De 2001 a 2011 Uma experiência com usuários de crack

Transcrição

1 De 2001 a 2011 Uma experiência com usuários de crack Luciana Oliveira Villarinho Rodrigues Profa. Dra. Adriana Marcassa Tucci Universidade Federal de São Paulo Secretaria Municipal de Saúde de Santos Financiamento: FAPESP; Ministério da Saúde

2 INTRODUÇÃO Santos é uma cidade do litoral do Estado de São Paulo, com habitantes; Cidade Turística com o maior porto da América Latina; Circulação diária de caminhoneiros vindos de diversas partes do país e navios de rota nacional e internacional, sendo uma das rotas de tráfico de drogas no país (Lacerda et al 1996); Anos 80: Capital da Aids, investimento em Prevenção e Assistência às DST/Aids (Villarinho et al, 2002); Final da déc : 42,5% dos casos de Aids do

3 INTRODUÇÃO 1997: Início do trabalho com UDI, depois de tentativas frustradas da Redução de Danos, pelo legislativo local; 1998: Início da RD com limpeza de seringas para UDI em Santos (Salvador -1995); 2000: Início de campo com intervenção em RD com usuário de crack (distribuição de filtros de cigarro); 2001: 1º Levantamento do Perfil dos usuários de crack em Santos incentivo

4 OBJETIVO Comparar os resultados de dois diferentes levantamentos de perfil de usuários de crack no Município de Santos de 2001 e 2011.

5 MÉTODO 2001 Metodologia quantitativa e qualitativa; Questionário com 37 questões: identificação, crença religiosa, escolaridade, situação de trabalho, moradia, consumo de drogas, sua administração e trajetória até o crack, sexualidade e prevenção; 109 usuários de crack entrevistados (2 etapas) intervenção de R.D. pelo PM DST/Aids de Santos; Entrevistas feitas em campo (locais de uso e ONG) Metodologia quantitativa e qualitativa; Instrumento: Addiction Severity Index (ASI) (McLellan et al., 1992): dados sócio-demográficos, nível de problemas e necessidade de tratamento associados ao consumo de drogas, condição médica, situação ocupacional, uso de álcool e outras drogas, situação legal, problemas psiquiátricos, familiares e sociais; 107 usuários de crack entrevistados entre os estratos: SENAT, ONG, rua com

6 PRINCIPAIS RESULTADOS EM Dos 60 entrevistados apenas 2 não usaram o filtro e 55 disseram não ter compartilhado o insumo, revelando que estratégias de R.D. são possíveis mesmo com dependentes do crack, ampliando a visão das intervenções com os usuários.

7 SEXO masculino feminino Colunas (n = 109) 2011 (n = 107)

8 ESCOLARIDADE alfabetizados fundamental inco fundamental com médio incomplet médio completo superior incompl superior complet

9 IDADE média de idad Colunas 3D 2 Colunas 3D

10 MORADIA fixa não fix Norte

11 CRACK E OUTRAS DROGAS 90% 68% 45% 23% álcool cigarro maconh cocaína inalante oxy 0%

12 MOTIVOS PARA USO DO CRACK curiosidade influência de influência de outros

13 Resultados Algumas diferenças de 2001 para 2011: Os pontos de tráfico de droga são pontos de consumo hoje o que era combatido até 2006; Violência muito maior nos locais de consumo; Álcool utilizado para baixar a compulsão pelo crack, antes só se falava na maconha; Tráfico mais organizado, muita dificuldade em realizar as entrevistas em locais onde os usuários estão próximos ou sob tutela dos

14 Resultados Algumas diferenças de 2001 para 2011: As entrevistas foram alvo de discussão entre traficantes e usuários (preocupação com as informações passadas); Segundo Nappo 1999, o padrão de consumo de crack era de 25 pedras dia, hoje o mínimo que encontramos é de 2 pedras/dia, mas o máximo é de 150 pedras/dia; Drogas associadas ao uso do crack por ordem de prioridade: álcool, maconha, cocaína, oxy,

15 OBRIGADA!!!