LITERATURA E HIPERTEXTO EM O CASTELO DOS DESTINOS CRUZADOS 1

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "LITERATURA E HIPERTEXTO EM O CASTELO DOS DESTINOS CRUZADOS 1"

Transcrição

1 LITERATURA E HIPERTEXTO EM O CASTELO DOS DESTINOS CRUZADOS 1 Maria Elisa Rodrigues MOREIRA (UFMG. Bolsista CNPq) 2 Resumo em português Partindo de uma aproximação entre o conceito de hipertexto apontado por Pierre Lévy e os valores literários reivindicados por Italo Calvino em Seis propostas para o próximo milênio, o presente trabalho apresenta uma proposta de leitura de O castelo dos destinos cruzados, também de Italo Calvino, que utiliza o hipertexto como referencial teórico-metodológico. Essa leitura possibilita um transitar mais fluido e complexo pela obra do escritor italiano, enriquecendo sua análise a partir de uma nova perspectiva. Palavras-chave: Hipertexto; Literatura; Italo Calvino. As reflexões acerca das possíveis relações entre arte, linguagem e tecnologia e sobre suas formas de interação e diálogo têm na teoria das redes um rico instrumento de análise, que propicia um deslocamento nas formas tradicionais de produção de sentido e abre caminhos para um mundo de novas possibilidades de construção coletiva da subjetividade. No âmbito literário, o modelo hipertextual conforme tratado por Pierre Lévy (1996) parece apresentar a mais interessante perspectiva reticular de reflexão, ligando a linguagem à ampliação das novas tecnologias e à informatização da sociedade. Conforme o autor qualquer texto pode, por suas próprias características, ser considerado uma entidade virtual: independentemente do suporte em que se apresenta, o texto é uma problemática atualizada a cada forma de apresentação e a cada leitura que dele se faz. O texto é, assim, retalhado e depois costurado pelo leitor numa tessitura única que pode tanto criar quanto desconsiderar elos e conexões da trama textual. O processo de leitura, sob esse prisma, aparece como uma forma de hipertextualização independente do suporte informático; este, como as outras tecnologias intelectuais (LÉVY, 1993), virtualiza e exterioriza um processo mental. Mas o processo de virtualização ultrapassa o aspecto puramente tecnológico, só realizando-se a partir do momento em que há interação entre a técnica e a subjetividade humana, num processo reticular de produção de sentidos e saberes. Assim, mais que um instrumento para 1 Trabalho apresentado ao Grupo de Discussão Hipertexto e Literatura: por um modelo reticular de leitura, no III Encontro Nacional sobre Hipertexto, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, Belo Horizonte, Mestre em Teoria da Literatura e doutoranda em Literatura Comparada, elisarmoreira@gmail.com. 1

2 agilizar a produção de textos clássicos, o hipertexto e outros suportes informatizados são um novo universo de criação e de leitura dos signos (LÉVY, 1996, p. 41). São deslocados, assim, os papéis do leitor e do autor, que passam a se intercambiar; o leitor passa a escrever/inscrever sua leitura; cada leitura, ao atualizar o hipertexto original, é também uma forma de virtualizá-lo, introduzindo elementos novos e criativos. O hipertexto propicia uma relação diferente entre texto e leitor, possibilitando a formação de um novo sujeito, estabelecendo uma forma de comunicação e produção de sentido na qual a técnica é um dos elementos de uma rede na qual o sujeito está imerso. Esse processo de virtualização textual vem sendo buscado, há algum tempo, pela própria literatura. Em O Sonho de Mallarmé, Arlindo Machado (1993) nos apresenta uma série de experimentações literárias realizadas por autores que, perseguindo o Livre de Mallarmé, buscavam alcançar um texto diferente da obra literária tradicional, um texto que permitisse ao leitor participar mais diretamente da condução dos rumos da obra. Muitas dessas experiências, inclusive as que utilizam algum suporte tecnológico, se resumem no entanto a transcrever para o novo meio algo que já existia no papel. Pensar a literatura e a leitura a partir do modelo do hipertexto não é simplesmente pensar neste como uma técnica, e sim nas novas possibilidades de produção de sentido e conhecimento que ele pode permitir. Trata-se de explorar a tecnologia como alteridade, como meio de produção distinto, de interagir com ela em busca de um novo resultado, isto é, buscando novas possibilidades literárias e estéticas, num outro parâmetro de interação entre autor, texto e leitor, em que o suporte computacional é utilizado como elemento de criação. Hipertexto e literatura: fronteiras conceituais Partindo da caracterização feita por Pierre Lévy acerca do hipertexto, é possível estabelecermos algumas aproximações entre o mesmo e a literatura. Para tanto, tomarei como referência os apontamentos de Italo Calvino em Seis propostas para o próximo milênio (1995), obra em que ele enumera valores que considera essenciais à literatura num contexto de mudanças tecnológicas. Ao propor o modelo do hipertexto como uma metáfora válida para todas as esferas da 2

3 realidade em que significações estejam em jogo (LÉVY, 1996, p. 25), Lévy caracteriza o hipertexto a partir dos seis princípios abaixo enunciados: a) princípio de metamorfose, que garante a constante (re)construção da rede hipertextual por todos os atores envolvidos, sejam eles do domínio humano ou técnico; b) princípio de heterogeneidade, definido pela variedade de materiais significativos e de atores envolvidos nas mais diversas formas de associação; c) princípio de multiplicidade, pelo qual a rede se desenvolve de forma fractal, de tal modo que um nó pode conter toda uma rede e assim por diante; d) princípio de exterioridade, segundo o qual a rede se constrói e se movimenta a partir de elementos externos ao sistema; e) princípio de topologia, que possibilita aos hipertextos o funcionamento espacial, por movimentos de proximidade: a rede não está no espaço, ela é o espaço (LÉVY, 1993, p. 26); f) princípio de mobilidade dos centros, que indica a presença simultânea na rede de diversos centros, que se modificam a cada movimento de sentido. Os traços característicos reivindicados para a literatura por Calvino leveza; rapidez; exatidão; multiplicidade e visibilidade em muito se aproximam das características do hipertexto apontadas anteriormente, apesar de Calvino estar falando a respeito da literatura impressa, do que ele chama objeto-livro. O que Calvino deseja é uma literatura leve, um estilo ágil, capaz de retirar da linguagem e da estrutura narrativa qualquer elemento de peso. Ao falar de leveza e rapidez, ele fala de movimento, de vivacidade, de mobilidade. É a busca de uma literatura que permita a continuidade da passagem de uma forma a outra (CALVINO, 1995, p. 21), a leveza da gravidade sem peso. Calvino quer um leitor semelhante a Guido Cavalcanti, personagem de Bocaccio que ele nos apresenta: um leitor que seja capaz de saltar, com agilidade e precisão, sobre as possíveis redes de significações do texto, tecendo um percurso tênue, mas marcante. Suas caracterizações da leveza e da rapidez em muito se aproximam dos princípios de metamorfose e mobilidade dos centros apontados por Lévy. A ideia de uma narrativa construída em nós, em ligações fragmentárias que podem conter em si uma nova rede textual é, segundo Calvino, o princípio narrativo de As mil e uma noites, e de algumas de suas obras, como O castelo dos destinos cruzados (1994). 3

4 O que Calvino solicita é uma literatura que se adeque à rapidez e à velocidade informacional que dominam o espaço contemporâneo, exigindo a economia da narrativa e a manutenção do desejo do leitor, num momento em que os acontecimentos, independentemente de sua duração, se tornam punctiformes, interligados por segmentos retilíneos, num desenho em ziguezagues que corresponde a um movimento ininterrupto (CALVINO, 1995, p. 48). A literatura que Calvino propõe que seja leve e rápida é, assim, dona de uma textualidade ágil, móvel, desenvolta uma literatura dinâmica tanto no aspecto referente à produção da obra quanto no tocante à experiência da leitura. Não é à toa que Calvino escolhe Mercúrio como emblema dessa literatura: ele é leve, aéreo, hábil. Seus pés alados o transformam num desenvolto vetor de comunicação, num poderoso transmissor/produtor de significações. Se essa é a obra com a qual ele sonha, parece-nos ser esse também o leitor que ele deseja: um sujeito capaz de acompanhar os voos de Mercúrio com a mesma agilidade, um Perseu que calce suas sandálias aladas e estabeleça com Mercúrio uma rede de trocas. Essa literatura em movimento parece ter encontrado no hipertexto mas não exclusivamente o espaço para seu pleno desenvolvimento, já que o hipertexto permite a objetivação desses novos elementos requisitados para a obra literária: O hipertexto é dinâmico, está perpetuamente em movimento. Com um ou dois cliques, obedecendo por assim dizer ao dedo e ao olho, ele mostra ao leitor uma de suas faces, depois outra, um certo detalhe ampliado, uma estrutura complexa esquematizada. Ele se redobra e desdobra à vontade, muda de forma, se multiplica, se corta e se cola outra vez de outra forma. (LÉVY, 1993, p. 41) Se a rapidez e a leveza encontram no hipertexto o espaço ideal de desenvolvimento, o mesmo acontece com outras duas qualidades solicitadas por Calvino para a literatura contemporânea: a exatidão e a multiplicidade. A exatidão, segundo ele, nada tem a ver com a univocidade, e se aproxima das noções de definição, de precisão, de nitidez da obra. Exatidão em oposição à inconsistência e à perda de forma. Não que a obra deva possuir uma significação única, e sim que ela apresente uma precisão na variabilidade das possibilidades: A obra literária é uma dessas mínimas porções nas quais o existente se cristaliza numa forma, adquire um sentido, que não é nem fixo, nem definido, nem enrijecido numa imobilidade mineral, mas tão vivo quanto um organismo (CALVINO, 1995, p. 84). A essa forma exata associa-se a obra múltipla, a enciclopédia aberta. A literatura contemporânea deve ser uma rede de conexões entre os mais heterogêneos elementos 4

5 significativos, fatos narrativos, técnicas, pessoas, imagens, sons. Uma obra precisa, mas capaz de proporcionar múltiplas construções significativas: Hoje em dia não é mais possível uma totalidade que não seja potencial, conjectural, multíplice. (...) Mesmo que o projeto geral tenha sido minuciosamente estudado, o que conta não é o seu encerrar-se numa figura harmoniosa, mas a força centrífuga que dele se liberta, a pluralidade das linguagens como garantia de uma verdade que não seja parcial. (CALVINO, 1995, p. 131) Já a questão da visibilidade apresentada por Calvino refere-se a dois processos: a palavra que deixa transparecer uma imagem, ou a imagem que se transfigura em palavras ele fala em pensar por imagens. Esse pensar por imagens é, de certa forma, o modo de funcionamento do hipertexto, no qual o princípio de topologia apontado por Pierre Lévy assegura a importância dos ícones e da formatação visual da tela na leitura e na criação hipertextual. As imagens devem ser carregadas de significações, possibilitando a rápida associação dos elementos na hipernavegação. Essa é, segundo Calvino, a forma de pensamento do poeta, que no hipertexto encontra-se externalizada na tela: A mente do poeta, bem como o espírito do cientista em certos momentos decisivos, funcionam segundo um processo de associação de imagens que é o sistema mais rápido de coordenar e escolher entre as formas infinitas do possível e do impossível (CALVINO, 1995, p. 107). Assim, a visibilidade no hipertexto vai além da construção de significações possíveis, funcionando como interface, como agente interativo entre autor/leitor/texto, possibilitando a movimentação topológico-sensorial. O que procurei destacar com essa breve aproximação conceitual entre o hipertexto e a literatura é que os eixos caracterizadores do hipertexto já se encontram, de certa forma, anunciados nos paradigmas da teoria da literatura, auxiliando-nos a pensar o literário sob o prisma da rede e das possibilidades significativas que este nos oferece. É possível pensar, assim, a leitura como uma experiência de novo tipo, na qual autor e leitor precisam reconfigurar suas áreas de atuação, em um ambiente que permite uma maior interação entre ambos e que exige uma participação mais ativa por parte do sujeito leitor. O castelo dos destinos cruzados O castelo dos destinos cruzados nos apresenta diversas histórias, que se entrecruzam pelo fato 5

6 de seus protagonistas estarem dividindo o mesmo espaço. Em volta da mesa de um castelo ou de uma taverna várias personagens narram, através de um baralho de tarô, a história de suas vidas. Para o desenvolvimento desta história, Calvino dispôs de dois campos narrativos: a narrativa do tarô e a narrativa literária, articuladas pelo movimento dos personagens e do narrador. A partir da distribuição espacial das cartas na mesa, tempo, ação e personagens vão sendo delimitados. E a história do castelo só se completa com a participação de todos os personagens, com a junção de todas as pequenas histórias que, se não se cruzam no campo da diegese, se encontram no campo discursivo. A mesa do castelo vai sendo preenchida com os elementos escolhidos pelo personagem que apresenta sua história. Essa narrativa, no entanto, só se efetiva com a participação do leitor-intérprete, no caso, o narrador. A interação se faz necessária para que a história do castelo possa ser construída, e os personagens que circundam a mesa constroem uma rede cuja centralidade se desloca a cada momento. A narrativa de Calvino começa com um bosque que precisa ser atravessado e no qual se encontra um castelo para dar pousada aos viajantes. Estes parecem ser nobres abastados e, sentados ao redor da mesa do castelo, percebem que a travessia do bosque deixara mudos todos aqueles que o cruzaram. Como, então, iniciar uma narrativa? A única coisa que surge sobre a mesa é um baralho de tarô. Não para predizer o futuro, mas para narrar passado e presente. Um dos personagens se encarrega de iniciar a narrativa, pegando as cartas e escolhendo aquela que dará início ao seu relato. Aqui não há nada da aleatoriedade dos jogos de tarô: cada carta é escolhida no maço, e tem sua posição definida pelas que a antecedem e que virão a sucedê-la. A escolha das cartas baseia-se na semelhança entre os elementos que elas carregam e a história que vai ser narrada. Ou, pelo menos, é esta leitura, iconográfica, que o narrador faz das cartas. A carta é posta na mesa. A ela o narrador atribui o sentido: trata-se de um jovem nobre, abastado, aventureiro e ambicioso. A significação, no entanto, só se completa no momento do próximo movimento do personagem, que enfileira mais três cartas sobre a mesa. O narrador continua a nos contar sua leitura das cartas e a construir uma narrativa a partir dos elementos dispostos sobre a mesa: o rei de ouros, pai do jovem cavaleiro, faleceu, deixandolhe uma herança considerável [dez de ouros]. O jovem, com isso, parte em viagem, chegando 6

7 ao bosque que todos tinham atravessado, representado pelo nove de paus. Segundo o narrador-leitor, o início da história poderia ser este (CALVINO, 1994, p. 18). O personagem acrescenta outras cartas às já dispostas sobre a mesa. O narrador, por sua vez, também continua, contando-nos sua história, atualizando pela leitura os elementos narrativos dispostos: no bosque, o cavaleiro foi surpreendido por um bandido [a forca], que o deixou em uma triste situação [o enforcado]. Felizmente, apareceu uma bela jovem [a temperança], que poderia salvá-lo. Tal salvação, no entanto, só se concretiza com a próxima sequência de cartas: a fonte representada pelo ás de copas, indicando a liberdade do homem e o encontro amoroso lido na inscrição do dois de copas, amore mio não apenas levavam a crer na salvação do nobre, como também em uma história de amor entre ele e sua salvadora. Enquanto o narrador serve-se dessa forma narrativa, o nobre cavaleiro põe sobre a mesa três outras cartas capazes de mudar o rumo da história: o sete de paus, colocado primeiro, indicava que o jovem voltara ao bosque, e que o encontro amoroso, assim, não fora duradouro. O nobre, então, inicia uma nova sequência de cartas, à esquerda da primeira. O deslocamento espacial aparece como determinante de um novo tempo e de uma modificação nos rumos da ação até então narrada. O cenário passa a ser outro e isso, segundo o narrador, deixa-o desconcertado em sua leitura das cartas. Apesar de desconcertado, o narrador segue em sua leitura/narrativa: o jovem nobre havia encontrado uma esposa de alta estirpe [a imperatriz], e as núpcias foram comemoradas com um belo banquete [oito de copas]. Até que, interrompendo essa linha de significação traçada, surge um novo elemento: o cavaleiro de espadas. Um imprevisto interrompera a festa. As cartas continuavam a ser colocadas e nosso narrador, que agora parecia não muito seguro de sua interpretação, acaba por declarar: Não nos restava senão arriscar conjecturas. É arriscando significações que o narrador continua criando sua leitura da história: um menino [o sol] fora visto correndo no bosque, levando um manto ricamente bordado o mesmo manto que o nobre perdera ao ser atacado no bosque. Ao tentar alcançar tal garoto, o nobre cruza com o cavaleiro de espadas, que revela ser uma mulher, e diz querer justiça. Mas o narrador não se satisfaz com essa história: Melhor, pensando bem, o encontro poderia ter se passado assim: uma amazona a cavalo havia 7

8 saído do bosque e partira ao ataque (...), gritando-lhe: - Alto lá! Sabes a quem estás seguindo? - A quem? - A teu filho! - dissera a guerreira, descobrindo o rosto (...). (CALVINO, 1994, p. 22) As cartas seguintes traziam o desfecho da história: o nobre cavaleiro e a amazona iniciaram um duelo. Nesse momento, apareceu a Papisa, e o cavaleiro descobriu que a jovem guerreira, a mesma que o salvara no início da história, era Cibele, a deusa daquele bosque. Esta, para vingar a ingratidão do nobre, resolve acabar com sua vida, gesto representado pelo oito de espadas. Se tal atividade descritiva pode ser um tanto cansativa, ela nos possibilita, entretanto, apontar elementos importantes para pensarmos na estrutura utilizada por Calvino na escritura deste livro. Seguindo a narrativa do tarô, a lógica da escolha e colocação das cartas sobre a mesa, estamos bem próximos das narrativas literárias baseadas na combinatória: de uma série de elementos pré-determinados no caso, as cartas do tarô o personagem faz suas escolhas e monta sua narrativa. Se tal trabalho fosse levado ao extremo estaríamos diante de um imenso manancial de narrativas possíveis, bastando optar por uma das formas de combinação das cartas. O castelo dos destinos cruzados seria, assim, uma máquina poética baseada na permutabilidade. No entanto, Calvino faz alguns movimentos que introduzem novos elementos a essa lógica combinatória, complexificando a narrativa. O primeiro destes elementos é o narrador. Ao mesmo tempo em que é personagem da ação, ele se apresenta a nós como um leitor, um intérprete das narrativas do tarô. Se a narrativa do tarô baseia-se na combinatória, a narrativa literária apresenta-se como o percurso de leitura do narrador, como sua interpretação dos fatos. Ele, como leitor, não faz as combinações : ele as resignifica a partir das problemáticas que lhe são colocadas no decorrer da narrativa. Assim, nós, leitores do livro de Calvino, não nos colocamos como o leitor que brinca com a combinatória e constrói narrativas previamente estipuladas. São os personagens de Calvino que fazem este papel: é o nobre da primeira história quem faz as escolhas dos elementos significativos a serem utilizados em sua narrativa. A esta narrativa responde o narrador que, a partir dos elementos simbólicos do baralho, reescreve literariamente a narrativa do personagem. É nessa reescritura que encontramos uma linha de fuga à lógica combinatória, e que 8

9 possibilita uma maior aproximação ao hipertexto. O narrador, ao inscrever sua leitura junto ao texto lido, coloca em cena a questão da virtualização do texto discutida por Pierre Lévy. O narrador de Calvino encontra, tal como o leitor do hipertexto, o suporte para objetivar seu processo de leitura, até então realizado apenas mentalmente. Tal suporte não tem as mesmas possibilidades de um hipertexto, mas já permite a adição de um elemento hipertextual ao simples movimento combinatório. Outro ponto que pode ser pensado como uma forma de avançar no simples jogo de combinações é a forma de ligação entre as diversas histórias do livro. Estas, apesar de poderem ser consideradas pequenos contos independentes, unem-se, pela estrutura narrativa, num movimento semelhante ao que Lévy chamou princípio de multiplicidade : uma carta, funcionando como um nó, pode originar uma nova rede, e assim por diante. Outro princípio do hipertexto apontado por Lévy que se encontra esboçado na obra de Calvino é o princípio de metamorfose, que permite a todos os envolvidos garantir a constante reconstrução da rede hipertextual. É o que acontece na mesa do Castelo: a cada história narrada pelos personagens a rede é reconfigurada; a cada nova narrativa, a mesa tem sua configuração alterada. Desse modo, a narrativa de Calvino, seguindo a lógica do tarô, acaba por funcionar segundo o princípio de topologia, transformando-se, como a rede, no próprio espaço. Nela não há um ponto fixo, mas um constante deslocamento de centralidade a cada movimento realizado pelos personagens e pelo narrador. Mas talvez seja principalmente no movimento de leitura de O castelo dos destinos cruzados que encontramos uma maior aproximação entre a literatura e os princípios hipertextuais. O narrador nos coloca, leitores do livro de Calvino, diante de uma rede em constante movimento, uma estrutura espacial que deve ser percorrida na busca do sentido. Para tanto, podemos nos deslocar das mais diversas formas, a partir de diferentes entradas, em direções opostas: O quadrado agora se encontra inteiramente recoberto de cartas de tarô e de histórias. As cartas do maço estão todas à mostra sobre a mesa. E a minha história, onde está? Não consigo distingui-la entre as outras, tão intrincado se tornou seu entrelaçamento simultâneo. De fato, a tarefa de decifrar as histórias uma por uma fez-me negligenciar até aqui a peculiaridade mais saliente de nosso modo de narrar, ou seja, que cada relato corre ao encontro de outro relato e, enquanto um dos convivas dispõe sua fileira, outro comensal no outro extremo da mesa avança em sentido oposto, de modo que as histórias contadas da esquerda para a direita ou de baixo para cima podem ser igualmente lidas da direita para a esquerda ou de cima para baixo, e viceversa, tendo-se em conta que as mesmas cartas apresentando-se numa ordem diversa não raro mudam de significado, e a mesma carta de tarô serve ao mesmo tempo a narradores que partem 9

10 dos quatro pontos cardeais. (CALVINO, 1994, p. 63) O narrador, ao percorrer cada caminho aberto pelas histórias extraídas do tarô, estabelece uma abertura que lhe permite o afastamento de sua própria narrativa. Ele passa, assim, de sujeito totalmente envolvido pelo sentido de sua história, a uma situação em que precisa traçar seus caminhos, responder a questões e situações que lhe são colocadas, escolhendo a forma mais adequada de atribuir sentido às suas atitudes: Sem dúvida a minha história também estaria contida naquele entrelaçar de cartas, passado presente futuro, mas não sei mais distingui-la das outras. A floresta, o castelo, as cartas do tarô me conduziram a esta barreira: perder a minha história, confundi-la na poeira das outras, libertar-me dela. O que sobrou de mim foi apenas essa obstinação maníaca de completar, de encerrar, de dar vida aos relatos. (CALVINO, 1994, p. 67) Esta breve análise da obra de Calvino tendo como instrumental teórico-metodológico o modelo hipertextual procurou apresentar alguns dos possíveis intercâmbios, diálogos e cruzamentos que podem ser estabelecidos entre a literatura e o hipertexto. Referências bibliográficas BARANELLI, Luca; FERRERO, Ernesto. Album Calvino. Milano: Mondadori, BENUSSI, Cristina. Introduzione a Calvino. Roma: Laterza, BONURA, Giuseppe. Invito alla lettura di Italo Calvino. Milano: Mursia, s.d. CALVINO, Italo. O castelo dos destinos cruzados. São Paulo: Companhia das Letras, CALVINO, Italo. Seis propostas para o próximo milênio. São Paulo: Companhia das Letras, CHAVES, Maria Lúcia de Resende. A face vazia dos discursos: ciência, arte, filosofia e ficção na estética contemporânea precisada na obra de Italo Calvino. Tese (Doutorado em Literatura Comparada) - Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria: literatura e senso comum. Belo Horizonte: Ed. UFMG, COSTA, Rita de Cássia Maia e Silva. O desejo da escrita em Italo Calvino: para uma teoria da leitura. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Introdução: Rizoma. In: DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs. Capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Ed. 34, v.1, p LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência. Rio de Janeiro: Ed. 34, LÉVY, Pierre. O que é o virtual? São Paulo: Ed. 34,

11 MACHADO, Arlindo. O sonho de Mallarmé. In: MACHADO, Arlindo. Máquina e Imaginário: o desafio das poéticas tecnológicas. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, p MIRANDA, Wander Melo. Italo Calvino ou a ficção como ensaio. In: CONGRESSO ABRALIC, n.2, 1991, Belo Horizonte. Anais do 2 Congresso ABRALIC. Belo Horizonte: ABRALIC, v. 1. p MOREIRA, Maria Elisa Rodrigues. Saber narrativo: proposta para uma leitura de Italo Calvino. Belo Horizonte: Tradição Planalto, MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, PIGLIA, Ricardo. Una propuesta para el nuevo milenio. Margens/margenes, Belo Horizonte; Mar Del Plata; Buenos Aires, n. 2, p. 1-3, out SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. São Paulo: Cortez, SANTOS, Boaventura de Sousa (Org.). Conhecimento prudente para uma vida decente: Um discurso sobre as ciências revisitado. São Paulo: Cortez,

O castelo dos destinos cruzados: diálogos entre a literatura e o hipertexto

O castelo dos destinos cruzados: diálogos entre a literatura e o hipertexto O castelo dos destinos cruzados: diálogos entre a literatura e o hipertexto Profª. Msc. Maria Elisa Rodrigues Moreira (elisarmoreira@gmail.com) http://lattes.cnpq.br/8503000442103169 As reflexões acerca

Leia mais

Universidade de São Paulo. Escola de Comunicação e Artes, ECA-USP

Universidade de São Paulo. Escola de Comunicação e Artes, ECA-USP Universidade de São Paulo Escola de Comunicação e Artes, ECA-USP Qual a USP que queremos: A USP hoje e daqui a 20 anos Estela Damato NUSP 7693618 São Paulo 2014 Introdução Pensar no futuro de uma universidade

Leia mais

CULLER, Jonathan. Narrativa. In:. Teoria. Literária. São Paulo: Beca, 1999, pp. 84-94. No século XX, a narrativa, através do romance,

CULLER, Jonathan. Narrativa. In:. Teoria. Literária. São Paulo: Beca, 1999, pp. 84-94. No século XX, a narrativa, através do romance, CULLER, Jonathan. Narrativa. In:. Teoria Literária. São Paulo: Beca, 1999, pp. 84-94. No século XX, a narrativa, através do romance, passa a ter maior interesse e, a partir dos anos 60, passa a dominar

Leia mais

CONTEÚDOS DE FILOSOFIA POR BIMESTRE PARA O ENSINO MÉDIO COM BASE NOS PARÂMETROS CURRICULARES DO ESTADO DE PERNAMBUCO

CONTEÚDOS DE FILOSOFIA POR BIMESTRE PARA O ENSINO MÉDIO COM BASE NOS PARÂMETROS CURRICULARES DO ESTADO DE PERNAMBUCO DE FILOSOFIA POR BIMESTRE PARA O ENSINO MÉDIO COM BASE NOS PARÂMETROS CURRICULARES DO ESTADO DE PERNAMBUCO GOVERNADOR DE PERNAMBUCO João Lyra Neto SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO E ESPORTES Ricardo Dantas SECRETÁRIA

Leia mais

As TICs como aliadas na compreensão das relações entre a Química e a Matemática

As TICs como aliadas na compreensão das relações entre a Química e a Matemática As TICs como aliadas na compreensão das relações entre a Química e a Matemática Fernanda Hart Garcia 1* ; Denis da Silva Garcia 2 1* Professora Mestra de Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência

Leia mais

Organização da informação: proximidade e afastamento no texto sobre o

Organização da informação: proximidade e afastamento no texto sobre o Ambientes Virtuais e Mídias de Comunicação: Tarefa B Tema: Organização da informação: proximidade e afastamento no Texto sobre o Museu do amanhã Aluno: Maykon dos Santos Marinho 1. Resumo Organização da

Leia mais

Aula3 ESTUDOS CULTURAIS E PRODUÇÃO DISCURSIVA DA NATUREZA. Marlécio Maknamara

Aula3 ESTUDOS CULTURAIS E PRODUÇÃO DISCURSIVA DA NATUREZA. Marlécio Maknamara Aula3 ESTUDOS CULTURAIS E PRODUÇÃO DISCURSIVA DA NATUREZA META Compreender, à luz dos Estudos Culturais, que a natureza não é algo exclusivamente natural. OBJETIVOS Ao fi nal desta aula, o aluno deverá:

Leia mais

A SEMIÓTICA SEGUNDO PEIRCE

A SEMIÓTICA SEGUNDO PEIRCE A SEMIÓTICA SEGUNDO PEIRCE SANTAELLA, Lucia. Semiótica aplicada. SP: Pioneira, 2004. Teorias dos signos UNEB Lidiane Lima A TEORIA DOS SIGNOS: Três origens: EUA (1), Europa Ocidental e União Soviética

Leia mais

TOM, SEMITOM, SUSTENIDO, BEMOL.

TOM, SEMITOM, SUSTENIDO, BEMOL. TOM, SEMITOM, SUSTENIDO, BEMOL. Tom e semitom (ou tono e semitono): são diferenças específicas de altura, existentes entre as notas musicais, isto é, são medidas mínimas de diferença entre grave e agudo.

Leia mais

Boas situações de Aprendizagens. Atividades. Livro Didático. Currículo oficial de São Paulo

Boas situações de Aprendizagens. Atividades. Livro Didático. Currículo oficial de São Paulo Atividades Boas situações de Aprendizagens Livro Didático Currículo oficial de São Paulo LÓGICA NUMA CONCEPÇÃO QUE SE APOIA EXCLUSIVAMENTE EM CONTEÚDOS E ATIVIDADES Enfoque fragmentado, centrado na transmissão

Leia mais

ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO E SIGNIFICADOS

ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO E SIGNIFICADOS ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO E SIGNIFICADOS CÉLIA MARIA CAROLINO PIRES Introdução: Fazendo uma breve retrospectiva O ensino das chamadas quatro operações sempre teve grande destaque no trabalho desenvolvido nas séries

Leia mais

3º Trabalho de GI Análise DFD

3º Trabalho de GI Análise DFD 3º Trabalho de GI Análise DFD Problemas típicos da organização Diálogo com o exterior Mestrado de Gestão da Ciência, Tecnologia e Inovação 2000/2001 Cadeira : Prof.: GI-Gestão da Informação Luis Manuel

Leia mais

O currículo do Ensino Religioso: formação do ser humano a partir da diversidade cultural

O currículo do Ensino Religioso: formação do ser humano a partir da diversidade cultural O currículo do Ensino Religioso: formação do ser humano a partir da diversidade cultural Prof. Ms. Henri Luiz Fuchs Pedagogo e teólogo. Professor no Centro Universitário La Salle, Canoas, RS. Integrante

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE Produção Jornalística. Perfil jornalístico. Cultura Popular. Projeto Cultura Plural.

PALAVRAS-CHAVE Produção Jornalística. Perfil jornalístico. Cultura Popular. Projeto Cultura Plural. ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( x ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA A PRODUÇÃO DE PERFIL

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ DALGLISH GOMES ESTRUTURAS CRISTALINAS E MOLECULARES NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ DALGLISH GOMES ESTRUTURAS CRISTALINAS E MOLECULARES NA PRÁTICA PEDAGÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ DALGLISH GOMES ESTRUTURAS CRISTALINAS E MOLECULARES NA PRÁTICA PEDAGÓGICA RESUMO A utilização de materiais de fácil manuseio pode levar a um

Leia mais

PESQUISA NARRATIVA: UMA METODOLOGIA PARA COMPREENDER A EXPERIÊNCIA HUMANA

PESQUISA NARRATIVA: UMA METODOLOGIA PARA COMPREENDER A EXPERIÊNCIA HUMANA - SEPesq PESQUISA NARRATIVA: UMA METODOLOGIA PARA COMPREENDER A EXPERIÊNCIA HUMANA Ana Paula Sahagoff Doutoranda em Letras, Mestre em Letras, Especialista em Gestão em Educação, Graduada em Letras UniRitter

Leia mais

TÍTULO: A ARTE COMO PROCESSO EDUCATIVO: UM ESTUDO SOBRE A PRÁTICA DO TEATRO NUMA ESCOLA PÚBLICA.

TÍTULO: A ARTE COMO PROCESSO EDUCATIVO: UM ESTUDO SOBRE A PRÁTICA DO TEATRO NUMA ESCOLA PÚBLICA. Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: A ARTE COMO PROCESSO EDUCATIVO: UM ESTUDO SOBRE A PRÁTICA DO TEATRO NUMA ESCOLA PÚBLICA. CATEGORIA:

Leia mais

O PIBID LETRAS PORTUGUÊS NO COLÉGIO ESTADUAL MAHATMA GANDHI: A LEITURA COMPREENSIVA E A APROXIMAÇÃO COM O TEXTO LITERÁRIO PARA O GÊNERO TEATRAL

O PIBID LETRAS PORTUGUÊS NO COLÉGIO ESTADUAL MAHATMA GANDHI: A LEITURA COMPREENSIVA E A APROXIMAÇÃO COM O TEXTO LITERÁRIO PARA O GÊNERO TEATRAL O PIBID LETRAS PORTUGUÊS NO COLÉGIO ESTADUAL MAHATMA GANDHI: A LEITURA COMPREENSIVA E A APROXIMAÇÃO COM O TEXTO LITERÁRIO PARA O GÊNERO TEATRAL Alessandra Silvestri (Bolsista do PIBID -CAPES UNICENTRO)

Leia mais

PLANEJAMENTO E MODELAGEM

PLANEJAMENTO E MODELAGEM Apresentação 06 Introdução a Engenharia Elétrica COMO CRIAR MODELOS NA ENGENHARIA. PLANEJAMENTO E MODELAGEM Prof. Edgar Alberto de Brito Continuando os conceitos anteriores, nessa apresentação será mostrado

Leia mais

Formas de abordagem dramática na educação

Formas de abordagem dramática na educação 1 Formas de abordagem dramática na educação Ana Carolina Müller Fuchs O teatro no contexto escolar possui diversas abordagens que se modificaram conforme a transformação da própria educação. Inicialmente

Leia mais

Unidade 10 Análise combinatória. Introdução Princípio Fundamental da contagem Fatorial

Unidade 10 Análise combinatória. Introdução Princípio Fundamental da contagem Fatorial Unidade 10 Análise combinatória Introdução Princípio Fundamental da contagem Fatorial Introdução A escolha do presente que você deseja ganhar em seu aniversário, a decisão de uma grande empresa quando

Leia mais

O QUE É A FILOSOFIA? A filosofia no Ensino Médio

O QUE É A FILOSOFIA? A filosofia no Ensino Médio O QUE É A FILOSOFIA? A filosofia no Ensino Médio Gustavo Bertoche Quando a filosofia é apresentada no ensino médio, a primeira dificuldade que os alunos têm é relativa à compreensão do que é a filosofia.

Leia mais

Copyright de todos artigos, textos, desenhos e lições. A reprodução parcial ou total deste ebook só é permitida através de autorização por escrito de

Copyright de todos artigos, textos, desenhos e lições. A reprodução parcial ou total deste ebook só é permitida através de autorização por escrito de 1 Veja nesta aula uma introdução aos elementos básicos da perspectiva. (Mateus Machado) 1. DEFINIÇÃO INTRODUÇÃO A PERSPECTIVA Podemos dizer que a perspectiva é sem dúvida uma matéria dentro do desenho

Leia mais

GEOGRAFIA. PRINCIPAIS CONCEITOS: espaço geográfico, território, paisagem e lugar.

GEOGRAFIA. PRINCIPAIS CONCEITOS: espaço geográfico, território, paisagem e lugar. GEOGRAFIA { PRINCIPAIS CONCEITOS: espaço geográfico, território, paisagem e lugar. A importância dos conceitos da geografia para a aprendizagem de conteúdos geográficos escolares Os conceitos são fundamentais

Leia mais

PRODUÇÃO CIENTÍFICA DOS PESQUISADORES DA UEL, NA ÁREA DE AGRONOMIA: TRABALHOS PUBLICADOS EM EVENTOS DE 2004 A 2008.

PRODUÇÃO CIENTÍFICA DOS PESQUISADORES DA UEL, NA ÁREA DE AGRONOMIA: TRABALHOS PUBLICADOS EM EVENTOS DE 2004 A 2008. PRODUÇÃO CIENTÍFICA DOS PESQUISADORES DA UEL, NA ÁREA DE AGRONOMIA: TRABALHOS PUBLICADOS EM EVENTOS DE 2004 A 2008. Karina de Oliveira Pinho (PIBIC/ UEL), Ana Esmeralda Carelli (Orientador), e-mail: carelliana@uel.br

Leia mais

Tabela Periódica. Este trabalho é uma apresentação sobre a tabela periódica destinada ao ensino básico ou

Tabela Periódica. Este trabalho é uma apresentação sobre a tabela periódica destinada ao ensino básico ou Tabela Periódica Introdução Este trabalho é uma apresentação sobre a tabela periódica destinada ao ensino básico ou secundário. Para utilizar a apresentação é necessário aceder à página http://tabelaperiodica.herokuapp.com.

Leia mais

Gêneros textuais no ciclo de alfabetização

Gêneros textuais no ciclo de alfabetização Gêneros textuais no ciclo de alfabetização Maria José Francisco de Souza NEPEL/FaE/UEMG mariajosef1797@gmail.com Objetivos Subsidiar o trabalho com gêneros textuais em salas de alfabetização; refletir

Leia mais

Conhecendo Ferramentas de Interação

Conhecendo Ferramentas de Interação Gerência de Ensino a Distância Curso Tutoria em EaD Conhecendo Ferramentas de Interação Organizadora: Professora: Elisângela dos S. Menezes Ferramentas de Interação Conceito: Técnicas que possibilitam

Leia mais

Família e escola : encontro de saberes e vivências Oficina de colares Tecendo olhares

Família e escola : encontro de saberes e vivências Oficina de colares Tecendo olhares Família e escola : encontro de saberes e vivências Oficina de colares Tecendo olhares E.M.E.F. anexa ao EDUCANCÁRIO DOM DUARTE Sala 6 / 1ª. Sessão Professor(es) Apresentador(es): Gislaine Rosa dos Santos

Leia mais

Agrupamento de Escolas de Porto de Mós

Agrupamento de Escolas de Porto de Mós Prova de Equivalência à Frequência - História- 9º Ano Prova Código 19-2016 3º Ciclo do Ensino Básico 1. Introdução O presente documento visa divulgar as características da prova de equivalência à frequência

Leia mais

Árvores Parte 1. Aleardo Manacero Jr. DCCE/UNESP Grupo de Sistemas Paralelos e Distribuídos

Árvores Parte 1. Aleardo Manacero Jr. DCCE/UNESP Grupo de Sistemas Paralelos e Distribuídos Árvores Parte 1 Aleardo Manacero Jr. DCCE/UNESP Grupo de Sistemas Paralelos e Distribuídos Árvores uma introdução As listas apresentadas na aula anterior formam um conjunto de TADs extremamente importante

Leia mais

A criança de 6 anos, a linguagem escrita e o ensino fundamental de nove anos

A criança de 6 anos, a linguagem escrita e o ensino fundamental de nove anos A criança de 6 anos, a linguagem escrita e o ensino fundamental de nove anos Organizadoras: Francisca Izabel Pereira Maciel Mônica Correia Baptista Sara Mourão Monteiro Estrutura da exposição 1. O contexto

Leia mais

Novo Programa de Matemática do Ensino Básico 3º ANO

Novo Programa de Matemática do Ensino Básico 3º ANO Novo Programa de Matemática do Ensino Básico 3º ANO Tema: Geometria Tópico: Orientação Espacial Posição e localização Mapas, plantas e maquetas Propósito principal de ensino: Desenvolver nos alunos o sentido

Leia mais

Área de CONSTRUÇÃO CIVIL RESULTADOS ADEQUAÇÃO DE PROCESSOS NORMA DE DESEMPENHO GRUPO MINAS GERAIS S E N A I C I M A T E C REALIZAÇÃO

Área de CONSTRUÇÃO CIVIL RESULTADOS ADEQUAÇÃO DE PROCESSOS NORMA DE DESEMPENHO GRUPO MINAS GERAIS S E N A I C I M A T E C REALIZAÇÃO Palestra - NBR 15575 Desempenho das Edificações RESULTADOS ADEQUAÇÃO DE PROCESSOS NORMA DE DESEMPENHO GRUPO MINAS GERAIS REALIZAÇÃO APRESENTAÇÃO DA EMPRESA APRESENTAÇÃO A Construtora Lage foi fundada em

Leia mais

Trabalho 001- Estratégias oficiais de reorientação da formação profissional em saúde: contribuições ao debate. 1.Introdução

Trabalho 001- Estratégias oficiais de reorientação da formação profissional em saúde: contribuições ao debate. 1.Introdução Trabalho 001- Estratégias oficiais de reorientação da formação profissional em saúde: contribuições ao debate. 1.Introdução As pesquisas e os investimentos que influenciaram as mudanças nas propostas para

Leia mais

OUTROS MODOS DE REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

OUTROS MODOS DE REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO Aula 6 OUTROS MODOS DE REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO META Apresentar formas e alternativas de representação do espaço geográfico que permitam o mapeamento de rugosidades espaciais. OBJETIVOS No final

Leia mais

ENREDO. O enredo como categoria estruturante da narrativa em prosa de ficção: conceitos teóricos

ENREDO. O enredo como categoria estruturante da narrativa em prosa de ficção: conceitos teóricos ENREDO O enredo como categoria estruturante da narrativa em prosa de ficção: conceitos teóricos Tópico um Enredo e História: dos rituais pré-históricos às novelas de TV e ao hipertexto Enredo: arranjo

Leia mais

RELATO DE EXPERIÊNCIA OS DOIS MUNDOS DE PLATÃO A FILOSOFIA DENTRO DA PSICOLOGIA UM ENSAIO A RESPEITO DE UM SABER

RELATO DE EXPERIÊNCIA OS DOIS MUNDOS DE PLATÃO A FILOSOFIA DENTRO DA PSICOLOGIA UM ENSAIO A RESPEITO DE UM SABER RELATO DE EXPERIÊNCIA OS DOIS MUNDOS DE PLATÃO A FILOSOFIA DENTRO DA PSICOLOGIA UM ENSAIO A RESPEITO DE UM SABER Graciella Leus Tomé Quase a meados da década de 90, e aqui estamos falando do ano de 1990,

Leia mais

VI CONGRESSO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO DAS DST/AIDS Belo Horizonte - Minas Gerais Novembro de 2006

VI CONGRESSO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO DAS DST/AIDS Belo Horizonte - Minas Gerais Novembro de 2006 VI CONGRESSO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO DAS DST/AIDS Belo Horizonte - Minas Gerais Novembro de 2006 Contextos Epidêmicos e Aspectos Sociais das DST/Aids no Brasil: Os Novos Horizontes da Prevenção José Ricardo

Leia mais

DOS BRINQUEDOS ÀS BRINCADEIRAS: REFLEXÕES SOBRE GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

DOS BRINQUEDOS ÀS BRINCADEIRAS: REFLEXÕES SOBRE GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL DOS BRINQUEDOS ÀS BRINCADEIRAS: REFLEXÕES SOBRE GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Camila de Lima Neves.(UEPB) camila.lima.18@hotmail.com.br Margareth Maria de Melo, orientadora, UEPB, margarethmmelo@yahoo.com.br

Leia mais

MAPAS CONCEITUAIS COMO FERRAMENTA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES

MAPAS CONCEITUAIS COMO FERRAMENTA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES MAPAS CONCEITUAIS COMO FERRAMENTA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES Hellen Braga Serpeloni 1 Este artigo analisa os mapas conceituais na formação inicial de professores como métodos eficazes para armazenar

Leia mais

Polos Olímpicos de Treinamento. Aula 6. Curso de Combinatória - Nível 2. Jogos. 1. Simetria. Prof. Bruno Holanda

Polos Olímpicos de Treinamento. Aula 6. Curso de Combinatória - Nível 2. Jogos. 1. Simetria. Prof. Bruno Holanda Polos Olímpicos de Treinamento Curso de Combinatória - Nível 2 Prof. Bruno Holanda Aula 6 Jogos Quando falamos em jogos, pensamos em vários conhecidos como: xadrez, as damas e os jogos com baralho. Porém,

Leia mais

2 Com base na situação apresentada no exercício número 1, reescreva as afirmativas incorretas, fazendo as correções necessárias, justificando-as.

2 Com base na situação apresentada no exercício número 1, reescreva as afirmativas incorretas, fazendo as correções necessárias, justificando-as. EXERCÍCIOS CONCEITOS BÁSICOS DE CINEMÁTICA 9ºANO 3ºBIMESTRE 1-Uma pessoa (A), parada ao lado da via férrea, observa uma locomotiva passar sem vagões. Ela vê o maquinista (B) e uma lâmpada (C) acessa dentro

Leia mais

Informática na Educação

Informática na Educação Informática na Educação Apresentação de tópicos do livro Informática na Educação, da autora Sanmya F. Tajra. Todas as referências dos conteúdos apresentados nestes slides são disponíveis no livro citado.

Leia mais

AÇÃO FORMATIVA EM PRODUÇÃO AUDIOVISUAL

AÇÃO FORMATIVA EM PRODUÇÃO AUDIOVISUAL AÇÃO FORMATIVA EM PRODUÇÃO AUDIOVISUAL Fotograma Um Fotograma é cada uma das imagens fotográficas estáticas captadas pelo equipamento de filmagem, as quais, projetadas em uma certa velocidade, produzem

Leia mais

A HISTÓRIA ORAL COMO MÉTODO QUALITATIVO DE PESQUISA A História Oral é uma metodologia de pesquisa qualitativa que envolve a apreensão de narrativas

A HISTÓRIA ORAL COMO MÉTODO QUALITATIVO DE PESQUISA A História Oral é uma metodologia de pesquisa qualitativa que envolve a apreensão de narrativas A HISTÓRIA ORAL COMO MÉTODO QUALITATIVO DE PESQUISA A História Oral é uma metodologia de pesquisa qualitativa que envolve a apreensão de narrativas usando meios eletrônicos e destina-se a recolha de testemunhos,

Leia mais

Questões utilizadas nas aulas de quinta (17/10)

Questões utilizadas nas aulas de quinta (17/10) Matemática Análise combinatória 3 os anos João/Blaidi out/13 Nome: Nº: Turma: Questões utilizadas nas aulas de quinta (17/10) 1. (Upe 2013) Seguindo a etiqueta japonesa, um restaurante tipicamente oriental

Leia mais

NOVOS PARADIGMAS DE LEITURA E ESCRITA ATRAVÉS DO LETRAMENTO DIGITAL*

NOVOS PARADIGMAS DE LEITURA E ESCRITA ATRAVÉS DO LETRAMENTO DIGITAL* NOVOS PARADIGMAS DE LEITURA E ESCRITA ATRAVÉS DO LETRAMENTO DIGITAL* 1 Eliane Miranda Machado Universidade Federal do Tocantins - UFT RESUMO: O presente artigo busca realizar um levantamento teórico acerca

Leia mais

ENSINO DE ADIÇÃO DE FRAÇÕES HETEROGÊNEAS: ALGUMAS REFLEXÕES A PARTIR DE AÇÕES DE MONITORIA 1

ENSINO DE ADIÇÃO DE FRAÇÕES HETEROGÊNEAS: ALGUMAS REFLEXÕES A PARTIR DE AÇÕES DE MONITORIA 1 ENSINO DE ADIÇÃO DE FRAÇÕES HETEROGÊNEAS: ALGUMAS REFLEXÕES A PARTIR DE AÇÕES DE MONITORIA 1 Joici Lunardi 2, Rafael Da Anunciação Gonçalves 3, Isabel Koltermann Battisti 4. 1 Texto produzido a partir

Leia mais

Mídias Sociais. Aula 02 História da rede. A rede na contemporaneidade. Prof. Dalton Martins dmartins@gmail.com. Gestão da Informação

Mídias Sociais. Aula 02 História da rede. A rede na contemporaneidade. Prof. Dalton Martins dmartins@gmail.com. Gestão da Informação Mídias Sociais Aula 02 História da rede. A rede na contemporaneidade. Prof. Dalton Martins dmartins@gmail.com Gestão da Informação Noção onipresente A noção de rede é onipresente em praticamente todas

Leia mais

Manual do Usuário. Quiz Online

Manual do Usuário. Quiz Online Manual do Usuário Quiz Online Versão 1.0.1 Copyright 2013 BroadNeeds Rev. 2014-06-20 Página 1 de 17 1 - INTRODUÇÃO... 3 1.1 REQUISITOS... 3 2 - CRIANDO O QUIZ ATRAVÉS DA PLATAFORMA NUCLEOMEDIA... 4 2.1

Leia mais

Unidade: O enfraquecimento do positivismo: ciências humanas e. Unidade I: ciências naturais

Unidade: O enfraquecimento do positivismo: ciências humanas e. Unidade I: ciências naturais Unidade: O enfraquecimento do positivismo: ciências humanas e Unidade I: ciências naturais 0 Unidade: O enfraquecimento do positivismo: ciências humanas e ciências naturais A pesquisa pode apresentar diferentes

Leia mais

O mestre e o professor na revista Nova Escola 1

O mestre e o professor na revista Nova Escola 1 O mestre e o professor na revista Nova Escola 1 Bianca Benini Moézia de Lima 2 - UCB Este trabalho é parte de um projeto de pesquisa intitulado Educação e Ciência: representações práticas desenvolvido

Leia mais

ANO LETIVO 2012/2013 AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DO PRÉ-ESCOLAR

ANO LETIVO 2012/2013 AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DO PRÉ-ESCOLAR ANO LETIVO 2012/2013 AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DO PRÉ-ESCOLAR 1º PERÍODO Lamego, 14 de janeiro de 2013 INTRODUÇÃO Para uma eficaz monitorização das competências esperadas para cada criança, no final

Leia mais

TOKEN RING & TOKEN BUS

TOKEN RING & TOKEN BUS TOKEN RING & TOKEN BUS Curso Profissional Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos Redes de Comunicação 10º Ano Nome: Diogo Martins Rodrigues Ferreira 2013/2014 ÍNDICE Introdução...2 Token

Leia mais

Comunicações Organizacionais

Comunicações Organizacionais Comunicações Organizacionais Ideia geral Estabelecer diálogos entre diversos níveis hierárquicos a fim de promover o bom funcionamento organizacional. Objetivos Explicitar o que são comunicações organizacionais.

Leia mais

2 Método. 2.1. Tipo de Pesquisa

2 Método. 2.1. Tipo de Pesquisa 2 Método 2.1. Tipo de Pesquisa Segundo Kotler (2000), a natureza da pesquisa pode ser classificada como exploratória, descritiva ou casual. A primeira, busca aprofundar conceitos preliminares. De acordo

Leia mais

Este caderno, com oito páginas numeradas sequencialmente, contém cinco questões de Geografia. Não abra o caderno antes de receber autorização.

Este caderno, com oito páginas numeradas sequencialmente, contém cinco questões de Geografia. Não abra o caderno antes de receber autorização. 04/07/2010 Caderno de prova Este caderno, com oito páginas numeradas sequencialmente, contém cinco questões de Geografia. Não abra o caderno antes de receber autorização. Instruções 1. Verifique se você

Leia mais

Prêmio Viva Leitura. Categoria Escola Pública. Projeto: Leitura como fonte de conhecimento e prazer

Prêmio Viva Leitura. Categoria Escola Pública. Projeto: Leitura como fonte de conhecimento e prazer COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DE LAGOA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PR 281 KM 20 - LAGOA FONE: 41-3674-1053 e-mail : colegioestadualdelagoa@gmail.com Prêmio Viva Leitura Categoria Escola Pública Projeto: Leitura

Leia mais

Tipologia Textual: Texto Narrativo. Definição Exemplo Características

Tipologia Textual: Texto Narrativo. Definição Exemplo Características Texto Narrativo Definição Exemplo Características Definição O que é narrar? Narrar Contar Implica a transmissão de uma história, recordações, experiências vividas, acontecimentos reais ou imaginários.

Leia mais

TÓPICOS DE RELATIVIDADE E NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO MÉDIO: DESIGN INSTRUCIONAL EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM.

TÓPICOS DE RELATIVIDADE E NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO MÉDIO: DESIGN INSTRUCIONAL EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM. TÓPICOS DE RELATIVIDADE E NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO MÉDIO: DESIGN INSTRUCIONAL EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM. Palavras-chave: física moderna, ambiente virtual de aprendizagem, design instrucional,

Leia mais

ARTIGO CIENTÍFICO. Metodologia Científica. Graduação Tecnológica. Prof. Éder Clementino dos Santos. Prof. Éder Clementino dos Santos

ARTIGO CIENTÍFICO. Metodologia Científica. Graduação Tecnológica. Prof. Éder Clementino dos Santos. Prof. Éder Clementino dos Santos ARTIGO CIENTÍFICO Metodologia Científica Graduação Tecnológica O conhecimento é público Uma grande descoberta científica não passa a existir apenas por força da autoridade moral ou do talento literário

Leia mais

INTRODUÇÃO A ROBÓTICA. Prof. MSc. Luiz Carlos Branquinho Caixeta Ferreira

INTRODUÇÃO A ROBÓTICA. Prof. MSc. Luiz Carlos Branquinho Caixeta Ferreira INTRODUÇÃO A ROBÓTICA Prof. MSc. Luiz Carlos Branquinho Caixeta Ferreira Email: luiz.caixeta@ifsuldeminas.edu.br Site intranet.ifs.ifsuldeminas.edu.br/~luiz.ferreira Atendimento: Segunda-feira, 12:30 a

Leia mais

Cursos Educar [PRODUÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO] Prof. M.Sc. Fábio Figueirôa

Cursos Educar [PRODUÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO] Prof. M.Sc. Fábio Figueirôa Cursos Educar Prof. M.Sc. Fábio Figueirôa [PRODUÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO] O curso tem o objetivo de ensinar aos alunos de graduação e de pós-graduação, as técnicas de produção de artigos científicos, nas

Leia mais

Comiqs Manual e Guia de exploração do Comiqs para utilização em contexto de Educação Visual e Tecnológica. Rosabela Agostinho Borges

Comiqs Manual e Guia de exploração do Comiqs para utilização em contexto de Educação Visual e Tecnológica. Rosabela Agostinho Borges Estudo sobre a integração de ferramentas digitais no currículo da disciplina de Educação Visual e Tecnológica Comiqs Manual e Guia de exploração do Comiqs para utilização em contexto de Educação Visual

Leia mais

PLANO DE AÇÃO - EQUIPE PEDAGÓGICA

PLANO DE AÇÃO - EQUIPE PEDAGÓGICA PLANO DE AÇÃO - EQUIPE PEDAGÓGICA JUSTIFICATIVA O ato de planejar faz parte da história do ser humano, pois o desejo de transformar sonhos em realidade objetiva é uma preocupação marcante de toda pessoa.

Leia mais

PÓS-GRADUAÇÃO EM DANÇA CONTEMPORÂNEA

PÓS-GRADUAÇÃO EM DANÇA CONTEMPORÂNEA PÓS-GRADUAÇÃO EM DANÇA CONTEMPORÂNEA Entidades: Instituto Politécnico do Porto/ Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo (ESMAE); Câmara Municipal do Porto / Teatro Municipal do Porto Rivoli Campo

Leia mais

o Aluno : qualquer aluno do 3 o ano do MIEI que se encontre nas condições expressas neste documento para inscrição na disciplina;

o Aluno : qualquer aluno do 3 o ano do MIEI que se encontre nas condições expressas neste documento para inscrição na disciplina; Normas de Funcionamento da Disciplina Actividade Prática de Desenvolvimento Curricular Vertente de Estágio Mestrado Integrado em Engenharia Informática Preâmbulo Este documento destina-se a regulamentar

Leia mais

Escalas ESCALAS COTAGEM

Escalas ESCALAS COTAGEM Escalas Antes de representar objectos, modelos, peças, etc. Deve-se estudar o seu tamanho real. Tamanho real é a grandeza que as coisas têm na realidade. Existem coisas que podem ser representadas no papel

Leia mais

Unidade II Ciência: O homem na construção do conhecimento.

Unidade II Ciência: O homem na construção do conhecimento. Unidade II Ciência: O homem na construção do conhecimento. 12.1 Conteúdo: Análise de questões do ENEM, inferência de informação implícita e relação de discurso. Habilidades: Reconhecer a estrutura das

Leia mais

Seminário de Atualização Filosófica

Seminário de Atualização Filosófica Seminário de Atualização Filosófica Questões orientadoras sobre a interpretação do texto filosófico: problemas e conceitos Prof. Vanderlei Carbonara Para a leitura de um texto filosófico é importante observar:

Leia mais

Paradigmas da Teoria da Comunicação

Paradigmas da Teoria da Comunicação Paradigmas da Teoria da Comunicação 1 Semiologia O que é signo? Os signos são entidades centrais e importantes quando tratamos de qualquer linguagem de comunicação. Eles estão presentes na física, na biologia,

Leia mais

Características das Figuras Geométricas Espaciais

Características das Figuras Geométricas Espaciais Características das Figuras Geométricas Espaciais Introdução A Geometria espacial (euclidiana) funciona como uma ampliação da Geometria plana e trata dos métodos apropriados para o estudo de objetos espaciais,

Leia mais

Profa. Dra. Marília Xavier Cury Museóloga e educadora Museu de Arqueologia e Etnologia / USP

Profa. Dra. Marília Xavier Cury Museóloga e educadora Museu de Arqueologia e Etnologia / USP Oficina Expografia e Comunicação Profa. Dra. Marília Xavier Cury Museóloga e educadora Museu de Arqueologia e Etnologia / USP Contato maxavier@usp.br Av. Prof. Almeida Prado, 1466 CEP.: 05508-070 Cidade

Leia mais

Avaliação dos serviços da Biblioteca Central da UEFS: pesquisa de satisfação do usuário

Avaliação dos serviços da Biblioteca Central da UEFS: pesquisa de satisfação do usuário Powered by TCPDF (www.tcpdf.org) Avaliação dos serviços da Biblioteca Central da UEFS: pesquisa de satisfação do usuário Maria do Carmo Sá Barreto Ferreira (UEFS) - carmo@uefs.br Isabel Cristina Nascimento

Leia mais

de professores para os desenhos de crianças, de

de professores para os desenhos de crianças, de RESENHA Ver depois de olhar: a formação do olhar de professores para os desenhos de crianças, de Silvana de Oliveira Augusto Estela Bonci* O livro Ver depois de olhar: a formação do olhar de professores

Leia mais

Autor: Profª Msª Carla Diéguez METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA

Autor: Profª Msª Carla Diéguez METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA Autor: Profª Msª Carla Diéguez METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA OBJETIVO DA AULA AULA 3 O PROJETO E O ARTIGO PARTE 1 A ESTRUTURA DO PROJETO E DO ARTIGO Objetivo Geral Auxiliar o aluno na elaboração do

Leia mais

Sinto, por vezes, que alguns responsáveis governamentais parecem ter dificuldades em entender as reivindicações e as aspirações dos Corvinos.

Sinto, por vezes, que alguns responsáveis governamentais parecem ter dificuldades em entender as reivindicações e as aspirações dos Corvinos. Sinto, por vezes, que alguns responsáveis governamentais parecem ter dificuldades em entender as reivindicações e as aspirações dos Corvinos. Sinto também que, sempre que falamos em investimentos importantes

Leia mais

AS VÁRIAS FACES DO LOBO MAU NA PUBLICIDADE RESUMO

AS VÁRIAS FACES DO LOBO MAU NA PUBLICIDADE RESUMO AS VÁRIAS FACES DO LOBO MAU NA PUBLICIDADE DIAS, Rebeca de Jesus Monteiro (UEPB)¹ DIAS, Valber Rodrigues Dias (UEPB)² RESUMO Há algum tempo os meios de comunicação, como a televisão, o jornal e o rádio,

Leia mais

Como Fazer uma Monografia

Como Fazer uma Monografia Como Fazer uma Monografia Profa. Mara Abel Instituto de Informática / UFRGS marabel@inf.ufrgs.br O que é uma monografia? A descrição, através de um texto com formato pré-definido, dos resultados obtidos

Leia mais

CONTEÚDOS DE ARTE POR BIMESTRE PARA O ENSINO MÉDIO COM BASE NOS PARÂMETROS CURRICULARES DO ESTADO DE PERNAMBUCO

CONTEÚDOS DE ARTE POR BIMESTRE PARA O ENSINO MÉDIO COM BASE NOS PARÂMETROS CURRICULARES DO ESTADO DE PERNAMBUCO CONTEÚDOS DE ARTE POR BIMESTRE PARA O ENSINO MÉDIO COM BASE NOS PARÂMETROS CURRICULARES DO ESTADO DE PERNAMBUCO GOVERNADOR DE PERNAMBUCO João Lyra Neto SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO E ESPORTES Ricardo Dantas

Leia mais

Bases Matemáticas. Daniel Miranda 1. 23 de maio de 2011. sala 819 - Bloco B página: daniel.miranda

Bases Matemáticas. Daniel Miranda 1. 23 de maio de 2011. sala 819 - Bloco B página:  daniel.miranda Daniel 1 1 email: daniel.miranda@ufabc.edu.br sala 819 - Bloco B página: http://hostel.ufabc.edu.br/ daniel.miranda 23 de maio de 2011 Elementos de Lógica e Linguagem Matemática Definição Uma proposição

Leia mais

Ensino de Leitura II As interações professor-aluno durante a leitura

Ensino de Leitura II As interações professor-aluno durante a leitura Ensino de Leitura II As interações professor-aluno durante a leitura No artigo já publicado, Ensino de Leitura I: a importância da interação adulto-criança no processo de ensino/aprendizagem, indicamos

Leia mais

PROPOSTA DE PERFIS PV PARA ÁREAS DE VACÂNCIA OBSERVAÇÕES INICIAIS

PROPOSTA DE PERFIS PV PARA ÁREAS DE VACÂNCIA OBSERVAÇÕES INICIAIS PROPOSTA DE PERFIS PV PARA ÁREAS DE VACÂNCIA OBSERVAÇÕES INICIAIS I) A definição dos perfis propostos abaixo se deu a partir da análise do Cadastro de Pesquisas promovida pela Vice-Direção de Pesquisa

Leia mais

UM JOGO DE DOMINÓ PARA A LÓGICA PROPOSICIONAL

UM JOGO DE DOMINÓ PARA A LÓGICA PROPOSICIONAL UM JOGO DE DOMINÓ PARA A LÓGICA PROPOSICIONAL Fernanda Pires da Silva 1 e José Ricardo R. Zeni 2, 3 1 Curso de licenciatura em matemática 2 o ano e-mail: nandamiss@ig.com.br 2 DMEC (Departamento de Matemática,

Leia mais

MANUAL DO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM (AVA) DA COOEPE Perfil de Aluno

MANUAL DO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM (AVA) DA COOEPE Perfil de Aluno COOEPE COOPERATIVA DE EDUCAÇÃO DE PROFESSORES E ESPECIALISTAS MANUAL DO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM (AVA) DA COOEPE Perfil de Aluno 1 SUMÁRIO 1 CONHECENDO O AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM DA COOEPE...

Leia mais

Manual para apresentação de trabalhos acadêmicos. Resumo das normas da ABNT. Conceição Aparecida de Camargo

Manual para apresentação de trabalhos acadêmicos. Resumo das normas da ABNT. Conceição Aparecida de Camargo 1 Manual para apresentação de trabalhos acadêmicos Resumo das normas da ABNT Conceição Aparecida de Camargo 2 Resumo das Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para apresentação de trabalhos

Leia mais

FERRAMENTAS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA: O MAPA MENTAL COMO REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO VIVIDO

FERRAMENTAS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA: O MAPA MENTAL COMO REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO VIVIDO FERRAMENTAS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA: O MAPA MENTAL COMO REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO VIVIDO Alisson Rodrigues da Costa Universidade Federal do Ceará Rodrigues.a1993@gmail.com Marlon Pereira Matos Universidade

Leia mais

Elaboração de Projetos

Elaboração de Projetos Elaboração de Projetos 2 1. ProjetoS Maria Montessori (1870-1952) ZACHARIAS, Vera Lúcia Camara. Montessori. Disponível em: . Acesso em: 12 jul. 2009.

Leia mais

PLANEJAMENTO ANUAL 2014

PLANEJAMENTO ANUAL 2014 PLANEJAMENTO ANUAL 2014 Disciplina: ENSINO RELIGIOSO Período: Anual Professor: MARIA LÚCIA DA SILVA Série e segmento: 7º ANO 1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTRE * conhecer os elementos básicos que compõe

Leia mais

GUIA DO PROFESSOR SHOW DA QUÍMICA

GUIA DO PROFESSOR SHOW DA QUÍMICA Conteúdos: Tempo: Objetivos: Descrição: Produções Relacionadas: Estudo dos gases Uma aula de 50 minutos SHOW DA QUÍMICA Testar o conhecimento do aluno quanto à teoria dos gases. Os alunos de um colégio

Leia mais

Reforço em Matemática. Professora Daniela Eliza Freitas. Disciplina: Matemática

Reforço em Matemática. Professora Daniela Eliza Freitas. Disciplina: Matemática Reforço em Matemática Professora Daniela Eliza Freitas Disciplina: Matemática PROPOSTA PEDAGÓGICA Justificativa: Existe um grande número de alunos que chegam no ensino médio sem saberem a matemática básica

Leia mais

EJA 3ª FASE PROF.ª CHRISTIANE MELLO PROF.ª JEANNE ARAÚJO

EJA 3ª FASE PROF.ª CHRISTIANE MELLO PROF.ª JEANNE ARAÚJO EJA 3ª FASE PROF.ª CHRISTIANE MELLO PROF.ª JEANNE ARAÚJO ÁREA DO CONHECIMENTO Linguagens Matemática 2 TEMA 2º Bimestre Cotidiano de Convivência, Trabalho e Lazer 3 CONTEÚDOS E HABILIDADES Aula 60 Conteúdos

Leia mais

CAPÍTULO 2 A Finalidade da Ética no Mundo Contemporâneo

CAPÍTULO 2 A Finalidade da Ética no Mundo Contemporâneo CAPÍTULO 2 A Finalidade da Ética no Mundo Contemporâneo Antes mesmo de ingressar propriamente no trato das questões contemporâneas da ética cumpre justificar o salto da antiguidade clássica 1 para o atual.

Leia mais

TRIGONOMETRIA NO ENSINO MÉDIO: A CONSTRUÇÃO DE ALGUNS CONCEITOS

TRIGONOMETRIA NO ENSINO MÉDIO: A CONSTRUÇÃO DE ALGUNS CONCEITOS TRIGONOMETRIA NO ENSINO MÉDIO: A CONSTRUÇÃO DE ALGUNS CONCEITOS Cristiane Maria Roque Vazquez Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR/São Carlos cristiane.vazquez@gmail.com Resumo: Esse trabalho apresenta

Leia mais

Artes Visuais. Profª Ms. Alessandra Freitas Profª Ms. Gabriela Maffei Professoras das Faculdades COC. 12 e 13 de Maio

Artes Visuais. Profª Ms. Alessandra Freitas Profª Ms. Gabriela Maffei Professoras das Faculdades COC. 12 e 13 de Maio Artes Visuais Profª Ms. Alessandra Freitas Profª Ms. Gabriela Maffei Professoras das Faculdades COC 12 e 13 de Maio Temas propostos para discussão O que é Arte? A arte e a educação. O que são Artes Visuais?

Leia mais

Orientações gerais. Apresentação

Orientações gerais. Apresentação Apresentação O professor no Ensino Fundamental anos iniciais é um profissional polivalente e portanto seu campo de atuação é amplo. Seu dever é aproximar o aluno das quatro áreas do conhecimento: Linguagem

Leia mais

Engenharia de Software

Engenharia de Software Engenharia de Software - 2ª Lista de Exercícios - Questões Discursivas Questão 1) O que você entende por processo de software e qual a sua importância para a qualidade dos produtos de software? Qual a

Leia mais

Gestão Ambiental Trabalho Prático Prof. Daniel Luis Garrido Monaro dnlmonar@unimep.br 2S - 2015

Gestão Ambiental Trabalho Prático Prof. Daniel Luis Garrido Monaro dnlmonar@unimep.br 2S - 2015 Engenharia de Produção Gestão Ambiental Trabalho Prático Prof. Daniel Luis Garrido Monaro dnlmonar@unimep.br 2S - 2015 Formatação Relatório Tamanho: o trabalho completo deve ter entre 10 e 20 páginas;

Leia mais

Gestão Design Artesanato

Gestão Design Artesanato Gestão Design Artesanato Gestão do Design A dimensão ampliada do design baseia-se em uma estratégia empresarial orientada para o design visto como um sistema, ou seja, uma conjugação do produto, do serviço

Leia mais