A FALTA DENTÁRIA INTERFERINDO NA MASTIGAÇÃO

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1 CEFAC CENTRO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA MOTRICIDADE ORAL A FALTA DENTÁRIA INTERFERINDO NA MASTIGAÇÃO DÉBORA VERÔNICA MONTEIRO FREIRE SÃO PAULO

2 RESUMO Esta pesquisa tem como objetivo estudar a interferência da falha dentária na mastigação relacionando os trabalhos fonoaudiológico e odontolágico, procurando contribuir com a prevenção e tratamento das alterações e patologias bucais para um melhor funcionamento dos órgãos e das funções do sistema estomatognático. Para isso, se faz necessário rever alguns conceitos teóricos sobre os componentes do sistema estomatognático, bem como a fisiologia da mastigação e às causas das perdas dentárias, facilitando assim, a compreensão da relação da dentição com a mastigação. Este estudo teórico poderá ser útil para a realização de um trabalho interdisciplinas de prevenção à falha dentária e para a conscientização da importância de uma boa mastigação, que poderá garantir uma melhor qualidade de vida à população. Palavra-Chave (Unitermos): Fonoaudiologia e Odontologia; Falhas dentárias e Mastigação. ABSTRACT 2

3 This research has as objective to study the interference of the dental lack inthe mastication relating the oromyofunctional and treatment of the buccal alterations and pathologies for a better operation of the organs and functions of the stomatognatic system. For thet, it is necessary to review some theoretical concepts of the stomatognatic sustem components, as well as the physiology of the mastication and the causes of the dental losses, in order to understand the relationship between the teething and the mastication. This theoretical study can bem useful for the accomplishment of a interdisciplinary work with prevention of the dental loss and for the understandig of the importance of a good mastication, that can guarantee a better quality of life to the population. mastication. Key Words: Myofuncional and odontological works; dental losses and 3

4 DEDICATÓRIA Este trabalho é dedicado aos meus pais, Dalva e Christovão, pelo incentivo que deram durante esses anos, para que eu fizesse esta especialização. 4

5 SUMÁRIO I - INTRODUÇÃO... 6 II - DISCUSSÃO TEÓRICA... 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS...23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

6 I - INTRODUÇÃO Há muito se sabe da correlação entre a mastigação e a falta dentária. Os estudos relatam que para uma mastigação adequada é preciso a participação de várias estruturas de maneira íntegra e coordenada. Dentre essas estruturas podemos considerar a língua, a cavidade bucal, os lábios, a mandíbula, a maxila e os dentes e esse conjunto faz parte dos órgãos do sistema estomatognático e quando interligados formam um sistema com características próprias, realizando funções comuns. O sistema estomatognático nos mostra a importância do trabalho conjunto entre a odontologia e a fonoaudiologia por causa de seus órgãos, que são responsáveis pelo funcionamento harmônico da face e de uma de suas funções, a mastigação. A análise de nossa história mostra que a mastigação tem passado por modificações e adaptações significativas, marcadas, inclusive, pela falta dentária. A função mastigatória está tendo um uso cada vez menor e provavelmente continuaremos a propiciar uma modificação anatomofisiológica, aumentando as adaptações e perturbações do sistema estomatognático. A perda dentária é muito significativa, pois altera os órgãos do sistema estomatognático e dificulta a realização de suas funções. Essa perda dentária pode ser provocada por fatores hereditários, por fatores patológicos, por traumas e pela falta de higiene bucal. 6

7 Portanto, faremos uma discussão teórica mostrando as interferências da falta dentária na mastigação. É necessário aprofundar nossos conhecimentos sobre o desenvolvimento e funcionamento dos órgãos e das funções do sistema estomatognático e também as possíveis causas das perdas dentárias, pois realizando uma avaliação e diagnosticando o problema em tempo hábil, teremos um melhor prognóstico com o tratamento adequado. Poderemos também atuar em níveis de prevenção e orientação. Consideramos de fundamental importância um diagnóstico preciso para organizarmos um planejamento terapêutico e assim esclarecer à família a importância de acompanhar o paciente e seguir as orientações dadas, para um tratamento mais rápido e eficiente. Sendo a falta dentária uma alteração na cavidade bucal, fica evidente a total correlação entre vários profissionais que atuam exatamente na boca e componentes extra-bucais, tais como odontólogos e fonoaudiólogos. A pretensão destes profissionais é a total sanidade de todas as estruturas e da normalidade de todas as suas funções, sendo que qualquer alteração poderá provocar problemas em diversos aspectos. Com este estudo, gostaríamos de enfatizar a importância crescente dos conhecimentos de fonoaudiologia por outros profissionais, aumentar a integração entre as diferentes áreas, no caso específico entre a odontologia e a fonoaudiologia, através da relação da falta dentária e mastigação. 7

8 Esta interrelação poderá trazer benefícios imediatos a outras especialidades e, principalmente, um atendimento melhor e mais rápido daqueles que venham o necessitar. 8

9 II - DISCUSSÃO TEÓRICA Consideramos necessário rever algumas peculiaridades de alguns órgãos e funções do sistema estomatognático, bem como do desenvolvimento e das alterações e patologias dos dentes, para facilitar a compreensão da interferência da falta dentária na mastigação. TANIGUTE, citada em MARCHESAN (1998), relata que o sistema estomatognático tem sido estudado no que refere ao desenvolvimento e prevenção das estruturas. O sistema estomatognático nos mostra a importância do trabalho entre a odontologia e a fonoaudiologia, pois fazem parte dele algumas estruturas bucais. Estas estruturas interligadas consistem um sistema que apresenta caracaterísticas próprias e realiza funções comuns, e se apresentam em dois grupos distintos de estruturas bucais: - estruturas estáticas ou passivas, que são representadas pelos arcos osteodentários, maxila e mandíbula, relacionados entre si pela articulação temporomandibular. Também pertencem a essas estruturas outros ossos cranianos e o osso hióide; - estruturas dinâmicas ou ativas, que são representadas pela unidade neuromuscular, que mobiliza as partes estáticas. 9

10 As estruturas estáticas ou passivas e as dinâmicas ou ativas, quando, equilibradas e controladas pelo sistema nervoso central, são responsáveis pelo funcionamento harmônico da face. BIANCHINI (1998), descreve o sistema estomatognático como um conjunto de estruturas, tais como ossos, maxila e mandíbula, articulações, dentes, vários músculos e ligamentos, espaços orgânicos, língua e lábios e outros, que atuam em conjunto controladas pelo sistema nervoso central, realizando as funções estomatognáticas, respiração, sucção, mordida, deglutição, fala e mastigação. Todas essas estruturas não são individualmente especializadas em determinada função. Agem de forma conjunta e qualquer desordem, há um desequilíbrio generalizado. O sistema estomatognático passa por processos de crescimento e desenvolvimento que são correlatos. A mastigação é considerada como uma das mais impostantes desse sistema e só pode ser aprendida a partir do momento que exista o crescimento crânio-facial, para possibilitar o aumento da cavidade oral e o movimento das estruturas envolvidas. Dentre as estruturas citadas, relacionaremos algumas que estão diretamente ligadas ao sistema mastigatório. DÂNGELO, FATTINI (1988) e PETRELLI (1994) constatam que a língua é um órgão composto por vários músculos envolvidos por uma membrana de tecido mucoso onde existem as papilas linguais, que são a sede da gustação. 10

11 Apresenta um papel importante no transporte dos alimentos, na deglutição e na química da saliva e também tem função essencial na articulação das palavras. Sua face superior é denominada dorso da língua. Neste, na junção dos dois terços anteriores com o terço posterior, percebe-se o sulco terminal que divide a língua em duas porções, o corpo, anterior, e raiz, posterior a ele. A mucosa que reveste o dorso da língua permite identificar uma série de projeções, as papilas linguais, que são de vários tipos; as maiores, facilmente identificáveis, dispõem-se em V, logo adiante do sulco terminal, e são denominadas papilas valadas e nestas localizam-se receptores gustativos (D ANGELO, FATTINI, 1988). HANSON, BARRETT (1988) afirmam que a língua é quase totalmente constituída de músculos, sendo quatro deles contidos inteiramente na própria língua; são os chamados músculos intrínsecos, responsáveis pelas alterações na forma da língua. Os outros quatro têm origem nas estruturas ósseas proximais, denominam-se músculos extrínsecos e se responsabilzam pela maior parte dos movimentos da língua. Segundo GREENE (1989), os músculos intrínsecos consistem numa trama de fibras longitudinais superiores e inferiores e transversas e verticais. Verticalmente é dividida em seu centro por um septo fibroso e está ligada ao soalho da boca pelo frenum. O soalho é formado pelo músculo milohióideo, que insere ao longo da extremidade interior da mandíbula e está ligada ao hióide. Os músculos extrínsecos da língua são responsáveis pelas alterações em sua posição. O milohióideo não só sustenta a língua como também ajuda na sua 11

12 elevação para bocejar ou articular alguns fonemas e geralmente contribui para a sua mobilidade. O genioglosso, forma o volume da língua e suas fibras estão ligadas ao hóideo. O hioglosso, abaixa os lados da língua. O palatoglosso está conectado ao palato mole (GREENE, 1989). PETRELLI (1994), relata que a língua apresenta um papel preponderante no transporte dos alimentos, na deglutição e na química da saliva. A língua é responsável por alterar o tamanho e a forma das cavidades oral e faríngeca que atuam como ressonadores para produzir a qualidade dos fonemas. DÂNGELO, FATTINI (1988) consideram a boca e a cavidade bucal, a primeira parte do canal alimentar, ligando-se anteriormente com o exterior através de uma fenda limitada pelos lábios, a rima bucal, e, posteriormente, com a parte bucal da faringe, através de uma região estreitada, o istmo das fauces. A cavidade bucal está limitada, lateralmente, pelas bochechas, superiormente pelo palato e, inferiormente por músculos que constituem o assoalho da boca. Nesta cavidade fazem saliência as gengivas, os dentes e a língua. propriamente dita. É dividida em duas porções; vestíbulo da boca e cavidade bucal A primeira porção é um espaço limitado por um lado pelos lábios e bochechas e por outro pelas gengivas e dentes, constituindo o restante a cavidade bucal. Os músculos que se relacionam com a cavidade bucal são, o orbicular dos lábios, o risósio, o bucinador, o elevador do lábio superior, o zigomático menor, 12

13 o zigomático maior, o canino, o depressor do ângulo bucal, o depressor do lábio inferior e o mental (PETRELLI, 1994). Quanto à mandíbula, PETRELLI (1994) e BIANCHINI (1998) a consideram como o único osso móvel do crânio, estando unida pela articulação temporomandibular ao osso temporal. Através da ação efetiva dos músculos motores da mandíbula, a articulação temporomandibular permite à mandíbula realizar os seguintes movimentos: abaixamento, elevação, protrusão, retrusão e lateralidade. Os principais músculos responsáveis pela realização dos movimentos mandibulares são, o temporal, o masséter, o pterigóideo medial e o pterigóideo lateral. BIANCHINI (1998) descreve que a função principal do músculo temporal, é elevar a mandíbula durante o movimento de fechamento da boca. O músculo masséter é considerado o músculo mais potente da face e é o responsável pela elevação da mandíbula. O pterigóideo medial também é um músculo elevador da mandíbula e o pterigóideo lateral tem como função principal a protrusão mandibular e também podemos observar o movimento de lateralidade mandibular. Nos primeiros anos, por causa do crescimento mais retardado da mandíbula em relação à maxila, origina-se uma sobressaliência (mandíbula mais distal em relação à maxila e à base craniana). Devido ao crescimento e desenvolvimento geral, a mandíbula acelera o seu crescimento, resultando em melhor adaptação ântero-posterior desse osso em relação à maxila e com isso a diminuição da sobressaliência (BIANCHINI, 1998). 13

14 Segundo FERREIRA (1996), o crescimento da maxila se realiza seguindo o modelo intramembranoso por aposição e reabsorção em quase toda sua extensão e por proliferação do tecido conjuntivo sutural nos pontos em que este osso se conecta com o frontal, zigomáticos, palatino e processo pterigóide do esfenóide. O crescimento da maxila está relacionado ao crescimento dos ossos aos quais ela está ligada: frontal, zigomático e temporal, provocando um deslocamento secundário. Na região alveolar, o crescimento está na dependência do desenvolvimento da oclusão onde os dentes são fontes de estímulo. A presença dos germes dos dentes, sua migração e erupção constituem importante etapa de crescimento. Na dentição decídua, a presença de diastemas próprios da faixa etária de cinco anos mostra este surto. Na dentição permanente, as fibras periodontais tracionam as paredes alveolares, quando o dente é pressionado contra o alvéolo pela força mastigarória, livrando-as de reabsorção. Segundo HANSON, BARRETT, (1988) o esmalte dos primeiros germes dentários se forma em torno do quarto ou quinto mês de vida intra-uterina. Progressivamente, estes germes vão se diferenciando de seus tecidos genéticos e tem início a calcificação da coroa. Completada a coroa, começa a se formar a raiz e com ela se dá a irrupção. O recém-nascido já apresenta o osso da mandíbula desenvolvido, porém o osso alveolar ainda em estágio rudimentar, somente se desenvolve quando se inicia o crescimento dos dentes. 14

15 Antes da irrupção de um dente, o osso alveolar em desenvolvimento é submetido a forças provenientes da ação antagônica da língua e do lábio que o levarão a assumir uma forma definitiva. Os primeiros dentes a romperem são os incisivos centrais, o que ocorre, em torno dos sete meses de idade. A primeira dentição segue normalmente a seguinte ordem: incisivo central, incisivo lateral, primeiro molar, canino e segundo molar, havendo uma diferença de um a quatro meses entre e irrupção do dente mandibular e a do seu antagonista, no arco maxilar. Na maioria dos casos, a primeira dentição é completada entre dois anos e meio e três anos de idade. arcos. Os dentes decíduos totalizam dez em cada arco, ou vinte nos dois O processo de irrupção é considerado como o complexo que leva o dente até a oclusão e este processo ocorre sob controle endócrino, podendo, ser influenciado por fatores hereditários, condições patológicas na boca ou doenças sistêmicas. Em relação à dentição mista, temos um período de duração, em geral de seis ou sete anos, durante o qual convivem na cavidade bucal tanto dentes decíduos, como permanentes. Esta etapa tem início com a irrupção do primeiro molar permanente e termina com a perda dos segundos molares decíduos (HANSON, BARRETT, 1988). Durante esta fase, em que os dentes estão nascendo, caindo, se deslocando, e buscando um estado permanente de equilíbrio; é que o fonoaudiólogo 15

16 deverá manter contato com o odontólogo, pois este está preparado a separar o que é rotina de desenvolvimento de uma anormalidade. Podemos relacionar o desenvolvimento dentário a um processo mastigatório ideal e eficiente e também é preciso que todas as estruturas citadas estejam integralmente desenvolvidas e inalteradas. TANIGUTE, em MARCHESAN (1988), define a mastigação como a função mais importante do sistema estomatognático e como o início do processo digestivo. É um processo que tem início na boca e tem por objetivos, morder, triturar e mastigar os alimentos, sendo um ato fisiológico e complexo que abrange atividades neuromusculares e digestivas. TANIGUTE, cita MOLINA (1989), ao referir que a mastigação tem como função principal, fragmentar os diversos alimentos em pequenas partículas, preparando-as para a deglutição e a digestão. O ato mastigatório apresenta outras funções como, proporcionar a força e a função necessárias para o desenvolvimento dos ossos maxilares, promover uma ação bacteriana sobre os alimentos colocados na boca quando fragmentados para formar o bolo e manter os arcos dentais, a estabilidade da oclusão e a função do periodonto, músculos e articulação. O desenvolvimento da mastigação é iniciado por movimentos verticais no qual a língua amassa os alimentos contra o palato entre o quinto e o sexto mês de vida. Aos sete meses, movimentos de lateralização de mandíbula se iniciam e a língua lateraliza os alimentos. 16

17 Com um ano a um ano e meio, a mandíbula começa a realizar movimentos rotatórios, fornecendo condições para o padrão mastigatório bilateral e os lábios ficam em selamento. Considera-se nesta época a mastigação como um padrão adulto (TANIGUTE, 1998). A neurofisiologia inclui um centro mastigatório localizado no tronco cerebral que aciona o neurônio motor do trigêmio, provocando a depressão mandibular por contração dos suprahióideos. Com o bolo entre os dentes, o centro mastigatório estimula os músculos elevadores da mandíbula, estabelecendo um padrão cíclico que pode ser interrompido ou modificado (MARCHESAN, 1998). mastigatório são: TANIGUTE (1998) relata que os músculos que atuam no ato - masséter, tem origem no arco zigomático e inserção no ramo da mandínbula e sua função é de elevar e protruir a mandíbula; - temporal, origina-se na fossa temporal e insere-se na apófise coronóide da articulação temporomandibular e sua ação é de elevar e retrair a mandíbula; - pterigóideo medial, sua origem é na lâmina pterigóideo externa até a superfície interna lateral da mandíbula e irá elevar e protruir a mandíbula; - pterigóideo lateral, origina-se na fossa temporal e estende-se até a articulação temporomandibular e sua função é de protruir, abrir e lateralizar a mandíbula; e 17

18 - digástrica, no qual o feixe anterior origina-se na borda inferior interna da mandíbula, e o feixe posterior, na mastóide; ambos têm inserção no osso hióide e tem a função de elevar o osso hióide e auxiliar o pterigóide lateral na abertura da boca. BIANCHINI (1998) descreve o processo mastigatório em três fases: - incisão ou mordida, no qual o alimento é apreendido entre as bordas incisais ou cortantes dos dentes incisivos; - trituração, ou seja, a quebra ou trituração do alimento em pedaços pequenos e; - pulverização, quando os alimentos são transformados em pedaços ainda menores. O ato mastigatório deve ser realizado sem alteração da musculatura mastigatória e sem a interrupção de qualquer uma das fases do processo de mastigação. Portanto, é necessário a integridade do sistema estomatognático, dando destaque aos dentes. Estamos destacando os dentes, pois iremos relacionar a interferência da falta dentária na mastigação. A perda dentária é muito significativa, pois altera todo o sistema estomatognático devido à destruição de parte do esqueleto facial, altera a morfologia e neuromusculatura, o que dificulta a realização das funções de deglutição, mastigação, fala e a própria adaptação às próteses (CUNHA, FELÍCIO, BATAGLION, 1999). 18

19 seja, doença periodontal. A principal causa da perda de dentes entre adultos é a periodontite, ou A periodontite é uma inflamação da gengiva, que é provocada, inicialmente, pela invasão da gengiva por bactérias que vivem nas placas bacterianas. Essas bactérias destroem os ligamentos periodontais e o tecido ósseo em que os dentes ficam ancorados. A própria defesa do organismo, na tentativa de combater as bactérias, pode aumentar, ainda mais, a destruição desses tecidos. O processo, depois de algum tempo, leva à formação de bolsas em volta dos dentes, que provocam o alargamento do espaço entre os dentes e osso e esses espaços afrouxam a fixação dos dentes, que ficam com maior mobilidade e podem acabar caindo. Dentre as anormalidades, COHEN (1977) cita a anquilose, no qual o dente decíduo pára de erupcionar corretamente e o cemento se une com o osso alveolar, o dente decíduo assume no arco dentário uma posição abaixo do plano oclusal dos outros dentes. germes dentários. Também cita a agenesia, no qual o dente não erupciona por falta dos A ausência dos germes dentários pode estar relacionada à exposição, das crianças, ao raio X. os germes dentários são extremamente sensíveis aos raios X, e podem ser completamente destruídos por doses relativamente baixas. Os dentes em formação e parcialmente calcificados podem ter o desenvolvimento interrompido pelos raios X. (SHAFER, HINE, LEVY, 1987). 19

20 Segundo SHAFER, HINE, LEVY (1987), a anodontia verdadeira, ou ausência congênita dos dentes, pode ser total ou parcial. A anodontia total, na qual todos os dentes estão ausentes, pode envolver as dentições decídua e permanente. É uma condição rara, mas quando ocorre, está frequentemente associada a um distúrbio generalizado do desenvolvimento do número de dentes. A anodontia parcial (hipodontia ou oligodontia) envolve um ou mais dentes e é uma condição bastante comum. Embora a ausência congênita possa ocorrer em qualquer dente, há uma tendência para ocorrer com mais frequência em certos dentes, como os terceiros molares, os incisivos superiores e os segundos prémolares superiores e inferiores. Na anodontia parcial acentuada, a ausência bilateral dos dentes correspondentes pode ser marcante. A anodontia induzida ou falsa resulta da extração de todos os dentes. Em muitos casos, existe uma tendência familiar para a ausência de dentes e por isso a importância de visitar regularmente o dentista para que estas anormalidades, ou distúrbios sejam precocemente descobertos e tratados. O tratamento odontológico precoce é importante para a prevenção de várias patologias bucais, entre elas a cárie. Quanto à cárie, SHAFER, HINE, LEVI (1987) afirmam que é uma doença microbiana dos tecidos calcificados dos dentes, caracterizada pela desmineralização da parte inorgânica e destruição da substância orgânica do dente. É a mais prevalente das doenças crônicas que afetam a raça humana e se não forem tratadas, podem levar a extração do dente. 20

21 A falta de higiene, ou seja, a escovação dentária inadequada, faz com que acumule placa bacteriana nas fissuras ou defeitos do esmalte, junto à gengiva, entre os dentes, nas emendas de restaurações ou de coroas e estas placas a causa da cárie e da doença periodontal. A perda dentária por traumas pode ocorrer por causa de eventuais acidentes, como quedas, por restaurações altas, ou pelo uso inadequado de aparelhos ortodônticos. Podemos, então, reiterar a importância dos dentes na mastigação, pois se os dentes estiverem ausentes, com certeza os alimentos não serão mordidos de forma adequada, não serão bem triturados e o indivíduo irá engolir pedaços inteiros. Esse indivíduo irá mastigar, mas esta mastigação será adaptada à falta dentária e poderá ser unilateral, o que provocará um desequilíbrio de forças entre os lados de trabalho e balanceio. O ideal é uma mastigação bilateral para que ocorra a estimulação dos músculos mastigadores, da membrana periodontal e articulações temporomandibulares. Além de interferir na mastigação, a ausência de dentes torna a pronúncia das palavras alteradas, pode modificar o timbre da voz, muda a fisionomia do indivíduo, pode provocar reabsorção óssea e altera as outras funções do sistema estomatognático (respiração, deglutição, sucção). Portanto, é de fundamental importância tomar os cuidados precisos para manter uma boa dentição e conservar as funções dos dentes e assim as funções do sistema estomatgnático. 21

22 Quando necessário, procurar o odontólogo para a realização do tratamento dentário e a fonoaudióloga para a adequação das funções alteradas, pois assim garantiremos uma melhor qualidade de vida aos indivíduos, evitando problemas de saúde e problemas emocionais. 22

23 CONSIDERAÇÕES FINAIS Na década de 60, a boa saúde bucal se baseava muitas vezes na extração. Atualmente muitos indivíduos com mais de sessenta anos têm a boca tomada por próteses, as funções estomatognáticas adaptadas ou inadequadas e a musculatura alterada, considerando a idade. Quando jovens, essas pessoas tiveram pouco tratamento, muitas extrações realizadas e poucas informações sobre o funcionamento do sistema estomatognático, enfocando a mastigação. Este trabalho mostrou a importância dos dentes no processo mastigatório, destacando as patologias bucais, as interferências e as alterações que a falta dentária provoca neste processo e que atualmente existem meios que previnem as extrações indevidas. Também foi mostrado o funcionamento do sistema estomatognático, enfatizando os órgãos fonoarticulatórios e as funções neurovegetativas, principalmente a mastigação. Através deste estudo, podemos concluir que uma visita regular ao odontólogo para avaliação da dentição e orientações para uma higienização bucal adequada e informações sobre o sistema estomatognático (órgãos e funções) por uma fonoaudióloga, poderão evitar a falta dentária. 23

24 Referindo-se aos profissionais citados ressaltamos a importância do odontólogo em prevenir as patologias bucais, orientar e tratar precocemente essas patologias, orientar e tratar precocemente as patologias hereditárias, organizar programas de higiene bucal e principalmente realizar em parceria com o fonoaudiólogo, um trabalho voltado para detecção de modificações dos órgãos ou funções do sistema estomatognático. Tratando-se do trabalho fonoaudiológico, é importante ressaltar que este só se inicia após encaminhamento ao odontólogo com o objetivo de verificar e tratar casos de dentição precária. Desta forma, finalizo este estudo colocando alguns sinais de alerta que podem provocar a perda dentária e consequentemente alterar a mastigação. Os sinais de alerta são: - sangramento da gengiva; - gengivas vermelhas; - mau hálito; - dentes permanentes frouxos e - qualquer modificação na mordida ou mastigação. Ao notar alguns desses sinais, é necessário procurar atendimento e assim iremos garantir uma saúde ideal e uma boa qualidade de vida e também poderemos prevenir tais interferências e alterações. Para enfatizar melhor esses sinais de alerta, como produto deste estudo podemos organizar campanhas de prevenção com o intuito de realizar orientações sobre a dentição, a mastigação e o trabalho entre o fonoaudiólogo e o odontólogo. 24

25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BATAGLION, C.; CUNHA, C.C.; FELÍCIO, C.M; Condições miofuncionais orais em usuários de próteses totais. Revista de atualização científica : Pró-fono, 1 (v. 11): 21-6, BIANCHINI, E.M. A cefalometria nas alterações miofuncionais orais diagnóstico e tratamento fonoaudiológico. Carapicuiba: Pró-fono, 1998, 107 p. BONECKER, M,I,S; PINTO, A. C. G.; WALTER, L.R.F. Prevalência, distribuição e grau de afecção de cárie dentária em crianças de 0 a 36 meses de idade. Revista da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas, 6 (v. 51): 537-9, CASANOVA, J & Col. Manual de fonoaudiologia. Porto Alegre: Artes Médicas, p. COHEN. Ortodontia pediátrica preventiva. São Paulo: Interamericana, 1977, 100 p. DÂNGELO, J; FATTINI, C. Anatomia humana sistêmica e segmentar. Rio de Janeiro, São Paulo: Atheneu, 1988, 600 p. FERREIRA, F. V. Ortodontia diagnóstico e planejamento clínico. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996, 495 p. GOMES, I.C.D.; LIMONGI, S. C. O.; PROENÇA, M. G. Temas de fonoaudiologia. São Paulo: Loyola, 1993, 209 p. GREENE, C.L.M. Distúrbios da voz. São Paulo: Manole, 1989, 503 p. HANSON, M.L.; BARRET, R.H. Fundamentos da miologia orofacial. Rio de Janeiro: Onelivros, 1988, 393 p. MARCHESAN, I. Fundamentos em fonoaudiologia - Aspectos clínicos da motricidade oral. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998, 67 p. 25

26 . Motricidade oral - visão clínica do trabalho fonoaudiológico, integrado com outras especialidades. São Paulo: Pancast, 1993, 67 p.. Uma visão compreensiva das práticas fonoaudiológicas. São Paulo: Pancast, 1998, 238 p. PETRELLI, E. Ortodontia para fonoaudiologia. São Paulo: Lovise, 1994, 495. PINTO, A. C. G. Odontopediatria. São Paulo:Santos, 1995, p. SHAFER; HINE; LEVY. Tratado de patologia bucal. Guanabara Koogan, 1987, 837 p. TANIGUTE, C. C. Desenvolvimento das funções estomatognáticas. In: Marckesan, I. Q. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998, 108 p. 26

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