AMOSTRAGEM DE BTEX EM ÁGUA SUBTERRÂNEA: COMPARAÇÃO DE RESULTADOS E O GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS
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1 247 AMOSTRAGEM DE EM ÁGUA SUBTERRÂNEA: COMPARAÇÃO DE RESULTADOS E O GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS Marlon Pontonico Lima - Engenheiro Ambiental pelo Centro Universitário UniSEB; Engenheiro na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - CPTM; marlonlima11@hotmail.com; Giovanni Chaves Penner -Professor Doutor no Centro Universitário UniSEB e Consultor Ambiental. giovannipenner@yahoo.com.br RESUMO O objetivo deste trabalho foi verificar a influência dos tipos de amostragens para água subterrânea chamadas baixa vazão (bombas de bexiga e peristáltica), amostragem passiva (Diffusion Bag) e o amostrador descartável na coleta de amostras em áreas contaminadas por hidrocarbonetos de petróleo. Nesse estudo foram selecionados dois poços de monitoramento, sendo um com baixas e outro com altas concentrações de hidrocarbonetos, comprovadamente contaminada por (benzeno, tolueno, etilbenzeno e Xilenos). Foram tomadas amostras nos dois poços de monitoramento através das técnicas citadas e comparadas entre si. Através da comparação dos dados apresentados neste trabalho, observou-se que no poço com altas concentrações de hidrocarbonetos, o método utilizado para amostragem pouco influenciou nos resultados, de forma que os valores obtidos para todas as técnicas estudadas tem a mesma representatividade. Em relação ao poço com baixas concentrações dos compostos, os resultados do método não se mostrou correlato com os resultados obtidos pelas metodologias Diffusion Bag, baixa vazão por bombas de bexiga e peristáltica, de forma que estes métodos quando comparados entre si mostraram valores representativos. Estes resultados são indicativos de que quando a amostragem é feita com critérios, pouco influencia nos resultados apresentados. Palavras-chaves: áreas contaminadas, amostragem de água subterrânea,, baixa vazão, amostragem passiva. 1 Introdução A utilização de normas técnicas, procedimentos e o emprego da técnica correta na amostragem de águas subterrâneas, em áreas que estão sob investigação ambiental, são de fundamental importância para que os estudos hidrogeoquímicos sejam considerados consistentes. A qualidade dos resultados analíticos encontrados a partir de uma amostra de água subterrânea depende diretamente das características construtivas do poço de monitoramento, da técnica de amostragem adotada, do comportamento do contaminante em subsuperfície e do critério técnico do profissional em campo. De Áreas Contaminadas. Revista Científica Eletrônica Uniseb. N. 3. Ano 2. Ribeirão Preto, janeiro-julho, 214. p. 247-
2 248 Com o passar dos anos, foram desenvolvidas diversas tecnologias para a atividade de amostragem de água subterrânea; atualmente as mais utilizadas são as técnicas chamadas baixa vazão (bombas de bexiga e peristáltica), amostragem passiva (Diffusion Bag) e o amostrador descartável,. O objetivo destas tecnologias é proporcionar a obtenção de resultados precisos e representativos do local em estudo. Dada à importância dessa etapa no diagnóstico de uma área contaminada, realizou-se um estudo comparativo entre os métodos de amostragem de água subterrânea mais utilizados,, Diffusion Bag, baixa vazão através de bomba peristáltica e bomba de bexiga. Com o intuito de apontar a representatividade das técnicas citadas, na amostragem de água subterrânea contaminada por hidrocarbonetos de petróleo, quando comparados os resultados destas entre si. A área selecionada trata-se de um posto de abastecimento de combustíveis, localizado na cidade de São Paulo-SP. O local passou por um evento de vazamento em um de seus tanques de armazenamento de gasolina, ocasionando a contaminação do solo e da água subterrânea. Para a amostragem foram utilizadas as técnicas citadas acima. Optou-se por selecionar dois poços de monitoramento, um com maiores e outro com menores concentrações dos compostos de interesse, sendo eles, Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e Xilenos (). 2 Metodologia A realização deste trabalho distinguiu-se em três etapas: (1) levantamento histórico de informações sobre a área escolhida e conhecimento do caso, para um planejamento inicial de campo e definição da sequência de amostragem; (2) execução dos trabalhos de campo e a coleta de amostras de água subterrânea em dois poços previamente estabelecidos; e, por último, (3) análise estatística e comparação entre as quatro técnicas de amostragem empregadas. As metodologias e critérios de amostragem seguiram a norma ABNT NBR (21) - Amostragem de água subterrânea em poços de monitoramento métodos de purga e o Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (CETESB, 21). De Áreas Contaminadas. Revista Científica Eletrônica Uniseb. N. 3. Ano 2. Ribeirão Preto, janeiro-julho, 214. p. 247-
3 Pré-campo A área selecionada trata-se de um posto de distribuição de combustível comprovadamente contaminado e em processo de gerenciamento de seu passivo ambiental. Desta forma, para efeito comparativo, foram selecionados dois poços de monitoramento para realização das amostragens, sendo um com maiores concentrações e outro de menores concentrações. Esta seleção foi possível devido o conhecimento pretérito da área estudada. De posse do histórico ambiental, informações e caracterização da área de estudo e com base em literatura definiu-se a sequência dos trabalhos de campo e tomada das amostras de água subterrânea como sendo primeiramente a amostragem por difusão (Diffusion Bag), seguida das metodologias de baixa vazão por bomba de bexiga e peristáltica e por último com o amostrador convencional (). Inicialmente os dois poços selecionados foram desenvolvidos com o auxilio de uma bomba modelo Super Twister fabricada com plástico de engenharia de alta resistência, capaz de bombear a profundidade de 18 mca, conectada a uma bateria veicular de 12 volts. O equipamento descontaminado foi inserido no poço desejado, utilizando-se mangueiras de descarga de polietileno descartáveis e novas. O desenvolvimento começou com a bomba instalada logo abaixo do nível estático e sua descida conforme o rebaixamento do nível d água. Quando atingido o fundo do poço, o bombeamento continuou até que a água saísse limpa ou com mínima turbidez (menor que 1 NTU) e completamente isenta de sólidos. 2.2 Amostragens em campo Sete dias após ter sido realizado o desenvolvimento dos dois poços, iniciou-se o processo de amostragem por difusão. A metodologia consistiu no preenchimento do amostrador Equilibrator Diffusion Bag com água deionizada certificada pelo laboratório responsável pelas análises químicas. Com o auxilio de uma fita de 2 metros graduada a cada cinco milímetros posicionou-se lentamente o amostrador de difusão exatamente na metade da seção filtrante do poço de monitoramento, deixando-o exposto ao meio por 15 dias corridos conforme orientação do fabricante para renovação natural da água e troca osmótica com o meio. De Áreas Contaminadas. Revista Científica Eletrônica Uniseb. N. 3. Ano 2. Ribeirão Preto, janeiro-julho, 214. p. 247-
4 25 Como mencionado, após 15 dias corridos do início dos trabalhos em campo foi realizada a coleta das amostras de água subterrânea na área estudada para todas as técnicas estudadas. Primeiramente retirou-se o amostrador Equilibrator Diffusion Bag do interior dos poços selecionados e transferiu-se a água lentamente para os frascos de vidro próprio para compostos voláteis fornecidos pelo laboratório responsável. Na sequência teve início o procedimento de amostragem por baixa vazão com bomba de bexiga, porém antes foram adotados os procedimentos de limpeza do equipamento com água deionizada e detergente neutro, enxaguado com água em abundancia. Para a coleta com este método de baixa vazão, a bomba do tipo bexiga, junto com as mangueiras de bombeamento e de ar comprimido, novas e descartáveis, foram posicionadas lentamente até atingir a metade da seção filtrante do poço de monitoramento, a qual novamente precisou-se do auxilio de uma fita métrica graduada a cada 5 milímetros, para realização deste procedimento. Com as mangueiras devidamente acopladas no cilindro de ar comprimido e no painel controlador da marca Geoesfera modelo ABV-2, ajustou-se a vazão e tempo de ciclo para aproximadamente 1 ml/min. Durante a purga foi monitorado o rebaixamento do nível d água com um medidor eletrônico interface de água e óleo da marca Solinst modelo mini 122 de modo que não excedesse 1 centímetros. Também foram monitorados os parâmetros físico-químicos indicadores de qualidade com um medidor multiparâmetro da marca Hanna Instruments modelo HI Os parâmetros monitorados foram temperatura ( C), condutividade elétrica (C.E.), potencial hidrogeniônico (ph), potencial redox (Eh), oxigênio dissolvido (O.D) e turbidez. A estabilização dos parâmetros indicadores foi utilizada para determinar o momento em que a água da formação foi acessada, eliminando a possibilidade de coleta de água estagnada no poço e na região de pré-filtro. Segundo ABNT (21) a condutividade elétrica e o oxigênio dissolvido são os parâmetros mais confiáveis para determinação da estabilização, por serem mais sensíveis a possíveis interferências, por isso neste trabalho deu-se atenção especial a estes parâmetros. O procedimento em campo para avaliação da estabilização dos parâmetros físicoquímicos foi calcular as variações de acordo com a primeira medição após a estabilização do De Áreas Contaminadas. Revista Científica Eletrônica Uniseb. N. 3. Ano 2. Ribeirão Preto, janeiro-julho, 214. p. 247-
5 251 nível d água para os parâmetros condutividade elétrica e oxigênio dissolvido (três leituras semelhantes). Os critérios utilizados em campo foram (ABNT, 21): (3) Temperatura:±,5 C; (4) ph: ±,2 unidades; (5) Condutividade: ±5,% das leituras; (6) Oxigênio dissolvido: ±1,% ou,2 mg/l (o que foi maior); (7) Potencial de redox: ±2, mv. Para este trabalho foram adotadas leituras de 5 em 5 minutos, devido a célula de fluxo ser de 5 ml e a vazão adotada de 1 ml/min, conforme determinação da norma ABNT NBR (21) Amostragem de água subterrânea em poços de monitoramento métodos de purga. Após três leituras consecutivas com valores dentro dos critérios indicativos de estabilização dos parâmetros, reduziu-se a vazão para coleta da amostra, em seguida foi desconectada a mangueira da célula de fluxo e transferida a água subterrânea diretamente aos frascos específicos para compostos voláteis. A amostra foi identificada e devidamente acondicionada em gelo para posterior entrega ao laboratório. Após este procedimento foi iniciado a coleta pelo método de baixa vazão com bomba peristáltica. Este método consiste basicamente no mesmo princípio usado pelo método anterior, através do auxílio de bombas succionadoras de vazão controlável, de maneira que seja causado um rebaixamento mínimo na coluna d água do poço amostrado. Com a assistência de uma fita métrica colocou-se a bomba peristáltica da marca Geotech Geopump modelo I e a mangueira de sucção na metade da seção filtrante, em seguida ajustou-se a vazão para aproximadamente 1 ml/min e velocidade de rotação para 8 RPM. Os critérios de estabilização dos parâmetros monitorados durante a amostragem foram os mesmos utilizados na amostragem por baixa vazão com bomba de bexiga, descritos acima e recomendados pela ABNT (21). A amostra também foi acondicionada em frasco específico para compostos voláteis fornecido pelo laboratório responsável e identificada para seu rastreamento posterior no laboratório e devidamente refrigerada com gelo em caixa térmica. Por último realizou-se a amostragem pelo método de purga de volume determinado com o amostrador descartável (). Uma linha de polietileno de diâmetro aproximado de três milímetros foi amarrada à alça na parte superior do amostrador convencional da marca Geoesfera. Então De Áreas Contaminadas. Revista Científica Eletrônica Uniseb. N. 3. Ano 2. Ribeirão Preto, janeiro-julho, 214. p. 247-
6 252 posicionou-se o amostrador lentamente dentro do poço até entrar em contato com a água subterrânea. O próprio peso do amostrador fez com que ele se afundasse na água e, como a pressão externa é maior que a pressão interna, a válvula inferior foi aberta e o preencheu com a amostra. Assim, quando o nível da água dentro do amostrador se equilibrou com o meio externo a válvula foi fechada automaticamente impedindo a saída da amostra. Neste momento, o amostrador foi retirado lentamente e com extremo cuidado do interior o poço. A amostra foi transferida lentamente do amostrador, através de bicos especiais para compostos voláteis, para os frascos fornecidos pelo laboratório responsável, identificada e devidamente refrigerada em gelo. Todos os procedimentos descritos acima foram repetidos para o poço de monitoramento pré-definido com altas concentrações. Imediatamente após as coletas, todos os fracos contendo as amostras já armazenadas em caixas térmicas com gelo, visando sua preservação na temperatura de 4ºC (± 2ºC) de acordo com o estabelecido pela CETESB (21), foram entregues ao laboratório para análise química de Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e Xilenos (). Como forma de assegurar a rastreabilidade das análises químicas, juntamente com as amostras foi encaminhada a Cadeia de Custódia, contendo a identificação das amostras, matriz, data e hora das coletas. 2.3 Pós-campo análise estatística e correlação dos dados De posse dos resultados analíticos realizou-se uma análise estatística dos dados para determinar o desvio padrão e a média das concentrações. Para determinar a representatividade dos métodos de amostragem e correlação das concentrações, esboçou-se um gráfico de dispersão onde no eixo horizontal colocou-se o método que se deseja comparar e no eixo vertical o método comparado, também foi adicionado à linha de tendência e R² (coeficiente de ajuste), onde quanto mais próximo de um o coeficiente de ajuste melhor é a correlação das concentrações dos métodos comparados. 3 Resultados e Discussão Nas Tabelas 1 e 2 são apresentadas as concentrações analíticas das amostras obtidas pelas quatro metodologias empregadas neste trabalho. De Áreas Contaminadas. Revista Científica Eletrônica Uniseb. N. 3. Ano 2. Ribeirão Preto, janeiro-julho, 214. p. 247-
7 253 Com relação aos resultados analíticos das amostras de água subterrânea coletada no poço de monitoramento pré-definido com altas concentrações pôde-se verificar que para o composto Benzeno, a média e o desvio padrão dos dados foram, respectivamente, 1173,55 µg/l e 288,52 µg/l. Para o Tolueno pode-se observar a média de 152,1 µg/l e o desvio padrão de 421,76 µg/l. As concentrações do Etilbenzeno obtiveram média de 771,78 µg/l e desvio padrão de 242,95 µg/l. Já para o composto m, p-xilenos a média e o desvio padrão dos dados foram, respectivamente, 1164,95 µg/l e 424,21 µg/l. Por último as concentrações de o-xilenos indicaram uma média de 1137,98 µg/l e desvio padrão de 333,83 µg/l. Para o poço de monitoramento pré-definido com baixas concentrações verificou-se que para o Benzeno a média de 313,83 µg/l e o desvio padrão de 16,83 µg/l. Para o Tolueno pode-se observar a média de 19,45 µg/l e desvio padrão de 15,97 µg/l. As concentrações do Etilbenzeno obtiveram média de 145,43 µg/l e desvio padrão de 146,49 µg/l. Já para o composto m, p-xilenos a média e o desvio padrão foram, respectivamente, 166,28 µg/l e 217,2 µg/l. Por último as concentrações de o-xilenos indicaram uma média de 17,53 µg/l e o desvio padrão de 13,87 µg/l. Para todos os compostos analisados, tanto para o poço com altas concentrações quanto o poço com baixas concentrações dos compostos de interesse, os maiores valores encontrados foram pela metodologia de com o amostrador e os menores valores foram pelo Diffusion Bag. Estes resultados são contrários ao conceito de que a amostragem para pelo método convencional geram resultados imprecisos e menores quando comparados com os outros métodos. A perda de voláteis pela inserção do amostrador no poço, quando feita com critério e por profissional treinado mostrou-se mínima e indicam um cenário mais restrito em função da segurança do ambiente e receptor exposto. Tabela 1 - Resultados analíticos de para o poço com altas concentrações Resultados Analíticos: Poço com altas concentrações Diffusion B. B. Parâmetros Unidade LD LQ Bag Bexiga Peristáltica (BL-1) (DF-1) (BB-1) (BP-1) Benzeno µg/l,1 1, 88,2 1344,4 186,2 1455,4 Tolueno µg/l,1 1, 122,4 167,4 1321,1 1994,5 Etilbenzeno µg/l,1 1, 435,3 947,1 752, 952,7 m, p-xilenos µg/l,1 1, 639,7 13,9 168,3 165,9 o-xileno µg/l,1 1, 676,1 1268,7 1146,9 146,2 Xilenos totais µg/l,1 1, 1315,8 2569,6 2215,2 3111,1 De Áreas Contaminadas. Revista Científica Eletrônica Uniseb. N. 3. Ano 2. Ribeirão Preto, janeiro-julho, 214. p. 247-
8 254 Tabela 2 - Resultados analíticos de para o poço com baixas concentrações Resultados Analíticos: Poço com altas concentrações Diffusion B. B. Bexiga Parâmetros Unidade LD LQ Bag Peristáltica (BB-1) (BL-1) (DF-1) (BP-1) Benzeno µg/l,1 1, 18,2 34,4 33,3 44,4 Tolueno µg/l,1 1, 6,8 12,9 15,3 42,8 Etilbenzeno µg/l,1 1, 22,1 71,3 134,2 354,1 m, p-xilenos µg/l,1 1, 18,6 5,3 19, 487,2 o-xileno µg/l,1 1, 2,4 16,7 15, 36, Xilenos totais µg/l,1 1, 21, 67, 124, 523,2 Para verificar a correlação dos métodos de amostragem foi esboçado um gráfico de dispersão no qual se colocou no eixo horizontal o método que se deseja comparar e no eixo vertical o método comparado, também foi adicionado à linha de tendência e R² (coeficiente de ajuste), conforme apresentado na Figura 1. Dessa forma todos os métodos foram comparados entre si e indicaram seus coeficientes de ajuste em relação ao tipo de metodologia empregado para amostragem. De Áreas Contaminadas. Revista Científica Eletrônica Uniseb. N. 3. Ano 2. Ribeirão Preto, janeiro-julho, 214. p. 247-
9 Bomba Peristáltica Bomba de bexiga Bomba de Bexiga Diffusion Bag Diffusion Bag Bombna de Peristáltica Bomba Peristáltica Bombna de Bexiga Diffusion Bag 255 Figura 1 Gráficos de comparação das técnicas de amostragem e coeficiente de correlação. COMPARAÇÂO DOS MÉTODOS COM DIFFUSION BAG COMPARAÇÂO DOS MÉTODOS COM BOMBA DE BEXIGA y = 1,155x + 478,95 R² =, y =,8235x - 359,43 R² =, y = 1,642x + 17,297 R² =, y =,6169x - 1,195 R² =, Diffusion Bag Bomba de Bexiga Alta concentração Baixa concentração Alta concentração Baixa concentração y =,8736x + 449,12 R² =, y =,769x + 7,381 R² =, y = 1,6191x + 46,247 R² =, y = 1,37x + 26,839 R² =, Diffusion Bag Bomba de Bexiga Alta concentração Baixa concentração Alta concentração Baixa concentração y = 1,5436x + 397,1 R² =, y = 1,422x - 352,44 R² =, y = 1,4939x + 23,35 R² =, Diffusion Bag 5 y = 1,33x + 178,22 R² =, Bomba de Bexiga Alta concentração Baixa concentração Alta concentração Baixa concentração COMPARAÇÂO DOS MÉTODOS COM BOMBA PERISTÁLTICA COMPARAÇÂO DOS MÉTODOS COM BAILER 12 y =,9678x - 323,91 R² =, y =,514x - 5,67 R² =, y =,5541x - 2,894 R² =, Bomba Peristáltica 2 y =,1794x - 2,7857 R² =, Alta concentração Baixa concentração Alta concentração Baixa concentração y = 1,1947x + 22,7 R² =, y =,6586x + 316,67 R² =, y =,9172x - 19,641 R² =, Bomba Peristáltica y =,3216x + 3,611 R² =, Alta concentração Baixa concentração Alta concentração Baixa concentração 25 2 y = 1,7276x - 354,3 R² =, y =,5156x + 3,4 R² =, y = 1,2474x + 121,47 R² =, y =,4376x + 1,6831 R² =, Bomba Peristáltica Alta concentração Baixa concentração Alta concentração Baixa concentração De Áreas Contaminadas. Revista Científica FIGURA 1 Eletrônica - Gráficos de comparação Uniseb. dos métodos N. utilizados 3. Ano e coeficientes 2. Ribeirão de correlação. Preto, janeiro-julho, 214. p. 247-
10 256 Pela análise dos gráficos da Figura 1 pode-se verificar que a comparação do Diffusion Bag com a amostragem por baixa vazão com bomba de bexiga apresentou correlação dos dados para o poço com altas concentrações de 95% e para o poço com baixas concentrações de 98%. Já quando comparado com a amostragem por baixa vazão com bomba peristáltica os valores para altas e baixas concentrações foram, respectivamente, 84 e 89%. Para a comparação com o estes valores caem para 78% e 26%, respectivamente, o que mostra uma baixa correlação dos dados para o poço de baixas concentrações. Através da comparação da amostragem por baixa vazão com bomba de bexiga com a amostragem pela bomba peristáltica observou-se uma correlação de 91% para o poço com altas concentrações e de 94% para o com baixas concentrações. Quando comparado com o estes valores foram de 93 e 33%; Novamente observa-se uma baixa correlação dos dados para o poço de baixas concentrações. As concentrações da amostragem por baixa vazão com bomba peristáltica comparado com as do indicaram uma correlação de 89% para o poço com altas concentrações e 54% para o com baixas concentrações. As correlações descritas acima mostraram que para o poço com altas concentrações independentemente do método escolhido, desde que feito com critérios e por um profissional qualificado, os resultados tem a mesma representatividade e não há interferência nas concentrações. Já para o poço com baixas concentrações o método convencional mostrou-se não correlato com as metodologias Diffusion Bag, baixa vazão por bomba de bexiga e por bomba peristáltica, no entanto, como mencionado anteriormente as concentrações de Tolueno e o-xilenos são muito baixas e qualquer tipo de reação gera grande sensibilidade. 4 Conclusões e Recomendações Pelos resultados obtidos neste trabalho pode-se verificar que para o poço com altas concentrações de hidrocarbonetos independentemente do método escolhido, desde que a amostragem seja feita de forma criteriosa, os dados verificados são correlacionáveis. Já para o poço com baixas concentrações o método com o amostrador mostrouse não correlato com as metodologias Diffusion Bag, baixa vazão por bomba de bexiga e por bomba peristáltica. Os demais métodos quando comparados entre si mostraram valores representativos. De Áreas Contaminadas. Revista Científica Eletrônica Uniseb. N. 3. Ano 2. Ribeirão Preto, janeiro-julho, 214. p. 247-
11 257 Este trabalho mostrou que o método de amostragem com o amostrador convencional, quando utilizado corretamente e com critérios, é uma ferramenta precisa, confiável e tão representativa para amostragem de água subterrânea para poços com altas concentrações quanto os demais métodos. Porém para poços com baixas concentrações (abaixo dos valores orientadores estabelecidos pela CETESB, 25) apresentaram baixas correlações quando comparado com os outros métodos. Vale ressaltar que os resultados observados ao longo deste trabalho devem ser encarados como indicativos e não conclusivos devido a pouca quantidade de amostras e dados analisados, no entanto serviu perfeitamente para nortear trabalhos acadêmicos ou técnicos futuros, que discutem a representatividade das técnicas empregadas para amostragem de água subterrânea. Sugere-se que seja testado o comportamento para outros tipos de compostos, maior tempo de monitoramento, levando em conta a sazonalidade do ciclo hidrológico, diferentes concentrações e um número amostral maior. Como os resultados do Diffusion Bag mostraram concentrações menores para todos os compostos analisados, recomenda-se que sejam testados diferentes dias de exposição no meio do amostrador. Ainda sugere-se a verificação da manutenção dos resultados após a realização da purga de volume determinado conforme recomendado na Norma ABNT NBR (21) Amostragem de água subterrânea em poços de monitoramento métodos de purga, visto que neste trabalho não foi adotado este procedimento. 5 Agradecimentos Ao laboratório Analytical Solutions por acreditar e fornecer todas as análises químicas, sem as quais não seria possível a realização deste trabalho. À Geoesfera Ambiental, em especial ao Vitório Populin, pelas oportunas manifestações de companheirismo e de encorajamento, revisões, ensinamentos e pelo fornecimento de todo material necessário para realização deste trabalho. A todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho. De Áreas Contaminadas. Revista Científica Eletrônica Uniseb. N. 3. Ano 2. Ribeirão Preto, janeiro-julho, 214. p. 247-
12 258 Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR Amostragem de água subterrânea em poços de monitoramento métodos de purga, 21. COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Decisão de Diretoria nº 13/27/C/E - Procedimento para Gerenciamento de Áreas Contaminadas. São Paulo, SP, 27. COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Decisão de Diretoria nº E. Anexo Único - Valores orientadores para solos e águas subterrâneas no Estado de São Paulo. São Paulo, SP, 25. COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas. CETESB, São Paulo, SP, 21. De Áreas Contaminadas. Revista Científica Eletrônica Uniseb. N. 3. Ano 2. Ribeirão Preto, janeiro-julho, 214. p. 247-
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