1763) E A ASSOCIAÇÃO DESSA ESPÉCIE COM OS BOSQUES DE MANGUE, NA RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA DE MARACANÃ, MARACANÃ - PA

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1 Universidade Federal do Pará Campus Universitário de Bragança Instituto de Estudos Costeiros Programa de Pós-Graduação em Biologia Ambiental Mestrado em Ecologia de Ecossistemas Costeiros e Estuarinos POTENCIAL EXTRATIVO DO CARANGUEJO-UÇÁ Ucides cordatus (LINNAEUS, 1763) E A ASSOCIAÇÃO DESSA ESPÉCIE COM OS BOSQUES DE MANGUE, NA RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA DE MARACANÃ, MARACANÃ - PA ÁDRIA DE CARVALHO FREITAS Dr. Marcus Emanuel Barroncas Fernandes Orientador BRAGANÇA - PA 2011

2 ÁDRIA DE CARVALHO FREITAS POTENCIAL EXTRATIVO DO CARANGUEJO-UÇÁ Ucides cordatus (LINNAEUS, 1763) E A ASSOCIAÇÃO DESSA ESPÉCIE COM OS BOSQUES DE MANGUE, NA RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA DE MARACANÃ, MARACANÃ - PA Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Biologia Ambiental: Mestrado em Ecologia de Ecossistemas Costeiros e Estuarinos, da Universidade Federal do Pará, Campus Universitário de Bragança, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Biologia Ambiental. Dr. Marcus Emanuel Barroncas Fernandes Orientador BRAGANÇA-PA 2011

3 ÁDRIA DE CARVALHO FREITAS POTENCIAL EXTRATIVO DO CARANGUEJO-UÇÁ Ucides cordatus (LINNAEUS, 1763) E A ASSOCIAÇÃO DESSA ESPÉCIE COM OS BOSQUES DE MANGUE, NA RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA DE MARACANÃ, MARACANÃ PA Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Biologia Ambiental: Mestrado em Ecologia de Ecossistemas Costeiros e Estuarinos, da Universidade Federal do Pará, Campus Universitário de Bragança, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Biologia Ambiental. Orientador: Prof. Dr. Marcus E. B. Fernandes Data de aprovação: / / 2011 Banca examinadora: Dr. Marcus Emanuel Barroncas Fernandes (Orientador) Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança - UFPA Dr. João Marcos Góes (Titular) Universidade Federal do Piauí, Campus de Parnaíba - UFPI Dra. Moirah Paula Machado Menezes (Titular) Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança - UFPA Dr. Fernando Araújo Abrunhosa (Titular) Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança - UFPA BRAGANÇA-PA 2011

4 i EPÍGRAFE Os mangues são o paraíso do caranguejo. Se a terra foi feita para o homem, com tudo para servilo, o mangue foi feito especialmente para o caranguejo. Tudo ai é, foi, ou está para ser caranguejo, inclusive a lama e o homem que vive nela. Josué de Castro

5 ii Dedico esta dissertação a todos os trabalhadores e trabalhadoras dos manguezais, que mesmo sem saber financiaram esta pesquisa com o suor de seu árduo trabalho, pois os impostos pagos por estes e outros milhares de trabalhadores brasileiros é o que move a pesquisa neste país.

6 iii AGRADECIMENTOS Agradecer não é algo simples e fácil, principalmente quando nos é dito que devemos agradecer apenas as pessoas que realmente contribuíram com o nosso trabalho. No entanto, meus agradecimentos irão para todos aqueles que eu considerar que de alguma forma contribuíram direta ou indiretamente com essa conquista, seja com ajuda em campo, sugestões, idéias, críticas e opiniões ou com amizade, carinho e afeto, que provavelmente são os ingredientes mais importantes para um bom trabalho. Desde já agradeço e peço perdão a todos os que minha frágil memória não lembrar de citar. Porém, gostaria de destacar algumas pessoas e entidades que foram especialmente importantes. Em primeiro e sempre à Deus por nunca ter me dado desafios que eu não pudesse suportar e problemas que eu não conseguisse resolver. Ao Programa de Pós-Graduação em Biologia Ambiental pela oportunidade. Ao meu orientador Professor Dr. Marcus Fernandes pelo conhecimento repassado, incentivo, compreensão, amizade, carinho e principalmente pelos dias e dias dedicados aos mapas de Kernel (só eu sei o quanto eu amaldiçoei este nome), mas que valeram a pena e você como sempre estava certo. À Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Pará pelo suporte financeiro, através da concessão de bolsa de estudo, que foi essencial à execução deste trabalho. À minha família, minha mãe Eliete Santana, minha irmã Aila Carvalho, meu pai Nezildo Freitas e sua esposa Irá Guimarães, por depositarem em mim a confiança para todas as horas e por me estimularem a sempre lutar pelo que desejo! Obrigada por vocês existirem! Ao meu irmão Andrio Carvalho, que inúmeras vezes deve ter detestado a mim e a minha pesquisa, pois sofreu inúmeros cortes, furos, picadas de inseto e outras mazelas, mas sempre me incentivou, sempre apoiou e cuidou de mim em minhas coletas. Sem você eu não teria conseguido!

7 iv À minha irmã-amiga Akeme Matsunaga que mesmo sem ir a campo esteve ao meu lado em todas as etapas, me apoiando, me organizando, corrigindo meus trabalhos, sendo como sempre a família que Deus me permitiu escolher. Ao meu namorado, Cristiano Alberto Moraes (Beto), pelas horas juntos sacrificadas em prol do meu trabalho, pelo sacrifício em campo (mas que o tornou quase perito em manguezal), pelas noites não dormidas digitando planilhas e acima de tudo por todo amor e dedicação que tens por mim. Amote! Ao meu grande amigo Atilla Melo (tuuuuuuuudo isso!), que no momento derradeiro esteve ao meu lado me auxiliando com a parte estatística, além dos puxões de orelha para a manutenção da concentração. Muito Obrigada! Ao meu eterno orientador Ivan Furtado O Terrível, por sempre me estender a mão, tirar minhas dúvidas, sugerir alternativas e por sempre abrir nem que fosse um pequeno espaço na agenda lotada para me auxiliar. À minha equipe de campo, a qual nunca consegui manter, pois após ir a primeira vez a coleta ninguém queria mais voltar: meus primos Erick, Mauricío, Bernard e Fred. Meus amigos Léo, Murilinho, Bideu, João e Ericton (Ninho). Em especial, ao meu grande amigo Henrique Malta por toda ajuda em campo e fora dele e ao meu querido cunhadinho Adriano Moraes. Devo grande parte desta conquista a vocês! Aos meus amados tios Eraldo Teixeira (pelas inúmeras árvores e caranguejos mensurados), Lena Carvalho, Elly Carvalho, Evanilson Santana, Gisele Santana e Luís Sérgio Santana de Carvalho por todo amor, apoio, cuidado e dedicação que sempre me foi dado durante minhas coletas em Maracanã. Aos meus pais fora de casa Dona Elli, Seu Rai e Dona Rute, por terem me acolhido durante minhas coletas e por todo o carinho incondicional dispensado. Aos meus amigos do LAMA, Lanna (amiga maravilhosa, companheira de copo indispensável), Amanda (Autista adorada), Ritinha (pela companhia nas madrugadas no LAB e sei que ainda estou te devendo um Refratômetro), Fernanda (a mulher do Kernel e grande amiga), Maura Elisabeth (pelas horas que você abdicou do seu trabalho em prol do meu), César Braga (pelos conselhos, ombro amigo, apoio intelectual e por sempre cuidar de mim). Obrigada a todos por compartilharem comigo momentos de felicidade e desespero dissertativo! Aos catadores de caranguejo que me acompanharam em todas as minhas Odisséias no manguezal, Seu Elizeu, Seu Eurico e Seu Purinã e aos

8 v barqueiros Seu... Obrigada pelo carinho, pela amizade e, acima de tudo, pelas lições de vida. À turma de Mestrado/2009 com quem convivi boa parte desses últimos dois anos, pela diversão, pelo aprendizado e pela amizade. Em especial, a Mari Amaral (por ser a melhor e única companheira de casa que já tive e ter se mostrado uma das melhores amigas do mundo), Ellem dos Anjos e Samile Alves (minha vida em Bragança não teria graça sem vocês), Kleitom Macêdo, Antônio Nivaldo Júnior, Rose, Adelson e Wellington Trindade que se tornaram muito mais que companheiros de curso. Tornaram-se amigos pra todo o sempre! Aos meu amigos do LAGAM UFRA, Bruno Wendell, Stephan Almeida, Profª Nazaré Maciel e Elton... e Profº Marcelo Moreno, por todo apoio, paciência e por abrirem muitas vezes mão de suas atividades para auxiliarem meu trabalho. Aos meus companheiros de Consultoria do PTPA Márcia Souza, Cristina e Joel Santana por sempre compreenderem as minhas necessidades de adiamento de viagens em prol de minha dissertação. Em especial ao meu grande amigo Flávio Contente, sem o qual meus pontos não seriam georreferenciados e cujo apoio moral e intelectual foi indispensável. A todos aqueles que não entendem absolutamente nada (ou quase nada) de manguezal e caranguejo ou qualquer coisa referente a minha pesquisa. Mas que mesmo assim estiveram presentes nos momentos de diversão e desespero ao longo desses últimos dois anos. Muito Obrigada!

9 vi SUMÁRIO EPÍGRAFE... i AGRADECIMENTOS... iii SUMÁRIO... vi LISTA DE FIGURAS... viii LISTA DE TABELAS... ix RESUMO GERAL... x 1. INTRODUÇÃO OS MAGUEZAIS: CARACTERÍSTICAS GERAIS IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA E ECONÔMICA O CARANGUEJO UÇÁ Ucides cordatus (L. 1763) IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA IMPORTÂNCIA SOCIAL E VIABILIDADE TÉCNICA-ECONÔMICA OBJETIVOS OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS MATERIAL E MÉTODOS ÁREA DE ESTUDO SÍTIOS DE TRABALHO VEGETAÇÃO CARANGUEJO-UÇÁ ANÁLISE DE DADOS VEGETAÇÃO CARANGUEJO-UÇÁ... 16

10 vii ASSOCIAÇÃO DO CARANGUEJO-UÇÁ COM A VEGETAÇÃO DE MANGUE RESULTADOS VEGETAÇÃO CARANGUEJO-UÇÁ ASSOCIAÇÃO DO CARANGUEJO-UÇÁ COM A VEGETAÇÃO DE MANGUE DISCUSSÃO VEGETAÇÃO CARANGUEJO-UÇÁ ASSOCIAÇÃO DO CARANGUEJO-UÇÁ COM A VEGETAÇÃO DE MANGUE CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 51

11 viii LISTA DE FIGURAS Figura 1. Mapa apresentando a distribuição mundial de manguezais. Fonte: FAO (2007) Figura 2. Mapa apresentando a distribuição do caranguejo-uçá Ucides cordatus. Modificado de CASTILHO (2006) Figura 3. Mapa da Reserva Extrativista Marinha de Maracanã contendo os sete sítios de trabalho representados pelos pontos em amarelo Figura 4. Distribuição dos indivíduos de Ucides cordatus em Classes de Altura para os três gêneros botânicos nos sete sítios de trabalho da RESEXM Maracanã, Maracanã Pará Figura 5. Distribuição dos indivíduos de Ucides cordatus em Classes de DAP para os gêneros botânicos nos sete sítios de trabalho da RESEXM Maracanã, Maracanã Pará Figura 6. Número de galerias. m -2 de Ucides cordatus contadas por sítio de trabalho na RESEXM de Maracanã, Maracanã Pará. Médias seguidas da mesma letra não diferiram significativamente, através da análise de variância (ANOVA-um critério). As barras representam o erro padrão Figura 7. Estimativas de densidade média para cada tipo de galeria de Ucides cordatus nos sete sítios da RESEXM Maracanã- Maracanã Pará. Médias seguidas de uma mesma letra, dentro do mesmo gráfico não diferiram significativamente entre si, através da análise de variância (ANOVA-um critério). As barras representam o erro padrão Figura 8. Percentual de indivíduos machos e fêmeas de Ucides cordatus por sítio de trabalho na RESEXM de Maracanã, Maracanã Pará Figura 9 Distribuição percentual de Ucides cordatus (machos + fêmeas) por classes de Largura de Carapaça (LC), considerando os sete sítios na RESEXM de Maracanã, Maracanã Pará Figura 10. Distribuição em Classes de Largura de Carapaça de Machos e Fêmeas de Ucides cordatus por sítio na RESEXM Maracanã, Maracanã Pará.32 Figura 11. Relação Peso/Largura da Carapaça de Machos e Fêmeas de Ucides cordatus na RESEXM Maracanã, Maracanã - PA Figura 12. Mapas de Densidade de Kernel mostrando a distribuição espacial de Ucides cordatus, com base nas variáveis: De Total=Densidade total (machos+fêmeas), De Machos=Densidade de Machos, LC=Largura da Carapaça de indivíduos machos maiores que 6 cm e Do Rh=Dominância de Rhizophora nos sete sítios ao longo da RESEXM Maracanã, Maracanã PA

12 ix LISTA DE TABELAS Tabela 1. Valores médios dos parâmetros estruturais dos gêneros arbóreos Avicennia (Av), Rhizophora (Rh) e Laguncularia (La) nos sete sítios de Trabalho na RESEXM Maracanã, Maracanã Pará Brasil. DAP = Diâmetro à Altura do Peito, DP = Desvio Padrão Tabela 2. Resumo da análise de regressão, tendo as Densidades e Alturas de Rhizophora e Avicennia como variáveis dependentes e os DAP s destes mesmos gêneros como variáveis independentes. Onde, DAP Av = Diâmetro a Altura do Peito de Avicennia; De Av= Densidade de Avicennia; Al Av = Altura de Avicennia; DAP Rh = Diâmetro a Altura do Peito de Rhizophora; De Rh = Densidade de Rhizophora; Al Rh = Altura de Rhizophora Tabela 3. Resultados das análises de variância (ANOVA-um critério) das estimativas de densidade para Ucides cordatus pelo método de Contagem de Galeria (CG) e Captura dos Indivíduos (CI) (Média±Desvio Padrão), para os sete sítios na RESEXM Maracanã, Maracanã - PA. Médias seguidas de uma mesma letra, dentro da mesma coluna não diferiram significativamente. gl=grau de liberdade, SQ=Soma dos Quadrados, QM=Quadrado médio, F=teste F, P=nível de significância Tabela 4. Dados referentes à Largura de Carapaça (cm) de Ucides cordatus para Machos (M) e Fêmeas (F), capturados nos sete sítios de trabalho na RESEXM de Maracanã, Maracanã Pará (DP = Desvio Padrão; CV= Coeficiente de Variação) Tabela 5. Resumo da análise de regressão, tendo a densidade de Ucides cordatus como variável dependente e os parâmetros vegetacionais como variáveis independentes, para os sete sítios da RESEX Maracanã, Maracanã PA. Onde, De C = Densidade de Caranguejos; De Rh = Densidade de Rhizophora; Do Rh = Dominância de Rhi Rhizophora; De Av= Densidade de Avicennia; Do Av = Dominância de Avicennia Tabela 6. Densidade média estimada para U. cordatus através dos métodos de contagem de galerias (CG) e de captura de indivíduos (CI) para diferentes áreas do Brasil

13 x RESUMO GERAL O presente estudo teve como objetivo avaliar a associação entre a distribuição de ambos, o caranguejo-uçá, Ucides cordatus, e os diferentes bosques de mangue da Reserva Extrativista Marinha de Maracanã, Maracanã PA, enfatizando o potencial extrativo desse crustáceo na região. O trabalho foi realizado em sete sítios, onde foram caracterizados o solo, a acessibilidade e a salinidade, sendo as parcelas amostrais georreferênciados para elaboração dos mapas temáticos. A vegetação foi avaliada em nível de gênero e seus atributos estruturais mensurados. A densidade do caranguejo-uçá foi estimada através de dois métodos: contagem de galerias (CG) e captura de indivíduos (CI). Peso (P) e largura da carapaça (LC) foram mensurados para todos os indivíduos capturados em todos os sítios. Foi registrada a ocorrência de três tipos de mangue, representados por Rhizophora, Avicennia e Laguncularia. O primeiro foi o gênero botânico mais abundante e dominou a paisagem da RESEXM. Os bosques da área de estudo foram considerados maduros, com alto recrutamento, principalmente no Sítio#02, cujos valores de árvores mortas indicam regeneração desse bosque. Os dois métodos de amostragem populacional utilizados para U. cordatus apresentaram diferença significativa (ANOVA, F=9,46; gl=1; p<0,001), com uma diferença de eficiência em torno de 20%. A densidade (De) por CG e CI e a largura da carapaça (LC) variaram significativamente entre os sítios (ANOVA, (F=12,60; gl=6; p<0,001; F=10,42; gl=6; p<0,001 e F=10,50; gl=6; p<0,001, respectivamente), com animais de maior porte nos sítios #04 e #05. A análise de correlação mostrou que a Densidade de caranguejos apresentou relação com a estrutura dos bosques, sendo que as áreas com predominância de Rhizophora apresentaram maior densidade. A análise de Kernel confirmou a relação entre os parâmetros populacionais de ambos, o caranguejo-uçá e a estrutura da vegetação, mostrando distribuição congruente para as variáveis De e LC dos caranguejos e a vegetação dominante (o gênero Rhizophora). Assim, a forte associação da quantidade (De) e qualidade (LC) dos caranguejos ao longo da RESEXM resulta em um potencial extrativo imediato de 74% da população amostrada, com tamanho superior a 6 cm (tamanho mínimo designado pela Portaria IBAMA No.034/03-N). Por fim, é importante ressaltar que informações do presente estudo são úteis como subsídios técnicos para o manejo desse recurso que é uma das principais fontes de renda para as populações caiçaras do município de Maracanã, Pará. Palavras chaves: Ucides cordatus, florestas de mangue, amostragem populacional, RESEX Marinha de Maracanã, potencial extrativo.

14 xi ABSTRACT The present study aimed to evaluate the association between the distribution of both the land crab, Ucides cordatus, and the different types of mangrove in the Maracanã Marine Extractive Reserve, Maracanã - PA, emphasizing the potential extraction of this crustacean in the region. The work was conducted in seven sites, where soil, accessibility, and salinity were characterized, being sampling plots georeferenced for thematic maps preparation. The vegetation was assessed at the genus level and its structural attributes measured. The density of the mangrove crab was estimated by two methods: counting galleries (CG) and capture of individuals (CI). Weight (W) and carapace width (CW) were measured for all individuals captured at all sites. It was recorded the occurrence of three types of mangroves represented by Rhizophora, Avicennia, and Laguncularia. The first was the botanical genus most abundant and dominated the landscape of RESEXM. The mangrove stands of the study area were considered mature, with high recruitment, especially at Site#02, whose values of dead trees indicate regeneration of this stand. The two methods used for sampling population density of U. cordatus showed significant difference (ANOVA, F=9.46, df=1, p<0.001), with a difference in efficiency of around 20%. The density (De) by CG and CI and carapace width (CW) varied significantly among sites (ANOVA, F=12.60, df=6, p<0.001; F=10.42, df=6, p<0.001; and F = 10.50, df = 6, p <0.001, respectively), with larger animals at sites#04 and #05. The correlation analysis showed that the density of crabs was related to the forest structure and areas with predominantly Rhizophora showed higher density. Kernel analysis confirmed the relationship between the population parameters of both, the mangrove crab and vegetation structure, showing consistent distribution for the variables De and CW for crabs and dominant vegetation (the genus Rhizophora). Thus, the strong association of the quantity (De) and quality (CW) of the crabs along the RESEXM results in an immediate potential extraction of 74% of the sampled population, with carapace width larger than 6 cm (minimum size designated by IBAMA - Ordinance No.034 / 03- N). Finally, it is important to highlight that information from this study is useful as technical subsidies for the management of this resource that is a major source of income for the native population of the municipality of Maracanã, Pará. Keywords: Ucides cordatus, mangrove forest, population sampling, Maracanã Marine Extractive Reserve, potential extraction.

15 1 1. INTRODUÇÃO 1.1. OS MAGUEZAIS: CARACTERÍSTICAS GERAIS O manguezal é um ecossistema costeiro considerado como zona de transição entre o ambiente terrestre e marinho, sujeito ao regime de marés. As florestas de mangue são formadas por bosques tropicais onde se misturam a água salgada do mar e a água doce dos rios e afluentes (VEGA-VELEZ, 1978). Por serem uma faixa de transição entre os ambientes terrestre e aquático, os manguezais apresentam grande variação dos fatores ambientais e reduzida diversidade florística, com espécies herbáceas e arbóreas adaptadas morfofisiologicamente a sobreviver em águas salobras ou salinas e substratos inconsolidados com baixa concentração de oxigênio (SCHAEFFER-NOVELLI et al, 2000). A alta plasticidade está entre as características mais marcantes das espécies que compõem as florestas de mangue, pois determina que florestas com uma mesma composição de espécies, apresentem desenvolvimento estrutural distinto, de acordo com a variação das características ambientais. Em outras palavras, o mesmo ecossistema pode se apresentar sob diferentes formas em regiões distintas, como por exemplo, quando submetidos aos regimes climáticos distintos (SOARES, 2008) A distribuição dos manguezais corresponde a das florestas tropicais, estendendo-se ao norte e sul do Equador. Sendo este ecossistema encontrado raras vezes além dos trópicos, uma vez que são sensíveis às baixas temperaturas. Os limites de latitude são determinados pela temperatura, estendendo-se ao norte ou sul apenas naquelas regiões em que as correntes costeiras modificam o clima (SNEDAKER e GETTER, 1985) (Figura 01).

16 2 Figura 1. Mapa apresentando a distribuição mundial de manguezais. Fonte: FAO (2007). A área total de manguezais no mundo é estimada em cerca de km 2. O litoral brasileiro possui km 2, equivalente a 8,5% deste total, o que lhe confere a segunda maior extensão de áreas de manguezal a nível mundial, ficando atrás apenas da Indonésia que possui uma área de km 2 (21%) (SPALDIN, KAINUMA e COLLINS, 2010). Segundo Souza Filho (2005), os manguezais brasileiros ocorrem desde o Estado do Amapá, no Norte até o Estado de Santa Catarina, no sul. Este mesmo autor afirma que a costa norte do país tem uma área de aproximadamente km 2 de manguezais. Segundo Lacerda (1999), ao longo da costa dos Estados do Amapá, Pará e Maranhão, os manguezais formam um cinturão contínuo de cerca de ha, ou seja, quase 85% de todos os manguezais brasileiros. Nas florestas de mangue, as árvores podem exceder 40 m de altura, formando copas densas que favorecem associações entre plantas, animais e microorganismos adaptados à vida na zona entremarés (KJERVE et al., 1997). Segundo Tomlinson (1986), os manguezais são representados pelas famílias

17 3 Acanthaceae, Rhizophoraceae e Combretaceae. Na costa amazônica brasileira, as espécies arbóreas que formam as florestas de mangue são: Rhizophora mangle L., R. racemosa G.F.W. Meyer, R. harrisonii Leechman, Avicennia germinans (L.) Stearn, A. schaueriana Stapf e Leechman ex Moldenke e Laguncularia racemosa (L.) Gaertn f., sendo inúmeras espécies vegetais provenientes de sistemas adjacentes também associadas (MENEZES et al., 2008) IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA E ECONÔMICA As áreas de manguezal são de fundamental importância para a dinâmica dos estuários, funcionando como protetores das regiões costeiras, pois recebem depósitos de sedimentos dos rios, e ao mesmo tempo atenuam a força das marés, assegurando equilíbrio morfogenético aos ecossistemas costeiros (NASCIMENTO, 1984). Nesse sentido, os manguezais são úteis em alguns países para proteção de hidrovias e zonas urbanas litorâneas. São também de extrema importância para atividades educacionais, recreativas, turísticas e para a investigação cientifica, além de seu exuberante aspecto foto-paisagístico de importância geomorfológica, ecológica e sócio-econômica (RAMOS, 2002). Esse ecossistema é um verdadeiro berçário, promovendo microhábitats para a proteção, alimentação e reprodução de diversas espécies de répteis, anfíbios, peixes, e mamíferos. Além de proporcionarem diversas e contínuas atividades pesqueiras concentradas em várias espécies de peixes e alguns moluscos e crustáceos. Tais atividades beneficiam as comunidades ribeirinhas que se utilizam destes recursos para o consumo e/ou comercialização (FERNANDES; CARVALHO, 2007), sendo os manguezais considerados uma unidade ecológica da qual dependem dois terços da população pesqueira do mundo (CANESTRI E RIUZ, 1973). Segundo Ramos (2002),

18 4 existe uma relação direta entre produtividade de pesca e conservação dos manguezais, sendo que 2/3 das espécies de peixes economicamente explorados dependem desse ecossistema, pois grande quantidade de matéria orgânica produzida no manguezal é levada pela maré até as águas costeiras adjacentes, transformando-se em nutrientes para essa fauna estuarina e marinha O CARANGUEJO UÇÁ Ucides cordatus (L. 1763) IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA Nos manguezais, a interação planta-animal é de fundamental importância nos padrões de distribuição, estrutura e ciclagem de nutrientes. Isto pode ser atribuído à presença de insetos e de caranguejos no sistema, haja vista esses animais, além de interferirem no processo de decomposição do material vegetal no sistema (ROBERTSON, 1991). Dentre os grupos animais que atuam no consumo e retirada da serapilheira em áreas de mangue, os crustáceos merecem destaque por sua elevada biomassa, importante papel bioturbador, e conseqüente atuação no fluxo energético (KOCH, 1999; CONDE et al., 2000; WOLFF et al., 2000; AMOUROUX e TAVARES, 2005). Os caranguejos braquiúros, junto com os moluscos, correspondem à maior parte da macrofauna de invertebrados associados ao ecossistema de manguezal (GOLLEY et al, 1962). O caranguejo Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) representa o principal componente da macrofauna dos manguezais da costa brasileira, com influência notória sobre o processamento da serapilheira e fluxo energético desse ecossistema (KOCH, 1999). Possui hábito basicamente herbívoro, alimentando-se de folhas

19 5 senescentes que caem das árvores de mangue, armazenando-as numa das câmaras de sua galeria. O processamento desse alimento fornece a essa espécie de caranguejo o segundo lugar no fluxo energético e a maior biomassa no manguezal (KOCH, 1999). A vegetação predominante pode dificultar (MATSUMASA et al., 1992) ou favorecer (NOMANN & PENNINGS, 1998) a ocupação e estabelecimento de determinadas espécies de caranguejos em áreas de mangue. A bioturbação do sedimento, decorrente da escavação dos braquiúros, pode afetar todo o ecossistema de manguezal quanto à dinâmica e disponibilidade dos nutrientes no sedimento, bem como a composição e estrutura dos bosques de mangue (STIEGLITZ et al., 2000; AMOUROX & TAVARES, 2005). Ao longo do litoral do brasileiro, o caranguejo-uçá ocorre desde o Amapá até Santa Catarina (ALCÂNTARA-FILHO, 1978). Sendo que as principais áreas de ocorrência dessa espécie estão concentradas nas regiões Norte e Nordeste do país (IBAMA, 1994). Segundo Melo (1996), a distribuição da espécie ocorre na Costa do Atlântico Ocidental, na Flórida (EUA), Golfo do México, América Central, Antilhas, Guianas e Brasil (Figura 2). A captura (cata) do caranguejo-uçá é uma das atividades mais antigas de extrativismo nos manguezais brasileiros, sendo ainda praticada por muitas comunidades tradicionais litorâneas que vivem de sua comercialização (IBAMA, 1994). O grande porte apresentado por este caranguejo, comparado a outras espécies de braquiúros existentes em manguezais, aliado à sua importância econômica, faz com que seja considerado um dos principais recursos pesqueiros nas regiões Norte e Nordeste do país (FAUSTO-FILHO, 1968).

20 6 Figura 2. Mapa apresentando a distribuição do caranguejo-uçá Ucides cordatus. Modificado de CASTILHO (2006) IMPORTÂNCIA SOCIAL E -ECONÔMICA Dentre os recursos naturais extraídos dos manguezais, a captura do caranguejo-uçá é considerada a atividade econômica mais importante conduzida em escala comercial no Brasil (KJERFVE e LACERDA, 1993). Trata-se de um recurso pesqueiro abundante, de grande aceitação comercial e que contribui para a geração de emprego, renda e subsistência em comunidades pesqueiras de estuários (SOUTO, 2007). Em todas as regiões de mangue, ao longo da costa brasileira, existem pessoas que vivem da captura (cata) do caranguejo para a venda aos bares e restaurantes ou aos atravessadores que comercializam esse recurso nos grandes centros (BARBIERI e MENDONÇA, 2003). De acordo com Nascimento (1993), o caranguejo-uçá alcança altos valores de comercialização nas grandes cidades, principalmente nas regiões Norte e Nordeste,

21 7 além da sua importância econômica atingir também o Suriname e a República Dominicana. Vários produtos de importância econômica podem ser extraídos comercialmente dos braquiúros, dentre eles: a quitina do exoesqueleto, para produção de anticoagulantes, cosméticos, emulsões fotográficas, adesivos químicos, entre outros; e as vísceras e resíduos da extração de carne, utilizados na composição de fertilizantes ou rações (HAEFNER, 1985). No entanto, a carne ainda é o principal produto de comércio, possuindo conteúdo protéico de fácil digestão, bem como excelente fonte de vitaminas (GASPAR, 1981). Segundo FISCARELLI (2004), a carne do caranguejo-uçá possui excelente valor nutritivo, com elevada taxa de proteína e reduzida taxa de lipídios. No Estado do Pará, o caranguejo-uçá destaca-se principalmente como fonte de alimento, compondo a culinária de habitantes de vilas e cidades próximo ou distantes da região litorânea (MACHADO, 2007). Os municípios de Bragança, Viseu, Quatipuru, São Caetano de Odivelas, Soure e Maracanã estão entre as áreas de maior produção paraense de caranguejo. Segundo o Estudo Socioeconômico do Centro Nacional de Desenvolvimento Sustentado das Populações Tradicionais - CNPT (2000), sobre a principal atividade do setor pesqueiro no município de Maracanã, mostrou que a maioria do contingente de pescadores (51,2%) pescam peixes, seguido de pescadores de caranguejo (35,8%) e os que praticam as duas atividades de pesca (peixe/caranguejo - 12,2%). A Reserva Extrativista Marinha de Maracanã além da biodiversidade que apresenta, suas áreas de manguezal constituem-se também, na fonte de sobrevivência de uma parcela significativa de seus usuários, agrupando milhares de

22 8 famílias de pescadores, que dependem de seus recursos, principalmente da extração de caranguejo-uçá. Nos últimos anos tem sido observada a expressiva diminuição desse recurso nos manguezais do Norte e Nordeste brasileiro, o que tem preocupado os órgãos gestores, que indicaram a premência de estudos relacionados à viabilidade técnicoeconômica de seu cultivo (OSTRENSKY et al., 1995; BLANKENSTEYN et al., 1997) e informações sobre a situação de seus estoques pesqueiros (BOTELHO et al., 1999; IVO et al., 1999; VASCONCELOS et al., 1999; DIELE, 2000). Mesmo com os estudos existentes, há uma escassez de informações sobre os fatores de ordem biótica que atuam sobre a abundância e/ou densidade dessa espécie. No entanto, a escolha do método ideal para se obter uma estimativa confiável ainda é um dos maiores entraves em análises de densidade, particularmente para braquiúros que habitam costões rochosos (FLORES e PAULA, 2002) e manguezais (NOBBS e MCGUINESS, 1999; MACIA et al., 2001; SKOV et al. 2002). O crescimento de U. cordatus é muito lento (cerca de 8 anos para atingir o tamanho comercial) (PINHEIRO et al., 2005), o que inviabiliza sua criação em cativeiro. Por este motivo, é imprescindivel que sejam elaborados planos de manejo em áreas de manguezal para preservar o recurso caranguejo-uçá. Baseando-se nas informações acima citadas e em vista da importância que o recurso caranguejo-uçá representa, o presente estudo visa contribuir para o manejo da espécie, através da disponibilização de novas informações sobre a distribuição espacial do caranguejo-uçá nos manguezais da Reserva Extrativista Marinha de Maracanã, Maracanã Pará, possibilitando a identificação e delimitação de áreas com potencial de extração.

23 9 2. OBJETIVOS 2.1. OBJETIVO GERAL O presente estudo teve como objetivo avaliar a associação da distribuição do caranguejo-uçá, Ucides cordatus, com a distribuição dos diferentes bosques de mangue da Reserva Extrativista Marinha de Maracanã, Maracanã PA, enfatizando o potencial extrativo desse crustáceo na região OBJETIVOS ESPECÍFICOS Mapear a distribuição dos bosques de mangue, através da distribuição dos caranguejos, com base na composição e estrutura dos bosques; Comparar os métodos de amostragem de densidade populacional do caranguejo-uçá no intuito de proporcionar melhor acurácia à estimativa desse parâmetro; Mapear a distribuição do caranguejo-uçá, de acordo com as áreas de exploração dessa espécie, com base na densidade e tamanho dos indivíduos; Acessar a correlação entre a composição e os atributos estruturais das espécies arbóreas de mangue e a densidade e os atributos biométricos do caranguejo-uçá; Acessar o potencial extrativo do caranguejo-uçá na RESEXM de Maracanã.

24 10 3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1. ÁREA DE ESTUDO A Reserva Extrativista Marinha Maracanã é uma área de mais de 30 mil hectares, localizada no município de Maracanã, Pará. A vegetação dessa região é constituída por matas de terra firme, várzeas estuarinas, restingas e manguezais. A RESEXM de Maracanã é composta por 75 comunidades de ribeirinhos banhadas pelos rios Marapanim, Cuinarana, Maracanã, Caripí e a baía de Maracanã. Habitam na reserva 1500 famílias, sendo mais de 5 mil usuários que vivem e sobrevivem de peixes e crustáceos explorados na área e no entorno dos manguezais (SANTOS, 2008) (Figura 3). Figura 3. Mapa da Reserva Extrativista Marinha de Maracanã contendo os sete sítios de trabalho representados pelos pontos em amarelo.

25 SÍTIOS DE TRABALHO A escolha dos sítios de trabalho foi feita a partir de visitas prévias aos locais indicados pelos caranguejeiros como as principais áreas de exploração. Sendo escolhidos sete sítios ao longo de toda a RESEXM de Maracanã. Para tentar compreender a dinâmica de coleta dos recursos provenientes do manguezal, a metodologia utilizada foi baseada em informações obtidas in situ e em informações secundárias, a partir de entrevistas e excursões de acompanhamento dos caranguejeiros aos locais de coleta dos caranguejos. As rotas de extrativismo do caranguejo-uçá, ou seja, os pontos específicos de coleta desse crustáceo pelos caranguejeiros foram marcados com auxílio de um GPS (Global Position System) Garmin modelo E-Trex. Os pontos obtidos nessas excursões foram inseridos em uma base cartográfica digitalizada e georreferenciada para a elaboração de mapas temáticos: 1) Sítio#01 - São Tomézinho (47 27' 55,2" W e 0 44 ' 39,8" S) : localizado próximo à sede do município de Maracanã, o acesso a este sítio é realizado através de embarcação a remo. Possui solo do tipo Argilo-arenoso e salinidade média de 14. 2) Sítio#02 Besta (0 45' 8,9" S e 47 27' 1,1" W) :também localizado próximo à sede do município de Maracanã, possui acesso realizado através de embarcação a remo. O solo é do tipo Argilo-arenoso e a salinidade média desta área é de 12. 3) Sítio#03 Pauxis (0 54' 31,2" S e 47 25' 13,0 " W) : sob influência do rio Maracanã, este sítio possui salinidade média de 5. O solo nesta área é do tipo Argilo-arenoso e acesso o é realizado através de embarcação a remo. 4) Sítio#04 - São Roberto (0 52' 11.1" S e 47 30' 10.8" W) : localizado próximo a Vila do São Roberto o trajeto até este sítio é feito a pé. Sofre maior influência do rio Caripí, com salinidade média de 5. O solo nesta área é do tipo Argiloso.

26 12 5) Sítio#05-40 do Mocoóca (0 38' 10.9" S e ' 23.5" W): Localizado próximo as Vilas do 40 do Mocoóca e Fortalezinha, o acesso a este sítio é feito por embarcação motorizada ou a remo. O solo desta área é classificado como Argiloarenoso e a salinidade média é de 27. 6) Sítio#06 - Ilha do Marco (0 35' 54.6" S 47 28' 13.5" W) : Com maior proximidade do Oceano Atlântico, mas ainda sofrendo influência do rio Urindeua e da Bacia de Maracanã, este sítio possuí salinidade média de 32. O acesso ao mesmo é realizado somente através de embarcação motorizada. Possui solo do tipo Siltearenoso. 7) Sítio#07 - Ilha do Rio Grande (0 47' 23.8" S e 47 24' 28.8" W) : Localizado relativamente próximo a sede do município de Maracanã, este sítio possui acesso realizado através de embarcação motorizada, a vela ou a remo. O solo desta área é do tipo Lodo-arenoso e a salinidade média é de VEGETAÇÃO A estrutura dos bosques de mangue foi determinada segundo métodos descritos por Schaeffer-Novelli e Cintrón (1986), sendo demarcadas ao longo de cada transecção de 100 m (n=3) cinco parcelas de 20x20 m. Este procedimento foi realizado nos sete sítios. De acordo com esses autores uma parcela vegetal representativa deve conter um mínimo de 20 a 30 árvores. Para bosques de mangue muito jovens é comum o uso de parcelas 5x5 m. Nas áreas em que as árvores apresentaram um grande número de indivíduos de reduzido porte fez-se necessário optar por este tamanho amostral, assim como áreas com poucos indivíduos levaram a adoção de parcelas maiores para que contivessem o número mínimo de indivíduos.

27 13 Todas as árvores dentro e na borda das parcelas com o mínimo de 10 cm de Diâmetro à Altura do Peito (CAP) e acima de 2m de altura foram mensuradas, utilizando-se as seguintes medidas: a) Circunferência à Altura do Peito (CAP), tendo-se como base 1,30 m a altura do peito e b) Altura Total da árvore (AT). Das árvores mortas foi medido o CAP e o indivíduo identificado em nível taxonômico. Depois de concluída a etapa de campo, os dados obtidos foram utilizados como base para a estimativa dos seguintes parâmetros estruturais: Diâmetro à Altura do Peito (DAP) a partir dos valores da circunferência do fuste foi calculado o DAP para os gêneros Avicennia e Laguncularia, enquanto o Diâmetro acima da última raiz escora para o gênero Rhizophora, através da seguinte fórmula: DAP =CAP/π Freqüência (F) registro da presença de uma determinada espécie em uma dada parcela e calculada em termos percentuais (Frequencia Relativa FR). Densidade (De) número de indivíduos por unidade de área. A densidade foi expressa em indivíduos por hectare (ind. ha -1 ) e calculada em termos percentuais (Densidade Relativa DeR). Dominância (Do) a dominância é o reflexo da área basal de cada espécie em uma dada parcela, sendo expressa em m 2 Este parâmetro também foi estimado em termos percentuais (Dominância Relativa - DoR). Valor de Importância (VI) soma dos valores da Freqüência Relativa, Densidade Relativa e Dominância Relativa. Os dados referentes à altura e ao diâmetro dos indivíduos de cada sítio de trabalho foram divididos em classes e analisados de forma comparativa.

28 CARANGUEJO-UÇÁ A caracterização da população do caranguejo-uçá foi feita em parcelas, onde também foram realizadas as medidas de estrutura dos bosques de mangue, para posteriormente serem feitas as correlações entre os atributos estruturais da vegetação e os atributos biométricos e populacionais dessa espécie. Em cada sítio de trabalho foram demarcadas cinco parcelas de 25 m 2 ao longo de transecções de 100 m (n=3) para a estimativa da densidade e captura dos caranguejos. A densidade dos indivíduos foi estimada por dois métodos: i) Contagem das Galerias (CG) contagem do número de galerias contidas nas parcelas (galerias. m -2 ), cuja posição ao longo da transecção de 100 m foi alternada em intervalos de 20 m e ii) Captura dos Indivíduos (CI) captura dos indivíduos existentes nas galerias (ind. m -2 ). Para minimização do erro amostral, as galerias dos U. cordatus foram identificadas pela posição oblíqua que sua abertura apresenta em relação à superfície do sedimento e formato interno (COSTA, 1972), o que as diferencia daquelas escavadas por outros caranguejos (ex. espécimes do gênero Uca). Sendo também classificadas em quatro categorias: 1) Fechadas (FEC) - galerias apresentando a abertura oclusas por um tampão de sedimento úmido ou com abertura não evidente (localmente chamada de batumada ), neste caso, a galeria é reconhecida pela elevação e textura diferenciada do sedimento, sendo confirmada por escavação; 2) Aberta com Atividade Biogênica (AAB) galeria que apresenta na proximidade da abertura lama fluida, fezes e/ou rastros; 3) Aberta com Dupla Abertura (ADA) galeria confirmada por escavação e considerada como sendo uma única galeria para as análises e 4) Abandonadas (ABA), que não possuem qualquer atividade biogênica ao seu redor.

29 15 A densidade realizada pelo método CG (galerias. m -2 ) foi estimada pela soma do número de galerias do tipo AAB, FEC e ADA. As galerias abandonadas não foram consideradas para as análises. Já a estimativa da densidade através do método CI (ind. m -2 ) foi realizada a partir dos caranguejos retirados das galerias somados aos indivíduos não capturados, mas identificados como presentes nas mesmas. Esta identificação foi feita através da observação da atividade biogênica existente na galeria ou pelo caranguejeiro, isto é, o catador conseguiu tocar o animal certificando-se da sua presença na galeria, mas não conseguiu capturá-lo. A identificação do sexo dos caranguejos foi feita com base no dimorfismo sexual externo e através das medidas de largura da carapaça (LC; cm) COSTA (1972), utilizando paquímetro com 0,05 mm de precisão. O tamanho dos caranguejos foi definido pela largura da carapaça (LC), sendo a medida feita de uma extremidade a outra no eixo de maior dimensão da mesma. O peso (P) de cada exemplar foi obtido com o auxílio de uma balança digital (precisão de 0,01 g), após a limpeza dos animais para a retirada da lama aderida ao indivíduo. A produtividade do caranguejo-uçá foi estimada através da biomassa (t. ha -1 ), multiplicando-se o valor do peso médio de caranguejos (g) pelo estoque de caranguejos, sendo que o estoque representa o número médio de indivíduos por área (ind. ha -1 ), estimado a partir dos valores de densidade ANÁLISE DE DADOS Os dados brutos referentes à vegetação e aos caranguejos foram previamente testados quanto à normalidade, através do teste de Lilliefors. Nos casos

30 16 de ausência dessas premissas, os dados foram transformados em log(x+1) ou raiz quadrada(x), para homogeneização das variâncias (AYRES et al, 2007) VEGETAÇÃO Os valores de cada atributo estrutural das árvores vivas e mortas por espécie arbórea de mangue foram comparados entre os sítios através da análise de variância (ANOVA - um fator). A regressão linear foi utilizada para analisar a arquitetura do bosque através da relação entre os valores de (DAP), altura total (AT) e densidade (De). As análises foram realizadas no programa BioEstat 5.0 (AYRES et al. 2007) CARANGUEJO-UÇÁ A densidade (dos métodos CG e CI), biomassa, comprimento e peso das populações de caranguejo-uçá foram comparados entre os sítios de trabalho, através da análise de variância (ANOVA - um fator). Em caso de diferença significativa, todas as médias foram comparadas a posteriori pelo Teste de Tukey (5%), segundo a rotina do Software BIOESTAT 5.0. A proporção sexual em cada sítio foi determinada através do teste do Quiquadrado (χ 2 ). A relação Peso/Largura da carapaça (P/LC) foi estabelecida e submetida à análise de regressão. Esta relação segue um modelo de crescimento relativo do tipo Y=a.X b, onde Y= peso úmido (g), X= largura da carapaça (cm), sendo b o coeficiente alométrico. A relação é considerada isométrica quando b = 3 (FROESE 2006). Como esta relação não é linear os dados foram logaritmizados (ln), sendo a equação matemática representativa desta relação ln(y) = ln (a) + b ln(x). O coeficiente de determinação (R 2 ) foi utilizado como indicador de validade da regressão linear. A alometria ou isometria desta relação foi estabelecida pelo teste-t,

31 17 sendo isométrico (b=3), alométrico positivo (b>3) e alométrico negativo (b<3) (ZAR, 2008). A equação obtida também foi utilizada para a correção de peso dos indivíduos com ausência de alguns apêndices, para posterior estimativa da biomassa do U. cordatus na área da RESEXM. O potencial extrativo imediato e futuro de U. cordatus foi calculado para cada uma das áreas de manguezal, baseando-se na abundância de animais com tamanho superior a 6,0 cm, respectivamente. Este é o tamanho mínimo de captura que consta da Portaria IBAMA No.034/03-N, de 24/06/2003, que trata do defeso pesqueiro do recurso caranguejo-uçá para as regiões Norte e Nordeste do Brasil ASSOCIAÇÃO DO CARANGUEJO-UÇÁ COM A VEGETAÇÃO DE MANGUE Os dados de densidade e Largura de Carapaça de U. cordatus foram correlacionados aos parâmetros da vegetação arbórea dos manguezais de cada sítio de trabalho, sendo inicialmente submetidos a uma análise de correlação linear de Pearson (r 2 ) (ZAR, 1999), para avaliação individual dessas variáveis e determinação daquelas de maior efeito sobre a estrutura populacional do caranguejo-uçá. Posteriormente esta relação também foi comparada pela análise de semelhança observada na Distribuição Espacial de Densidade de Kernel através do software ArcGis 9.0. Segundo Araújo (2007) e Campos (2007) o estimador de intensidade Kernel Estimation é originalmente feito para análises pontuais ou para padrões pontuais possibilitando visualizar o estado de toda a área em questão com seus respectivos pesos. Podendo-se realizar uma contagem total por região (sítio). O raio de extrapolação para o estimador de intensidade Kernel foi estimado através da

32 18 transformação da área total correspondente às amostragens populacionais do caranguejo-uçá (1ha = m 2 ) em sistema linear (Km), o que é equivalente a 5 Km para cada sítio. Em seguida o dado linear foi transformado em graus (0,04º) para a inserção no programa ArcGis. As regiões com altas, médias, baixas e muito baixas concentrações foram representadas, respectivamente, pelas cores: laranja, amarelo escuro, amarelo claro e azul, sendo a ausência de valores ou informações representada pela cor branca. 4. RESULTADOS 4.1. VEGETAÇÃO Em todos os sete sítios de trabalho foram registrados os gêneros botânicos, Rhizophora, Avicennia e Laguncularia. Houve predominância de Rhizophora, que do total de 2808 árvores contadas representou aproximadamente 74%, seguido dos gêneros Avicennia (20%) e Laguncularia (6%). Na análise comparativa das médias de todos os atributos estruturais avaliados entre os três gêneros botânicos, Laguncularia apresentou os menores valores percentuais (Tabela 1). A mesma tabela apresenta os resultados da análise entre os sítios para cada tipo de mangue considerando os atributos estruturais. A variável Altura apresentou diferença significativa para os gêneros Laguncularia e Rhizophora (ANOVA, F=8,48; gl=6; p<0,01 e F=3,03; gl=6; p<0,01,respectivamente). Considerando a variável DAP apenas Laguncularia apresentou diferença significativa entre os sítios (ANOVA, F=2,44; gl=6; p<0,05), ao passo que apenas o gênero Avicennia apresentou diferença significativa entre os sítios para os atributos De (ANOVA, F =3,65; gl=6; p<0,01) e VI (ANOVA,F=1,41; gl=6; p<0,05).

33 19 Tabela 1. Valores médios dos parâmetros estruturais dos gêneros arbóreos Avicennia (Av), Rhizophora (Rh) e Laguncularia (La) nos sete sítios de Trabalho na RESEXM Maracanã, Maracanã Pará Brasil. DAP = Diâmetro à Altura do Peito, DP = Desvio Padrão. Altura média (m) DAP médio (m) Densidade Relativa (%) Dominância Relativa (%) Valor de Importância Sítio Av La Rh Av La Rh Av La Rh Av La Rh Av La Rh #01 22,10 3,52 12,14 45,53 4,10 16,32 21,73 4,08 74,19 60,19 0,21 39,60 127,48 13,18 159,34 #02 17,85 3,35 9,83 54,61 4,30 14,40 12,28 9,09 78,63 46,87 2,34 50,79 104,71 20,32 174,97 #03 18,96 5,50 12,08 47,06 6,73 18,70 12,76 7,34 79,90 40,75 0,68 58,57 93,51 21,35 185,14 #04 16,86 7,32 13,03 32,00 8,97 17,72 22,44 7,52 70,04 46,14 1,38 52,48 110,80 24,46 164,74 #05 14,63 6,31 10,86 29,36 7,24 14,45 16,43 8,02 75,56 36,78 2,34 60,88 92,10 25,91 181,99 #06 16,66 5,02 13,40 28,48 5,26 16,31 20,84 14,79 64,38 34,40 7,69 57,91 94,12 41,37 164,51 #07 16,86 3,58 10,20 40,88 4,14 21,48 35,60 2,05 62,35 56,07 0,07 43,86 138,33 8,79 152,87 Média±DP 17,7±2,3 4,9±1,5 11,6±1,3 39,7±10,0 5,8±1, 8 17,0±2,5 20,3±7,9 7,5±4,0 72,1±6,8 45,8±9,5 2,1±2,6 52,0±7,9 108,7±18,1 22,2±10,4 169,0±11,9 Nível de Significância n.s. p<0,001 p<0,001 n.s. p<0,05 n.s. p<0,01 n.s. n.s. n.s. n.s. n.s. p<0,05 n.s. n.s. p<0,001 p<0,001 p<0,001 p<0,001 p<0,001

34 20 As árvores de mangue mensuradas em cada sítio de trabalho foram agrupadas em classes de Altura. No Sítio#01 as classes menores de Altura tiveram a predominância de Rhizophora, sendo as maiores dominadas pelo gênero Avicennia. No Sítio#02, Avicennia apresentou o maior número de árvores em todas as classes de Altura. No Sítio#03, o gênero Rhizophora teve o maior número de árvores nas classes menores, no entanto, apenas neste sítio, Rhizophora superou em número de árvores de Avicennia, na classe 6 (>25 m). As árvores de Rhizophora e Avicennia no Sítio#04 apresentaram-se melhor distribuídas entre as classes de Altura em comparação aos outros sítios, tendo Rhizophora dominado quase todas as classes, com exceção da classe 6 (> 25 m). No Sítio#05 as classes 1 e 2 (1 a 10 e 10 a 20 cm, respectivamente) concentraram o maior número de árvores de todos os três gêneros botânicos mensuradas neste sítio. O Sítio#06 foi o único a ter o gênero Laguncularia com um número representativo de árvores nas primeiras classes de Altura, tendo este gênero dominado a classe 1 (0,50 a 10 m). O Sítio#07 semelhante à maioria dos outros sítios teve o gênero Rhizophora em maior número em quase todas as classes, a exceção das classes de maiores Alturas dominadas por Avicennia (Figura 4).

35 21 0, >25 0, >25 0, >25 0, >25 0, >25 0, >25 0, >25 Figura 4. Distribuição dos indivíduos de Ucides cordatus em Classes de Altura para os três gêneros botânicos nos sete sítios de trabalho da RESEXM Maracanã, Maracanã Pará.

36 22 A distribuição em classes de DAP das árvores de mangue demonstrou que os menores valores de DAP possuíram o maior número de árvores no Sítio#01, sendo o gênero Rhizophora o mais dominante nestas classes. Por outro lado, no Sítio#02 houve predomínio em todas as classes de DAP do gênero Avicennia. Já no Sítio#03 o gênero Rhizophora apresentou o maior número de árvores nas classes com menores valores de DAP, dominando isoladamente a classe 3 (20 a 30 cm). O Sítio#04 apresentou o maior número de árvores de Rhizophora em quase todas as classes, com exceção da classe 6 (>50 cm) de DAP, cujo maior número de árvores foi de Avicennia. No Sítio#05 as classes 1 e 2 (1 a 10 e 10 a 20 cm, respectivamente) concentraram o maior número de árvores de todos os três gêneros botânicos mensuradas neste sítio. O Sítio#06 apresentou um número elevado de árvores do gênero Laguncularia na classe 1 (1 a 10 cm) de DAP, sendo esta a maior representatividade deste gênero em comparação aos demais sítios de trabalho. A distribuição das árvores nas classes do Sítio#07 foi semelhante à maioria dos outros sítios, pois teve o gênero Rhizophora em maior número em quase todas as classes, com exceção das classes de maior valor dominadas por Avicennia (Figura 5).

37 Figura 5. Distribuição dos indivíduos de Ucides cordatus em Classes de DAP para os gêneros botânicos nos sete sítios de trabalho da RESEXM Maracanã, Maracanã Pará. 23

38 24 A regressão linear entre a Densidade e o DAP das três espécies de mangue presentes nos sete sítios de trabalho, mostrou uma correlação negativa e não significativa entre essas duas variáveis. Por outro lado, a relação entre Altura e DAP foi positiva e significativa para quase todos os sítios, com exceção do Sítio#04, onde esta relação foi significativa e negativa para o gênero Avicennia (Tabela 2). Tabela 2. Resumo da análise de regressão, tendo as Densidades e Alturas de Rhizophora e Avicennia como variáveis dependentes e os DAP s destes mesmos gêneros como variáveis independentes. Onde, DAP Av = Diâmetro a Altura do Peito de Avicennia; De Av= Densidade de Avicennia; Al Av = Altura de Avicennia; DAP Rh = Diâmetro a Altura do Peito de Rhizophora; De Rh = Densidade de Rhizophora; Al Rh = Altura de Rhizophora. Sítio Pares R 2 Equação F p De Av x DAP Av 0,11 00,17 0,68 #01 Al Av x DAP Av 0,75 Y= 0,212X + 12,27 16,88 0,01 De Rh x DAP Rh 0,03 00,01 0,89 Al Rh x DAP Rh 0,39 02,47 0,14 #02 #03 #04 #05 #06 #07 De Av x DAP Av 0,02 00,01 0,91 Al Av x DAP Av 0,87 Y= 0,223X + 5,46 40,65 0,01 De Rh x DAP Rh 0,35 01,93 0,18 Al Rh x DAP Rh 0,86 Y= 0,453X + 3,55 40,17 0,01 De Av x DAP Av 0,07 00,05 0,80 Al Av x DAP Av 0,85 Y= 0,248X + 7,26 32,27 0,01 De Rh x DAP Rh 0,08 00,09 0,76 Al Rh x DAP Rh 0,44 03,27 0,09 De Av x DAP Av 0,45 03,46 0,08 Al Av x DAP Av 0,80 Y= -0,202X + 8,54 23,20 0,01 De Rh x DAP Rh 0,33 01,59 0,22 Al Rh x DAP Rh 0,86 Y= 0,482X + 4,47 37,51 0,01 De Av x DAP Av 0,24 00,73 0,58 Al Av x DAP Av 0,88 Y= 0,515X - 0,51 42,15 0,01 De Rh x DAP Rh 0,33 01,64 0,22 Al Rh x DAP Rh 0,74 Y= 0,414X + 4,86 16,19 0,01 De Av x DAP Av 0,25 00,86 0,62 Al Av x DAP Av 0,93 Y= 0,395X + 5,40 77,77 0,01 De Rh x DAP Rh 0,26 00,96 0,65 Al Rh x DAP Rh 0,53 Y= 0,402X + 6,83 05,18 0,03 De Av x DAP Av 0,18 00,47 0,50 Al Av x DAP Av 0,40 02,58 0,12 De Rh x DAP Rh 0,21 00,65 0,56 Al Rh x DAP Rh 0,32 01,53 0,23

39 CARANGUEJO-UÇÁ Nos sete sítios de trabalho distribuídos ao longo da RESEXM Maracanã, foi contado um total de 3586 galerias, com média de 1,37±0,46 galerias. m -2, sendo o menor valor registrado no Sítio#07 (0,77±0,38 galerias. m -2 ) e o maior no Sítio#05 (2,02±0,70 galerias. m -2 ). A análise de variância mostrou que houve diferença significativa entre o número de galerias contadas em cada sítio (ANOVA, F=16,23; gl=6; p<0,001) (Figura 6). Figura 6. Número de galerias. m -2 de Ucides cordatus contadas por sítio de trabalho na RESEXM de Maracanã, Maracanã Pará. Médias seguidas da mesma letra não diferiram significativamente, através da análise de variância (ANOVA-um critério). As barras representam o erro padrão. A densidade das galerias do tipo aberta apresentou diferença entre os sítios analisados (ANOVA, F=6,62; gl=1; p<0,001), com média de 0,78±0,21 galerias. m -2. Na análise da densidade também foi confirmada diferença significativa entre as áreas em relação às médias registradas para as galerias fechadas (ANOVA, F=12,9; gl=1; p<0,001) média de 0,38±0,17 galerias m -2,

40 26 com dupla abertura (ANOVA, F=8,67; gl=1; p<0,001) média de 0,20±0,11 galerias m -2 e abandonadas (ANOVA, F=2,84; gl=1; p=0, 013) média de 0,27±0,07 galerias m -2 (Fig. 08). Figura 7. Estimativas de densidade média para cada tipo de galeria de Ucides cordatus nos sete sítios da RESEXM Maracanã- Maracanã Pará. Médias seguidas de uma mesma letra, dentro do mesmo gráfico não diferiram significativamente entre si, através da análise de variância (ANOVA-um critério). As barras representam o erro padrão. Do total de galerias contadas foram retirados 1085 caranguejos, com média de 1,10±0,39 ind. m -2. O número percentual de caranguejos retirado das galerias somado ao percentual de caranguejos não capturados, mas identificados como presentes nas mesmas, representou cerca de 80% do número de galerias existentes nos sete sítios. A análise de variância mostrou que houve diferença significativa entre o número médio de galerias e o número médio de caranguejos para os sete sítios

41 27 amostrados (ANOVA, F=9,46; gl=1; p<0,001). Também houve diferenças entre as densidades de galerias e de caranguejos por sítio, sendo estas apenas para os Sítios #02 e #06. A análise comparativa apenas para caranguejos mostrou diferença significativa entre os sítios (ANOVA, F=12,60; gl=6; p<0,001). Assim como também para as densidades de galeria (ANOVA, F=10,42; gl=6; p<0,001). As maiores médias de caranguejos e galerias foram encontradas no Sítio#05, 1,67±0,54 ind. m -2 e 2,02±0,70 galerias. m -2 e as menores no Sítio#07, 0,61±0,20 ind m -2 e 0,77±0,40 galerias m -2 (Tabela 3). Tabela 3. Resultados das análises de variância (ANOVA-um critério) das estimativas de densidade para Ucides cordatus pelo método de Contagem de Galeria (CG) e Captura dos Indivíduos (CI) (Média±Desvio Padrão), para os sete sítios na RESEXM Maracanã, Maracanã - PA. Médias seguidas de uma mesma letra, dentro da mesma coluna não diferiram significativamente. gl=grau de liberdade, SQ=Soma dos Quadrados, QM=Quadrado médio, F=teste F, P=nível de significância. Sítio Galeria Caranguejo GL SQ QM F p #01 #02 #03 #04 #05 #06 #07 Total 1,22±0,98 b 0,98±0,36 AB 1 0,42 0,42 2,44 0,12 1,66±0,33 ab 1,30±0,24 AB 1 0,97 0,97 11,73 0,01 1,45±0,52 ab 1,18±0,43 B 1 0,54 0,54 2,41 0,12 1,63±0,90 ab 1,34±0,73 AB 1 0,63 0,63 0,94 0,65 2,02±0,70 a 1,67±0,54 A 1 0,88 0,88 2,26 0,14 0,82±0,29 bc 0,62±0,20 B 1 0,32 0,32 5,24 0,02 0,77±0,38 bc 0,61±0,20 B 1 0,19 0,19 2,15 0,15 1,37±0,46 1,10±0, ,72 17,72 9,46 0,001 Dos 1085 caranguejos coletados e mensurados nos sítios de trabalho 663 eram machos (61%) e 422 fêmeas (39%). Assim, a razão sexual M:F foi de 1,5M:1F não diferindo estatisticamente da proporção de 1:1 teoricamente

42 28 esperada, considerando os sete sítios de coleta(χ 2 =9,75; gl=6; p=0,13) (Figura 8). Figura 8. Percentual de indivíduos machos e fêmeas de Ucides cordatus por sítio de trabalho na RESEXM de Maracanã, Maracanã Pará. A distribuição de freqüência das classes de tamanho de U. cordatus nas áreas de manguezal mostrou tendência à unimodalidade, independente do sexo. Dos indivíduos capturados, 26% apresentaram tamanho inferior a 6 cm de Largura de Carapaça e 74% tamanho superior a este (Figura 9). As médias de largura de Carapaça (LC) para o total de exemplares capturados diferiram entre os sete sítios analisados (F=10,50; gl= 6; p<0,001), sendo os animais de maior porte registrados no Sítio#04 e #05 e os menores no Sítio#07 (Tabela 4).

43 29 Figura 9 Distribuição percentual de Ucides cordatus (machos + fêmeas) por classes de Largura de Carapaça (LC), considerando os sete sítios na RESEXM de Maracanã, Maracanã Pará. Os machos de U. cordatus apresentaram tamanhos variando de 3,2 a 8,9 cm, com média de 6,7±0,2 cm, verificando-se contraste entre as médias de LC dos sítios (ANOVA, F=7,19; gl=6 ; p<0,001), com o menor valor médio para o Sítio#01. As fêmeas apresentaram tamanhos diferentes, variando de 2,6 a 8,6 cm, com média de 6,5±1,2 cm, muito similar a dos machos, tendo sido observada diferença significativas entre todos os sítios (ANOVA, F=705,6; gl=6; p<0,001). A distribuição de freqüência de tamanho para os caranguejos machos capturados, independente do sítio de trabalho, mostrou concentração desses indivíduos nas classes de maiores tamanhos. Tendo as fêmeas apresentado distribuição nas menores classes em grande parte dos sítios em comparação aos machos.

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