A PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES TOXICOPORNOGRÁFICAS NO CINEMÃO MAJESTICK, EM FORTALEZA (CE)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES TOXICOPORNOGRÁFICAS NO CINEMÃO MAJESTICK, EM FORTALEZA (CE)"

Transcrição

1 A PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES TOXICOPORNOGRÁFICAS NO CINEMÃO MAJESTICK, EM FORTALEZA (CE) Juliana Frota da Justa Coelho 1 Resumo: Essa proposta de comunicação tem como objetivo principal a problematização da produção de subjetividades toxicopornográficas no cinema pornô, também conhecido por cinemão, Majestick, localizado no centro da capital cearense. A hipótese, portanto, é a de que o regime farmacopornográfico que age especificamente no Cine Majestick produz essas subjetividades a partir de práticas farmacopornográficas, entendendo-as como processos de controle-estimulação e ocultação-desvelamento que viabilizam os agentes como astros, quebrando as fronteiras entre artista pornô e público. A partir de uma etnografia embasada na participação observante no referido cinemão, com ênfase nas sociabilidades borradas entre strippers, clientes, michês e travestis, que se dão quando do show de sexo explícito, categorias tais quais pornografia, sexualidade, gênero, corpo e subjetividade são interpeladas quanto aos seus pretensos estatutos naturalizantes e essencialistas. Palavras-chave: Psicologia. Sociologia. Regime Farmacopornográfico. Pornografia. É comum escutar entre os fortalezenses: é possível encontrar tudo no Centro da cidade!. Convém contextualizar essa famosa frase, quase um aforismo cearense. Na segunda metade do século XIX, no intuito de aformosear a capital do Ceará aos moldes franceses e positivistas, pôs-se em prática um processo de remodelação urbana, no qual o Centro foi um dos principais espaços a ser revitalizado, deixando transparecer o desejo de políticos fortalezenses pela ordem e pelo progresso. O tratamento paisagístico dessa parte da cidade era uma das prioridades, já que o centro de uma capital deveria mostrar organização, limpeza e riqueza. Um dos ícones arquitetônicos e históricos da belle époque fortalezense (GONDIM 2007; PONTE, 2001) é o imponente Theatro José de Alencar, além da praça do Ferreira e do pomposo Cine Theatro Majestic Palace, situado na referida praça, em um elegante edifício de quatro andares, configurando-se como uma forma de entretenimento elegante e familiar para a cidade do começo do século XX. Do séc. XIX ao XXI, outras remodelações tiveram lugar no Centro, ressignificando-o no imaginário da cidade. A intensa imigração do interior para a capital, a fuga das elites para outros bairros, o crescente número de estabelecimentos comerciais, o boom da especulação imobiliária, a criação de shopping centers em outros bairros e a complexificação do tráfego contribuíram para que hoje ele seja considerado caótico, comercial e lócus de entretenimentos diversos (bares, centros 1 Bacharel em Psicologia e Mestra em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará, Campus do Benfica, Fortaleza, Ceará, Brasil. 1

2 culturais, teatros), entre eles aqueles considerados pornográficos, da Fortaleza que se diverte com sexo (ROCHA, 2011). Os cinemas-pornôs, conhecidos como cinemões, estão espalhados pelo Centro 2, seja com uma arquitetura mais tradicional (com tela de cinema e fileiras de poltronas), ou com arquiteturas diferentes, em casas adaptadas para esse tipo de entretenimento e sociabilidade, visivelmente menores, com televisores ao invés de telas, cadeiras de plástico, cabines improvisadas, paredes de compensado, pouca climatização, entre outros elementos que os diferenciam. Esses últimos são classificados por Vale (2000) de cine-vídeos pornôs por terem no videocassete (à época de sua pesquisa, 1996, atualmente podemos falar no DVD) seu principal meio de exibição, além de proporcionarem novas formas de interação devido a outras arquiteturas. A proliferação de cinemões no Centro desde a década de 90 é chamada por Araújo (2011) de Multissex, uma interessante comparação aos Multiplex (complexo de salas de cinema). Costa (2011) faz alusão ao Complexo da Assunção, referindo-se aos inúmeros cinemões que se situam na rua homônima, tais quais o Secret, Eros, Love House Night, Eclipse, entre tantos outros. No entanto, esses estabelecimentos também estão em outras ruas vizinhas, como Clarindo de Queiroz, Floriano Peixoto e Major Facundo, todas no Centro. 3 É na rua Major Facundo, 866, que se situa o principal lócus de minha pesquisa, o Cine Majestick (agora com k, há 16 anos em logradouro diferente do Cine Theatro Majestic, porém no Centro), cinemão que dispõe de sala de cinema tradicional (tela e poltronas), bar, cabines e lan house após subir as escadas, nos quais práticas sexuais, entre outras, encontram espaço para o exercício de desejos considerados não tradicionais. O público é majoritariamente de clientes homens e profissionais do sexo travestis e michês. O estabelecimento funciona todos os dias, de 10h às 21h, com a exibição apenas de filmes hétero. Shows de sexo explícito hétero, que ocorrem às sextas e sábados, às 15h, 17h e 19:30h, também fazem parte de suas atrações, nos quais a plateia também sobe ao palco e interage sexualmente com as strippers. Essas e outras formas de sociabilidade no Cine Majestick me fazem perguntar por que esse estabelecimento é considerado pornográfico e associado, primordialmente, a práticas homossexuais; se a coroa do estrelato pornô restringe-se a quem está sob os holofotes; se 2 Também podem ser encontrados em outros lugares da cidade, mas atenho-me à delimitação daqueles que estão localizados no bairro Centro. 3 Para um panorama das discussões nativas, ver a comunidade Cinemões Fortaleza, na rede social Orkut. Disponível em: < Acesso em 3 ago

3 ela também coroa quem está na penumbra, quem é responsável por escolher os filmes, que lá está realizando pesquisa... Seríamos todos porn stars? A presente comunicação situa-se no campo dos trabalhos sócioantropológicos que problematiza sexualidades, desejos e subjetividades considerados pornográficos, obscenos, desviantes. Justifica-se, portanto, por sua relevância no que diz respeito à discussão das hierarquias das práticas sexuais no escopo das Ciências Sociais, cuja compreensão do social, conforme Miskolci (2009), ainda permanece em grande parte naturalizada e essencializada a partir de um conceito que perpassa a maioria de suas correntes: a normalidade. Ressalto, também, a importância de pesquisas sobre esse tema serem realizadas por mulheres, algo quase inexistente na literatura brasileira das Ciências Sociais. Portanto, inicio indagando: o que faz de um cinema pornô? Ao falar de pornografia, é necessário situá-la historicamente. Lynn Hunt, em sua coletânea de artigos historiográficos sobre a invenção da pornografia (1999), atenta para o fato de que esta não é um fenômeno recente. Dos séculos XVI ao XVIII, um tipo de representação sexual obscena circulava a partir de produções literárias, pictóricas e musicais com o principal intuito de criticar politicamente instituições, tais como a igreja, a família, os militares, o governo. As obras do Marquês de Sade, por exemplo, podem ser consideradas, junto a outros autores menos famosos e muitas vezes anônimos (como o autor de Teresa Filósofa, no século XVIII), uma literatura libertina ao mostrar práticas sexuais consideradas imorais para a época: prazeres conseguidos através de orgias, mutilações, submissões e mortes, cujos protagonistas fazem partes das citadas instituições. No entanto, o antropólogo Jorge Leite Júnior (2006, 2009) assinala que o que hoje consideramos pornografia insere-se em outro registro: desde o último terço do século XIX, a filosofia dá lugar ao consumo da obscenidade modernizada. Enquanto a scientia sexualis (FOUCAULT, 1988, 2001, 2004) construía seus discursos hierarquizantes sobre as sexualidades, diferenciação sexual e desejos normais e anormais, a pornografia, mediada pelo capitalismo e por uma nova vertente de consumo nas urbes, não se preocupa em discutir as sexualidades como questão moral, fisiológica, psíquica ou higienista - apesar de sempre esbarrar em todos estes elementos - já que o foco é o entretenimento. Enquanto a psiquiatria, a pedagogia e a psicologia ocupam-se em curar os desvios sexuais, a cultura do entretenimento mostra os mais variados desejos sob a ótica da folia (LEITE JÚNIOR, 2009, p. 512), com corpos repletos de exuberância sensual e práticas sexuais apresentadas como diversões. A folia, nem sempre reinante na pornografia, também é problematizada por Díaz-Benítez (2010) em sua pesquisa antropológica sobre as produções fílmicas pornográficas. Para a autora, a 3

4 pornografia transita em um limiar entre o conservadorismo e a transgressão, pois nem sempre o pornográfico, apesar de obsceno por mostrar aquilo que se pretendia interdito, rompe com padrões de gênero, sexualidade e desejo propagados como saudáveis. Minha primeira vez no Cine Majestick 4 foi no dia 14 de maio de 2011, um sábado. Nessa ocasião, fui de casal com um amigo. Antes de passarmos a roleta, observei a grande quantidade de pôsteres de filmes pornôs nas paredes e uma certa perplexidade de alguns clientes por verem uma mulher por lá. Logo, o bilheteiro (que também é o locutor dos shows de sexo explícito) disse: Vocês são casal, então ela não paga. Ele pagou 5 reais e adentramos por volta de 19h. Indaguei se mulheres podiam entrar sozinhas e tive como resposta que não havia proibição, mas que era raríssimo. No entanto, a frequência de casais era mais comum, apesar de não ser tão frequente. A filósofa Nancy Prada (2012), ao discutir a pornografia sob a ótica feminista (também levo em consideração o sexismo presente na cultura brasileira e, no caso em questão, na cultura nordestina), dialoga com a psicóloga americana Gail Petherson, a qual afirma que a clássica dicotomia entre mãe e puta funciona como instrumento de controle sobre as mulheres que desejam usufruir o que é considerado pornográfico. Porém, tanto Prada quanto Petherson ressaltam que uma visão vitimizadora dessas mulheres não é profícua, pois descarta um importante aspecto político das correntes porno-feministas 5 : a agência das mulheres. Uma das estratégias contra a vitimização seria la apropiación del estigma de manera consciente, com el propósito de cuestionar a supremacía masculina (PRADA, 2012, p. 141). Logo ao passar pela sugestiva cortina vermelha, entramos nos fundos da sala de cinema, um corredor escuro no qual pessoas permaneciam em pé - interagindo de formas que não conseguia ver, mas ouvir e cheirar (susurros, cheiro de suor e gala ) -, de onde podíamos ver as últimas fileiras de poltronas, a tela de cinema à frente, envoltos no escurinho característico desses empreendimentos. Gemidos vindos da tela, da plateia... Os corredores, nas laterais, próximos às fileiras de poltronas, 4 Ressalto que a primeira vez que adentrei um cinemão aconteceu 5 anos antes, em 2007, à época do mestrado, porém no Cine Lipstick, com uma turma de amigos homens. Na ocasião, nenhum de nós jamais havia frequentado esse tipo de estabelecimento e não era essa a intenção a priori, pois estávamos nos divertindo pelos bares do centro e, sem grandes explicações ou intencionalidades, resolvemos experimentar um cinemão. Lá, apesar da escuridão, observei que não havia nenhuma mulher, porém também notei que, apesar das investidas já esperadas em um lugar de entretenimento sexual, a complexa coreografia de posturas e gestos (BROWN, 2008, p. 918, tradução minha) de aceitação ou recusa fazia parte das sociabilidades que lá tinham lugar, fazendo com que me questionasse, desde essa época, por que quase não há mulheres em cinemões, por que esses são vistos como entretenimento gay e/ou como espaços de promiscuidade. 5 Para as pornô-feministas, inspiradas, entre outras fontes, por Beatriz Preciado, a melhor forma contra a pornografia dominante não é a censura, mas sim a produção de representações alternativas da sexualidade, feitas a partir de olhares diferentes da mirada normativa (PRADA, 2012). 4

5 também são espaços de uma interação táctil, curiosa, algumas palavras, muitos silêncios (que falam em sua linguagem particular de gestos e olhares), fricções de corpos e de desejos. Importante ressaltar que o Cine Majestick é considerado, dentro do contexto dos cinemões do Centro da cidade, um local onde as travestis reinam, já que nos outros sua presença é praticamente vetada. Com enormes saltos, leques, roupas curtas e provocantes, é praticamente impossível não saltar aos olhos seu vai-e-vem constante entre o bar, os banheiros e as poltronas. À primeira vista e com uma leitura rasa, poder-se-ia pensar que um estabelecimento no qual travestis profissionais do sexo, strippers que também fazem programas (em número consideravelmente menor) e michês fosse uma espécie de Torre de Babel, na qual a convivência e a comunicação seria prioritariamente confusa. Fugindo de uma visão maniqueísta e simplista, sugiro que as negociações tácitas e explícitas dão-se no decorrer das sociabilidades entre essas pessoas e clientes, entre elas mesmas e o espaço físico e político do Cine Majestick, cujo leque de possibilidades não se restringe simplesmente à pegação 6. A tela, na hora dos shows de sexo explícito, passa de uma das protagonistas à coadjuvante (é desligada), dando espaço para um pole dance colocado à sua frente, um divã vermelho e às strippers, praticamente as únicas mulheres biológicas 7 (PRECIADO, 2008) que percebi no recinto, além de mim e de mais duas que vieram de casal. A performance temática do dia evocava um conhecido fetiche, o da autoridade (as strippers estavam vestidas de policiais, com direito a cassetetes e quepes). O locutor-bilheteiro atiçava os clientes: Não resista! Ela é autoridade! 8, propagandeava as strippers, suas qualidades, além de comandar e controlar as performances no palco, que conta com seguranças no lado esquerdo e direito, cuidando para que as posições no referido palco deixem a penetração (apenas pênis-vagina) bem explícita para a plateia, impedindo, dessa forma, que um cliente ou stripper fique na frente de outro ou de costas para os clientes na poltrona. 6 Pegação pode ser considerado sinônimo de catação. Ambas englobam práticas que podem envolver flerte e contatos corporais mais íntimos, podendo desembocar no ato sexual. 7 Beatriz Preciado afirma, em Testo Yonki (2008), que uma nova distinção ontológico-sexual entre homens e mulheres bio ou trans surgiu no período da Guerra Fria, a partir do desenvolvimento de tecnologias hormonais e cirúrgicas para o tratamento e montagem de pessoas transexuais e travestis. A autora enfatiza, entretanto, que ambos estatutos de gênero são tecnicamente produzidos, dependem de métodos de reconhecimento visual, de produção performativa e de controle morfológico comuns. 8 Essa frase chamou-me a atenção, pois, apesar da pornografia não ser considerada por muitos autores (GREGORI, 2012; HUNT, 1999; LEITE JR., 2006, 2009) como clandestina desde meados do século XIX, ela parece ser capaz de mobilizar desejos considerados clandestinos. Prada afirma que o que mobiliza os militantes antipornô é o fato de que esse fala diretamente ao próprio desejo, forçando o espectador a saber algo sobre si mesmo, algo que tenha decidido calar ou ignorar. A autora, parafraseando Virginie Despentes, concorda que a pornografia [...] golpea el ángulo muerto de la razón. Se dirige diretamente al centro de las fantasías, sin pasar por la palavra, ni por la reflexión (DESPENTES, 2007, p. 77 apud PRADA, 2012, p ). 5

6 Dialogando com os estudos queer para pensar as performances no palco e na plateia (mais adiante discutirei que essa dicotomia muitas vezes não faz sentido), inicialmente com Butler, esta afirma que os gêneros inteligíveis da cultura do Ocidente são aqueles que estão de acordo com a matriz heteronormativa. Essa divulga uma pretensa naturalização e essencialização dos padrões binário de gênero, sexo e sexualidade. Aquelas pessoas cujos corpos não se encaixam na heteronorma são consideradas abjetas (BUTLER, 2003, 2005a, 2005b), tendo sua própria humanidade questionada. O inumano faria parte de um exterior constitutivo do território da normalidade, essencial para o estabelecimento dos padrões binários de gênero e também de sexualidade. O gênero, ou o corpo-gênero, como relata Butler (2005a), é performativo. A performatividade deve ser compreendida, portanto, não como um ato singular ou deliberado, mas, ao invés disso, como a prática reiterativa pela qual o discurso produz os efeitos que ele nomeia. O fato de o gênero ser marcado pelo caráter performativo sugere que ele não tem um status ontológico. Pelo contrário, os atos relacionados ao gênero são performativos, pois a essência ou identidade que pretendem expressar são fabricações manufaturadas e assentadas por signos corpóreos e outros meios discursivos (PRECIADO, 2002). Portanto, problematizar as performances que ocorrem no Cine Majestick, tendo Butler como referencial, pressupõe problematiza-las como performatividades. As repetições parodísticas 9, por seu status fantasístico, possibilitam pensar as sociabilidades e produção de subjetividades nesse cinemão além (porém não as descartando) das oposições engendradas de homo/hétero, homem/mulher/travesti, pornográfico/erótico, pois denuncia sua pseudoessência. Discordando de uma leitura deturpada da performatividade de Butler, que a considera puramente discursiva ao discorrer sobre materialidade dos corpos, descreditando a possibilidade de agência das práticas performativas, proponho pensá-la também a partir de um novo tipo de regime marcado por transformações recentes 10 que apontam para a articulação de um conjunto de novos dispositivos de controle de subjetividade, com novas plataformas técnicas biomoleculares e midiáticas. 9 Butler (2003, p. 211) afirma que: A repetição parodística do gênero denuncia também a ilusão da identidade de gênero como uma profundeza intratável e uma substância interna. Como efeito de uma performatividade sutil e politicamente imposta, o gênero é um ato, por assim dizer, que está aberto a cisões, sujeito a paródias de si mesmo, a autocríticas e àquelas exibições hiperbólicas do natural que, em seu exagero, revelam seu status fundamentalmente fantasístico. 10 Entre as aludidas transformações, estão a produção de toneladas de esteróides sintéticos e psicotrópicos, a difusão global de imagens pornográficas, a disseminação por todo o planeta de uma arquitetura difusa, na qual megacidades convivem com altas concentrações de miséria e de capital, além do tratamento informático de signos e de transmissão numérica de comunicação (PRECIADO, 2008, 2010). 6

7 Estes são apenas alguns dos índices da aparição, assegura Preciado (2002, 2008, 2010), de um regime pós-industrial, global e midiático que a autora nomeia, tomando como referência os processos de governo biomolecular (farmaco) e semiótico-técnico (porno) da subjetividade sexual - dos quais a pílula e a Playboy são paradigmáticos - de farmacopornográfico. A sociedade contemporânea, portanto, estaria habitada por subjetividades toxicopornográficas: subjetividades que se definem pela substância (ou substâncias) que domina seus metabolismos, pelas próteses cibernéticas através das quais se tornam agentes, pelos tipos de desejos farmacopornográficos que orientam suas ações. Assim, Beatriz Preciado fala de sujeitos Prozac, sujeitos álcool, sujeitos silicone, sujeitos nicotina... Portanto, os filmes na tela do Majestick, a penumbra, os perfumes fortes das travestis, as doses whisky e energéticos que alguns clientes tomam para ter coragem de transar com as strippers no palco, fazer pegação nos corredores e banheiros ou mesmo aquele cigarrinho fumado numa animada conversa entre amigos no bar ao som de DVDs de forró, os olhares, as conversas ao celular ou na lan house, constituiriam práticas performativas farmacopornográficas. Dessa forma, procuro aliar a potência da performatividade em Butler (2003, 2005a, 2005b) com o regime farmacopornográfico em Preciado (em suas semelhanças e diferenças) no intuito de problematizar as sociabilidades e subjetividades no Cine Majestick. Os desejos farmacopornográficos adquirem peculiaridades de acordo com o contexto onde se apresentam, de modo que tais desejos podem se efetivar por práticas consideradas estabelecidas ou marginais. No que diz respeito aos desejos marginais, no contexto urbano das metrópoles brasileiras, o antropólogo argentino Nestor Perlongher (1987), em sua clássica obra O négócio do Michê: prostituição viril em São Paulo, contribuiu para que a vertente de estudos sobre as sexualidades marginais tivesse maior visibilidade no Brasil. Na referida pesquisa, criou o termo territorialidades marginais para problematizar como os corpos se distribuem nos espaços urbanos. Para tanto, observou que não era possível comparar o contexto da michetagem paulista aos gay ghettos americanos estudados por sociólogos da Escola de Chicago, notoriamente por Martin Levine. Para esse autor, o gueto subentenderia, entre outras características, uma fixitude residencial e um apelo a uma identidade gay mais homogeneizada. Perlongher, por outro lado, subverte essa concepção ao desterritorializá-la e ao problematizá-la em relação à constituição de subjetividades. Retomando o campo, em uma abafada sexta-feira, 8 de junho, cheguei ao Majestick quando o último show de sexo explícito já estava em vias de começar. Enquanto as strippers dançavam 7

8 sensualmente, tocando-se e instigando a plateia, do lado direito do palco e rente às poltronas observei que começava a se formar uma fila de homens, que geralmente já começam a se masturbar ali mesmo, na penumbra. Em determinado momento da performance, com as strippers já praticamente nuas, mas com algumas peças-fetiche 11 (salto alto, chicote), os michês começam a transar com elas. Eles, que logo se desnudam, e por vezes deixam algum acessório que os identifique (óculos escuros, por exemplo), são bem dotados e chamados pelo locutor por curiosas expressões nativas que fazem alusão à grandeza dos pênis e a animais típicos do Nordeste: nesse dia, estavam em ação Big Jegue e Jumentinho. Eles, assim percebi, não têm o direito de falhar, pois funcionam como abre-alas para excitar a plateia e animá-la para que tenha coragem e suba ao palco, desnudando seus corpos (gordos, magros, baixos, altos, bem dotados ou não, carecas, cabeludos, mais velhos ou mais novos), transando frente a uma plateia ansiosa pelas performances e por seus desdobramentos. Os desdobramentos são diversos, alguns saem da fila, outros, mesmo subindo, não conseguem sustentar uma ereção e saem cabisbaixos, por vezes sob vaias dos que estão assistindo nas poltronas ou em pé ao lado das mesmas; alguns gozam super rápido Em meio a toda a ação, o locutor adverte para o uso da camisinha, que é uma das protagonistas do show de sexo explícito naquele palco, pois sem ela, ele não acontece. Essa obrigatoriedade do sexo seguro no palco pode ser problematizada como uma estratégia de biopoder (FOUCAULT, 1988), que visa à gestão da vida e das populações por meio de técnicas numerosas e diversas com o intuito de tornar os corpos dóceis, modificá-los, transformá-los, aperfeiçoá-los e, não obstante, produzir conhecimento para melhor manejá-lo. Como bem ressaltou Braz (2010), esses espaços vistos como desregrados são bastante regrados, ritualizados. No entanto, cabe ressaltar que essas regras não são de todo impermeáveis, pois a maior vigilância se dá quanto aos shows de sexo explícito. 11 Partindo de uma tradicional visão das Ciências Sociais (com Marx, por exemplo), o fetiche é uma relação social entre pessoas mediatizada por coisas. O resultado é a aparência de uma relação direta entre as coisas e não entre as pessoas. As pessoas agem como coisas e as coisas como pessoas. No livro do fotógrafo Chas Ray Krider, chamado sugestivamente de Motel Fetish (2002), a seguinte frase precede um de seus ensaios fetichistas : He couldn t help falling in love, but was it with her... or with what she was wearing? (s/p). No entanto, para autor@s feministas e/ou queer, como Donna Haraway, essas peças-fetiche são extensões de seus próprios corpos e desejos, desafiando as noções tradicionais do humano. Haraway, em seu Manifesto Ciborque (2009, p. 36), afirma que A ficção científica contemporânea está cheia de ciborgues criaturas que são simultaneamente animal e máquina, que habitam mundos que são, de forma ambígua, tanto naturais quanto fabricados. 12 Em conversa com um dos frequentadores, as pessoas que esperam na fila já ficam tão excitadas que, quando sobem ao palco, gozam rapidinho. (Diário de campo, Cine Majestick, sábado, 24 de junho de 2011). Mais recentemente, um dos michês que estava na fila vacilou, segundo o próprio, pois não conseguiu segurar seu gozo até o momento certo : Vixe, rapaz, gozei foi logo!. (Diário de campo, Cine Majestick, sábado, 05 de setembro de 2012). 8

9 Nos outros espaços, a vigilância da penumbra se torna mais difusa, tanto por, literalmente, não ser claramente vista (um boquete na penumbra da sala de cinema pode ser reconhecido, mas não claramente codificado quanto à sua forma segura ou não), seja nos banheirões, cabines e mesmo nas poltronas da sala de cinema. A interação locutor-strippers-plateia dá-se por meio de regras e objetivos estabelecidos, premiações (a camisinha gozada) e ovações ou vaias da plateia, que também é palco, tanto por ter a legitimidade de subir e comer a stripper sob os holofotes ao seguir determinadas regras (comportar-se e esperar sua vez sob os olhos do segurança e sempre usar camisinha), como por fazer dos espaços geralmente atribuídos à plateia (poltronas, corredores) palco das atrações/interações de seus desejos. Esses espaços são ressignificados pelo que Preciado (2010) nomeia de arquiteturas masturbatórias (PRECIADO, 2010) - que não dizem respeito somente ao espaço físico de um estabelecimento, mas também aos desejos e subjetividades -, que ocultam e desvelam, redesenham corpos, palavras, gestos, afetos e espaços a partir de um controle farmacopornográfico. A lógica masturbatória, portanto, move-se pela cadeia de excitaçãofrustração, na qual se apoia, através de dispositivos de autovigilância e difusão ultrarrápida de informações, um modo contínuo e sem repouso de desejar e de resistir, de consumir e descartar, de desenvolver-se e autodestruir-se. Essa estimulação-controle, típica do que Preciado (2002, 2008, 2010) nomeia de regime farmacopornográfico, contribui para que as dicotomias estrela pornô/espectador, heterossexual/homossexual, sexo seguro/vulnerabilidade sexual tornem-se difusas, borradas, liminares 13. O intenso fluxo de informações, trocas de imagens e vídeos pela internet, por exemplo, torna-a uma importante tecnologia fármacopornográfica, assim como o cinema e a fotografia. A indústria pornô precisou se reinventar durante os séculos, mas a internet permitiu que sua difusão transbordasse das rédeas de multinacionais, como a Playboy, Hotvideo e Hustler, para uma 13 A liminaridade, na Antropologia, é típica das situações rituais de margem, borra as certezas por não estar nem aqui, nem lá, podendo tornar-se perigosa e fascinante por ser indefinível. A fase liminar dos ritos de passagem de Van Gennep exerceu grande influência na obra de Victor Turner. Em O Processo Ritual (1974), aprofunda sua investigação na relação existente entre o estado (estrutura) e a transição (antiestrutura), enfatizando os atributos da liminaridade. Os seres liminares, ou transitantes, são necessariamente ambíguos, já que escapam da rede de classificações que normalmente determinam as posições e os estados em determinada estrutura social. Já Mary Douglas (1976), ao contrário de alguns leitores de Van Gennep e Turner, que defenderam os estados liminares como desprovidos de poder, defende que existem estados mais ou menos liminares e que nem tudo que está nas margens vive desprovido de poder, hierarquia, em suma, de diferença. 9

10 produção pornográfica amateur (amadora), de fácil produção, bastando ter uma câmera fotográfica com função gravar, ou uma webcam, e pessoas dispostas a adentrar as redes do pornô. 14 Em uma quinta-feira, 28 de julho de 2011, fui novamente ao Cine Majestick, dessa feita com um amigo que aqui passava férias. Surpreendi-me ao ver um rapaz de bermuda branca, camisa da seleção argentina e um chapéu branco estilo vaqueiro. Estávamos no bar do cinemão e ele aproximou-se para vender DVDs. Ao olhar o material e o vendedor, vi que se tratava de Jumentinho, michê que vi em ação em meu début nesse cinemão. Por 5 reais, era possível comprar um DVD pornô (JUMENTINHO, 2011), no qual ele e uma travesti eram as estrelas. Com uma produção claramente amadora, Jumentinho não soube, ou não quis informar, sobre quem produziu, mas enfatizou que se tratava um novo personagem seu: Jumentinho, o Cowboy Fudedor. Voltando a atenção para o Cine Majestick, convém indagar: Quem é astro pornô? Quem é plateia? Seria Jumentinho mais estrela do que os dois senhores que se masturbavam na terceira fila? Do que as travestis com seus grandes leques subindo e descendo as escadas? Do que o rapaz franzino que olha uma pegação pela porta entreaberta de uma cabine ocupada? E as pessoas que vão a esse cinemão apenas para ver vídeos na lan house? E eu, frequentadora e pesquisadora? Seríamos todos porn stars? Referências ARAÚJO, Henrique. No escurinho do cinema. Jornal O Povo. Caderno Vida & Arte, Fortaleza, 30 jul Disponível em: < Acesso em 30 jul BRAZ, Camilo Albuquerque de. À meia luz: uma etnografia imprópria em clubes de sexo masculinos f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, BROWN, Gavin. Ceramics, Clothing and other bodies: affective geographies of homoerotic cruising encounters. Social & Cultural Geography, v. 9, n. 8, dez BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, Cuerpos que importam: sobre os limites materiales y discursivos del sexo. Buenos Aires: Paidós, 2005a. 14 A antropóloga Días-Benítez (2010, p. 13) utiliza esse termo para englobar os vários integrantes desse universo: atores, atrizes, criadores, produtores, diretores, assistentes, fornecedores, distribuidores; bem como motéis, boates, revistas, sites, saunas, clubes e casas noturnas. 10

11 . Human, inhuman: le travail critique des normes (entretiens). Paris: Éditions Amsterdam, 2005b. COSTA, Adriano Henrique Caetano. Entre Nós: políticas públicas de prevenção às DST/AIDS para uma população anônima f. Dissertação (Mestrado em Sociologia). Programa de Pósgraduação em Sociologia, Universidade Federal do Ceará, DÍAZ-BENÍTEZ, Maria Elvira. Nas redes do sexo: os bastidores do pornô brasileiro. Rio de Janeiro: Zahar, DOUGLAS, Mary. Pureza e perigo. São Paulo: Perspectiva, FOUCAULT, Michel. A História da Sexualidade I: a vontade de saber. São Paulo: Edições Graal, Os Anormais. São Paulo: Martins Fontes, Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, GONDIM, Linda. O Dragão do Mar e a Fortaleza pós-moderna: cultura, patrimônio e imagem da cidade. São Paulo: Annablume, GREGORI, Maria Filomena. Erotismo, mercado e gênero. Uma etnografia dos sex shops de São Paulo. Cad. Pagu, Campinas, n. 38, p , jan./jun HUNT, Lynn (Org). A invenção da pornografia Obscenidade e as origens da modernidade. São Paulo: Hedra, JUMENTINHO Play 24GG: Cenas excitantes de sexo show só para casais. DVD (43 min.). Fortaleza-CE, KRIDER, Chas Ray. Motel Fetish. Colônia (ALE): Taschen, LEITE JÚNIOR, Jorge. Das maravilhas e prodígios sexuais: a pornografia bizarra como entretenimento. São Paulo: Annablume, A pornografia bizarra em três variações: a escatologia, o sexo com cigarros e o abuso facial. In: DÍAZ-BENÍTEZ, Maria Elvira; FÍGARI, Carlos Eduardo (orgs.). Prazeres Dissidentes. Rio de Janeiro: Garamond, P MISKOLCI, Richard. A Teoria Queer e a Sociologia: o desafio de uma analítica da normalização. Sociologias, Porto Alegre, ano 11, n. 21, p , jan/jun PERLONGHER, Nestor Osvaldo. O negócio do michê: prostituição viril em São Paulo. São Paulo: Editora Brasiliense, PONTE, Sebastião Rogério da Ponte da. Fortaleza Belle Époque: reformas urbanas e controle social. Fortaleza: Fundação Demócrito Rocha, PRADA, Nancy. Todas las caperucitas rojas se vuelven lobos em la práctica pospornográfica. Cad. Pagu, Campinas, n. 38, p , jan./jun

12 PRECIADO, Beatriz. Pornotopía: Arquitectura y sexualidad em Playboy durante La guerra fria. Barcelona: Editorial Anagrama, Testo Ionki. Madrid: Editorial Espasa Calpe, Manifiesto contra-sexual: prácticas subversivas de la identidad sexual. Madrid: Ed. Opera Prima, ROCHA, Pedro. Panteras & Marias. Jornal O Povo. Caderno Vida & Arte, Fortaleza, 16 jul Disponível em: < as-marias.shtml>. Acesso em 16 jul TURNER, Victor. O processo ritual: estrutura e antiestrutura. Petrópolis: Vozes, VALE, Alexandre Fleming Câmara. No escurinho do cinema: cenas de um público implícito. São Paulo: Annablume; Fortaleza: Secretaria de Cultura e Desporto do Estado do Ceará, The production of toxicopornographic subjectivities at the "cinemão" Majestick in Fortaleza (CE) Abstract: This communication main goal is to problematize the production of toxicopornographic subjectivities at the "cinemão" Majestick, located in the downtown of Fortaleza. The hypothesis therefore is that the farmacopornographic regimen that acts specifically at Cine Majestick produces these subjectivities from farmacopornographic practices, understanding them as control stimulation and occultation-disclosure processes that enable agents as pornstars, breaking the boundaries between porn artist and audience. From an ethnography grounded in observant participation in that "cinemão", with emphasis on the blurred sociability between strippers, customers, prostitutes and transvestites, which occur during the explicit sex show, categories such as pornography, sexuality, gender, body and subjectivity are challenged towards their alleged naturalizing and essentialist statutes. Keywords: Psychology. Sociology. Farmacopornographic Regimen. Pornography. 12

A PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES TOXICOPORNOGRÁFICAS NO CINEMÃO MAJESTICK, EM FORTALEZA (CE).

A PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES TOXICOPORNOGRÁFICAS NO CINEMÃO MAJESTICK, EM FORTALEZA (CE). A PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES TOXICOPORNOGRÁFICAS NO CINEMÃO MAJESTICK, EM FORTALEZA (CE). Juliana Frota da Justa Coelho 1 Resumo: Essa proposta de comunicação tem como objetivo principal a problematização

Leia mais

SIMPÓSIO TEMÁTICO Nº 29: DESFAZENDO PRÁTICAS SEXUAIS: POLÍTICA, GÊNERO E MORALIDADE EM PRÁTICAS PERFORMATIVAMENTE DISSIDENTES

SIMPÓSIO TEMÁTICO Nº 29: DESFAZENDO PRÁTICAS SEXUAIS: POLÍTICA, GÊNERO E MORALIDADE EM PRÁTICAS PERFORMATIVAMENTE DISSIDENTES SIMPÓSIO TEMÁTICO Nº 29: DESFAZENDO PRÁTICAS SEXUAIS: POLÍTICA, GÊNERO E MORALIDADE EM PRÁTICAS PERFORMATIVAMENTE DISSIDENTES CINEMÕES E SEXOPOLÍTICAS NO CENTRO DE FORTALEZA (CE) 1 Juliana Frota da Justa

Leia mais

Apresentação. cadernos pagu (38), janeiro-junho de 2012:7-12.

Apresentação. cadernos pagu (38), janeiro-junho de 2012:7-12. Falar de pornografia implica entrar em um território nebuloso. São diversas as definições que têm sido elaboradas sobre essa manifestação e práticas, a partir de diversas posições discursivas e pontos

Leia mais

MEMÓRIA DISCURSIVA DO FEMININO NA PUBLICIDADE DE LINGERIES

MEMÓRIA DISCURSIVA DO FEMININO NA PUBLICIDADE DE LINGERIES 247 de 297 MEMÓRIA DISCURSIVA DO FEMININO NA PUBLICIDADE DE LINGERIES Daiane Rodrigues de Oliveira Maria da Conceição Fonseca-Silva *** Edvania Gomes da Silva **** RESUMO Neste trabalho, analisamos o papel

Leia mais

Tópicos em Antropologia: ANTROPOLOGIA DO GÊNERO

Tópicos em Antropologia: ANTROPOLOGIA DO GÊNERO Universidade Federal de Minas Gerais UFMG Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas Curso: Antropologia/Ciências Sociais Disciplina: Tópicos em Antropologia - Antropologia do Gênero Profa. Érica Renata

Leia mais

SEMANA 2 A NOÇAO MODERNA DA SEXUALIDADE. Autora: Cristiane Gonçalves da Silva

SEMANA 2 A NOÇAO MODERNA DA SEXUALIDADE. Autora: Cristiane Gonçalves da Silva Unidade 1 - Sexualidade: Dimensão conceitual, diversidade e discriminação SEMANA 2 A NOÇAO MODERNA DA SEXUALIDADE Autora: Cristiane Gonçalves da Silva Objetivo: Promover a reflexão sobre a trajetória

Leia mais

25 de outubro terça-feira 09:00h-09:30h Recepção da comunidade acadêmica e inscrições presenciais

25 de outubro terça-feira 09:00h-09:30h Recepção da comunidade acadêmica e inscrições presenciais SEMINÁRIO MANDA NUDES: SEMIOSES CONTEMPORÂNEAS E GOVERNAMENTALIDADE Núcleo de Estudos em Discursos e Sociedade (NUDES) Programa Interdisciplinar de pós-graduação em Linguística Aplicada Local: UFRJ Fundão,

Leia mais

Definição: ( PÉRES, 2006)

Definição: ( PÉRES, 2006) Antropologia Visual Definição: Antropologia Visual é uma área da Antropologia Sócio-cultural, que utiliza suportes imagéticos para descrever uma cultura ou um aspecto particular de uma cultura. ( PÉRES,

Leia mais

sexo, sexualidade, gênero, orientação sexual e corpo

sexo, sexualidade, gênero, orientação sexual e corpo Antes de ler o texto que se segue, pense sobre as noções de sexo, sexualidade, gênero, orientação sexual e corpo. Em seguida, escreva nesta página o que você entende por essas noções. Traga o que você

Leia mais

GÊNEROS, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO

GÊNEROS, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO GÊNEROS, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO O começo de tudo... Movimentos feministas - PRIMEIRA ONDA: Começo do século XX sufragismo - SEGUNDA ONDA: preocupações sociais e políticas e construções teóricas. - Distinção

Leia mais

LGBT: Público ou Privado. Gênero, Orientação Sexual e Identidade de Gênero

LGBT: Público ou Privado. Gênero, Orientação Sexual e Identidade de Gênero LGBT: Público ou Privado Gênero, Orientação Sexual e Identidade de Gênero 1969 Revolta de Stonewall que marca o Dia Mundial do Orgulho LGBT; 1973 A OMS deixa de classificar a homossexualidade como doença;

Leia mais

EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL EM GOIÂNIA: UM OLHAR ANTROPOLÓGICO SOBRE A PEDAGOGIA DO CORPO

EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL EM GOIÂNIA: UM OLHAR ANTROPOLÓGICO SOBRE A PEDAGOGIA DO CORPO EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL EM GOIÂNIA: UM OLHAR ANTROPOLÓGICO SOBRE A PEDAGOGIA DO CORPO Lady Tatiane da Silva Miranda 1 Resumo 2 O objetivo deste projeto de pesquisa é investigar as relações

Leia mais

O Senso Comum e os Corpos Generificados

O Senso Comum e os Corpos Generificados O Senso Comum e os Corpos Generificados Vincular o comportamento ao sexo, gênero à genitália, definindo o feminino pela presença da vagina e o masculino pelo pênis, remonta ao século XIX quando o sexo

Leia mais

TÍTULO: ENTRE OS LIMITES E AS POSSIBILIDADES DE UMA PERSPECTIVA PEDAGÓGICA COM A CRIANÇA TRANSGÊNERO.

TÍTULO: ENTRE OS LIMITES E AS POSSIBILIDADES DE UMA PERSPECTIVA PEDAGÓGICA COM A CRIANÇA TRANSGÊNERO. TÍTULO: ENTRE OS LIMITES E AS POSSIBILIDADES DE UMA PERSPECTIVA PEDAGÓGICA COM A CRIANÇA TRANSGÊNERO. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PEDAGOGIA INSTITUIÇÃO: FACULDADE

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Filosofia Geral II 2º Semestre de 2018 Disciplina Optativa Destinada: alunos de Filosofia e de outros departamentos Código: FLF0479 Pré-requisito: FLF0113 e FLF0114 Prof. Tessa moura Lacerda Carga horária:

Leia mais

FLF5250 Filosofia Geral (Feminismo, Transfeminismo e Teoria Queer) 1º Semestre de 2019 Profa. Tessa Moura Lacerda 08 créditos Duração: 12 semanas

FLF5250 Filosofia Geral (Feminismo, Transfeminismo e Teoria Queer) 1º Semestre de 2019 Profa. Tessa Moura Lacerda 08 créditos Duração: 12 semanas FLF5250 Filosofia Geral (Feminismo, Transfeminismo e Teoria Queer) 1º Semestre de 2019 Profa. Tessa Moura Lacerda 08 créditos Duração: 12 semanas I OBJETIVOS Quais são os processos de construção da subjetividade

Leia mais

CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA. Profº Ney Jansen Sociologia

CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA. Profº Ney Jansen Sociologia CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA Profº Ney Jansen Sociologia Ao problematizar a relação entre indivíduo e sociedade, no final do século XIX a sociologia deu três matrizes de respostas a essa questão: I-A sociedade

Leia mais

TRANSIÇÃO DE GÊNERO E DIREITO À SAÚDE GT1 - DIVERSIDADE E DIREITOS HUMANOS

TRANSIÇÃO DE GÊNERO E DIREITO À SAÚDE GT1 - DIVERSIDADE E DIREITOS HUMANOS TRANSIÇÃO DE GÊNERO E DIREITO À SAÚDE GT1 - DIVERSIDADE E DIREITOS HUMANOS Júlia Arruda F. Palmiere 1 (juliapalmiere@hotmail.com) Anita Guazzelli Bernardes 2 (anitabernardes1909@gmail.com) Dayane Eurico

Leia mais

Uma genealogia dos corpos que mudam*

Uma genealogia dos corpos que mudam* Uma genealogia dos corpos que mudam* Elias Ferreira Veras ** O livro Nossos corpos também mudam: a invenção das categorias travesti e transexual no discurso científico, de Jorge Leite Jr, difere dos trabalhos

Leia mais

FORMAR PARA A DIVERSIDADE: A QUESTÃO DE GÊNERO E SEXUALIDADE NA FORMAÇÃO GERAL DE PSICÓLOGOS E PSICÓLOGAS NA CIDADE DE PELOTAS

FORMAR PARA A DIVERSIDADE: A QUESTÃO DE GÊNERO E SEXUALIDADE NA FORMAÇÃO GERAL DE PSICÓLOGOS E PSICÓLOGAS NA CIDADE DE PELOTAS FORMAR PARA A DIVERSIDADE: A QUESTÃO DE GÊNERO E SEXUALIDADE NA FORMAÇÃO GERAL DE PSICÓLOGOS E PSICÓLOGAS NA CIDADE DE PELOTAS Ana Carolina Paes anacarolina-paes@hotmail.com Psicóloga e graduanda em Ciências

Leia mais

2.2.4 Paulo Ghiraldelli Jr.

2.2.4 Paulo Ghiraldelli Jr. - 69-2.2.4 Paulo Ghiraldelli Jr. Paulo Ghiraldelli Júnior concluiu em 1978 sua graduação em Educação Física pela Escola Superior de Educação Física de São Carlos (ESEFSC). Realizou mestrado e concluiu

Leia mais

ENSINO DE HISTÓRIA E TEMAS TRANSVERSAIS: UMA ABORGAGEM PÓS-ESTRUTUTAL A PARTIR DO EIXO NORTEADOR RELAÇÕES DE GÊNERO.

ENSINO DE HISTÓRIA E TEMAS TRANSVERSAIS: UMA ABORGAGEM PÓS-ESTRUTUTAL A PARTIR DO EIXO NORTEADOR RELAÇÕES DE GÊNERO. ENSINO DE HISTÓRIA E TEMAS TRANSVERSAIS: UMA ABORGAGEM PÓS-ESTRUTUTAL A PARTIR DO EIXO NORTEADOR RELAÇÕES DE GÊNERO. Jéssica Salvino Mendes 1 Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e-mail: jessicasalvinom@gmail.com

Leia mais

PERFORMERS TRANS E BOATES GAYS NA FORTALEZA BABADO

PERFORMERS TRANS E BOATES GAYS NA FORTALEZA BABADO PERFORMERS TRANS E BOATES GAYS NA FORTALEZA BABADO Juliana Frota da Justa Coelho 1 A homossexualidade, vista sob o prisma psicológico e psiquiátrico, é uma categoria recente que data do século XIX. Inicialmente

Leia mais

NA BATALHA E NA MILITÂNCIA: O COTIDIANO DE PROSTITUTAS NO BAIRRO DA CAMPINA, BELÉM-PA.

NA BATALHA E NA MILITÂNCIA: O COTIDIANO DE PROSTITUTAS NO BAIRRO DA CAMPINA, BELÉM-PA. NA BATALHA E NA MILITÂNCIA: O COTIDIANO DE PROSTITUTAS NO BAIRRO DA CAMPINA, BELÉM-PA. Silvia Lilia Silva Sousa 1 O ensaio apresentado é resultado da dissertação Memórias das Esquinas: as trajetórias de

Leia mais

Ementa: Teorias antropológicas III; tópicos especiais em teorias contemporâneas PROGRAMA DE DISCIPLINA

Ementa: Teorias antropológicas III; tópicos especiais em teorias contemporâneas PROGRAMA DE DISCIPLINA HS046 Antropologia IV: Teorias Antropológicas III 2º semestre de 2009 Profª Edilene Coffaci de Lima Ementa: Teorias antropológicas III; tópicos especiais em teorias contemporâneas I - Conteúdo PROGRAMA

Leia mais

Ministério da Educação Universidade Federal de São Paulo Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Campus Guarulhos Núcleo de Apoio Pedagógico

Ministério da Educação Universidade Federal de São Paulo Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Campus Guarulhos Núcleo de Apoio Pedagógico REMATRÍCULA 2 SEMESTRE 2018 Tabela de vagas remanescentes do 1 período de rematrícula, disponíveis para o 2º período de rematrícula (27/07 a 29/07/2018). Atenção: Disciplinas que não possuem mais vagas

Leia mais

Conteúdo programático: 1-Discutindo conceitos de cultura e de práticas culturais. 2-Sociedade, civilização e costumes: entre a História Cultural e a S

Conteúdo programático: 1-Discutindo conceitos de cultura e de práticas culturais. 2-Sociedade, civilização e costumes: entre a História Cultural e a S COORDENADORIA DO PROGRAMA DE MESTRADO EM LETRAS: TEORIA LITERÁRIA E CRÍTICA DA CULTURA Disciplina: Plano de Ensino Ano: 2017 Semestre - 2 Teorias Críticas da Cultura Professores responsáveis: Nádia Dolores

Leia mais

Corpo Ciborgue e identidades trans: narrativas sobre a construção do corpo na experiência de mulheres transexuais.

Corpo Ciborgue e identidades trans: narrativas sobre a construção do corpo na experiência de mulheres transexuais. Corpo Ciborgue e identidades trans: narrativas sobre a construção do corpo na experiência de mulheres transexuais. Ana Carolina de Martini Dutra Universidade Sagrado Coração, Bauru/SP e-mail: karoldemartini@gmail.com

Leia mais

POLÍGRAFO PARA USO EXCLUSIVO PARA A DISCIPLINA TEORIA DO TEXTO TURMA B 2018 TEXTO E CONTEXTO O QUE É TEXTO

POLÍGRAFO PARA USO EXCLUSIVO PARA A DISCIPLINA TEORIA DO TEXTO TURMA B 2018 TEXTO E CONTEXTO O QUE É TEXTO POLÍGRAFO PARA USO EXCLUSIVO PARA A DISCIPLINA TEORIA DO TEXTO TURMA B 2018 TEXTO E CONTEXTO O QUE É TEXTO Para compreendermos melhor o fenômeno da produção de textos escritos, importa entender previamente

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina CIS233 Antropologia da Saúde

Programa Analítico de Disciplina CIS233 Antropologia da Saúde 0 Programa Analítico de Disciplina Departamento de Ciências Sociais - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Número de créditos: 4 Teóricas Práticas Total Duração em semanas: 15 Carga horária semanal

Leia mais

Ementas das Disciplinas CURSO DE ESCRITA CRIATIVA

Ementas das Disciplinas CURSO DE ESCRITA CRIATIVA Ementas das Disciplinas EAD Ensino a Distância SP Semipresencial Formato: 12345-02 (código da disciplina - número de créditos) PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL NÍVEL I 12224-04 FUNDAMENTOS

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS E LINGÜÍSTICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS E LINGÜÍSTICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS E LINGÜÍSTICA DISCIPLINA: Tópicos em relação língua/história/sujeito: objeto e método de pesquisa em Michel Foucault.

Leia mais

TÍTULO: 100% PERIFERIA - O SUJEITO PERIFÉRICO: UM OBJETO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA SOCIAL?

TÍTULO: 100% PERIFERIA - O SUJEITO PERIFÉRICO: UM OBJETO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA SOCIAL? TÍTULO: 100% PERIFERIA - O SUJEITO PERIFÉRICO: UM OBJETO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA SOCIAL? CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PSICOLOGIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

Leia mais

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES VISUAIS (PPGAV) EDITAL N. 02/2019

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES VISUAIS (PPGAV) EDITAL N. 02/2019 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES VISUAIS (PPGAV) EDITAL N. 02/2019 SELEÇÃO DE CANDIDATOS/AS ÀS VAGAS DO PROGRAMA DE PÓS- GRADUAÇÃO EM ARTES VISUAIS PARA OS CURSOS DE MESTRADO

Leia mais

Foucault e a educação. Tecendo Gênero e Diversidade Sexual nos Currículos da Educação Infantil

Foucault e a educação. Tecendo Gênero e Diversidade Sexual nos Currículos da Educação Infantil Foucault e a educação Tecendo Gênero e Diversidade Sexual nos Currículos da Educação Infantil Prefácio A educação abrange os processos de ensinar e de aprender e se desenvolve em todos os espaços possíveis:

Leia mais

Nadya Araujo Guimarães e André Vereta Nahoum FSL Introdução à Sociologia USP, 02/2015

Nadya Araujo Guimarães e André Vereta Nahoum FSL Introdução à Sociologia USP, 02/2015 Nadya Araujo Guimarães e André Vereta Nahoum FSL 0114 - Introdução à Sociologia USP, 02/2015 Foco do debate de hoje 1. Hoje a noção de corporeidade será trazida para o centro do debate 2. Ponto de partida

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA Faculdade Anísio Teixeira de Feira de Santana Autorizada pela Portaria Ministerial nº 552 de 22 de março de 2001 e publicada no Diário Oficial da União de 26 de março de 2001. Endereço: Rua Juracy Magalhães,

Leia mais

FILOSOFIA e LITERATURA um tema e duas perspetivas. Fernanda Henriques Capela do Rato 2018

FILOSOFIA e LITERATURA um tema e duas perspetivas. Fernanda Henriques Capela do Rato 2018 FILOSOFIA e LITERATURA um tema e duas perspetivas Fernanda Henriques Capela do Rato 2018 O TEMA A relação entre Filosofia e Literatura é uma velha história com traços de conflitualidade e de ambiguidade.

Leia mais

ACHUTTI, Luiz Eduardo Robinson. Fotoetnografia da Biblioteca Jardim. Porto Alegre: Editora da UFRGS: Tomo Editorial, p.

ACHUTTI, Luiz Eduardo Robinson. Fotoetnografia da Biblioteca Jardim. Porto Alegre: Editora da UFRGS: Tomo Editorial, p. Fotoetnografia da Biblioteca Jardim 301 ACHUTTI, Luiz Eduardo Robinson. Fotoetnografia da Biblioteca Jardim. Porto Alegre: Editora da UFRGS: Tomo Editorial, 2004. 319 p. * Universidade Federal do Rio Grande

Leia mais

O público é um elemento fundamental para que o teatro exista. Sem ele o trabalho de todo o pessoal que trabalhou para colocar um espetáculo de pé,

O público é um elemento fundamental para que o teatro exista. Sem ele o trabalho de todo o pessoal que trabalhou para colocar um espetáculo de pé, O ESPAÇO MÁGICO O público é um elemento fundamental para que o teatro exista. Sem ele o trabalho de todo o pessoal que trabalhou para colocar um espetáculo de pé, esvazia-se. O sentido para o teatro está

Leia mais

Gênero e Cultura. 12º. EDUCAids. Cristina Câmara. São Paulo, 11 de junho de

Gênero e Cultura. 12º. EDUCAids. Cristina Câmara. São Paulo, 11 de junho de Gênero e Cultura Cristina Câmara 12º. EDUCAids São Paulo, 11 de junho de 2008 Gênero... o termo gênero parece ter feito sua aparição inicial entre as feministas americanas, que queriam enfatizar o caráter

Leia mais

Trânsitos da moda brasileira

Trânsitos da moda brasileira ][resenhas] [ 132 [ 133] resenha] [ DÉBORA KRISCHKE LEITÃO ] Doutora em Antropologia Social pela UFRGS com estágio sanduíche junto ao Institut d Histoire du Temps Présent (CNRS) e professora do Programa

Leia mais

AGENDA SETEMBRO / TERÇA 10h30 às 12h30 Crítica musical, teoria & prática, paralelos & paradoxos** 14h às 17h O texto na história oral*

AGENDA SETEMBRO / TERÇA 10h30 às 12h30 Crítica musical, teoria & prática, paralelos & paradoxos** 14h às 17h O texto na história oral* AGENDA SETEMBRO 2016 01 / QUINTA 15h às 18h Impressões de identidade: um olhar sob a imprensa gay o Brasil* 15h às 18h Letramentos em contextos educativos* 09h30 às 21h30 Envelhecimento: 02 / SEXTA 14h

Leia mais

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO MARÇAL RAMOS PORNOGRAFIA, SENSUALIDADE E VULGARIDADE. Orientadora: Carmem Zeli Vargas

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO MARÇAL RAMOS PORNOGRAFIA, SENSUALIDADE E VULGARIDADE. Orientadora: Carmem Zeli Vargas ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO MARÇAL RAMOS PORNOGRAFIA, SENSUALIDADE E VULGARIDADE Orientadora: Carmem Zeli Vargas Caraá 2008 ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO MARÇAL RAMOS

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA Programa de Pós-Graduação em Educação

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA Programa de Pós-Graduação em Educação PROGRAMA DE ENSINO Disciplina Cultura, Diferença e Diversidade: temas, problemas e abordagens em investigações acadêmicas Semestre Ano Letivo Primeiro 2013 Área de Concentração FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

Leia mais

O MUNDO DAS MULHERES Alain Touraine

O MUNDO DAS MULHERES Alain Touraine Brasília-DF, Setembro de 2007 Universidade de Brasília UNB Departamento de Serviço Social Mov. Soc., Poder Político e Cidadania Profa. Dra. Nair Bicalho O MUNDO DAS MULHERES Alain Touraine Alunas: Denise

Leia mais

OS PROFISSIONAIS DO TEATRO

OS PROFISSIONAIS DO TEATRO OS PROFISSIONAIS DO TEATRO Para que um espetáculo profissional aconteça, muitos profissionais em diferentes áreas são envolvidos além do diretor e dos atores. Alguns são pouco lembrados em citações, mas

Leia mais

CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS HOMOPARENTALIDADE EM FOZ DO IGUAÇU PR MARTINS DE FARIAS, Adriana. Estudante do Curso de Antropologia e Diversidade Cultural ILAACH UNILA; E-mail: adriana.farias@aluno.unila.edu.br;

Leia mais

Ensaios Fotográficos

Ensaios Fotográficos Ensaio Fotográfico s s Ensaios Fotográficos AS CHATEADA COMO PENSAR RESSIGNIFICAÇÃO D CAIS DE SOCIABILIDADE SANTARÉM S : NA OS EM -PA AS CHATEADAS : COMO PENSAR NA RESSIGNIFICAÇÃO DOS LOCAIS DE SOCIABILIDADE

Leia mais

4253 CULTURA AFRO-BRASILEIRA V U C. Sociais quarta-feira MARKETING ELEITORAL V U C. Sociais segunda-feira 11

4253 CULTURA AFRO-BRASILEIRA V U C. Sociais quarta-feira MARKETING ELEITORAL V U C. Sociais segunda-feira 11 4253 CULTURA AFRO-BRASILEIRA V U C. Sociais quarta-feira 12 3326 MARKETING ELEITORAL V U C. Sociais segunda-feira 11 6752 PESQUISA II: MÉTODOS QUANTITATIVOS V B C. Sociais segunda-feira 18 3734 POLÍTICA

Leia mais

Avaliação Capes, aprovação do doutorado (trechos parecer CAPES):

Avaliação Capes, aprovação do doutorado (trechos parecer CAPES): Avaliação Capes, aprovação do doutorado (trechos parecer CAPES): Os indicadores de produção de artigos são bons, com boa equivalência da produção distribuída da seguinte forma: A1: 4; A2: 7; B1: 26 (...)

Leia mais

Cartaz de frutas Esta fotografia de Walker Evans foi feita em 1936, durante sua viagem ao Sul dos Estados Unidos.

Cartaz de frutas Esta fotografia de Walker Evans foi feita em 1936, durante sua viagem ao Sul dos Estados Unidos. Imagem e linguagem Cartaz de frutas Esta fotografia de Walker Evans foi feita em 1936, durante sua viagem ao Sul dos Estados Unidos. Características da imagem: imagem poluída e confusa enquadramento prioriza

Leia mais

HISTÓRIA CULTURAL: A PRETENSÃO DE SUAS FACES. Fundamentos da Educação: História, Filosofia e Sociologia da Educação

HISTÓRIA CULTURAL: A PRETENSÃO DE SUAS FACES. Fundamentos da Educação: História, Filosofia e Sociologia da Educação HISTÓRIA CULTURAL: A PRETENSÃO DE SUAS FACES Fundamentos da Educação: História, Filosofia e Sociologia da Educação Amanda de Matos Pereira 1 * Resumo A nova História Cultural reformulou a maneira de fazer

Leia mais

MÍDIA E SOCIEDADE DO CONTROLE: SUJEITOS, POSIÇÕES, COMPORTAMENTOS 1

MÍDIA E SOCIEDADE DO CONTROLE: SUJEITOS, POSIÇÕES, COMPORTAMENTOS 1 289 de 368 MÍDIA E SOCIEDADE DO CONTROLE: SUJEITOS, POSIÇÕES, COMPORTAMENTOS 1 Júnia Cristina Ortiz Matos * (Uesb) junia.ortiz@gmail.com Nilton Milanez ** (Uesb) niltonmilanez@hotmail.com RESUMO Este trabalho

Leia mais

História e Sistema de Arte

História e Sistema de Arte História e Sistema de Arte Professor Isaac Antonio Camargo.Licenciado em Desenho e Plástica UNAERP/SP.Mestre em Educação UEL/PR.Doutor em Comunicação e Semiótica PUC/SP www.artevis.blogspot.com Ementa

Leia mais

Vagas Remanescentes para o curso Ciências Sociais 2447 Antropologia I Vespertino 3a feira

Vagas Remanescentes para o curso Ciências Sociais 2447 Antropologia I Vespertino 3a feira Ciências Sociais 2447 Antropologia I Vespertino 3a feira 72 118 2447 4 4 Ciências Sociais 2447 Antropologia I Noturno 3a feira 72 118 2447 0 0 Ciências Sociais 6547 Sociologia I Vespertino 4a feira 72

Leia mais

Exposição Almandrade INSTALAÇÃO E POEMAS VISUAIS

Exposição Almandrade INSTALAÇÃO E POEMAS VISUAIS Exposição Almandrade INSTALAÇÃO E POEMAS VISUAIS CASA DAS ROSAS Av. Paulista, 37 São Paulo / Sp. (até 27 de abril de 2014) De terça feira a sábado, das 10h às 22h. Domingos e feriados, das 10h às 18h.

Leia mais

MICHEL FOUCAULT ( ) ( VIGIAR E PUNIR )

MICHEL FOUCAULT ( ) ( VIGIAR E PUNIR ) AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que foram interpretados por estudiosos dos temas expostos. RUBENS Todo RAMIRO exemplo JR (TODOS citado

Leia mais

Memorial. Apresentei as obras de Moacir Andrade e pedi que fizesse uma breve explanação sobre o que percebiam ali naquela obra.

Memorial. Apresentei as obras de Moacir Andrade e pedi que fizesse uma breve explanação sobre o que percebiam ali naquela obra. APÊNDICE A Memorial Reunião com equipe de produção (Casarão de Idéias) 23/05/2013 Em nosso primeiro contato, por já conhecer a equipe acredito que possibilitou que todo o processo fosse correr com mais

Leia mais

Rua Pirapetinga, 567 - Serra - 30220-150 Belo Horizonte - MG -Tel. (31) 3282-2366 www.universoproducao.com.br conheca todos os amigos do pipoca! A Universo Produção realiza há mais de 15 anos uma série

Leia mais

militante LGBT e faz parte do Grupo Universitário de Diversidade Sexual Primavera nos Dentes. Atualmente

militante LGBT e faz parte do Grupo Universitário de Diversidade Sexual Primavera nos Dentes. Atualmente Entrevista por Daniela Araújo * Luíza Cristina Silva Silva militante LGBT e faz parte do Grupo Universitário de Diversidade Sexual Primavera nos Dentes. Atualmente é estudante do curso de Geografia na

Leia mais

Disciplina: HS Antropologia IV: Teorias Antropológicas III 2º semestre de 2007 Profª Ciméa B. Bevilaqua

Disciplina: HS Antropologia IV: Teorias Antropológicas III 2º semestre de 2007 Profª Ciméa B. Bevilaqua Disciplina: HS 046 - Antropologia IV: Teorias Antropológicas III 2º semestre de 2007 Profª Ciméa B. Bevilaqua Ementa: Teorias antropológicas III; tópicos especiais em teorias contemporâneas. PROGRAMA I.

Leia mais

LABORE Laboratório de Estudos Contemporâneos POLÊM!CA Revista Eletrônica PRÁTICAS BISSEXUAIS: UMA NOVA IDENTIDADE OU UMA NOVA DIFERENÇA?

LABORE Laboratório de Estudos Contemporâneos POLÊM!CA Revista Eletrônica PRÁTICAS BISSEXUAIS: UMA NOVA IDENTIDADE OU UMA NOVA DIFERENÇA? 79 PRÁTICAS BISSEXUAIS: UMA NOVA IDENTIDADE OU UMA NOVA DIFERENÇA? CAMILA DIAS CAVALCANTI Formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Goiás e Mestre em Sociologia pela Universidade Federal

Leia mais

MODA SEM GÊNERO: UMA REFLEXÃO PARA ALÉM DAS CORES NEUTRAS

MODA SEM GÊNERO: UMA REFLEXÃO PARA ALÉM DAS CORES NEUTRAS MODA SEM GÊNERO: UMA REFLEXÃO PARA ALÉM DAS CORES NEUTRAS Autor (1) Elayne Eva Borges Araújo; Orientador (1) Paula Faustino Sampaio Universidade Federal do Mato Grosso Campus Universitário de Rondonópolis,

Leia mais

Cadernos Cedes /87. Corpo, educação física e sociedade: diálogos em tempos e espaços. Apresentação

Cadernos Cedes /87. Corpo, educação física e sociedade: diálogos em tempos e espaços. Apresentação Cadernos Cedes /87 Corpo, educação física e sociedade: diálogos em tempos e espaços 145 APRESENTAÇÃO ste número reúne artigos decorrentes de produções acadêmicas em nível de mestrado ou doutorado que,

Leia mais

Poder e sociedade: Foucault ( ) Profª Karina Oliveira Bezerra

Poder e sociedade: Foucault ( ) Profª Karina Oliveira Bezerra Poder e sociedade: Foucault (1926 1984) Profª Karina Oliveira Bezerra Poder Não deve-se tomar o poder como um fenômeno de dominação maciço e homogêneo de um individuo sobre os outros, de um grupo sobre

Leia mais

MARIA CRISTINA BRITO. 4ª feira 9 às 13 horas. Ester Leão (2º andar) 15 vagas

MARIA CRISTINA BRITO. 4ª feira 9 às 13 horas. Ester Leão (2º andar) 15 vagas 1 NOME DA DISCIPLINA: SALA O ATOR NO TEATRO DA CRUELDADE DE ANTONIN ARTAUD 2 MARIA CRISTINA BRITO 4ª feira 9 às 13 horas Ester Leão (2º andar) Interpretação I e II / ou / Atuação Cênica I e II / e / O

Leia mais

O PÓS-PORNÔ: POR UMA PORNOGRAFIA COMO FERRAMENTA DAS LUTAS FEMINISTAS.

O PÓS-PORNÔ: POR UMA PORNOGRAFIA COMO FERRAMENTA DAS LUTAS FEMINISTAS. O PÓS-PORNÔ: POR UMA PORNOGRAFIA COMO FERRAMENTA DAS LUTAS FEMINISTAS. Maria Ruiz Ruiz 1 Resumo: Este artigo tem como objetivo elaborar uma reflexão da relação entre sexualidade, gênero e mídia através

Leia mais

interseccionalidades e geopolítica

interseccionalidades e geopolítica AGENDA setembro 2018 01/SÁBADO 10h às 18h A técnica e a linguagem da captação digital com câmeras de celulares 10h às 17h30 Curso Sesc de 10h às 17h30 na Perspectiva dos Direitos Humanos 10h às 18h Práticas

Leia mais

1 Introdução. 1 Foucault, M. O sujeito e o poder. In: Dreyfus, e Rabinow, P. Michel Foucault. Uma trajetória

1 Introdução. 1 Foucault, M. O sujeito e o poder. In: Dreyfus, e Rabinow, P. Michel Foucault. Uma trajetória 1 Introdução Pretende-se, neste estudo, demonstrar a coerência interna do percurso filosófico de Michel Foucault, quando considerado desde o ponto de vista utilizado pelo filósofo, ao definir toda a sua

Leia mais

TEATRO E CONTRA-HEGEMONIA: UM ESTUDO SOBRE O CAMPO DAS ARTES CÊNICAS NO BRASIL DO SÉCULO XXI

TEATRO E CONTRA-HEGEMONIA: UM ESTUDO SOBRE O CAMPO DAS ARTES CÊNICAS NO BRASIL DO SÉCULO XXI TEATRO E CONTRA-HEGEMONIA: UM ESTUDO SOBRE O CAMPO DAS ARTES CÊNICAS NO BRASIL DO SÉCULO XXI Vicente Carlos Pereira Júnior Vicente Carlos Pereira Júnior Doutorado Linha de Pesquisa PMC Orientador Prof

Leia mais

Filmmakers / Cine Guerrilha S/A

Filmmakers / Cine Guerrilha S/A Filmmakers / Cine Guerrilha S/A Reality Show - 26 Ep - 24m O que nos move é a história. Logline - Três equipes de filmagem têm a missão quase impossível de fazer um telefilme do roteiro após 26 dias, sendo

Leia mais

1. Atividades Artísticas e Culturais

1. Atividades Artísticas e Culturais 1. Atividades Artísticas e Culturais DATA/ HORÁRIO ATIVIDADE LOCAL 01 de Outubro às 17h Apresentação de recepção dos participantes do XVIII ENAPET- Vivência Artística e cultural com o Bloco Lírico Com

Leia mais

07/06/2017 DIEGO AMORIM GRAMÁTICA

07/06/2017 DIEGO AMORIM GRAMÁTICA DIEGO AMORIM GRAMÁTICA Ensinamento Minha mãe achava estudo a coisa mais fina do mundo. Não é. A coisa mais fina do mundo é o sentimento. Aquele dia de noite, o pai fazendo serão, ela falou comigo: Coitado,

Leia mais

ATUAÇÃO EXPANDIDA NOS SUPORTES FÍLMICO, FOTOGRÁFICO E SONORO

ATUAÇÃO EXPANDIDA NOS SUPORTES FÍLMICO, FOTOGRÁFICO E SONORO ATUAÇÃO EXPANDIDA NOS SUPORTES FÍLMICO, FOTOGRÁFICO E SONORO Marília Guimarães Martins Marília Guimarães Martins Doutorado Linha de Pesquisa PCT Orientadora Profª Drª Flora Süssekind Doutoranda do Programa

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS E LINGÜÍSTICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS E LINGÜÍSTICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS E LINGÜÍSTICA DISCIPLINA: Tópicos Avançados em Análise de discursos: processos de subjetivação e formas de resistência

Leia mais

Lista das disciplinas com ementas: DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS:

Lista das disciplinas com ementas: DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS: Lista das disciplinas com ementas: DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS: Sujeitos da educação: escola e identidade social. Ementa: Processos identitários e categorias de pertencimento social: classe, gênero, etnia

Leia mais

MSc. Keliane Castro. Cinema

MSc. Keliane Castro. Cinema MSc. Keliane Castro Cinema Embora saibamos que a tecnologia já nos proporciona formas diferenciadas de contato com a linguagem audiovisual, assistir a um filme no sofá da sala, na tela do computador ou

Leia mais

Propaganda Social: campanhas educativas radiofônicas 1. Marise Cartaxo 2 Ismar Capistrano Costa Filho 3 Faculdade 7 de Setembro

Propaganda Social: campanhas educativas radiofônicas 1. Marise Cartaxo 2 Ismar Capistrano Costa Filho 3 Faculdade 7 de Setembro Propaganda Social: campanhas educativas radiofônicas 1 Marise Cartaxo 2 Ismar Capistrano Costa Filho 3 Faculdade 7 de Setembro RESUMO: As campanhas educativas do projeto Propaganda Social consistem na

Leia mais

AGENDA OUTUBRO /QUARTA. artísticas comunitárias: abordagem poética do real* 19h30 às 21h30 Por uma pedagogia da dignidade 06/QUINTA

AGENDA OUTUBRO /QUARTA. artísticas comunitárias: abordagem poética do real* 19h30 às 21h30 Por uma pedagogia da dignidade 06/QUINTA AGENDA OUTUBRO 2016 01/SÁBADO 9h30 às 18h30 O som em cena* 10h às 17h Memória, Patrimônio e Museologia Social: germinações e irradiações** 10h às 17h Práticas artísticas comunitárias: abordagem poética

Leia mais

Relato crítico - Playtime, Medianeras, O Homem ao lado e Giro cultural. Luciana Penas da Silva

Relato crítico - Playtime, Medianeras, O Homem ao lado e Giro cultural. Luciana Penas da Silva UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES Relato crítico - Playtime, Medianeras, O Homem ao lado e Giro cultural Luciana Penas da Silva 6806034 Trabalho apresentado para avaliação na disciplina

Leia mais

DISCIPLINAS OPTATIVAS

DISCIPLINAS OPTATIVAS PPGMLS 005 Literatura e Produção de Memória Social (M DISCIPLINAS OPTATIVAS 60 4 Estudo, em perspectiva histórica, das relações entre os diversos gêneros líricos e a perenização do nome cantado. Os usos

Leia mais

Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder. Nômades da Norma: Corpo, gênero e sexualidade em travestis de diferentes gerações

Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder. Nômades da Norma: Corpo, gênero e sexualidade em travestis de diferentes gerações Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008 Nômades da Norma: Corpo, gênero e sexualidade em travestis de diferentes gerações Bruno Cesar Barbosa (Mestrando

Leia mais

HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA C/H 170 (1388/I)

HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA C/H 170 (1388/I) EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE HISTÓRIA IRATI (Currículo iniciado em 2010) ANTROPOLOGIA CULTURAL C/H 68 (1364/I) Estudo das teorias da antropologia cultural e social e da etnografia voltadas para

Leia mais

Ciné Avessô. fotografias de Luciano Spinelli texto de Carine Rieko Magalhães. vista nº políticas do olhar pp

Ciné Avessô. fotografias de Luciano Spinelli texto de Carine Rieko Magalhães. vista nº políticas do olhar pp Ciné Avessô fotografias de Luciano Spinelli texto de Carine Rieko Magalhães vista nº1 2017 políticas do olhar pp.219 228 219 Luciano Spinelli, Ciné Avessô 1, 2015. 220 vista nº1 2017 políticas do olhar

Leia mais

MEMÓRIA FOTOGRÁFICA DE PESQUISA DE CAMPO ANTROPOLÓGICA ENTRE OS MACUXI DA ÁREA RAPOSA-SERRA DO SOL NOS ANOS 1990.

MEMÓRIA FOTOGRÁFICA DE PESQUISA DE CAMPO ANTROPOLÓGICA ENTRE OS MACUXI DA ÁREA RAPOSA-SERRA DO SOL NOS ANOS 1990. MEMÓRIA FOTOGRÁFICA DE PESQUISA DE CAMPO ANTROPOLÓGICA ENTRE OS MACUXI DA ÁREA RAPOSA-SERRA DO SOL NOS ANOS 1990. Geraldo Barboza de Oliveira Junior 1 Os Macuxi foram minha primeira experiência etnográfica

Leia mais

III COLÓQUIO DE HUMANIDADES: OLHARES SOBRE A EFLCH E SEU PROJETO PEDAGÓGICO

III COLÓQUIO DE HUMANIDADES: OLHARES SOBRE A EFLCH E SEU PROJETO PEDAGÓGICO III COLÓQUIO DE HUMANIDADES: OLHARES SOBRE A EFLCH E SEU PROJETO PEDAGÓGICO Prof. Dr. Daniel Arias Vazquez Profa. Dra. Marineide de Oliveira Gomes (Direção Acadêmica) APRESENTAÇÃO I Processo de revisão

Leia mais

A formação em leitura na escola: o direito à literatura e a co

A formação em leitura na escola: o direito à literatura e a co *Por Bia Gouveia Leio bastante desde criança. No início, contei com a ajuda de algumas professoras e de minha mãe que, generosamente, emprestavam suas vozes aos textos e me presenteavam com diversas histórias.

Leia mais

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 2, Ano BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 2, Ano BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO 30 BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO Moura Tolledo mouratolledo@bol.com.br Brasília-DF 2006 31 BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO

Leia mais

Dos feminismos ao feminismo dialógico. Módulo II Sujeitos da EJA CEEJA

Dos feminismos ao feminismo dialógico. Módulo II Sujeitos da EJA CEEJA Dos feminismos ao feminismo dialógico Módulo II Sujeitos da EJA CEEJA Movimento feminista Surge na primeira metade do século XIX, na Inglaterra e nos EUA, com o objetivo principal de conquistar direitos

Leia mais

Quadro de Oferta 2017_2. Professor Curso Disciplina Horário SALA Eduardo Vargas/Ruben Caixeta

Quadro de Oferta 2017_2. Professor Curso Disciplina Horário SALA Eduardo Vargas/Ruben Caixeta Programa de Graduação em. P P G A n. Arqueologia Obrigatórias Quadro de Oferta 2017_2 Professor Curso Disciplina Horário SALA Eduardo Vargas/Ruben Caixeta Andrei Isnardis Andrei Isnardis Ruben Caixeta/Leandro

Leia mais

Critérios Específicos de Avaliação do 1º ano Educação Artística Artes Visuais Domínios Descritores Instrumentos de Avaliação

Critérios Específicos de Avaliação do 1º ano Educação Artística Artes Visuais Domínios Descritores Instrumentos de Avaliação Critérios Específicos de do 1º ano Educação Artística Artes Visuais - Observar os diferentes universos visuais utilizando um vocabulário específico e adequado. -Mobilizar a linguagem elementar das artes

Leia mais

Ementa: Teorias antropológicas III; tópicos especiais em teorias contemporâneas. PROGRAMA DE DISCIPLINA

Ementa: Teorias antropológicas III; tópicos especiais em teorias contemporâneas. PROGRAMA DE DISCIPLINA HS046 Antropologia IV: Teorias Antropológicas III 2º semestre de 2007 Profª Edilene Coffaci de Lima Ementa: Teorias antropológicas III; tópicos especiais em teorias contemporâneas. I - Conteúdo PROGRAMA

Leia mais

Conteúdo Programático

Conteúdo Programático Disciplina: TÓPICOS ESPECIAIS EM ARTE E VISUALIDADES: CULTURA VISUAL, GÊNEROS E SEXUALIDADES Ano: 2017-2 CH Semestral: 64 Sala 19 Professora: Carla de Abreu Ementa Objetivos Conteúdo Programático A partir

Leia mais

Uma breve História sobre a SANTA IFIGÊNIA

Uma breve História sobre a SANTA IFIGÊNIA MÍDIA KIT Uma breve História sobre a SANTA IFIGÊNIA A história da Rua Santa Ifigênia remonta o final do século XVIII e início do século XIX quando ela foi aberta. No ano de 1810, ela já aparecia representada

Leia mais

ENTREGAR ESSE ROTEIRO DIRETAMENTE AO PROFESSOR DA DISCIPLINA. DATA DA ENTREGA: até 26/09/18 (QUARTA-FEIRA)

ENTREGAR ESSE ROTEIRO DIRETAMENTE AO PROFESSOR DA DISCIPLINA. DATA DA ENTREGA: até 26/09/18 (QUARTA-FEIRA) Disciplina: SOCIOLOGIA Segmento: Ensino Médio Série: 1º ano Turma: Assunto: Roteiro de Estudos Para Recuperação da 2ª Etapa/2018 Aluno (a): Nº: Nota: Professor (a): Oldair Glatson Valor: 10,0 Pontos Querido(a)

Leia mais

LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL

LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL Existem várias formas de comunicação. Quando o homem A! se utiliza da palavra, ou seja, da linguagem oral ou escrita,dizemos que ele está utilizando uma linguagem verbal,

Leia mais

CHAMADA de TRABALHOS (comunicações e performances) I Simpósio Internacional de Filosofia Pop Tema: Corpos, Imagens e Culturas Híbridas

CHAMADA de TRABALHOS (comunicações e performances) I Simpósio Internacional de Filosofia Pop Tema: Corpos, Imagens e Culturas Híbridas CHAMADA de TRABALHOS (comunicações e performances) I Simpósio Internacional de Filosofia Pop Tema: Corpos, Imagens e Culturas Híbridas Data: 07 a 09 de maio de 2014 Local: Universidade Federal do Estado

Leia mais

Oi, Ficou curioso? Então conheça nosso universo.

Oi, Ficou curioso? Então conheça nosso universo. Oi, Somos do curso de Letras da Universidade Franciscana, e esse ebook é um produto exclusivo criado pra você. Nele, você pode ter um gostinho de como é uma das primeiras aulas do seu futuro curso. Ficou

Leia mais