AGROINDÚSTRIA FAMILIAR RURAL BASE LEGAL
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- Guilherme Palha Felgueiras
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1 AGROINDÚSTRIA FAMILIAR RURAL BASE LEGAL (ASPECTOS TRIBUTÁRIO, PREVIDENCIÁRIO, SANITÁRIO E AMBIENTAL) Elaborado por: Renato Cougo dos Santos, Msc rsantos@emater.tche.br - Tel: (51) Área de Agroindústria / Núcleo de Gestão dos Programas Gerência Técnica / Ascar - Emater/RS
2 BASE LEGAL LEGALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA ENQUADRAMENTO PREVIDENCIÁRIO LICENCIAMENTO SANITÁRIO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
3 A Constituição da República Federativa do Brasil - CRFB de 1988, assegura o direito a propriedade privada e o livre exercício de qualquer atividade econômica TÍTULO VII Da Ordem Econômica e Financeira CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA Artigo a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: Incisos: II - propriedade privada; e III função social da propriedade; Parágrafo único - é assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
4 Artigo como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. Planejamento No Parágrafo Único do Artigo 170 da constituição afirma-se que é livre o exercício de qualquer atividade econômica, assim cabe a pergunta: O que é Atividade Econômica? Atividade econômica pode ser entendida como sendo aquela que gera riqueza mediante a extração, transformação e distribuição de recursos naturais, bens e serviços, tendo como finalidade a satisfação de necessidades humanas. As inúmeras possibilidades de interpretações por parte da iniciativa privada para exploração da atividade econômica com esta definição obrigou o poder público, como agente normativo e regulador, a organiza-lá e descreve-lá dentro dos princípios da igualdade e da sustentabilidade social, ambiental e econômica.
5 A organização da Atividade Econômica competirá ao Ministério do Planejamento, conforme determinado pelo poder executivo federal. Como órgão competente o Ministério do Planejamento em 1994 criou a Comissão Nacional de Classificação CONCLA com as funções de monitoramento e definição das normas de utilização e padronização das classificações estatísticas nacionais. Algumas das classificações organizadas pela CONCLA são: Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas- Fiscal - CNAE-Fiscal Classificação Nacional de Atividades Econômicas Domiciliar - CNAE-Domiciliar
6 Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE A Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE está organizada em Seções das quais serão destacadas as: seção A - Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura, e seção C - Indústrias de Transformação O destaque dado as seções A e C da CNAE é justificado a medida que o interesse desta apresentação é compreender de que forma pode ser realizada a formalização da atividade de processamento de alimentos quando essa é realizada por agricultores familiares.
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8 A Seção A Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura da Classificação Nacional de Atividades Econômicas contém as seguintes divisões: 01 - Agricultura, Pecuária e Serviços Relacionados; 02 - Produção Florestal; e 03 - Pesca e Aquicultura.
9 Note que a Receita Federal do Brasil adota a CNAE-subclasses 2.1 para padronização das informações fiscais das administrações públicas federal, estaduais e municipais. A Nota Explicativa mais importante é a que considera o processamento, na unidade de produção agrícola, de produtos agrícolas ou pecuários provenientes de produção própria como sendo atividade pertencente a seção A agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura.
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11 Desta forma, são exemplos de atividades pertencente a seção a - Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura: A exploração ordenada dos recursos naturais vegetais A exploração ordenada dos recursos naturais animais O processamento de alimentos quando realizado na unidade de produção e com matéria-prima própria
12 Quando o processamento de alimentos for realizado fora da unidade de produção (propriedade rural) e/ou que a matéria-prima for de terceiros, classifica-se: na seção c - INDUSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO
13 LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
14 Legislação Tributária QUEM? FIXAÇÃO DE IMPOSTOS Ministério da Fazenda ONDE? Receita Federal do Brasil COMO? 1 2 Pessoa Física Produtor Rural Pessoa jurídica Empresa e Cooperativa
15 O principal papel do poder público é o de prestar serviços essenciais à população. Ocorre que para o poder público prestar os serviços essenciais para a população há necessidade de desembolso de dinheiro. Excluindo-se algumas exceções previstas na Constituição de 1988, fica impedido que o poder público explore atividade econômica com propósito de obter lucro. Assim, o dinheiro necessário para que o poder público preste os serviços vêm essencialmente da cobrança dos impostos das pessoas que obtém renda com o seu trabalho ou que exploram atividade econômica. O regramento para cobrança destes impostos é dado pela legislação tributária.
16 Então, quem pode explorar a atividade econômica? Pessoas físicas ou naturais Os agricultores familiares inscritos no cadastro geral de contribuintes de tributos estaduais CGC/TE. Pessoas jurídicas Os empresários inscritos no registro público de empresas mercantis e no cadastro nacional da pessoa jurídica CNPJ. As cooperativas registradas nas juntas comerciais e inscritas no cadastro nacional da pessoa jurídica CNPJ.
17 Pessoas Físicas ou Naturais Os Agricultores Familiares, conforme o Artigo 3º da Lei de 2006 Artigo 3 - para os efeitos desta Lei, considera-se agricultor familiar e empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos: I - não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais; II - utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento; III - tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento; IV - dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família.
18 Pessoas Jurídicas O empresário, conforme o Artigo 966 do novo código civil de 2002 Artigo considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Artigo é obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
19 Pessoas Jurídicas As cooperativas, conforme o Artigo 3º da Lei nº de 1971 Artigo 3º - celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro.
20 Lei Decreto Lei Lei 11 Lei Lei 16 Lei Lei Lei Lei Lei Decreto Lei Decreto Lei DRP 45/98 Lei Código civil Lei Lei Lei 123 Lei Decreto Lei CONSTITUIÇÃO (LEI SUPREMA - LEI DAS LEIS) (a) (b) (c) (d) (e) (f) (20) EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA NO BRASIL TRABALHADOR RURAL PRODUTOR RURAL PESSOA FÍSICA MICROPRODUTOR RURAL (11) (12) (13) (14) (15) (17) (19) (16) (18) Legislação Federal Legislação Estadual (2) (7) (8) (9) (10) (1) (6) (5) (4) (3)
21 LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
22 Legislação Previdenciária Seguridade Social QUEM? Ministério da Previdência Social ONDE? INSS COMO? 1 2 Pessoa Física Segurado Especial Pessoa Física Contribuinte Individual
23 Lei 11 Lei Lei Lei Lei Decreto Lei Lei Lei Lei CONSTITUIÇÃO (LEI SUPREMA - LEI DAS LEIS) (a) (b) (c) (d) (e) (f) EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA NO BRASIL (9) TRABALHADOR RURAL (6) (7) (8) (5) (4) (2) (3) (1)
24 Promulgação da lei federal nº que acrescenta artigo à lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973, criando o contrato de trabalhador rural por pequeno prazo; estabelece normas transitórias sobre a aposentadoria do trabalhador rural; prorroga o prazo de contratação de financiamentos rurais de que trata o parágrafo 6º do artigo 1º da lei nº , de 24 de setembro de 2007; e altera as leis números 8.171, de 17 de janeiro de 1991, 7.106, de 20 de junho de 1993, 9.017, de 30 de março de 1995, e e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991 alterações: Artigo 9º - a Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes Artigo
25 V... a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos 10 e 11 deste artigo; VII como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de: a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade:
26 1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; 2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de vida; b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; e c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo.
27 Parágrafo 1º - entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes. Parágrafo 9º - não descaracteriza a condição de segurado especial: V a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo de beneficiamento ou industrialização artesanal, na forma do 11 do art. 25 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991; e Parágrafo 11º - considera-se processo de beneficiamento ou industrialização artesanal aquele realizado diretamente pelo próprio produtor rural pessoa física, desde que não esteja sujeito à incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados IPI. (NR)
28 Artigo Parágrafo 5º - a matrícula atribuída pela Secretaria da Receita Federal do Brasil ao produtor rural pessoa física ou segurado especial é o documento de inscrição do contribuinte, em substituição à inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica CNPJ, a ser apresentado em suas relações com o Poder Público, inclusive para licenciamento sanitário de produtos de origem animal ou vegetal submetidos a processos de beneficiamento ou industrialização artesanal, com as instituições financeiras, para fins de contratação de operações de crédito, e com os adquirentes de sua produção ou fornecedores de sementes, insumos, ferramentas e demais implementos agrícolas. Parágrafo 6º - o disposto no 5o deste artigo não se aplica ao licenciamento sanitário de produtos sujeitos à incidência de Imposto sobre Produtos Industrializados ou ao contribuinte cuja inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica CNPJ seja obrigatória. (NR)
29 LEGISLAÇÃO SANITÁRIA
30 Legislação Sanitária Inocuidade dos Alimentos 1 Origem Vegetal Ministério da Saúde QUEM? 2 Origem Animal Ministério da Agricultura 3 Sucos e Bebidas Ministério da Agricultura 1 Sistema Nacional de Vigilância Sanitária ONDE? 2 Serviço SIF - SIE - SIM 3 Serviço SIV
31 Decreto Lei Decreto Lei Decreto Lei Decreto Lei Lei Decreto Lei Decreto Lei 986 Decreto Lei Lei Lei Lei Lei Lei Lei Lei Decreto Lei Decreto Lei Decreto Lei Decreto Lei Decreto Lei CONSTITUIÇÃO (LEI SUPREMA - LEI DAS LEIS) (a) (b) (c) (d) (e) (f) EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO SANITÁRIA NO BRASIL (16) (20) (18)(19) (17) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) (15) (14)
32 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
33 Legislação Ambiental Preservação do Meio Ambiente QUEM? Ministério do Meio Ambiente ONDE? Estadual Municipal FEPAM Sec. Mun. Meio Ambiente 1 Licença Prévia (LP) COMO? 2 Licença de Instalação (LI) 3 Licença de Operação (LO)
34 Lei Lei Lei Resolução CONAMA 237 Resolução CONAMA 303 Resolução CONAMA 385 Resolução FEPAM 02 Lei 140 CONSTITUIÇÃO (LEI SUPREMA - LEI DAS LEIS) (a) (b) (c) (d) (e) (f) EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL (6) (7) (4) (5) (8) (3) (2) (1)
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