"Avaliação das opções terapêuticas cirúrgicas no queratocone progressivo"

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download ""Avaliação das opções terapêuticas cirúrgicas no queratocone progressivo""

Transcrição

1 FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA TRABALHO FINAL BEATRIZ LIMA TEIXEIRA PINTO "Avaliação das opções terapêuticas cirúrgicas no queratocone progressivo" ARTIGO CIENTÍFICO ÁREA CIENTÍFICA DE OFTALMOLOGIA Trabalho realizado sob a orientação de: PROFESSOR DOUTOR JOAQUIM CARLOS NETO MURTA DOUTORA ANDREIA DE FARIA MARTINS ROSA MARÇO/2017

2 ACRÓNIMOS ACI: Anéis Corneanos Intraestromais CXL: Crosslinking D: Dioptria EE: Equivalente Esférico K1, K2: Valores Queratométricos (curvatura no meridiano mais plano e no mais curvo) Km: Queratometria média Kmáx: Queratometria máxima MAVC: Melhor Acuidade Visual Corrigida OD: Oculus Dexter (olho direito) OS: Oculus Sinister (olho esquerdo) QC: Queratocone QLAP: Queratoplastia Lamelar Anterior Profunda QP: Queratoplastia Penetrante

3 ÍNDICE REMISSIVO RESUMO... 1 ABSTRACT... 3 INTRODUÇÃO... 5 MATERIAIS E MÉTODOS... 8 RESULTADOS Queratometria Melhor acuidade visual corrigida Paquimetria Erro refrativo DISCUSSÃO CONCLUSÃO ANEXOS REFERÊNCIAS... 24

4 RESUMO Introdução: Avaliar a estabilidade da córnea após tratamento cirúrgico do queratocone progressivo com crosslinking ou implantação de anéis corneanos intraestromais considerando a queratometria, paquimetria, melhor acuidade visual corrigida e erro refrativo. Materiais e Métodos: Neste estudo retrospetivo, foram considerados 2 grupos de olhos com queratocone em progressão. O grupo 1 envolveu olhos que realizaram crosslinking e o grupo 2 envolveu olhos que realizaram implantação de anéis corneanos intraestromais. Os resultados clínicos foram avaliados com um seguimento mínimo de 2 anos. Os parâmetros avaliados foram a queratometria, paquimetria central, melhor acuidade visual corrigida e erro refrativo (esfera, cilindro e equivalente esférico). Realizou-se uma análise comparativa, utilizando média, desvio-padrão e mediana, nos intervalos 0 6 M, 6 M 1 A e 1 2 A. Resultados: O estudo envolveu 51 olhos de 45 doentes, 68,6 % pertenceram ao grupo 1 e 31,4 % pertenceram ao grupo 2. A média de idades foi 22,29 ± 4,11 anos, no grupo 1, e 26,3 ± 3,03 anos, no grupo 2. No grupo 1, 34,29 % foram do sexo feminino e 65,71 % foram do sexo masculino, com 37,14 % OD e 62,86 % OS. No grupo 2, 31,25 % foram do sexo feminino e 68,75 % foram do sexo masculino, com 31,25 % OD e 68,75 % OS. Foi realizada uma análise comparativa com dados clínicos referentes aos intervalos estudados. Os resultados clínicos mostraram alterações do Km e Kmax < 1 D, paquimetria < 10 %, MAVC < 0,2 logmar, EE < 1 D, esfera < 1 D e cilindro < 1 D, nos 2 anos de seguimento, em ambos os tratamentos. Conclusão: Os resultados do seguimento de 2 anos mostraram que o tratamento cirúrgico crosslinking e implantação de anéis corneanos intraestromais estabilizaram os parâmetros 1

5 avaliados, atrasando ou evitando a progressão do queratocone. Conclui-se que ambas as cirurgias são eficazes no tratamento do queratocone em progressão. 2

6 ABSTRACT Purpose: To evaluate corneal stability after surgical treatment of progressive keratoconus with crosslinking or intrastomal corneal ring segment implantation, considering keratometry, pachymetry, best corrected visual acuity and refractive error parameters. Materials and Methods: In this retrospective study, eyes were divided into 2 groups with progressive keratoconus. Group 1 comprised eyes that underwent crosslinking and group 2 comprised eyes that underwent intrastromal corneal ring segment implantation. The clinical outcomes were evaluated at 2-years follow-up. The evaluated parameters were keratometry, pachymetry, best corrected visual acuity and refractive error. A comparative analysis was performed, comparing mean, standard deviation and median. Results: The study enrolled 51 eyes of 45 patients, 68,6% were in group 1 and 31,4% were in group 2. The mean age was 22,29 ± 4,11 years, in group 1, and 26,3 ± 3,03 years, in group 2. In group 1, 34,29 % were female and 65,71 % were male, with 37,14 % OD and 62,86 % OS. In group 2, 31,25 % were female and 68,75 % were male, with 31,25 % OD and 68,75 OS. It was performed a comparative analysis with the patients with clinical data regarding the intervals studied. The clinical overcome in both treatments indicated stability in evaluated parameters in 2-year follow-up within progression criteria: Km and Kmax < 1 D, pachymetry < 10 %, BCVA < 0,2 logmar, SE < 1 D, sphere < 1 D and cylinder < 1 D. Conclusion: The 2-year follow-up results indicate crosslinking and intrastomal corneal rings segment implantation can halt the progression of keratoconus. It is concluded that both surgeries are an effective treatment in progressive keratoconus. 3

7 Keywords: keratoconus, crosslinking, intracorneal segment rings, keratoconus treatment, corneal ectasia. 4

8 INTRODUÇÃO O queratocone (QC) é um doença ectática da córnea, progressiva e não inflamatória. 1 6 O QC é uma condição bilateral e com severidade assimétrica. 1 7 Normalmente, surge durante a puberdade e progride até à terceira ou quarta década de vida, quando se torna estável. 3,5,7 É uma doença relativamente frequente, que tem vindo a aumentar na últimas décadas, tendo uma prevalência de aproximadamente 54,4 por cada habitantes com uma incidência de 1 a 20 por por ano, afetando ambos os géneros e todas as etnias. 5 É caracterizado por uma diminuição da espessura e elevação da córnea, mais tipicamente na zona central e inferior, resultando numa córnea de forma cónica irregular. 5 Esta alteração na curvatura da córnea induz uma miopia e astigmatismo irregular com diminuição da acuidade visual. 4,6,7 Apesar da etiologia do QC ser desconhecida, está relacionada com prurido ocular, muitas vezes associado à alergia, tendo também um componente hereditário ainda não totalmente esclarecido. 4 Algumas condições sistémicas estão relacionadas com o QC: a atopia, o floppy eyelids e o síndrome de Down, pela sua tendência ao prurido ocular, bem como doenças do tecido conjuntivo, Ehlers-Danlos syndrome, osteogenesis imperfecta e síndrome de Marfan, sugerindo um defeito comum na síntese do tecido conjuntivo. 4,5 Vários estudos sugerem um aumento do nível de enzimas lisossomais degenerativas com diminuição dos níveis de inibidores das enzimas proteolíticas no epitélio corneano. 4 Isto resulta numa perda de queratócitos, visível em microscópio confocal, com diminuição da produção de matriz extracelular e colagénio, levando a uma diminuição da massa estromal. 4 Com a progressão do queratocone pode existir uma rutura da membrana de Descemet resultando em hidrópsia aguda da córnea. 2 A gravidade do queratocone pode ser classificada tendo em conta parâmetros como a queratometria, topografia, tomografia e aberrometria. No entanto, não existe um sistema de 5

9 classificação que integre fatores morfológicos e fatores relacionados com a função visual. 8 O tratamento do queratocone é baseado na sua severidade e progressão. A acuidade visual reduzida pode ser corrigida numa fase inicial com o uso de óculos, mais tarde exige a utilização de lentes de contacto, mas com a progressão da doença é muitas vezes necessário o recurso a uma intervenção cirúrgica. 5,7 Numa fase inicial, o collagen cross-linking (CXL) é apontado como sendo o único tratamento capaz de abrandar ou mesmo estabilizar a progressão da doença. 1,9,10 A implantação de aneis intraestromais na córnea (ACI) é uma alternativa para doentes que não toleram a utilização de lentes de contacto 6,7, havendo grupos que defendem a sua utilização na estabilização da doença. 11 Quando a severidade do QC não permite os tratamentos acima mencionados, opta-se por uma abordagem mais invasiva: a queratoplastia penetrante (QP), o procedimento mais frequentemente utilizado, com uma taxa de sucesso superior a 90% 2 ; a queratoplastia lamelar anterior profunda (QLAP) que, apesar de maior complexidade técnica, tem sido progressivamente mais utilizada nos últimos anos, pois permite uma maior integridade estrutural e um reduzido risco de rejeição quando comparada com a QP. O estudo prospetivo Collaborative Longitudinal Evaluation of Keratoconus apresentou uma taxa de 12% de doentes com QC que realizaram queratoplastia após 8 anos de follow-up 6,7. Com o grande aumento de novos casos da doença, um melhor conhecimento da sua etiologia e fisiopatologia, um enorme desenvolvimento dos meios de diagnóstico, que permitem avaliar melhor qualitativa e quantitativamente as características da córnea, existe um interesse crescente em saber qual o tratamento que melhor poderá estabilizar a sua progressiva evolução. 7 No presente estudo pretendemos avaliar em queratocones progressivos a estabilidade da córnea após o tratamento com crosslinking ou com implantação de ACI e comparar a estabilidade de ambos os procedimentos. A estabilidade será avaliada a partir da topografia, 6

10 queratometria, paquimetria e erro refrativo, durante um período de seguimento pós cirúrgico de 2 anos. 7

11 MATERIAIS E MÉTODOS Foi realizado um estudo observacional longitudinal retrospetivo a 51 olhos de 45 doentes diagnosticados com QC em progressão. Os dados foram colhidos no Centro de Responsabilidade Integrado de Oftalmologia (CRIO) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Foram incluídos neste estudo doentes com idade igual ou inferior a 30 anos, que foram tratados com crosslinking ou anéis corneanos intraestromais, com seguimento mínimo pós-cirúrgico de 2 anos. A decisão de implantar ACI baseou-se na diminuição da melhor acuidade visual corrigida ou intolerância às lentes de contacto. Antes do procedimento cirúrgico, os doentes foram informados sobre os riscos e benefícios do tratamento a ser realizado. Todos os doente assinaram um consentimento informado de acordo com a Declaração de Helsinki, onde concordaram que os seus dados clínicos podem ser incluidos em estudos científicos. Foram excluídos do estudo doentes que realizaram laser ou ambas as cirurgias CXL e ACI no mesmo olho. Os doentes foram divididos em dois grupos de acordo com o tratamento realizado. O primeiro grupo incluiu os doentes que realizaram CXL e o segundo grupo incluiu doentes que realizaram implantação de anéis corneanos intraestromais. O CXL tem como objectivo aumentar a rigidez da córnea através de uma reação fotooxidativa derivada da interação entre riboflavina (vitamina B2) e luz UVA. 12,13 Os aneis intracorneanos são responsáveis pelo suporte biomecânico por regularizarem a forma da córnea. 6 Atuam como elementos separadores entre as fibras de colagénio do tecido corneano. Deste modo, os ACI induzem um encurtamento do arco corneano, achatando a superfície corneana. 14,15 O estudo incluiu avaliação pós-operatória aos 6, 12 e 24 meses dos seguintes parâmetros: melhor acuidade visual corrigida (MAVC), erro refrativo, queratometria e paquimetria obtidas por avaliação topográfica. A paquimetria avaliou a espessura da córnea no ponto mais fino, medida em micras (µm). Na queratometria foi usado o K máximo, ponto 8

12 de maior curvatura da córnea, e K médio, média entre K1 e K2 (curvatura do eixo mais curvo e do mais plano da córnea). Para avaliar o erro refrativo foram usados a esfera e o cilindro e calculado o equivalente esférico (EE). Todas estas avaliações foram sujeitas a variações instrumentais. Para avaliar a progressão do QC considerou-se como critérios de progressão as seguintes alterações: aumento do Km > 1 D, aumento do Kmax > 1 D, aumento da MAVC > 0,2 logmar, diminuição da paquimetria > 10%, aumento do EE > 1 D, aumento da esfera > 1 D ou aumento do cilindro > 1 D. A análise descritiva foi realizada utilizando o software Excel. Calculou-se a média, desvio-padrão e mediana, nos períodos pré tratamento, 6 meses, 1 ano e 2 anos de seguimento. 9

13 RESULTADOS A amostra populacional de 51 olhos (45 doentes) do estudo incluiu 35 (68,6 %) olhos que realizaram CXL e 16 (31,4 %) que realizaram implantação de anéis intraestromais, ambos os grupos com seguimento mínimo de 2 anos após tratamento. A média de idades no grupo de CXL foi 22,29 ± 4,11 anos e mediana 21 anos, com alcance entre 17 (mínimo) e 30 (máximo). No grupo que realizou anéis intraestromais, a média de idades foi 26,63 ± 3,03 anos e a mediana 28 anos, com alcance entre 19 (mínimo) e 29 (máximo). No grupo do CXL, 12 (34,29 %) foram do sexo feminino e 23 (65,71 %) do sexo masculino. No grupo de anéis intraestromais, 5 (31,25 %) foram do sexo feminino e 11 (68,75 %) do sexo masculino. A cirurgia CXL foi realizada em 13 (37,14 %) olhos direitos (OD) e 22 (62,86 %) olhos esquerdos (OS). A cirurgia de implantação de anéis foi realizada em 5 (31,25 %) OD e 11 (68,75 %) OS. Os dados demográficos estão resumidos na Tabela 1. As características clínicas dos doentes do grupo do CXL e do grupo anéis corneanos intraestromais (ACI) estão resumidas na Tabela 2 e Tabela 3, respetivamente. Foi realizada uma análise por intervalos (0 6M, 6M 1A, 1 2A) com os dados respetivos aos doentes com seguimento em ambas avaliações. Queratometria Na avaliação queratométrica foram obtidos K médio (Km), a partir da média dos valores de K1 e K2, e o K máximo (Kmax). A evolução do Km e Kmax está representada na Imagem 1 e Imagem 2, repetivamente. No grupo 1 (CXL), quando comparados os doentes com dados relativos ao pré tratamento e aos 6 meses após tratamento, verificámos uma diminuição do Km de 47,27 ± 3,86 D e mediana 46,6 D para 46,74 ± 4,18 D e mediana 46,75 D. Entre os 6 meses e 1 ano de 10

14 seguimento, o Km foi 47,85 ± 5,2 D, mediana 47,7 D, e 47,93 ± 5,54 D e mediana 47,63 D, respetivamente. Entre 1 ano e 2 anos de seguimento, os valores do Km foram 46,72 ± 4,82 D, mediana 46,35 D, e 46,77 ± 6,27 D, mediana 45,8 D. Verificou-se estabilidade do Km com alterações < 1 D durante os 2 anos de seguimento, após CXL. O valor de Kmax, no grupo 1, diminuiu entre o pré-cirúrgico e os 6 meses após tratamento de 53,77 ± 6,44 D, mediana 52,7 D para 52,3 ± 3,45 D, mediana 52,1 D. Entre os 6 meses e 1 ano de seguimento, o valor de Kmax subiu de 55,3 ± 8,25 D, mediana 52,1 D para 56,68 ± 10,34 D, mediana 55,1 D. Entre o 1º e 2º anos de seguimento, o valor de Kmax diminuiu de 57,41 ± 9,95 D, mediana 56,6 D para 55,75 ± 6,06 D, mediana 54,4 D. No grupo 2 (ACI), o valor de Km antes do tratamento e aos 6 meses de seguimento foi 45,32 ± 8,03 D, mediana 47,8 D, e 45,92 ± 1,98 D, mediana 45,40 D, respetivamente. Entre os 6 meses e 1 ano de seguimento, os valores de Km foram 46,63 ± 1,87 D, mediana 46,75 D e 46,57 ± 1,87 D, mediana 46,45 D, respetivamente. Entre 1 e 2 anos de seguimento, os valores foram 44,78 ± 0,48 D, mediana 44,80 D, e 44,30 ± 1,01 D, mediana 44,1 D, respetivamente. Verificou-se estabilidade do Km durante os 2 anos de seguimento após implantação de ACI, com alterações < 1 D. O Kmax, no grupo 2, diminuiu de 60,22 ± 9,21 D, mediana 58,6 D, para 53,81 ± 4,25 D, mediana 53,7 D, entre o período pré cirúrgico e os 6 meses de seguimento. Entre os 6 meses e 1 ano de seguimento o valor de Kmax foi 53,99 ± 4,55 D, mediana 52,9 D, e 53,27 ± 3,54 D, mediana 52,7, respetivamente. Entre 1 ano e 2 anos de seguimento, o Kmax mantevese com valores de 53 ± 5,26 D, mediana 52,7 D e 53,03 ± 6 D, mediana 52,9 D, respetivamente. Verificou-se estabilidade do valor de Kmax durante os 2 anos de seguimento após ACI. 11

15 Imagem 1. Gráficos evolução Km Km 0 = valor de Km pré cirurgia; Km 6M = valor de Km nos 6 meses de seguimento pós cirúrgico; Km 1A = valor de Km no 1º ano de seguimento; Km 2A = valor de Km aos 2 anos de seguimento Imagem 2. Gráficos evolução Kmax Kmax 0 = valor de Kmax pré cirurgia; Kmax 6M = valor de Kmax nos 6 meses de seguimento pós cirúrgico; Kmax 1A = valor de Kmax no 1º ano de seguimento; Kmax 2A = valor de Kmax aos 2 anos de seguimento Melhor acuidade visual corrigida Para avaliar a evolução da acuidade visual foram recolhidos dados referentes à melhor acuidade visual corrigida (MAVC). Os resultados são apresentados com a unidade de medida logmar. A MAVC está representada na Imagem 3. A avaliação da MAVC, nos doentes do grupo 1 (CXL), referente ao pré tratamento e aos 6 meses de seguimento pós cirúrgico mostrou uma diminuição de 0,4 ± 0,26 logmar e mediana 0,4 logmar para 0,33 ± 0,25 logmar e mediana 0,3 logmar, respetivamente. Verificou-se melhoria da acuidade visual com a realização de CXL. No seguimento de 2 anos pós cirúrgico verificou-se estabilização da acuidade visual com valores médios de 0,32 ± 0,24 logmar, mediana 0,22 logmar, e 0,19 ± 0,14 logmar, mediana 0,1 logmar, entre os 6 12

16 meses e 1 ano, respetivamente, e 0,21 ± 0,14 logmar, mediana 0,3 logmar, e 0,21 ± 0,13 logmar, mediana 0,22 logmar entre 1 e 2 anos de seguimento, respetivamente. A avaliação da acuidade visual nos doentes do grupo 2 (ACI) referente ao tempo pré tratamento e aos 6 meses de seguimento pós-cirúrgico mostrou uma melhoria da MAVC de 0,48 ± 0,13 logmar e mediana 0,48 logmar para 0,34 ± 0,18 logmar e mediana 0,26 logmar, respetivamente. Verificou-se uma melhoria da MAVC entre os 6 meses e 1 ano de seguimento de 0,33 ± 0,23 logmar e mediana 0,26 logmar para 0,31 ± 0,21 logmar e mediana 0,24 logmar, respetivamente. Ente 1 ano e 2 anos de seguimento, a acuidade visual melhorou de 0,22 ± 0,13 logmar e mediana 0,18 logmar para 0,2 ± 0,13 logmar e mediana 0,18 logmar. Houve estabilidade do valor da MAVC durante os 2 anos de seguimento, com alterações < 0,2 logmar. Imagem 3. Gráficos evolução da MAVC MAVC 0 = valor da MAVC pré cirurgia; MAVC 6M = valor da MAVC nos 6 meses de seguimento pós cirúrgico; MAVC 1A = valor da MAVC no 1º ano de seguimento; MAVC 2A = valor da MAVC aos 2 anos de seguimento Paquimetria Os dados relativos à paquimetria foram recolhidos e apresentados em micras (µm). Avaliou-se a evolução da espessura da córnea no ponto mais fino. A evolução da paquimetria está representada na Imagem 4. 13

17 No grupo 1 (CXL), o valor da espessura da córnea no ponto mais fino diminuiu de 450,45 ± 35,27 µm, mediana 447,5 µm, para 418,4 ± 42,35 µm, mediana 410 µm entre o précirúrgico e os 6 meses de seguimento pós-cirúrgico. Entre os 6 meses e 1 ano, verificou-se estabilidade do valor da espessura da córnea com valores 420,33 ± 41,64 µm, mediana 424 µm, e 420,93 ± 44,15 µm, mediana 429 µm, respetivamente. Entre 1 ano e os 2 anos, verificou-se estabilidade do valor da espessura da córnea com 422,55 ± 51,31 µm, mediana 419 µm, e 416 ± 62,9 µm, mediana 426 µm, respetivamente. No grupo 2 (ACI) verificou-se um aumento da espessura da córnea de 448,22 ± 44,55 µm, mediana 450 µm, no pré cirúrgico, para 462,33 ± 40,17 µm, mediana 451 µm, nos 6 meses de seguimento após o tratamento. Entre os 6 meses e 1 ano de seguimento, os valores foram 459,57 ± 29,39 µm, mediana 457 µm e 439,29 ± 40,17 µm, mediana 442 µm, respetivamente. Entre 1 ano e 2 anos de seguimento, os valores foram 456,33 ± 34,79 µm, mediana 442 µm, e 458,33 ± 32,52 µm, mediana 447 µm, respetivamente. Verificou-se estabilidade da espessura da córnea no ponto mais fino, durante os 2 anos de seguimento após ACI, com alterações < 10%. Imagem 4. Gráficos evolução da paquimetria Paquim 0 = valor da paquimetria pré cirúrgico; Paquim 6M = valor da paquimetria nos 6 meses de seguimento pós cirúrgico; Paquim 1A = valor da paquimetria no 1º ano de seguimento; Paquim 2A = valor da paquimetria aos 2 anos de seguimento 14

18 Erro refrativo A refração foi avaliada através do equivalente esférico (EE), esfera e cilindro. A evolução do EE, esfera e cilindro está representada na Imagem 5, Imagem 6 e Imagem 7, respetivamente. No grupo 1 (CXL), o valor do EE no pré tratamento foi -1,87 ± 2,67 D, mediana -1,75 D, e aos 6 meses de seguimento foi -1,97 ± 2,67 D, mediana -1,5 D. Entre os 6 meses e 1 ano, o EE foi -1,83 ± 2,8 D, mediana -1,44 D, e -1,84 ± 2,32 D, mediana -1,5 D, respetivamente. Entre 1 ano e 2 anos de seguimento, os valores do EE foram -1,88 ± 1,54 D, mediana -1,5, e - 2,08 ± 1,21 D, mediana -2 D, respetivamente. Verificou-se estabilidade do EE nos 2 anos de seguimento pós cirúrgico, com alterações < 1 D. O valor do cilindro, no grupo 1, entre o pré tratamento e os 6 meses de seguimento foi -2,98 ± 1,94 D, mediana -2,75 D, e -2,91 ± 1,64 D, mediana -3 D, respetivamente. O valor do cilindro manteve-se entre os 6 meses e 1 ano, com -2,87 ± 1,15 D, mediana -3 D, e -2,78 ± 1,27 D, mediana -3 D, respetivamente. O mesmo se verificou entre 1 e 2 anos de seguimento com valores de -3,08 ± 1,52 D, mediana -3 D, e -3,05 ± 1,53 D, mediana -3 D, respetivamente. Houve estabilidade do valor do cilindro nos 2 anos de seguimento, com alterações < 1 D. No grupo 1, houve uma diminuição da esfera entre o pré tratamento e os 6 meses de seguimento de -0,3 ± 2,33 D, mediana 0 D, para -0,91 ± 2,16 D, mediana 0,25 D, respetivamente. Entre os 6 meses e 1 ano de seguimento, os valores da esfera foram -0,84 ± 2,16 D, mediana -0,25 D, aos 6 meses, e -0,86 ± 2,33 D, mediana -0,25 D, no 1º ano de seguimento. Entre 1 e 2 anos de seguimento, os valores da esfera foram -0,33 ± 1,48 D, 15

19 mediana 0 D, e -0,22 ± 1,59 D, mediana 0 D, respetivamente. Verificou-se estabilidade do valor da esfera nos 2 anos de seguimento, com alterações < 1 D. Na análise do grupo 2 (ACI), verificou-se uma melhoria do EE > 1 D entre o período pré cirúrgico e os 6 meses de seguimento de -3,4 ± 4,77 D, mediana -1,25 D, para -1,23 ± 1,91 D, mediana -0,94 D. Entre os 6 meses e 1 ano de seguimento, os valores do EE foram - 1,58 ± 1,59 D, mediana -1,38 D, e -2,23 ± 2,38 D, mediana -1, respetivamente. Entre 1 e 2 anos de seguimento, o EE foi -2,03 ± 2,44 D, mediana -1,25 D, e -2,78 ± 2,39 D, mediana - 1,88 D, respetivamente. Verificou-se estabilidade do EE durante os 2 anos de seguimento após o tratamento com anés intraestromais, com alterações < 1 D. No grupo 2, entre o pré tratamento e os 6 meses de seguimento, o valor do cilindro diminuiu de -2,79 ± 2,92 D, mediana 2,92 D para -2,17 ± 1,09 D, mediana -2,45 D. Entre os 6 meses e 1 ano o valor do cilindro foi -2,67 ± 0,91 D, mediana -2,75 D, e -2,86 ± 0,88 D, mediana -3,25 D, respetivamente. Entre 1 e 2 anos, os valores foram -2,85 ± 0,78 D, mediana -3,25 D, e -2,55 ± 0,93, mediana -2,75. Verificou-se estabilidade do valor do cilindro nos 2 anos de seguimento. O valor da esfera, no grupo 2, aumentou entre o período pré tratamento e os 6 meses de seguimento de -2,25 ± 3,29 D, mediana 0 D, para -0,96 ±1,54 D, mediana -0,25 D. Entre os 6 meses e 1 ano de seguimento o valor da esfera foi de -0,81 ± 1,42 D, mediana 0 D para - 1,08 ± 2,38 D, mediana 0 D. Entre 1 ano e 2 anos o valor da esfera aumentou > 1 D de -1,6 ± 1,92 D, mediana -1 D, para -0,4 ± 2,85 D, mediana -0,25 D. Verificou-se estabilidade do valor da esfera nos 2 anos de seguimento, com melhoria > 1 D no 2º ano. 16

20 Imagem 5. Gráficos evolução EE EE 0 = valor do EE pré cirúrgico; EE 6M = valor do EE nos 6 meses de seguimento pós cirúrgico; EE 1A = valor do EE no 1º ano de seguimento; EE 2A = valor do EE aos 2 anos de seguimento Imagem 6. Gráficos evolução do valor do cilindro Cilindro 0 = valor do cilindro pré cirurgia; Cilindro 6M = valor do cilindro nos 6 meses de seguimento pós cirúrgico; Cilindro 1A = valor do cilindro no 1º ano de seguimento; Cilindro 2A = valor do cilindro aos 2 anos de seguimento Imagem 7. Gráficos evolução do valor da esfera Esfera 0 = valor da esfera pré cirurgia; Esfera 6M = valor da esfera nos 6 meses de seguimento pós cirúrgico; Esfera 1A = valor da esfera no 1º ano de seguimento; Esfera 2A = valor da esfera aos 2 anos de seguimento 17

21 DISCUSSÃO Este estudo comparou a estabilidade da córnea após tratamento com CXL (grupo 1) e anéis corneanos intraestromais (grupo 2) em doentes com queratocone progressivo. Foram avaliadas a acuidade visual, a queratometria, a paquimetria central e os parâmetros refrativos. A evolução do QC é tipicamente variável na sua severidade e taxa de progressão. Sendo uma doença progressiva, persiste a dificuldade em avaliar a estabilidade da superfície corneana, com resultados imprevisíveis. O crosslinking é o tratamento cirúrgico referido na literatura capaz de prevenir a progressão do QC devido às alterações biomecânicas da córnea subjacentes a este tratamento. 1,16,17 No presente estudo retrospetivo com seguimento de 2 anos, quando analisados os doentes com dados entre os intervalos avaliados, verificou-se que tanto o Km como Kmax diminuiram com a realização da cirurgia e mantiveram-se estáveis nos 2 anos de seguimento pós cirúrgico, excepto entre os 6 meses e 1 ano em que o Kmax teve um aumento > 1 D. A espessura da córnea no ponto mais fino diminuiu com a cirurgia e manteve-se estável, com alterações < 10% durante os 2 anos de seguimento. A MAVC melhorou entre o pré e pós cirúrgico e estabilizou durante os 2 anos de seguimento, com alterações < 0,2 logmar. O EE diminuiu com o tratamento e manteve-se estável durante os 2 anos de seguimento, com alterações < 1 D. Verificou-se um aumento do cilindro com a cirurgia e estabilidade nos 2 anos de seguimento, com alterações < 1 D. O valor da esfera diminuiu entre o pré tratamento e os 6 meses de seguimento e mostrou estabilidade durante os 2 anos de seguimento, com alterações < 1 D. A estabilidade dos vários parâmetros verificada após realização do CXL é apoiada por graus de evidência clínica e laboratoriais que referem o CXL como tratamento capaz de estabilizar a progressão do QC. 17 Os resultados de vários casoestudos indicaram algum grau de aplanamento da superficie da córnea, quantificada pela 18

22 topografia, na maioria dos olhos estudados sujeitos a CXL. Alterações no erro refrativo são menos impressionantes e não correspondem à alteração nos valores queratométricos. 12,13,18,19 O estudo retrospetivo com seguimento máximo de 6 anos, Raiskup-Wolf et al., mostrou uma diminuição significativa da queratometria com melhoria da acuidade visual melhor corrigida e estabilidade. 13 Os anéis intraestromais são referidos na literatura como capazes de reduzir a inclinação da curvatura da córnea e regularizar o astigmatismo associado ao QC com melhoria da acuidade visual corrigida e não corrigida. 5 No entanto, ao contrário do CXL, esta opção terapêutica não atrasa ou previne a progressão da ectasia da córnea, sendo referida como correção refrativa transitória. 14,20 No estudo realizado, verificou-se que o tratamento com anéis intraestromais estabilizou os valores de Km e Kmax com alterações < 1 D. A espessura da córnea aumentou com com a implantação de anéis intraestromais e manteve-se estável, alterações < 10 %, nos 2 anos de seguimento. Os ACI foram capazes de melhorar a MAVC e verificou-se estabilidade nos 2 anos de seguimento, com alterações < 0,2 logmar. O valor do EE aumentou > 1 D com a implantação dos anéis e manteve-se estável, com alterações < 1 D, durante os 2 anos de seguimento. Houve uma melhoria do cilindro (< 1 D) e da esfera (> 1 D) com a implantação de ACI e estabilização dos valores durante os 2 anos de seguimento. Apesar de vários estudos mostrarem melhoria clinica após a implantação de anéis corneanos intraestromais 21, um estudo multicêntrico recente sugeriu que a eficácia deste tratamento está relacionada com a limitação visual dos doentes na altura da cirurgia. 15 Este estudo mostrou que o CXL e os anéis intraestromais são eficazes no tratamento do QC progressivo, atrasando ou mesmo evitando a necessidade de queratoplastia em doentes com idade inferior a 30 anos, até 2 anos de seguimento. O grupo que efetuou CXL tinha QC mais avançados, conforme verificado pelos valores de queratometria média pré-operatória. Os benefícios de combinar ambos os tratamentos estão a ser estudados. 5,15,22,23 Aconselha-se a 19

23 realização de mais estudos longitudinais para a avaliação da implantação de anéis corneanos intraestromais com uma avaliação clínica pré tratamento mais aprofundada, avaliando o grau de severidade e progressão do QC. Os resultados deste estudo podem ser melhorados aumentanto a amostra de forma a ser possível realizar uma análise estatística. É pertinente a realização de mais estudos que avaliem a estabilidade do CXL e anéis corneanos intraestromais como terapêuticas cirúrgicas para o QC progressivo com um seguimento mais longo. 20

24 CONCLUSÃO O queratocone é a doença ectática da córnea mais comum com uma prevalência de aproximadamente 54,4 por cada habitantes e uma incidência de 1 a 20 por por ano, afetando ambos os géneros e todas as etnias. O foco nos doentes com QC é a reabilitição da função visual. O tratamento do QC tem vindo a melhorar substancialmente nos últimos anos. O crosslinking e os anéis intraestromais são opções terapêuticas eficazes no QC progressivo capazes de atrasar a progressão da ectasia da córnea, evitando a necessidade de queratoplastia. Neste estudo, ambos os procedimentos mostraram estabilização dos parâmetros queratométricos, paquimétricos, melhor acuidade visual corrigida, equivalente esférico, esfera e cilindro, nos doentes com seguimento de 2 anos. A melhoria das terapêuticas existentes para esta doença não só contribui para melhorar a visão destes doentes como também para aumentar a sua qualidade de vida. 21

25 ANEXOS Tabela 1. Demografia Sexo Sexo Idade OD OS Feminino Masculino CXL (68,6%) 22,29 ± 4,11 34,29 % 65,71 % 37,14 % 62,86 % ACI (31,4%) 26,63 ± 3,03 31,25 % 68,75 % 31,25 % 68,75 % OD = olho direito; OS = olho esquerdo Tabela 2. Características clínicas dos olhos tratados com CXL Pré 6 M 6 M 1 A 1 A 2 A Km (D) Kmax (D) Thinnest point (µm) AVMC(logM ar) EE (D) Cilindro (D) Esfera (D) Média 47,27 ± 3,86 46,74 ± 4,18 47,85 ± 5,2 47,93 ± 5,54 46,72 ± 4,82 46,77 ± 6,27 Mediana 46,6 46,75 47,7 47,63 46,35 45,8 Média 53,77 ± 6,44 52,3 ± 3,45 55,3 ± 8,25 56,68 ± 10,34 57,41 ± 9,95 55,75 ± 6,06 Mediana 52,7 52,1 52,1 55,1 56,6 54,4 Média 450,45 ± 35,27 418,4 ± 42,35 420,33 ± 41,64 420,93 ± 44,15 422,55 ± 51, ± 62,9 Mediana 447, Média 0,4 ± 0,26 0,33 ± 0,25 0,32 ± 0,24 0,19 ± 0,14 0,21 ± 0,14 0,21 ± 0,13 Mediana 0,4 0,3 0,22 0,1 0,3 0,22 Média -1,87 ± 2,67-1,97 ± 2,67-1,83 ± 2,8-1,84 ± 2,32-1,88 ± 1,54-2,08 ± 1,21 Mediana -1,75-1,5-1,44-1,5-1,5-2 Média -2,98 ± 1,94-2,91 ± 1,64-2,83 ± 1,15-2,78 ± 1,27-3,08 ± 1,52-3,05 ± 1,53 Mediana -2, Média -0,3 ± 2,33-0,91 ± 2,16-0,85 ± 2,34-0,69 ± 2,23-0,33 ± 1,48-0,22 ± 1,50 Mediana 0-0,25-0, Pré = Pré tratamento; 6 M = 6 meses de seguimento; 1 A = 1 ano de seguimento; 2 A = 2 anos de seguimento Km = K médio; K max = K máximo; MAVC = melhor acuidade visual corrigida; D = dioptria 22

26 Tabela 3. Características clínicas dos olhos tratados com AIC Pré 6 M 6 M 1 A 1 A 2 A Km (D) Kmax (D) Espessura da córnea (µm) AVMC (logmar) EE (D) Cilindro (D) Esfera (D) 45,32 ± 45,92 ± 46,63 ± 46,57 ± 44,78 ± 44,30 ± Média 8,03 1,98 1,87 1,87 0,48 1,01 Mediana 47,8 45,40 46,75 46,45 44,80 44,10 Média 60,22 ± 9,21 53,81 ± 4,25 53,99 ± 4,55 53,27 ± 3,54 53 ± 5,16 53,03 ± 6 Mediana 58,6 53,7 52,9 52,7 52,7 52,9 Média 448,22 ± 44,55 462,33 ± 29,81 459,57 ± 29,39 439,29 ± 40,17 456,33 ± 34,79 458,33 ± 32,52 Mediana Média 0,48 ± 0,13 0,34 ± 0,18 0,33 ± 0,23 0,31 ± 0,21 0,22 ± 0,13 0,2 ± 0,13 Mediana 0,48 0,26 0,26 0,24 0,18 0,18 Média -3,4 ± 4,77-1,23 ± 1,91-1,58 ± 1,59-2,23 ± 2,38-2,03 ± 2,44-2,78 ± 2,39 Mediana -1,25-0,94-1, ,25-1,88 Média -2,79 ± 2,92-2,17 ± 1,09-2,67 ± 0,91-2,86 ± 0,88-2,85 ± 0,78-2,55 ± 0,93 Mediana -1,75-2,45-2,75-3,25-3,25-2,75 Média -2,25 ± 3,29-0,96 ± 1,54-0,81 ± 1,42-1,08 ± 2,33-1,6 ± 1,92-0,4 ± 1,92 Mediana 0-0, Pré = Pré tratamento; 6 M = 6 meses de seguimento; 1 A = 1 ano de seguimento; 2 A = 2 anos de seguimento Km = K médio; K max = K máximo; MAVC = melhor acuidade visual corrigida; D = dioptria 23

27 REFERÊNCIAS 1. Espandar L, Meyer J. Keratoconus : Overview and Update on Treatment. Middle East African J Ophtalmol. 2016;17(1): Kenney MC, Gaster RN. Keratoconus. Second Edi. Elsevier Inc.; Elisabeth J. Cohen. Keratoconus and Corneal Noninflammatory Ectasias. Princ Pract Ophthalmol. 2000: Sugar J, Batta P Keratoconus and Other Ectasias. Fourth Edi. Elsevier Ltd; Raber I. Chapter 13 - Keratoconus. Fourth Edi. Elsevier Inc.; Romero-jiménez M, Santodomingo-rubido J, Wolffsohn JS. Contact Lens & Anterior Eye Keratoconus: A review. Elsevier. 2010;33: Press D. Keratoconus: Current Perspectives. Clin Ophtalmol. 2013;7: Belin MW. Tomographic Parameters for the Detection of Keratoconus : Suggestions for Screening and Treatment Parameters. Eye Contact Lens. 2014;40(6): Leccisotti A, Aslanides IM, Moore JE, et al. Keratoconus and Keratoectasia : Advancements in Diagnosis and Treatment. J Ophtalmol. 2011;2012: Vinciguerra R, Romano MR, Camesasca FI, et al. Corneal Cross-Linking as a Treatment for. Am Acad Ophtalmol. 2013;120(5): Torquetti L, Berbel RF, Ferrara P. Long-term follow-up of intrastromal corneal ring segments in keratoconus. J Cart Refract Surg. 2009;35(10): Caporossi A, Mazzotta C, Baiocchi S, Caporossi T. Long-term Results of Riboflavin 24

28 Ultraviolet A Corneal Collagen Cross-linking for Keratoconus in Italy: The Siena Eye Cross Study. AJOPHT. 2010;149(4): Raiskup-wolf F, Hoyer A, Spoerl E, Pillunat LE. Collagen crosslinking with riboflavin and ultraviolet-a light in keratoconus : Long-term results. J Cataract Refract Surg. 2008;34: Sk I. Treatment of moderate to severe keratoconus with. Int J Ophtalmol. 2012;5(4): Vega-estrada A, Alio JL. The use of intracorneal ring segments in keratoconus. Eye Vis. 2016;3(8): Kotb AME, Hantera M. Efficacy and Safety of Intacs SK in Moderate to Severe Keratoconus. Middle East African J Ophtalmol. 2013;20(1): Nicula C, Nicula D, Popescu R, Saplont A. Corneal collagen cross-linking in keratoconus long-term prospective study. J Français D Ophtalmology. 2015;(3): Koller T, Pajic B, Vinciguerra P, Seiler T. Flattening of the cornea after collagen crosslinking for keratoconus. J Cart Refract Surg. 2011;37(8): Asri D, Touboul D, Fourni P, et al. Corneal collagen crosslinking in progressive keratoconus : Multicenter results from the French National Reference Center for Keratoconus. 2011: Wollensak G, Spoerl E, Seiler T. Crosslinking for the Treatment of Keratoconus. Am Acad Ophtalmol. 2003;9394(2): Food US. Ferrara intracorneal ring segments for keratoconus. J Cataract Refract Surg. 25

29 2004;30: Coskunseven E, Ii MRJ, Hafezi F, Atun S. Effect of treatment sequence in combined intrastromal corneal rings and corneal collagen crosslinking for keratoconus. J Cart Refract Surg. 2009;35(12): Ertan A, Colin J. Intracorneal rings for keratoconus and keratectasia. J Cataract Refract Surg. 2007;33(71):

Ectasias Tratamento Cirurgia Refractiva a LASER Sim ou Não?? Paulo Torres Departamento de Córnea e Superfície Ocular Hospital Santo António CHP U.P., ICBAS Cirurgia Refractiva a Laser Contraindicações

Leia mais

Tratamento aditivo do ceratocone por crosslinking do colágeno após implante de anel de Ferrara

Tratamento aditivo do ceratocone por crosslinking do colágeno após implante de anel de Ferrara 138 ARTIGO ORIGINAL Tratamento aditivo do ceratocone por crosslinking do colágeno após implante de anel de Ferrara Addictive treatment of keratoconus with collagen crosslinking after Ferrara ring implant

Leia mais

Prognóstico visual de crosslinking para ceratocone com base em tomografia de córnea pré-operatória

Prognóstico visual de crosslinking para ceratocone com base em tomografia de córnea pré-operatória 220ARTIGO ORIGINAL Prognóstico visual de crosslinking para ceratocone com base em tomografia de córnea pré-operatória Visual prognosis of crosslinking for kearatoconus based on preoperative corneal tomography

Leia mais

Exame de Refração: Lâmpada de Fenda: Topografia: Paquimetria: Aberrometria:

Exame de Refração: Lâmpada de Fenda: Topografia: Paquimetria: Aberrometria: O ceratocone é uma doença degenerativa e progressiva que afeta o formato da córnea, fina camada transparente que protege o olho. A patologia pode desenvolver-se apenas em um olho ou em ambos os olhos,

Leia mais

Anéis de Ferrara: 4 Anos depois J. Feijão, N. Alves, A. Duarte, F. Trincão, V. Maduro, C. Batalha, P. Candelária

Anéis de Ferrara: 4 Anos depois J. Feijão, N. Alves, A. Duarte, F. Trincão, V. Maduro, C. Batalha, P. Candelária Oftalmologia - Vol. 34: pp. 459-464 Anéis de Ferrara: 4 Anos depois J. Feijão, N. Alves, A. Duarte, F. Trincão, V. Maduro, C. Batalha, P. Candelária Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar de Lisboa

Leia mais

Atualização em Crosslinking de colágeno corneano Reinaldo F. C. Ramalho

Atualização em Crosslinking de colágeno corneano Reinaldo F. C. Ramalho Atualização em Crosslinking de colágeno corneano Reinaldo F. C. Ramalho Consultor Técnico de Gestão Estratégica em Oftalmologia Aspectos anatômicos Ceratocone O ceratocone - distrofia corneana, contínua

Leia mais

SABER MAIS SOBRE QUERATOCONE - ANÉIS INTRACORNEANOS

SABER MAIS SOBRE QUERATOCONE - ANÉIS INTRACORNEANOS SABER MAIS SOBRE QUERATOCONE - ANÉIS INTRACORNEANOS FICHA TÉCNICA EDIÇÃO Clínicas Leite, Lda Ver. 01 / Jan 2016 REDAÇÃO/DOCUMENTAÇÃO Mariana Coimbra (Marketing e Comunicação) 1 QUERATOCONE - ANÉIS INTRACORNEANOS

Leia mais

Tema do relatório: cross-linking do colágeno corneano. 1. Introdução. 1.1 Ceratocone

Tema do relatório: cross-linking do colágeno corneano. 1. Introdução. 1.1 Ceratocone Imprimir PROCESSO-CONSULTA CFM nº 1.923/10 PARECER CFM nº 30/10 INTERESSADO: F.A.A.A. ASSUNTO: Procedimento de cross-linking para ceratocone RELATOR: Dra. Tânia Schaefer EMENTA: O cross-linking de colágeno

Leia mais

Oftalmologia Vol. 41: pp RESUMO

Oftalmologia Vol. 41: pp RESUMO Oftalmologia Vol. 41: pp. 000-000 RESUMO Objetivos: Caracterizar clínica, epidemiológica e topograficamente os doentes com queratocone do HFF e determinar os fatores preditivos de progressão. Material

Leia mais

A eficácia e segurança do crosslinking no tratamento do queratocone Efficacy and safety of crosslinking for the treatment of keratoconus

A eficácia e segurança do crosslinking no tratamento do queratocone Efficacy and safety of crosslinking for the treatment of keratoconus 2016/2017 Miguel Trigueiro Rocha Barbosa A eficácia e segurança do crosslinking no tratamento do queratocone Efficacy and safety of crosslinking for the treatment of keratoconus março, 2017 Miguel Trigueiro

Leia mais

Anel intracorneano de Ferrara em ceratocone

Anel intracorneano de Ferrara em ceratocone Anel intracorneano de Ferrara em ceratocone Ferrara s intracorneal ring in keratoconus Hamilton Moreira 1 Cinara Sakuma de Oliveira 2 Glaucio de Godoy 2 Sâmia Ali Wahab 2 RESUMO Objetivo: Análise dos resultados

Leia mais

ANEXO PROTOCOLO DE USO DA RADIAÇÃO PARA CROSS-LINKING CORNEANO NO TRATAMENTO DO CERATOCONE

ANEXO PROTOCOLO DE USO DA RADIAÇÃO PARA CROSS-LINKING CORNEANO NO TRATAMENTO DO CERATOCONE ANEXO PROTOCOLO DE USO DA RADIAÇÃO PARA CROSS-LINKING CORNEANO NO TRATAMENTO DO CERATOCONE INTRODUÇÃO O ceratocone consiste em doença degenerativa do olho que ocasiona deformidade da córnea, levando ao

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR!! CARLA SCHUCHOVSKI RIBEIRO!!!!!!!!!!!! TÉCNICA PARA IMPLANTE DE ANEL INTRAESTROMAL EM CERATOCONE COM EIXOS DE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR!! CARLA SCHUCHOVSKI RIBEIRO!!!!!!!!!!!! TÉCNICA PARA IMPLANTE DE ANEL INTRAESTROMAL EM CERATOCONE COM EIXOS DE UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR CARLA SCHUCHOVSKI RIBEIRO TÉCNICA PARA IMPLANTE DE ANEL INTRAESTROMAL EM CERATOCONE COM EIXOS DE COMA E ASTIGMATISMO NÃO COINCIDENTES CURITIBA - PR 2016 CARLA SCHUCHOVSKI

Leia mais

Oftalmologia Vol. 42: pp RESUMO

Oftalmologia Vol. 42: pp RESUMO Oftalmologia Vol. 42: pp. 000-000 RESUMO Objetivo: Avaliar a influência da implantação de segmentos de anel corneanos intra-estromais (SACIE) na qualidade de vida de doentes com queratocone, através do

Leia mais

Cross-linking e segmento de anel corneano intraestromal

Cross-linking e segmento de anel corneano intraestromal ATUALIZAÇÃO CONTINUADA CURRENT UPDATE Cross-linking e segmento de anel corneano intraestromal Cross-linking and intrastromal corneal ring segment ADIMARA DA CANDELARIA RENESTO 1, MARTA SARTORI 1, MAURO

Leia mais

SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A

SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A número 22 - maio/2016 DECISÃO FINAL RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS CROSSLINKING PARA O TRATAMENTO DO CERATOCONE RELATÓRIO

Leia mais

A tomografia de córnea e segmento anterior na propedêutica do exame complementar na avaliação de ectasia

A tomografia de córnea e segmento anterior na propedêutica do exame complementar na avaliação de ectasia 54RELATO DE CASO A tomografia de córnea e segmento anterior na propedêutica do exame complementar na avaliação de ectasia Simplifying ectasia screening with corneal and anterior segment tomography Bruno

Leia mais

SABER MAIS SOBRE ASTIGMATISMO

SABER MAIS SOBRE ASTIGMATISMO SABER MAIS SOBRE ASTIGMATISMO FICHA TÉCNICA EDIÇÃO Clínicas Leite, Lda Ver. 01 / Jan 2016 REDAÇÃO/DOCUMENTAÇÃO Mariana Coimbra (Marketing e Comunicação) 1 ASTIGMATISMO O que é o astigmatismo? É uma alteração

Leia mais

Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Print version ISSN On-line version ISSN

Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Print version ISSN On-line version ISSN Analysis of new technique for Ferrara ring implantation in keratoconus 1 de 11 13/10/2016 15:45 Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Print version ISSN 0004-2749 On-line version ISSN 1678-2925 Arq. Bras.

Leia mais

Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Print version ISSN On-line version ISSN

Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Print version ISSN On-line version ISSN 1 de 8 13/10/2016 15:16 Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Print version ISSN 0004-2749On-line version ISSN 1678-2925 Arq. Bras. Oftalmol. vol.66 no.4 São Paulo July/Aug. 2003 http://dx.doi.org/10.1590/s0004-27492003000400004

Leia mais

Anel corneano intraestromal assimétrico no tratamento do ceratocone

Anel corneano intraestromal assimétrico no tratamento do ceratocone ARTIGOS ORIGINAIS ORIGINAL ARTICLES Anel corneano intraestromal assimétrico no tratamento do ceratocone Asymmetric intrastromal corneal ring for the treatment of keratoconus MARCELO ALVES VILAR DE SIQUEIRA¹,

Leia mais

REUNIÃO DOS GRUPOS PORTUGUESES 2018

REUNIÃO DOS GRUPOS PORTUGUESES 2018 REUNIÃO DOS GRUPOS PORTUGUESES 2018 CIRURGIA IMPLANTO-REFRACTIVA SUPERFÍCIE OCULAR, CÓRNEA E CONTACTOLOGIA THE FUTURE IS UNKNOWN 24 a 26 Maio PORTUGAL LÁ FORA CÓRNEA Keratopathy Neurotrophic: Diagnosis,

Leia mais

Dra. LIBERDADE CEZARO SALERNO CRM/SC 15020

Dra. LIBERDADE CEZARO SALERNO CRM/SC 15020 Dra. LIBERDADE CEZARO SALERNO CRM/SC 15020 APRESENTAÇÃO PROFISSIONAL Graduada em Medicina pela Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) em 2008. Residência Médica em Oftalmologia no Hospital de Olhos

Leia mais

Exotropia Intermitente: Do sucesso cirúrgico à necessidade de reintervenção a longo prazo

Exotropia Intermitente: Do sucesso cirúrgico à necessidade de reintervenção a longo prazo Oftalmologia - Vol. 37: pp.259-263 Comunicações Curtas e Casos Clínicos Exotropia Intermitente: Do sucesso cirúrgico à necessidade de reintervenção a longo prazo Diana Cristóvão 1 ; Raquel Seldon 2 ; Maria

Leia mais

REUNIÃO DOS GRUPOS PORTUGUESES 2019

REUNIÃO DOS GRUPOS PORTUGUESES 2019 REUNIÃO DOS GRUPOS PORTUGUESES 2019 CIRURGIA IMPLANTO-REFRACTIVA SUPERFÍCIE OCULAR, CÓRNEA E CONTACTOLOGIA 2 3 4 MAIO HOTEL GRANDE REAL SANTA EULÁLIA Albufeira Algarve ERGOFTALMOLOGIA SECRETARIADO Sociedade

Leia mais

Tratamento do ceratocone com INTACs

Tratamento do ceratocone com INTACs UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR Ciências da Saúde Tratamento do ceratocone com INTACs Tânia Filipa Oliveira Silva Relatório de estágio para obtenção do Grau de Mestre em Optometria - ciências da visão (2º

Leia mais

6 MÉTODOS PARA RECUPERAR SUA VISÃO

6 MÉTODOS PARA RECUPERAR SUA VISÃO 6 MÉTODOS PARA RECUPERAR SUA VISÃO Sumário. Introdução. 02 Cirurgia de Miopia. 03 Cirurgia de Hipermetropia. 04 Cirurgia de Presbiopia ou vista cansada. 05 Cirurgia de Astigmatismo 06 Cirurgia refrativa

Leia mais

SABER MAIS SOBRE HIPERMETROPIA

SABER MAIS SOBRE HIPERMETROPIA SABER MAIS SOBRE HIPERMETROPIA FICHA TÉCNICA EDIÇÃO Clínicas Leite, Lda Ver. 01 / Jan 2016 REDAÇÃO/DOCUMENTAÇÃO Mariana Coimbra (Marketing e Comunicação) 1 HIPERMETROPIA O que é a hipermetropia? É uma

Leia mais

ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE

ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE IMPLANTAÇÃO DA LENTE ACRYSOF CACHET NO TRATAMENTO DA ALTA MIOPIA: RESULTADOS PRELIMINARES IMPLANTATION OF THE LENS ACRYSOF CACHET IN THE TREATMENT OF HIGH MYOPIA: PRELIMINARY

Leia mais

Atrabeculoplastia laser é uma forma terapêutica. A Repetição da Trabeculoplastia Laser Selectiva 1 ano de follow-up. Introdução

Atrabeculoplastia laser é uma forma terapêutica. A Repetição da Trabeculoplastia Laser Selectiva 1 ano de follow-up. Introdução Oftalmologia - Vol. 33: pp. 63-67 A Repetição da Trabeculoplastia Laser Selectiva 1 ano de follow-up Tiago Silva, José Dias, José Fernandes, Arabela Coelho, A. Castanheira Dinis Instituto de Oftalmologia

Leia mais

DRA. LIBERDADE CEZARO SALERNO CRM/SC 15020

DRA. LIBERDADE CEZARO SALERNO CRM/SC 15020 DRA. LIBERDADE CEZARO SALERNO CRM/SC 15020 APRESENTAÇÃO PROFISSIONAL Graduada em Medicina pela Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) em 2008. Residência Médica em Oftalmologia no Hospital de Olhos

Leia mais

Avaliação dos resultados do cross-linking de colagénio corneano em doentes com queratocone: a nossa experiência

Avaliação dos resultados do cross-linking de colagénio corneano em doentes com queratocone: a nossa experiência Oftalmologia - Vol. 37: pp.167-174 Artigo Original Avaliação dos resultados do cross-linking de colagénio corneano em doentes com queratocone: a nossa experiência Teresa Painhas 1, Filipa G. Rodrigues

Leia mais

DIA 28/3/ QUINTA-FEIRA AUDITÓRIO CATALUNYA 08:30-10:15 RETINA 1 - CURSO OCT. 08:30-08:40 Correlações anatômicas e interpretação

DIA 28/3/ QUINTA-FEIRA AUDITÓRIO CATALUNYA 08:30-10:15 RETINA 1 - CURSO OCT. 08:30-08:40 Correlações anatômicas e interpretação DIA 28/3/2019 - QUINTA-FEIRA AUDITÓRIO CATALUNYA 08:30-10:15 RETINA 1 - CURSO OCT 08:30-08:40 Correlações anatômicas e interpretação 08:40-08:50 Adesões vítreo-macular e membrana epirretiniana 08:50-09:00

Leia mais

APRESENTAÇÃO. A Clínica de Olhos Dr. Paulo Ferrara foi fundada no ano de 2006 no Complexo Médico

APRESENTAÇÃO. A Clínica de Olhos Dr. Paulo Ferrara foi fundada no ano de 2006 no Complexo Médico APRESENTAÇÃO A Clínica de Olhos Dr. Paulo Ferrara foi fundada no ano de 2006 no Complexo Médico Life Center, em Belo Horizonte. Trata-se de um espaço que reúne renomados médicos, entre eles o Dr. Paulo

Leia mais

PROTOCOLO DE USO DA RADIAÇÃO PARA CROSS-LINKING CORNEANO NO TRATAMENTO DO CERATOCONE

PROTOCOLO DE USO DA RADIAÇÃO PARA CROSS-LINKING CORNEANO NO TRATAMENTO DO CERATOCONE PROTOCOLO DE USO DA RADIAÇÃO PARA CROSS-LINKING CORNEANO NO TRATAMENTO DO CERATOCONE Novembro/2016 2016 Ministério da Saúde. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte

Leia mais

08:55-09:15 Debate - Tratamento do edema de macula - Anti-VEGF X Corticoide

08:55-09:15 Debate - Tratamento do edema de macula - Anti-VEGF X Corticoide DIA 17/3/2017 - SEXTA-FEIRA AUDITÓRIO SÉRGIO BERNARDES 08:30-10:00 RETINA - Encontro SBRV-SNNO 08:30-08:35 Abertura 08:35-08:55 A definir 08:55-09:15 Debate - Tratamento do edema de macula - Anti-VEGF

Leia mais

Corneal thickness progression from the thinnest point to the limbus: study based on a normal and a keratoconus population to create reference values

Corneal thickness progression from the thinnest point to the limbus: study based on a normal and a keratoconus population to create reference values Progressão da espessura corneana do ponto mais fino em direção ao limbo: estudo de uma população normal e de portadores de ceratocone para criação de valores de referência Corneal thickness progression

Leia mais

Cálculo nos olhos extremos Filomena Ribeiro. Apart from! the very short! and long eyes,! I have no! biometry problems!

Cálculo nos olhos extremos Filomena Ribeiro. Apart from! the very short! and long eyes,! I have no! biometry problems! Cálculo nos olhos extremos Filomena Ribeiro Apart from the very short and long eyes, I have no biometry problems Causas de Erro Erro de medição K S, CAX Erro nas fórmulas K S, ELP Outros: Erro avaliação

Leia mais

Lente intra-ocular multifocal difrativa apodizada: resultados

Lente intra-ocular multifocal difrativa apodizada: resultados ARTIGO ORIGINAL 383 Lente intra-ocular multifocal difrativa apodizada: resultados Diffractive apodized multifocal intraocular lens: results Virgilio Centurion 1, Augusto Cézar Lacava 1, Juan Carlos Caballero

Leia mais

RELATÓRIO PADRONIZADO PARA AUTORIZAÇÃO DE IMPLANTE DE ANEL INTRA-ESTROMAL

RELATÓRIO PADRONIZADO PARA AUTORIZAÇÃO DE IMPLANTE DE ANEL INTRA-ESTROMAL Após Preenchimento entregar: RELATÓRIO PADRONIZADO PARA AUTORIZAÇÃO DE IMPLANTE DE ANEL INTRA-ESTROMAL ORIGINAL NA ULP; 01 CÓPIA P/ MÉDICO; 01 CÓPIA P/ PACIENTE. A Resolução CFM nº 1.762/05 estabelece

Leia mais

Grupo Português de Superfície Ocular, Córnea e Contactologia Luís Torrão

Grupo Português de Superfície Ocular, Córnea e Contactologia Luís Torrão PROGRAMA 2019 COORDENADORES Grupo de Cirurgia Implanto-Refrativa de Portugal Luís Oliveira Grupo Português de Superfície Ocular, Córnea e Contactologia Luís Torrão Grupo Português de Ergoftalmologia Ricardo

Leia mais

Implante de Anéis de Ferrara como tratamento para o Queratocone

Implante de Anéis de Ferrara como tratamento para o Queratocone UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR Ciências da Saúde Implante de Anéis de Ferrara como tratamento para o Queratocone Sara Andreia Gonçalves Marques Relatório de estágio para obtenção do Grau de Mestre em Optometria

Leia mais

Lentes Artisan/Artiflex

Lentes Artisan/Artiflex DR. VALCIR CORONADO ANTUNES DR. EDUARDO ANDREGHETTI DRA. JULIANA ANDRIGHETI CORONADO ANTUNES DR. VICTOR ANDRIGHETI CORONADO ANTUNES DRA. ADRIANA FECAROTTA DR. RODRIGO MILAN NAVARRO ESPECIALISTAS PELO CONSELHO

Leia mais

Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa

Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa 1 Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa XVI CURSO SUPERIOR DE ORTÓPTICA Maio, 2011 Ilda Poças Carla Vicente Daniela Rodrigues A prevenção primária e a redução de risco, o rastreio e a detecção

Leia mais

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS DA AERONÁUTICA DIVISÃO DE ENSINO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Avaliação da eficácia do segmento de anel corneano de 300 graus de arco na correção do astigmatismo

Leia mais

com ACTIVEFOCUS Muito mais do que uma simples visão para longe 1,2

com ACTIVEFOCUS Muito mais do que uma simples visão para longe 1,2 +2,5 com ACTIVEFOCUS Muito mais do que uma simples visão para longe 1,2 Com menos anéis e com uma zona central refrativa com asfericidade negativa aumentada, o design óptico da LIO AcrySof IQ +2,5 canaliza

Leia mais

Importância da tomografia de córnea para o diagnóstico de ectasia

Importância da tomografia de córnea para o diagnóstico de ectasia Universidade de São Paulo Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI Sem comunidade Scielo 2012 Importância da tomografia de córnea para o diagnóstico de ectasia Rev. bras.oftalmol.,v.71,n.5,p.302-308,2012

Leia mais

Experiência do Serviço de Endocrinologia do Hospital de Braga no Tratamento de Diabéticos Tipo 1 com Bombas Infusoras de Insulina

Experiência do Serviço de Endocrinologia do Hospital de Braga no Tratamento de Diabéticos Tipo 1 com Bombas Infusoras de Insulina 5ª Congresso ALGEDM Associação Luso-Galaica de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo Experiência do Serviço de Endocrinologia do Hospital de Braga no Tratamento de Diabéticos Tipo 1 com Bombas Infusoras

Leia mais

Tratamento do Queratocone com Implante de Anéis Intra-Estromais por Laser Femtosegundo Resultados de Acordo com a Nova Classificação SAANA

Tratamento do Queratocone com Implante de Anéis Intra-Estromais por Laser Femtosegundo Resultados de Acordo com a Nova Classificação SAANA Oftalmologia - Vol. 35: pp.253-258 Artigo Original Tratamento do Queratocone com Implante de Anéis Intra-Estromais por Laser Femtosegundo Resultados de Acordo com a Nova Classificação SAANA Andreia M.

Leia mais

Enquadramento e Racional

Enquadramento e Racional LungOS Advanced non-small cell Lung cancer treatment patterns and Overall Survival: real-world outcomes research study from the Southern Portugal Cancer Registry (ROR-SUL). Enquadramento e Racional O cancro

Leia mais

O Traçado de Raios. Filomena Ribeiro

O Traçado de Raios. Filomena Ribeiro O Traçado de Raios Filomena Ribeiro Método Paraxial Metodologia das fórmulas Simplificação! Paraxial! Lentes finas n1 θi = n2 θr Genérico Método traçado de raios Metodologia da óptica Física Óptica exacta

Leia mais

Corneal collagen crosslinking with riboflavin and ultraviolet radiation for keratoconus treatment: preliminary results of a Brazilian study.

Corneal collagen crosslinking with riboflavin and ultraviolet radiation for keratoconus treatment: preliminary results of a Brazilian study. ARTIGO ORIGINAL 231 Reticulação do colágeno corneano com radiação ultravioleta e riboflavina para tratamento do ceratocone: resultados preliminares de um estudo brasileiro Corneal collagen crosslinking

Leia mais

Ceratocone: Quebra de paradigmas e contradições de uma nova subespecialidade

Ceratocone: Quebra de paradigmas e contradições de uma nova subespecialidade DOI 10.5935/0034-7280.20180101 Editorial81 Ceratocone: Quebra de paradigmas e contradições de uma nova subespecialidade Keratoconus: Breaking paradigms and contradictions of a new subspecialty Renato Ambrósio

Leia mais

Anel corneano intra-estromal para baixa miopia - Estudo comparativo com a técnica de LASIK

Anel corneano intra-estromal para baixa miopia - Estudo comparativo com a técnica de LASIK Anel corneano intra-estromal para baixa miopia - Estudo comparativo com a técnica de LASIK Intrastromal corneal ring for low myopia - A comparative study with LASIK Adriana dos Santos Forseto 1 Paulo Schor

Leia mais

Efficacy of EPI-OFF and EPI-ON Collagen Cross-Linkage Procedure in Terms of Visual Acuity and Astigmatism in Keratoconus Patients

Efficacy of EPI-OFF and EPI-ON Collagen Cross-Linkage Procedure in Terms of Visual Acuity and Astigmatism in Keratoconus Patients ORIGINALARTICLE ABSTRACT Objective: To compare the efficacy of epi-off and epi-on collagen cross-linkage procedure in terms of visual outcomes and astigmatism during one-year period. Study Design: Prospective

Leia mais

Relatório Estágio Queratocone - Mestrado Optometria em Ciências da Visão

Relatório Estágio Queratocone - Mestrado Optometria em Ciências da Visão UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR Mestrado Optometria em Ciências da Visão Relatório Estágio Queratocone Docente: Dr. Eugénio Leite Realizado na Clínica Leite & Leite, Lisboa Discente: Sandra Lacerda Dias

Leia mais

Aberrometria Corneana na Trissomia 21

Aberrometria Corneana na Trissomia 21 Oftalmologia - Vol. 36: pp.273-277 Artigo Original Aberrometria Corneana na Trissomia 21 Arnaldo Santos 1, Rita Rosa 1, Ana Duarte 1, Joana Ferreira 2, João Paulo Cunha 3, Alcina Toscano 3 ¹Interno do

Leia mais

Implante de segmentos de anel estromal em ceratocone: resultados e correlações com a biomecânica corneana pré-operatória

Implante de segmentos de anel estromal em ceratocone: resultados e correlações com a biomecânica corneana pré-operatória ARTIGO ORIGINAL89 Implante de segmentos de anel estromal em ceratocone: resultados e correlações com a biomecânica corneana pré-operatória Intrastromal corneal ring segments for keratoconus: results and

Leia mais

Crosslinking Corneano para Ceratocone

Crosslinking Corneano para Ceratocone Crosslinking Corneano para Ceratocone Nº 225 Setembro/2016 1 2016 Ministério da Saúde. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer

Leia mais

RESUMO ABSTRACT. Objetivos: Analisar as características refrativas com influência no sucesso cirúrgico da cirurgia LASIK.

RESUMO ABSTRACT. Objetivos: Analisar as características refrativas com influência no sucesso cirúrgico da cirurgia LASIK. Oftalmologia Vol. 42: pp. 000-000 RESUMO Introdução: A cirurgia LASIK é uma técnica essencial para a correção de ametropias miópicas de forma segura e eficaz. Segundo a literatura, a eficácia cirúrgica

Leia mais

Prefácio Boa leitura!

Prefácio Boa leitura! Índice Remissivo Lente monofocal esférica 4 Lente monofocal asférica 4 Comparação entre lente esférica e asférica 5 Lente monofocal asférica tórica 7 Lente multifocal 8 Lente multifocal tórica 10 Lente

Leia mais

Crosslinking no tratamento do queratocone e ectasia pós-lasik

Crosslinking no tratamento do queratocone e ectasia pós-lasik 2013/2014 Ana Sofia da Rocha Teixeira Crosslinking no tratamento do queratocone e ectasia pós-lasik março, 2014 Ana Sofia da Rocha Teixeira Crosslinking no tratamento do queratocone e ectasia pós-lasik

Leia mais

Is it really necessary to restore radial anatomic parameters after distal radius fractures? Injury, Int. J. Care Injured 45S(2014) S21-S26

Is it really necessary to restore radial anatomic parameters after distal radius fractures? Injury, Int. J. Care Injured 45S(2014) S21-S26 JOURNAL CLUB Serviço de Ortopedia do Hospital de Vila Franca de Xira Director: DR. PEDRO AFONSO Is it really necessary to restore radial anatomic parameters after distal radius fractures? Injury, Int.

Leia mais

XXIX PROGRAMA CIENTÍFICO 5-6 DE JULHO DE 2019 DE OFTALMOLOGIA DE COIMBRA

XXIX PROGRAMA CIENTÍFICO 5-6 DE JULHO DE 2019 DE OFTALMOLOGIA DE COIMBRA XXIX DE OFTALMOLOGIA DE COIMBRA BAIXA VISÃO EM PEDIATRIA E NO ADULTO HOT TOPICS: PEDIATRIA RETINA MÉDICA RETINA CIRÚRGICA CÓRNEA E CIRURGIA REFRATIVA CURSO EUPO TRATAMENTO DO GLAUCOMA 5-6 DE JULHO DE 2019

Leia mais

Este tratamento é indicado para o tratamento de:

Este tratamento é indicado para o tratamento de: A cirurgia refrativa é o conjunto de técnicas cirúrgicas personalizadas, 100% a laser, destinada a eliminar ou minimizar defeitos de refração ocular, dando a você a liberdade dos óculos e das lentes de

Leia mais

Aplicação de fórmula corretiva nas alterações da pressão intraocular dos pacientes submetidos a LASIK

Aplicação de fórmula corretiva nas alterações da pressão intraocular dos pacientes submetidos a LASIK Universidade de São Paulo Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI Outros departamentos - FM/Outros Artigos e Materiais de Revistas Científicas - FM/Outros 2011 Aplicação de fórmula corretiva

Leia mais

Alterações biomecânicas da córnea porcina com riboflavina fotossensibilizada por luz não-ultravioleta

Alterações biomecânicas da córnea porcina com riboflavina fotossensibilizada por luz não-ultravioleta ARTIGO ORIGINAL 109 Alterações biomecânicas da córnea porcina com riboflavina fotossensibilizada por luz não-ultravioleta Biomechanical changes on porcine corneas after riboflavin induced crosslink technique

Leia mais

GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO ABERTO (GPAA)

GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO ABERTO (GPAA) Prof. F. Falcão dos Reis 2006 DEFINIÇÃO Um suspeito de glaucoma é um indivíduo com achados físicos e/ou uma constelação de factores de risco que indicam uma probabilidade elevada de desenvolver Glaucoma

Leia mais

A Saúde da Visão no idoso institucionalizado: Identificação de necessidades em saúde pública

A Saúde da Visão no idoso institucionalizado: Identificação de necessidades em saúde pública UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA Escola Nacional de Saúde Pública A Saúde da Visão no idoso institucionalizado: Identificação de necessidades em saúde pública Carla Costa Lança (1), Ana Costa Veiga (2), Maria

Leia mais

LASER EM CIRURGIAS OFTALMOLÓGICAS

LASER EM CIRURGIAS OFTALMOLÓGICAS LASER EM CIRURGIAS OFTALMOLÓGICAS A Resolução Normativa RN N 428, de 28 de outubro de 2015 no seu Art. 12. Descreve que os procedimentos realizados por laser, radiofrequência, robótica, neuronavegação

Leia mais

Caracterização visual numa amostra infantil em idade pré-escolar e escolar - o estado da arte num rastreio

Caracterização visual numa amostra infantil em idade pré-escolar e escolar - o estado da arte num rastreio Caracterização visual numa amostra infantil em idade pré-escolar e escolar - o estado da arte num rastreio Hugo Quental, Ilda Maria Poças, Carina Esteves, Wilson Quintino, Carina Silva Fortes Escola Superior

Leia mais

Efeito terapêutico do cross-linking corneano na ceratopatia bolhosa sintomática

Efeito terapêutico do cross-linking corneano na ceratopatia bolhosa sintomática Efeito terapêutico do cross-linking corneano na ceratopatia bolhosa sintomática Therapeutic effect of corneal cross-linking on symptomatic bullous keratophaty Diego Nery Benevides Gadelha 1 Bernardo Menelau

Leia mais

Radioquimioterapia a título curativo no carcinoma anal - os nossos resultados

Radioquimioterapia a título curativo no carcinoma anal - os nossos resultados Radioquimioterapia a título curativo no carcinoma anal - os nossos resultados Luísa Rolim 1 ; Andreia Ponte 1 ; João Casalta-Lopes 1,2 ; Inês Nobre-Góis 1 ; Tânia Teixeira 1 ; Anabela Barros 3 ; Margarida

Leia mais

ARTIGO ORIGINAL. Palavras-chave: Keywords: doi: / v56n1p

ARTIGO ORIGINAL. Palavras-chave: Keywords: doi: / v56n1p doi: 10.20513/2447-6595.2016v56n1p18-23 18 ARTIGO ORIGINAL Jéssica Maria Moura Cassimiro 1. Claudio Abreu Barreto Junior 2. Gabriella Pequeno Costa Gomes de Aguiar 3. Otilio José Nicolau de Oliveira 4.

Leia mais

O globo ocular humano tem a forma aproximada de uma esfera de 22 mm de diâmetro.

O globo ocular humano tem a forma aproximada de uma esfera de 22 mm de diâmetro. O globo ocular humano tem a forma aproximada de uma esfera de 22 mm de diâmetro. Você já se perguntou qual o motivo de, às vezes, aparecermos com os olhos vermelhos nas fotos? A pupila dos nossos olhos

Leia mais

Alterações Refractivas e Topográficas Após Cirurgia de Esotropia

Alterações Refractivas e Topográficas Após Cirurgia de Esotropia Oftalmologia - Vol. 36: pp.297-292 Artigo Original Alterações Refractivas e Topográficas Após Cirurgia de Esotropia Rita Rosa 1, Arnaldo Santos 1, Ana Paixão 2, Vítor Maduro 2, Alcina Toscano 3 1 Interno

Leia mais

EFICÁCIA DA TERAPÊUTICA NEOADJUVANTE EM DOENTES COM ADENOCARCINOMA DO PANCREAS: ANÁLISE MULTICÊNTRICA DOS ÚLTIMOS 5 ANOS.

EFICÁCIA DA TERAPÊUTICA NEOADJUVANTE EM DOENTES COM ADENOCARCINOMA DO PANCREAS: ANÁLISE MULTICÊNTRICA DOS ÚLTIMOS 5 ANOS. EFICÁCIA DA TERAPÊUTICA NEOADJUVANTE EM DOENTES COM ADENOCARCINOMA DO PANCREAS: ANÁLISE MULTICÊNTRICA DOS ÚLTIMOS 5 ANOS. J. Moreira-Pinto 1 ; João Godinho 1 ; Pedro Simões 1 ; Francisco Paralta Branco

Leia mais

INNOVATION, QUALITY AND EVOLUTION ARE PART OF OUR VISION

INNOVATION, QUALITY AND EVOLUTION ARE PART OF OUR VISION VISION IN EVOLUTION INNOVATION, QUALITY AND EVOLUTION ARE PART OF OUR VISION INOVAÇÃO, QUALIDADE E EVOLUÇÃO FAZEM PARTE DA NOSSA VISÃO MEDIPHACOS A Mediphacos, dentro de sua filosofia de ética, pioneirismo

Leia mais

08:00-10:30 CATARATA 1 - Cirurgia de catarata premium: de A a Z

08:00-10:30 CATARATA 1 - Cirurgia de catarata premium: de A a Z DIA 16/3/2017 - QUINTA-FEIRA AUDITÓRIO SÉRGIO BERNARDES 08:00-10:30 CATARATA 1 - Cirurgia de catarata premium: de A a Z 1º Bloco: LIOs Tóricas 08:00-08:10 Dispositivo para aferição do alinhamento intraoperatório

Leia mais

FILADÉLFIA CENTRO EDUCACIONAL TÉCNICO EM OPTOMETRIA CERATOCONE

FILADÉLFIA CENTRO EDUCACIONAL TÉCNICO EM OPTOMETRIA CERATOCONE FILADÉLFIA CENTRO EDUCACIONAL TÉCNICO EM OPTOMETRIA CERATOCONE Trabalho apresentado como parte das exigências da disciplina Contatologia Aluno: João Gonçalves dos Santos Professor: Leandro David Ortiz

Leia mais

AVALIAÇÃO DOS DOENTES COM SUSPEITA CLÍNICA DE TEP COM RECURSO A ANGIO-TC Estudo retrospectivo

AVALIAÇÃO DOS DOENTES COM SUSPEITA CLÍNICA DE TEP COM RECURSO A ANGIO-TC Estudo retrospectivo AVALIAÇÃO DOS DOENTES COM SUSPEITA CLÍNICA DE TEP COM RECURSO A ANGIO-TC Estudo retrospectivo Raquel Madaleno, Pedro Pissarra, Luís Curvo-Semedo, Alfredo Gil Agostinho, Filipe Caseiro-Alves ÍNDICE INTRODUÇÃO

Leia mais

Fat-to-Bone Ratio: A New Measurement of Obesity

Fat-to-Bone Ratio: A New Measurement of Obesity Fat-to-Bone Ratio: A New Measurement of Obesity Roh A 1, Harned D 2, Patel A 3, Brown B 3, Crowder A 1, Kincaid M 1, August D. 1 1. Maricopa Medical Center, Phoenix, AZ; 2. Grand Canyon University, Phoenix,

Leia mais

ESTUDO COMPARATIVO SOBRE AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS DE CERATOPLASTIA COM ENXERTO CONJUNTIVAL LIVRE E PEDICULADO EM CÃES

ESTUDO COMPARATIVO SOBRE AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS DE CERATOPLASTIA COM ENXERTO CONJUNTIVAL LIVRE E PEDICULADO EM CÃES 1 ESTUDO COMPARATIVO SOBRE AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS DE CERATOPLASTIA COM ENXERTO CONJUNTIVAL LIVRE E PEDICULADO EM CÃES Palavras-chave: Ceratoplastia, cães, deiscência PEREIRA. A. C.

Leia mais

Boas Práticas em Oftalmologia 2008 Elementos Clínicos de Avaliação e Referenciação

Boas Práticas em Oftalmologia 2008 Elementos Clínicos de Avaliação e Referenciação 6. PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES NO GLAUCOMA INTRODUÇÃO No Glaucoma de Ângulo Fechado (GAF) (estreito) existe predisposição ocular para o encerramento do ângulo da câmara anterior. Na crise, há dor intensa,

Leia mais

Oftalmologia. Infografia da Especialidade

Oftalmologia. Infografia da Especialidade Oftalmologia Infografia da Especialidade by Queremos com este conteúdo contribuir para um processo de escolha mais informado, que esclareça os estudantes de medicina e médicos recém-formados acerca das

Leia mais

De forma geral, a visão é o sentido mais valorizado pelas pessoas. Em uma sociedade

De forma geral, a visão é o sentido mais valorizado pelas pessoas. Em uma sociedade A importância da consulta oftalmológica De forma geral, a visão é o sentido mais valorizado pelas pessoas. Em uma sociedade cheia de apelos visuais, em que o contato com o mundo se faz inicialmente por

Leia mais

Função visual e risco de quedas em idosos do Concelho de Loures: um estudo exploratório

Função visual e risco de quedas em idosos do Concelho de Loures: um estudo exploratório Função visual e risco de quedas em idosos do Concelho de Loures: um estudo exploratório Luísa Pedro, Carla Lança Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Lisboa luisa.pedro@estesl.ipl.pt Introdução O

Leia mais

Avaliação da telelaringoscopia no diagnóstico das lesões benignas da laringe

Avaliação da telelaringoscopia no diagnóstico das lesões benignas da laringe Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo Avaliação da telelaringoscopia no diagnóstico das lesões benignas da laringe Márcio Cavalcante Salmito SÃO PAULO 2012 Márcio Cavalcante Salmito Avaliação

Leia mais

Sarcomas de partes moles do adulto Estudo Populacional/Institucional Regiões do Alentejo e Algarve

Sarcomas de partes moles do adulto Estudo Populacional/Institucional Regiões do Alentejo e Algarve Sarcomas de partes moles do adulto Estudo Populacional/Institucional Regiões do Alentejo e Algarve Jornadas do ROR Sul Teresa Alexandre Oncologia Médica IPO Lisboa 17 Fevereiro 2016 Introdução Sarcomas

Leia mais

REVISÃO EM OFTALMOLOGIA OFTALMO REVIEW

REVISÃO EM OFTALMOLOGIA OFTALMO REVIEW REVISÃO EM OFTALMOLOGIA OFTALMO REVIEW PROGRAMA PRELIMINAR Local: Coordenação: Anfiteatro Leitão da Cunha Rua Botucatu, 720 1º andar Prof. Dr. Paulo Augusto de Arruda Mello, Dr. Luiz Alberto Melo Jr, Dr.

Leia mais

Avaliação do desempenho: como comparar os resultados

Avaliação do desempenho: como comparar os resultados Escola Nacional de Saúde Pública Universidade Nova de Lisboa Avaliação do desempenho: como comparar os resultados Sílvia Lopes silvia.lopes@ensp.unl.pt Carlos Costa ccosta@ensp.unl.pt 12º Congresso Nacional

Leia mais

Estudo retrospectivo e comparativo de quarenta e três olhos com hidropisia aguda em quinhentos e sessenta e sete casos de ceratocone

Estudo retrospectivo e comparativo de quarenta e três olhos com hidropisia aguda em quinhentos e sessenta e sete casos de ceratocone Estudo retrospectivo e comparativo de quarenta e três olhos com hidropisia aguda em quinhentos e sessenta e sete casos de ceratocone Retrospective and comparative study of forty-three eyes with acute hydrops

Leia mais

Glomerulonefrite Membranosa Idiopática: um estudo de caso

Glomerulonefrite Membranosa Idiopática: um estudo de caso Glomerulonefrite Membranosa Idiopática: um estudo de caso Cláudia Maria Teixeira de Carvalho Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina Faculdade de Ciências da Saúde Universidade da Beira Interior

Leia mais

Perto Intermediário Longe

Perto Intermediário Longe O cristalino é a lente natural do olho, uma parte importante do sistema óptico que ao longo dos anos perde sua transparência original, tornando-se opaca e embaçada. É o que se chama de catarata. Durante

Leia mais

UTILIZAÇÃO DO ML FLOW PARA AUXÍLIO DIAGNÓSTICO E CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE HANSENÍASE NO RIO GRANDE DO SUL. UM ESTUDO DE CUSTO-EFETIVIDADE

UTILIZAÇÃO DO ML FLOW PARA AUXÍLIO DIAGNÓSTICO E CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE HANSENÍASE NO RIO GRANDE DO SUL. UM ESTUDO DE CUSTO-EFETIVIDADE PPG Saúde Coletiva UNISINOS UTILIZAÇÃO DO ML FLOW PARA AUXÍLIO DIAGNÓSTICO E CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE HANSENÍASE NO RIO GRANDE DO SUL. UM ESTUDO DE CUSTO-EFETIVIDADE Marlisa Siega Freitas Nêmora Tregnago

Leia mais

Conselho Internacional de Oftalmologia. Instruções Clínicas Internacionais. Fechamento Angular Primário (Avaliação Inicial e Tratamento)

Conselho Internacional de Oftalmologia. Instruções Clínicas Internacionais. Fechamento Angular Primário (Avaliação Inicial e Tratamento) Abril de 2007 Conselho Internacional de Oftalmologia Instruções Clínicas Internacionais Fechamento Angular Primário (Avaliação Inicial e Tratamento) (Classificações: A: importantíssimo, B: importância

Leia mais

Qual o benefício da vacina contra HPV em mulheres previamente expostas? Fábio Russomano - IFF/Fiocruz Agosto de 2015

Qual o benefício da vacina contra HPV em mulheres previamente expostas? Fábio Russomano - IFF/Fiocruz Agosto de 2015 Qual o benefício da vacina contra HPV em mulheres previamente expostas? Fábio Russomano - IFF/Fiocruz Agosto de 2015 Cenário atual 80% das mulheres terão contato com o HPV ao longo de suas vidas (metade

Leia mais

AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE DE ADULTOS E IDOSOS COM SÍNDROME DE DOWN: DADOS DE UM ESTUDO PILOTO.

AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE DE ADULTOS E IDOSOS COM SÍNDROME DE DOWN: DADOS DE UM ESTUDO PILOTO. AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE DE ADULTOS E IDOSOS COM SÍNDROME DE DOWN: DADOS DE UM ESTUDO PILOTO. 1 Cláudia Lopes Carvalho (Carvalho, C.L); 2 Leila Regina de Castro (Castro, L.R), 3 Ariella Fornachari Ribeiro

Leia mais

XXIII Jornadas ROR-SUL. 15, 16 e 17 Fevereiro 2016 Lisboa

XXIII Jornadas ROR-SUL. 15, 16 e 17 Fevereiro 2016 Lisboa XXIII Jornadas ROR-SUL 15, 16 e 17 Fevereiro 2016 Lisboa Estudo de Alta Resolução Tumores Malignos do Pulmão Maria Teresa Almodovar Objetivos 1. Detectar as diferenças na sobrevivência do cancro do pulmão

Leia mais