ANO XXVIII ª SEMANA DE OUTUBRO DE 2017 BOLETIM INFORMARE Nº 44/2017
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- Joana de Sequeira
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1 ANO XXVIII ª SEMANA DE OUTUBRO DE 2017 BOLETIM INFORMARE Nº 44/2017 ASSUNTOS TRABALHISTAS TERCEIRIZAÇÃO - REFORMA TRABALHISTA - ALTERAÇÃO TRAZIDA PELA LEI Nº / A PARTIR DE CONSIDERAÇÕES... Pág.1070 VERBAS QUE NÃO INCORPORAM A REMUNERAÇÃO - REFORMA TRABALHISTA - A PARTIR DE LEI Nº /2017 CONSIDERAÇÕES... Pág.1075
2 ASSUNTOS TRABALHISTAS Sumário TERCEIRIZAÇÃO - REFORMA TRABALHISTA Alteração Trazida Pela Lei Nº /2017 A Partir De Considerações 1. Introdução 2. Conceitos Empresa De Prestação De Serviços A Terceiros Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De Empresa Tomadora De Serviços Empresa De Trabalho Temporário Trabalho Temporário 3. Empresa Prestadora De Serviços A Terceiros (Terceirização) 3.1 Conceito - Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De Requisitos 3.3 Relação De Emprego 4. Empresa Contratante 4.1 Conceito - Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De Vedada 4.3 Locais Da Prestação De Serviços 4.4 Responsabilidade (Segurança, Higiene E Salubridade Dos Trabalhadores) 4.5 Direitos Estendidos Aos Trabalhadores 4.6 Responsabilidade Subsidiária Recolhimento Previdenciário (Retenção) 4.7 Não Pode Figurar Como Contratada - Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De Não Se Aplica À Empresa De Vigilância 6. Contrato Entre A Contratante E A Contratada 6.1 Atividades Relacionadas (Secundárias E Principal) Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De Empregados Contratados - Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De Direitos - Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De Empregado Demitido Nova Prestação De Serviço - Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De Contratos Vigentes 9. Fiscalização 1. INTRODUÇÃO Nesta matéria será tratada sobre a terceirização, conforme a Lei nº , de 31 de março de 2107 (D.O.U: de , P. 1 Edição Extra), a qual dispõe sobre as relações de trabalho na empresa de prestação de serviços a terceiros. E a Lei nº /2017, em seu artigo 2º, acrescentou alguns artigos a Lei nº 6.019/1974, que trata sobre terceirização: Art. 2o A Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 4o-A, 4o-B, 5o-A, 5o-B, 19-A, 19-B e 19-C. Também será tratada nesta matéria sobre a reforma trabalhista, conforme a Lei nº , de , a qual trouxe algumas alterações na Lei nº 6.019/1974, a partir de CONCEITOS Segue abaixo alguns conceitos para melhor compreensão da matéria. a) Atividade-Fim: Atividade-fim é aquela referente ao objetivo principal da empresa, expresso em contrato social ou registro de firma individual. As atividades principais estão descritas na cláusula objeto do contrato social das empresas e são chamadas de atividades-fim. b) Atividade Preponderante: Conforme o artigo 581, 2º, da CLT, entende-se por atividade preponderante a que caracterizar a unidade de produto, operação ou objetivo final, para cuja obtenção todas as demais atividades convirjam, exclusivamente, em regime de conexão funcional. TRABALHO E PREVIDÊNCIA OUTUBRO 44/
3 c) Atividade-Meio: Atividade-meio é a atividade acessória da empresa, ou seja, aquela que corre paralela à atividade principal (atividade-fim). E este serviço caracteriza-se como operação secundária, atividade de apoio ou complementar aos serviços de sua atividade-fim, ou seja, não se relaciona diretamente com a atividade-fim. Atividades-meio são todas aquelas não essenciais da empresa, ou seja, as que têm a finalidade de dar suporte às atividades principais constantes em seus objetivos sociais Empresa De Prestação De Serviços A Terceiros Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução (Artigo 4-A da Lei nº 6.019/ Alterações da Lei Nº /2017). 2.2 Empresa Tomadora De Serviços O artigo 1º da Lei nº /2017 alterou o artigo 5º da Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974), conforme abaixo: Art. 5º Empresa tomadora de serviços é a pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada que celebra contrato de prestação de trabalho temporário com a empresa definida no art. 4o desta Lei Empresa De Trabalho Temporário Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente (Artigo 1º da Lei nº /2017 alterou o artigo 4º da Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974) Trabalho Temporário O artigo 1º da Lei nº /2017 alterou o artigo 2º da Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974), conforme abaixo: Art. 2º Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. 1o É proibida a contratação de trabalho temporário para a substituição de trabalhadores em greve, salvo nos casos previstos em lei. 2o Considera-se complementar a demanda de serviços que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal. 3. EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS A TERCEIROS (TERCEIRIZAÇÃO) 3.1 Conceito - Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução (Artigo 4º-A da Lei nº 6.019/ Alterações da Lei Nº /2017). Terceirização é a contratação de serviços por meio de empresa, intermediária entre o tomador de serviços e a mão-de-obra, mediante contrato de prestação de serviços. A relação de emprego se faz entre o trabalhador e a empresa prestadora de serviços, e não diretamente com o contratante (tomador) destes. Para o Direito do Trabalho terceirização é o fenômeno pelo qual se dissocia a relação econômica de trabalho da relação justrabalhista que seria correspondente. (...) A terceirização provoca uma relação trilateral em face da contratação de força de trabalho no mercado capitalista: o obreiro, prestador de serviços, que realiza suas atividades materiais e intelectuais junto à empresa tomadora de serviços; a empresa terceirizante, que contrata este obreiro, firmando com ele os vínculos jurídicos trabalhistas pertinentes; a empresa tomadora de serviços, que recebe a prestação de labor, mas não assume a posição clássica de empregadora desse trabalhador envolvido (Delgado, Maurício Godinho). TRABALHO E PREVIDÊNCIA OUTUBRO 44/
4 3.2 Requisitos O artigo 2º da Lei nº /2017 acrescentou o artigo 4º-B à Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974), conforme abaixo: São requisitos para o funcionamento da empresa de prestação de serviços a terceiros: a) prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); b) registro na Junta Comercial; c) capital social compatível com o número de empregados, observando-se os seguintes parâmetros: c.1) empresas com até dez empregados - capital mínimo de R$ ,00 (dez mil reais); c.2) empresas com mais de dez e até vinte empregados - capital mínimo de R$ ,00 (vinte e cinco mil reais); c.3) empresas com mais de vinte e até cinquenta empregados - capital mínimo de R$ ,00 (quarenta e cinco mil reais); c.4) empresas com mais de cinquenta e até cem empregados - capital mínimo de R$ ,00 (cem mil reais); e c.5) empresas com mais de cem empregados - capital mínimo de R$ ,00 (duzentos e cinquenta mil reais). 3.3 Relação De Emprego A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante. Observação: As informações acima constam nos 1º e 2º do artigo 4º-A da Lei nº 6.019/1974, acrescentados pelo artigo 2º da Lei nº /2017. As relações de trabalho entre a empresa de prestação de serviços a terceiros (contratante) e seus empregados são disciplinados pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. 4. EMPRESA CONTRATANTE 4.1 Conceito - Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal (Artigo 5º-A da Lei nº 6.019/ Alterações da Lei Nº /2017) Vedada É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em atividades distintas daquelas que foram objeto do contrato com a empresa prestadora de serviços ( 1º do artigo 5º-A da Lei nº 6.019/1974, acrescentado pelo artigo 2º da Lei nº /2017). 4.3 Locais Da Prestação De Serviços Os serviços contratados poderão ser executados nas instalações físicas da empresa contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes ( 2º do artigo 5º-A da Lei nº 6.019/1974, acrescentado pelo artigo 2º da Lei nº /2017). 4.4 Responsabilidade (Segurança, Higiene E Salubridade Dos Trabalhadores) É responsabilidade da contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou local previamente convencionado em contrato ( 3º do artigo 5º-A da Lei nº 6.019/1974, acrescentados pelo artigo 2º da Lei nº /2017). 4.5 Direitos Estendidos Aos Trabalhadores TRABALHO E PREVIDÊNCIA OUTUBRO 44/
5 A contratante poderá estender ao trabalhador da empresa de prestação de serviços o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado ( 4º do artigo 5º-A da Lei nº 6.019/1974, acrescentados pelo artigo 2º da Lei nº /2017). Observação: Verificar também o subitem Direitos - Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De , desta matéria. 4.6 Responsabilidade Subsidiária A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991 (ver o subitem 4.6.1, abaixo) ( 5º do artigo 5º-A da Lei nº 6.019/1974, acrescentados pelo artigo 2º da Lei nº /2017). A empresa contratante, para se resguardar de uma ação trabalhista, onde poderá ficar responsável pelas obrigações trabalhistas e previdenciárias dos empregados que lhe prestam serviço, ou seja, aqueles contratados pela empresa contratada (prestadora de serviço), deverá solicitar os documentos que provam a regularidade das obrigações relacionadas com esses empregados, tais como: a) as guias quitadas do INSS e FGTS, como também as Certidões Negativas das mesmas; b) recibos de pagamentos (salário, férias, décimo terceiro, entre outros); c) recibos de entrega do vales-transporte; d) outros que julguem necessário Recolhimento Previdenciário (Retenção) Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, artigo 31: Art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia, observado o disposto no 5o do art. 33 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº , de 2009). (Produção de efeitos). 1o O valor retido de que trata o caput deste artigo, que deverá ser destacado na nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, poderá ser compensado por qualquer estabelecimento da empresa cedente da mão de obra, por ocasião do recolhimento das contribuições destinadas à Seguridade Social devidas sobre a folha de pagamento dos seus segurados. (Redação dada pela Lei nº , de 2009) 2o Na impossibilidade de haver compensação integral na forma do parágrafo anterior, o saldo remanescente será objeto de restituição. (Redação dada pela Lei nº 9.711, de 1998). 3o Para os fins desta Lei, entende-se como cessão de mão-de-obra a colocação à disposição do contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de segurados que realizem serviços contínuos, relacionados ou não com a atividade-fim da empresa, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação. (Redação dada pela Lei nº 9.711, de 1998). 4o Enquadram-se na situação prevista no parágrafo anterior, além de outros estabelecidos em regulamento, os seguintes serviços: (Redação dada pela Lei nº 9.711, de 1998). I - limpeza, conservação e zeladoria; (Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998). II - vigilância e segurança; (Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998). III - empreitada de mão-de-obra; (Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998). IV - contratação de trabalho temporário na forma da Lei no 6.019, de 3 de janeiro de (Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998). TRABALHO E PREVIDÊNCIA OUTUBRO 44/
6 5o O cedente da mão-de-obra deverá elaborar folhas de pagamento distintas para cada contratante. (Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998). 6o Em se tratando de retenção e recolhimento realizados na forma do caput deste artigo, em nome de consórcio, de que tratam os arts. 278 e 279 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, aplica-se o disposto em todo este artigo, observada a participação de cada uma das empresas consorciadas, na forma do respectivo ato constitutivo. (Incluído pela Lei nº , de 2009). 4.7 Não Pode Figurar Como Contratada - Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 4o-A (verificar o subitem 6.1 desta matéria), desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os referidos titulares ou sócios forem aposentados (Artigo 5º-C da Lei nº 6.019/ Alterações da Lei Nº /2017). 5. NÃO SE APLICA À EMPRESA DE VIGILÂNCIA O disposto nesta Lei (nesta matéria) não se aplica às empresas de vigilância e transporte de valores, permanecendo as respectivas relações de trabalho reguladas por legislação especial, e subsidiariamente pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943 (Artigo 19- B da Lei nº 6.019/1974, acrescentado pelo artigo 2º da Lei nº /2017). 6. CONTRATO ENTRE A CONTRATANTE E A CONTRATADA O contrato de prestação de serviços conterá: (Artigo 5º-B da Lei nº 6.019/1974, acrescentado pelo artigo 2º da Lei nº /2017) a) qualificação das partes; b) especificação do serviço a ser prestado; c) prazo para realização do serviço, quando for o caso; d) valor. Instrução Normativa do MTE nº 03, de 1º de setembro de 1997, artigo 4º: Art. 4º o contrato celebrado entre a empresa prestadora de serviços de terceiros e pessoa jurídica de direito público, é tipicamente administrativo, com direitos civis, na conformidade do 7º, art. 10 do Decreto-Lei nº 200/67 e da Lei nº 8.666/93. Parágrafo único. Não gera vínculo de emprego com os órgãos de Administração Pública Direta, Indireta ou Fundacional, a contratação irregular de trabalhador mediante empresa interposta, de acordo com o Enunciado nº 331 do Tribunal Superior do Trabalho TST. Instrução Normativa do MTE nº 03, de 1º de setembro de 1997, artigo 3º, 4º: 4º. O contrato de prestação de serviços a terceiros pode abranger o fornecimento de serviços, materiais e equipamentos. Observação: Não existe um modelo padrão de contrato, ele deverá ser realizado conforme as necessidades de cada prestadora de serviço e a sua contratante, porém, respeitando o que cita a Lei citada nesta matéria. 6.1 Atividades Relacionadas (Secundárias E Principal) Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução (Artigo 4-A da Lei nº 6.019/ Alterações da Lei Nº /2017). 7. EMPREGADOS CONTRATADOS - ALTERADO PELA LEI Nº /2017, A PARTIR DE Direitos - Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De TRABALHO E PREVIDÊNCIA OUTUBRO 44/
7 São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a que se refere o art. 4o-A desta Lei (verificar o subitem 6.1 desta matéria), quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante, forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições: (Artigo 4-C da Lei nº 6.019/ Alterações da Lei Nº /2017) I - relativas a: a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em refeitórios; b) direito de utilizar os serviços de transporte; c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela designado; d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir. II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço. 1o Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros direitos não previstos neste artigo. 2o Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da contratada em número igual ou superior a 20% (vinte por cento) dos empregados da contratante, esta poderá disponibilizar aos empregados da contratada os serviços de alimentação e atendimento ambulatorial em outros locais apropriados e com igual padrão de atendimento, com vistas a manter o pleno funcionamento dos serviços existentes. Observação: Verificar também o subitem 4.5 Direitos Estendidos Aos Trabalhadores, desta matéria. 7.2 Empregado Demitido Nova Prestação De Serviço - Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De O empregado que for demitido não poderá prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de 18 (dezoito) meses, contados a partir da demissão do empregado (Artigo 5º-D da Lei nº 6.019/ Alterações da Lei Nº /2017). 8. CONTRATOS VIGENTES Os contratos em vigência, se as partes assim acordarem, poderão ser adequados aos termos desta Lei, ou seja, desta matéria (Artigo 19-C da Lei nº 6.019/1974, acrescentado pelo artigo 2º da Lei nº /2017). 9. FISCALIZAÇÃO O descumprimento do disposto nesta Lei (descrito nesta matéria) sujeita a empresa infratora ao pagamento de multa (Artigo 19-A da Lei nº 6.019/1974, acrescentado pelo artigo 2º da Lei nº /2017). A fiscalização, a autuação e o processo de imposição das multas reger-se-ão pelo Título VII da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943 (Parágrafo único, do artigo 19-A da Lei nº 6.019/1974, acrescentado pelo artigo 2º da Lei nº /2017). Fundamentos Legais: Os citados no texto. Sumário VERBAS QUE NÃO INCORPORAM A REMUNERAÇÃO - REFORMA TRABALHISTA A Partir De Lei Nº /2017 Considerações 1. Introdução 2. Remuneração 3. Verbas Que Não Incorporam A Remuneração - Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De Artigo 457 Da CLT, 1º, 2º E 4º - Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De Artigo 458 Da CLT, 5º - Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De Súmulas Do STF E Do TST 4. Efeitos Previdenciários - Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De TRABALHO E PREVIDÊNCIA OUTUBRO 44/
8 1. INTRODUÇÃO Nesta matéria será tratada sobre as verbas que não incorporam a remuneração, conforme a reforma trabalhista, pela Lei nº , de , a partir de REMUNERAÇÃO Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber (Artigo 457 da CLT). Salário é o valor pago como contraprestação dos serviços prestados pelo empregado, e remuneração engloba este, mais outras vantagens a título de gratificação ou adicionais. Art CLT - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de ). 3. VERBAS QUE NÃO INCORPORAM A REMUNERAÇÃO - ALTERADO PELA LEI Nº /2017, A PARTIR DE *** Atualmente: Integra no salário do empregado a parcela fixa, comissões, percentuais, adicionais, gratificações ajustadas, abonos pagos pelo empregador e também as diárias para viagens que excederem a 50% (cinqüenta por cento) do valor do salário. *** A partir de (com a reforma trabalhista): Não vai integrar a remuneração do empregado, gratificações, prêmios, diárias, ajudas de custo, assistência médica e alimentação. Observação: Verificar o subitem 3.1 (desta matéria), o artigo 457 da CLT. 3.1 Artigo 457 Da CLT, 1º, 2º E 4º - Alterado pela Lei nº /2017, a partir de A partir de , não integra a remuneração do empregado, gratificações, prêmios, diárias, ajudas de custo, assistência médica e alimentação. Art Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. ATENÇÃO: NOVA REDAÇÃO DO 1º COM VIGÊNCIA A PARTIR DE , PELA LEI Nº / Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador. ATENÇÃO: NOVA REDAÇÃO DO 2º COM VIGÊNCIA A PARTIR DE , PELA LEI Nº / As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. Redação Anterior: 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagens que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do salário percebido pelo empregado. 3º -Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destinado à distribuição aos empregados. ATENÇÃO: NOVA REDAÇÃO DO 4º COM VIGÊNCIA A PARTIR DE , PELA LEI Nº /2017. TRABALHO E PREVIDÊNCIA OUTUBRO 44/
9 4 Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades. Redação Anterior: 4 A gorjeta mencionada no 3 não constitui receita própria dos empregadores, destina-se aos trabalhadores e será distribuída segundo critérios de custeio e de rateio definidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho. 5 Inexistindo previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, os critérios de rateio e distribuição da gorjeta e os percentuais de retenção previstos nos 6 e 7 deste artigo serão definidos em assembleia geral dos trabalhadores, na forma do art. 612 desta Consolidação. 6 As empresas que cobrarem a gorjeta de que trata o 3 deverão: I - para as empresas inscritas em regime de tributação federal diferenciado, lançá-la na respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até 20% (vinte por cento) da arrecadação corres pondente, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, para custear os encargos sociais, previdenciários e trabalhistas derivados da sua integração à remuneração dos empregados, devendo o valor remanescente ser revertido integralmente em favor do trabalhador; II - para as empresas não inscritas em regime de tributação federal diferenciado, lançá-la na respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até 33% (trinta e três por cento) da arrecadação correspondente, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, para custear os encargos sociais, previdenciários e trabalhistas derivados da sua integração à remuneração dos empregados, devendo o valor remanescente ser revertido integralmente em favor do trabalhador; III - anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no contracheque de seus empregados o salário contratual fixo e o percentual percebido a título de gorjeta. 7 A gorjeta, quando entregue pelo consumidor diretamente ao empregado, terá seus critérios definidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho, facultada a retenção nos parâmetros do 6 deste artigo. 8 As empresas deverão anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social de seus empregados o salário fixo e a média dos valores das gorjetas referente aos últimos doze meses. 9 Cessada pela empresa a cobrança da gorjeta de que trata o 3 deste artigo, desde que cobrada por mais de doze meses, essa se incorporará ao salário do empregado, tendo como base a média dos últimos doze meses, salvo o estabelecido em convenção ou acordo coletivo de trabalho. 10. Para empresas com mais de sessenta empregados, será constituída comissão de empregados, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, para acompanhamento e fiscalização da regularidade da cobrança e distribuição da gorjeta de que trata o 3 deste artigo, cujos representantes serão eleitos em assembleia geral convocada para esse fim pelo sindicato laboral e gozarão de garantia de emprego vinculada ao desempenho das funções para que foram eleitos, e, para as demais empresas, será constituída comissão intersindical para o referido fim. 11. Comprovado o descumprimento do disposto nos 4, 6, 7 e 9 deste artigo, o empregador pagará ao trabalhador prejudicado, a título de multa, o valor correspondente a 1/30 (um trinta avos) da média da gorjeta por dia de atraso, limitada ao piso da categoria, assegurados em qualquer hipótese o contraditório e a ampla defesa, observadas as seguintes regras: I - a limitação prevista neste parágrafo será triplicada caso o empregador seja reincidente; II - considera-se reincidente o empregador que, durante o período de doze meses, descumpre o disposto nos 4, 6, 7 e 9 deste artigo por mais de sessenta dias. NOTAS INFORMARE: - As gorjetas são chamadas de salário indireto porque pagas por terceiros, em contraposição ao salário direto que é pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do trabalho. - A ajuda de custo se distingue, basicamente, da diária para viagem, porque esta é paga continuamente, de acordo com o número de dias de viagem, enquanto que aquela é efetuada em parcela única. TRABALHO E PREVIDÊNCIA OUTUBRO 44/
10 - Tanto a ajuda de custo, quanto a diária para viagem, possuem, em princípio, natureza indenizatória, porque não se destinam a retribuir o trabalho do empregado, mas a indenizar a diminuição salarial que teria este que suportar, caso tivesse que arcar com as despesas efetuadas no exercício de suas funções Artigo 458 Da CLT, 5º - Alterado Pela Lei Nº /2017, A Partir De Art CLT - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de ) 1º - Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário-mínimo (arts. 81 e 82). (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de ) 2º - Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: (Redação dada pela Lei nº , de ) I vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; (Incluído pela Lei nº , de ) II educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; (Incluído pela Lei nº , de ) III transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; (Incluído pela Lei nº , de ) IV assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; (Incluído pela Lei nº , de ) V seguros de vida e de acidentes pessoais; (Incluído pela Lei nº , de ) VI previdência privada; (Incluído pela Lei nº , de ) VII (VETADO) (Incluído pela Lei nº , de ) VIII - o valor correspondente ao vale-cultura. 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do saláriocontratual. (Incluído pela Lei nº 8.860, de ) 4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de co-habitantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família. (Incluído pela Lei nº 8.860, de ) *** ATENÇÃO: ACRESCIDO O 5º COM VIGÊNCIA A PARTIR DE , PELA LEI Nº / O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médicohospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem o salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do 9 do art. 28 da Lei n 8.212, de 24 de julho de Súmulas Do STF E Do TST Segue abaixo, Súmulas que também tratam sobre remuneração: SÚMULA 207 DO STF (SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). As gratificações habituais, inclusive a de Natal, consideram-se tacitamente convencionadas, integrando o salário. SÚMULA Nº 354 DO TST (TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO), GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e : As gorjetas, cobradas pelo empregador na TRABALHO E PREVIDÊNCIA OUTUBRO 44/
11 nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. SÚMULA Nº 264 DO TST (TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO). HORA SUPLEMENTAR. CÁLCULO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e : A remuneração do serviço suplementar é composta do valor da hora normal, integrado por parcelas de natureza salarial e acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo, convenção coletiva ou sentença normativa. SÚMULA Nº 148 DO TST (TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO). GRATIFICAÇÃO NATALINA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e : É computável a gratificação de Natal para efeito de cálculo de indenização (ex-prejulgado nº 20). SÚMULA Nº 63 DO TST (TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO). FUNDO DE GARANTIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e : A contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço incide sobre a remuneração mensal devida ao empregado, inclusive horas extras e adicionais eventuais. 4. EFEITOS PREVIDENCIÁRIOS - ALTERADO PELA LEI Nº /2017, A PARTIR DE *** Atualmente: Conforme abaixo, o artigo 28, 8º, alínea a da Lei nº 8.212/1991, entende-se como salário-de-contribuição para efeitos previdenciários: Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição: 8º Integram o salário-de-contribuição pelo seu valor total: (Redação dada pela Lei nº 9.528, de ) (Vide Lei nº , de 2015)Vigência a) o total das diárias pagas, quando excedente a cinqüenta por cento da remuneração mensal; (Incluída pela Lei nº 9.528, de ). *** A partir de : - A alínea a (diárias, verificar acima) do artigo 28, da Lei nº 8.212/1991, não faz mais parte do salário-decontribuição para efeitos previdenciários: - As alíneas h ; q e z, não integram o salário-de-contribuição, alteração dada pela Lei nº /2017, o 9º, do artigo 28 da Lei nº 8.212/1991, conforme abaixo: 9º Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente:... h) as diárias para viagens;... q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares;... z) os prêmios e os abonos. Fundamentos Legais: Os citados no texto. TRABALHO E PREVIDÊNCIA OUTUBRO 44/
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