Primeiro Território da Cidadania Indígena, no Rio Negro, recebe reforço com ações específicas

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1 - Ano 02 - Número 05 - Junho de Distribuição Gratuita Primeiro Território da Cidadania Indígena, no Rio Negro, recebe reforço com ações específicas Delegação brasileira defende mulheres indígenas em plenário das Nações Unidas - pág. 06 Pontos de Cultura atenderão 150 comunidades indígenas até pág. 11

2 EDITORIAL Incluir ou se deixar incluir? Eis a questão! Inclusão, do latim inclusione, é o ato ou efeito de incluir, que no dicionário da língua portuguesa, também pode significar compreender, conter em si. Por anos, décadas, até séculos, os povos indígenas no Brasil, e em outras partes do mundo, foram tratados como parte estranha às sociedades dominantes. Contudo, após anos de lutas, massacres, invasões territoriais e descaso generalizado, os direitos dos povos indígenas alcançaram um novo patamar na pauta de discussões nacionais e internacionais. Não à toa, a Austrália, que com os Estados Unidos, Canadá e Nova Zelândia opunham-se à Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, reconsiderou seu modo de ver, pensar e agir sobre o tema. Nesta edição do Informativo Funai, noticiamos a esperada compreensão, daquele país, no reconhecimento dos direitos de seus povos aborígenes, durante a VIII Sessão do Fórum Permanente das Nações Unidas sobre Questões Indígenas. Em terras brasileiras, ao se tratar da questão indígena, a falta de entendimento sempre foi maior por parte de estados e municípios, que a tinham, conscientemente ou não, como responsabilidade única e exclusiva do Governo Federal. Mas esse é um desafio enfrentado a passos longos pela Funai, que admite o caráter multisetorial das ações destinadas aos povos indígenas. O compromisso desta instituição indigenista do Governo vem se traduzindo na capacidade de articulação e coordenação, ao promover o compartilhamento da gestão das políticas públicas com diversos Estados da Federação, entre eles Acre, Pará e Bahia, que firmaram termos de cooperação, no âmbito do Programa Proteção e Promoção dos Povos Indígenas, para implementação de ações nos campos da educação, saúde, meio ambiente, cultura e fomento ao etnodesenvolvimento. Este compartilhar também significa o envolvimento da sociedade civil, tanto para a execução de iniciativas convergentes, quanto no acompanhamento dos programas e ações do estado brasileiro direcionados às comunidades indígenas. Aqui, causa estranhamento, que os povos indígenas não tenham sido incluídos, há mais tempo, neste processo, que hoje abre espaço, inclusive, para uma parcela da sociedade nacional que, mesmo provida da capacidade de fala, teve que enfrentar a falta de voz, a mudez forçada: a mulher indígena. Hoje, a figura da mulher indígena representa força decisiva e construtiva na elaboração de políticas públicas, para suas comunidades, fortalecida pelas discussões da Lei Maria da Penha, promovidas pela Funai, nas mais de 13 oficinas, em diversas regiões do Brasil. Temos que agradecer aos povos indígenas por todas as conquistas apresentadas nesta edição do Informativo Funai. São vitórias do povo brasileiro, obtidas graças aos agentes de governo e da sociedade civil, que se deixaram incluir na gestão do território nacional, que antes de ser governado pelo homem branco, é amado e zelado pelos povos ancestrais, primeiros habitantes das florestas brasileiras. Uma boa leitura a todos. OPINI O - SENADOR JOAO PEDRO (AM) Vozes indígenas na Organização das Nações Unidas H á duas visões dominantes sobre a Amazônia. A primeira versa que ela se constitui de uma imensa reserva de recursos naturais a espera de exploração, sendo ela adequada ou não. A segunda deriva da primeira e diz que a Amazônia é um imenso vazio demográfico. A primeira tem sua parcela de veracidade, pois a região possui hoje um grande potencial energético e de matérias-primas, algumas escassas ou mesmo extintas em outros locais do planeta. A segunda é totalmente falsa e dela muitos, inclusive motivados ou membros de governos, valeram-se para promover invasões, genocídios e a depedração que se abateu sobre a Amazônia desde o século 16. Digo isso porque, há cerca de um mês, fui convidado pela Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (Coica) para participar do oitavo Fórum Permanente sobre Assuntos Indígenas promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e, lá, pude comprovar que a visão do governo brasileiro em relações aos povos indígenas que habitam seu território está longe da visão dominante que envolve o tema. As discussões aconteceram entre os dias 18 e 29 de maio, na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, e nosso país foi muito elogiado por sua política de demarcação de terras indígenas e de cotas reservadas para estudantes indígenas nas universidades federais. Muito me espantou o fato de países como a França não possuírem uma discussão mais aprofundada sobre o tema. Não podemos esquecer que a França tem parte de seu território na América do Sul, mais precisamente da Guiana Francesa, e que lá vive uma parcela significativa de cidadãos indígenas. O Canadá demonstrou igual descaso e de lá vieram relatos surpreendentes de violência contra mulheres indígenas. Em vários países da América do Sul e até em alguns que compõem a Panamazônia a política de demarcação de terras é nula, o que a nós, brasileiros, causa estranhamento e indignação. Na contramão do posicionamento desrespeitoso desses governos quanto à questão indígena, chamou atenção o pronunciamento do representante da presidência dos Estados Unidos no Fórum. Ele anunciou os primeiros passos da mudança política promovida pelo presidente Barack Obama nessa área, como a indicação de um indígena da etnia Pawnee para o cargo de Secretário Adjunto de Assuntos Indígenas do Senado dos EUA e de uma indígena da etnia Sioux para o cargo de Diretora do Serviço Nacional de Saúde Indígena. Investimentos de milhões de dólares em educação e saúde indígena também fazem parte dessa nova política de relacionamento, que demonstra uma grande mudança de pensamento por parte de seus governantes. Há muitos anos o governo americano não participava do Fórum e sua presença na oitava edição gerou aplausos e, principalmente, expectativas com relação a dias melhores para os povos indígenas daquele país. O Brasil, cuja população indígena é expressiva, a maioria dela habitando meu Estado de origem, o Amazonas, foi bastante elogiado por sua política em relação a questão indígena. Tínhamos como grande representante o presidente da Funai, o antropólogo Marcio Meira, e foi gratificante ouvir comentários sobre o posicionamento do Brasil durante as acirradas discussões sobre a homologação da demarcação contínua da reserva indígena Raposa Serra do Sol. Nosso país também foi elogiado pela maneira como trata suas populações indígenas isoladas, calculadas hoje em 68 etnias presentes nos Estados do Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima. O Brasil é referência internacional pela forma como atua com essas populações. Ao retornar do Fórum, cresceu minha esperança de que o Congresso Nacional também trate de forma absolutamente séria e profunda a relação com os povos indígenas brasileiros. Penso que o Congresso pode e deve adotar procedimentos mais transparentes sobre a questão. Precisamos todos, e aí me refiro à sociedade brasileira, ter conhecimento desses procedimentos, mas não podemos tirar, principalmente das populações indígenas, o desejo e a compreensão que elas têm sobre seus territórios. A meu ver, estamos no caminho certo quando assistimos os próprios indígenas brasileiros manifestarem-se acerca dos territórios indígenas do Brasil. A meu ver, estamos no caminho certo quando mais de dois mil representantes de etnias indígenas ao redor do globo, das Américas, Europa, Ásia, África e até do Pólo Ártico se reúnem para mostrar que estão atentos a seus direitos, dispostos a argumentar e ser ouvidos por sua causa. Exatamente como aconteceu no Fórum da Onu. Informativo Funai Jornal da Coordenação Geral de Assuntos Externos Presidente: Márcio Augusto Freitas de Meira Diretor de Assistência: Aloysio Antônio Castelo Guapindaia Diretora de Assuntos Fundiários: Maria Auxiliadora Cruz de Sá Leão Diretor de Administração Substituto: Vladimir Nepumuceno Edição Geral: Luciana Waclawovsky, registro MTb 9522 DRT/RS Projeto Gráfico: Kélia Ramos Edição: Denise de Quadros, registro MTb 8458 DRT/RS e Mayson Albuquerque, registro 7993/DF Textos: Ana Paula Sabino, Denise de Quadros, Eleonora de Paula e Souza Dias, Luciana Waclawovsky, Mayson Albuquerque, Mario Moura Estagiária de Jornalismo: Layse Mendes Apoio: Fábio Miranda, Renata Lins Revisão: Denise de Quadros, Luciana Waclawovsky, Mário Moura, Mayson Albuquerque Fotos: Mário Vilela, Arquivo Funai. Fundação Nacional do Índio SEPS 702/902 ED. LEX 3º andar Fone: (61) / cgae@funai.gov.br 2

3 Foto: CMI/ Funai ENTREVISTA - Fábia de Souza Por Eleonora Dias Informativo Funai: Como as mulheres indígenas estão inseridas no Plano Nacional de Políticas para as Mulheres? Fábia de Souza: A participação das mulheres, não só indígenas, mas de toda diversidade de mulheres na sociedade, quando da elaboração do I e II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, foi garantida em todos os processos de consulta, que antecederam a consecução dos dois planos, por meio das conferências locais e municipais, estaduais e regionais, que indicaram pessoas para participarem das conferências realizadas em 2004 e Durante todo o processo de diálogo e escuta da sociedade, tanto nos municípios quanto nos estados, nós contamos com a participação das mulheres indígenas, que estiveram a sua representadas nas duas conferências nacionais. No primeiro Plano Nacional de Políticas para as Mulheres nós não tínhamos o tema da questão indígena, bem como, da questão racial, como um todo ( mulheres negras, quilombolas e outras). Não tínhamos, como diretriz, uma questão estruturante. Durante a II Conferência Nacional de Mulheres, em que a questão racial foi colocada, assim como a questão de gênero, que é uma questão estruturante da desigualdade, ela mereceu um capítulo específico no Segundo Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. I.F: Pode-se dizer, então, que as mulheres indígenas tiveram presença marcante somente na II Conferência que as mulheres indígenas? Fábia de Souza: Eu não diria de participação, mas de escuta, de diálogo. Na I Conferência tivemos um diálogo com as mulheres indígenas, bem como na II Conferência. Agora, em termos da pauta da II Conferência, essa questão foi tratada como estruturante, e que deveria ser contemplada, com mais destaque, no II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres,. Durante o processo de elaboração do II Plano, o Comitê de Articulação e Monitoramento, composto por todos os órgãos que implementam ações do II Plano, tinham o trabalho A inclusão das mulheres indígenas nas políticas públicas do Governo Brasileiro, a participação da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres nas Oficinas sobre a Lei Maria da Penha e um Encontro Nacional de Mulheres. Esses e outros assuntos são abordados na entrevista com Fábia Oliveira Martins de Souza, economista, assessora técnica da Sub-Secretaria de Planejamento da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. de tratar essa demanda, que saiu da II Conferência. Assim, informamos ao Comitê, que seria importante a participação da Funai, para que ela trouxesse toda a demanda das mulheres indígenas, como subsídio na elaboração do II Plano. Então a Funai, como representante das mulheres indígenas, trouxe todas as demandas da sua clientela, tanto na área de trabalho como na área de saúde, de educação, na área da questão do enfrentamento da violência, em todas as áreas. I.F: Como as ações para as mulheres indígenas estão inseridas no II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres? Fábia de Souza: Na II Conferência ficou definido que a questão racial deveria ter mais destaque no II Plano. Elaboramos um capítulo específico, o Capítulo 9, que trata dessa questão do racismo, sexismo e lesbofobia. Ele é um capítulo estruturante, que explica um pouco como a questão racial, do sexismo e da lesbofobia define as desigualdades entre homens e mulheres e entre as próprias mulheres. Não é um capítulo que tem ações específicas, mas que faz um debate conceitual, para qualificar o tratamento dessa questão no Plano. Uma das diretrizes desse capítulo é definir como as demandas das mulheres indígenas, negras e quilombolas serão contempladas, transversalmente, em todos os capítulos do Plano. Esse capítulo trouxe mais sensibilidade e conscientização para os representantes dos Ministérios, que estão no Comitê. Eles começaram a notar que existem especificidades. Por exemplo, das mulheres indígenas, que precisam ser tratadas com um olhar diferente na hora de implementar determinadas ações. Não tratá-las no bojo das mulheres, como se não houvesse diferenças entre elas. Nós temos diversas ações no plano, ações específicas para as mulheres indígenas, e ações mais universais, dos ministérios, que estão, de alguma forma, abordando as demandas e as especificidades das mulheres indígenas na sua implementação. E para garantir que esse trabalho seja feito, criamos, no âmbito do Comitê, um Grupo de Trabalho que vai propor e acompanhar a implementação do Capítulo 9. I.F: Como tem sido a participação da Funai? Fábia de Souza: A Funai participa das reuniões do Comitê, e não apenas executa algumas ações, que estão dentro do Plano. Tem, também, o papel de estar checando, controlando se os ministérios estão abordando as questões das mulheres indígenas em suas ações. A representatividade das mulheres indígenas está garantida com a participação da Funai. I.F: A Funai está realizando Oficinas sobre a Lei Maria da Penha. A SPM vem acompanhando? O que há de positivo? Fábia de Souza: Essas oficinas acabam tendo dois grandes resultados, por ser um espaço que promove a oportunidade das mulheres indígenas estarem se colocando, falando por si próprias e não, simplesmente, ter um órgão dizendo para a Secretaria quais são as demandas das mulheres. A Secretaria tem a oportunidade de escutá-las. Outro resultado, é esse da Secretaria poder se aprimorar na escuta, poder tratar da questão das mulheres indígenas, de forma mais qualificada. Até bem pouco tempo a Secretaria tratava apenas do que os diversos órgãos estavam implementando. O momento, agora, é de qualificar um pouco a atuação da Secretaria. Nós vamos implementar e formular políticas públicas e propor, no âmbito do Comitê do Plano, que sejam implementadas, mas com uma proposição mais qualificada. Nós não vamos nos basear apenas em informações outras, mas que estamos ouvindo das próprias mulheres. I.F: Há na Secretaria alguma proposta de um encontro nacional com as mulheres indígenas? Fábia de Souza: Está em discussão, na Secretaria, um encontro nacional com as mulheres indígenas, onde pretendemos trazer subsídios dessas oficinas da Lei Maria da Penha. Serão momentos de produzir informações, para que possamos promover esse encontro nacional e, aí, avançar um pouco mais. Tendo em vista que, nós fazemos todo esse processo participativo com as mulheres, que conhecem as suas demandas e especificidades, resta saber o que vamos fazer agora? Como vamos avançar nas políticas públicas daqui pra frente com essa bagagem de conhecimento? A idéia é que se faça um encontro nacional, ainda sem data prevista. Para qualquer ação que se vai implementar, se necessita de recursos. Então, nós que estamos participando dessas oficinas, estamos trazendo este olhar e esta demanda para secretaria e a proposta vai ser levada para as seus dirigentes, que vão decidir. Mas a vontade política é de realizar esse encontro. I.F: Como a SPM pensa esse encontro? Fábia de Souza: A idéia do encontro é, trabalhar a partir de todas as demandas que vão surgir dessas oficinas, promover um encontro, trazendo mulheres, lideranças das mulheres indígenas, para qualificar essas demandas, e promover um debate com os órgãos do Governo Federal. A nossa resposta, como Governo Federal, pelo que já escutamos, e pelas demandas, que sabemos existir, é reunir, governo e sociedade, governo e mulheres indígenas, e ver como contemplar as demandas das mulheres indígenas. 3

4 DEMARCAÇ O DE TERRAS IND GENAS RESIST NCIAS REGIONAIS Foto: Mário Moura/Funai Por Mário Moura O eixo central da questão indígena é a demarcação da terra. Ela é necessária não apenas para que os índios a utilizem, como meio de subsistência, mas fundamental para a manutenção do universo religioso e a sobrevivência de cada povo, como grupos etnicamente diferenciados. A terra é, pois, condição sine qua non para a perpetuação da cultura indígena. A Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 231, reconheceu aos índios os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente habitam Não se pode afirmar que o preceito constitucional seja, de fato, observado. Mas não se pode negar, também, que houve, apesar da pressão contrária, um significativo avanço no processo de demarcação e regularização fundiária indígena. E essa pressão se manifesta diuturnamente, de maneira articulada, por forças ligadas a fazendeiros, latifundiários e outros segmentos afins. Não faltam argumentos. Entre eles, o entrave ao desenvolvimento dos estados e municípios afetados com a demarcação. No caso de demarcação de terras indígenas em faixa de fronteira, vêm à tona as ameaças à soberania nacional. Essa situação conflituosa ficou escancarada, quando da homologação de Raposa Serra do Sol, que o STF decidiu favoravelmente aos índios À medida que o tempo avança, aumentam as dificuldades no processo de reconhecimento das terras indígenas. E os índios continuam sendo os principais prejudicados, alguns, mais violentamente. É o caso dos Guarani-Kaiwá, em Mato Grosso do Sul, onde uma frente ampla(pecuaristas, prefeitos e membros da Assembléia Legislativa)contrária aos direitos constitucionais daqueles povos, tenta retardar o processo de regularização fundiária indígena. E os índios continuam morando à beira de estradas, embaixo de pontes, ou em porções reduzidas de terras, próximas ao que eram o seu tekohá ( denominação de aldeia, na língua Tupi-Guarani, que significa:local onde se realiza o modo de ser), sem espaço para a agricultura familiar, sobrevivendo às custas de cestas básicas, sofrendo as agruras e desventuras provocadas pela desnutrição das crianças, pelos problemas de alcoolismo, as violências sexuais, o consumo de água contaminada pelos agrotóxicos, enquanto aumenta a concentração de grandes áreas, nas mãos de poucos. Os Guarani-Kaiwá, em que pese a atual situação, não foram os únicos a perderem suas terras. No Sul do País, por exemplo, a maioria das terras são insuficientes para abrigar, segundo os usos e costumes, as suas populações indígenas. E mesmo sendo insuficientes, algumas delas ainda foram objeto de desapropriação, para efeito de reforma agrária. As terras indígenas Cacique Doble, Ventarra, Monte Caseros, e Votouro, dos índios Kaingang, por exemplo, ficaram reduzidas à metade da área original, resultado da reforma agrária promovida pelo então governador Leonel Brizola. Os índios lutam até hoje pela revisão dos atuais limites, na tentativa de recuperar seu território, expropriado pelo Estado e pelos colonizadores, mas encontram resistências, em razão do modelo de ocupação fundiária intensiva da região. A Funai, responsável pela implementação da política indigenista do Governo Federal, continua, no entanto, executando a sua obrigação constitucional, independente das pressões contrárias. No que diz respeito à crítica situação fundiária dos Guarani- Kaiwá, do Mato Grosso do Sul, o presidente Márcio Meira firmou, com o Ministério Público Federal, um compromisso de ajustamento de conduta visando, inicialmente, a identificação de terras para aquelas comunidades. Foram constituídos grupos técnicos, sendo, cinco, para estudar os Guarani-Kaiwá e um para estudar as terras para os Guarani-Nhandéva. O conjunto desses GT s daria, mais ou menos, 40 ou 45 terras indígenas, de acordo com informações do Assessor da Diretoria de Assuntos Fundiários da Funai, Aluísio Azanha. A diferença, informa ele, é que eles vão utilizar nova metodologia, trabalhando em cima de um conceito de Tekohá-Açu. Isso, para não se repetir os erros do passado, quando foram, criadas uma série de ilhas, pequenas nesgas de terras, que não atendiam às necessidades dos índios. E o Tekohá-Açu vai buscar que essas 40 Terras indígenas sejam de alguma forma interligadas, por ecológicos, reconhecendo e permitindo a manutenção da dinâmica social e do modo de vida Guarani. Apesar das mudanças de metodologia, a Funai vai continuar enfrentando pressões contrárias à demarcação. Aluísio Azanha afirmou que o judiciário, nesses últimos dez anos, tem se mostrado bastante conservador no reconhecimento de terras indígenas, colocando-se como verdadeiro empecilho, já que a quase totalidade dos procedimentos administrativos, instaurados pela Funai, para demarcar terras indígenas, são levados ao judiciário e têm decisões inicialmente contrárias. Segundo ele, somente no Mato Grosso do Sul, seis terras tiveram seu processo de reconhecimento paralisados, por determinação judicial. Aluísio afirmou que o estudo das terras indígenas no Mato Grosso do Sul é fruto do compromisso de ajustamento de conduta, feito com o Ministério Público e, apesar das resistências que encontrará, a Funai não irá suspender os trabalhos. Segundo o assessor, o próprio Ministério da Justiça respaldou a posição da Funai, no sentido que não suspender qualquer desses trabalhos. É um primeiro passo, afirmou. Ainda estamos na fase de estudos: os grupos técnicos já fizeram duas etapas de campo, e vão para uma terceira. Depois tem a fase de elaboração dos relatórios e toda a continuidade de todos os procedimentos necessários. O processo de demarcação das terras indígenas é extremamente complexo e, seguramente, enormes resistências virão à tona. Mato Grosso do Sul vai ser a Raposa Serra do Sol da vez, concluiu o assessor. Dados referentes às regiões Norte e Sul (Fonte: IBGE) Norte: Superfície: km² Densidade demográfica: 3,31 hab/km² Kaiwá- À espera da terra Sem Males Região Sul Superfície: km² Densidade demográfica: 43,46 hab/km² 4

5 ALTO RIO NEGRO TER AÇ ES ESPEC FICAS NO PROGRAMA TERRITŁRIOS DA CIDADANIA Informativo FUNAI Por Mayson Albuquerque E m missão de reconhecimento das reais necessidades da população, agentes dos Ministérios de Minas e Energia (MME), da Saúde (MS), do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Funai realizaram visita técnica a comunidades indígenas do Alto Rio Negro, no dia 14 de abril. A equipe faz parte do Colegiado Territorial do Território da Cidadania Indígena do Rio Negro/AM, composto por representantes indígenas, governamentais e de associações da sociedade civil. As informações obtidas serviram como subsídio para a Oficina do Colegiado Territorial, de 15 a 17 de abril, na sede da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), em São Gabriel da Cachoeira/AM. Sob coordenação da Funai, os participantes da Oficina avaliaram a Matriz de Ações do Território da Cidadania em 2008, elencando as prioridades nos Planos e Programas em curso na região e propondo ações integradas de infraestrutura, gestão territorial, saúde, saneamento, desenvolvimento social, educação, cultura e organização sustentável da produção. Foto: Mayson Albuquerque/Funai A Coordenadora-Geral de Projetos Especiais da Funai, Fabiana Vaz de Melo, explica que o trabalho da Oficina do Colegiado consiste no alinhamento de ações e políticas já definidas no Plano de Gestão da Funai, integrado e compartilhado com a FOIRN, com a matriz de ações do programa Território da Cidadania. Estamos qualificando as ações do Governo Federal para que ganhem maior efetividade, adequando a oferta para as demandas e necessidades das comunidades, afirma a representante da Funai. Segundo Vaz de Melo os órgãos federais envolvidos na Oficina estão assumindo compromissos na coordenação e execução do apoio ao Colegiado. Até agora o MDA teve maior inserção nesse processo. A nossa proposta é que a Funai coordene a política e que se dividam as responsabilidades para gestão do programa Territórios da Cidadania, disse Fabiana. Para Alíria Noronha, articuladora da Secretaria de Desenvolvimento Territorial do MDA, será necessária uma negociação para que os Ministérios modifiquem a forma de oferecer as políticas para o Território do Alto Rio Negro, tornando mais bem sucedida a execução das ações, promovendo mudanças positivas na vida da população. Com o plano integrado temos a chance de atingir o nosso alvo com mais eficiência. É um processo desafiador, mas há muito empenho de todos, esclareceu a articuladora. Alíria Noronha apresentou a estrutura do Plano Integrado do Território, cujos traços iniciais apontam para duas diretrizes: um Programa de Transporte, Escoamento da Produção e Acesso a Serviços e um Programa de Estruturação da Cadeia do Turismo. A base do Plano Integrado está nos elevados índices de empobrecimento da população e na dificuldade de acesso aos serviços públicos e privados com regularidade e qualidade, ilustrou Alíria. O Programa Territórios da Cidadania foi lançado nacionalmente em fevereiro de 2008 pelo presidente Indígenas indicam aos representantes do governo as principais demandas das comunidades Luís Inácio Lula da silva, para promover o desenvolvimento econômico e garantir que toda a população tenha acesso a programas básicos de cidadania, por meio de uma estratégia de participação social e ação integrada entre Governo Federal, estados e municípios. O Programa tem a mobilização de 22 Ministérios e mais de 180 ações desse Ministérios. Esse programa está inserido na Agenda Social do presidente Lula, portanto é fundamental que cada secretário que atua de forma efetiva na sua pasta interaja e conheça essas ações, explicou Marcelo Zonta, do Ministério de Minas e Energia. O objetivo principal dos agentes do Colegiado do Território da Cidadania é promover a universalização de direitos em razão das especificidades da região amazônica. O principal desafio é fazer com que os programas e ações do Território da Cidadania Indígena do Alto Rio Negro, que abrange uma área de quase 296 mil Km² e é composto pelos municípios de Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, atendam com eficiência às demandas das comunidades dos três municípios. A população total do território é de habitantes e nele estão inseridas 11 terras indígenas, para as quais foram executadas 49 ações de 13 Ministérios no ano de 2008, com a aplicação de R$ 14,5 milhões. A Funai executou R$ 416,5 mil com ações de registro civil de nascimento, construção e reestruturação de casas de cultura indígenas e identificação, regularização e demarcação de terras indígenas. Na opinião de Aderval Costa Filho, coordenador do Núcleo de Povos e Comunidades Tradicionais do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), para assegurar a universalização de direitos no Território do Alto Rio Negro, alguns programas precisam ser reconstruídos, em razão das necessidades operacionais específicas da região. É um grande desafio mas, ao tempo em que os gestores públicos municipais proponham a flexibilização das ações na matriz do programa Territórios da Cidadania, essas ações também se flexibilizam. São as dificuldades operacionais que irão demandar aprimoramentos e adequações, isso é próprio de qualquer programa, justificou Costa Filho. O coordenador explicou que a maioria das ações do MDS são implementadas via Prefeituras, a partir do pacto federativo. A virtude desse Território é que temos Prefeituras sensíveis à causa indígena, o que torna possível aprimorar os programas de fato e uma gestão compartilhada com os movimentos sociais, concluiu Aderval. O indígena Clarindo Campos, assessor de projetos da Associação Indígena de Barcelos (Asiba), relatou as experiências de inciativa dos povos indígenas da região, em atividades realizadas parcerias com a Funai, com a Fundação Vitória Amazônica (FVA) e com o Instituto Socioambiental (ISA). O Território da Cidadania está trazendo uma grande esperança pra nós. Nós temos um projeto aprovado para construção de uma loja, mas o Programa vai com certeza melhorar a infra-estrutura aqui na região, comentou Clarindo. O assessor da Asiba queixou-se pela ausência de alguns gestores públicos convidados para a Oficina. Fabiana Vaz também ressaltou a importância da presença dos gestores nesta fase de definição de prioridades para o Território. Esse é um momento estratégico e infelizmente alguns gestores não estiveram presente, desabafou a coordenadora da Funai. 5

6 DELEGAÇ O BRASILEIRA DEFENDE MULHERES IND GENAS EM PLEN RIO DAS NAÇ ES UNIDAS Foto: Arquivo Senador João Pedro (AM) Por Eleonora Dias e Mayson Albuquerque reafirmando compromissos de apoio aos povos indígenas e sua luta por políticas públicas específicas. Em seu discurso, Márcio Meira chamou a atenção para a longa tradição do indigenismo brasileiro, próximo de completar 100 anos, e as mudanças ocorridas na Funai durante o governo Lula. Também foram destaques a recente vitória obtida no Supremo Tribunal Federal com a demarcação contínua da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, a criação da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI) e o lançamento do programa Territórios da Cidadania, além das melhorias nos programas de educação diferenciada e o aumento do orçamento de 2009 para a saúde indígena. Márcio Meira chefia a comitiva brasileira na ONU A inclusão das mulheres indígenas na articulação e execução de políticas públicas foi tema de destaque na primeira semana de trabalhos da VIII Sessão do Fórum Permanente das Nações Unidas sobre Questões Indígenas, realizada em Nova York, no período de 18 a 29 de maio. A delegação brasileira foi chefiada pelo presidente da Funai, Márcio Meira, e teve participação da Coordenadora de Gênero e Juventude da Funai, Léia Bezerra Wapichana, e diplomatas do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Cerca de 2 mil representantes de governos, ONGs e agências multilaterais estiveram presente na Sessão. Léia Wapichana relatou o compromisso do governo Brasileiro com a melhoria da qualidade de vida das indígenas brasileiras e, mais especificamente, sobre a inclusão das mulheres nas políticas públicas. Essa inclusão veio através da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, criada em 2003, atuando em conjunto com os Ministérios e Secretarias Especiais. O desafio é incorporar as especificidades das mulheres nas políticas públicas e estabelecer as condições necessárias para a sua plena cidadania, afirmou a coordenadora da Funai. A Secretaria Especial de Políticas para Mulheres realizou encontros nacionais como forma de consultar as mulheres sobre as suas demandas e prioridades. Como resultado dos encontros foram elaborados dois Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres, com a participação de todos os organismos responsáveis pela execução dos programas e ações que constituem o Plano Plurianual do Governo Federal. Em seu pronunciamento, a Coordenadora de Gênero e Juventude anunciou uma outra linha de ação da Funai para atender a esse público específico: a promoção das atividades tradicionais das mulheres indígena. Executada pela Funai, essa ação vem promovendo a valorização identitária das mulheres em seu contexto cultural. Entre os anos de 2006 e 2008, foram realizadas 13 oficinas em diversas regiões do Brasil, das quais participaram 410 mulheres de 159 etnias diferentes, para analisar, esclarecer e discutir a Lei Maria da Penha e sua pertinência de aplicação aos membros das comunidades indígenas. Como resultado, oito projetos pilotos estão em fase de implementação e cinco estão em fase de avaliação. Durante a VIII Sessão do Fórum, os países andinos tiveram notável protagonismo, Além da participação em plenário, Márcio Meira encontrou-se com indígenas brasileiros, representantes de ONGs (RainForest Foundation, The Nature Conservancy, Forest People Programme, Amazon Watch e Coordenação Andina das Organizações da Bacia Amazônica COICA) e com o Senador João Pedro, que participou do evento a convite da COICA. James Anaya, relator especial da ONU sobre direito dos Povos Indígenas, recebeu, no dia 20 de maio, o presidente da Funai em sua missão junto à ONU. Ambos celebraram o resultado obtido na demarcação da TI Raposa Serra do Sol e conversaram sobre outros avanços obtidos desde então, como as reuniões periódicas com lideranças indígenas para a revisão do Estatuto do Índio. Anaya elogiou o processo consultivo, comparando-o ao Chile, onde os índios rejeitaram propostas que lhes eram favoráveis, por não haver mecanismo de consulta adequado. A mudança de posição da Austrália em relação à Declaração das Nações Unidas sobre os direitos dos Povos Indígenas foi o desenlace mais esperado durante a VIII Sessão do Fórum Permanente das Nações Unidas sobre Questões Indígenas. A ratificação do documento pelo governo australiano ocorreu após o inédito pedido de desculpas aos aborígenes feito pelo Primeiro Ministro Kevin Rudd, em fevereiro de Os Estados Unidos da América, Canadá e Nova Zelândia permanecem isolados em suas posições contra a Declaração. 6

7 I CONFER NCIA NACIONAL DE EDUCAÇ O ESCOLAR IND GENA - CONEEI Por Eleonora Dias A I Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena é uma conquista dos Povos Indígenas que há muito vinham lutando para discutir amplamente os rumos da Educação Escolar Indígena e propor diretrizes para o seu avanço. Participam das conferências locais e regionais representantes indígenas de todo país e gestores públicos, buscando assegurar o direito a uma educação básica e superior intercultural que venha contribuir com os projetos societários dos povos indígenas. A I CONEEI está organizada em três momentos: primeiramente são realizadas as Conferências Locais, ou seja, nas Terras Indígenas, em seguida as Conferências Regionais e por último a Conferência Nacional que será realizada no período de 21 a 25 de setembro de 2009 em Brasília. As Conferências nas Comunidades Educativas ocorrem nas escolas indígenas, propiciando momentos de discussão e proposições sobre os avanços, perspectivas e desafios da educação escolar indígena no âmbito de suas comunidades. As Conferências Regionais estão sendo realizadas seguindo um cronograma que contempla todas as regiões do Brasil, totalizando 18 eventos, com a participação de todos os entes federados, incluindo os sistemas de ensino, FUNAI, Universidades, sociedade civil organizada e, prioritariamente os povos indígenas. Para Gersem Luciano Baniwa, Coordenador da Educação Escolar Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação: O atual arranjo legal no país é insuficiente para responder às necessidades da Educação Escolar Indígena. Por conta disso, é importante se discutir um sistema de educação escolar indígena, com diretrizes capazes de suprir as demandas encontradas em todos os estados. CONFER NCIA REGIONAL NORDESTE I NORDESTE II A Conferência Regional Nordeste I aconteceu no período de 09 a 13 de março de 2009, em Salvador (BA), com a participação dos povos indígenas: Tumbalalá, Pankararé, Tuxá, Pataxó, Pataxó Hã-Hã-Hãe, Tupinambá, Kiriri, Truká, Xukuru, Pankararu, Atikum, Payayá, Tupan, Kantaruré, Kaimbé, Geripankó, Kalankó, Canindé, Karapotó, Kariri-Xokó, Karuazu, Pankaru, Tingui-Botó, Wassu-Cocal, Xukuru-Kariri, Koiupanká, Aconã, Katokin e Xokó, cujos territórios estão localizados nos estados da Bahia, Sergipe e Alagoas. Foto: Clarissa Tavares/MEC Foto: Clarissa Tavares/MEC A Conferência Regional Nordeste II foi realizada no período de 24 a 27 de março de 2009, na cidade de, Fortaleza (CE) com delegados do Ceará, Paraíba e Pernambuco pertencentes aos povos indígenas Tapeba, Tremebé, Pitaguary, Potiguara, Jenipapo Kanindé, Tabajara, Kalabaça, Kanindé, Kariri, Anacé, Gavião, Tubiba Tapuia, Tuxa, Atikum, Pankararu, Truka, Pankara, Xucuru, Pipipã, Kambiwá, Fulni-ô, Pankaiwká e Kapinawa. REGIONAL DOURADOS ALTO RIO NEGRO A Conferência Regional do Alto Rio Negro foi realizada no município de São Gabriel da Cachoeira (AM), no período de 15 a 18 de dezembro de 2008, com a participação de 200 delegados, sendo 140 representantes de 20 dos 23 Povos Indígenas da região. Essa Conferência foi a primeira das 18 regionais que serão realizadas em 2009, em várias regiões do país. A I Conferência Regional de Educação Escolar Indígena de Dourados foi realizada no período de 30 de março a 03 de abril de 2009, na cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul, com a participação de lideranças tradicionais e comunitárias, além de representantes do Movimento de Professores Guarani e Kaiwá, Comitê de Educação Escolar Indígena, Ministério da Educação, Fundação Nacional do Índio, Secretaria Estadual e Municipais de Mato Grosso do Sul, entre outros. PRÓXIMAS CONFERÊNCIAS CONEEI Período Conferência Regional do Amapá (Macapá) 19 a 22/06 Conferência Regional do MA, GO e TO (Palmas) 17 a 20/06 Reunião da Comissão Organizadora da I CONEEI e CNEEI-DF 22 e 23/06 Conferência Regional de EEI de MG e Espírito Santo 29/6-03/07 Reunião preparatória: AC Rio Branco-AC 01 e 02/07 Conferência Regional do Pará (Santarém)*Solicitada mudança local: Marabá. 08 a 11/07 Conferência Regional do Pará (Belém) 13 a 16/07 Conferência Regional de RO (Ouro Preto do Oeste-RO) 21 a 24/07 Conferência Regional do Acre (Rio Branco) 11 a 14/08 Reunião da Comissão Organizadora da I CONEEI e CNEEI-DF 20 e 21/08 Etapa nacional da I CONEEI em Brasília 21 a 25/09 Sistematização e documentação final da I CONEEI 01 a 30/10 7

8 Foto: Geraldo Ferreira/AER Campo Grande Informativo FUNAI Por Eleonora Dias POVOS DO PANTANAL CONFER NCIA REGIONAL DE EDUCAÇ O ESCOLAR IND GENA DA REGI O DE MANAUS A I Conferência Regional de Manaus ocorreu de 18 a 21 de maio de 2009, no Centro Cultural da Uninorte, Manaus com a participação de cento e cinqüenta e dois delegados, sendo cento e vinte indígenas dos povos Apurinã, Arara, Baré, Baniwa, Dessano, Jarawara, Juahuy, Kambeba, Karapanã, Kokama, Hixkaryana, Macuxi/RR, Miranha, Mura, Munduruku, Parintintin, Paumari, Satere-Mawé, Tapeba/CE, Tenharim, Tikuna, Torá, Tukano, Tuyuka e Wanano. Trinta e dois representantes de instituições: Ministério da Educação, FUNAI, Secretaria Estadual de Educação do Amazonas, Secretarias Municipais de Educação de Autazes, Barreirinha, Beruri, Lábrea, Manaus e Iranduba, Fundação Nacional de Saúde, Conselho Indigenista Missionário, Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena, Conselho Estadual de Educação, Conselho Estadual de Educação Escolar Indígena do Amazonas, Universidade Federal do Amazonas Universidade Estadual do Amazonas, Fundação Oswaldo Cruz, Fundação Estadual dos Povos Indígenas, Confederação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira - COIAB, além quarenta e três convidados e observadores. Foto: Luiza Caldas/AER Manaus Foto: Luiza Caldas/AER Manaus A I Conferência Regional dos Povos do Pantanal ocorreu de 05 a 09 de abril de 2009, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, com a participação de cento e vinte e oito delegados dos povos indígenas: Atikun, Kinikináo, Kadiwéu, Guató, Ofayé e Terena. Representantes do Comitê de Educação Escolar Indígena, Ministério da Educação, Fundação Nacional do Índio, Secretaria Estadual de Educação, Secretarias Municipais de Anastácio, Aquidauana, Brasilândia, Campo Grande, Corumbá, Dourados, Dois Irmãos do Buriti, Nioaque, Miranda, Sidrolândia, Porto Murtinho, Fundação de Cultura de Campo Grande, Centro Estadual de Formação de Professores Indígenas, Fundação Nacional de Saúde, Conselho Indigenista Missionário, Conselho Municipal de Alimentação Escolar de Aquidauana, Prefeito de Aquidauana e Dois Irmãos do Buriti, União dos Dirigentes Municipais de Educação, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Centro de Trabalho Indigenista. Foto: Geraldo Ferreira/AER Campo Grande Foto: Luiza Caldas/AER Manaus REGIONAL DO SUL A I Conferência Regional do Sul ocorreu de 27 de abril a 01 de maio de 2009, no Centro de Formação Continuada de Faxinal do Céu, Paraná, com a participação de cento e trinta delegados indígenas eleitos nas comunidades educativas locais dos povos Guarani, Kaingang, Xokleng, Xetá, Krenak, Terena, Charrua e Tupi-Guarani. Participaram, portanto, lideranças indígenas, professores, pais, alunos e representantes do Ministério da Educação, FUNAI, Secretarias Estaduais de Educação do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Secretarias Municipais de Educação de Chapecó, Ipuaçu, Palhoça - SC e Porto Alegre - RS, Secretaria de Assistência Social e Diversidade de Viamão- RS, Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia do Paraná SETI, Fundação Nacional de Saúde,Conselho Indigenista Missionário - CIMI, Conselho de Missões entre Índios - COMIN Conselhos Estaduais dos Povos Indígenas dos Estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, Universidades Federais de Santa Catarina UFSC, do Paraná UFPR e UFPR Litoral, de Minas Gerais UFMG, e Universidade Federal Fluminense UFF, Universidades Estaduais de Maringá - UEM, Londrina - UEL, Ponta Grossa - UEPG, Rio de Janeiro - UERJ, Universidade Estadual do Centro Oeste UNICENTRO, Universidade Comunitária Regional de Chapecó UNOCHAPECÓ, Universidade de São Paulo - USP, organizações indígenas e observadores. REGI O DO SOLIM ES E VALE DO JAVARI A I Conferência Regional do Solimões e Vale do Javari aconteceu no período de 11 a 14 de maio de 2009, na cidade de Tabatinga, no Amazonas, com a participação de lideranças tradicionais e comunitárias, professores, pais e alunos dos Povos Miranha, Maku, Kanamari, Mayoruna, Matis, Marubo, Kayuisana, Kambeba, Kokama, Witoto e Tikuna, além do Movimento Indígena da Região, Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena, Conselho Estadual de Educação Escolar Indígena do Amazonas, Conselho Municipal de Educação de Benjamin Constant, Ministério da Educação, Fundação Nacional do Índio, Secretaria Estadual de Educação, Secretarias Municipais de Educação de Tabatinga, Benjamin Constant, Fonte Boa, Maraã, Jutaí, Santo Antônio do Iça, São Paulo de Olivença, Tefé, Tonantins e Uarini, União do Dirigentes Municipais de Educação- UNDIME, Universidade Estadual do Amazonas, Universidade Federal do Amazonas, Fundação Nacional de Saúde e Fundação Estadual dos Povos Indígenas do Amazonas. 8

9 ACORDO DE COOPERAÇ O BENEFICIA 50 MIL IND GENAS NO PAR Por Mayson Albuquerque A A Governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, firmou Acordo de Cooperação com a Funai para facilitar a execução de ações integradas em benefício dos povos indígenas do Estado. O documento, elaborado em termos amplos, contempla as ações previstas no Programa de Proteção e Promoção dos Povos Indígenas, norteador das atividades da Funai. O Forte do Castelo, à margem do rio Guamá, foi o cenário escolhido para a solenidade de assinatura, na noite de 24 de abril. Cerca de 50 mil indígenas vivem no Pará, que está entre os cinco estados com maior população indígena no Brasil. Em discurso, o presidente da Funai, Márcio Meira, destacou ações que já estão em andamento no Pará, nas áreas de regularização fundiária, educação, cultura e combate às atividades ilegais em terras indígenas. Com o Acordo de Cooperação poderemos facilitar, melhorar, ampliar e fortalecer essas ações, afirmou o presidente. Meira informou que a maioria das terras indígenas do Pará já foram demarcadas, reconhecidas e homologadas, mas pequenas áreas estão em processo de regularização. 25% do estado do Pará são áreas indígenas, são as áreas de floresta mais protegidas, junto com as unidades de conservação. Temos um desafio muito grande de proteção dessas terras em parceria com os povos indígenas, concluiu. Ana Júlia demonstrou ter conhecimento das diferentes realidades das populações indígenas no estado e, por essa razão, assumiu a responsabilidade por uma política diferenciada. Reconhecer direitos tem sido uma máxima do Márcio Meira e Ana Júlia Carepa celebram acordo de cooperação nosso governo. O governo do Estado se propõe a construir uma política pública voltada para os povos indígenas, declarou a governadora. O evento marcou o encerramento da 3ª Semana dos Povos Indígenas, no qual Ana Júlia Carepa lançou também a minuta de um projeto de lei para criação da política indigenista estadual. A minuta do projeto de lei ainda deve passar por novas consultas em comunidades indígenas antes de ser enviada à Assembléia Legislativa, mas foi saudada como um avanço por ouvir os índios em sua elaboração. Os líderes indígenas Tibúrcio Tembé e Gedeão Arapiun pediram ao governo tempo para que a minuta fosse explicada a todas as comunidades indígenas, mas também pressa e empenho aos deputados para a aprovação da lei. Temos que transformar isso em realidade agora, para que a gente não tenha apenas políticas pontuais, mas políticas de Estado, disse Gedeão. A noite terminou embalada pelos cantos e danças tradicionais indígenas. Foto: Mayson Albuquerque/ Funai PARCERIA FORTALECIDA Também em abril, o Governo do Estado da Bahia firmou Termo de Cooperação Técnica com a Funai, sem previsão de transferência de recursos financeiros entre os entes. A proposta para implementação de ações nos campos da educação, saúde, meio ambiente, cultura e fomento ao etnodesenvolvimento foi ratificada pelo governador Jaques Wagner e pelo presidente da Funai, Márcio Meira, com vigência de cinco anos. A parceria veio se estabelecendo a partir do Encontro dos 14 Povos da Bahia E14, realizado no município de Rodelas, em outubro/08. Na mesma ocasião, o governador assinou 14 convênios com associações indígenas de diferentes etnias, para promoção de ações de geração de emprego e renda, melhorias na habitação, saúde, educação e infraestrutura. A iniciativa integra o Plano de Ação para Comunidades Indígenas, que prevê investimentos acima de R$ 2 milhões do orçamento estadual. Os recursos irão viabilizar a implantação de casas de farinha, projetos de mecanização agrícola, irrigação comunitária, despolpadeira de frutas, sistema de abastecimento de água, motor para barcos e barragem, galpão para artesanato, ovinocultura e aquisição de conjunto de equipamentos para a pesca. A prioridade para execução dos projetos foi definida em três encontros regionais com as comunidades. Os convênios beneficiam mais de duas mil famílias indígenas das etnias Tupinambá, Pataxó, Pataxó Hã-Hã-Hãe, Xucuru-Kariri, Pankararé, Kantaruré, Kaimbé, Tuxá, Kiriri, Atikum, Tumbalalá e Pankararu. O Plano de Ação do Governo da Bahia contempla 32 projetos comunitários, beneficiando os municípios de Banzaê, Buerarema, Euclides da Cunha, Glória, Ibotirama, Ilhéus, Itamaraju, Muquém do São Francisco, Porto Seguro, Prado Rodelas, Santa Cruz Cabrália, Una, Serra do Ramalho, Belmonte, Itapebi, Paulo Afonso, Prado, Pau Brasil, Itaju do Colônia e Curaçá. Lideranças indígenas presenciam assinatura de Termo de Cooperação Foto: Manu Dias/ Agecom 9

10 POL TICA PARA GEST O AMBIENTAL EM TERRAS IND GENAS SER FORMULADA ATÉ MARÇO DE 2010 Participação e controle social indígena é premissa para elaboração da Política Nacional Por Mayson Albuquerque O Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) responsável pela elaboração de uma proposta de Política Nacional de Gestão Ambiental em Terras Indígenas, está programando a realização de sete Consultas Regionais, que prevêem o envolvimento de diversos povos indígenas e administrações executivas regionais da Funai. As datas ainda não foram definidas, mas os encontros regionais estão agendados para os meses de setembro a novembro de A equipe do GTI, formada por indígenas, técnicos do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e da Funai, pretende elaborar a minuta da proposta até março de Para direcionar as atividades e discussões, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o presidente da Funai, Márcio Meira, estiveram presentes na abertura do seminário Gestão Ambiental em Terras Indígenas, realizado de 31 de março a 1º de abril, em Brasília/DF. Na oportunidade, Minc e Meira oficializaram a instalação do grupo, com a nomeação dos agentes governamentais e representantes indígenas, que compõem o GTI. Na elaboração da proposta, o GTI deverá descrever mecanismos de fortalecimento dos sistemas indígenas de conservação ambiental e fomentar a proteção dos saberes e conhecimentos tradicionais indígenas. O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Egon Krakhecke, qualificou a atividade do GTI como um desafio para a conservação da biodiversidade nas terras indígenas do Brasil. Para o secretário, o grupo é responsável pela criação de um modelo de gestão sustentável, que ajude o país a conservar a rica biodiversidade nessas terras. O desafio é expandir as áreas que são extremamente exíguas e recompor o ambiente. Apostaria mais no futuro, se mais de 13% do território nacional estivessem 10 nas mãos dos indígenas. Haveria mais preservação do meio ambiente, provoca Krakhecke. Segundo o líder da etnia Karipuna, Kle ber Luiz dos Santos, as terras indígenas são as áreas que mais contribuem para a preservação do meio ambiente no país, mas que é preciso reforçar a política de revisões e demarcações das terras indígenas. Temos uma batalha na Comissão de Constituição e Justiça, onde haverá uma votação de emenda na Constituição, para mudar o processo de demarcação, feito pela Funai, e regularizada pelo Poder Executivo. A proposta de que tudo passe pelo Senado e pela Câmara é um retrocesso, indigna-se o líder indígena. Márcio Meira iniciou sua fala lembrando que os representantes indígenas no Grupo de Trabalho Interministerial foram indicados pela Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI), sendo, portanto, legitimamente escolhidos. Compreendemos que as políticas públicas precisam ser formuladas, em parceira com a sociedade civil, e em conjunto, de forma transversal, entre os órgãos do Governo, que tem responsabilidade sobre determinado tema, explica Meira. O presidente da Órgão indigenista diz que é preciso fortalecer as ações da Funai e do MMA, para garantir mais recursos e deixar, efetivamente, algo que tenha continuidade na política pública do Brasil. Quando falamos de gestão ambiental, temos que reconhecer que os povos indígenas já fazem a sua própria gestão de modo tradicional e o Estado pode aprimorar e potencializar essa ações, trazendo a contribuição do conhecimento ocidental, a tecnologia e o conhecimento cientifico. Trata-se de um diálogo intercultural, comenta Márcio Meira. O ministro do Meio Ambiente defendeu a criação de novas unidades de conservação integral e de reservas extrativistas, além da ampliação das atividades de demarcação de terras indígenas, pela Funai. Há muitos povos indígenas, que não têm suas terras demarcadas, e estão ameaçadas por ações de madeireiros, fazendeiros, agropecuária e poluição dos rios. O percentual de áreas protegidas na Amazônia brasileira é pequeno, se comparado aos países vizinhos, afirma Minc. O debate acerca da conservação e manejo dos recursos naturais em terras indígenas vem se fortalecendo desde 2003, com a realização das Conferências Nacionais Indígena, do Meio Ambiente e da Cultura, que culminaram em demandas expressas dos povos indígenas, por ações de proteção e fiscalização de seus territórios. As atividades do GTI têm foco na garantia dos direitos constitucionais do usufruto exclusivo das riquezas naturais e preservação dos recursos ambientais, necessários ao bem-estar e à reprodução física e cultural dos povos indígenas, em suas terras tradicionais. É preciso ampliar as atividades de demarcação de terras indígenas pela Funai, Carlos Minc

11 PONTOS DE CULTURA ATENDER O 150 COMUNIDADES IND GENAS ATÉ 2010 Por Ana Paula Sabino Presidente substituto da Funai, Aloysio Guapindaia, assina implantação dos 150 Pontos de Cultura Indígenas C omo forma de garantir a documentação, divulgação e a valorização da diversidade cultural brasileira, a Funai e o Ministério da Cultura anunciaram, em Abril, no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília, a implantação de 150 Pontos de Cultura Indígenas. Na primeira etapa serão beneficiadas 30 comunidades indígenas da região amazônica e prevê o investimento de R$ 6,4 milhões em cinco estados: Acre, Amazonas, Mato Grosso, Rondônia e Roraima. Os outros 60 Pontos de Cultura serão implantados até o fim de 2009, e os 60 restantes até Essa é uma ação inédita, que irá potencializar a autonomia e independência das comunidades indígenas, avaliou o presidente substituto da Funai, Aloysio Guapindaia. A implantação dos Pontos de cultura deverá promover a socialização dos produtos culturais e formar de uma rede social indígena. O objetivo final é que o suporte seja uma iniciativa de difusão, integração e de produção sustentável. O processo de seleção dos Pontos de Cultura está sendo discutido e elaborado de acordo com a realidade de cada etnia, diferente do processo que vem sendo adotado pelo MinC, por meio de edital público para os não-índio. A adequação dos espaços físicos, a instalação dos equipamentos, a utilização de conexão via satélite e a implantação do kit multimídia é visto como um grande desafio pelo MinC e Funai. Essa tecnologia garantirá o desenvolvimento sustentável das comunidades que serão beneficiadas, destacou o Secretário da Identidade e da Diversidade Cultural do MinC, Américo Córdula. Os 30 primeiros Pontos de Cultura serão divididos em três pólos: Alto Rio Juruá (Marechal Thaumaturgo AC), Alto e Médio Rio Negro (São Gabriel da Cachoeira - AM) e Escola dos Professores Indígenas (Rio Branco - AC). As primeiras atividades serão as Rodas de Conversa, principal estratégia da Rede Povos da Floresta para mobilizar, apresentar e validar as iniciativas pensadas junto às lideranças indígenas envolvidas. Após essas atividades junto às comunidades será realizado a adequação do espaço físico e a instalação de equipamentos. A próxima etapa será a capacitação para inclusão digital e audiovisual, em parceria com o Ponto de Cultura Vídeo nas Aldeias, de Olinda. Essa iniciativa trará visibilidade das ações culturais dos Povos Indígenas e permitirá uma comunicação entre nós e com o mundo inteiro ressaltou o índio Ailton Krenak. Composição do Kit Multimídia Computador desktop com acesso à internet banda larga, leitor e gravador de DVD, monitor 17 polegadas, teclado, mouse, par de caixas de som e placa de vídeo para edição; servidor, placa de rede, cabos, conectores, no break, web cam, fone de ouvido com microfone, placa de captura de vídeo, material para montagem de rede e estabilizador; filmadora digital, câmera fotográfica digital, microfone supercardioide, bateria para filmadora, fone de ouvido e fita minidv; kits de painel fotovoltaico, bateria, controlador de carga, módulo solar e inversor de voltagem de 12vcc para 110. RODAS DE CONVERSA MARCAM IMPLANTAÇ O DE PONTOS DE CULTURA IND GENA Por Mayson Albuquerque Comunidades indígenas do Acre, Amazonas, Mato Grosso, Rondônia e Roraima realizam seminários de Rodas de Conversa, com o Ministério da Cultura (MinC), a Fundação Nacional do Índio e a Associação de Cultura e Meio Ambiente (ACMA) - Rede Povos da Floresta, para implantação de 30 Pontos de Cultura Indígena. As Rodas iniciaram em junho, nos pólos Alto Rio Juruá (Marechal Thaumaturgo/AC), Alto e Médio Rio Negro (São Gabriel da Cachoeira/AM) e Escola dos Professores Indígenas (Rio Branco/AC). No Acre, o Seminário Roda de Conversa, no Centro Yorenka Ãtame, em Marechal Thaumaturgo, marca o início do processo de implementação de 10 dos pontos de cultura nas comunidades indígenas daquela região. A longo prazo, em cada Roda de Conversa, as lideranças indígenas estão sendo capacitadas para inclusão digital e formação audiovisual, fundamental, principalmente, para as comunidades de pouco contato com os códigos de comunicação da sociedade nãoíndia. Durante as conversas, será apresentado o modelo de gestão compartilhada do Ponto de Cultura Indígena, criado pela Funai em parceria com a ACMA. 11

12 MDS, FUNAI E PARCEIROS ESTUDAM MUDANÇA DE CRITÉRIOS PARA DISTRIBUIÇ O DE ALIMENTOS Por Mayson Albuquerque Fotos: Mayson Albuquerque/ Funai L Lideranças indígenas das etnias Guarani, Kaingang, Xetá e Xokleng estiveram em Curitiba/PR, nos dias 28 e 29 de maio, para participar da Oficina Regional Sul da Ação de Distribuição de Alimentos a Grupos Regionais Específicos, promovida pelo Ministério do Desenvolvimento social e Combate à Fome (MDS). O objetivo do evento é avaliar a Ação sob o ponto de vista dos beneficiários, a fim de subsidiar propostas de aprimoramento do plano de distribuição de alimentos, além de discutir os critérios de prestação de contas das cestas alimentares entregues, a metodologia de distribuição e os critérios de seleção dos atendidos no programa. O representante da Funai, Roberto Cunha, explica que é possível criar critérios de seleção diferenciados, de acordo com as especificidades locais, para uso pelas Administrações Executivas Regionais da Funai. A perspectiva da Funai é de melhorar a distribuição, reavaliar os critérios para que essa ação possa chegar de forma mais eficaz a quem realmente necessita, excluindo questões políticas, questões locais, e atendendo a quem está em situação de vulnerabilidade, relata Cunha. De acordo com dados do MDS, a Ação de Distribuição de Alimentos atendeu, em 2008, 45,8 mil famílias indígenas, indicadas pela Funai e Funasa, das quais cerca de 6 mil nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. A representante do MDS Luana Arantes, da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SESAN), destacou o caráter emergencial da Ação e a importância da participação dos parceiros para a operacionalização das atividades. Além de contribuir com as discussões para potencializar a Ação de Distribuição de alimentos, Aniel Pripra, indígena da etnia Xokleng, demonstrou preocupação com a implantação de projetos das comunidades para implantação de atividades autosustentáveis, que retirem as famílias da situação de insegurança alimentar. Sobre este tema, Luana Arantes explicou que mais de 90% do orçamento de 700 milhões da SESAN é aplicado na promoção do desenvolvimento sustentável de povos e comunidades tradicionais. Representantes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), da Fundação Cultural Palmares (FCP), da Secretaria da Promoção de Políticas da Igualdade Racial (Seppir), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Secretaria de Abastecimento de Curitiba, do Movimento dos Sem Terra (MST), do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) e do Movimento Nacional dos Atingidos por Barragens (MAB) colaboraram com o debate. A Oficina Nacional da Ação será realizada em Brasília, nos dias 16 e 17 de novembro/09, com a participação de 20 delegados indicados ao final de cada regional. A alimentação adequada é direito fundamental do ser humano, inerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder público adotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Lei Nº , de 15 de setembro de 2006). Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais Específicos O QUE É? Ação emergencial que tem o objetivo de entregar cestas de alimentos para famílias de determinados segmentos sociais, em situações de insegurança alimentar e nutricional. OBJETIVO: Atender pontualmente, em situações de falta de alimento, povos e comunidades tradicionais, como indígenas, quilombolas e comunidades de terreiro, além de grupos atingidos por barragem, vítimas de calamidade pública e trabalhadores rurais acampados que pleiteiam acesso ao Programa de Reforma Agrária. QUEM PARTICIPA? Beneficiários indicados pelos órgãos do governo federal que representam os segmentos atingidos. Funai e Funasa são responsáveis pela indicação de povos indígenas. A Fundação Palmares indica as comunidades quilombolas. A Seppir faz a indicação de comunidades de terreiros. Os acampamentos de sem terra são indicados pelo Incra. A Secretaria Nacional de Defesa Civil pode indicar municípios em situação de calamidade pública. Marisqueiras e caranguejeiras são indicadas pela Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca. A única exceção foi concedida ao MAB, que indica as famílias impactadas pela construção de barragens. COMO FUNCIONA? Os alimentos são comprados por meio de parceria entre o MDS, que repassa o recurso financeiro, e a Conab, que realiza a compra e armazenagem. Os órgãos fazem as indicações, de acordo com cotas pré-estabelecidas, e garantem o transporte e entrega das cestas aos beneficiários. Cabe à comunidade atendida acompanhar, monitorar e fiscalizar o andamento da ação. 12

13 Tradição em movimento A exposição Tisakisü, Tradição e novas tecnologias da memória esteve em cartaz, no Salão Negro, do Ministério da Justiça. A mostra reuniu 11 vídeos e 100 fotos, além de dois filmes produzidos pelos próprios xinguanos e premiados em festivais nacionais. No período de 15 de abril a 14 de maio, o público da capital federal, pôde apreciar movimentos de corpos, de palavras, de sons e ritmos. Curadoria de Carlos Fausto e Bruna Franchetto da Universidade Federal do Rio de Janeiro. NDIOS TERENA DESENVOLVEM PROJETO DE RECUPERAÇ O E CONSERVAÇ O NA TERRA IND GENA ARARIB Por Denise de Quadros Aprovado no mês de maio o projeto de Implantação, Recuperação e Conservação da Mata Ciliar de Preservação Permanente do Córrego Barro Preto, situado na Terra Indígena Araribá, município de Avaí/SP. A execução do projeto prevista para 18 meses, abrangerá 22,2 hectares e o investimento total será de R$ ,16, sendo R$ ,56, custeado pelo Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) e a contrapartida no valor de R$ ,00 por parte da Funai e R$ ,00 e da comunidade indígena da Aldeia Kopenoti. O convênio deverá ser assinado no final deste ano e as atividades deverão começar no início de Os índios Terena da Terra Indígena Araribá executaram, a partir de abril de 2008, o mesmo projeto para recuperação do Córrego Três Pilões. O projeto, previsto para ser executado em 18 meses, encontra-se em fase de encerramento e abrangeu 5 hectares, com o plantio de mudas de espécies nativas. O investimento foi de R$ ,50, sendo ,10 custeado pelo Fehidro e R$ ,40 oferecidos em contrapartida, assumidos pela comunidade indígena Ekeruá, Funasa/ Bauru, Convênio Rondon Brasil e Funai/Bauru. O objetivo dos projetos é promover a recuperação das relações inter e intra-específicas do ecossistema ribeirinho e contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades da Terra Indígena Araribá. O Córrego Barro Preto e Três Pilões, situados no interior da TI, são de grande importância para os 550 indígenas que dele dependem para o abastecimento, irrigação de hortaliças e frutíferas produzidas para o consumo das famílias, recreação dos indígenas e consumo pelos animais. Foto: Júlio César Pio 13

14 LIDERANÇAS IND GENAS DO VALE DO JAVARI REALIZAM ASSEMBLÉIA Por Denise de Quadros Representantes da Funai participaram do X Encontro de Lideranças Indígenas do Vale do Javari, realizado entre os dias 26 e 30 de março, na Aldeia Massapê, do povo Kanamary, situada no Vale do Javari, município de Atalaia do Norte, no estado do Amazonas. Foram discutidos temas como a situação dos professores indígenas do Vale do Javari, escolas nas aldeias, o apoio educacional aos estudantes indígenas em Atalaia do Norte, o movimento indígena atual e a conseqüência da luta do movimento. Representantes da Funai falaram sobre a invasão nas terras indígenas e estratégias de fiscalização e, ao final, foi apresentada uma proposta de trabalho para o ano de Essa foi a primeira vez que a comunidade Kanamary sediou uma assembléia. Estiveram presentes representantes das etnias Marubo, Matis, Kanamary, Mayoruna e Kulina. O encontro iniciou com uma manifestação cultural com cantos em homenagem a Edílson Kanamary, forte liderança que faleceu no último dezembro. Os indígenas aproveitaram a ocasião para manifestar o seu agradecimento ao Administrador Regional de Atalaia do Norte, Heródoto Jean de Sale (Tota), pelo o apoio, incentivo e interesse nas necessidades e resolução dos seus problemas. Para Tota, o encontro resultou em uma reunião de grande impacto para os povos do Vale do Javari e serviu para debater assuntos referentes à educação, saúde, fiscalização e etnodesenvolvimento. OPERAÇ O CAAPORA FECHA 22 SERRARIAS NO NORDESTE DO PAR Por Mayson Albuquerque Foto: Thomás Sottili/ Funai IND GENAS DO RIO NEGRO LANÇAM SELO PARA PRODUTOS ARTESANAIS Por Mayson Albuquerque A Casa de Produtos Indígenas do Rio Negro - Wariró, loja de artesanato da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), lançou no dia 15/04, um selo de certificação para comercialização dos artefatos indígenas. A cerimônia de lançamento foi realizada na sede da FOIRN, em São Gabriel da Cachoeira AM. A concepção selo de certificação para comercialização dos artefatos indígenas Foto: Mayson Albuquerque Na manhã do dia 1º de abril, servidores do órgão indigenista e colaboradores discutiram pontos fundamentais, como o conceito de família, adoção, intervenção penal e atuação dos Conselhos Tutelares, ressaltando sempre a importância de subsidiar o diálogo entre os Conselhos e as comunidades indígenas. Para enriquecer o diálogo, foram convidados o Secretário Executivo do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Benedito dos Santos, a Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal, Ella Wiecko Castilho, a antropóloga representante do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB), Rita Laura Segato e a antropóloga representante da Comissão de Assuntos Indígenas da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Elaine Moreira Lauriola. Os participantes concluíram que ainda há muitas reflexões sobre o que fazer, já que se trata de um tema complexo e delicado. O debate culminou com o agendamento de uma grande reunião envolvendo do selo está relacionada com o movimento de valorização dos produtos indígenas promovido pela Wariró, que facilita a busca de mercado para as comunidades que vivem nas aldeias. Além de promover o justo comércio do artesanato indígena do Rio Negro, a Wariró acompanha o processo de retirada da matéria-prima e a confecção do artesanato, pautada pelo desenvolvimento sustentável e consciência ambiental dos povos indígenas. Para atender as exigências do mercado, a loja também promove oficinas de capacitação, conforme as demandas das comunidades. Isso não significa que perdemos o nosso costume. Temos as peças que são produzidas especialmente para o mercado, padronizadas, e temos os produtos da nossa cultura, de uso doméstico, que não podemos vender em quantidade, afirma a gerente da loja Wariró, Gilda da Silva Barreto. Os produtos da Wariró são comercializados na loja em São Gabriel da Cachoeira, mas também podem ser encontrados em grandes lojas, como Tok & Stok e Pão de Açúcar. FUNAI LANÇA NOVOS OLHARES SOBRE ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Por Denise de Quadros lideranças indígenas, para um diálogo jurídico, em Dourados/MS, com o objetivo de fomentar o diálogo de saberes e o pluralismo jurídico. Além disso, foi sugerida uma próxima reunião de trabalho, nas instalações da UnB, com advogados indígenas, para discussão do ECA comentado, que contará, também, com a participação de acadêmicos do curso de Direito. A Funai, em seu trabalho junto aos povos indígenas, tem se deparado cada vez mais com questões que afetam os direitos das crianças e dos adolescentes indígenas. O ECA, embora tenha como princípio o respeito à diversidade cultural das crianças e adolescentes brasileiros, tem gerado conflitos e preconceitos na sua aplicação junto aos povos indígenas, ao invés de garantir a proteção, como se propõe. Nesse sentido, a Funai promove desde 2004 a campanha Índio Cidadão Brasileiro pelo respeito ao direito diferenciado dos jovens e crianças indígenas na aplicação do ECA, com a realização de diversas oficinas para debate do tema. Técnicos da Funai sobrevoaram a região da Terra Indígena Alto Rio Guamá Deflagrada em 6 de abril, a Operação Caapora, ação de combate a crimes ambientais no entorno na Terra Indígena Alto Rio Guamá, apreendeu R$7 milhões em madeira ilegal e encerrou as atividades de 22 serrarias, nos municípios de Nova Esperança do Piriá, Viseu e Cachoeira do Piriá, nordeste do Estado do Pará. Coordenada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a megaoperação envolveu mais de cem agentes de diversos órgãos, como Fundação Nacional do Índio (Funai), Força Nacional de Segurança, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Batalhão de Polícia Ambiental e Secretaria de Estado e Meio Ambiente do Pará (Sema). Durante a ação foram destruídos 200 fornos de carvão e a madeira ilegal é suficiente para encher 400 caminhões. Estão sendo feitas incursões dentro da TI Alto Rio Guamá e todos os equipamentos utilizados na extração ilegal de madeira deverão ser apreendidos. Parte da madeira apreendida será doada para a construção de casas populares e o restante será leiloado. Além de coibir as ações de extração ilegal de madeira houve também a retirada de grande quantidade de pés de maconha na TI, em área invadida por posseiros. Com esta ação, a Funai espera interromper o fluxo de madeira retirada ilegalmente e o plantio ilegal de maconha na TI e principalmente trazer condições para que as áreas da TI, atualmente ocupadas por invasores, sejam reocupadas pelos índios. Ainda em incursões, os agentes da Caapora deverão mapear as estradas clandestinas na terra indígena, contribuindo para o monitoramento das atividades ilegais na área. 14

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