PRINCÍPIO DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA. Rafael Antonietti Matthes
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1 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA Rafael Antonietti Matthes
2 Parte 2. Tributação com viés ambiental
3 Tributação Federal
4 Código Florestal e o ITR
5 Art. 41. É o Poder Executivo federal autorizado a instituir, sem prejuízo do cumprimento da legislação ambiental, programa de apoio e incentivo à conservação do meio ambiente, bem como para adoção de tecnologias e boas práticas que conciliem a produtividade agropecuária e florestal, com redução dos impactos ambientais, como forma de promoção do desenvolvimento ecologicamente sustentável, observados sempre os critérios de progressividade, abrangendo as seguintes categorias e linhas de ação:
6 II - compensação pelas medidas de conservação ambiental necessárias para o cumprimento dos objetivos desta Lei, utilizando-se dos seguintes instrumentos, dentre outros: c) dedução das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito da base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, gerando créditos tributários; f) isenção de impostos para os principais insumos e equipamentos, tais como: fios de arame, postes de madeira tratada, bombas d água, trado de perfuração de solo, dentre outros utilizados para os processos de recuperação e manutenção das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito;
7 III - incentivos para comercialização, inovação e aceleração das ações de recuperação, conservação e uso sustentável das florestas e demais formas de vegetação nativa, tais como: 1o Para financiar as atividades necessárias à regularização ambiental das propriedades rurais, o programa poderá prever: II - dedução da base de cálculo do imposto de renda do proprietário ou possuidor de imóvel rural, pessoa física ou jurídica, de parte dos gastos efetuados com a recomposição das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito cujo desmatamento seja anterior a 22 de julho de 2008; 2o O programa previsto no caput poderá, ainda, estabelecer diferenciação tributária para empresas que industrializem ou comercializem produtos originários de propriedades ou posses rurais que cumpram os padrões e limites estabelecidos nos arts. 4o, 6o, 11 e 12 desta Lei, ou que estejam em processo de cumpri-los.
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17 IMPOSTO TERRITORIAL RURAL (ITR) LOCALIDADE X DESTINAÇÃO Art. 32, 1º, CTN: Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público: I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; II - abastecimento de água; III - sistema de esgotos sanitários; IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.
18 IMPOSTO TERRITORIAL RURAL (ITR) LOCALIDADE X DESTINAÇÃO Art. 32, 2º, CTN: A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior.
19 IMPOSTO TERRITORIAL RURAL (ITR) LOCALIDADE X DESTINAÇÃO Art. 32, 2º, CTN: A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior. Art. 15, DL 57/66: O disposto no art. 32 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, não abrange o imóvel de que, comprovadamente, seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial, incidindo assim, sobre o mesmo, o ITR e demais tributos com o mesmo cobrados.
20 IMPOSTO TERRITORIAL RURAL (ITR) LOCALIDADE X DESTINAÇÃO STJ: TRIBUTÁRIO. IMÓVEL NA ÁREA URBANA. DESTINAÇÃO RURAL. IPTU. NÃO-INCIDÊNCIA. ART. 15 DO DL 57/1966. RECURSO REPETITIVO. ART. 543-C DO CPC. 1. Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana do Município, desde que comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial (art. 15 do DL 57/1966). 2. Recurso Especial provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução 8/2008 do STJ (1ªSeção - REsp / SP).
21 IMPOSTO TERRITORIAL RURAL (ITR) A AVERBAÇÃO DA RESERVA LEGAL X ISENÇÃO STJ: (...) 4. Ao contrario da área de preservação permanente, para a área de reserva legal a legislação traz a obrigatoriedade de averbação na matrícula do imóvel. Tal exigência se faz necessária para comprovar a área de preservação destinada à reserva legal. Assim, somente com a averbação da área de reserva legal na matricula do imóvel é que se poderia saber, com certeza, qual parte do imóvel deveria receber a proteção do art. 16, 8º, do Código Florestal, o que não aconteceu no caso em análise (...) (STJ 1ª TURMA - REsp ).
22 Áreas de Preservação Permanente: ESPÉCIES (art. 4º, I XI): a) Matas Ciliares: são consideradas de preservação permanente as faixas marginais de qualquer curso d água natural, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:
23 Tamanho 30m 50m 100m 200m 500m Objeto Cursos d água de menos de 10 metros de largura Cursos d água que tenham de 10 a 50 metros de largura Cursos d água que tenham de 50 a 200 metros de largura Cursos d água que tenham de 200 a 600 metros de largura Cursos d água que tenham largura superior a 600 metros
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27 Áreas de Preservação Permanente: ESPÉCIES (art. 4º, I XI): b) Nascentes: as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros.
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29 Áreas de Preservação Permanente: ESPÉCIES (art. 4º, I XI): c) Lagos ou lagoas naturais: as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:
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31 CUIDADO: No caso de lagos ou lagoas naturais com superfície inferior a 1,0 ha, a Área de Preservação Permanente é dispensada, no entanto é vedada a supressão da vegetação nativa existente.
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33 Áreas de Preservação Permanente: ESPÉCIES (art. 4º, I XI): d) Barramentos artificiais: as áreas no entorno dos reservatórios d água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento.
34 Em relação aos barramentos, duas dicas interessantes: 1) Não há Área de Preservação Permanente no entorno de reservatórios artificiais de água que não decorram de barramento ou represamento de cursos d água naturais. 1) Nas acumulações naturais ou artificiais de água com superfície inferior a 1 (um) hectare, fica dispensada a reserva da faixa de proteção.
35 Ainda sobre os barramentos: Na implantação de reservatório d água artificial destinado a geração de energia ou abastecimento público, é obrigatória a aquisição, desapropriação ou instituição de servidão administrativa pelo empreendedor das Áreas de Preservação Permanente criadas em seu entorno, conforme estabelecido no licenciamento ambiental, observando-se a faixa mínima de 30 (trinta) metros e máxima de 100 (cem) metros em área rural, e a faixa mínima de 15 (quinze) metros e máxima de 30 (trinta) metros em área urbana.
36 Áreas de Preservação Permanente: ESPÉCIES (art. 4º, I XI): e) Encostas: as encostas ou partes destas com declividade superior a 45, equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive.
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38 Áreas de Preservação Permanente: ESPÉCIES (art. 4º, I XI): f) Restingas: as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
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40 Áreas de Preservação Permanente: ESPÉCIES (art. 4º, I XI): f) Manguezais: os manguezais, em toda a sua extensão;
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42 Áreas de Preservação Permanente: ESPÉCIES (art. 4º, I XI): g) Chapadas ou tabuleiros: as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
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45 Áreas de Preservação Permanente: ESPÉCIES (art. 4º, I XI): h) Topo de morro: no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25, as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação;
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49 Áreas de Preservação Permanente: ESPÉCIES (art. 4º, I XI): h) Áreas altas: as áreas em altitude superior a (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação;
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51 Áreas de Preservação Permanente: ESPÉCIES (art. 4º, I XI): i) Veredas: em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado;
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54 Áreas de Reserva Legal: TAMANHOS:
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56 ALTERNATIVAS: Estruturas de logística reversa de resíduos com valor econômico operada pelo mercado tributação incidente:
57 Alternativas: Resíduos Sólidos Desonerar de ICMS, ISS e PIS/COFINS os serviços de gestão da logística reversa, transporte e processamento de resíduos prestados por terceiros para as empresas. Parte dos gastos das empresas com a logística reversa poderia ser abatida do imposto de renda devido, a exemplo de incentivos já existentes para a cultura e o esporte. Desoneração da folha de pagamento das cooperativas de catadores
58 Casos práticos e propostas LEI Nº , DE 19 DE JANEIRO DE Os estabelecimentos industriais farão jus, até 31 de dezembro de 2018, a crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI na aquisição de resíduos sólidos utilizados como matérias-primas ou produtos intermediários na fabricação de seus produtos.
59 Casos práticos e propostas LEI Nº , DE 19 DE JANEIRO DE Requisito: os resíduos sólidos deverão ser adquiridos diretamente de cooperativas de catadores de materiais recicláveis, constituídas de, no mínimo, vinte cooperados pessoas físicas, sendo vedada, neste caso, a participação de pessoas jurídicas.
60 Casos práticos e propostas Selo Verde e a redução da base de cálculo do ICMS no Estado do Ceará - Decreto nº DE 26/06/2013
61 Casos práticos e propostas Soluções de Consulta RFB 1) Solução de Consulta DEDUTIBILIDADE DE DESPESAS DECORRENTES DE CLÁUSULA DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA. Tratando-se de contrato de compra e venda de baterias automotivas novas, no qual o comprador, comerciante atacadista, compromete-se a enviar para o vendedor, fabricante das mercadorias em questão, baterias automotivas inservíveis, as despesas referentes à aquisição das baterias inservíveis podem ser deduzidas na determinação da base de cálculo do Imposto de Renda, desde que o comprador em questão seja tributado pelo Lucro Real e que essas despesas sejam usuais e normais nesse ramo de negócios, além de serem efetivamente incorridas.
62 Casos práticos e propostas CARF 1) Crédito PIS não cumulativo: Insumo dedutível para efeito de PIS não cumulativo, são todos aqueles relacionados diretamente com a produção do contribuinte e afetem as receitas tributadas pela contribuição social. E quando o cumprimento das obrigações ambientais impostas pelo Poder Público, como condição para o funcionamento da empresa, gerem despesas, estas devem ser consideradas insumos
63 Casos práticos e propostas CARF 2) Crédito COFINS não cumulativo: Insumo dedutível para efeito de PIS não cumulativo, são todos aqueles relacionados diretamente com a produção do contribuinte e afetem as receitas tributadas pela contribuição social. E quando o cumprimento das obrigações ambientais impostas pelo Poder Público, como condição para o funcionamento da empresa, gerem despesas, estas devem ser consideradas insumos
64 Tributação Estadual e Municipal
65 ICMS-ECOLÓGICO: Valor repassado em 2011: R$ ,92 Fonte:
66 IPTU: Art. 36. Fica concedida isenção do Imposto Territorial Urbano incidente sobre o excesso de área, (...), referente a imóveis situados na área de proteção aos mananciais, (...), bem como a imóveis localizados na Zona Especial de Preservação Ambiental ZEPAM, situados na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana definida na Lei nº , de 13 de setembro de 2002 (...).
67 TAXA: Art A Taxa de Fiscalização de Anúncios, fundada no poder de polícia do Município, tem como fato gerador a atividade municipal de fiscalização do cumprimento da legislação disciplinadora da ordenação, exploração ou utilização, por qualquer meio ou processo, de anúncios nas vias e nos logradouros públicos, ou em locais deles visíveis ou audíveis ou, ainda, em quaisquer recintos de acesso ao público (...).
68 VEDAÇÃO: Art Fica vedada a concessão de isenção ou benefício de natureza tributária, bem como a outorga de qualquer forma de licenciamento e certificação ambiental pelo Poder Público Municipal, aos proprietários de imóveis localizados no Município de São Paulo que tenham descumprido Termo de Compromisso Ambiental TCA ou Termo de Ajustamento de Conduta Ambiental TAC firmados com órgão ambiental municipal.
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