PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS Gabinete do Ministro dos Assuntos Parlamentares
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1 PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS dos Assuntos Parlamentares Ofº nº 4464/MAP 24 Junho 09 Exma. Senhora Secretária-Geral da Assembleia da República Conselheira Adelina Sá Carvalho S/referência S/comunicação de N/referência Data ASSUNTO: RESPOSTA PERGUNTA Nº. 2482/X/4ª Encarrega-me o Senhor Ministro dos Assuntos Parlamentares de enviar cópia do ofício nº de 23 do corrente, do do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional sobre o assunto supra mencionado. Com os melhores cumprimentos, Pel A Chefe do Gabinete Maria José Ribeiro SMM Palácio de S. Bento Lisboa - PORTUGAL * Telef: Fax:
2 GABINETE DO MINISTRO DOS ASSUNTOS PARLAMENTARES ENTRADA N.º 4139 DATA: 24/06/2009 Exma. Senhora Dra. Maria José Ribeiro Chefe do Gabinete de Sua Excelência o Ministro dos Assuntos Parlamentares Palácio de S. Bento (A.R.) Lisboa Sua referência Sua comunicação de Nossa Referência Data MAOTDR/2562/2009/ PROCº ASSUNTO: Pergunta n.º 2482/X/4ª AC de 22 de Maio de 2009 Novo estacionamento da Empresa Parques de Sintra, Monte da Lua, vai aumentar tráfego automóvel na serra e vila de Sintra Encarrega-me Sua Excelência o Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, em resposta à Pergunta n.º 2482 /X/4ª - AC de 22 de Maio 2009, de informar V. Exa., do seguinte: Uma das missões da Parques Sintra Monte da Lua (PSML) consiste na recuperação, manutenção, divulgação e abertura ao público de propriedades do Estado, entre as quais se encontram o Parque e o Palácio da Pena e o Castelo dos Mouros tendo como receitas, as provenientes da cobrança de entradas, lojas, cafetarias, aluguer de espaços para eventos etc. Para investimentos recorre a programas e fundos estruturais, nacionais e europeus. A recuperação económica da empresa empreendida nos últimos anos, foi possível através das contribuições dos accionistas para saldar o seu passivo e pelo incremento do número de visitas que, em 2008, ultrapassaram as , das quais 89% foram ao Parque e Palácio da Pena e ao Castelo dos Mouros. São visitas que se concentram sobretudo na segunda quinzena de Julho e primeira de Agosto. Apesar da reabertura, em 2008, do caminho pedonal que liga a Vila de Sintra (Santa Maria) ao Castelo dos Mouros e Parque da Pena, o acesso a essas propriedades faz-se fundamentalmente pela Rampa da Pena (EN247-3) a que se segue a Calçada da Pena 1 por onde circulam peões, automóveis e veículos de transporte de passageiros. O sentido de circulação na Calçada da Pena é único, desde o seu início na EN247-3 até São Pedro. 1 Estrada florestal situada nas propriedades do Estado: tapadas anexas, Castelo dos Mouros e Parque da Pena.
3 Os veículos podem estacionar em alguns locais ao longo da Calçada e em dois parques de estacionamento ficando um junto ao portão dos Lagos do Parque da Pena e outro pouco antes da entrada principal do mesmo parque, aproveitando zonas menos íngremes entre árvores. Na época alta, o número de lugares disponíveis é claramente insuficiente. Um dos mais graves problemas no acesso ao Parque da Pena e Mouros, na época alta, deve-se a não haver suficientes lugares de estacionamento para os automobilistas que, sem o saberem, entram na Calçada da Pena e, depois, não tendo lugar, estacionam ao longo das margens, impedindo a passagem de outros veículos, em especial os de transporte de passageiros. Estes bloqueios, que ocorrem com exagerada frequência, exigem a remoção dos veículos mal estacionados através de carros de reboque em marcha-atrás desde São Pedro, o que chega a demorar horas. No Verão passado, em articulação com a GNR, a PSML colocou em todas as curvas e estreitamentos da Calçada da Pena, pedras de grande dimensão e vedações em madeira para reduzir esses bloqueios. A solução não é sustentável e, mesmo assim, em 2008, tiveram que ser rebocados 2 34 veículos e instaurados 49 autos por estacionamento em infracção. A questão, mais abrangente, da acessibilidade a Sintra e à serra é, há muito, debatida no âmbito da autarquia, Parque Natural de Sintra-Cascais e PSML, e a solução do problema em causa - controlo do estacionamento ao longo da Calçada da Pena consiste na colocação de detectores da passagem de veículos ao longo da Calçada da Pena, em secções apropriadas, e de painéis informativos que indiquem a existência, de lugares de estacionamento. Esta solução pode ser já implementada, pois a PSML acaba de instalar um anel de fibra óptica ligando todos os locais que gere, o qual pode suportar o sistema de controlo descrito. Complementarmente, é necessário alargar o número de lugares de estacionamento e criar um espaço alternativo para onde possam ser desviados os veículos que, à chegada à entrada da Calçada da Pena, não tenham, ao longo desta, estacionamento disponível. Este local será na Tapada do Mouco na fronteira com o Parque da Pena. 2 Cada reboque, que é solicitado pela GNR ou pelo pessoal da PSML e tem de vir de São Pedro em marcha-atrás, pode demorar 3 horas e conduzir a filas de espera ao longo da Rampa e Calçada da Pena que chegam até à Vila.
4 Para alargamento da capacidade de estacionamento na Calçada da Pena, a zona em frente à Casa da Lapa (na descida para São Pedro) foi coberta com estilha das limpezas florestais em curso. Foram também realizadas duas aberturas no muro, que serão dotadas de portões: uma para entrada e outra, mais em baixo, para saída. É uma zona aberta, quase plana que, nas 6 semanas de maior procura turística, permitirá estacionar, entre as árvores a preservar cerca de 60 veículos. O sistema de controlo do estacionamento na Calçada da Pena, exige também que, se não houver lugares ao longo da Calçada, os automobilistas sejam avisados à entrada, sugerindo-se que usem um parque de estacionamento fora da Calçada. Para isso, a PSML seleccionou uma zona da Tapada do Mouco adjacente ao Parque da Pena, com entrada por portão sobre a EN247-3, para onde esses automobilistas se podem dirigir e a partir do qual será disponibilizado transporte até à entrada do Castelo dos Mouros ou do Parque da Pena. Este estacionamento servirá também para apoio às visitas às obras de recuperação do Chalet da Condessa d Edla, em curso, pois comunica com o Parque por túnel existente sob a EN Trata-se simplesmente de medidas para disciplinar o tráfego automóvel na Calçada da Pena e impedir os graves bloqueios que ocorrem no Verão e que causam graves inconvenientes aos visitantes. Não são medidas para reduzir o tráfego automóvel de acesso ao Parque da Pena e Castelo dos Mouros, mas também não são para o incentivar, nem podem ser consideradas como parte de um plano integrado de acessibilidades às propriedades que a PSML gere. Em particular, o estacionamento na Tapada do Mouco não se destina a incentivar a visita ao Convento dos Capuchos, que tem parque de estacionamento próprio e dista mais de 5,5km da entrada da Calçada da Pena. Por outro lado, apesar de se ter explicado detalhadamente estas medidas no jantar referido na pergunta e depois, por escrito, ao autor de um dos blogs locais, os novos parques de estacionamento previstos não são construções como a Senhora Deputada teme. Serão simples zonas a cobrir com estilha, à semelhança do estacionamento existente à entrada do Parque da Pena. Deve-se, por isso, expressar discordância com a opinião da Senhora Deputada, implícita na pergunta, de que a situação existente que conduz a regulares engarrafamentos na Calçada da Pena e ao prejuízo da visita de muitos turistas que procuram conhecer os valores da Paisagem Cultural Património da Humanidade é útil para diminuir o acesso aos monumentos em causa. O acesso existente não é exagerado e pretende-se que aumente e, mesmo que tal não fosse o
5 caso, nunca se deveria aproveitar os bloqueios em causa para reduzir o acesso ao Parque da Pena e ao Castelo dos Mouros. Também não se pode deixar de refutar que as medidas projectadas, como é referido, visam servir os interesses económicos da PSML. São medidas imediatas, simples, sem qualquer impacto adicional na serra, que se destinam a evitar graves inconvenientes para os visitantes e para a gestão do acesso aos monumentos que a PSML gere. São medidas que, ao contrário, devem ser consideradas como indo ao encontro dos interesses da população e dos visitantes, sem pôr em causa a conservação da Paisagem Cultural de Sintra. Refira-se ainda que o tráfego automóvel na serra de Sintra só é excessivamente intenso em certos dias e épocas do ano não sendo o risco mais relevante para a valorização e conservação da Paisagem Cultural. O maior risco continua a ser o dos incêndios e, no que se refere às propriedades do Estado geridas pela PSML, este risco foi substancialmente diminuído através das extensivas limpezas e beneficiações florestais que nelas foram recentemente executadas. Porém, o combate às espécies invasoras deve ser continuado por alguns anos e estas acções têm que abranger as propriedades vizinhas, cujo abandono requer solução. A PSML trabalha no sentido de encontrar solução para estes problemas e para a sustentabilidade da gestão da Paisagem Cultural de Sintra, para o que a procura de novos pólos de interesse e visita e o fomento do conforto e satisfação dos visitantes são essenciais. Com os melhores cumprimentos, O Chefe do Gabinete Luís Morbey /EG
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