Ecossistemas brasileiros GEOGRAFIA Biomas / Ecossistemas brasileiros PROF. ROGÉRIO LUIZ 3ºEM O que são biomas? Um bioma é um conjunto de tipos de vegetação que abrange grandes áreas contínuas, em escala regional, com flora e fauna

Leia mais

PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS Processo Seletivo 2016 MESTRADO. Nome:... Assinatura:...

PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS Processo Seletivo 2016 MESTRADO. Nome:... Assinatura:... Universidade Federal do Amapá Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical - PPGBIO Mestrado e Doutorado UNIFAP / EMBRAPA-AP / IEPA / CI - BRASIL PROVA

Leia mais

Portaria CBRN 01/2015

Portaria CBRN 01/2015 SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE COORDENADORIA DE BIODIVERSIDADE E RECURSOS NATURAIS Portaria CBRN 01/2015 Estabelece o Protocolo de Monitoramento de Projetos de Restauração Ecológica O Coordenador de Biodiversidade

Leia mais

de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia

de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia Anais do I Seminário Internacional de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia DESENVOLVIMENTO DE MODELOS ESTATÍSTICOS PARA ESTIMAR A BIOMASSA DA VEGETAÇÃO ACIMA DO NÍVEL DO SOLO PARA ÁRVORES

Leia mais

RESUMO. PALAVRAS-CHAVE: equações de volume, análise de regressão, Floresta Nacional do Tapajós, floresta tropical, Amazônia.

RESUMO. PALAVRAS-CHAVE: equações de volume, análise de regressão, Floresta Nacional do Tapajós, floresta tropical, Amazônia. EQUAÇÃO DE VOLUME PARA ÁRVORES DE PEQUENO DIÂMETRO, NA FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS (Volume equation for small diameter trees in the Tapajós National Forest) José Natalino Macedo Silva * Sandra Maria Araújo

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA E GEOQUÍMICA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA E GEOQUÍMICA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA E GEOQUÍMICA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO MUDANÇAS NA VEGETAÇÃO DO LITORAL LESTE DA ILHA DE MARAJÓ DURANTE O HOLOCENO

Leia mais

AULÃO UDESC 2013 GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA PROF. ANDRÉ TOMASINI Aula: Aspectos físicos.

AULÃO UDESC 2013 GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA PROF. ANDRÉ TOMASINI Aula: Aspectos físicos. AULÃO UDESC 2013 GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA PROF. ANDRÉ TOMASINI Aula: Aspectos físicos. Relevo de Santa Catarina Clima de Santa Catarina Fatores de influência do Clima Latitude; Altitude; Continentalidade

Leia mais

Domínios Florestais do Mundo e do Brasil

Domínios Florestais do Mundo e do Brasil Domínios Florestais do Mundo e do Brasil Formações Florestais: Coníferas, Florestas Temperadas, Florestas Equatoriais e Florestas Tropicais. Formações Herbáceas e Arbustivas: Tundra, Pradarias Savanas,

Leia mais

Aula Bioma e Vegetação. Prof. Diogo

Aula Bioma e Vegetação. Prof. Diogo Aula Bioma e Vegetação Prof. Diogo Mapa Mundo Vegetação Classificação dos Vegetais Existem várias formas de classificação: 1º Porte: - Herbácea (correspondem áreas campestres). - Arbóreas (áreas de florestas).

Leia mais

Dinâmica da paisagem e seus impactos em uma Floresta Urbana no Nordeste do Brasil

Dinâmica da paisagem e seus impactos em uma Floresta Urbana no Nordeste do Brasil http://dx.doi.org/10.12702/viii.simposfloresta.2014.261-610-2 Dinâmica da paisagem e seus impactos em uma Floresta Urbana no Nordeste do Brasil Mayara M. de L. Pessoa 1, Daniel C. de Carvalho 1, Luis M.

Leia mais

s u m o s IIII III IIl D1 lii II p A N D Simpósio slicultura NA AMAZÔNIA ORIENTAL: CONTRIBUIÇÕES DOPROJETO EMBRAPAIDFID .:..

s u m o s IIII III IIl D1 lii II p A N D Simpósio slicultura NA AMAZÔNIA ORIENTAL: CONTRIBUIÇÕES DOPROJETO EMBRAPAIDFID .:.. J.1 ISSN 0101-2835 E s u m o s Simpósio slicultura NA AMAZÔNIA ORIENTAL: CONTRIBUIÇÕES DOPROJETO EMBRAPAIDFID 1 4. -.:.. E x p A N D 00330 12 JE u 1 - IIII III IIl D1 lii II ereiro de 1999 - Pará DFID

Leia mais

O USO DA ESTATÍSTICA NA ENGENHARIA ENGENHARIA AMBIENTAL

O USO DA ESTATÍSTICA NA ENGENHARIA ENGENHARIA AMBIENTAL O USO DA ESTATÍSTICA NA ENGENHARIA ENGENHARIA AMBIENTAL No dia-a-dia é possível encontrar informações apresentadas em jornais, revistas e mídia em diferentes formatos, como em gráficos, infográficos, tabelas

Leia mais

PA 06 - Sistemas e Procedimentos Silviculturais. Ademir R. Ruschel Pesq. Embrapa Amazônia Oriental

PA 06 - Sistemas e Procedimentos Silviculturais. Ademir R. Ruschel Pesq. Embrapa Amazônia Oriental PA 06 - Sistemas e Procedimentos Silviculturais Ademir R. Ruschel Pesq. Embrapa Amazônia Oriental PA 06 - Atividades Tratamentos silviculturais pós-exploração Amazônia Oriental João Olegário Pereira de

Leia mais

Avaliação de acessos do BAG jenipapo: ano 2015

Avaliação de acessos do BAG jenipapo: ano 2015 V Seminário de Iniciação Científica e Pós-Graduação da Embrapa Tabuleiros Costeiros 243 Avaliação de acessos do BAG jenipapo: ano 2015 Isis Bacelar Araújo 1, Ana Letícia Sirqueira Nascimento 2, Marina

Leia mais

Fitossociologia e Diversidade

Fitossociologia e Diversidade Fitossociologia e Diversidade Fitossociologia Fitossociologia é um processo relacionado a métodos de reconhecimento e definição de comunidades de plantas. Phyto significa planta e sociologia grupos ou

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA AMBIENTAL: CURSOS DE MESTRADO E DOUTORADO EM RECURSOS BIOLÓGICOS DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA AMBIENTAL: CURSOS DE MESTRADO E DOUTORADO EM RECURSOS BIOLÓGICOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA AMBIENTAL: CURSOS DE MESTRADO E DOUTORADO EM RECURSOS BIOLÓGICOS DA ZONA COSTEIRA AMAZÔNICA ATRIBUTOS ESTRUTURAIS E FENOLOGIA DOS MANGUEZAIS

Leia mais

Professora Leonilda Brandão da Silva

Professora Leonilda Brandão da Silva COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY E.M.P. TERRA BOA - PARANÁ Professora Leonilda Brandão da Silva E-mail: leonildabrandaosilva@gmail.com http://professoraleonilda.wordpress.com/ PROBLEMATIZAÇÃO Como você acha

Leia mais

RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS PARA ESTIMATIVA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DA BAIA DE BABITONGA POR INTERPRETAÇÃO DE AEROFOTOGRAFIAS

RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS PARA ESTIMATIVA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DA BAIA DE BABITONGA POR INTERPRETAÇÃO DE AEROFOTOGRAFIAS RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS PARA ESTIMATIVA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DA BAIA DE BABITONGA POR INTERPRETAÇÃO DE AEROFOTOGRAFIAS BEATRIZ WESTPHALEN-POMIANOSKI 1*, ANDRÉA LUIZA LOPES 1, CLEBERSON DE LIMA MENDES

Leia mais

Exercitando Ciências Tema Ecossistemas Brasileiros. (Terrestres, Litorâneos e de Transição)

Exercitando Ciências Tema Ecossistemas Brasileiros. (Terrestres, Litorâneos e de Transição) Exercitando Ciências Tema Ecossistemas Brasileiros (Terrestres, Litorâneos e de Transição) Esta lista de exercícios aborda os seguintes ecossistemas: Pantanal, Mata de Araucárias Mata Atlântica, Cerrado,

Leia mais

COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DA FLORESTA SECUNDÁRIA EM UM PERÍMETRO URBANO, BELÉM-PA

COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DA FLORESTA SECUNDÁRIA EM UM PERÍMETRO URBANO, BELÉM-PA COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DA FLORESTA SECUNDÁRIA EM UM PERÍMETRO URBANO, BELÉM-PA Lucas Guimarães Pereira 1, Caio Felipe Almeida Rodrigues 2, Aryane Rafaela Monteiro Rodrigues 3, Ademir Roberto

Leia mais

LAMA DE PRAIA CASSINO

LAMA DE PRAIA CASSINO LAMA DE PRAIA CASSINO Publicado no site em 18/09/2014 Euripedes Falcão Vieira* Os estuários são áreas de intensa movimentação de sedimentos produzidas pelas correntes que nelas atuam. A natureza dos sedimentos,

Leia mais

SER300 Introdução ao geoprocessamento

SER300 Introdução ao geoprocessamento SER300 Introdução ao geoprocessamento Uso de técnicas de sensoriamento remoto e SIG para a análise das mudanças na cobertura do manguezal e o crescimento populacional na Baia de Guanabara, Rio de Janeiro

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DA ESPÉCIE Qualea paraensis Ducke EM FRAGMENTO DE FLORESTA OMBRÓFILA ABERTA NO MUNICÍPIO DE ROLIM DE MOURA, RO

CARACTERIZAÇÃO DA ESPÉCIE Qualea paraensis Ducke EM FRAGMENTO DE FLORESTA OMBRÓFILA ABERTA NO MUNICÍPIO DE ROLIM DE MOURA, RO CARACTERIZAÇÃO DA ESPÉCIE Qualea paraensis Ducke EM FRAGMENTO DE FLORESTA OMBRÓFILA ABERTA NO MUNICÍPIO DE ROLIM DE MOURA, RO Raquel Helena Felberg Jacobsen 1 ; Marta Silvana Volpato Sccoti 2 ; Everton

Leia mais

Efeito de estratégias de manejo em plantio de eucalipto sobre a ocorrência de aves. Camila Cristiane Isabella

Efeito de estratégias de manejo em plantio de eucalipto sobre a ocorrência de aves. Camila Cristiane Isabella Efeito de estratégias de manejo em plantio de eucalipto sobre a ocorrência de aves Camila Cristiane Isabella Introdução Matriz: Área heterogênea Unidades de não-habitat que apresentam condições mais ou

Leia mais

AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA TRILHA DE VISITAÇÃO DO PARQUE ESTADUAL MATA SÃO FRANCISCO SOBRE PARÂMETROS POPULACIONAIS DE Sorocea bonplandii (Moraceae)

AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA TRILHA DE VISITAÇÃO DO PARQUE ESTADUAL MATA SÃO FRANCISCO SOBRE PARÂMETROS POPULACIONAIS DE Sorocea bonplandii (Moraceae) 1 1. IDENTIFICAÇÃO: 1.1 RELATÓRIO: SEMESTRAL/PARCIAL ( ) FINAL/CONCLUSÃO (X ) 1.2 NOME DO BOLSISTA: Thiago Raphael Felipe de Araújo 1.3 NOME DO ORIENTADOR: Cristiano Medri 1.4 TÍTULO DO PROJETO AVALIAÇÃO

Leia mais

VEGETAÇÃO BRASILEIRA. DIVIDE-SE EM: 1) Formações florestais ou arbóreas 2) Formações arbustivas e herbáceas 3) Formações complexas e litorâneas

VEGETAÇÃO BRASILEIRA. DIVIDE-SE EM: 1) Formações florestais ou arbóreas 2) Formações arbustivas e herbáceas 3) Formações complexas e litorâneas VEGETAÇÃO BRASILEIRA DIVIDE-SE EM: 1) Formações florestais ou arbóreas 2) Formações arbustivas e herbáceas 3) Formações complexas e litorâneas Floresta Amazônica ou Equatorial Características: Latifoliada,

Leia mais

Estudo 4 - Oportunidades de Negócios em Segmentos Produtivos Nacionais

Estudo 4 - Oportunidades de Negócios em Segmentos Produtivos Nacionais Centro de Gestão e Estudos Estratégicos Ciência, Tecnologia e Inovação Prospecção Tecnológica Mudança do Clima Estudo 4 - Oportunidades de Negócios em Segmentos Produtivos Nacionais Giselda Durigan Instituto

Leia mais

ANÁLISE POPULACIONAL DO BAIACU, COLOMESUS PSITTACUS (TETRAODONTIFORMES, TETRAODONTIDAE), NO ESTUÁRIO O RIO CAETÉ, COSTA NORTE DO BRASIL

ANÁLISE POPULACIONAL DO BAIACU, COLOMESUS PSITTACUS (TETRAODONTIFORMES, TETRAODONTIDAE), NO ESTUÁRIO O RIO CAETÉ, COSTA NORTE DO BRASIL UAKARI, v.4, n.1, p. 23-28, jul.2008 ANÁLISE POPULACIONAL DO BAIACU, COLOMESUS PSITTACUS (TETRAODONTIFORMES, TETRAODONTIDAE), NO ESTUÁRIO O RIO CAETÉ, COSTA NORTE DO BRASIL Mauricio Camargo¹,² Thyago Maia

Leia mais

VARIAÇÃO DA TEMPERATURA E UMIDADE DO AR, NO MUNICÍPIO DE BRAGANÇA/PA, COM POSSÍVEL INFLUÊNCIA DE EL NIÑO RESUMO INTRODUÇÃO METODOLOGIA

VARIAÇÃO DA TEMPERATURA E UMIDADE DO AR, NO MUNICÍPIO DE BRAGANÇA/PA, COM POSSÍVEL INFLUÊNCIA DE EL NIÑO RESUMO INTRODUÇÃO METODOLOGIA VARIAÇÃO DA TEMPERATURA E UMIDADE DO AR, NO MUNICÍPIO DE BRAGANÇA/PA, COM POSSÍVEL INFLUÊNCIA DE EL NIÑO James Adryani Avelar de JESUS 1, Antonio Carlos Lôla da COSTA 2 RESUMO Este trabalho tem como objetivo

Leia mais

Projetos Intervales. Modificado de:

Projetos Intervales. Modificado de: Projetos Intervales Modificado de: http://www.geografia.fflch.usp.br/mapas/atlas_intervales/oparque.html 1. Diversidade do estrato herbáceo em diferentes fitofisionomias do Parque Estadual de Intervales,

Leia mais

Ecossistemas Costeiros

Ecossistemas Costeiros Ecossistemas Costeiros ECOSSISTEMAS Ecossistema (grego oikos (οἶκος), casa + systema (σύστημα), sistema: sistema onde se vive) designa o conjunto formado por todas as comunidades que vivem e interagem

Leia mais

Ajustes de modelos matemáticos para a estimativa de nitrogênio em Anadenanthera colubrina var. cebil (Griseb.) Altschul, Floresta-PE

Ajustes de modelos matemáticos para a estimativa de nitrogênio em Anadenanthera colubrina var. cebil (Griseb.) Altschul, Floresta-PE http://dx.doi.org/10.12702/viii.simposfloresta.2014.21-522-1 Ajustes de modelos matemáticos para a estimativa de nitrogênio em Anadenanthera colubrina var. cebil (Griseb.) Altschul, Floresta-PE Michelle

Leia mais

Cadeia Produtiva da Silvicultura

Cadeia Produtiva da Silvicultura Cadeia Produtiva da Silvicultura Silvicultura É a atividade que se ocupa do estabelecimento, do desenvolvimento e da reprodução de florestas, visando a múltiplas aplicações, tais como: a produção de madeira,

Leia mais

Variação estrutural em florestas de mangue do estuário do rio Itabapoana, ES-RJ

Variação estrutural em florestas de mangue do estuário do rio Itabapoana, ES-RJ Biotemas, 23 (1): 49-60, março de 2010 ISSN 0103 1643 Variação estrutural em florestas de mangue do estuário do rio Itabapoana, ES-RJ Elaine Bernini* Carlos Eduardo Rezende Universidade Estadual do Norte

Leia mais

Biomas brasileiros: Florestas

Biomas brasileiros: Florestas Biomas brasileiros: Florestas Prof Jéssica Macedo Ciências 2019 Os biomas florestados do Brasil Os biomas brasileiros que apresentam grandes áreas com predominância de algum tipo de floresta são: a Floresta

Leia mais

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Embrapa Amazônia Oriental Belém, PA 2015 MORFOMETRIA DE SEMENTES DE FAVA DE ROSCA

Leia mais

Assunto: Diâmetro. Estatísticas associadas ao diâmetro. 3. Diâmetro equivalente (deq)

Assunto: Diâmetro. Estatísticas associadas ao diâmetro. 3. Diâmetro equivalente (deq) Estatísticas associadas ao diâmetro 3. Diâmetro equivalente (deq) Ø Tem uma aplicação grande para inventário de nativas. Principalmente quando se tem a árvore com diferentes fustes. Ø E denominado as vezes

Leia mais

Fatores de transferência solo-planta de radionuclídeos em manguezais do Estado de Pernambuco, Brasil

Fatores de transferência solo-planta de radionuclídeos em manguezais do Estado de Pernambuco, Brasil Fatores de transferência solo-planta de radionuclídeos em manguezais do Estado de Pernambuco, Brasil J.D.S. De Paiva; E. J. De França Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste, CEP: 50730-120,

Leia mais

Densidade e estrutura populacional do caranguejo-uçá, Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) na Reserva Extrativista Marinha de Tracuateua, Pará, Brasil

Densidade e estrutura populacional do caranguejo-uçá, Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) na Reserva Extrativista Marinha de Tracuateua, Pará, Brasil ARTIGO DOI: http://dx.doi.org/1.18561/2179-5746/biotaamazonia.v6n2p86-92 Densidade e estrutura populacional do caranguejo-uçá, Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) na Reserva Extrativista Marinha de Tracuateua,

Leia mais

RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS PARA ESTIMATIVA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DA BAIA DE BABITONGA POR INTERPRETAÇÃO DE AEROFOTOGRAFIAS

RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS PARA ESTIMATIVA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DA BAIA DE BABITONGA POR INTERPRETAÇÃO DE AEROFOTOGRAFIAS RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS PARA ESTIMATIVA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DA BAIA DE BABITONGA POR INTERPRETAÇÃO DE AEROFOTOGRAFIAS Beatriz WESTPHALEN-POMIANOSKI 1, Andréa Luiza LOPES 1, Cleberson de Lima MENDES

Leia mais

UAKARI EFEITO DA CONSTRUÇÃO DA RODOVIA PA-458 SOBRE AS FLORESTAS DE MANGUE DA PENÍNSULA BRAGANTINA, BRAGANÇA, PARÁ, BRASIL RESUMO PALAVRAS-CHAVE

UAKARI EFEITO DA CONSTRUÇÃO DA RODOVIA PA-458 SOBRE AS FLORESTAS DE MANGUE DA PENÍNSULA BRAGANTINA, BRAGANÇA, PARÁ, BRASIL RESUMO PALAVRAS-CHAVE EFEITO DA CONSTRUÇÃO DA RODOVIA PA-458 SOBRE AS FLORESTAS DE MANGUE DA PENÍNSULA BRAGANTINA, BRAGANÇA, PARÁ, BRASIL Marcus E. B. Fernandes 1,2, Jairo S. Fernandes 2, Janice Muriel-Cunha 1, Waldelice R.

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA DE FRUTOS E SEMENTES DE CUPUAÇU EM DOIS CULTIVOS NO MUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA, MT. Seção temática: Ecologia e Botânica

CARACTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA DE FRUTOS E SEMENTES DE CUPUAÇU EM DOIS CULTIVOS NO MUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA, MT. Seção temática: Ecologia e Botânica CARACTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA DE FRUTOS E SEMENTES DE CUPUAÇU EM DOIS CULTIVOS NO MUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA, MT RAMALHO 1, Aline Bueno; MULLER 2, Kelli Evelin; SILVA 2, Elizeu David; MORENO 2, Eliane Cristina;

Leia mais

Anais do Seminário de Bolsistas de Pós-Graduação da Embrapa Amazônia Ocidental

Anais do Seminário de Bolsistas de Pós-Graduação da Embrapa Amazônia Ocidental Anais do Seminário de Bolsistas de Pós-Graduação da Embrapa Amazônia Ocidental Anais do Seminário de Bolsistas de Pós-Graduação da Embrapa Amazônia Ocidental Análise do Padrão de Distribuição Espacial

Leia mais

Resumo Público do Plano de Manejo Florestal da Fazenda Citróleo

Resumo Público do Plano de Manejo Florestal da Fazenda Citróleo Resumo Público do Plano de Manejo Florestal da Fazenda Citróleo CITRÓLEO INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ÓLEOS ESSECIAIS LTDA FAZENDA CITRÓLEO BAIRRO TRES PINHEIROS CEP 37.443-000 BAEPENDI / MG CNPJ 51.527.190/0002-11

Leia mais

Técnicas e instrumentos de medição de árvores

Técnicas e instrumentos de medição de árvores Técnicas e instrumentos de medição de árvores A técnica de medição de árvores individualmente é denominada de dendrometria, palavra derivada dos vocábulos gregos dendron e metria, que significam, respectivamente,

Leia mais

TÍTULO: EFEITOS DA ACÃO ANTRÓPICA NO MANGUE DO ARAÇA (SÃO SEBASTIÃO SP) SOBRE A POPULAÇÃO DO CRUSTÁCEO: LIGIA OCEANICA (LINNAEUS, 1767).

TÍTULO: EFEITOS DA ACÃO ANTRÓPICA NO MANGUE DO ARAÇA (SÃO SEBASTIÃO SP) SOBRE A POPULAÇÃO DO CRUSTÁCEO: LIGIA OCEANICA (LINNAEUS, 1767). TÍTULO: EFEITOS DA ACÃO ANTRÓPICA NO MANGUE DO ARAÇA (SÃO SEBASTIÃO SP) SOBRE A POPULAÇÃO DO CRUSTÁCEO: LIGIA OCEANICA (LINNAEUS, 1767). CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA:

Leia mais

LCF 5865 Silvicultura Urbana Prof.Dr. Demóstenes Ferreira da Silva Filho Aluna: Yukie Kabashima

LCF 5865 Silvicultura Urbana Prof.Dr. Demóstenes Ferreira da Silva Filho Aluna: Yukie Kabashima Effect of visitors pressure on soil and vegetation in several different micro-environments in urban parks in Tel Aviv Pariente Sarah, Helena M. Zhevelev ScienceDirect Landscape and Urban Planning LCF 5865

Leia mais

Rumo ao REDD+ Jurisdicional:

Rumo ao REDD+ Jurisdicional: Rumo ao REDD+ Jurisdicional: Pesquisa, Análises e Recomendações ao Programa de Incentivos aos Serviços Ambientais do Acre (ISA Carbono) Pesquisa, Análises e Recomendações 11 Figura 1. Zonas

Leia mais

TIPOS DE VEGETAÇÃO E OS BIOMAS BRASILEIROS. Profº Gustavo Silva de Souza

TIPOS DE VEGETAÇÃO E OS BIOMAS BRASILEIROS. Profº Gustavo Silva de Souza TIPOS DE VEGETAÇÃO E OS BIOMAS BRASILEIROS Profº Gustavo Silva de Souza Os Biomas Brasileiros O Brasil possui grande diversidade climática e por isso apresenta várias formações vegetais. Tem desde densas

Leia mais

ARTIGO COM APRESENTAÇÃO ORAL - GEOPROCESSAMENTO

ARTIGO COM APRESENTAÇÃO ORAL - GEOPROCESSAMENTO ARTIGO COM APRESENTAÇÃO ORAL - GEOPROCESSAMENTO ANÁLISE DA DINÂMICA TEMPORAL DE USO DO SOLO NO MUNICÍPIO DE BONITO PA UTILIZANDO O MÉTODO DE CLASSIFICAÇÃO MAXVER. SAMYA UCHÔA BORDALLO, EDSON JOSÉ NEVES

Leia mais

Comunidades Vegetais

Comunidades Vegetais Aula 3-2017 Comunidades Vegetais LCB 0217 ECOLOGIA DE COMUNIDADES Departamento de Ciências Biológicas ESALQ/USP Prof. Sergius Gandolfi & Prof. Flávio B. Gandara Caracterização da Vegetação A - LEVANTAMENTO

Leia mais

AVALIAÇÃO DE ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO NAS FAZENDAS BARRA LONGA E CANHAMBOLA

AVALIAÇÃO DE ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO NAS FAZENDAS BARRA LONGA E CANHAMBOLA CEDOC 47.412 CONSULTA PÚBLICA AVALIAÇÃO DE ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO NAS FAZENDAS BARRA LONGA E CANHAMBOLA RESUMO EXECUTIVO 2018 ÍNDICE 1. APRESENTAÇÃO... 2 2. DURATEX FLORESTAL LTDA... 2 3. CERTIFICAÇÃO

Leia mais

LISTA DE FIGURAS Figura 1. Área de estudo constituída pelo lago Jaitêua e sua réplica, o lago São Lourenço, Manacapuru, Amazonas, Brasil...

LISTA DE FIGURAS Figura 1. Área de estudo constituída pelo lago Jaitêua e sua réplica, o lago São Lourenço, Manacapuru, Amazonas, Brasil... LISTA DE FIGURAS Figura 1. Área de estudo constituída pelo lago Jaitêua e sua réplica, o lago São Lourenço, Manacapuru, Amazonas, Brasil...21 Figura 2. Abundância relativa das ordens de peixes coletadas

Leia mais

ANÁLISE FUNCIONAL DA PRODUÇÃO E ESTOCAGEM DE SERAPILHEIRA NO MACIÇO DA PEDRA BRANCA, RJ. Dados preliminares

ANÁLISE FUNCIONAL DA PRODUÇÃO E ESTOCAGEM DE SERAPILHEIRA NO MACIÇO DA PEDRA BRANCA, RJ. Dados preliminares ANÁLISE FUNCIONAL DA PRODUÇÃO E ESTOCAGEM DE SERAPILHEIRA NO MACIÇO DA PEDRA BRANCA, RJ. Dados preliminares Aluno: Maxwell Maranhão de Sousa Orientadora: Rita de Cássia Martins Montezuma Co-Orientador:

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre. Processo de Seleção de Mestrado 2015 Questões Gerais de Ecologia

Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre. Processo de Seleção de Mestrado 2015 Questões Gerais de Ecologia Questões Gerais de Ecologia a. Leia atentamente as questões e responda apenas 3 (três) delas. identidade (RG) e o número da questão. 1. Como a teoria de nicho pode ser aplicada à Biologia da Conservação?

Leia mais

Disciplina: BI63 B ECOSSISTEMAS

Disciplina: BI63 B ECOSSISTEMAS Curso de Graduação em Engenharia Ambiental Disciplina: BI63 B ECOSSISTEMAS Profa. Patrícia C. Lobo Faria http://paginapessoal.utfpr.edu.br/patricialobo Conteúdo da aula: Obtenção de dados sobre populações

Leia mais