INTERAÇÃO ENTRE A POPULAÇÃO DE Ucides cordatus (LINNAEUS, 1763) E A VEGETAÇÃO ARBÓREA DOS MANGUEZAIS NO MUNICÍPIO DE COLARES-PARÁ

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BRAGANÇA INSTITUTO DE ESTUDOS COSTEIROS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA AMBIENTAL MESTRADO EM ECOLOGIA DE ECOSSISTEMAS COSTEIROS E ESTUARINOS INTERAÇÃO ENTRE A POPULAÇÃO DE Ucides cordatus (LINNAEUS, 1763) E A VEGETAÇÃO ARBÓREA DOS MANGUEZAIS NO MUNICÍPIO DE COLARES-PARÁ NÁDIA MAGALHÃES DA SILVA BRAGANÇA PA 2013

2 i NÁDIA MAGALHÃES DA SILVA INTERAÇÃO ENTRE A POPULAÇÃO DE Ucides cordatus (LINNAEUS, 1763) E VEGETAÇÃO ARBÓREA DOS MANGUEZAIS NO MUNICÍPIO DE COLARES-PARÁ Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Biologia Ambiental: Mestrado em Ecologia de Ecossistemas Costeiros e Estuarinos, da Universidade Federal do Pará, Campus Universitário de Bragança, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Biologia Ambiental. Dr. Marcus Emanuel Barroncas Fernandes Orientador BRAGANÇA-PA 2013

3 ii NÁDIA MAGALHÃES DA SILVA INTERAÇÃO ENTRE A POPULAÇÃO DE Ucides cordatus (LINNAEUS, 1763) E VEGETAÇÃO ARBÓREA DOS MANGUEZAIS NO MUNICÍPIO DE COLARES-PARÁ Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Biologia Ambiental: Mestrado em Ecologia de Ecossistemas Costeiros e Estuarinos, da Universidade Federal do Pará, Campus Universitário de Bragança, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Biologia Ambiental. Aprovado em: / / BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Marcus Emanuel Barroncas Fernandes (Orientador) Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança - UFPA Profª. Dra. Marivana Borges Monteiro (Titular) Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança - UFPA Profª. Dra. Moirah Paula Machado de Menezes (Titular) Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança - UFPA Prof Dr. Fernando Araújo Abrunhosa (Titular) Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança - UFPA Profª. Dra. Erneida Araujo Coelho (Suplente) Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança - UFPA Orientador: Dr. Marcus E. B. Fernandes BRAGANÇA-PA 2013

4 iii AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus pelas bênçãos alcançadas durante esses dois anos, sem as quais a finalização deste aprendizado não seria realidade. Agradeço ao programa de pós-graduação em biologia ambiental pela oportunidade de realização do mestrado e ao prof. Dr. Marcus Fernandes por aceitar me orientar. Agradeço a minha família por toda ajuda e suporte em momentos difíceis e críticos, que sempre me ouviram quando precisava desabafar algum empecilho, mas que sempre me davam conselhos que me estimulavam a prosseguir. Obrigada Pai por ter me ajudado a me manter morando fora de casa enquanto eu não tinha bolsa, eu sei que não deve ter sido uma tarefa fácil. Obrigada Mãe, por sempre me receber de volta em casa nos meus momentos de carência. Obrigada Tia Vani por abrir as portas da sua casa para que eu pudesse ter um ambiente maravilhoso para concluir este trabalho, esta temporada em sua casa com certeza foi muito proveitosa. Obrigada aqueles que de alguma forma puderam contribuir para que eu prosseguisse e chegasse até este momento: Tia Aureni (sem a internet e a Sofia para me alegrar seria impossível), Aline (me ajudou muito nas referencias), Deusilene (me deu muita bronca, mas eu escutei), D. auricélia e D. Nenem ( sempre me dando incentivo nos meus estudos) e se eu esqueci de alguém me perdoe saiba que meu coração está agradecido e eu saberei retribuir! Agradeço profundamente à minha equipe de campo, sem eles a realização deste trabalho seria impossível: obrigada Augusto Rodrigo, Marcos Leonam, Robert Diego e Tony Marcos. Meninos, vocês foram fundamentais nesta etapa da minha vida e palavras não descrevem o quanto eu sou grata a vocês, pois as dificuldades na etapa de campo em um trabalho como este exigem muita consideração daqueles que te ajudam para suportar tudo o que vocês suportaram apenas pela amizade. Agradeço meus colegas de mestrado que durante as aulas ou fora delas me proporcionaram muitas risadas, alegrias e acima de tudo muitas amizades: Carolina Melo (ganhei uma grande amiga), Lenita (sempre que nos encontrávamos era uma alegria para mim), Priscila (uma pessoa maravilhosa), Emarielle (sem palavras para descrever essa maluca), Rafael Simão (um amor de pessoa que está sempre disposta a ajudar), Paola (me recebeu muito bem em sua casa), Paulo, Rubenilson, Ezequias, vocês estarão sempre no meu coração. Obrigada também Rafaela Simão que mesmo não sendo da minha turma compartilhou comigo momentos bons e ruins, além de me dar abrigo no momento em que precisei. Agradeço meus amigos Paulo e Melina, por serem de certa forma a minha família no tempo em que residi em Bragança e por sempre buscarem cultivar nossa amizade. Obrigada também Dulcy (moça) por sua amizade e me aturar enquanto eu falava tudo para você e sempre me ajudar quando eu precisei. Agradeço aos profs da pós-graduação por todos os ensinamentos repassados, em especial aos profs Dr. Nils Asp e Dr. Colin Beasley, sempre que precisei vocês me ouviram, ajudaram e acima de tudo me ensinaram coisas que vou levar para sempre seja na vida acadêmica ou pessoal, obrigada queridos! Agradeço a Wilton Junior, meu namorado, amigo, companheiro de todas as horas, que nunca me deixou padecer e é o meu maior incentivador em tudo que faço! Obrigada meu amor!

5 Finalmente agradeço ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) pela concessão da bolsa, sem a qual a concretização deste mestrado seria impossível para mim. iv

6 v RESUMO O presente trabalho teve como objetivo avaliar a interação do caranguejo-uçá, Ucides cordatus, com a distribuição das espécies arbórea de mangue no município de Colares, Estado do Pará. O trabalho de campo foi realizado em cinco sítios de trabalho com intervalo de distância de no mínimo 3 km. A vegetação foi avaliada em nível de gênero e seus atributos estruturais mensurados. A densidade do caranguejo-uçá foi estimada através da: contagem de galerias (CG) e captura de indivíduos (CI). Atributos biométricos como Peso (P) e Largura da carapaça (LC) foram mensurados para todos os indivíduos capturados em todos os sítios. Na área estudada foram encontradas dois gêneros de mangue Rhizophora e Avicennia, sendo que a primeira predominou na paisagem do local. Os bosques podem ser considerados em sua maioria maduros e o recrutamento de indivíduos jovens evidencia um processo de regeneração natural. A densidade (De) estimada pelo método CG (ANOVA; F=19,53; gl=4; p<0,001) e CI (H=35,31; gl=4; p< 0,001) variaram significativamente entre os sítios, assim como a largura da carapaça (LC) (ANOVA; F=2.97; gl=4; p=0.02). A maioria dos exemplares capturados era do sexo feminino; contudo os de maior porte eram do sexo masculino. Os animais de maior porte foram encontrados nos sítios #05, #02 e #01, em ordem decrescente, onde o acesso é mais difícil e este crustáceo é pouco explorado. A comparação entre os métodos de amostragem da densidade do caranguejo-uçá indicou que o método baseado na captura dos indivíduos é o mais eficiente do que aquele baseado na contagem das galerias. A análise de correlação mostrou que a densidade de caranguejos apresentou relação com a estrutura dos bosques e as áreas onde Rhizophora foi predominante apresentaram as maiores densidades. Em três dos cinco sítios de trabalho (sítios #01, #02 e #05) tamanho dos indivíduos de U. cordatus teve média de 6,3 cm, 6,6 cm, e 6,4 cm, respectivamente. Isto pode indicar que a região de Colares apresenta potencial extrativo imediato do caranguejo-uçá, haja vista o tamanho dos indivíduos ser adequado à regulamentação do tamanho mínimo estipulado pela Portaria do IBAMA Nº.034/03-N (24/06/2003). Assim, o presente estudo visa contribuir com as pesquisas já realizadas nos manguezais do Norte do Brasil, disponibilizando informações que possam subsidiar ações de conservação e preservação dessa espécie comercial, bem como aquelas que promovam o manejo e a manutenção dos manguezais dessa região. Palavras-chave: atributos estruturais, Ucides cordatus, métodos de amostragem, potencial extrativo, Colares, Pará.

7 vi ABSTRACT This study aimed to evaluate the interaction of the mangrove crab, Ucides cordatus, with the distribution of the tree mangrove species in the municipality of Colares, state of Pará. Fieldwork was carried out at five study sites with interval distance of at least 3 km. Vegetation was evaluated at genus level and its structural attributes measured. The density of the mangrove crab was estimated by: counting galleries (CG) and the capture of individuals (CI). Biometric attributes like weight (Wg) and width (Wd) were measured for all individuals captured at all sites. In the study area were found two genera of mangrove trees, Rhizophora and Avicennia, the first was predominant in the local landscape. Most of stands can be considered mature and the recruitment of young individuals shows a process of natural regeneration. The density (De) estimated by the method CG (ANOVA; F = 19.53, df=4, p <0.001) and CI (H=35.31, df=4, p<0.001) varied significantly among sites, as well as the carapace width (CW) (ANOVA; F=2.97, df=4, p=0.02). Most of specimens captured were females; nevertheless the larger animals were males. The larger specimens were recorded at sites #05, #02 e #01, in descending order, where access is more difficult and this crustacean is less explored. The comparison between the sampling methods for mangrove crab s density indicated that the method by the capture of individuals is more efficient than that based on the counting of the galleries. Correlation analysis showed that the density of crabs was related to the structure of the forests, and areas where Rhizophora was predominant showed the highest densities. In three of the five study sites (sites # 01, # 02, and # 05) individual size of U. cordatus averaged 6.3 cm, 6.6 cm and 6.4 cm, respectively. This may indicate that the region of Colares has immediate potential extractive of the mangrove crab, considering the size of the individuals to be appropriate to the regulation of the minimum size stipulated by the Ordinance of IBAMA No.034/03-N (24/06/2003). Thus, the present study aims to contribute to the research already undertaken in the mangroves of northern Brazil, providing information that can support conservation actions and preservation of this commercial species, as well as those that promote the maintenance and management of mangroves in this region. Key words: structural attributes, Ucides cordatus, sampling methods, potential extractive, Colares, Pará.

8 vii LISTA DE FIGURAS Figura 1. A) Mapa do Brasil com ênfase para a Costa Norte; B) Costa Norte com ênfase para a Ilha de Colares e C) Localização dos sítios de trabalho no município de Colares, Estado do Pará. Imagem LANDSAT 5 TM...18 Figura 2. Altura média (m) das árvores de Rhizophora mangle e Avicennia germinans nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará...23 Figura 3. DAP médio (cm) das árvores de Rhizophora mangle e Avicennia germinans nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares,Pará...23 Figura 4. Frequência relativa (%) das árvores de Rhizophora mangle e Avicennia germinans nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará...24 Figura 5. Densidade relativa (%) das árvores de Rhizophora mangle e Avicennia germinans nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará...24 Figura 6. Dominância relativa (%) das árvores de Rhizophora mangle e Avicennia germinans nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará...25 Figura 7. Valor de importância das árvores de Rhizophora mangle e Avicennia germinans nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará...25 Figura 8. Médias da biomassa do caranguejo Ucides cordatus nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará...31 Figura 9. Médias da largura da carapaça do caranguejo Ucides cordatus nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará...31 Figura 10. Médias do peso do caranguejo Ucides cordatus nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará...32 Figura 11. Médias da densidade do caranguejo Ucides cordatus nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará...33 Figura 12. Gráficos da correlação entre a Densidade Rhizophora mangle e a Densidade de Ucides cordatus nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará...35 Figura 13. Gráficos da correlação entre a Dominância de Rhizophora mangle e a Densidade de Ucides cordatus nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará...36

9 Figura 14. Gráficos da correlação entre a Densidade de Avicennia germinans e a Densidade de Ucides cordatus nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará...37 viii Figura 15. Gráficos da correlação entre a Dominância de Avicennia germinans e a Densidade de Ucides cordatus nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará...38 Figura 16. Gráficos da correlação entre a Densidade de Rhizophora mangle e a Largura da carapaça de Ucides cordatus nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará...40 Figura 17. Gráficos da correlação entre a Dominância de Rhizophora mangle e a Largura da carapaça de Ucides cordatus nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará...41 Figura 18. Gráficos da correlação entre a Densidade de Avicennia germinans e a Largura da carapaça de Ucides cordatus nos sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará...42 Figura 19. Gráficos da correlação entre a dominância de Avicennia germinans e a largura da carapaça de Ucides Cordatus nos sítios de trabalho...43

10 ix LISTA DE TABELAS Tabela 1- Valores médios e percentuais dos atributos estruturais de Rhizophora mangle e Avicennia germinans para cinco sítios no município de Colares, Pará...26 Tabela 2. Resultados dos testes de regressão linear com diferenças significativas entre os atributos estruturais de Rhizophora mangle e Avicennia germinans nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará...29 Tabela 3. Relação entre a população de Machos e Fêmeas de Ucides cordatus nos cinco sítios de trabalho, no município de Colares, Pará...30 Tabela 4. Correlação Linear (CL) entre as variáveis Densidade e Dominância de árvores de Rhizophora mangle e Avicennia germinans e a Densidade do caranguejo-uçá (Ucides cordatus) nos cinco sítios de trabalho, no município de Colares, Pará...34 Tabela 5. Correlação Linear (CL) entre as variáveis Densidade e Dominância de árvores de Rhizophora mangle e Avicennia germinans e a Largura da carapaça do caranguejo-uçá (Ucides cordatus) nos cinco sítios de trabalho, no município de Colares, Pará...39

11 x SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO Os manguezais A fauna dos manguezais O caranguejo-uçá, Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) Caranguejo-uçá x Vegetação Importância socioeconômica dos manguezais OBJETIVOS Objetivo geral Objetivos específicos METODOLOGIA Área de estudo Procedimentos de campo Estudo da vegetação Estudo do caranguejo-uçá Análise de dados RESULTADOS Estudo da vegetação Caranguejo Ucides cordatus Interação caranguejo-uçá x vegetação arbórea do manguezal DISCUSSÃO CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 53

12 11 1. INTRODUÇÃO 1.1. Os manguezais Manguezal é um ecossistema costeiro, estabelecido na transição entre o ambiente terrestre e marinho, característico de regiões tropicais e subtropicais sujeito ao regime de marés. Neste ambiente são encontradas espécies vegetais que compartilham características fisiológicas e adaptações especiais para ocupar ambientes que são periodicamente inundados, salinos, com substratos inconsolidados e pouco oxigenados (SCHAEFFER- NOVELLI, 1995; SCHAEFFER- NOVELLI et al., 2000). Segundo Spalding et al. (2010), existe aproximadamente Km 2 de áreas de manguezais distribuídos no planeta, sendo a maioria encontrada no sudeste da Ásia. No Brasil, encontra-se 8,5% das áreas de manguezal no mundo, o que corresponde a cerca de Km 2, sendo a segunda maior área em extensão, ficando atrás apenas da Indonésia com aproximadamente Km 2. As florestas de mangue podem crescer algumas dezenas de metros em altura, no entanto, há registros de árvores com mais de 60 metros de altura localizadas no litoral do Equador, sendo considerados os mangues mais altos do mundo (VANNUCCI, 2002). Em geral, a vegetação é composta por diversas espécies, o que de acordo com Duke (1998), há registro de 28 gêneros, sendo 17 exclusivos e 70 espécies distribuídas por todo o mundo. A presença e domínio de uma dada espécie de mangue em uma determinada área irão depender das condições locais, fatores como condições de umidade, composição do solo, salinidade e temperatura, as quais estão diretamente relacionadas à distribuição dessas espécies. Tais condições ambientais e a sua variabilidade em clima, geomorfologia, fatores edáficos, marés, idade e o histórico também refletem sobre as características estruturais dessas espécies de mangue (Soares, 2005) A vegetação típica de manguezal geralmente é encontrada em áreas de altas salinidades, a espécie Avicennia marina (Forsk.) Vierh, por exemplo, domina em manguezais onde a salinidade das águas pode chegar até 44 (VANNUCCI, 2002). A mesma autora também relata que algumas espécies de mangue também são

13 12 encontradas em locais com valores de salinidade muito baixos, com grande aporte de água doce, como é o caso da espécie Excoecaria agallocha e o gênero Heritiera, as quais são típicas dos manguezais de Bangladesh e na índia. Nas Américas, as espécies dominantes freqüentemente são dos gêneros Rhizophora, Avicennia e Laguncularia. A costa da Amazônia brasileira é dominada por Rhizophora, sendo distribuídas ao longo desta região as espécies Rhizophora mangle L., R. racemosa G.F.W. Meyer, R. harrisonii Leechman, Avicennia germinans (L.) Stearn, A. schaueriana Stapf e Leechman ex. Moldenke e Laguncularia racemosa (L.) Gaertn f. (MENEZES et al., 2008; ABREU et al., 2007). Os manguezais desenvolvem-se em locais de baixa declividade e baixa energia, por esta razão o solo deste sistema é caracterizado por partículas finas (silte e argila), havendo também grandes quantidades de matéria orgânica e sais solúveis (CINTRÓN & SCHAEFFER-NOVELLI,1983). Além da granulometria, a química do solo também é importante para o desenvolvimento dos manguezais (JOSHI & JAMALE, 1975; PATTERSON & MENDELSOHN, 1991). Esses mesmos autores acrescentam que os cátions de magnésio, potássio e cálcio são conhecidos como os mais importantes na ecofisiologia de plantas, influenciando significativamente na estrutura das árvores de mangue, sendo que os dois últimos íons são considerados como os prováveis responsáveis pela tolerância das árvores à salinidade. Segundo Prost & Rabelo (1996), os manguezais do nordeste paraense encontram-se numa costa profundamente recortada estando, a maioria, em posição abrigada, protegida por praias e dunas, desenvolvendo-se às margens dos estuários. Ainda de acordo com essas autoras, nesta região os bosques de mangue são dominados pelo gênero Rhizophora, seguido por árvores do gênero Avicennia e da espécie Laguncularia racemosa. As autoras também destacam que os manguezais do nordeste paraense colonizam grandes zonas baixas de acumulação fina (<4 m), cobertas pelas marés altas e, que junto aos canais de maré, o gênero Avicennia ocupa posições ligeiramente mais altas do que as árvores de Rhizophora circundantes.

14 A fauna dos manguezais Nos manguezais são encontradas diversas espécies animais que podem ocorrer em grandes densidades. Nagelkerken et al. (2008), em sua revisão, caracterizaram os principais grupos que utilizam o manguezal em diferentes zonas: i) zonas não inundadas - acima do nível da água, abrigam diversas espécies de pássaros, insetos, mamíferos e répteis, ii) áreas abaixo do nível da água - são habitadas por organismos epibentônicos como tunicatos, esponjas, algas e bivalves, os substratos servem como abrigo para espécies da infauna e epifauna e iii) espaços entre as raízes - abrigam e fornecem alimentos para diversas espécies de crustáceos e peixes. As comunidades pertencentes à macrofauna (ex. gastrópodes, moluscos e braquiúros) são dominantes em muitos manguezais das zonas de intermaré alta, onde não há acesso frequente a alimentos e para outros grupos trófico, e em zonas de intermaré mais baixas, onde a frequência de inundação é bem maior (NAGELKERKEN et al., 2008). De fato, essa fauna age diretamente sobre o material disponível no sedimento, principalmente matéria vegetal, atuando de forma relevante no sistema através dos processos de decomposição da matéria orgânica (HATTORI, 2006). Existem diversas espécies de caranguejos que habitam os manguezais, tais como: Uca spp., Macrophthalmus spp., Metopograpsus spp., Metaplax, Chiromantes spp., Ucides cordatus (Linnaeus, 1763), entre outras (NAGELKERKEN et al., 2008). O caranguejo-uçá U. cordatus é uma das espécies mais estudadas dos manguezais (DIELE, 2005; DIELE & SIMITH, 2006; NORDHAUS (2006, 2009), SIMITH & DIELE, 2008; GOES et al., 2010) são alguns dos vários autores que estudaram esse braquiúro em termos de distribuição, estrutura populacional, pesca, alimentação,dentre outros aspectos O caranguejo-uçá, Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) Ucides cordatus é conhecido popularmente como caranguejo-uçá, catanhão ou caranguejo verdadeiro, além de ser considerado como uma das espécies mais comuns nos manguezais da Costa Atlântica Ocidental, apresentando distribuição

15 14 geográfica desde a Flórida, nos EUA, até Santa Catarina, no Brasil (BRANCO, 1993). Segundo Oliveira (2005), a distribuição do caranguejo-uçá dentro dos manguezais pode ser atribuída às áreas de maior densidade de raízes no sedimento. Além disto, essa espécie de caranguejo parece depender de condições ideais de salinidade para sua sobrevivência. Diele & Simith (2006) mostraram que esses caranguejos exportam suas larvas para águas costeiras, com salinidade mais elevadas (em torno de 30) para obter sucesso no desenvolvimento larval. Caranguejos da espécie U. cordatus habitam regiões influenciadas pelas marés e de supra litoral, em substratos macios. As tocas são construídas por estes organismos abaixo do mais alto nível de maré alta, frequentemente com múltiplas entradas, que se cobrem diariamente, com a elevação de maré. A predominância de espécies cavadoras, como o U. cordatus, proporciona a oxigenação e drenagem do sedimento nos manguezais (Blankensteyn et al., 1997). Alguns estudos relataram diferentes aspectos do comportamento dessa espécie de caranguejo do mangue. Alcântara-Filho (1978), por exemplo, ressaltou que os indivíduos de U. cordatus são altamente territorialistas. Já Nordhaus et al. (2009) evidenciaram um comportamento bastante competitivo em U. cordatus, estudando a disposição das tocas, além disto, esses autores também constataram que a manutenção das tocas foi o segundo comportamento mais frequente destes animais, ficando atrás apenas do comportamento alimentar Caranguejo-uçá x Vegetação Segundo Diele (2000), os maiores exemplares de caranguejo-uçá são encontrados em bosques de Rhizophora podendo ser decorrente da menor influência antrópica nestas áreas, particularmente nas mais internas, que possuem difícil acesso. Além disso, de acordo com Castro, (1986) os indivíduos da espécie U. cordatus se alimentam preferencialmente de Rhizophora mangle e de matéria orgânica em decomposição e suas galerias são aleatoriamente distribuídas, tendo um maior número próximo às raízes da espécie arbórea, o que pode ser justificado pela consistência mole do sedimento nestes arredores, facilitando a perfuração.

16 15 Nos manguezais de Bragança, nordeste do Pará, foi observado que o caranguejo-uçá é responsável por 67% do processo de degradação de folhas senescentes, promovendo a aceleração na ciclagem da matéria orgânica e no fluxo de carbono (SCHORIES et al., 2003). Em virtude de seu grande porte, o caranguejo-uçá é referido como principal componente da macrofauna dos manguezais brasileiros e que o seu hábito alimentar, basicamente herbívoro, ajuda na retenção de nutrientes e energia dentro do ecossistema (KOCH, 1999; NORDHAUS et al., 2006), através do armazenamento nas galerias, consumo de folhas e defecação. Isto resulta, de acordo com Nordhaus (2003), em um impacto significativo do U. cordatus na taxa de renovação da serapilheira. As populações de U. cordatus produzem grandes porções de fezes finamente particuladas, ricas em carbono, nitrogênio e biomassa bacteriana, quando comparadas com o sedimento. A decomposição das folhas de mangue, assim como a remineralização dos nutrientes e a transferência destes para o sedimento, é amplamente acelerada devido ao processamento de folhas pelo caranguejo-uçá. Segundo Middleton & Mckee (2001), a degradação de folhas realizadas no interior das tocas pelo caranguejo-uçá é aproximadamente 2,5 vezes mais rápida do que aquela que ocorre na superfície do solo. Segundo Dittmar & Lara (2001), cerca de 75% da matéria úmida proveniente das folhas na serapilheira do mangue são rapidamente incorporadas ao sedimento devido à ação do caranguejo-uçá, revelando a importância desses crustáceos para os manguezais Importância socioeconômica dos manguezais Do ponto de vista sócio econômico, os manguezais são de suma importância para a população litorânea que utiliza este ecossistema como fonte de subsistência. Dentre os recursos naturais extraídos dos manguezais, a captura de caranguejo-uçá é considerada a atividade econômica em escala comercial mais importante conduzida no Brasil (KJERFVE & LACERDA, 1990; VIEIRA et al., 2004). Pesquisas vêm sendo desenvolvidas no intuito de se quantificar a retirada de indivíduos da espécie U. cordatus da natureza anualmente. Em manguezais do estuário do rio Caeté, na região Norte do Brasil, inventários estimaram que no ano de 1997 cerca de toneladas de caranguejo-uçá foram retiradas dos

17 16 manguezais (WOLFF et al., 2000). De acordo com dados do IBAMA (2002), os estados do Pará e do Maranhão, que são locais com a maior extensão de manguezais do litoral brasileiro, contribuíram com cerca de 50% da produção total contabilizada de caranguejo-uçá em toda a região norte e nordeste nos anos de 1998 e 1999, com valores médios da ordem de t. Glaser (2003), em estudo realizado no mesmo estuário, localizado na região nordeste do Pará, mostrou que 68% da população local têm sua renda proveniente dos recursos advindos dos manguezais, sendo que para 42% destas pessoas a pesca do caranguejo-uçá é a atividade mais importante. Além disso, trabalhos como os de Wolff et al. (2000), Santos (2002) e Glaser & Diele (2004) também sugerem que esta espécie de crustáceo é a principal fonte de renda para população de menor poder aquisitivo no Norte de Brasil. Diante desse fato, estudos que corroborem com informações acerca dos manguezais e do estoque do caranguejo-uçá nos manguezais são considerados relevantes e necessários. Considerando esse contexto, o presente estudo vem contribuir com informações sobre o caranguejo-uçá e sua interação com a vegetação dos manguezais no município de Colares, Norte do Brasil. Adicionalmente, esperase que as informações disponibilizadas pelo presente estudo venham auxiliar nas ações de conservação e preservação dessa espécie comercial, bem como naquelas que promovam o manejo e a manutenção dos manguezais dessa região. 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo geral Avaliar a interação do caranguejo-uçá, Ucides cordatus, com a distribuição da vegetação arbórea típica dos manguezais do município de Colares, Pará Objetivos específicos Mapear as áreas do manguezal com base na composição, distribuição das espécies e estrutura dos bosques; Mapear a distribuição espacial do caranguejo-uçá com base na densidade populacional e atributos biométricos dos indivíduos;

18 17 Comparar os métodos de amostragem (contagem de galerias e captura de indivíduos) de densidade populacional do caranguejo-uçá no intuito de proporcionar melhor acurácia à essa estimativa; Avaliar a relação do caranguejo-uçá com a vegetação dos bosques de mangue, através da análise interativa entre os atributos estruturais das espécies arbóreas de mangue e a densidade e os atributos biométricos dos animais; Acessar o potencial extrativo do caranguejo-uçá no município de Colares. 3. METODOLOGIA 3.1. Área de estudo O estudo foi desenvolvido no município de Colares (Figura 1), uma ilha pertencente à Mesorregião Nordeste e à Microrregião do Salgado Paraense, separada do continente pelo Furo da Laura. A cidade de Colares está localizada nas coordenadas geográficas 00º55 38 S e 48º17 04 N, tendo como limites ao norte o oceano Atlântico, a leste o município de Vigia, ao sul o município de Santo Antônio do Tauá e a oeste a baia do Marajó (PARÁ, 2011).

19 18 Figura 1. A) Mapa do Brasil com ênfase para a Costa Norte; B) Costa Norte com ênfase para a Ilha de Colares e C) Localização dos sítios de trabalho no município de Colares, Estado do Pará. Imagem LANDSAT 5 TM. O clima da área estudada, assim como para grande parte do Estado do Pará, segundo Moraes (2005), é classificado como quente e úmido, com média de temperatura de 26 ºC. Entretanto, o clima na região é suavizado em função de sua condição insular. No município de Colares, durante a estação mais chuvosa, os índices pluviométricos podem ultrapassar mm, favorecendo o fornecimento hídrico local durante esse período, enquanto que na estação seca a redução das chuvas deixa o solo mais ressecado, podendo ocorrer uma subseca na região entre os meses de setembro e novembro (MORAES, 2005; TUMA, 1997). Segundo Tuma (1997), Colares recebe influencia tanto de águas estuarinas (baías do Guajará e Marajó), quanto de águas salgadas do oceano Atlântico, sendo que a drenagem representa um grande papel no contexto paisagístico. O regime de maré da região é semidiurno com variações de altura entre 2,8 a 3,7 m no período de sizígia e 2,1 e 2 m no período de quadratura (DHN, 2011). A região de Colares é considerada muito peculiar no que concerne à dinâmica costeira, estando mais abrigada da ação de ondas e da deriva oceânica, em função de sua localização na porção interior e adjacências do estuário. Além disso, o regime sazonal equatorial age na dinâmica costeira de modo a moldá-la a partir de seu ritmo

20 19 e características influenciando, assim, o regime de marés, salinidade da água, velocidade das correntes aquáticas e dos ventos, taxas de intemperismo e migração da fauna e flora (BARBOSA & FRANÇA, 2006; BARBOSA, 2007). No que diz respeito à vegetação, no município encontram-se matas secundárias de porte mais ou menos elevado, capoeiras e reminiscências de vegetação do cerrado. No entanto, a cobertura vegetal é predominantemente de florestas secundárias, como consequência de intensos desmatamentos para fins de cultivo de espécies agrícolas de ciclos curtos. As florestas de mangue também estão presentes, sendo dominadas principalmente pelos gêneros Rhizophora e Avicennia (PARÁ, 2011) Procedimentos de campo A aquisição dos dados foi realizada em um total de cinco sítios de trabalho (sítio#01, sítio#02, sítio#03, SÍTIO#04 e sítio#05) com uma distância mínima de 3 km entre os mesmos. Cada sítio compreendia uma área de 1,8 ha, dentro da qual foram delimitadas quinze parcelas de 20x20 m com intervalos de 20 m entre elas, para aquisição de dados referentes à estrutura de bosque. Dentro de cada uma das quinze parcelas, onde foram adquiridos os dados da vegetação, parcelas de 5x5 m foram delimitadas para o estudo do caranguejo-uçá Estudo da vegetação A obtenção dos parâmetros de estrutura de bosque está de acordo com a metodologia descrita por Schaeffer-Novelli & Cintrón-Molero (1986). Esses autores consideram que a descrição estrutural permite conhecer o grau de desenvolvimento de um determinado bosque, como também identificar e delimitar outros bosques com características semelhantes para que os mesmos possam ser comparados em diferentes áreas. Nas parcelas previamente delimitadas no presente trabalho, após a identificação das espécies de mangue, foram realizadas as seguintes medidas diretamente nas árvores:

21 20 a) Circunferência à Altura do Peito (CAP) medida da circunferência do fuste a partir da altura do peito do observador (1,3 m do solo) com auxílio de uma fita métrica. b) Altura Total (AT) medida da distância entre a base da árvore e a extremidade da copa. Após a etapa de campo, os dados obtidos foram utilizados como base para a estimativa dos seguintes parâmetros estruturais: Diâmetro à Altura do Peito (DAP) calculado a partir dos valores mensurados da CAP através da seguinte fórmula: DAP=CAP/π Onde: CAP = Circunferência à Altura do Peito π = pi (=3,1416) Equação (1) Frequência (F) Presença/ausência de uma determinada espécie em uma dada parcela. Foi calculada também em termos percentuais (Frequência Relativa FR). Densidade (De) Número de indivíduos por unidade de área e calculada também em termos percentuais (Densidade Relativa DeR). Dominância (Do) Área basal de cada espécime/ espécie em uma dada parcela. Também estimada em termos percentuais (Dominância Relativa - DoR). Valor de Importância (VI) Soma dos valores da Frequência Relativa, Densidade Relativa e Dominância Relativa Estudo do caranguejo-uçá Matsumasa et al. (1992) e Nomann & Pennings (1998) enfatizaram que a composição vegetal das áreas de manguezal pode influenciar diretamente a

22 21 densidade populacional de caranguejos ocipodídeos. Assim, no presente estudo, para o estudo bioecológico do caranguejo-uçá os procedimentos de campo foram realizados nas mesmas parcelas onde os dados referentes à vegetação foram mensurados, no intuito de efetuar análises comparativas entre os dados da vegetação e dos caranguejos. Em cada parcela foi contado o número de galerias identificadas como sendo do caranguejo-uçá. Um dos métodos aplicados, no presente estudo, para a estimativa da abundância destes organismos foi considerar que cada galeria é habitada por um único individuo, uma vez que o mesmo apresenta acentuado comportamento territorialista (BRANCO, 1993). O segundo método dependia da captura de exemplares do caranguejo-uçá pelos pescadores locais, através do método denominado como braceamento que consiste na coleta manual diretamente das tocas (Castilho, 2006). Depois de retirados das tocas, procedeu-se às medidas biométricas: Comprimento da Carapaça (Cc) e Largura da Carapaça (Lc) de cada indivíduo com auxilio de um paquímetro, sendo realizada também a pesagem dos mesmos com o uso de uma balança do tipo dinamômetro de 500 g (Pesola) e, por fim, a identificação do sexo de cada indivíduo. Após realizado os trabalhos biométricos, os indivíduos foram soltos no seu ambiente de origem Análise de dados Todos os dados foram previamente testados quanto à normalidade (teste de Lilliefors) e homocedasticidade (teste de Cochran) e foram submetidos à análises paramétricas. Para testar se houve diferenças na estrutura da vegetação entre os sítios de trabalho foi utilizada a análise de variância ANOVA (um critério) (CENTENO, 1999). O teste de Regressão Linear foi aplicado para avaliar a arquitetura dos bosques a partir da relação entre valores de Diâmetro à Altura do Peito (DAP), Altura (Alt), Densidade (De) e Dominância (Do). A análise de variância ANOVA (um critério) também foi aplicada para comparar os valores de densidade, biomassa, comprimento e peso das populações

23 22 do caranguejo-uçá nos diferentes pontos de amostragem. A proporção sexual foi determinada através da análise não-paramétrica, o teste do Qui-quadrado (χ 2 ). A interação entre o caranguejo-uçá e a vegetação dos bosques de mangue foi avaliada através da correlação linear de Pearson (r 2 ), utilizando-se os dados referentes à estrutura de bosque e os dados de densidade e largura da carapaça (LC) de U. cordatus para cada sítio de trabalho. 4. RESULTADOS 4.1. Estudo da vegetação Em cinco sítios de trabalho foram registrados indivíduos arbóreos pertencentes a duas espécies típicas de manguezais: Rhizophora mangle e Avicennia germinans. Desse total 1290 exemplares pertenciam à espécie R. mangle, o que corresponde a aproximadamente 82% do total dos espécimes. Para A. germinans foram registrados 299 indivíduos, sendo que no sítio#02 foram registrados somente exemplares de R. mangle. Os dados dos atributos estruturais mensurados para as árvores de ambas as espécies foram comparados no intuito de se determinar a distribuição espacial desses indivíduos pelos sítios de trabalho. A Altura de R. mangle variou de 2 a 26m dentre os locais de amostragemenquanto A. germinas apresentou indivíduos entre 3 a 28 m. Nos sítios #01, #03 e #05, os exemplares arbóreos mais altos pertenciam a espécie A. germinans, enquanto que nos sítios #02 e #04 os exemplares com os valores maiores de altura pertenciam a R. mangle (Figura 2).

24 DAP (cm) Alltura (m) Rhizophora mangle Avicennia germinans 0 S1 S2 S3 S4 S5 Sítios de trabalho Figura 2. Altura média (m) das árvores de Rhizophora mangle e Avicennia germinans nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará. Em relação ao DAP, os maiores valores foram registrados para os indivíduos de A. germinans em praticamente todos os sítios, exceto no sítio#02, onde não foram encontrados exemplares desta espécie (Figura 3) Rhizophora mangle Avicennia germinans 0 S1 S2 S3 S4 S5 Sítios de trabalho Figura 3. DAP médio (cm) das árvores de Rhizophora mangle e Avicennia germinans nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará. A Frequência Relativa de ambas as espécies foi semelhante entre os sítios, com exceção do sítio#02 onde só foi encontrada R. mangle (Figura 4).

25 Densidade relativa (%) Frequência relativa (%) Rhizophora mangle Avicennia germinans 20 0 S1 S2 S3 S4 S5 Sítios de trabalho Figura 4. Frequência relativa (%) das árvores de Rhizophora mangle e Avicennia germinans nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará. Rhizophora mangle apresentou os maiores valores percentuais em todos os sítios para o atributo Densidade. Esta mesma espécie também apresentou maiores valores percentuais de Dominância e Valor de Importância em quase todos os sítios amostrados (Figuras 5, 6 e 7) Rhizophora mangle Avicennia germinans 20 0 S1 S2 S3 S4 S5 Sítios de trabalho Figura 5. Densidade relativa (%) das árvores de Rhizophora mangle e Avicennia germinans nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará.

26 Valor de importância Dominância relativa (%) Rhizophora mangle Avicennia germinans 20 0 S1 S2 S3 S4 S5 Sítios de trabalho Figura 6. Dominância relativa (%) das árvores de Rhizophora mangle e Avicennia germinans nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará Rhizophora mangle Avicennia germinans 50 0 S1 S2 S3 S4 S5 Sítios de trabalho Figura 7. Valor de importância das árvores de Rhizophora mangle e Avicennia germinans nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará. A Tabela 1 apresenta os valores registrados para os atributos estruturais para Rhizophora mangle e Avicennia germinans nos cinco sítios de trabalho no município de Colares, Pará.

27 26 Tabela 1- Valores médios e percentuais dos atributos estruturais de Rhizophora mangle e Avicennia germinans para cinco sítios de trabalho, no município de Colares, Pará. DAP = Diâmetro à Altura do Peito; ALT-Altura; F Frequência absoluta; FR Frequência Relativa; De Densidade absoluta; DeR Densidade Relativa; Do Dominância absoluta; DoR Dominância Relativa; VI Valor de Importância; α nível de significância (P<0,05); Rh Rhizophora mangle; Av Avicennia germinans; α = nível de significância (ANOVA-um critério); n.a = não aplicável. Sitio DAP médio ALT média F FR (%) De DeR (%) Do DoR (%) Vi Rh Av Rh Av Rh Av Rh Av Rh Av Rh Av Rh Av Rh Av Rh Av S1 13,84 27,86 9,07 12, , ,2310 2, ,3 29,1 150,5 72,02 S2 11,97 0 8, , S3 14,86 20,63 12,52 13, ,7 33, ,9 15,6 6,2409 3, ,1 31,3 167,8 80,28 S4 14,25 20, , ,4 38, ,8 32,9 1,1915 7, ,3 75,2 109,6 146,72 S5 13,87 38,56 9,62 16, ,8 34, ,2 20,4 1, ,648 6,2 44,4 106,3 99,77 α <0,05 <0,05 <0,01 <0,05 n.a. n.a. <0,01 <0,01 <0,05 <0,01 <0,01 <0,01

28 27 A análise de variância (ANOVA), utilizada na comparação dos atributos estruturais das espécies estudadas, mostrou que ambas as espécies apresentam diferenças significativas para as variáveis estudadas. Com relação a variável DAP, o teste da espécie R. mangle apresentou diferença entre os sítios (ANOVA, F= 2,65 gl=4; p= 0,03) assim como A. germinans (ANOVA, F= 7,34; gl=3; p= 0,005). Para a variável Altura as diferenças entre os sítios também foram significativas para R. mangle (F= 43,04; gl=4; p<0,001) e A. germinans (ANOVA, F= 5,06; gl=3; p= 0,004). Em relação à Densidade relativa, as espécies apresentaram resultados com diferenças significativas entre os sítios para R. mangle (ANOVA, F=12,14; gl=4; p < 0,001) e A. germinans (ANOVA; F =26,67; gl=3; p<0,001), o mesmo ocorreu com o atributo Dominância relativa com R. mangle (ANOVA, F =3,41; gl=4; p=0,01) e A. germinans (ANOVA, F =11,88; gl=3; p<0,001) e Valor de importância R. mangle (ANOVA, F =12,06; gl=4; p<0,001) e A. germinans (ANOVA, F =61,51; gl=3; p< 0,001). A comparação dos valores médios entre os sítios, através do teste de Tukey, mostrou que para a espécie R. mangle a variável DAP não apresentou diferenças significativas entre os sítios. Para o atributo Altura as diferenças foram significativas entre os sítios #01 e #02 (p< 0,01); #01 e #04 (p< 0,01); #02 e #03 (p< 0,01); #02 e #04 (p< 0,01); #03 e #04 (p< 0,01); #03 e #05 (p< 0,01); #04 e #05 (p< 0,01). Em relação à Densidade relativa, as diferenças foram significativas entre os sítios #01 e #02 (p< 0,01); #01 e #03 (p< 0,01); #02 e #04 (p< 0,01); #02 e #05 (p< 0,01); #03 e #05 (p<0,05). Para a variável Dominância relativa diferenças significativas foram encontradas somente entre sítios #01 e #03 (p< 0,01). Com relação ao valor de importância o gênero Rhizophora apresentou diferenças significativas somente entre os sítios #01 e #02(p< 0,01); #01 e #03(p< 0,01); #02 e #04 (p< 0,01); #02 e #05 (p< 0,01); #03 e #05 (p<0,05). Para o gênero Avicennia, as médias entre os sítios mostraram que para a variável DAP as diferenças foram significativas entre os sítios #03 e #05 (p< 0,01) e entre #04 e #05 (p< 0,01). Com relação à Altura as diferenças significativas foram encontradas entre os sítios #01 e #05 (p<0,05) e entre os sítios #03 e #05 (p<0,05). Em relação à Densidade relativa, as diferenças

29 28 foram significativas entre quase todos os sítios de trabalho, ou seja, entre os sítios #01e #02 (p<0,01); #02 e #03 (p< 0,01); #02 e #04 (p< 0,01); #03 e #04 (p< 0,01). A Dominância relativa teve diferenças significativas entre os sítios #01 e #03 (p<0,05); #01 e #04 (p< 0,01); #02 e #04 (p< 0,01). Para o variável Valor de importância a espécie A. germinans apresentou diferenças significativas entre os sítios #01e #02 (p< 0,01); #01 e #03 (p< 0,01); #01 e #04 (p< 0,01); #02 e #03 (p< 0,01); #02 e #04 (p< 0,01); #03 e #04 (p< 0,01). Na análise comparativa dos dados estruturais, testes de Regressão foram aplicados utilizando os valores das variáveis DAP, Altura, Densidade e Dominância relacionando as mesmas entre si. Os resultados revelaram que a espécie R. mangle mostrou diferenças significativas entre as variáveis DAP, Altura, Densidade e Dominância nas relações DAP X Altura e DAP x Densidade somente nos sítios #01 e #04; DAP x Dominância nos sítios #01, #02, #03 e #05; Altura x Densidade somente no sítio #01 e Altura x Dominância nos sítios #01 e #03, as demais relações não apresentaram diferenças significativas para esta espécie. Para a espécie A. germinans os testes apontaram diferenças significativas nas relações DAP X Altura somente no sítio #01; DAP x Densidade nos sítios #04 e #05; DAP x Dominância e Altura x Densidade somente no sítio #04; Altura x Dominância nos sítios #01 e #03; e Densidade x Dominância nos sítios #01 e #04, para as demais relações não foram observadas diferenças significativas. A tabela 2 abaixo mostra de forma resumida somente os resultados dos testes de regressão em que foram encontradas diferenças significativas nas comparações das variáveis.

30 29 Tabela 2. Resultados dos testes de regressão linear com diferenças significativas entre os atributos estruturais de Rhizophora mangle e Avicennia germinans nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará. SÍTIO PARES F p R 2 DAP Rh x Alt Rh 64,66 < 0,001 0,81 DAP Rh x De Rh 5,18 0,038 0,23 DAP Rh x Do Rh 43,41 < 0,001 0,75 #01 Alt Rh x De Rh 7,89 0,014 0,32 Alt Rh x Do Rh 14,56 0,002 0,49 DAP Av x Alt Av 8,85 0,011 0,37 Alt Av x Do Av 6,56 0,023 0,29 De Av x Do Av 13,63 0,003 0,49 #02 DAP Rh x Do Rh 79,92 < 0,001 0,84 DAP Rh x Do Rh 6,90 0,019 0,29 #03 Alt Av x Do Av 73,49 < 0,001 0,84 DAP Rh x Alt Rh 6,34 0,024 0,27 DAP Rh x De Rh 9,41 0,008 0,64 #04 DAP Av x Alt Av 26,69 0,003 0,64 DAP Av x De Av 6,07 0,027 0,26 DAP Av x Do Av 8,52 0,011 0,34 Alt Av x De Av 5,45 0,034 0,24 #05 DAP Rh x Do Rh 33,55 0,002 0,69 DAP Av x De Av 8,69 0,011 0, Caranguejo Ucides cordatus Nos cinco sítios de trabalho foi encontrado um total de 1471 caranguejos da espécie Ucides cordatus, sendo que apenas 421 indivíduos puderam ser capturados e mensurados. Destes exemplares capturados 47% eram machos e 53% eram fêmeas, apresentando razão sexual M:F de 0,84. Contudo, o resultado do teste do Qui-quadrado ( 2 ) mostrou que, com exceção do sitio#04 (p=0,02), a proporção sexual não apresentou diferenças significativas (Tabela 3).

31 30 Tabela 3. Relação entre a população de Machos e Fêmeas de Ucides cordatus nos cinco sítios de trabalho, no município de Colares, Pará. Sitio Machos (%) Fêmeas (%) Total M:F 2 p #01 43 (42) 59 (58) 102 0,71 2,806 n.s. #02 16 (57) 12 (43) 28 1,23 0,310 n.s. #03 36 (51) 35 (49) 71 1,02 0,014 n.s. #04 45 (39) 70 (61) ,435 <0,05 #05 58 (51) 57 (49) ,009 n.s. TOTAL 198 (47) 233 (53) ,162 n.s. Foram registradas 4525 galerias, o que corresponde a uma densidade de aproximadamente 0,26 galerias. m -2. A menor densidade de galerias foi registrada no Sítio#01 (0,03 galerias. m -2 ) e a maior no Sítio#05 (0,07 galerias. m -2 ). Os resultados da análise de variância (ANOVA) mostraram que houve diferença significativa entre os sítios (ANOVA, F=19,53; gl=4; p <0,001), quando os valores de densidade registrados para as galerias foram comparados. O teste post hoc de Tukey mostrou as diferenças foram significativas somente entre as médias dos sítios #01 e #02; #01 e #03; #01 e #04; #01 e #05; #02 e #03 e entre #02 e #04. Na comparação entre os valores de biomassa de caranguejos capturados nos cinco sítios, o teste de análise de variância mostrou diferença significativa (ANOVA, F= 25,85; gl=4; p<0,001), entre os cinco sítios de trabalho. Porém somente as médias entre os sítios #01 e #02; #1e #03; #02 e #03; #02 e #04; #02 e #05 e entre #03 e #05, apresentaram diferenças significativas. Em média, a biomassa do caranguejo-uçá foi maior nos sítios#05, #01 e #04, respectivamente e menor nos sítios#02 e #03 (Figura 8).

32 Médias da largura da carapaça (cm) Médias de biomassa (g.m -2 ) S1 S2 S3 S4 S5 Sítios de trabalho Figura 8. Médias da biomassa do caranguejo Ucides cordatus nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará. Em relação a largura da carapaça houve uma diferença significativa entre os cinco sítios (ANOVA, F=2,97; gl=4; p=0,02). Na comparação entre as medias estas diferenças foram significativas apenas entre os sítios #03 e #05 e entre #04 e #05. Em média, a largura da carapaça do caranguejo-uçá foi maior no sítio#05, apresentando valores médios semelhantes nos demais (Figura 9) S1 S2 S3 S4 S5 Sítios de trabalho Figura 9. Médias da largura da carapaça do caranguejo Ucides cordatus nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará.

33 Médias do peso (g) 32 A comparação do peso de caranguejos entre os sítios de trabalho apresentou diferenças altamente significativas (ANOVA, F=5,84; p=0,007), com diferença significativa entre as medias dos sítios, #02 e #05; #03 e #05; #04 e #05. Em média os caranguejos mais pesados foram encontrados nos sítios #05 e #01, respectivamente (Figura 10) S1 S2 S3 S4 S5 Sítios de trabalho Figura 10. Médias do peso do caranguejo Ucides cordatus nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, Pará. A comparação da densidade de caranguejo entre os sítios de trabalho foi feita a partir do teste de Kruskal wallis, que mostrou diferenças altamente significativas entre os pontos de amostragem (H=35,31; gl=4; p< 0,001). A relação entre as medias mostrou que entre os sítios #01 e #02; #02 e #04; #02 e #05 estas diferenças foram significativas. Em média, as maiores densidades do caranguejo-uçá foram encontradas nos sítios #05, #04 e #03, respectivamente (Figura 11).

34 Médias de densidade (ind.m -2 ) S1 S2 S3 S4 S5 Sítios de trabalho Figura 11. Médias da Densidade do caranguejo Ucides cordatus nos cinco sítios de trabalho estudados no município de Colares, pará Interação caranguejo-uçá x vegetação arbórea do manguezal Os resultados mostraram que houve correlação positiva entre os valores de Densidade de ambas as espécies arbóreas (R. mangle e A. germinans) e aqueles de Densidade do caranguejo-uçá em todos os sítios de trabalho, visto que os valores do coeficiente de correlação de Pearson (r) obtidos estão muito próximos a 1 (um) o que significa dizer que existe correlação entre as duas variáveis, enquanto que o valores de p obtidos são todos menores que o nível de decisão alfa (0,05), revelando que as correlações existentes são significativas (AYRES et al, 2007). Resultados similares foram obtidos para a variável Dominância das espécies de mangue e a variável Densidade do caranguejo-uçá, que pelas mesmas razões também apresentaram correlação positiva significativa nos cinco sítios de trabalho (tabela 4).

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