Capítulo 3. Normalização e controle da qualidade dos materiais e componentes das construções MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 1 CAPITULO 3
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- Mauro Esteves
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1 Capítulo 3 Normalização e controle da qualidade dos materiais e componentes das construções
2 Documento técnico que descreve Objetivamente um PADRÃO TÉCNICO NORMA aceito pela sociedade. Estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece, para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou materiais, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. Especificação de produtos Procedimentos de serviços Terminologia Método de ensaio Padrão de grandeza / medida (metrologia)
3 ASPECTOS LEGAIS - CURIOSIDADES CÓDIGO DE HAMURABI Hamurabi, rei da Babilônia ( a.c.), criador do império babilônico. Seu código é uma das leis mais antigas da humanidade e está conservada no Louvre. "OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE (artigos 196 e 200) O Código de Hamurabi protege a propriedade, a família, o trabalho e a vida humana (...) Penas cruéis: jogar no fogo (roubo em um incêndio), cravar em uma estaca (homicídio praticado contra o cônjuge), mutilações corporais como: cortar a língua, os seios, orelha, mãos, arrancar os olhos e tirar os dentes."
4 ASPECTOS LEGAIS - CURIOSIDADES CÓDIGO DE HAMURABI 229º- Se um arquiteto constrói para alguém e não o faz solidamente e a casa que ele construiu cai e fere de morte o proprietário, esse arquiteto deverá ser morto. 230º- Se fere de morte o filho do proprietário, deverá ser morto o filho do arquiteto. 231º- Se mata um escravo do proprietário, ele deverá dar ao proprietário da casa escravo por escravo. 232º- Se destrói bens, deverá indenizar tudo que destruiu e porque não executou solidamente a casa, assim que essa é abatida, ele deverá refazer à sua custa. 233º- Se um arquiteto constrói para alguém uma casa e não a leva ao fim, se as paredes são viciosas, o arquiteto deverá à sua custa consolidar as paredes.
5 ASPECTOS LEGAIS Lei 8078 / de 11 de setembro de 1990 CAPÍTULO V - Das práticas comerciais Seção IV - Das práticas abusivas Art É vedado ao fornecedor de produtos e serviços: Item VIII - Colocar no mercado de consumo qualquer produto ou serviço, em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO.
6 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DA NORMA TÉCNICA PADRONIZAÇÃO Permite interconexão (energia elétrica, por exemplo) Estabelece padrões de grandeza (metrologia) Facilita acesso a mercados (nacionais, internacionais) Cria ambiente competitivo Competição pode beneficiar consumidor DEFESA CONTRA CONCORRÊNCIA DESLEAL Redução da qualidade pode levar a redução de custo a custa de prejuízos para a sociedade
7 IMPORTÂNCIA SOCIAL DA NORMA TÉCNICA DEFESA DO CONSUMIDOR Estabelece padrão aceito de desempenho Consumidor, em geral, não tem conhecimento técnico SIMPLIFICAÇÃO DE CONTRATOS Referência a norma técnica evita repetir descrição
8 IMPORTÂNCIA TÉCNICA DA NORMA ESTABELECE PROCEDIMENTOS PADRÕES Nível de segurança Soluções confiáveis Facilita avaliação da qualidade dos trabalhos ESTABELECE PADRÕES DE GRANDEZA E MEDIÇÃO PROTEGE O PROFISSIONAL
9 PADRÕES DE MEDIDA METROLOGIA EXEMPLOS DE NORMAS Metro, watt, volt, grama... Aferição de equipamentos ESPECIFICAÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS Geometrias Desempenho PROCEDIMENTOS Assentamento de cerâmicas Gestão da qualidade Sistemas de certificação Produção de normas técnicas
10 ENTIDADES DE NORMALIZAÇÃO ENTIDADES DE ALCANCE NACIONAL ABNT (Brasil) - Associação Brasileira de Normas Técnicas ( ASTM (USA) - American Society for Testing Materials BS (Inglaterra) - British Society ENTIDADES DE ALCANCE INTERNACIONAL ISO International Organization for Standardization ( AMN - Asociación Mercosur de Normalización (
11 INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA INMETRO Mantem padrões das unidades de medida, fiscaliza, coordena certificação... Metrologia: Ciência que abrange todos os aspectos teóricos e práticos relativos às medições, qualquer que seja a incerteza em qualquer campo da ciência ou tecnologia. Objetivo: Tem como objetivo principal proteger o consumidor tratando das unidades de medida, métodos e instrumentos de medição, de acordo com as exigências técnicas e legais obrigatórias.
12 INÍCIO DA METROLOGIA - CURIOSIDADES 1º PADRÃO METROLÓGICO CONHECIDO: AC Cúbito Real Egípcio Faraó Khufu Materialização: Granito preto medindo do antebraço até a mão do Faraó. Eficiência: O comprimento de cada lado da base quadrada das pirâmides não desviou mais do que 0,05% do seu valor médio.
13 INÍCIO DA METROLOGIA - CURIOSIDADES DC Polegada Rei Eduardo I Materialização: 3 grãos secos de cevada, colocados lado a lado. Eficiência: Padronização de medidas do cotidiano (Ex.: sapatos - o nº 40 significa 40 grãos de cevada)
14 ABNT Órgão responsável pela normalização técnica no Brasil (Fórum Nacional de Normalização ÚNICO ) Diretoria eleita pelos sócios da ABNT Pessoas Físicas e Jurídicas Sociedade civil, sem fins lucrativos
15 CONFECÇÃO DE NORMAS NO BRASIL 1. Demanda da sociedade 2. Elabora texto-base - especialista 3. Comissão de Estudos da ABNT - aberta - paritária consumidores, produtores, neutros - consenso - trabalho voluntário 4. Votação pública 5. Análise dos votos 6. Registro da NBR CONFLITO DE INTERESSE Consome muito tempo Resultado depende dos participantes Qualidade técnica não é garantida
16 TIPOS DE NORMAS TÉCNICAS DA ABNT Normas de procedimento (NB): dão as diretivas para o cálculo e a execução de obras e serviços e as condições de segurança. NB 1: Projeto e execução de obras de concreto armado. Especificações (EB): prescrevem padrões de qualidade para os materiais. EB 3: Barras e fios de aço destinados à armadura para concreto armado. Métodos de Ensaio (MB): indicam os processos para a formação e o exame das amostras. MB 1: Ensaio de compressão de CP`s de cimento Portland
17 TIPOS DE NORMAS TÉCNICAS DA ABNT Padronizações (PB): estabelecem dimensões para os materiais. PB 1005: Azulejos - Formato e dimensões. Terminologias (TB): estabelecem a nomenclatura técnica. TB 12: Terminologia das madeiras brasileiras. Simbologias (SB): dão as convenções dos desenhos. SB 6: Símbolos gráficos da eletricidade Classificações (CB): classificam e dividem conjuntos de elementos. CB 130: Concreto para fins estruturais - Classificação por grupos de resistência
18 NORMAS TÉCNICAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Distribuição de normas por tipo Controle tecnológico 28% Manutenção 1% Normas gerais para viabilidade e contratação 2% Execução de serviços 10% Projeto e Especificação 59%
19 CONTROLE DE QUALIDADE RECEBIMENTO PRODUÇÃO Realizado pelo fabricante Verifica conformidade com o padrão Controle estatístico do processo Amostragem Testes Ensaios Realizado pelo comprador Independente do controle de produção Verifica conformidade com especificação Amostragem Testes / Ensaios Análise Aceitação ou rejeição de um lote
20 CONTROLE DE MATERIAIS CONTROLE POR VARIÁVEL: Controla-se uma característica mensurável: Ex.: componente cerâmico com lado (L) de 40cm e tolerância de 1% - é aceito no CR quando 40,4cm Lm 39,6cm. CONTROLE POR ATRIBUTO: Controla-se um caráter qualitativo não mensurável (atributo): Ex.: Aceita-se oxidação superficial do aço para concreto armado quando é uniforme e leve, removível com tecido grosseiro ou escova qualquer (NBR 7480).
21 CONTROLE DE MATERIAIS Critérios estatísticos Amostragem Representativa Aleatória
22 Econômicos: REQUISITOS PARA MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Extração Obtenção Aquisição Fabricação Despesas Transporte Aplicação Utilização Conservação
23 Técnicos: REQUISITOS PARA MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Resistência mecânica; Trabalhabilidade; Compatibilidade com outros materiais; Durabilidade; Conformidade com padrões e normas. Estéticos: Cor; Aspecto (textura); Forma.
Normalização e controle da qualidade dos materiais e componentes das construções MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 1
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