TRATANDO CRACK EM UNIDADE FECHADA
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- Luiz Eduardo Castelhano Camarinho
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1 CRACK e outras drogas: Perspectivas na abordagem psicossocial TRATANDO CRACK EM UNIDADE FECHADA
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3 Hoje, a dependência de crack é a causa mais prevalente de internação (voluntária ou não) por uso de substâncias ilícitas (perde apenas para álcool). Embora números referente ao uso de crack pareçam pequenos, ela é, entre as drogas ilícitas, a substância cuja demanda por tratamento mais aumentou nos últimos 10 anos no Brasil.
4 Unidade Álvaro Alvim é uma das instalações pertencentes ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Projeto Terapêutico do Centro Colaborador Álcool e Drogas da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD).
5 Unidade de Adição - 20 leitos masculinos. Ambulatório AD - 06 consultórios, 02 salas de grupo. Unidade Clínica Retaguarda à Emergência - 30 leitos.
6 EMERGÊNCIA ENFERMAGEM PSIQUIATRIA PSICOLOGIA SERVIÇO SOCIAL MEDICINA INTERNA U A A MEDICINA OCUPACIONAL RECREAÇÃO TERAPÊUTICA RADIOLOGIA FARMÁCIA HEMATOLOGIA NUTRIÇÃO
7 Assistentes Administrativos; Assistentes Sociais; Atendentes de Nutrição; Consultores em Dependência Química Enfermeira*; Educadores Físicos; Enfermeiros; Funcionários da Higienização; Médicos; Nutricionistas; Psicólogos; Técnicos de Enfermagem, Terapeutas Ocupacionais.
8 Papel do Consultor Coordenador do Grupo 1. Avaliação e intervenções no ambiente do grupo; 2. Manutenção da cultura de tratamento; 3. Educação em saúde (autocuidado, prevenção da recaída, manejo de craving); 4. Organização do programa de atividades; 5. Coordena tarefas do grupo; 6. Intervenções motivacionais; 7. Supervisão do programa de gratificações; 8. Manejo de contingência. - Mantém postura motivacional - Faz abordagem comportamental - Propõe intervenções cognitivas
9 CRITÉRIOS PARA INTERNAÇÃO: Via Central de Leitos - PACS e IAPI. Internações com familiar e/ou responsável. Pacientes com dependência de crack e outras drogas (álcool), apresentando sintomas de abstinência com difícil manejo ambulatorial, motivado para o tratamento.
10 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DO GRUPO DE REABILITAÇÃO Atualizado em: 09/06/14 Dia/ Hora Segunda - Feira/ Técnicas Motivacionais Terça - Feira/ Prevenção da Recaída Quarta -Feira/ Psicoeducação Quinta - Feira/ Prevenção da Recaída Sexta-Feira/ Manejo de Craving Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 07:30 Despertar/Arrumar camas Despertar/Arrumar camas Despertar/Arrumar camas Despertar/Arrumar camas Despertar/Arrumar camas 08:00 Café / Medicação Café / Medicação Café / Medicação Café / Medicação Café / Medicação 08:30 09:00 Grupo 12 passos/ Atendimento Individual Grupo Psicoeducativo/ Atendimento Individual Enf. Márcio Descanso/ Silveira Momento Lúdico da Silva Grupo 12 passos/ Atendimento Individual Grupo de Tabagismo/ Atendimento Individual Grupo 12 passos/ Atendimento Individual Grupo Qualidade de Vida/ Atendimento Individual Grupo 12 passos/ Atendimento Individual Tecendo Redes /Atendimento Individual Grupo 12 passos/ Atendimento Individual Sexualidade Masculina 09:50 Lanche Lanche Lanche Lanche Lanche 10:00 Programa de Exercícios Físicos/ Academia Grupo Psicoeducativo/ Serviço Social (quinzenal) Projeto de Vida Programa de Exercícios Físicos/ Academia Role Play Programa de Exercícios Físicos/ Academia 11:30 Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço 12:00 Descanso/ Atendimento Individual Descanso/ Atendimento Individual Descanso/ Atendimento Individual Descanso/ Atendimento Individual Descanso/ Atendimento Individual 13:00 14:00 Momento Lúdico/ Atendimento Individual Momento Lúdico/ Atendimento Individual Momento Lúdico/ Atendimento Individual Momento Lúdico/ Atendimento Individual Momento Lúdico/ Atendimento Individual Prevenção da Recaída Grupo de EVOLUÇÃO Prevenção da Recaída Grupo de EVOLUÇÃO 15:00 Lanche / Medicação Lanche / Medicação Lanche / Medicação Lanche / Medicação Lanche / Medicação 15:30 Livre ou Atendimento Individual Livre ou Atendimento Individual Livre ou Atendimento Individual Livre ou Atendimento Individual Livre / Atendimento Individual 16:00 Grupo de Combinações da Semana e Revisão das Funções e Grupo 16:30 Grupo Nutrição Regras de Convivência Visita/ Grupo Lúdico Grupo de Música Grupo de Planejamento do Fim de Semana 17:00 Relaxamento Relaxamento Prevenção da Recaída Relaxamento Relaxamento 18:00 Janta Janta Janta Janta Janta 18:30 19:00 19:30 20:00 Descanso ou Atendimento Individual Reunião de Grupo de mútua ajuda (AA) Descanso/ Momento Lúdico Programado Dinâmicas de Prevenção de Recaída Descanso/ Momento Lúdico Programado Descanso ou Atendimento Individual Narcóticos Anônimos (a cada 21 dias) Descanso/ Momento Lúdico Programado Descanso / Atendimento Individual Reflexão Só Por Hoje Descanso/ Momento Lúdico Programado Descanso/ Atendimento Individual Técnicas de relaxamento Maniifestação Religiosa (quinzenal) Descanso/ Momento Lúdico Programado 21:30 Ceia/ Medicação Ceia/ Medicação Ceia/ Medicação Ceia/ Medicação Ceia/ Medicação 22:00 GRUPO PSICOEDUCATIVO Grupo de Avaliação do Fim Grupo de de Semana Avaliação do e Fim de Semana e Intercorrências Intercorrências Grupo de EVOLUÇÃO Grupo de EVOLUÇÃO Grupo de Combinações da Semana e Revisão das Funções e Grupo Programado Descanso/ Momento Lúdico Programado Descanso/ Momento Lúdico Programado Descanso/ Momento Lúdico Programado Descanso/ Momento Lúdico Programado
11 Sábado/ Administração do Ócio Despertar/Arrumar camas Café / Medicação Espiritualidade Domingo Despertar/Arrumar camas Café / Medicação Espiritualidade Grupo do Jornal Práticas Corporais Almoço Descanso Almoço Momento Lúdico (Play) Momento Lúdico/ Atendimento Individual Grupo Psicoeducativo com Familiares/ Pacientes Grupo (para quem não está com visita) Lanche / Medicação Livre ou Atendimento Individual Visita Acompanhada (multi) Grupo do Jornal Lanche / Medicação Filme Pré Selecionado pela Equipe Atividade Física/ Oficina de Terapia Ocupacional Relaxamento Janta Descanso/ Atend. Individual Grupo com Plantonista da Psiquiatria Atividade Agendada Diário Ceia/ Medicação Dormir Tarefas direcionadas Janta Descanso/ Atend. Individual Grupo com Plantonista da Psiquiatria Atividade Agendada Diário Ceia/ Medicação Dormir Tarefas direcionadas
12 O manejo de contingência é realizado em qualquer intervenção feita individualmente ou grupo de pacientes. Baseia-se em modificar uma resposta comportamental (reforço positivo ou negativo), adequando as consequências desta resposta, promovendo um ambiente continente. Sistema de combinações Regras Sanções Reforço positivo Vouchers
13 REGRAS BÁSICAS DE CONVIVÊNCIA É PROIBIDO: 1. agredir ou ameaçar agredir; 2. assediar sexualmente os demais pacientes e membros da equipe; 3. utilizar qualquer droga ou fumar; 4. furtar, roubar ou esconder pertences ou equipamentos; 5. causar danos ao patrimônio; 6. fazer xingamentos, intimidar ou ameaçar outros pacientes e equipe; 7. entrar nos outros quartos e no posto de enfermagem; 8. realizar trocas, doações, empréstimos, negócios ou apostas; 9. circular pela Unidade descalço ou sem camisa; 10. falar sobre o uso de substâncias fora das atividades de grupo; 11. usar o celular de forma não autorizada pela equipe; 12. chamar por apelidos não autorizados; 13. comer fora do refeitório ou armazenar alimentos no quarto; 14. lavar roupas pessoais exceto meias e cuecas; 15. apoiar os pés sobre as cadeiras ou deitar sobre as cadeiras; 16. tocar brincando ou de maneira hostil outras pessoas.
14 Registre os Pensamentos, Sentimentos e Comportamentos mais importantes que vivenciaste no dia de hoje Data: / / Quais os Pensamentos mais frequentes hoje? Que Sentimentos conseguiste identificar hoje? Quais Comportamentos apresentaste que consideras importante?
15 ORIENTAÇÕES DE FLUXO DE CONTINGÊNCIA E GRATIFICAÇÕES OS PACIENTES: recebem gratificação pela sua participação; estacionam no programa de tratamento e não regridem; Os que evoluem recebem gratificação que podem escolher conforme seu interesse e pontuação; recebem visitas agendadas em horários estipulados pela equipe duas vezes por semana (quarta e sábado), todos os encontros com a família fora desse agendamento é atendimento familiar e não configura visita.
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18 Quadro de Modelagem Conduta CRITÉRIOS DE AVALIÇÃO DOS DESTAQUES REGRAS: A equipe vota durante a semana em pessoas que se destacarem em motivação, solidariedade e liderança positiva nos grupos; O voto é feito pelos coordenadores após cada grupo, depositado em urna na recepção da unidade; O prêmio por Destaque será: 1º colocado 100 pontos (quem somar mais de 4 votos); 2º colocado 50 pontos (quem somar mais de 3 votos); 3º colocado 25 pontos (quem somar mais de 2 votos). Serão considerados Destaque: Motivação: cumpre as regras de convivência; está presente em todas as atividades; atento e participativo nas atividades; sugere; apresenta bom desempenho nas tarefas planejadas. Solidariedade: cumpre as regras de convivência; ajuda os demais colegas e equipe; demonstra interesse em acolher os recém-chegados e visitantes de forma responsável e respeitosa. Liderança Positiva: cumpre as regras de convivência; está aderido ao programa de tratamento; busca soluções para os seus problemas; encaminha ao grupo problemas de grupo; ajuda o grupo a resolver conflitos; orienta os demais quanto ao programa de tratamento.
19 Certificado Conferimos o presente certificado a por destaque em MOTIVAÇÃO durante sua internação. Em nome da equipe: Dia / /2014 sob avaliação do grupo e da equipe de atendimento da Unidade Álvaro Alvim (HCPA)
20 A decisão pela internação deve ser compreendida como parte do tratamento Necessidade de Projeto Terapêutico Individual com plano de alta hospitalar e pós-alta, de natureza interdisciplinar Intervenções e procedimentos isolados mostram-se ineficazes, com pouca adesão e curta duração, além de favorecer o descrédito e desalento da família e mais estigma ao usuário.
21 GRATO PELA ATENÇÃO
22 Diehl, Alessandra et al. Dependência Química. Artmed. Porto Alegre Oliveira, L.G.; Nappo, S.A. - Caracterização da cultura de crack na cidade de São Paulo: padrão de uso controlado. Revista de Saúde Pública 42: , Galduróz, J.C.F.; Noto, A.R.; Nappo, S.A. ; Carlini, E.L.A. - Uso de drogas psicotrópicas no Brasil: pesquisa domiciliar envolvendo as 107 maiores cidades do país Revista Latino-americana de Enfermagem 13: , 2005.
23 Lissa Dutra, Geórgia Stathopoulou, Shawnee L. Basden, Teresa M. Leyro, Mark B. Powers, Michael W. OttoAm J Psychiattry 165: 2, February Kolling, Nadia de Moura; et.al. Outras abordagens no tratamento da dependência do crack. Revista de Terapias Cognitivas. VOL. 7 Nº 1 - JAN. / JUN Rodriguez, O. G. Tratamiento conductual de la adicción a la cocaína. Trastornos Adictivos, 10(4), Barry, D., Sullivan, B., & Petry, N. M. Comparable efficacy of contingence management for cocaine dependence among african american, hispanic and white methadone maintenance clients. Psychology of Addiction Behavior, 23(1),
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