DISCURSO PROFERIDO POR VÍTOR CALDEIRA, PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS EUROPEU
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- Ana Luiza Ribeiro Marroquim
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1 TRIBUNAL DE CONTAS EUROPEU ECA/09/69 DISCURSO PROFERIDO POR VÍTOR CALDEIRA, PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS EUROPEU ******* APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO ANUAL RELATIVO AO EXERCÍCIO DE 2008 À COMISSÃO DO CONTROLO ORÇAMENTAL DO PARLAMENTO EUROPEU BRUXELAS, 10 DE NOVEMBRO DE 2009 Em caso de eventuais diferenças, faz fé o texto proferido
2 Exmo. Senhor Presidente, Caros Deputados, Minhas Senhoras e Meus Senhores, Tenho a honra de poder hoje apresentar a esta Comissão o Relatório Anual do Tribunal de Contas Europeu sobre a execução do orçamento e o Relatório Anual sobre os Fundos Europeus de Desenvolvimento, relativos ao exercício de Trata-se da primeira oportunidade de me dirigir formalmente a esta Comissão desde as eleições, bem como de me encontrar com os seus novos Deputados. Gostaria, por esse motivo, de a aproveitar para felicitar todos os Deputados desta Comissão pela sua recente eleição, bem como Vossa Excelência, Senhor Magistris, pela sua designação para o cargo de Presidente. O relatório anual deste ano foi elaborado num contexto muito diferente do dos anos anteriores será por muito tempo recordado pelos acontecimentos que deram origem a uma crise financeira e económica mundial, a qual continua a ter implicações significativas para todos os Estados-Membros e para o orçamento da UE. Neste contexto, os relatórios e pareceres do Tribunal desempenham um papel cada vez mais importante. Servem, designadamente para lembrar os problemas persistentes com a gestão financeira, os esforços envidados para lhes fazer face e os desafios que continuam a existir. Voltarei a estes temas mais gerais no final, após ter apresentado as principais mensagens do relatório anual deste ano. Resumindo, o relatório anual deste ano contém quatro mensagens principais. Primeira: as contas da UE são fiáveis pelo segundo ano consecutivo. Segunda: o nível de irregularidades decresceu globalmente nos últimos anos, principalmente devido às melhorias verificadas na gestão do orçamento, mas os pagamentos irregulares mantêm-se demasiado elevados em determinados domínios, especialmente a Coesão. Terceira mensagem: continuam válidas as anteriores recomendações do Tribunal no sentido de melhorar os sistemas. Quarta e última: a simplificação continua a ser uma prioridade mas deve ser aplicada cuidadosamente. Permitam-me que desenvolva brevemente cada uma destas mensagens, referindo-me para já à primeira, a fiabilidade das contas. O Tribunal formula, pelo segundo ano consecutivo, uma opinião sem reservas sobre as contas. Conclui que estas reflectem fielmente, em todos os aspectos materialmente relevantes, a situação financeira das Comunidades Europeias em 31 de Dezembro de 2008, bem como os resultados das suas operações e fluxos de caixa para o exercício encerrado nessa mesma data. Tal não significa que as contas sejam perfeitas ou que os sistemas que as produzem nunca cometam erros. Na realidade, o Tribunal salienta que existem insuficiências nos sistemas contabilísticos de determinadas DG da Comissão, o que coloca em risco a qualidade das informações financeiras. Se bem que tais insuficiências não se tenham traduzido em erros materiais nos montantes registados nas contas definitivas relativas ao exercício de 2008, a Comissão deverá dar resposta, com a devida atenção, às deficiências assinaladas pelo Tribunal. A segunda mensagem principal do relatório anual, relativa à legalidade e regularidade das operações subjacentes, é a seguinte: O nível de irregularidades decresceu globalmente nos últimos anos, devido às melhorias verificadas na gestão do orçamento, mas mantém-se demasiado elevado em determinados domínios. 2 PT
3 À semelhança dos anos anteriores, o Tribunal formula em 2008 uma opinião sem reservas sobre as Receitas e sobre as autorizações. A situação relativa aos pagamentos continua, porém, a ser mista, embora se tenham verificado algumas alterações de um ano para o outro. O Tribunal formula opiniões sem reservas no que diz respeito às despesas relativas aos grupos de políticas Educação e Cidadania e Despesas Administrativas e Outras. Nestes domínios, o Tribunal estima a taxa de erro num valor inferior a 2%. No domínio da Educação e Cidadania, tal fica a dever-se em grande medida ao elevado volume de adiantamentos em 2008, que são sujeitos a poucas condições e, por consequência, são relativamente menos afectados por erros do que os pagamentos intermédios e finais. Os sistemas neste domínio continuam, no entanto, a ser avaliados como sendo apenas parcialmente eficazes. O funcionamento dos sistemas no domínio das Despesas Administrativas foi, pelo contrário, considerado como estando em conformidade com os requisitos do Regulamento Financeiro, tal como sucedeu em anos anteriores. No que se refere à Agricultura e Recursos Naturais, o Tribunal formula pela primeira vez uma opinião com reservas, concluindo que, à excepção do domínio do Desenvolvimento Rural, os pagamentos são, em todos os aspectos materialmente relevantes, legais e regulares. O Tribunal estima pela primeira vez a taxa global de erro neste grupo de políticas como sendo inferior a 2%, o que constitui uma diminuição em relação aos anos anteriores. Apesar disso, a taxa estimada de erro da parte das despesas relativa ao Desenvolvimento Rural continua superior a 2%, embora seja inferior à dos anos anteriores. As deficiências dos sistemas de supervisão e de controlo relativos ao Desenvolvimento Rural contribuíram significativamente para o facto de o Tribunal ter avaliado globalmente os sistemas relativos à Agricultura e Recursos Naturais como sendo apenas parcialmente eficazes, apesar de ter considerado o SIGC eficaz para limitar o risco de despesas irregulares. O Tribunal formula igualmente uma opinião com reservas em relação ao grupo de políticas Assuntos Económicos e Financeiros devido aos erros detectados em operações referentes ao Sexto Programa-Quadro de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico. No que se refere aos grupos de políticas Coesão, Investigação, Energia e Transportes e Ajuda Externa, Desenvolvimento e Alargamento, o Tribunal continua a formular opiniões adversas, concluindo que estão afectados por erros materiais, embora a diferentes níveis. A Coesão, que constitui o segundo maior grupo de políticas, representando quase um terço do orçamento, continua a ser o domínio mais afectado por erros, estimando o Tribunal que pelo menos 11% do montante total reembolsado não o deveria ter sido. Tal como nos anos anteriores, os erros detectados pelo Tribunal referem-se a pagamentos intermédios e finais de projectos no domínio da Coesão relativos ao período de Uma parte significativa da taxa de erro estimada refere-se a erros de elegibilidade (por exemplo, projectos que não respeitaram as condições específicas de financiamento) e a incumprimentos graves das regras aplicáveis à adjudicação de contratos. No passado, a Comissão respondeu declarando que os mecanismos de correcção e de recuperação serviam para atenuar os efeitos dos erros detectados pelo Tribunal por ocasião do pagamento. A Comissão não está, porém, em condições de o demonstrar, pois não dispõe de informações completas e fiáveis provenientes de todos os Estados-Membros sobre as correcções financeiras e ainda é demasiado cedo para avaliar o impacto das acções actualmente em curso para reforçar o seu papel de supervisão no âmbito da gestão partilhada de acções estruturais. 3 PT
4 O Tribunal assinalou ainda casos em que os Estados-Membros substituíram as despesas inelegíveis por novas despesas igualmente inelegíveis devido a verificações ex ante inadequadas. Um exemplo apresentado no relatório é o de uma autoridade de gestão que substituiu um projecto do FEDER recusado pela Comissão por outro projecto com despesas declaradas no valor de 5,7 milhões de euros que era igualmente inelegível por se saber que não poderia atingir os seus objectivos. O projecto em causa referia-se à construção de torres destinadas a igualizar a pressão numa conduta de distribuição de água que não foi utilizada por a barragem local de onde provinha nunca ter chegado a encher. No domínio da Coesão e em relação ao período de , quase todos os pagamentos constituem pré-financiamentos, estando sujeitos a relativamente poucas condições. É, portanto, demasiado cedo para saber se as alterações introduzidas nas regras ou nos sistemas de supervisão e de controlo para o período de tiveram um efeito positivo no sentido de reduzir o nível de erros nos pagamentos intermédios e finais. O Tribunal constatou, no entanto, com preocupação a aprovação tardia das descrições dos sistemas, das avaliações de conformidade e das estratégias de auditoria dos Estados-Membros, na medida em que abrandaram a execução orçamental e podem aumentar o risco de erros na fase de arranque. No que respeita à Investigação, Energia e Transportes, o Tribunal conclui que, embora o grupo de políticas continue a estar afectado por um nível significativo de erros, as medidas correctivas tomadas pela Comissão contribuíram para uma redução da taxa de erro. Tal como nos anos anteriores, os erros detectados referem-se sobretudo ao reembolso de despesas de pessoal e de custos indirectos inelegíveis relativos a projectos de investigação no âmbito do 6º PQ. Uma das razões para a ocorrência dos erros reside no quadro jurídico complexo, com um grande número de critérios de elegibilidade, incluindo a obrigação de provar que se trata de custos reais e necessários para a execução do projecto. O Tribunal considerou os sistemas de controlo em vigor como sendo apenas parcialmente eficazes. Por exemplo, as declarações de custos dos beneficiários apresentadas para reembolso têm de ser acompanhadas por um certificado de auditoria emitido por um auditor independente. Contudo, em quase metade dos casos em que o Tribunal detectou erros nas declarações de custos, foram emitidos certificados de auditoria contendo opiniões sem reservas. Para além disso, apesar do aumento considerável da cobertura da auditoria ex post por parte da Comissão, até ao final de 2008 apenas fora iniciado um número reduzido de recuperações, não tendo ainda sido aplicada qualquer sanção. No que se refere ao grupo de políticas Ajuda Externa, Desenvolvimento e Alargamento, o Tribunal conclui que os pagamentos estão materialmente afectados por erros. Tal como nos anos anteriores, o Tribunal detectou casos de despesas inelegíveis, falta de documentos justificativos e irregularidades nos procedimentos de adjudicação de contratos. Os sistemas em funcionamento nas DG responsáveis continuaram a ser avaliados como apenas parcialmente eficazes, mas por diferentes razões. Nos domínios da ajuda externa e da ajuda ao desenvolvimento, que são igualmente financiados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento, continuam a ser detectadas insuficiências a nível dos organismos responsáveis pela execução dos projectos e a nível das delegações, mais do que nos serviços centrais. Em outros domínios, foram assinaladas insuficiências principalmente em matéria de controlos ex post e de auditoria interna. De um modo geral, as taxas de erro parecem diminuir devido a melhorias na gestão do orçamento, mas os quadros jurídicos continuam a ser complexos e persistem problemas em alguns sistemas de controlo. 4 PT
5 A questão é como reduzir ainda mais o nível de pagamentos irregulares. A resposta dada pelo Tribunal tem duas componentes: continuar a melhorar a eficácia dos sistemas de supervisão e de controlo e, sempre que possível, simplificar as regras e os regulamentos. Estas considerações levam-me à terceira mensagem principal do relatório anual deste ano: melhorar a eficácia dos sistemas de supervisão e de controlo. Continuam válidas as anteriores recomendações do Tribunal no sentido de melhorar os sistemas, as quais devem ser encaradas como fazendo parte de um processo contínuo, que exigirá tempo até as medidas correspondentes poderem ser consideradas eficazes. Deverá dar-se prioridade à resolução das insuficiências específicas constatadas pelo Tribunal nos domínios onde se detectaram mais problemas, muitas das quais acabei de referir. Deverá prestar-se especial atenção à melhoria constante dos mecanismos através dos quais as correcções financeiras e as recuperações se destinam a corrigir os erros, enquanto se aguarda o encerramento do período de programação Além disso, e apesar dos progressos consideráveis registados na melhoria da sua supervisão das despesas da UE nos últimos anos, há outras medidas que a Comissão poderá tomar. O Tribunal recomenda que a Comissão prossiga os esforços no sentido de assegurar e demonstrar a eficácia dos sistemas de supervisão e de controlo das suas Direcções-Gerais. Continua a ser possível aumentar a coerência das avaliações dos sistemas de supervisão e de controlo incluídas nos relatórios anuais de actividade e nas declarações, fazendo reflectir melhor nestes documentos as reservas apresentadas, bem como melhorar a qualidade das informações disponíveis relativas a correcções financeiras e a recuperações. Além disso, a Comissão deverá continuar a procurar obter garantias a partir das sínteses anuais e das declarações ex ante de todos os Estados-Membros, bem como de iniciativas voluntárias de determinados Estados-Membros, sob a forma de declarações nacionais, ou das Instituições Superiores de Controlo. A Comissão necessita igualmente de continuar a acompanhar o impacto das medidas do plano de acção para um quadro integrado de controlo interno nas taxas de erro, nas correcções financeiras e nas recuperações, de modo a garantir que as medidas tomadas dão de facto origem a sistemas de supervisão e de controlo mais eficazes. A Comissão deverá terminar o estudo sobre os custos e benefícios dos controlos nos diferentes domínios de intervenção. Este permitirá identificar os domínios onde se poderão obter mais benefícios a partir das actuais despesas com os controlos, assim como determinar os casos em que não é possível um equilíbrio adequado entre os custos e os benefícios dos controlos e, consequentemente, onde será indicado ponderar uma revisão dos programas ou regimes em causa. No contexto dessas revisões, as autoridades legislativas e a Comissão deverão considerar a forma de redefinir os sistemas de controlo em termos de realizações e não de recursos. Por outras palavras, em vez de especificar o número de controlos a realizar, o objectivo deverá ser a definição de um nível de risco residual de irregularidade a alcançar pelo sistema, ou seja um risco de erro tolerável. Mas existe um limite para a redução do nível de irregularidade que pode ser alcançado através da melhoria da eficácia dos sistemas de supervisão e de controlo. 5 PT
6 E chego assim à última mensagem principal do relatório anual, sobre a necessidade recorrente de simplificação. Em muitos domínios em que o Tribunal continua a detectar um nível elevado de erros, estes são uma consequência de regras e regulamentos demasiado complexos, pelo que a simplificação continua a ser uma prioridade. Como o Tribunal salienta na sua declaração de fiabilidade, os domínios onde detecta níveis de erros demasiado elevados são aqueles onde existem disposições regulamentares complexas ou pouco claras (como os critérios de elegibilidade). Esta situação significa que se deve dar prioridade à simplificação nesses domínios. Como o Tribunal acentuou já anteriormente com frequência, a existência de regras e regulamentos bem concebidos, de interpretação clara e aplicação simples, diminui o risco de erros e facilita a criação de dispositivos de controlo com uma boa relação custo-eficácia. Um exemplo dos esforços consideráveis para simplificar os regimes de despesas é a agricultura, o domínio onde o Tribunal constatou as principais melhorias. Mas a simplificação deve ser aplicada cuidadosamente. As normas que regulam a realização das despesas constituem um instrumento essencial para orientar as despesas no sentido de atingir os objectivos da política. Por conseguinte, é necessário ter cuidado ao simplificar os critérios de elegibilidade para evitar que as despesas atinjam menos os seus objectivos. É necessário garantir também que as simplificações das condições de pagamento destinadas principalmente a diminuir a carga administrativa, os custos para os beneficiários ou os atrasos na utilização dos fundos não dão origem a um aumento involuntário do risco de pagamentos irregulares. Por exemplo, simplesmente tornar menos rigorosas as condições relativas aos adiantamentos e aumentar a parte dos fundos pagos desta forma pode dar origem a um maior risco de os fundos serem indevidamente utilizados, salvo se os sistemas de supervisão e de controlo correspondentes forem eficazes. Exmo. Senhor Presidente, Caros Deputados, Apresentei-vos as principais mensagens do Relatório Anual do Tribunal sobre a execução do orçamento relativo ao exercício de O relatório anual constitui, naturalmente, uma das principais produções do Tribunal. Mas, como esta Comissão sabe, não é a única. Esta semana o Tribunal publicará igualmente os relatórios anuais específicos sobre as agências e outros organismos da UE. Além disso, desde o último procedimento de quitação, o Tribunal já elaborou 15 relatórios especiais sobre assuntos que vão da ajuda alimentar fornecida pela UE às pessoas mais necessitadas até à gestão de tesouraria da Comissão. Estes relatórios salientam os desafios colocados à melhoria da gestão financeira da UE que vão para além do objectivo de reduzir ainda mais o nível de pagamentos irregulares no orçamento, levantando questões relacionadas com os aspectos mais gerais da concepção das políticas. 6 PT
7 Apresento-vos dois exemplos dos mais recentes: o relatório especial do Tribunal sobre os instrumentos de gestão do mercado do leite e dos produtos lácteos constitui um exemplo de como os instrumentos de política por vezes não são suficientes para alcançar os vastos e algo contraditórios objectivos de política definidos; e o relatório sobre "redes de excelência" e "projectos integrados" na política comunitária de investigação indica os problemas resultantes de não existir uma lógica de intervenção clara ou indicadores de desempenho para um programa de despesas. As mensagens transmitidas pelo Tribunal nos seus relatórios, anual e especiais, deverão ser devidamente tidas em conta pela Comissão ao elaborar as propostas de revisão do Regulamento Financeiro, de um novo quadro financeiro e de uma reforma do orçamento. Para isso, o Tribunal pretende elaborar um documento público onde reúna as principais mensagens dos recentes relatórios, como contributo adicional para ajudar a Comissão e o Parlamento nos seus esforços de melhoria da gestão financeira da UE. Esse documento identificará os domínios onde o Tribunal considera ser possível diminuir ainda mais as irregularidades e melhorar a gestão financeira. O Tratado de Lisboa implica igualmente alterações na forma de funcionamento da UE que afectarão as respectivas funções e responsabilidades da Comissão e do Parlamento em matéria de gestão e verificação da utilização dos fundos da UE. Estas alterações terão implicações importantes nos trabalhos do Tribunal e deverão servir para reforçar a obrigação de prestar contas e a transparência, contribuindo assim para fortalecer a confiança dos cidadãos nas instituições da UE. Exmo. Senhor Presidente, Caros Deputados, Atravessamos um momento importante de renovação da UE e uma grande oportunidade de reforma. As recentes eleições europeias deram-nos um novo Parlamento com um novo Presidente. No seguimento da renovação do mandato de Durão Barroso na presidência da Comissão, em breve será igualmente nomeada uma nova Comissão. Em tempo de renovação e de reforma, é importante, contudo, lembrar os ensinamentos do passado. Acredito que o Tribunal desempenha um papel vital, elaborando relatórios e emitindo pareceres que não só identificam os problemas existentes mas também tecem recomendações sobre a forma de melhorar a utilização dos fundos da UE no futuro. O Tribunal espera, assim, continuar a trabalhar em conjunto com as instituições parceiras para aproveitar ao máximo as actuais oportunidades de prosseguir na melhoria da gestão financeira da UE. Muito obrigado pela vossa atenção. 7 PT
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