XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental
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- Osvaldo Sales Morais
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1 VII PANORAMA DO ABASTECIMENTO PÚBLICO DE ÁGUA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, TRAÇADO A PARTIR DE DADOS DO SETOR DE VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO Julce Clara da Silva (1) Engenheira Química, formada PUCRS. Especialista em Saneamento Ambiental pela PUCRS. Especialista em Projetos para Tratamento de Efluentes Industriais, Sólidos, FOTOGRAFIA Líquidos e Gasosos pela PUCRS. Especialista em Saúde Pública pela Escola de Saúde Pública (ESP) da Secretaria Estadual da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul NÃO (SES/RS). Chefe do Setor de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano da DISPONÍVEL Divisão de Vigilância Sanitária da SES/RS. Rosa Maria Dalfollo Ferreira Engenheira Química, formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS. Especialista em Engenharia de Saúde Pública pelo Instituto Castello Branco - Fundação Osvaldo Cruz - Rio de Janeiro/RJ. Sanitarista da Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul desde Técnica do Setor de Vigilância da Qualidade da Água da Divisão de Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual da Saúde do RS. André Luiz Martinelli Santos Silva Engenheiro Civil, (UFRGS/1988). Ex-engenheiro da CORSAN ( ). Especialista em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental pelo IPH da UFRGS (1998). Engenheiro Civil Sanitarista da Secretaria Estadual da Saúde do RS desde Ex-chefe da Divisão de Saneamento Básico (PROSAN) da SES/RS (1999). Técnico da Divisão de Vigilância Sanitária (Setor de Vigilância da Qualidade da Água) da SES/RS e representante da Secretaria no Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Taquarí-Antas. Eliana Venturela Alves Leipelt Geóloga, formada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos/UNISINOS, Rio Grande do Sul. Técnica do Setor de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano da Divisão de Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul. Endereço (1) : Rua Felipe Camarão, n o apto Bairro Rio Branco - Porto Alegre - RS - CEP: Brasil - Tel: (51) dvs@saude.rs.gov.br RESUMO A vigilância da qualidade da água para consumo humano é de fundamental importância à população como medida preventiva na ocorrência de doenças de veiculação hídrica (p.ex.: cólera, febre tifóide, gastroenterites, fluorose, etc.). as quais são um grave problema de saúde pública. A vigilância da qualidade da água para consumo humano (VQA) no Estado do Rio Grande do Sul é realizada pela Divisão de Vigilância Sanitária, através do Setor de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, cujas atividades consistem em elaboração de normas técnicas, treinamento, supervisão e assessoramento, tanto nos níveis regionais da Secretaria Estadual da Saúde quanto nos municípios. Também cabe à este setor a manutenção de bancos de dados referentes ao levantamento da situação do estado em termos de serviços de abastecimento de água (aqueles que atendem a mais de 100 (cem) pessoas ou vinte (20) famílias, e de resultados de ações de VQA realizadas pelos municípios. As ações de vigilância da qualidade da água realizada pelos municípios em qualquer condição de gestão, nas quais está incluído o cadastro de serviços de abastecimento de água são: Vigilância sobre o controle de qualidade realizado por serviços de abastecimento de água (públicos e privados), no que se refere ao atendimento das normas e padrões de potabilidade de água para consumo humano estabelecidos pelo Decreto n.º , de 09 de março de 1977, e Portaria n.º 36/GM, de 19 de janeiro de 1990; Vigilância sobre os teores de flúor adicionados à água por serviços de abastecimento (públicos e privados), de acordo com a Lei n.º 6050, de 21 de maio de 1974, Decreto n.º , de 22 de dezembro de 1975, Portaria n.º 635/Bsb, de 26 de dezembro de 1975, Portaria n.º 15/89 - SSMA, de 20 de junho de 1989 e Portaria n.º 10-SSMA, de 16 de agosto de ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 1
2 Vigilância das condições sanitárias de reservatórios de água potável de prédios coletivos, de acordo com a Portaria n.º 21/88 - SSMA, de 19 de janeiro de 1988 e Lei Estadual n.º 9755, de 05 de novembro de Vigilância da qualidade da água de fontes alternativas de abastecimento utilizadas no Estado do Rio Grande do Sul (poços freáticos, poços tubulares e fontes), de acordo com o Decreto n.º , de 24 de outubro de Através das informações obtidas dos formulários de cadastramento dos serviços de abastecimento de água (SAA), pode-se traçar o perfil de abastecimento de água no Estado. A população total do Estado do Rio Grande do Sul é de habitantes, 76,53% com água tratada, 70,90% com água fluoretada, sendo que 299 municípios são abastecidos pela Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN), 7 municípios são abastecidos por autarquias municipais e 161 municípios o são por prefeituras municipais ou sistemas de abastecimento privados. Dos 467 municípios do Estado, 335 cadastraram os seus SAA's, ou seja, 71,14% desse total. PALAVRAS-CHAVE: Vigilância da Qualidade da Água, Ações Básicas, Serviços de Abastecimento de Água, Cadastro, Sistema de Saúde izado. INTRODUÇÃO É amplamente reconhecida a importância da água como veículo de prevenção e também de disseminação de doenças. Assim, é necessário que a população tenha acesso a esse precioso líquido em quantidade e qualidade tais, de forma a garantir que a água auxilie na manutenção da saúde humana, não vindo a se transformar em veículo de doenças, seja qual for a fonte de abastecimento. Dessa forma, a vigilância da qualidade da água para consumo humano é de fundamental importância à população como medida preventiva na ocorrência de doenças de veiculação hídrica (p.ex: cólera, febre tifóide, gastroenterites, flourose, etc.). Traçar o perfil de abastecimento de água no Estado é prioridade do setor, pois com isso se poderá fornecer o diagnóstico da qualidade da água que a população do estado está consumindo. Conforme os dados obtidos 335 municípios enviaram o cadastro dos SAA's do total de 467 do estado. É objetivo deste setor obter 100% dos municípios com SAA's cadastrados. Para melhor entendimento deste trabalho, se faz necessário descrever a sistemática de realização das ações de vigilância da qualidade da água para consumo humano. No Estado do Rio Grande do Sul, as ações são descentralizadas através das 19 coordenadorias Regionais de Saúde (CRS's), e municípios que optaram por municipalizar as ações e serviços de saúde (sistemas de saúde municipalizados), conforme a Norma Operacional Básica Nº.01 do Ministério da Saúde de O nível central da SES tem como atividades a elaboração de normas técnicas, treinamentos, supervisão e assessoramento, tanto dos níveis regionais da SES quanto dos municípios, e também da manutenção de bancos de dados referentes ao levantamento da situação do estado em termos de serviços de abastecimento de água e de resultados de ações de VQA. O nível regional tem como atividades a supervisão e assessoramento aos municípios e atuar no que se refere às ações de VQA nos municípios que ainda não optaram por municipalizar as ações e serviços de saúde. Ao nível municipal cabe a execução das ações de vigilância da qualidade da água, onde está comtenplado o cadastramento dos serviços de abastecimento de água. Dos 467 municípios do Estado, 460 municípios já optaram por municipalizar as ações e serviços de saúde. As ações básicas da qualidade da água para consumo humano são: Vigilância sobre o controle de qualidade realizado por serviços de abastecimento de água (públicos e privados), no que se refere ao atendimento das normas e padrões de potabilidade de água para consumo humano estabelecidos pelo Decreto n.º , de 09 de março de 1977, e Portaria n.º 36/GM, de 19 de janeiro de 1990; ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 2
3 Vigilância sobre os teores de flúor adicionados à água por serviços de abastecimento (públicos e privados), de acordo com a Lei n.º 6050, de 21 de maio de 1974, Decreto n.º , de 22 de dezembro de 1975, Portaria n.º 635/Bsb, de 26 de dezembro de 1975, Portaria n.º 15/89 - SSMA, de 20 de junho de 1989 e Portaria n.º 10-SSMA, de 16 de agosto de Vigilância das condições sanitárias de reservatórios de água potável de prédios coletivos, de acordo com a Portaria n.º 21/88 - SSMA, de 19 de janeiro de 1988 e Lei Estadual n.º 9755, de 05 de novembro de Vigilância da qualidade da água de fontes alternativas de abastecimento utilizadas no Estado do Rio Grande do Sul (poços freáticos, poços tubulares e fontes), de acordo com o Decreto n.º , de 24 de outubro de MATERIAIS E MÉTODOS O levantamento da dados foi realizado a partir do preenchimento pelos municípios de formulários de cadastramento de serviços de abastecimento de água, onde são solicitadas informações como: responsável pelo serviço de abastecimento de água, população abastecida, serviço prestado, tratamento de água, controle de qualidade realizado, etc. 1.ª ETAPA: CAPACITAÇÃO DOS MUNICÍPIOS Para realizar o cadastramento do serviço de abastecimento de água os municípios foram capacitados, dentro de uma sistemática a qual foi definida pelo setor de capacitação da DVS. A capacitação é realizada pelo nível central e distribuída por CRS's, onde estão contempladas todas as ações de VQA nas quais está incluído o cadastramento dos SAA's. As capacitações tiveram início em 1999, e até o mês de agosto de 2000 foram capacitadas 15 CRS's do total de 19, e seus respectivos municípios, conforme o apresentado na tabela abaixo: Tabela 1 - Regionais e municípios. CRS 1ª 24 2ª 45 4ª 28 5ª 44 6ª 50 9ª 10 11ª 31 12ª 25 13ª 12 14ª 25 15ª 24 16ª 37 17ª 14 18ª 22 19ª 28 Número de É objetivo da SES capacitar 100% das CRS's e consequentemente seus municípios até o final do ano de Uma vez que as CRS's e municípios estejam capacitados para realizar o cadastramento, estes são enviados ao nível regional que os reenvia para o nível central, onde os dados são compilados. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 3
4 RESULTADO DA 1.ª ETAPA: Dos 467 municípios do estado, 335 municípios enviaram formulários de cadastramento. Figura 1 - com cadastro no Setor de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano. sem cadastro 28,27% com cadastro 71,73% 2.ª ETAPA: LEVANTAMENTO DE DADOS: Através dos formulários de cadastramento preenchidos pelos municípios pode-se obter informações como: responsáveis pelo abastecimento de água nos municípios, população com água tratada e fluoretada. Figura 2 - segundo seu responsável pelo abastecimento de água: Número de municípios 1% 34% CORSAN Prefeituras municipais e privados s municipais 65% Total de municípios do RS: 467 CORSAN: Companhia Riograndense de Saneamento s municipais: 7 municípios Prefeituras municipais e privados: 161 municípios ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 4
5 A população do Estado do Rio Grande do Sul é de habitantes, sendo que 76,53% dispões de água tratada, 70,90% dispõe de água fluoretada, conforme a figura abaixo: Figura 3 - População com água tratada. Sem água tratada 24% Com água tratada 76% Figura 4: População com água fluoretada. Sem água fluoretada 30,03% Com água fluoretada 69,97% A partir destas informações pode-se obter o panorama de abastecimento de água no Estado, conforme quadro constante na página seguinte. RESULTADO DA SEGUNDA ETAPA: É possível observar-se que, apesar de o estado ter um percentual razoável da população abastecida com água tratada (comparando-se com muitos outros estados do país, conforme pode ser visto nos dados apresentados no Quadro I) ainda existem muitos municípios (obviamente os de menor porte) que contam ainda com distribuição de água sem tratamento ("in natura") e com a conseqüente ocorrência de casos de doenças de veiculação hídrica, devido ao não atendimento, por parte dos serviços de abastecimento de água, à periferia e zona rural desses municípios. CONCLUSÕES Com base no trabalho realizado, conclui-se que: Através da realização das ações do setor, tendo por base o cadastramento dos serviços de abastecimento de água, pode-se traçar o perfil de abastecimento de água do estado; Conhecendo a situação de abastecimento de água de 100% dos municípios do estado, este setor poderá interferir nessa realidade com políticas de saúde no que se refere ao saneamento básico, e medidas de adequação dos padrões de qualidade da água através do cumprimento da legislação vigente. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 5
6 QUADRO I - Panorama do abastecimento e fluoretação da água no Estado do Rio Grande do Sul Serviço de Abasteci mento Órgão Responsá vel N.º de Abastecidos População Urbana % População com Água Tratada População com Água Tratada N.º de População com Flúor com Água Fluoretada Estadual CORSAN , DMAE , Sistema Autônomo Total Geral SEMAE , SAMAE , SANEP , DAE , COMUSA , DAEB , Prefeituras Municipais e Privados População Total do RS habitantes População com água tratada - 76,53 % População com água fluoretada - 70,90 % , ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 6
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