REGULAMENTAÇÃO DO SUCO E POLPA DE FRUTAS ARTESANAIS. Audiência Pública
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- Juliana Porto Almada
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1 REGULAMENTAÇÃO DO SUCO E POLPA DE FRUTAS ARTESANAIS Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados Audiência Pública Brasília, 10 de dezembro de 2013
2 Polpa e Sucos de Frutas Artesanais O que o Instituto Brasileiro de Frutas (IBRAF) entende por Polpas e Sucos de Frutas Artesanais? Entende que se trata de Produtos obtidos de forma artesanal, através de processos tecnológicos, em pequena escala, com características tradicionais ou regionais próprias.
3 Características Básicas Polpa e Sucos de Frutas Artesanais Produzidos exclusivamente nas áreas rurais e de mínimo porte; Na sua elaboração é permitida a aquisição de parte da matériaprima de terceiros, devidamente documentadas; Deve atender rigorosamente os requisitos de sanidade e segurança com relação a saúde pública e a legislação agroalimentar brasileira pertinente; Devem ser convenientemente rotulados, minimamente, com os dizeres que indiquem a identidade dos produtos, ingredientes utilizados em sua composição em escala decrescente, prazo de validade, recomendação de uso e conservação adequada nos pontos de venda, bem como, relativas ao consumo final. 3
4 Polpa e Sucos de Frutas Artesanais Sugestões e Propostas para Elaboração de uma Legislação Específica - (Base para um Projeto de Lei) * Serão criadas as denominações Polpas e Sucos de Frutas Artesanais para caracterizar os produtos elaborados de acordo com as características e peculiaridades tradicionais ou regionais próprias de cunho social da fruticultura familiar, desenvolvidas em propriedades rurais familiares em todo território nacional, assegurada a inocuidade e segurança dos produtos. * Os produtos serão elaborados com no mínimo 70% (setenta por cento) de frutas produzidas na propriedade rural familiar de origem e na quantidade máxima anual de quilos para polpas e litros para os sucos.
5 * Os produtos devem possuir: Polpa e Sucos de Frutas Artesanais I a denominação Polpa de Fruta Artesanal ou Suco de Frutas Artesanal ; II origem do produto, indicando o nome do produtor ou da propriedade rural, endereço, Município e Estado da Federação ou Distrito Federal; III número da Declaração de Aptidão do Programa Nacional da Agricultura Familiar - DAPE, emitida pelo órgão competente; IV características do produto, de forma simplificada; V Prazo de validade; VI Recomendações de conservação e uso. * O controle de qualidade das polpas e sucos artesanais de frutas será realizado na propriedade rural familiar, mediante responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado.
6 Polpa e Sucos de Frutas Artesanais * A contratação do profissional a que se refere o caput poderá ser objeto de acordos de cooperação entre produtores, associações de produtores ou sindicatos rurais, prefeituras, órgãos municipais, estaduais ou federais, públicos ou privados. * Competirão ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: I a fiscalização e o controle da elaboração da polpa e suco artesanal, contemplando a elaboração, o envase e a comercialização do produto; II a autorização e o registro da propriedade rural familiar para produção da polpa e suco artesanal, de forma simplificada e levando em conta critérios que considerem a realidade local e assegurem a qualidade e a sanidade do produto. * O exercício das competências a que se refere o caput poderá ser objeto de convênios entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e os Estados, o Distrito Federal ou os Municípios.
7 * Ficam desobrigados do cumprimento das exigências estabelecidas neste Regulamento os agricultores familiares que produzirem apenas para o consumo familiar. Polpa e Sucos de Frutas Artesanais * Serão realizadas, no primeiro semestre de cada ano, as análises físico-química e microbiológica básica de amostras da polpas e sucos artesanais, coletadas nos estabelecimentos produtores. * Os produtores deverão declarar anualmente, o volume de produção e de comercialização dos seus produtos. * As declarações a que se refere o caput serão prestadas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou a instituição a ele conveniada.
8 Polpa e Sucos de Frutas Artesanais Justificativas As sugestões de propostas elaboradas e apresentadas para uma regulamentação específica de polpas e sucos artesanais de frutas visam melhor amparar a produção artesanal rural destes derivados de frutas para atender os anseios e necessidades dos produtores familiares, porém sempre garantindo a oferta de produtos seguros e íntegros. Estes fruticultores familiares representam uma parte significativa do total dos agricultores familiares que por sua vez representam mais de 84% imóveis rurais do país e estão presente em mais de 4,1 milhões de estabelecimentos no meio rural, segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
9 É importante evidenciarmos que através dos inúmeros centros de referência como vários órgãos do MDA, a Embrapa, SEBRAE, Institutos Estaduais de Pesquisa, Universidades, SENAR, SENAI, Escolas Técnicas, o fruticultor familiar dispõe hoje de bases para gestão, administração e sistemas de organização, além de evidentemente processos tecnológicos adequados para produção artesanal de polpas e sucos. Polpa e Sucos de Frutas Artesanais Estes fruticultores tem experimentado na evolução do tempo, redução de sua renda, em decorrência do seu baixo nível organizacional, baixo volume individual de oferta e ausência de qualidade não assegurada aos seus produtos vista pelo consumidor. Portanto, carece de uma elevada quantidade de meios da sociedade para apoiá-los de forma institucional, financeiro e outros mais para revitalizá-lo e acarretarem a viabilidade de agregação de valor aos produtos que geram. Os produtores familiares de polpas e sucos de frutas artesanais vem sendo induzidos a fabricarem estes produtos como uma tentativa de agregação de valor para o aumento de renda.
10 Polpa e Sucos de Frutas Artesanais Contudo, este segmento da fruticultura brasileira tem enfrentado inúmeras dificuldades relacionadas a legislação vigente pela falta de uma legislação voltada à esta tipologia do agronegócio que deveria levar em conta as características sociais, econômicas e geofísicas das agroindústrias rurais de mínimo porte. Portanto é fundamental e imperioso que o apoio a agroindustrialização das frutas na forma de polpas e sucos através de processos artesanais e que sejam embasados por uma legislação específica, clara e subsidiária, de modo que se tenha um marco jurídico que permita os fruticultores familiares gerar renda e oportunidades de trabalho no meio rural. Isto significa simplesmente uma ferramenta imprescindível para a sustentabilidade social, econômica e ambiental para este segmento.
11 CONTATO Carlos Alberto Albuquerque (61) Instituto Brasileiro de Frutas Seccional Brasília - Tel.: (11) brasilia@ibraf.org.br & ibraf@ibraf.org.br
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