DIREITO AGRÁRIO. MATERIAL DE APOIO À AULA (Esse material não é original) Professora Paula Santis CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DIREITO AGRÁRIO. MATERIAL DE APOIO À AULA (Esse material não é original) Professora Paula Santis CONTEÚDO PROGRAMÁTICO"

Transcrição

1 DIREITO AGRÁRIO MATERIAL DE APOIO À AULA (Esse material não é original) Professora Paula Santis CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 7. REGISTRO DE IMÓVEIS: 7.1. Registro do Vigário ou Paroquial Registro atual de imóveis rurais. Averbações Registro Torrens. Finalidade. Procedimento. Consequências Cadastro Nacional de Imóveis Rurais Aquisição de Terras por estrangeiros Terras indígenas e de faixa de fronteira. 8. POSSE E USUCAPIÃO: 8.1. Posse civil e posse agrária: Conceitos e distinções Usucapião: Conceitos. Modalidades. Distinções Usucapião Agrária: Requisitos específicos. 7. REGISTRO DE IMÓVEIS: 7.1 Histórico Com o advento do Descobrimento do Brasil ocorrido em 22 de abril de 1500, toda o direito de posse sobre o território descoberto, que se encontrava no Brasil passou ao domínio de Portugal, na figura de seu monarca o Rei, este foi investido na figura de Senhorio (Proprietário). No ano de 1532 ocorreu a divisão administrativa do território Brasileiro, sem embargo, fora devidamente partilhado em 15 Capitanias, sendo assim a partir de março do corrente ano se iniciou o procedimento de transferência destas propriedades por meio de Doação aos beneficiários, das cujo citadas Capitanias, as famosas CAPITANIAS HEREDITÁRIAS. Esta transmissão ocorreu através da Carta de Sesmaria (primeiro ato de transmissão de propriedade no Brasil), porém, continham e delimitavam os poderes do titular da Capitania, a propriedade ainda não era plena, conforme já fora estudado. Em 18 de setembro de 1850, nasce o REGISTRO IMOBILIÁRIO NO BRASIL, pelo advento da Lei 601 de 1850, posteriormente regulada pelo Regulamento 1318 de 30 de janeiro de O Vigário da Igreja Católica seria a pessoa capaz de reconhecer a propriedade no Brasil, figura hoje exercida pelo OFICIAL DE REGISTRO DE IMÓVEIS, e com a função de proceder o referido registro, registro este com efeito declaratório, com o fito somente de diferenciar o que era particular e público, por este motivo que a citada Lei passou a ser apelidada de REGISTRO DO VIGÁRIO. Surgem aí os primeiros sinais do princípio da territorialidade, vez que, ao Vigário foi atribuída a incumbência de registrar apenas as terras de "sua freguesia". O Registro de Imóveis, com a função de transcrever aquisições imobiliárias e inscrever ônus reais, instituiu-se, no Brasil, pela Lei 1.237, de , regulamentada pelo Dec , de Contudo vigoravam até então as normas do Registro Paroquial, em termos de propriedade. 1

2 A lei 1.237, de , regulamentada pelo Dec , de , substituiu a aquisição de propriedade pela simples entrega, para que seria necessário transcrever o título como meio de regulamentar a transferência do imóvel, destarte, as obrigações entre os contratantes continuaram a ser geridas pelo Contrato firmado entre as partes. Ampliou assim o registro para as transmissões de bens de raiz (que decorriam de transmissão por herança), por atos Inter vivos (Contratos), com o fim e constituição de ônus reais, firmando o princípio de que a transmissão do imóvel só se operava por via de Registro, na data deste, embora não induzisse prova de domínio ou da propriedade, regulou a inscrição hipotecária, quer em decorrência da lei, quer por contrato, declarando indispensável a transcrição (registro) para validade contra terceiros, no que diz respeito a propriedade imobiliária. Seguiram-se na mesma trilha a Lei 3.272, de ; o Dec. 169-A, de , e o Dec. 370, de , que introduziram modificações no Estatuto de 1864 e seu Regulamento e proclamaram que o contrato, antes de transcrito, só conferia direitos pessoais aos contratantes e não possui efeito de declarar a propriedade. No ano de 1890 foi realizada uma tentativa de se adotar o sistema que vigorava no Direito Australiano conhecido como REGISTRO TORRENS, melhor descrito nos termos do Decreto 451 B de 31 de maio de 1890, posteriormente regulamentado pelo Decreto 955-A de 05 de novembro de Este tipo de registro, digo torrens visava a conferir aos atos de registro imobiliário avulta segurança e liquidez, tendo com premissa que referidos registros fossem incontestáveis, oriundos do Direito Alemão nos chamados Cadastros Germânicos. Foi admitido no Brasil para certos casos de legalização da propriedade rural, em afinidade aos ora originado do Direito Alemão e do Direito Australiano, foi idealizado pelo Deputado e também registrador imobiliário, o Sr. ROBERT TORRENS, que emprestou seu nome ao instituto. Ainda na mesma trilha, diante da incontestabilidade do referido registro, se fazia necessário o interessado requerer junto ao Poder Judiciário, onde o Juiz investido em sua jurisdição, analisando os requisitos, privava ou concedia a legitimidade da propriedade e de domínio, poderia o declarar, concedido o referido registro se tornando indiscutível ou indeferindo. Com o advento do revogado Código Civil de 1916, iniciada sua vigência em , a transcrição do título hábil, no registro imobiliário da situação do imóvel, passou a constituir exigência para a aquisição da propriedade imóvel (art. 530). O Código Civil dedicou a Seção VI do Cap. XI do TITULOS III, Do direito das coisas, ao Registro de Imóveis, regulando minuciosamente a matéria, determinando sua função e alcance. São os seguintes os pontos culminantes da codificação: a) que os direitos reais sobre imóveis, constituídos ou transmitidos, por atos Inter vivos só se adquirem depois da transcrição do referido título, no Registro de Imóveis (arts. 532 a 676); b) que se presume pertencer o direito real à pessoa em cujo nome se inscreveu, ou transcreveu (art. 859); 2

3 c) que os atos sujeitos à transcrição não transferem domínio, senão da data em que se transcreverem (art. 533). Dispôs sobre o Registro de Imóveis: I A transcrição dos títulos da propriedade, enumerada no art. 532; I II A transcrição dos títulos constitutivos de ônus reais, sobre coisas alheias; III as inscrições das hipotecas (art. 856, I a IV); Dessa forma, consagrou-se, o seguinte princípio: Propriedade imóvel só se adquire pelo registro que é, assim, a forma e o modo de aquisição. Os atos contratuais ou os judiciários reputamse preparatórios, pois só obrigam as partes contraentes. Vulgarizou-se esse princípio, traduzindo-se na linguagem popular pela afirmação de que: QUEM NÃO REGISTRA NÃO É DONO. O Código Civil instituiu um sistema de registro imobiliário comum, mas obrigatório, abrangendo todos os atos judiciais e extrajudiciais, porquanto anteriormente aqueles estavam excluídos dos registros. Não se aboliu o sistema Torrens, com o que se ficou com dois sistemas simultâneos: um comum e obrigatório (instituído pelo Código Civil), com presunção relativa de domínio e outro facultativo (o Registro Torrens), com presunção absoluta do domínio. Seguiram-se a Lei 4.827, de ; o Dec , de e o Dec , de , modificado pelo Dec , de , esses dois decretos vigoraram por mais de 30 anos, contemplando figuras jurídicas novas, como o loteamento de terrenos urbanos e rurais, para venda a prestações; a promessa de venda e compra do imóvel loteado e não loteado; o contrato de penhor rural; o condomínio em prédios de apartamentos. Seguiu-se o Dec.-lei 1.000, de , que atualizou as normas da legislação anterior. Em substituição a esse Decreto-lei, elaborou-se a vigente Lei 6.015, de , alterada pela Lei 6.216, de O Direito registral passou a ter autonomia com a Lei 6.015/73, visto que, até então era mero apêndice do Código Civil. 7.2 O Registro de Imóveis na Lei 6.015/73 A lei 6.015/73, trouxe uma enorme inovação, pois substituiu o antigo sistema de transcrições, pelo sistema de matrículas, que se tornou fólio real do imóvel, tendo cada imóvel, a partir do primeiro registro, uma matrícula individual e única, devendo nela constar todos as 3

4 transações jurídicas que envolvam o imóvel e todas as informações pertinentes sobre os sujeitos que exerçam qualquer direito real sobre o respectivo bem, por meio da prática de atos de registro e de averbação. (Art. 176 a 259) Serviços notariais e de registro na Constituição de 1988 O artigo 236 da Constituição Federal dispõe que "os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público". O artigo 3º da Lei 8.935/94, que regulamentou referido dispositivo constitucional, por seu turno, define: "Notário, ou tabelião, e oficial de registro, ou registrador, são profissionais do direito, dotados de fé pública, a quem é delegado o exercício da atividade notarial e de registro". Delegar consiste em atribuir atividade própria da administração a um ente privado ou público, assim sendo, conclui-se pela análise dos referidos textos que, as atividades notarial e de registro são públicas por excelência, sendo exercidas, contudo, em caráter privado por particulares investidos na função pública por delegação, sendo os prepostos contratados diretamente pelo delegado, através do regime previdenciário comum (INSS) e pelas normas contidas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A remuneração dos oficiais e tabeliães é feita através dos emolumentos que são devidos pelos atos por eles praticados, cuja regulamentação e regimento são de competência do Estado (Lei Federal nº , de 29 de dezembro de 2000). A natureza jurídica das custas é discutida pela doutrina, fixando o Supremo Tribunal Federal entendimento no sentido de tratar-se de taxa, modalidade de tributo (RE , D.O.U. de ). Ressalte-se que a delegação pelo Poder Público é realizada por meio de concurso de provas e títulos, realizado pelo Poder Judiciário, com participação, em todas as suas fases, da Ordem dos Advogados do Brasil, do Ministério Público, de um notário e de um registrador (art. 15 da Lei 8.935/94), de forma que nenhuma delegação poderá ficar vaga, sem abertura de concurso, por mais de seis meses. A fiscalização dos atos notariais e de registro é realizada também pelo Poder Judiciário (artigo 37 da Lei 8.935/94), que exerce função totalmente atípica ou anômala, ou seja, de caráter administrativo. A legislação estadual deve fixar a competência sobre a fiscalização Registro Torrens Dispõe a Lei 6.015/73: Art Requerida a inscrição de imóvel rural no Registro Torrens, o oficial protocolará e autuará o requerimento e documentos que o instruírem e verificará se o pedido se acha em termos de ser despachado. (Renumerado do art. 278, pela Lei nº 6.216, de 1975) Art O requerimento será instruído com: 279, pela Lei nº 6.216, de 1975) (Renumerado do art. 4

5 I - os documentos comprobatórios do domínio do requerente; II - a prova de quaisquer atos que modifiquem ou limitem a sua propriedade; III - o memorial de que constem os encargos do imóvel os nomes dos ocupantes, confrontantes, quaisquer interessados, e a indicação das respectivas residências; IV - a planta do imóvel, cuja escala poderá variar entre os limites: 1:500m (1/500) e 1:5.000m (1/5.000). 1º O levantamento da planta obedecerá às seguintes regras: a) empregar-se-ão goniômetros ou outros instrumentos de maior precisão; b) a planta será orientada segundo o mediano do lugar, determinada a declinação magnética; c) fixação dos pontos de referência necessários a verificações ulteriores e de marcos especiais, ligados a pontos certos e estáveis nas sedes das propriedades, de maneira que a planta possa incorporar-se à carta geral cadastral. 2º Às plantas serão anexadas o memorial e as cadernetas das operações de campo, autenticadas pelo agrimensor. Art O imóvel sujeito a hipoteca ou ônus real não será admitido a registro sem consentimento expresso do credor hipotecário ou da pessoa em favor de quem se tenha instituído o ônus. (Renumerado do art. 280, pela Lei nº 6.216, de 1975) Art Se o oficial considerar irregular o pedido ou a documentação, poderá conceder o prazo de trinta (30) dias para que o interessado os regularize. Se o requerente não estiver de acordo com a exigência do oficial, este suscitará dúvida. (Renumerado do art. 281, pela Lei nº 6.216, de 1975) Art Se o oficial considerar em termos o pedido, remetê-lo-á a juízo para ser despachado. (Renumerado do art. 282, pela Lei nº 6.216, de 1975) Art O Juiz, distribuído o pedido a um dos cartórios judiciais se entender que os documentos justificam a propriedade do requerente, mandará expedir edital que será afixado no lugar de costume e publicado uma vez no órgão oficial do Estado e três (3) vezes na imprensa local, se houver, marcando prazo não menor de dois (2) meses, nem maior de quatro (4) meses para que se ofereça oposição. (Renumerado do art. 283, pela Lei nº 6.216, de 1975) Art O Juiz ordenará, de ofício ou a requerimento da parte, que, à custa do peticionário, se notifiquem do requerimento as pessoas nele indicadas. (Renumerado do art. 284, pela Lei nº 6.216, de 1975) 5

6 Art Em qualquer hipótese, será ouvido o órgão do Ministério Público, que poderá impugnar o registro por falta de prova completa do domínio ou preterição de outra formalidade legal. (Renumerado do art. 285, pela Lei nº 6.216, de 1975) Art Feita a publicação do edital, a pessoa que se julgar com direito sobre o imóvel, no todo ou em parte, poderá contestar o pedido no prazo de quinze dias. (Renumerado do art. 286, pela Lei nº 6.216, de 1975) 1º A contestação mencionará o nome e a residência do réu, fará a descrição exata do imóvel e indicará os direitos reclamados e os títulos em que se fundarem. 2º Se não houver contestação, e se o Ministério Público não impugnar o pedido, o Juiz ordenará que se inscreva o imóvel, que ficará, assim, submetido aos efeitos do Registro Torrens. Art Se houver contestação ou impugnação, o procedimento será ordinário, cancelando-se, mediante mandado, a prenotação. (Renumerado do art. 287, pela Lei nº 6.216, de 1975) Art Da sentença que deferir, ou não, o pedido, cabe o recurso de apelação, com ambos os efeitos. (Renumerado do art. 288, pela Lei nº 6.216, de 1975) Art Transitada em julgado a sentença que deferir o pedido, o oficial inscreverá, na matrícula, o julgado que determinou a submissão do imóvel aos efeitos do Registro Torrens, arquivando em cartório a documentação autuada. (Renumerado do art. 289, pela Lei nº 6.216, de 1975) 7.5. Aquisição de terras por estrangeiro Como visto no quadro acima, prescreve a determinação constitucional (Art. 190) para a necessidade de regulamentação especial para aquisição e arrendamento de imóveis rurais por pessoa física ou jurídica estrangeira: A lei regulará e limitará a aquisição ou o arrendamento de propriedade rural por pessoa física ou jurídica estrangeira e estabelecerá os casos que dependerão de autorização do Congresso Nacional. No caso, aplicam-se os critérios estabelecidos pela lei Federal nº 5.709/1971. O art. 23, da lei no 8.629/1993 (que regulamenta os dispositivos agrários constitucionais), vai condicionar também tratamento especial pela mesma Lei para os casos de arrendamento, ao estabelecer que o estrangeiro residente no País e a pessoa jurídica autorizada a funcionar no Brasil só poderão arrendar imóvel rural na forma da Lei nº 5-709, de 7 de outubro de Trata-se de nulidade absoluta a aquisição de imóvel por pessoas físicas ou jurídicas estrangeiras sem a observância dos requisitos legais. É o que prevê a Lei Federal no 5.709/71, no seu Art. 15: 6

7 A aquisição de imóvel rural, que viole as prescrições desta Lei, é nula de pleno direito. O tabelião que lavrar a escritura e o oficial de registro que a transcrever responderão civilmente pelos danos que causarem aos contratantes, sem prejuízo da responsabilidade criminal por prevaricação ou falsidade ideológica. o alienante está obrigado a restituir ao adquirente o preço do imóvel. Não A Lei Federal nº 5.709/71, no seu art. 3º, estabelece como condição que a aquisição de imóvel rural por pessoa física estrangeira não poderá exceder a 50 (cinquenta) módulos de exploração indefinida, em área contínua ou descontínua. Sendo que o tamanho de referido módulo será determinado de acordo com a localização do país. Outra previsão importante é a de que a soma das áreas rurais pertencentes a pessoas estrangeiras, físicas ou jurídicas, não poderá ultrapassar a um quarto da superfície dos Municípios onde se situem, comprovada por certidão do Registro de Imóveis (Art. 12). 7.6 Terras Indígenas A Constituição Federal de 1988 apresenta um capítulo específico (Cap. VIII do Tít. VIII - da Ordem Social, artigos 231 e 232) para o direito dos índios, com tratamento especializado para as terras que habitualmente ocupam. Vale ressaltar que a relação dos direitos indígenas com o direito agrário se dá pelo fato de que nas terras habitadas pelos silvícolas são praticadas atividades agrárias típicas, como a caça e pesca (atividades de extrativismo). bem como, em muitos casos, lavoura e pecuária. Além do reconhecimento dos direitos relacionados com sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, em termos agrários, a Constituição Federal de 1988 assegura aos índios os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, além de proteger e fazer respeitar todos os seus bens (art. 231). A própria Constituição de 1988, no 1º, do art. 231, conceitua o que sejam áreas tradicionalmente ocupadas pelos índios: 1-São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições; Como decorrência, toda vez que uma comunidade indígena possuir direitos sobre uma determinada área (caracterizada como tradicionalmente ocupada), nos termos do 1 do artigo 231 da CF, o Poder Público terá a atribuição de identificá-la, delimitá-la, de realizar a de. marcação física dos seus limites, registrá-la em cartórios de registro de imóveis e protegê-la. Estes atos estão vinculados aos propósitos do próprio caput do artigo 231 e, por isso mesmo, a União não pode deixar de promovê-los. (material extra) 7

8 8. POSSE E USUCAPIÃO A Constituição de 1988 apresenta como garantia constitucional esta perspectiva de condicionar o exercício do direito de propriedade, ao atendimento da função social. Através de seu artigo 5º, inciso XXIII, a Constituição Federal brasileira passou a determinar que "A propriedade atenderá a sua função social". O princípio da função social da propriedade, de forma mais específica, o artigo 186, da Constituição de 1988, estabelece critérios para aferição do cumprimento da função social pelos usos da propriedade rural e condiciona o exercício do direito de propriedade ao aproveitamento econômico racional e adequado; à utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e à preservação do meio ambiente; observância das relações de trabalho; e exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e trabalhadores. O Código Civil brasileiro em vigor (Lei no 10-4o6 de 10 de janeiro de 2002) incorporou o conceito de função social no seu art , 1, ao estabelecer de forma explícita que o direito de propriedade deverá ser exercido de forma condicionada às suas finalidades econômicas e sociais, especificando que o sujeito proprietário deverá conservar o meio ambiente na sua mais ampla diversidade, bem como fazer com que ela seja sempre produtiva, por meio do uso racional da terra. Nesse contexto, passa ter papel de suma importância o exercício da posse agrária. 8.1 Da posse agrária A análise do papel da Posse Agrária é essencial para a discussão sobre o cumprimento da função social da propriedade. Isto porque a concepção atual de propriedade, como vista no item anterior, exige o cumprimento da sua função social, e esta somente se efetiva com o devido exercício do direito da posse. O Código Civil (Lei Federal n.º /2002) define o possuidor como: Todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade (Art ). O mesmo Código define os direitos do proprietário como: A faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha (Art ). Portanto, possuidor é aquele que possui o exercício de algum tipo de poder inerente a propriedade. Direcionando o regime de direito civil da posse para a questão agrária, tem-se que a posse agrária é considerada como uma ação voltada para utilização, exercício, gozo, realização de atividade em face da coisa, no caso da posse agrária, da terra. É por meio da posse que se viabilizam as atividades agrárias. 8

9 Para o Direito Agrário há a prevalência do efetivo labor sobre a terra, que possui como pré-requisito a posse agrária, sobre a titularidade forma da propriedade. O possuidor deve deter materialmente a terra por meio do trabalho produtivo. Portanto, é a atividade econômica sobre a terra que legitima a posse agrária. A posse agrária se caracteriza como direta, habitual, ininterrupta e condição para o desenvolvimento das atividades agrárias. Os requisitos da função social da propriedade devem estar presentes na posse agrária. Isto significa que o possuidor deve "usar a terra adequadamente, de acordo com sua melhor aptidão natural e através de planejamento agrícola que promova maior produtividade. Igualmente, a conservação e preservação de recursos naturais implicam uso racional do solo rural, evitando a depredação e/ou esgotamento dos recursos naturais renováveis3". Portanto, a posse agrária é condição da atividade agrária, da produtividade agrária e, por consequência, do cumprimento da função social da propriedade. 8.2 Da usucapião agrária O instituto da usucapião está estreitamente relacionado ao cumprimento da função social da propriedade. Visa regularizar determinadas situações de fato, prestigiando o possuidor contínuo que torna produtiva a propriedade, permitindo-lhe a aquisição, após um certo lapso de tempo, atendidas determinadas exigências legais. Com origem no direito romano, trata-se de modo de aquisição da propriedade (móvel ou imóvel) e de outros direitos reais (como por exemplo, usufruto, servidão) pela posse prolongada da coisa com a observância dos requisitos legais'. Atualmente, já superada a questão quanto à sua natureza jurídica, trata-se de modo de aquisição da propriedade (artigo 1.238, CC), discute-se na doutrina ser a usucapião modo originário ou derivado desta aquisição. Pelo modo originário de aquisição, não se observa a existência de um ato de transmissão da propriedade, que nasce como um direito novo, independentemente de qualquer vinculação do usucapiente com o proprietário anterior. No modo derivado, diferentemente, há um ato de transmissão da propriedade, isto é, o proprietário antecedente aliena o bem para o seu sucessor. Predomina na doutrina o entendimento de que a usucapião é modo originário de aquisição da propriedade, posto que não decorre de um ato volitivo de transmissão do anterior titular do bem, mas sim da posse prolongada exercida pelo usucapiente, não havendo nenhuma relação jurídica entre o novo proprietário e o antecedente. A usucapião constitucional rural surgiu no direito brasileiro com a Constituição de 1934, cujo artigo 125 assim dispunha: Todo brasileiro que, não sendo proprietário rural ou urbano, ocupar, por dez anos contínuos, sem oposição nem reconhecimento de domínio alheio, um trecho de terras de até dez hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho e tendo nele a sua morada, adquirirá o domínio do solo, mediante sentença declaratória devidamente transcrita. 9

10 As Constituições de 1937 e 1946 mantiveram o instituto, sendo que nesta última foi aumentado o trecho de terra usucapível de 10 (dez) para 25 (vinte e cinco) hectares (artigo 153, 3o). A Emenda Constitucional no 10, de 9/11/1964, por sua vez, aumentou a área para 100 (cem) hectares, exigindo, além do trabalho e da moradia habitual, que a área fosse suficiente para assegurar ao lavrador e sua família condições de subsistência e progresso social e econômico. Nesse contexto, o Estatuto da Terra (Lei no 4.504/64) disciplinou o usucapião especial rural, em seu artigo 98, sendo o único diploma legislativo que o previa até o advento da Lei no 6.969/81 (dimensão máxima reduzida para 25 hectares), já que a Carta de 1967 e a Emenda Constitucional no 1, de 1969, não dispunham sobre essa modalidade de usucapião. Assim define o artigo 98, do Estatuto da Terra: Todo aquele que, não sendo proprietário rural nem urbano, ocupar por dez anos ininterruptos, sem oposição nem reconhecimento de domínio alheio, tornando-o produtivo por seu trabalho, e tendo nele a sua morada, trecho de terra com área caracterizada como suficiente para, por seu cultivo direto pelo lavrador e sua família, garantir-lhe a subsistência, o progresso social e econômico, nas dimensões fixadas por esta lei, para o módulo de propriedade, adquirir-lhe-á o domínio, mediante sentença declaratória devidamente transcrita. A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 191, ressurge com a usucapião especial rural como regra constitucional, nos seguintes termos: Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. Parágrafo único- Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. A regra do artigo 191 da Constituição Federal foi reproduzida no artigo do Código Civil, estando o instituto em estudo regulamentado pela Lei no 6.969/81. A previsão constitucional do usucapião rural denota sua importância como instrumento de política agrária, sobressaindo-se do artigo 191 três balizas delineadas pelo constituinte em matéria agrária: o direito à moradia do trabalhador rural (artigo 6, caput, c/c artigo 187, inciso VIII, CF), aliado à produtividade do imóvel, bem como o incentivo à agricultura familiar (artigo 5, inciso XXVI). 10

Aula nº. 19 AQUISIÇÃO DE TERRAS RURAIS POR ESTRANGEIROS. No Governo LULA emitiu-se novo parecer contendo restrições a aquisição das terras.

Aula nº. 19 AQUISIÇÃO DE TERRAS RURAIS POR ESTRANGEIROS. No Governo LULA emitiu-se novo parecer contendo restrições a aquisição das terras. Curso/Disciplina: Direito Agrário Aula: Direito Agrário Aquisição de Terras Rurais por Estrangeiros - 19 Professor(a): Luiz Jungstedt Monitor(a): Bruna Paixão Aula nº. 19 AQUISIÇÃO DE TERRAS RURAIS POR

Leia mais

DECRETO , DE 26 DE NOVEMBRO DE 1974

DECRETO , DE 26 DE NOVEMBRO DE 1974 DECRETO 74.965, DE 26 DE NOVEMBRO DE 1974 Regulamenta a Lei 5.709, de 7 de outubro de 1971, que dispõe sobre a aquisição de imóvel rural por estrangeiro residente no País ou pessoa jurídica estrangeira

Leia mais

1º Fórum de Assuntos Extrajudiciais USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL

1º Fórum de Assuntos Extrajudiciais USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL 1º Fórum de Assuntos Extrajudiciais USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL Bianca Castellar de Faria Novo Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015) Vigência 18/03/2016 Inclusão do artigo 216-A na Lei 6.015/73 Usucapião

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior 1-) Usucapião: Previsão está no art. 6º da CF. Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação,

Leia mais

Tem como característica a aquisição e constituição da personalidade jurídica das sociedades de natureza simples.

Tem como característica a aquisição e constituição da personalidade jurídica das sociedades de natureza simples. Prof. Marcus Vinicius Kikunaga TURMAS 14 e 04 (on-line) 29/03/2018 Espécies de serventia (continuação). Registral 1. Registro Civil de Pessoas Naturais; 2. Registro das Pessoas Jurídicas; 3. Registro de

Leia mais

Conteúdo: Propriedade: Conceito, Características, Formas de Aquisição. Usucapião.

Conteúdo: Propriedade: Conceito, Características, Formas de Aquisição. Usucapião. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Civil (Reais) / Aula 18 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: Propriedade: Conceito, Características, Formas de Aquisição. Usucapião. Obs: Imissão na

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Jr. 1-) Modalidades da Propriedade: a) Plena = quando se encontram reunidos na pessoa do proprietário todas as bases

Leia mais

DO SISTEMA REGISTRAL. Suj. Suj. Erga omnes Ativo Passivo Sujeição Subordinação Suj.

DO SISTEMA REGISTRAL. Suj. Suj. Erga omnes Ativo Passivo Sujeição Subordinação Suj. Prof. Marcus Vinicius Kikunaga TURMAS 14 e 04 (on-line) 10/05/2018 DO SISTEMA REGISTRAL. Necessário relembrar do DIREITO REAL: Direito Pessoal Direito Real Suj. Suj. Erga omnes Ativo Passivo Sujeição Subordinação

Leia mais

CARLOS EDUARDO DE ANDRADE MAIA

CARLOS EDUARDO DE ANDRADE MAIA CARLOS EDUARDO DE ANDRADE MAIA Advogado, palestrante e parecerista; Professor de Dir. Civil, Prática Civil e Dir. do Consumidor em cursos preparatórios para a OAB e para Concursos Públicos; Professor de

Leia mais

REGISTRO DE IMÓVEIS COMARCA DE XAXIM - SC

REGISTRO DE IMÓVEIS COMARCA DE XAXIM - SC REGISTRO DE IMÓVEIS COMARCA DE XAXIM - SC MANUAL DO USUÁRIO INOVAÇÕES E MELHORIAS NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PUBLICIDADE AUTENTICIDADE SEGURANÇA E EFICÁCIA DOS ATOS JURÍDICOS OFÍCIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Da Política Agrícola e Fundiária e da Reforma Agrária e Do Sistema Financeiro Nacional Professor: André Vieira www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Constitucional CAPÍTULO III

Leia mais

DIREITO CIVIL A função social da propriedade e limitações ao exercício do direito de propriedade

DIREITO CIVIL A função social da propriedade e limitações ao exercício do direito de propriedade A função social da propriedade e limitações ao exercício do direito de propriedade Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem

Leia mais

O ISS NOS SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTROS PÚBLICOS

O ISS NOS SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTROS PÚBLICOS O ISS NOS SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTROS PÚBLICOS O QUE SÃO SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTROS PÚBLICOS? Art. 236 - CF/88 - Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação

Leia mais

DO CONCEITO DE USUCAPIÃO

DO CONCEITO DE USUCAPIÃO DO CONCEITO DE USUCAPIÃO Conceito: Usucapião é modo de aquisição da propriedade (ou outro direito real), que se dá pela posse continuada, durante lapso temporal, atendidos os requisitos de lei. LOCALIZAÇÃO

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Caso de usufruto que não se extingue por morte no direito brasileiro Sandro Alexander Ferreira* INTRODUÇÃO É assente, na doutrina e jurisprudência brasileira, que o usufruto é direito

Leia mais

SUMÁRIO LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS PARTE I

SUMÁRIO LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS PARTE I SUMÁRIO LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS... 19 PARTE I CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO... 25 CAPÍTULO 2 PROPRIEDADE... 29 2.1. Propriedade formal e domínio... 34 2.2. A transferência da propriedade como um processo...

Leia mais

SUMÁRIO LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS PARTE I CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO... 25

SUMÁRIO LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS PARTE I CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO... 25 SUMÁRIO LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS... 19 PARTE I CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO... 25 CAPÍTULO 2 PROPRIEDADE... 29 2.1. Propriedade formal e domínio... 34 2.2. A transferência da propriedade como um processo...

Leia mais

SERJUS Associação dos Serventuários de Justiça do Estado de Minas

SERJUS Associação dos Serventuários de Justiça do Estado de Minas SERJUS Associação dos Serventuários de Justiça do Estado de Minas Gerais (Órgão representativo dos Notários, Registradores e de seus prepostos) Rua Juiz de Fora, 1231 Santo Agostinho Cep: 30180 061 Belo

Leia mais

SERJUS Associação dos Serventuários de Justiça do Estado de Minas

SERJUS Associação dos Serventuários de Justiça do Estado de Minas SERJUS Associação dos Serventuários de Justiça do Estado de Minas Gerais (Órgão representativo dos Notários, Registradores e de seus prepostos) Rua Juiz de Fora, 1231 Santo Agostinho Cep: 30180 061 Belo

Leia mais

Diário do Judiciário Eletrônico/TJMG Disponibilização: 24 de janeiro de 2019 Publicação: 25 de janeiro de 2019 TABELA 4 (R$)

Diário do Judiciário Eletrônico/TJMG Disponibilização: 24 de janeiro de 2019 Publicação: 25 de janeiro de 2019 TABELA 4 (R$) Diário do Judiciário Eletrônico/TJMG Disponibilização: 24 de janeiro de 2019 TABELA 4 (R$) ATOS DO OFICIAL DE REGISTRO DE IMÓVEIS 1 - Averbação (com todas as anotações e referências a outros livros): Emolumentos

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Marcus Kikunaga 1-) Estrutura: Litigioso D. Material BUSCAR A PAZ SOCIAL Consensual Prescrito Plúrima Única Não Defeso Descumprimento

Leia mais

MBA IMOBILIÁRIO LEGALE

MBA IMOBILIÁRIO LEGALE MBA IMOBILIÁRIO LEGALE MBA IMOBILIÁRIO Art. 1.225. São direitos reais: I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação; VII - o direito do promitente

Leia mais

LEI FEDERAL N.º 5868, DE 12 DE DEZEMBRO DE 1972

LEI FEDERAL N.º 5868, DE 12 DE DEZEMBRO DE 1972 LEI FEDERAL N.º 5868, DE 12 DE DEZEMBRO DE 1972 Cria o Sistema Nacional de Cadastro Rural, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono

Leia mais

DIREITO CIVIL IV. AULA 7: Aquisição da Propriedade. Usucapião. Prof. Ms. Luane Lemos

DIREITO CIVIL IV. AULA 7: Aquisição da Propriedade. Usucapião. Prof. Ms. Luane Lemos DIREITO CIVIL IV AULA 7: Aquisição da Propriedade. Usucapião Prof. Ms. Luane Lemos Modos de aquisição da propriedade imobiliária Registro de título Acessões imobiliárias Usucapião 3.1 Conceito e natureza

Leia mais

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Marcus Kikunaga. Aula dia 17/06/2019.

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Marcus Kikunaga. Aula dia 17/06/2019. Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Marcus Kikunaga. Aula dia 17/06/2019. Direito de família e sucessões sob a ótica extrajudicial. Lei n.º 11.441/2007 que alterou o CPC de 1973 passou

Leia mais

LEI MUNICIPAL N. 481, de 21 de novembro de 2018.

LEI MUNICIPAL N. 481, de 21 de novembro de 2018. LEI MUNICIPAL N. 481, de 21 de novembro de 2018. Dispõe sobre a regularização fundiária de imóveis localizados no Município de Caravelas, Bahia, e dá outras providências. O PREFEITO MUNICIPAL DE CARAVELAS,

Leia mais

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1828, DE 03 DE SETEMBRO DE 2018

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1828, DE 03 DE SETEMBRO DE 2018 Visão Multivigente INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1828, DE 03 DE SETEMBRO DE 2018 (Publicado(a) no DOU de 11/09/2018, seção 1, página 819) Dispõe sobre o Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa Física (CAEPF).

Leia mais

Prof. Vilmar A. Silva DIREITO AGRÁRIO. Posse agrária

Prof. Vilmar A. Silva DIREITO AGRÁRIO. Posse agrária 1 Prof. Vilmar A. Silva DIREITO AGRÁRIO Posse agrária Posse CIVIL A posse civil = caráter mais individual e estático, relacionado ao exercício de algum dos poderes inerentes ao domínio (art. 1.196 CC).

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCO JUÍZO DE DIREITO DA 26ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE RECIFE- SEÇÃO B SENTENÇA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCO JUÍZO DE DIREITO DA 26ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE RECIFE- SEÇÃO B SENTENÇA PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCO JUÍZO DE DIREITO DA 26ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE RECIFE- SEÇÃO B Processos nº 0027691-84.2013.8.17.0001 e 0071376-44.2013.8.17.0001 SENTENÇA Trata-se de julgamento

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO LEGALE

PÓS GRADUAÇÃO LEGALE PÓS GRADUAÇÃO LEGALE Art. 1.225. São direitos reais: I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação; VII - o direito do promitente comprador do imóvel;

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Propriedade.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Propriedade. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior. (21/05/2018) Propriedade. Extensão do direito de propriedade e Restrições ao direito de propriedade.

Leia mais

REGISTRO DE IMÓVEIS.

REGISTRO DE IMÓVEIS. REGISTRO DE IMÓVEIS www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. REGISTROS PÚBLICOS EM GERAL...6 Fontes...6 Natureza Jurídica dos Serviços Notariais/Registro:...6 Atividade...7 Responsabilidade Penal do Tabelião/Oficial...7

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos Individuais Direito à Propriedade Parte 1 Profª. Liz Rodrigues - Art. 5º, XXII, CF/88: é garantido o direito de propriedade. - Art. 5º, XXIII, CF/88: a propriedade atenderá

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Jr. 1-) Promessa de Compra e Venda: a) Conceito: São direitos reais de aquisição os adquiridos em favor do compromissário

Leia mais

EDITAL 001 / 2º semestre de Portadores de Diploma de Curso Superior e Transferência Externa

EDITAL 001 / 2º semestre de Portadores de Diploma de Curso Superior e Transferência Externa EDITAL 001 / 2º semestre de 2019 - Portadores de Diploma de Curso Superior e Transferência Externa A, mantenedora da FASAR Faculdade Santa Rita, instituição doravante identificada por FASAR, no uso de

Leia mais

Compra e Venda 24.1 COMPRA E VENDA COM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA

Compra e Venda 24.1 COMPRA E VENDA COM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA Compra e Venda O contrato de compra e venda é um acordo de vontades entre comprador e vendedor pelo qual, mediante pagamento de certo preço, transfere-se o domínio de determinado bem, objeto do contrato.

Leia mais

Como. atuar em parceria com Cartórios para o Georreferenciamento de Imóveis Rurais

Como. atuar em parceria com Cartórios para o Georreferenciamento de Imóveis Rurais Como atuar em parceria com Cartórios para o Georreferenciamento de Imóveis Rurais Qual o papel do cartório no Georreferenciamento? Importância da Retificação de Registro O que é "ter Segurança Jurídica"

Leia mais

1.1.1 SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE

1.1.1 SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE BINETE DO SECRETÁRIO PUBLICADA NO DOE DE 30-11-2018 SEÇÃO I PÁG 61 RESOLUÇÃO SMA Nº 165, DE 29 DE NOVEMBRO DE 2018 Regulamenta o mecanismo de regularização da Reserva Legal dos imóveis rurais mediante

Leia mais

TABELA 1 (R$) 1 Aprovação de testamento cerrado 172,23 54,17 226,40. 2 Ata notarial 57,38 18,04 75,42

TABELA 1 (R$) 1 Aprovação de testamento cerrado 172,23 54,17 226,40. 2 Ata notarial 57,38 18,04 75,42 Tabela de Emolumentos / 2010 Anexo da Portaria nº1009 /CGJ/2009 (a que se refere o 1º do artigo 2º da Lei n.º 15.424, de 30 de dezembro de 2004, atualizado nos termos do artigo 50 da referida Lei Estadual)

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. NOÇÕES GERAIS SOBRE PROPRIEDADE Arts a do CC

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. NOÇÕES GERAIS SOBRE PROPRIEDADE Arts a do CC NOÇÕES GERAIS SOBRE PROPRIEDADE Arts. 1.228 a 1.276 do CC 1. Conceito de propriedade Propriedade é o direito que uma pessoa tem, respeitadas as normas limitativas, de usar, gozar e dispor de um bem, corpóreo

Leia mais

Adjudicação A) ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA

Adjudicação A) ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA Adjudicação A adjudicação é ato judicial que estabelece e declara que a propriedade imóvel deve ser transferida de seu primitivo dono para o credor, objetivando satisfazer um crédito. O registro possui

Leia mais

TABELA 1 (R$) 1 Aprovação de testamento cerrado 175,32 55,14 230,46. 2 Ata notarial 58,41 18,36 76,77

TABELA 1 (R$) 1 Aprovação de testamento cerrado 175,32 55,14 230,46. 2 Ata notarial 58,41 18,36 76,77 Tabela de Emolumentos / 2009 Anexo da Portaria nº 639/CGJ/2008 (a que se refere o 1º do artigo 2º da Lei n.º 15.424, de 30 de dezembro de 2004, atualizado nos termos do artigo 50 da referida Lei Estadual)

Leia mais

FACULDADES LEGALE MBA IMOBILIÁRIO

FACULDADES LEGALE MBA IMOBILIÁRIO FACULDADES LEGALE MBA IMOBILIÁRIO MBA - IMOBILIÁRIO DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS Conceito Espécies MBA - IMOBILIÁRIO DIREITOS REAIS DE USO E GOZO a) Superfície a.1. Conceito a.2. Objeto a.3. Extinção

Leia mais

T A B E L A (Fundo de Compensação) Líquidos (Recompe- MG já deduzidos)

T A B E L A (Fundo de Compensação) Líquidos (Recompe- MG já deduzidos) T A B E L A 4-2019 ATOS DO OFICIAL DE REGISTRO DE IMÓVEIS Emolumentos Recompe-MG Emolumentos ISSQN 3% Sobre Taxa Valor Final Código Emolumentos Líquidos Brutos (B/C do Recompe-MG) (Fundo Compensação) Líquidos

Leia mais

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.555, DE 6 DE DEZEMBRO DE O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.555, DE 6 DE DEZEMBRO DE O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, RESOLUÇÃO CFC N.º 1.555, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2018. Dispõe sobre o registro das organizações contábeis. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, R E S

Leia mais

Sem Arredondamento

Sem Arredondamento T A B E L A 4-2018 Sem Arredondamento ATOS DO OFICIAL DE REGISTRO DE IMÓVEIS Emolumentos Recompe-MG Emolumentos ISSQN 5% Sobre Taxa Valor Final Código Emolumentos Líquidos Brutos (B/C do Recompe-MG) (Fundo

Leia mais

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Marcus Kikunaga. Aula dia 20/08/2018. Direito de família e sucessões sob a ótica extrajudicial.

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Marcus Kikunaga. Aula dia 20/08/2018. Direito de família e sucessões sob a ótica extrajudicial. Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Marcus Kikunaga. Aula dia 20/08/2018. Direito de família e sucessões sob a ótica extrajudicial. Lei n.º 11.441/2007 que alterou o CPC de 1973 passou

Leia mais

Sem Arredondamento

Sem Arredondamento ATOS DO OFICIAL DE REGISTRO DE IMÓVEIS 1 - AVERBAÇÃO (com todas as anotações e referências a outros livros). T A B E L A 4-2019 Sem Arredondamento Emolumentos Recompe-MG Emolumentos Taxa Valor Final Código

Leia mais

Registro. r íõ de Imóveis. Joinville REGIMENTO DE CUSTAS E EMOLUMENTOS DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Lei Complementar 156/97

Registro. r íõ de Imóveis. Joinville REGIMENTO DE CUSTAS E EMOLUMENTOS DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Lei Complementar 156/97 Registro r íõ de Imóveis 1 Joinville REGIMENTO DE CUSTAS E EMOLUMENTOS DO ESTADO DE SANTA CATARINA Lei Complementar 156/97 LEI COMPLEMENTAR nº 219, de 31 de dezembro de 2001 (Alterada pela Lei Complementar

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior 1-) Direito de Construir: Direito de construir do possuidor ou proprietário de promover em seu prédio a incorporação

Leia mais

T A B E L A 4 ATOS DO OFICIAL DE REGISTRO DE IMÓVEIS. Liquidos. Valor - R$ Valor - R$ até 1.400,00 72,54 4,11 68,43 27,96 100,

T A B E L A 4 ATOS DO OFICIAL DE REGISTRO DE IMÓVEIS. Liquidos. Valor - R$ Valor - R$ até 1.400,00 72,54 4,11 68,43 27,96 100, T A B E L A 4 ATOS DO OFICIAL DE REGISTRO DE IMÓVEIS Emolumentos Recompe-MG Emolumentos Liquidos Taxa Valor Final Código Brutos (B/C do (Fundo (Recompe-MG já Fiscalização Recompe-MG) Compensação) duzidos)

Leia mais

Para que serve o registro de um documento no Cartório de Registro de Títulos e Documentos?

Para que serve o registro de um documento no Cartório de Registro de Títulos e Documentos? Em Minas Gerais, o Registro de Títulos e Documentos e o Registro Civil de Pessoas Jurídicas normalmente funcionam em um só local, sob a delegação de um mesmo oficial. A única exceção é a comarca de Belo

Leia mais

Princípios Constitucionais

Princípios Constitucionais DIREITO AGRÁRIO Princípios Constitucionais Prof. Vilmar A. Silva Princípio da desapropriação para reforma agrária. DA DESAPROPRIAÇÃO PARA FINS Art. 184 DE REFORMA AGRÁRIA Compete à União desapropriar por

Leia mais

Edição nº 174/2015 Brasília - DF, terça-feira, 29 de setembro de Corregedoria PORTARIA Nº 19, DE 28 DE SETEMBRO DE 2015.

Edição nº 174/2015 Brasília - DF, terça-feira, 29 de setembro de Corregedoria PORTARIA Nº 19, DE 28 DE SETEMBRO DE 2015. Corregedoria PORTARIA Nº 19, DE 28 DE SETEMBRO DE 2015. Designação da Juíza Soníria Rocha Campos D?Assunção, para exercer a Coordenação do Programa Nacional de Governança Diferenciada das Execuções Fiscais,

Leia mais

DIREITO AGRÁRIO LEGITIMAÇÃO DE POSSE

DIREITO AGRÁRIO LEGITIMAÇÃO DE POSSE DIREITO AGRÁRIO LEGITIMAÇÃO DE POSSE LEGITIMAÇÃO DE POSSE ORIGEM LEI DE TERRAS MUNDO JURÍDICO LEGALIZANDO SITUAÇÕES DE POSSE LEGITIMAÇÃO DE POSSES MANSAS E PACÍFICAS EM TERRAS CULTIVÁVEIS POSSEIRO, OCUPANTE

Leia mais

EDITAL Nº 003/2018 CASOS ESPECIAIS 2º/ Portadores de Diploma de Curso Superior e Transferência Externa

EDITAL Nº 003/2018 CASOS ESPECIAIS 2º/ Portadores de Diploma de Curso Superior e Transferência Externa EDITAL Nº 003/2018 CASOS ESPECIAIS 2º/ 2018 Portadores de Diploma de Curso Superior e Transferência Externa A Entidade Mantenedora de Ensino Santa Rita Ltda, mantenedora da FASAR Faculdade Santa Rita,

Leia mais

Lei Federal n /17 Novo Marco Legal

Lei Federal n /17 Novo Marco Legal Lei Federal n 13.465/17 Novo Marco Legal NOVO MARCO LEGAL Foi publicada no dia 11 de julho de 2017 a Lei Federal n 13.465/17 que converteu a MP 759/2016, e altera 28 dispositivos legais, entre eles: Código

Leia mais

De destacar, a obrigatoriedade de igualdade de tratamento, pelo Empregador, entre o Trabalhador Nacional e o Trabalhador Estrangeiro.

De destacar, a obrigatoriedade de igualdade de tratamento, pelo Empregador, entre o Trabalhador Nacional e o Trabalhador Estrangeiro. O Decreto n.º 6/01, de 19 de Janeiro aprova o Regulamento Sobre o Exercício da Actividade Profissional do Trabalhador Estrangeiro Não Residente, quer no sector público, quer no sector privado, tendo entrado

Leia mais

PROCESSO Nº 2011/488 SÃO PAULO 18º OFICIAL DE REGISTRO DE IMÓVEIS DA COMARCA DA CAPITAL (Parecer- 105/12-E)

PROCESSO Nº 2011/488 SÃO PAULO 18º OFICIAL DE REGISTRO DE IMÓVEIS DA COMARCA DA CAPITAL (Parecer- 105/12-E) Dados Básicos Fonte: 2011/488 Tipo: Processo CGJ/SP Data de Julgamento: 20/04/2012 Data de Aprovação16/05/2012 Data de Publicação:30/05/2012 Estado: São Paulo Cidade: São Paulo (18º SRI) Relator: Luciano

Leia mais

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA URBANA

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA URBANA Curso/Disciplina: Direito Urbanístico Aula: Direito Urbanístico - 13 Professor(a): Luiz Jungstedt Monitor(a): José Alisson Sousa dos Santos Aula 13 REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA URBANA Em regra, o princípio

Leia mais

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 12, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2003 DOU 20/11/03, seção 1, p.98 B.S. nº 47, de 24/11/03

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 12, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2003 DOU 20/11/03, seção 1, p.98 B.S. nº 47, de 24/11/03 INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 12, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2003 DOU 20/11/03, seção 1, p.98 B.S. nº 47, de 24/11/03 Fixa roteiro para a troca de informações entre o INCRA e os Serviços de Registro de Imóveis, nos

Leia mais

PROVIMENTO Nº

PROVIMENTO Nº PROVIMENTO Nº 001-1965 Doutor ANTONIO MACEDO DE CAMPOS, MM. Juiz de Direito da Vara de Registro Públicos desta Comarca da Capital do Estado de São Paulo, no uso de atribuições que lhe são conferidas por

Leia mais

Santana Lopes, Castro, Vieira, Teles, Silva Lopes, Calado, Cardoso & Associados R. L. Rua Castilho, n.º 67-2º andar * Lisboa Tel:

Santana Lopes, Castro, Vieira, Teles, Silva Lopes, Calado, Cardoso & Associados R. L. Rua Castilho, n.º 67-2º andar * Lisboa Tel: A Global Lawyers, Santana Lopes, Castro, Vieira, Teles, Silva Lopes, Calado, Cardoso & Associados Sociedade de Advogados, R. L. resulta da fusão de vontades de vários profissionais com vasto curriculum

Leia mais

Registro de imóveis na MP 759: regularização fundiária, direito de laje e legitimação de posse

Registro de imóveis na MP 759: regularização fundiária, direito de laje e legitimação de posse Registro de imóveis na MP 759: regularização fundiária, direito de laje e legitimação de posse Alexandre Junqueira Gomide alexandre@junqueiragomide.com.br www.civileimobiliario.com.br MP 759/2016 Relevância

Leia mais

Decreto n.º 6/01 de 19 de Janeiro - Regulamento sobre o Exercício da Actividade Profissional do Trabalhador Estrangeiro Não Residente

Decreto n.º 6/01 de 19 de Janeiro - Regulamento sobre o Exercício da Actividade Profissional do Trabalhador Estrangeiro Não Residente Decreto n.º 6/01 de 19 de Janeiro - Regulamento sobre o Exercício da Actividade Profissional do Trabalhador Estrangeiro Não Residente e-mail: geral@info-angola.com portal: www.info-angola.com Página 1

Leia mais

2.7. Fusão de circunscrições... 34

2.7. Fusão de circunscrições... 34 STJ00040453 índice 1. Histórico.... 1.1. Origem da propriedade imóvel no Brasil......... 1 1.2. Classificação das terras... 5 1.3. Terras devolutas... 6 1.3.1. Conceito............................. 6 1.4.

Leia mais

PEDIDO DE RECONHECIMENTO EXTRAJUDICIAL DE USUCAPIÃO

PEDIDO DE RECONHECIMENTO EXTRAJUDICIAL DE USUCAPIÃO PEDIDO DE RECONHECIMENTO EXTRAJUDICIAL DE USUCAPIÃO Em conformidade com o que estabelece o artigo 216-A da Lei n. 6.015/73, incluído pela Lei n. 13.105, de 16/3/2015, sem prejuízo da via jurisdicional,

Leia mais

PROGRAMA DE MESTRADO E DOUTORADO EM DIREITO

PROGRAMA DE MESTRADO E DOUTORADO EM DIREITO PROGRAMA DE MESTRADO E DOUTORADO EM DIREITO Disciplina - Função Socioambiental da Propriedade Pública e Privada - 2016 Professor: Doutor Wallace Paiva Martins Júnior Seminário 25/08/2016 Usucapião individual

Leia mais

DA ESTRUTURA CARTORÁRIA EXTRAJUDICIAL. Curso de Técnico em Transações Imobiliárias Curso Total

DA ESTRUTURA CARTORÁRIA EXTRAJUDICIAL. Curso de Técnico em Transações Imobiliárias Curso Total DA ESTRUTURA CARTORÁRIA EXTRAJUDICIAL Curso de Técnico em Transações Imobiliárias Curso Total DA ESTRUTURA CARTORÁRIA EXTRAJUDICIAL DA ESTRUTURA CARTORÁRIA EXTRAJUDICIAL. DIFERENÇAS ENTRE OS CARTÓRIOS

Leia mais

SEMINÁRIO CADASTRO DE IMÓVEL RURAL 31/05/2012 NORMA TÉCNICA PARA GEO : TEORIA X PRÁTICA

SEMINÁRIO CADASTRO DE IMÓVEL RURAL 31/05/2012 NORMA TÉCNICA PARA GEO : TEORIA X PRÁTICA 29 A 31 DE MAIO DE 2012 CENTRO DE CONVENÇÕES FREI CANECA SÃO PAULO (SP) SEMINÁRIO CADASTRO DE IMÓVEL RURAL 31/05/2012 NORMA TÉCNICA PARA GEO : TEORIA X PRÁTICA Professor, Engenheiro Agrimensor- ROBERTO

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº B DE 1997 EMENDA DE REDAÇÃO Nº 1

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº B DE 1997 EMENDA DE REDAÇÃO Nº 1 COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 3.405-B DE 1997 Altera a Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994, para dispor sobre o provimento da titularidade da delegação

Leia mais

TABELA "D" EXTRAJUDICIAL DO OFICIAL DO REGISTRO DE DISTRIBUIÇÃO

TABELA D EXTRAJUDICIAL DO OFICIAL DO REGISTRO DE DISTRIBUIÇÃO TABELA "D" EXTRAJUDICIAL DO OFICIAL DO REGISTRO DE DISTRIBUIÇÃO I II Distribuição de qualquer espécie, inclusive lançamento do nome dos interessados nos livros índices e fichas: a) somente duas pessoas

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 38, DE 23 DE OUTUBRO DE 2002

RESOLUÇÃO Nº 38, DE 23 DE OUTUBRO DE 2002 INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA Conselho Diretor RESOLUÇÃO Nº 38, DE 23 DE OUTUBRO DE 2002 O CONSELHO DIRETOR DO INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA, autarquia

Leia mais

PORTARIA ANP Nº 202, DE DOU REPUBLICADA DOU

PORTARIA ANP Nº 202, DE DOU REPUBLICADA DOU PORTARIA ANP Nº 202, DE 30.12.1999 - DOU 31.12.1999 - REPUBLICADA DOU 3.5.2004 Estabelece os requisitos a serem cumpridos para acesso a atividade de distribuição de combustíveis líquidos derivados de petróleo,

Leia mais

PÓS-GRADUAÇÃO MBA - DIREITO IMOBILIÁRIO Prof. Marcus Vinicius Kikunaga TURMAS 14 e 04 (on-line) 15/03/2018 TEORIA GERAL DO DIREITO NOTARIAL

PÓS-GRADUAÇÃO MBA - DIREITO IMOBILIÁRIO Prof. Marcus Vinicius Kikunaga TURMAS 14 e 04 (on-line) 15/03/2018 TEORIA GERAL DO DIREITO NOTARIAL Prof. Marcus Vinicius Kikunaga TURMAS 14 e 04 (on-line) 15/03/2018 TEORIA GERAL DO DIREITO NOTARIAL Litigio Juiz Oficio judicial = operacionaliza o litígio DIREITO MATERIAL Única (forma pública) = cartórios

Leia mais

Introdução ao Direito Agrário

Introdução ao Direito Agrário Unidade 1: Introdução ao Direito Agrário 1. Estágios culturais da humanidade (Danserou) - COLETA - CAÇA E PESCA - PASTOREIO - AGRICULTURA - INDUSTRIALIZAÇÃO - URBANIZAÇÃO 2. Textos normativos históricos

Leia mais

Dispõe sobre o valor dos emolumentos nos atos praticados pelos serviços notariais e de registro, na forma da Lei federal n!! , de 2000.

Dispõe sobre o valor dos emolumentos nos atos praticados pelos serviços notariais e de registro, na forma da Lei federal n!! , de 2000. LEI COMPLEMENTAR n º 219, de 31 de dezembro de 2001 (Alterada pela Lei Complementar n. 242, de 30 de dezembro de 2002, Lei Complementar n. 279, de 27 de dezembro de 2004, Lei Complementar n. 411, de 25

Leia mais

Direitos fundamentais propriedade. João Miguel da Luz Rivero Fundamento constitucional

Direitos fundamentais propriedade. João Miguel da Luz Rivero Fundamento constitucional Direitos fundamentais propriedade João Miguel da Luz Rivero jmlrivero@gmail.com Fundamento constitucional O regime jurídico da propriedade tem seu fundamento na Constituição. Esta garante o direito de

Leia mais

DIREITO CIVIL V. Prof. Claire Ines Gai Matielo

DIREITO CIVIL V. Prof. Claire Ines Gai Matielo DIREITO CIVIL V DA PROPRIEDADE 1. Direitos do proprietário: art. 1228 2. Aquisição da propriedade se dá de forma originária ou derivada Originária usucapião Derivada transferência - imóvel / entrega da

Leia mais

LEI /01 E NBR /98

LEI /01 E NBR /98 LEI 10.257/01 E NBR 14.166/98 Legislação ///////////////////////////////////////////// ///////////////////////////////////////////// Charles Fernando da Silva Cynthia Roberti Lima Everton Bortolini Natália

Leia mais

PORTARIA N 01, DE 16 DE FEVEREIRO DE 2012

PORTARIA N 01, DE 16 DE FEVEREIRO DE 2012 A PRÓ-REITORIA DE ENSINO, DE PESQUISA E DE EXTENSÃO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MINEIROS dispõe sobre normas e critérios para Aproveitamento de Estudos nos cursos de graduação da UNIFIMES que regerá pelo

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior 1-) Transmissão da Posse: a) Causa mortis: Neste caso, a posse é transferida no cos junto da universalidade

Leia mais

RESOLUÇÃO N Parágrafo único. É vedada a abertura das contas de registro de que trata este artigo tendo como titulares pessoas jurídicas.

RESOLUÇÃO N Parágrafo único. É vedada a abertura das contas de registro de que trata este artigo tendo como titulares pessoas jurídicas. RESOLUÇÃO N 3402 Dispõe sobre a prestação de serviços de pagamento de salários, aposentadorias e similares sem cobrança de tarifas. O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na forma do art. 9º da Lei 4.595, de 31 de

Leia mais

No Cartório de Registro de Imóveis são praticados três atos principais envolvendo bens imóveis (casas, prédios, lotes, apartamentos, lojas, fazendas,

No Cartório de Registro de Imóveis são praticados três atos principais envolvendo bens imóveis (casas, prédios, lotes, apartamentos, lojas, fazendas, No Cartório de Registro de Imóveis são praticados três atos principais envolvendo bens imóveis (casas, prédios, lotes, apartamentos, lojas, fazendas, terrenos), quais sejam, a matrícula, o registro e a

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos Individuais Direito de propriedade Prof. Alexandre Demidoff Previsão Constitucional: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se

Leia mais

ANO XXIX ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 47/2018

ANO XXIX ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 47/2018 ANO XXIX - 2018 3ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 47/2018 ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT N 202, de 13.11.2018 (DOU de 19.11.2018) - Contribuições Sociais Previdenciárias

Leia mais

TABELA II DOS OFÍCIOS DE REGISTRO DE IMÓVEIS

TABELA II DOS OFÍCIOS DE REGISTRO DE IMÓVEIS TABELA II DOS OFÍCIOS DE REGISTRO DE IMÓVEIS Tabela elaborada sob responsabilidade da Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo ARISP. Em vigor a partir de 7 de janeiro de 2011. Lei 11.331,

Leia mais

Novos Parâmetros para a Regularização Fundiária urbana e rural

Novos Parâmetros para a Regularização Fundiária urbana e rural Novos Parâmetros para a Regularização Fundiária urbana e rural A Lei nº 13.465/17 e suas PerverCidades Rosane Tierno - São Paulo - 10/10/17 PerverCidade 0 Cidade Mercado x Cidade Direito Cidade propriedade

Leia mais

Usucapião Extrajudicial ÍNDICE

Usucapião Extrajudicial ÍNDICE Usucapião Extrajudicial B ÍNDICE 11...11 Introdução...19 1._ Capítulo I Panorama Atual da Crise Judiciária...23 1.1. Considerações gerais... 24 1.2. Direito de acesso à jurisdição... 37 1.3. Celeridade

Leia mais

RESOLUÇÃO N. 11/2008 CM

RESOLUÇÃO N. 11/2008 CM RESOLUÇÃO N. 11/2008 CM Institui o Projeto "Lar Legal", que objetiva a regularização do registro de imóveis urbanos e urbanizados loteados, desmembrados, fracionados ou não. O Conselho da Magistratura

Leia mais

TABELA "F" EXTRAJUDICIAL DOS TABELIÃES

TABELA F EXTRAJUDICIAL DOS TABELIÃES TABELA "F" EXTRAJUDICIAL DOS TABELIÃES Reconhecimento de firma: a) uma 3,80 I b) as que excederem, cada uma 0,95 c) nos papéis destinados à matrícula em curso de ensino do primário ao universitário, cada

Leia mais

E N O R E S ESCOLA DE NOTÁRIOS E REGISTRADORES DO ESPÍRITO SANTO-ES 21 DE OUTUBRO 2017 LOTEAMENTOS PRÁTICA DA LEI Nº 6.766/79 FLÁVIO LUIZ BRESSAN

E N O R E S ESCOLA DE NOTÁRIOS E REGISTRADORES DO ESPÍRITO SANTO-ES 21 DE OUTUBRO 2017 LOTEAMENTOS PRÁTICA DA LEI Nº 6.766/79 FLÁVIO LUIZ BRESSAN E N O R E S ESCOLA DE NOTÁRIOS E REGISTRADORES DO ESPÍRITO SANTO-ES 21 DE OUTUBRO 2017 LOTEAMENTOS PRÁTICA DA LEI Nº 6.766/79 FLÁVIO LUIZ BRESSAN 1. Requerimento devidamente assinado com a firma reconhecida,

Leia mais