Lei complementar nº 101,
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- Luiz Eduardo Sampaio
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2 Lei complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição. 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar. 2º As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 3º Nas referências: I à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos: a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público; b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes; II a Estados entende-se considerado o Distrito Federal; III a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver, Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do Município. 19
3 Ricardo Damasceno de Almeida e Marcelo Jucá Lisboa 1. Lei de Responsabilidade Fiscal Em análise de Direito Comparado, verifica-se que a LRF incorporou princípios e normas existentes no âmbito internacional voltados para o controle e responsabilidade na gestão fiscal Destacam-se como principais referenciais: a) a influência do Fundo Monetário Internacional FMI, ao difundir normas de gestão pública, em especial o princípio da transparência nas contas públicas; e b) o modelo da Nova Zelândia, através do Fiscal Responsibility Act, de 1994, com a ideia de imposição de limites e restrições aos gastos públicos objetivando o ajuste fiscal das contas públicas, nos moldes apregoados pela metodologia do FMI A Lei de Responsabilidade Fiscal entrou em vigor em 05 de maio de 2000, revogando a Lei Complementar 96, de 31 de maio de 1999 (Lei Camata II). Ela vem regulamentar a Constituição Federal no que diz respeito à Tributação e Orçamento (Título VI) e atender ao artigo 163 da Constituição Federal que diz: Art Lei complementar disporá sobre: I finanças públicas; II dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público; III concessão de garantias pelas entidades públicas; IV emissão e resgate de títulos da dívida pública; V fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003) VI operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; VII compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional Portanto, é uma lei complementar que estabelece as normas orientadoras das finanças públicas no País. Tem por principal objetivo aprimorar a responsabilidade na gestão fiscal dos recursos públicos, por meio de ação planejada e transparente que possibilite prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas.
4 Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de Prevê, então, um maior controle nas contas públicas, com maior rigor para que o governo não se endivide irresponsavelmente e só contraia empréstimos ou dívidas obedecendo o regramento legal. É um mecanismo de planejamento, fiscalização e transparência. Aplicação em concurso (CESPE/ANATEL/ENGENHEIRO CIVIL/2014) No que se refere aos princípios de planejamento e de orçamento público, julgue o item seguinte. O objetivo da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a qual tem caráter anual e segue os mesmos trâmites da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), é prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas. Errada. Ao contrário da LDO, que é lei ordinária e tem prazo determinado (anual), a LRF é lei complementar, de efeitos abstratos, com vigência indeterminada. (CESPE/MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL-CI/2012) A respeito da Lei Complementar n.º 101/2000 Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), julgue o próximo item. Constitui objetivo da LRF regulamentar o dispositivo constitucional que reserva à legislação complementar as normas sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual. Errada. As matérias citadas ainda não foram regulamentadas na forma determinada pelo art. 165, 9º, Inc. I, da CF. Ademais, a LRF teve vetado o artigo 3º, que tratava de PPA. 2. Lei Ordinária X Lei Complementar. Previsão constitucional. Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; II orçamento; 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. 21
5 Ricardo Damasceno de Almeida e Marcelo Jucá Lisboa 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário A Lei Complementar nº 101 LRF estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo nas normas constitucionais sobre finanças públicas (Capítulo II do Título VI da Constituição) As bancas examinadoras trabalham muito com essa pegadinha, pois em Direito Financeiro temos leis complementares e leis ordinárias normatizando a matéria; ocorre que as leis orçamentárias são todas ordinárias Quais são as leis orçamentárias? Três delas estão elencadas no art. 165 da CF, sendo o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais, caracterizadas pelas siglas PPA, LDO e LOA. Previsão constitucional Art Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I o plano plurianual; II as diretrizes orçamentárias; III os orçamentos anuais. 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 5º A lei orçamentária anual compreenderá: I o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 22
6 Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 II o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público Há referência aos créditos adicionais previstos nos arts. 40 e 41 da Lei 4.320/64, que estabelece três tipos de créditos adicionais: os suplementares, destinados ao reforço de dotação orçamentária, ou seja, houve previsão, mas foi insuficiente; o especial, destinados às despesas para as quais não haja dotação orçamentária; e o extraordinário, podendo ser sinteticamente explicado como aquele destinado às situações de urgência Os créditos adicionais são leis orçamentárias e estão elencados no art. 167, da CF, dependentes de lei autorizadora para sua instituição, com a particularidade de que o extraordinário é o único que admite a criação por medida provisória. Previsão constitucional Art São vedados: II a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais; III a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; V a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, 23
7 Ricardo Damasceno de Almeida e Marcelo Jucá Lisboa reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente. 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art As leis orçamentárias possuem um processo legislativo peculiar, porém são todas leis ordinárias com seu regramento instituído no art. 166 da CF. Previsão constitucional Art Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: I examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; II examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: I sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; II indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: a) dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço da dívida; 24
8 Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou III sejam relacionadas: a) com a correção de erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 165, 9º. 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo. 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa Já as leis que regulamentam o direito financeiro são complementares. Portanto, enquanto as leis orçamentárias são ordinárias e com processo de elaboração regido no art. 166, da CF, as leis que regulam o Direito Financeiro são leis complementares, conforme disposições expressas nos arts. 163 e 165, 9º da CF. Art Lei complementar disporá sobre: I finanças públicas; Art Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 25
9 Ricardo Damasceno de Almeida e Marcelo Jucá Lisboa 9º Cabe à lei complementar: I dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; II estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos Feitas essas considerações, já é possível responder à seguinte pergunta: quais as duas leis complementares que hoje regulam o Direito Financeiro no Brasil? Hoje existem dois grandes diplomas legais que cuidam do tema, traçando as chamadas normas gerais de Direito Financeiro: a) a Lei 4.320/64, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal; e b) a Lei Complementar 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal LRF), que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade da gestão fiscal. ATENÇÃO: A LRF estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, porém sua função não foi de preencher as lacunas da Lei 4.320/1964. Portanto, é errado afirmar que, em atendimento ao disposto no texto constitucional, estabelecendo a necessidade de lei complementar em matéria orçamentária, editou-se a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que preencheu as lacunas da Lei nº 4.320/ Convém destacar que o Direito Financeiro regula especialmente a obtenção, a gestão das receitas e despesas pelo Poder Público e a aplicação das receitas através da despesa pública, abordadas pela doutrina como obtenção, gestão e aplicação. Neste diapasão, a Lei 4.320/64 sempre regulou a receita e a despesa. O vácuo existente acerca da gestão foi preenchido com a LC 101/2000 (LRF), que é uma lei de responsabilidade na gestão fiscal. Os dispositivos da Lei 4.320/64 que conflitarem com os dispositivos da LC 101/00 reputam-se por estes revogados pelo critério cronológico de interpretação. Assim, temos:
10 Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 Lei 4.320/64 obtenção (da receita) + aplicação da receita (despesa) LC 101/2000 gestão (responsabilidade na gestão das receitas e despesas) IMPORTANTE: É exigido lei complementar para o estabelecimento de normas gerais de direito financeiro, mas não para a positivação das leis orçamentárias (Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Orçamento Anual), cuja normação dá-se mediante lei ordinária 1. Jurisprudência do STF MEDIDA CAUTELAR EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.061, DE (LEI Nº 9.531, DE ), QUE CRIA O FUNDO DE GARANTIA PARA PROMOÇÃO DA COMPETIVI- DADE FGPC. ALEGADA VIOLAÇÃO DOS ARTS. 62 E PAR. ÚNICO, 165, II, III, 5º, I E III, E 9º, E 167, II E IX, DA CONSTITUIÇÃO. 1. A exigência de previa lei complementar estabelecendo condições gerais para a instituição de fundos, como exige o art. 165, 9º, II, da Constituição, está suprida pela Lei nº 4.320, de , recepcionada pela Constituição com status de lei complementar;. (STF, ADI 1726 MC, Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA, Tribunal Pleno, julgado em 16/09/1998, DJ PP EMENT VOL PP RTJ VOL PP-00822). IMPORTANTE: Chegou-se a questionar se as matérias referidas no art. 163 deveriam ser reguladas mediante apenas uma lei complementar, em bloco. O STF entendeu que a regulamentação de tal artigo poderia ser feita de forma fragmentada, porquanto são versadas, ali, matérias diversas. Jurisprudência do STF CONSTITUCIONAL. MEDIDA CAUTELAR EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTI- TUCIONALIDADE. LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 04 DE MAIO DE Observe que, quando a Constituição exige que determinada matéria seja objeto de lei complementar, di-lo expressamente, tal como ocorre com o art Nas ocasiões em que a referência à lei é feita pela Carta Magna sem qualquer qualificação, entende-se que está aludindo à lei ordinária. É o que ocorre com o art. 165, que cuida das leis de orçamento. A matéria, no que tange à competência legislativa, será melhor examinada quando tratarmos do processo legislativo, o que será feito quando da análise dos arts. 32 e 33 da Lei 4.320/64, componentes do Título III ( Da Elaboração da Lei de Orçamento ). 27
11 Ricardo Damasceno de Almeida e Marcelo Jucá Lisboa 28 (LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL). MEDIDA PROVISÓRIA Nº /2000. Lei Complementar nº 101/2000. Não-conhecimento. IV Por abranger assuntos de natureza diversa, pode-se regulamentar o art. 163 da Constituição por meio de mais de uma lei complementar. Lei Complementar nº 101/200. Vícios materiais. Cautelar indeferida. (STF, Adin 2238 MC, Rel. p/ Acórdão min. Carlos Britto) Então, as leis que regulam o direito financeiro são complementares, ao passo que as leis orçamentárias não os são. As leis orçamentárias, que são feitas com base nas leis complementares que regulamentam o direito financeiro, são leis ordinárias com tratamento todo próprio do art. 166, da CF. 3. Responsabilidade na gestão fiscal A Lei Complementar n 101, de , denominada Lei de Responsabilidade Fiscal LRF estabeleceu normas que regem a gestão das finanças públicas do Brasil. O principal objetivo consiste em estabelecer "normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal". Esta, por sua vez, pode ser entendida como: ação planejada e transparente; prevenção de riscos e correção de desvios que afetem o equilíbrio das contas públicas; garantia de equilíbrio nas contas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas; garantia de equilíbrio nas contas, com limites e condições para a renúncia de receita e a geração de despesas com pessoal, seguridade social, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em restos a pagar. Jurisprudência dos Tribunais ADMINISTRATIVO AÇÃO DECLARATÓRIA SERVIDOR PÚBLICO MU- NICIPAL INVESTIDO EM CARGO DE PROVIMENTO EM COMISSÃO POR DETERMINADO PERÍODO PRETENSÃO AO APOSTILAMENTO PRE- VISÃO EM LEI MUNICIPAL AUMENTO DE DESPESA DE PESSOAL
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