LEIS PENAIS ESPECIAIS MARCELO UZEDA

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1 LEIS PENAIS ESPECIAIS MARCELO UZEDA

2 LEI N.º 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990 Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras providências 2

3 Art. 5º (...) XLIII a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 3

4 ROL TAXATIVO Diante do mandamento constitucional, além dos crimes de tráfico de entorpecentes, do terrorismo e da tortura, o legislador adotou um CRITÉRIO LEGAL PARA A DEFINIÇÃO DOS CRIMES HEDIONDOS. 4

5 HIPÓTESES LEGAIS - ROL TAXATIVO: Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de Código Penal, consumados ou tentados:

6 1.HOMICÍDIO I homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, 2 o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII); (Redação dada pela Lei nº , de 2015) 6

7 Feminicídio (Incluído pela Lei nº , de 2015) ART. 121, 2º, VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: 2 o -A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: I - violência doméstica e familiar; II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

8 ART º, CP VII contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº , de 2015)

9 A atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal admite a possibilidade de ocorrência de homicídio privilegiado-qualificado, desde que não haja incompatibilidade entre as circunstâncias aplicáveis. Ocorrência da hipótese quando a paciente comete o crime sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, mas o pratica disparando os tiros de surpresa, nas costas da vítima (CP, art. 121, 2º, IV). A circunstância subjetiva contida no homicídio privilegiado (CP, art. 121, 1º) convive com a circunstância qualificadora objetiva "mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima" (CP, art. 121, 2º, IV). Precedentes.

10 A superveniência das Leis nºs /90 e 8.930/94, que tratam dos crimes hediondos, não altera a jurisprudência deste Tribunal, observando-se que no caso do homicídio qualificado não foi definido um novo tipo penal, mas, apenas, atribuída uma nova qualidade a um crime anteriormente tipificado. (HC 76196, Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA, Segunda Turma, julgado em 29/09/1998, DJ

11 2. LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA OU SEGUIDA DE MORTE I-A lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, 2 o ) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, 3 o ), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei nº , de 2015)

12 3. LATROCÍNIO Art. 1º (...) II - latrocínio (art. 157, 3º, in fine); 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de 7 (sete) a 15 (quinze) anos, além de multa; se resulta morte, a reclusão é de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, sem prejuízo da multa. 12

13 4. EXTORSÃO QUALIFICADA PELA MORTE, EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO E NA FORMA QUALIFICADA III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, 2º); IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e lº, 2º e 3º); 13

14 Atenção! A lei 11923/2009 criou a nova figura de extorsão mediante restrição da liberdade da vítima ( sequestro relâmpago ) Art. 158, 3 º, CP: Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, (...) ; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicamse as penas previstas no art. 159, 2 o e 3 o, respectivamente. 14

15 POLÊMICA: é crime hediondo? 1ª Corrente: Luiz Flavio Gomes: Toda extorsão com resultado morte é crime hediondo, pouco importando a forma de execução do delito. A lei não criou um crime autônomo, mas apenas uma forma qualificada pela privação da liberdade da vítima. 2ª Corrente: Guilherme de Souza Nucci e Damásio E. de Jesus: O legislador adotou o critério legal. Se o art. 158, 3º, CP não foi incluído no rol taxativo dos crimes hediondos, não se pode fazer analogia in malam partem. 15

16 5. ESTUPRO e ESTUPRO DE VULNERÁVEL V - estupro (art. 213, caput e 1 o e 2 o ); (Redação dada pela Lei nº , de 2009) VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e 1 o, 2 o, 3 o e 4 o ); (Redação dada pela Lei nº , de 2009) 16

17 ANTES da Lei 12015/2009, a doutrina e a jurisprudência majoritárias (STF: HC 81288/SC e STJ: HC /MT) já entendiam que o estupro e o atentado violento ao pudor, nas formas simples, e mesmo com violência presumida, seriam considerados como crimes hediondos. A polêmica teve fim com a edição da lei 12015/2009, que alterou a lei 8072/90, fazendo menção expressa às formas simples e qualificadas.

18 Informativo n. 0505/STJ Terceira Seção Os crimes de estupro e atentado violento ao pudor cometidos antes da edição da Lei n /2009 são considerados hediondos, ainda que praticados na forma simples. REsp SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 26/9/

19 6. EPIDEMIA COM RESULTADO MORTE VII - epidemia com resultado morte (art. 267, 1 o ). Crime preterdoloso 19

20 7. FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e 1 o, 1 o -A e 1 o -B, com a redação dada pela Lei n o 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de )

21 8. FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO DE MENORES E VULNERÁVEIS VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e 1º e 2º). (INCLUÍDO PELA LEI Nº , DE 2014)

22 9. GENOCÍDIO Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1 o, 2 o e 3 o da Lei n o 2.889, de 1 o de outubro de 1956, tentado ou consumado. 22

23 10. CRIMES EQUIPARADOS A HEDIONDOS TRÁFICO DE DROGAS (lei 11343/2006), TORTURA (lei 9455/97) e TERRORISMO não se encontram elencados no rol exaustivo do art. 1º, mas a previsão resulta do art. 2º da lei 8072/90 e do inciso XLIII do art. 5º da CRFB.

24 TRÁFICO PRIVILEGIADO Súmula 512-STJ: A aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art. 33, 4º, da Lei n /2006 não afasta a hediondez do crime de tráfico de drogas. 24

25 VEDAÇÕES Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: I - anistia, graça e indulto; 25

26 II - fiança. (Redação dada pela Lei nº , de 2007) Apesar de inafiançáveis, admite-se a liberdade provisória independentemente de fiança, se não estiverem presentes os pressupostos da prisão preventiva.

27 A garantia da fundamentação importa o dever judicante da real ou efetiva demonstração de que a segregação atende a pelo menos um dos requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal. Pelo que a vedação legal à concessão da liberdade provisória, mesmo em caso de crimes hediondos (ou equiparados), opera uma patente inversão da lógica elementar da Constituição. 27

28 LIBERDADE PROVISÓRIA De acordo com o STF: a mera alusão à gravidade do delito ou a expressões de simples apelo retórico não valida a ordem de prisão cautelar, sendo certo que a proibição abstrata de liberdade provisória também se mostra incompatível com tal presunção constitucional de não-culpabilidade. (HC , Relator(a): PUBLIC ). Min. AYRES BRITTO, Segunda Turma, 28

29 De acordo com o STJ: O fato de estar inserido no rol dos delitos hediondos ou equiparados não basta para a imposição da constrição cautelar, por ser necessária a existência de circunstâncias que demonstrem a adoção dessa medida excepcional. (HC /DF, QUINTA TURMA, julgado em 21/06/2012, DJe 03/08/2012) 29

30 DECISÃO ACERCA DO RECURSO EM LIBERDADE Art. 2º, 3 o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade. Art. 387, 1 o, CPP: O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o caso, a imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do conhecimento de apelação que vier a ser interposta. 30

31 REGIME INICIAL FECHADO Art. 2º, 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado. No HC , o Pleno do STF declarou a inconstitucionalidade na imposição automática de regime inicial fechado, pois se desrespeitam as garantias da individualização da pena e da fundamentação das decisões judiciais: 31

32 É inadmissível a imposição de regime inicial fechado com base exclusivamente no art. 2º, 1º, da Lei nº 8.072/90, uma vez que sua inconstitucionalidade foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (HC PLENO). (RHC , Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 10/02/2015, PUBLIC ) 32

33 LAPSOS TEMPORAIS DIFERENCIADOS PARA A PROGRESSÃO. Art. 2º, 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. (Redação dada pela Lei nº , de 2007) 33

34 Súmula 471/STJ Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n /2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n /1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisional. 34

35 STF: SEGURANÇA JURÍDICA APLICAÇÃO DA LEI NO TEMPO. A primeira condição da segurança jurídica é a irretroatividade da lei, no que editada para viger prospectivamente, regendo atos e fatos que venham a ocorrer. LEI APLICAÇÃO NO TEMPO PENAL. O princípio da irretroatividade da lei surge robustecido ante o disposto no artigo 5º, inciso XL, da Constituição Federal a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.

36 PENA REGIME DE CUMPRIMENTO DEFINIÇÃO. O regime de cumprimento da pena é norteado, considerada a proteção do condenado, pela lei em vigor na data em que implementada a prática delituosa. PENA REGIME DE CUMPRIMENTO PROGRESSÃO FATOR TEMPORAL. A Lei nº /07, que majorou o tempo necessário a progredir-se no cumprimento da pena, não se aplica a situações jurídicas que retratem crime cometido em momento anterior à respectiva vigência precedentes.

37 LEI PENAL INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA EXTENSÃO IMPROPRIEDADE. Descabe interpretar analogicamente norma penal benéfica ao acusado a ponto de introduzir, no cenário, quanto a instituto nela não tratado, exigência relativa ao cumprimento de parte da pena para progredir. (RE , Plenário REPERCUSSÃO GERAL - PUBLIC ).

38 PRISÃO TEMPORÁRIA (30 dias) ART. 2º, 4 o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei n o 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. (Incluído pela Lei nº , de 2007) 38

39 ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA E CRIME HEDIONDO Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo. 39

40 DELAÇÃO PREMIADA: Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços.

41 Associação Criminosa Art Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente. Constituição de milícia privada Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos. 41

42 CAUSA DE AUMENTO DE PENA (MAJORANTE) Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados nos arts. 157, 3º, 158, 2º, 159, caput e seus 1º, 2º e 3º, 213, caput e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, todos do Código Penal, são acrescidas de metade, respeitado o limite superior de trinta anos de reclusão, estando a vítima em qualquer das hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal. 42

43 INFORMATIVO Nº 692/STF Art. 224 do CP e latrocínio Asseverou-se que este preceito diante da revogação do art. 224 do CP pela Lei /2009 TERIA PERDIDO A EFICÁCIA, devendo, portanto, a adição ser extirpada da reprimenda imposta, por força do princípio da novatio legis in mellius (CP, art. 2º, parágrafo único). HC /AC, rel. Min. Dias Toffoli,

44 SURSIS Afastada a obrigatoriedade de cumprimento de pena em regime integralmente fechado, a suspensão condicional da pena pode ser concedida a condenado por crime hediondo ou equiparado, desde que preenchidos os requisitos legais. (Precedentes). (REsp /RS, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 22/05/2007, DJ 03/09/2007, p. 213) 44

45 CRIMES HEDIONDOS - SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA. Possível é a suspensão condicional da pena mesmo em se tratando de crime hediondo. (HC 86698, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 19/06/2007, DJe-092 DIVULG PUBLIC DJ PP EMENT VOL PP-00555) 45

46 LIVRAMENTO CONDICIONAL Art O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado NÃO FOR reincidente específico em crimes dessa natureza.

47 LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997 Define os crimes de tortura e dá outras providências 47

48 1. BEM JURÍDICO TUTELADO é a dignidade humana, a integridade física e psíquica e até a vida das pessoas. 2. SUJEITO ATIVO A maioria da doutrina entende que o delito de tortura é crime comum, já que a lei não previu tal qualidade especial. Em algumas figuras típicas, pode ser funcionário público. 3. SUJEITO PASSIVO - qualquer pessoa.

49 TIPO OBJETIVO Art. 1º Constitui crime de tortura: I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

50 a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

51 ESPÉCIES de TORTURA ART. 1º, I PROBATÓRIA TORTURA- CRIME DISCRIMINATÓRIA

52 NÚCLEO - CONSTRANGER - forçar, obrigar pela força, coagir, compelir. COM EMPREGO DE VIOLÊNCIA - vis corporalis - violência física sobre o corpo da vítima, para afastar sua resistência. OU GRAVE AMEAÇA - vis compulsiva - violência moral, exercida sobre o psiquismo da vítima, viciando sua vontade.

53 ELEMENTO NORMATIVO DO TIPO CAUSANDO-LHE SOFRIMENTO FÍSICO OU MENTAL TIPO SUBJETIVO Dolo - vontade livre e consciente de infligir sofrimento físico ou mental na vítima, através de violência ou grave ameaça.

54 O ESPECIAL FIM DE AGIR, segundo boa parte da doutrina, é exigido nas três figuras típicas, que se classificam como crimes de intenção ou de tendência interna transcendente, em que o elemento subjetivo não se esgota no dolo, é necessária uma finalidade ulterior. Em sentido diverso, há quem entenda que a terceira figura exigiria (DISCRIMINATÓRIA), em vez de especial fim de agir, um motivo determinante (EM RAZÃO DE).

55 a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa (TORTURA PROBATÓRIA, PERSECUTÓRIA, INQUISITORIAL) informação é a comunicação ou notícia acerca de fato; declaração é o esclarecimento, explicação ou revelação referente a algum fato; confissão é a admissão da prática de fato.

56 b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; (TORTURA-CRIME) HAVERÁ AUTORIA MEDIATA - Se houver coação física ou moral irresistível. 1ª Corrente: incluem-se as contravenções penais, em função da inexistência de diferença ontológica entre crime e contravenção - configura analogia in malam partem. 2ª Corrente: Só admite a prática de crime, em função da distinção legal (art. 1º, LICP). Se a conduta visar à prática de contravenção penal, há crime de constrangimento ilegal (art. 146, CP).

57 c) em razão de discriminação RACIAL OU RELIGIOSA (TORTURA PRECONCEITUOSA, DISCRIMINATÓRIA, RACISTA) Não houve previsão de outras modalidades de discriminação (Ex.: orientação sexual, gênero, idade). Consuma-se com o sofrimento físico ou mental. É possível a ocorrência de concurso material entre os crimes de tortura e racismo (lei 7716/89).

58 CONSUMAÇÃO E TENTATIVA Trata-se de crimes formais. Consumam-se com a causação do sofrimento, mesmo que o resultado almejado pelo agente não ocorra. São crimes de resultado cortado, pois a ocorrência do fim pretendido pelo agente independe de sua vontade, está fora da esfera de controle deste. Quanto à tortura preconceituosa, para quem entende que há motivo determinante em vez de especial fim de agir, trata-se de crime material.

59 TIPO OBJETIVO Art. 1º Constitui crime de tortura: II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça,

60 a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

61 TORTURA CASTIGO (OU PUNITIVA, VINDICATIVA OU INTIMIDATÓRIA) SUJEITO ATIVO só pode ser quem tem a vítima sob sua guarda, poder ou autoridade. SUJEITO PASSIVO é a pessoa que se encontra sob sua guarda, poder ou autoridade do sujeito ativo. CRIME PRÓPRIO - Exige-se essa especial relação entre os sujeitos ativo e passivo.

62 TIPO OBJETIVO NÚCLEO - SUBMETER - subjugar, sujeitar, tornar objeto de. ELEMENTO NORMATIVO DO TIPO - "INTENSO SOFRIMENTO físico ou mental COM EMPREGO DE VIOLÊNCIA - vis corporalis - violência física sobre o corpo da vítima, para afastar sua resistência. OU GRAVE AMEAÇA - vis compulsiva - violência moral, exercida sobre o psiquismo da vítima, viciando sua vontade.

63 TIPO SUBJETIVO Dolo - vontade livre e consciente de impor intenso sofrimento físico ou mental à vítima, através de violência ou grave ameaça. Especial Fim de Agir - (Animus corrigendi) - como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo". castigo reprimenda por alguma falta. medida de caráter preventivo disciplina para evitar futuras faltas.

64 CONSUMAÇÃO E TENTATIVA Crime material, consuma-se com o resultado de intenso sofrimento físico ou psíquico suportado pela vítima em razão da violência ou grave ameaça. É cabível a tentativa, se a prática da violência ou grave ameaça não chega a causar o intenso sofrimento requerido pelo tipo.

65 FORMA EQUIPARADA 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.

66 SUJEITO ATIVO - Crime próprio, só pode ser praticado por quem tem a vítima sob custódia, em razão de prisão ou medida de segurança detentiva (funcionário público ou não). Ex.: agente penitenciário, médico, enfermeiro. SUJEITO PASSIVO - é a pessoa que se encontra sob custódia, presa (qualquer modalidade de prisão) ou submetida a medida de segurança detentiva.

67 TIPO OBJETIVO NÚCLEO - SUBMETER - subjugar, sujeitar, tornar objeto de. ELEMENTO NORMATIVO - "ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal". TIPO SUBJETIVO Dolo - vontade livre e consciente de impor sofrimento físico ou mental. NÃO HÁ ESPECIAL FIM DE AGIR. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA CRIME MATERIAL - consuma-se com o sofrimento

68 TORTURA IMPRÓPRIA (OMISSIVA ou PRIVILEGIADA) 2º Aquele que SE OMITE em face dessas condutas, quando tinha o dever de EVITÁ-LAS ou APURÁ-LAS, incorre na pena de DETENÇÃO DE UM A QUATRO ANOS.

69 SUJEITO ATIVO Crime próprio, só pode ser praticado por quem tem a posição de garantidor (1ª figura - tinha o dever de evitá-las) ou que esteja em posição funcional/hierárquica (2ª figura - tinha o dever de apurá-las). Trata-se de uma figura privilegiada do omitente, que recebe pena de DETENÇÃO DE 1 A 4 ANOS. SUJEITO PASSIVO é a pessoa que sofre a tortura.

70 TIPO OBJETIVO NÚCLEO - OMITIR-SE omissão própria. 1ª figura - tinha o dever de evitá-las - Pune-se a não-evitação da prática das modalidades de tortura tipificadas nos dispositivos anteriores. Pressupõe a capacidade de agir com êxito para impedir a prática do delito. A impossibilidade de agir torna a conduta atípica. 2ª figura - tinha o dever de apurá-las - pune-se a não-apuração da tortura praticada por outrem e que chegou ao conhecimento do sujeito.

71 TIPO SUBJETIVO Dolo - vontade livre e consciente de omitir-se em impedir ou apurar a tortura praticada por outrem. Não se exige especial fim de agir. Não há modalidade culposa. A negligência do omitente é atípica. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 1ª figura - com a ocorrência da tortura. 2ª figura - com a inércia em não apurar. Não cabe tentativa.

72 Pena - detenção, de um a quatro anos. Admite suspensão condicional do processo, nos termos do art. 89, da lei 9099/95. Cabe substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. Não há obrigatoriedade de regime inicial fechado (exceção ao 7º) NÃO É CLASSIFICADO COMO CRIME HEDIONDO

73 TORTURA QUALIFICADA PELO RESULTADO 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; (4 A 10 ANOS) se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos (8 A 16 ANOS). FIGURAS PRETERDOLOSAS - As lesões de natureza leve são absorvidas pela tortura.

74 Tortura Omissiva ( 2º) x Qualificadora ( 3º) Segundo entendimento majoritário, o 3º, que qualifica o crime de tortura, NÃO SE APLICA AO OMITENTE, porque foi nítida a intenção do legislador em dar um tratamento diferenciado. CONFLITO APARENTE DE NORMAS: Tortura seguida de morte x Homicídio qualificado por emprego de tortura (art. 121, 2º, III, CP)

75 CAUSAS DE AUMENTO DE PENA 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: (1/6 A 1/3) I - se o crime é cometido por agente público II se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; III - se o crime é cometido mediante sequestro.

76 EFEITOS DA CONDENAÇÃO 5º A condenação acarretará a PERDA do cargo, função ou emprego público e a INTERDIÇÃO PARA SEU EXERCÍCIO pelo DOBRO DO PRAZO da pena aplicada.

77 EFEITOS DA CONDENAÇÃO Deve haver NEXO CAUSAL entre a prática da tortura e a função pública. Segundo a DOUTRINA e JURISPRUDÊNCIA MAJORITÁRIAS, trata-se de EFEITOS AUTOMÁTICOS da condenação, diferentemente do que dispõe o art. 92, parágrafo único do CP.

78 DE ACORDO COM O STF: A condenação de policiais militares pela prática do crime de tortura, por ser crime comum, tem como efeito automático a perda do cargo, função ou emprego público, por força do disposto no artigo 1º, 5º, da Lei 9.455/1997. (ARE ª Turma, PUBLIC )

79 VEDAÇÕES 6º O crime de tortura é INAFIANÇÁVEL e insuscetível de GRAÇA OU ANISTIA. O crime de tortura é inafiançável, mas poderá admitir a liberdade provisória independentemente de fiança, se não estiverem presentes os pressupostos da prisão preventiva.

80 De acordo com o STJ: O fato de estar inserido no rol dos delitos hediondos ou equiparados não basta para a imposição da constrição cautelar, por ser necessária a existência de circunstâncias que demonstrem a adoção dessa medida excepcional. (HC /DF, QUINTA TURMA, julgado em 21/06/2012, DJe 03/08/2012)

81 REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, SALVO A HIPÓTESE DO 2º, iniciará o cumprimento da pena em REGIME FECHADO.

82 INFORMATIVO Nº 789/STF O condenado por crime de tortura iniciará o cumprimento da pena em regime fechado, nos termos do disposto no 7º do art. 1º da Lei 9.455/ Lei de Tortura. Com base nessa orientação, a Primeira Turma denegou pedido formulado em habeas corpus, no qual se pretendia o reconhecimento de constrangimento ilegal consubstanciado

83 na fixação, em sentença penal transitada em julgado, do cumprimento das penas impostas aos pacientes em regime inicialmente fechado. Alegavam os impetrantes a ocorrência de violação ao princípio da individualização da pena, uma vez que desrespeitados os artigos 33, 3º, e 59 do CP.

84 Apontavam a existência de similitude entre o disposto no artigo 1º, 7º, da Lei de Tortura e o previsto no art. 2º, 1º, da Lei de Crimes Hediondos, dispositivo legal que já teria sido declarado inconstitucional pelo STF no julgamento do HC /ES (DJe de ). Salientavam, por fim, afronta ao Enunciado 719 da Súmula do STF. O Ministro Marco Aurélio (relator) denegou a ordem.

85 Considerou que, no caso, a dosimetria e o regime inicial de cumprimento das penas fixadas atenderiam aos ditames legais. Asseverou não caber articular com a Lei de Crimes Hediondos, pois a regência específica (Lei 9.455/1997) prevê expressamente que o condenado por crime de tortura iniciará o cumprimento da pena em regime fechado, o que não se confundiria com a imposição de regime de cumprimento da pena integralmente fechado.

86 Assinalou que o legislador ordinário, em consonância com a CF/1988, teria feito uma opção válida, ao prever que, considerada a gravidade do crime de tortura, a execução da pena, ainda que fixada no mínimo legal, deveria ser cumprida inicialmente em regime fechado, sem prejuízo de posterior progressão. HC /SE, rel. Min. Marco Aurélio,

87 INFORMATIVO Nº 672/STF O Plenário desta Corte, no julgamento do HC /ES, Rel. Min. Dias Toffoli, declarou a inconstitucionalidade do 1º do art. 2º da Lei 8.072/1990 (redação dada pela Lei /2007), que determinava o cumprimento de pena dos crimes hediondos, de tortura, de tráfico ilícito de entorpecentes e de terrorismo no regime inicial fechado. (HC , Relator(a): Segunda Turma, PUBLIC )

88 EXTRATERRITORIALIDADE Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a VÍTIMA BRASILEIRA ou ENCONTRANDO-SE O AGENTE EM LOCAL SOB JURISDIÇÃO BRASILEIRA.

89 DE ACORDO COM A DOUTRINA, a primeira parte (sendo a vítima brasileira) configura hipótese de extraterritorialidade incondicionada. POLÊMICA QUANTO à segunda parte (crime de tortura praticado no estrangeiro encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira): 1ª corrente é caso de extraterritorialidade incondicionada para alguns autores (NUCCI, GABRIEL HABIB). 89

90 2ª corrente é caso de extraterritorialidade e condicionada (CAPEZ, MARCELO AZEVEDO), uma porque a lei exige que o agente se encontre em lugar sob jurisdição brasileira e, a duas, porque as convenções condicionam a aplicação da lei à inocorrência de extradição.

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