CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO PATROCÍNIO Graduação em Fonoaudiologia

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO PATROCÍNIO Graduação em Fonoaudiologia"

Transcrição

1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO PATROCÍNIO Graduação em Fonoaudiologia PERFIL EPIDEMIOLÓGICO AUDIOMÉTRICO DA POPULAÇÃO DO CENTRO DE SAÚDE UNICERP DE PATROCÍNIO/MG NO SETOR DE AUDIOLOGIA CLÍNICA Mirian Zaccaro PATROCÍNIO - MG 2018

2 MIRIAN ZACCARO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO AUDIOMÉTRICO DA POPULAÇÃO DO CENTRO DE SAÚDE UNICERP DE PATROCÍNIO/MG NO SETOR DE AUDIOLOGIA CLÍNICA Trabalho de conclusão de curso apresentado como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharelado em Fonoaudiologia, pelo Centro Universitário do Cerrado Patrocínio. Orientadora: Profª Esp. Ester Fannya Lucas Melo de Deus PATROCÍNIO - MG 2018

3 FICHA CATALOGRÁFICA Zaccaro, Mirian Z16p Perfil epidemiológico audiométrico da população do Centro de Saúde UNICERP de Patrocínio/MG no setor de audiologia clínica/ Mirian Zaccaro. Patrocínio: Centro Universitário do Cerrado, Trabalho de conclusão de curso Centro Universitário do Cerrado Faculdade de Fonoaudiologia. Orientadora: Prof. Esp. Ester Fannya Lucas Melo de Deus 1. Audição. 2. Epidemiologia. 3. Perda auditiva.

4

5 DEDICO esta pesquisa aos meus pais, que, impreterivelmente, me apoiaram sempre; e a todos os pacientes que realizaram o exame audiométrico na Clínica de Saúde do UNICERP.

6 AGRADECIMENTOS Primeiramente, a Deus por sempre me dar forças, por estar sempre comigo, por ser minha alegria e me dar coragem em todos os momentos da minha vida. À minha família pelo amor, carinho e paciência prestados durante todo esse período em que estive ocupada com todas as minhas atividades. Aos meus amigos que não permitiram que eu perdesse o foco nos momentos de dúvida, e por todos os sorrisos que me proporcionaram. À minha orientadora, Ester Fannya Lucas Melo de Deus, por sua dedicação, confiança e paciência para me ajudar na elaboração deste trabalho. À professora Vanessa Veis Ribeiro, pela contribuição, conhecimentos e tempo dedicados a me ajudar neste estudo. À coordenadora do curso de Fonoaudiologia, Marlice Fernandes de Oliveira, por permitir que este trabalho fosse feito na Clínica de Saúde do UNICERP. A todos que de alguma forma, direta ou indiretamente, contribuíram com o resultado deste processo.

7 RESUMO Introdução: A audição é um sentido fundamental que possibilita a comunicação entre os seres humanos. Sendo assim, qualquer irregularidade que ocorra na audição, que é chamada de deficiência auditiva, irá interferir na comunicação humana e causará um impacto na qualidade de vida do indivíduo. Existem no mundo, 466 milhões de pessoas com deficiência auditiva, sendo 34 milhões de crianças. Dentre os fatores de perda auditiva, podem ser citados as causas genéticas, doenças infecciosas, infecções crônicas do ouvido, uso de medicamentos ototóxicos, exposição a níveis de pressão sonora elevados e o envelhecimento. A Epidemiologia é o estudo que analisa a distribuição das ocorrências, as causas das doenças e seus fatores relativos com a saúde nas coletividades humanas. Através do estudo epidemiológico é possível reunir fontes de informações que vão auxiliar nos planejamentos e decisões quanto à atenção à saúde e necessidades da população e fatores decisivos de agravos e doenças. Objetivo: Caracterizar e associar as variáveis do perfil epidemiológico e audiométrico da população do Centro de Saúde UNICERP, conforme sexo, faixa etária, origem do encaminhamento e diagnóstico audiométrico (tipo de perda, grau da perda e lateralidade). Material e métodos: Estudo do tipo epidemiológico, analítico-descritivo, transversal, quantitativo e retrospectivo. Após a obtenção de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do UNICERP, as informações foram colhidas através da análise de prontuários de indivíduos do setor de Audiologia da Clínica de Saúde - UNICERP conforme sexo, faixa etária, origem do encaminhamento e diagnóstico audiométrico, nos anos de 2014 a Resultados: Na amostra, houve maior frequência de pacientes do sexo feminino, na faixa etária de idosos e, que vieram encaminhados pelos médicos otorrinolaringologistas, ocupacionais e SASA/UFU. Com relação ao diagnóstico audiométrico, quando analisados separadamente com a audição normal, houve maior frequência de pacientes com resultado normal ou com grau leve, com tipo de perda auditiva mista e com lateralidade bilateral. Conclusão: Somando-se todos as perdas auditivas, a maioria dos indivíduos investigados obtiveram perda auditiva em relação a audição normal, mas, quando comparados individualmente com os indivíduos sem perda auditiva, prevaleceu a normalidade, com maior proporção do sexo feminino, na faixa etária de idosos e encaminhados pelos médicos otorrinolaringologistas, ocupacionais e SASA/UFU. Palavras-chave: Audição. Epidemiologia. Perda auditiva.

8 LISTA DE FIGURAS DA MONOGRAFIA Figura 1- Classificação do tipo de perda auditiva de acordo com Silman e Silverman (1997) Figura 2- Classificação do grau da perda auditiva, de acordo com Lloyd e Kaplan (1978) Figura 3- Classificação do grau da perda auditiva de acordo com Davis ( ) Figura 4- Classificação do grau de perda de acordo com BIAP (1996) Figura 5- Figura 6- Figura 7- Figura 8- Classificação do grau da perda auditiva segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2014) Classificação do grau de perda auditiva para crianças de até 7 anos de idade, de acordo com Northern e Downs (2002) Classificação do grau da perda auditiva para crianças, de acordo com OMS (2002) Classificação de Silman e Silverman (1997) adaptada de Carhart (1945) e Lloyd e Kaplan (1978) LISTA DE FIGURAS DO ARTIGO Figura 1- Análise da proporção da variável sexo, por ano de atendimento Figura 2- Figura 3- Figura 4- Figura 5- Análise da proporção da variável faixa etária, por ano de atendimento Análise da proporção da variável origem do encaminhamento, por ano de atendimento Análise da proporção da variável tipo de perda, por ano de atendimento Análise da proporção da variável lateralidade, por ano de atendimento... 37

9 LISTA DE TABELAS Tabela 1- Análise descritiva das variáveis ano, sexo, faixa etária, origem do encaminhamento, lateralidade, tipo de perda e grau da perda Tabela 2- Análise da proporção da variável grau da perda, por ano de atendimento Tabela 3- Análise da associação entre as variáveis ano e faixa etária Tabela 4- Análise da associação entre as variáveis ano e origem do encaminhamento 38 Tabela 5- Análise da associação entre as variáveis ano e tipo de perda Tabela 6- Análise da associação entre as variáveis ano e grau da perda Tabela 7- Análise da associação entre as variáveis tipo de perda e faixa etária... 40

10 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS OMS Organização Mundial da Saúde GM/MS GM/MS Gabinete do Ministro/Ministério da Saúde IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística SUS Sistema Único de Saúde COEP Comitê de Ética em Pesquisa TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido PSF Programa de Saúde da Família UBS Unidade Básica de Saúde MG Minas Gerais CCI Células ciliadas internas CCE Células ciliadas externas Nº Número EPI s Equipamentos de proteção individual db Decibel NA Níveis de audição khz Quilohertz FIG Figura AASI Aparelho de Amplificação Sonora Individual SASA Serviço de Atenção à Saúde Auditiva UFU Universidade Federal de Uberlândia

11 LISTA DE SÍMBOLOS % Porcentagem = Igual < Menor

12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA Anatomia e fisiologia da audição Orelha externa Orelha média Orelha interna Classificação das perdas auditivas Tipos de perdas auditivas Grau das perdas auditivas Configuração audiométrica Lateralidade Curva audiométrica Impactos da perda auditiva na qualidade de vida Estudos epidemiológicos Estudos epidemiológicos em audiologia OBJETIVOS Objetivo geral Objetivos específicos DESENVOLVIMENTO Introdução Material e métodos Resultados Discussão Conclusão Referências CONSIDERAÇÕES FINAIS CONCLUSÕES REFERÊNCIAS ANEXOS...53

13 1 INTRODUÇÃO A audição é um sentido fundamental para o desenvolvimento e uso da linguagem, que possibilita a comunicação entre os seres humanos. Sendo assim, qualquer irregularidade que ocorra na audição, definida de deficiência auditiva, causa um impacto na qualidade de vida do indivíduo (BENTES et al., 2011). Segundo a Organização Mundial da Saúde OMS (2018), existem no mundo 466 milhões de pessoas com deficiência auditiva, sendo 34 milhões, crianças. A perda auditiva pode trazer um impacto na qualidade de vida, como isolamento social, solidão e frustração. Dentre os fatores de perda auditiva, podem ser citados as causas genéticas, doenças infecciosas, infecções crônicas do ouvido, uso de medicamentos ototóxicos, exposição a níveis de pressão sonora elevados e o envelhecimento. As deficiências auditivas podem ser classificadas de diferentes formas; conforme o seu tipo, podem ser do tipo condutiva, neurossensorial ou mista. A perda condutiva é causada por problemas na orelha média e/ou externa; a neurossensorial é causada por problemas na orelha interna e/ou nervo coclear; e a mista é causada por uma combinação das perdas condutivas e neurossensoriais (ITO et al., 2010). Também são classificadas segundo o seu grau, como normal, leve, moderada, moderadamente severa, severa ou profunda (LLOYD E KAPLAN, 1978 apud SISTEMA DE CONSELHOS DE FONOAUDIOLOGIA, 2017). Outra classificação é quanto à lateralidade, classificadas em bilateral quando as duas orelhas são normais ou afetadas e unilateral quando apenas um dos lados está afetado (SISTEMA DE CONSELHOS DE FONOAUDIOLOGIA, 2017). Em 28 de setembro de 2004 pela portaria GM/MS Nº 2.073, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva, realizando ações de promoção à saúde auditiva, prevenção e identificação precoce dos problemas auditivos, diagnósticos, exames auditivos, reabilitação auditiva, indicação do uso do aparelho de amplificação sonora individual e/ou cirurgias de implante coclear. Para estas ações serem realizadas é preciso levar em consideração as características sociais, epidemiológicas e sanitárias da população em cada território (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004). A Epidemiologia é o estudo que analisa a distribuição das ocorrências, as causas das doenças e seus fatores relativos com a saúde nas coletividades humanas. Através dos estudos 13

14 epidemiológicos, é possível determinar fontes de informação que são fundamentais para a investigação do pesquisador, bem como para o bom exercício profissional. Portanto, a epidemiologia tem fundamental relevância para aplicação em qualquer área da saúde, tanto para a pesquisa como para a prática profissional dos serviços (FERRITE; SANTANA, 2014). Através do estudo da distribuição de estados de saúde e eventos em populações, abrangendo não apenas a doença, mas também os estados fisiológicos, mensurações psicológicas e desfechos positivos, tais como imunidade a doenças, tendo como foco as distribuições na população, objetivando determinar a origem das doenças e dos agravos à saúde, é possível descobrir a razão das enfermidades e das prevenções que podem ser feitas para controlá-las (ROTHMAN et al., 2016). Sendo assim, coletar dados epidemiológicos é essencial para realizar os planejamentos e tomadas de decisões necessárias quanto à atenção à saúde e necessidades da população e fatores decisivos de agravos e doenças. Portanto, é importante a realização de levantamentos epidemiológicos para caracterizar a população que é direcionada ao referido centro, com o intuito de implementar políticas públicas em relação ao atendimento audiométrico no município de Patrocínio Minas Gerais. 14

15 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Anatomia e fisiologia da audição Orelha externa Para Momensohn-Santos et al. (2011), a orelha externa é constituída pelo pavilhão auricular, meato acústico externo e pela membrana timpânica. O pavilhão auricular fica localizado na face lateral do crânio, sendo composto por hélix, anti-hélix, tragus, antitragus, concha e lóbulo. O papel do pavilhão auricular é captar as ondas sonoras e afunilá-las para o meato acústico externo. O meato acústico externo tem a função de conduzir o som até a membrana timpânica e estabelece a comunicação entre a orelha média e o meio externo (MOMENSOHN-SANTOS et al., 2011). Na porção final do meato acústico externo se encontra a membrana timpânica, que é uma estrutura delgada, côncava e semitransparente. Esta membrana é dividida em duas partes: a parte tensa, que ocupa a maior área e, a parte flácida, que ocupa a parte mais superior da membrana (MOMENSOHN-SANTOS et al., 2011). A orelha externa é constituída pelo pavilhão auricular e meato acústico externo. O pavilhão auricular é uma estrutura flexível que apresenta uma série de pregas e sulcos, sendo elas, a concha auricular, hélice, tragus e lóbulo. Estas pregas e sulcos permitem ao pavilhão auricular, a função de filtrar a onda sonora e fornecer informações sobre a localização da fonte sonora (DURANTE et al., 2014). O meato acústico externo, possui a função de captar, filtrar, amplificar e concentrar a energia sonora na membrana timpânica, permitindo a comunicação do meio ambiente com a orelha média. Também protege as estruturas mais internas da orelha e mantém a temperatura e a umidade necessárias à preservação da elasticidade da membrana timpânica. Em seu interior, possui folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas ceruminosas. A cera é uma combinação 15

16 das secreções das glândulas sebáceas e ceruminosas e serve de proteção (DURANTE et al., 2014) Orelha média A orelha média é um local dentro da parte petrosa do osso temporal preenchido por ar. É constituída pela membrana timpânica, nervo facial, músculo estapédio, antro da mastoide, janela do vestíbulo (oval), janela timpânica (redonda ou da cóclea), promontório, tuba auditiva e semicanal do músculo tensor do tímpano, células timpânicas, bulbo da veia jugular e artéria carótida interna e fina lâmina óssea que separa a cavidade timpânica das meninges que revestem a fossa temporal (MOMENSOHN-SANTOS et al, 2011). Para Momensohn-Santos et al. (2011) a cadeia ossicular é constituída por três ossículos, o martelo, a bigorna e o estribo e estes são mantidos em posição por uma série de ligamentos e por dois músculos (músculo tensor do tímpano e músculo estapédio), que funcionam como uma ponte que liga a membrana timpânica à orelha interna. Ainda para este mesmo autor citado anteriormente, a energia sonora que é captada pelo pavilhão auricular, é transmitida através do meato acústico externo até a membrana timpânica, promovendo a contração reflexa dos músculos da orelha média. Sempre que um fluxo de energia sonora percorre este caminho, ocorre uma vibração no sistema tímpano-ossicular, sendo transmitida até a orelha interna. Para Durante et al. (2014), a orelha média é composta da seguinte forma: A orelha média é formada pela cavidade timpânica, pela tuba auditiva e pelas células aeradas da mastoide (osso temporal). Essas cavidades são revestidas por um epitélio do tipo respiratório em grande parte. Seu limite lateral, em que se comunica com a orelha externa e de onde recebe o estímulo acústico, é a membrana timpânica. Esse estímulo é conduzido pela cadeia ossicular (martelo, bigorna e estribo) até seu limite medial, a janela oval, de onde entra em contato com a orelha interna e seu labirinto membranoso, preenchido por líquido (DURANTE, et al., 2014, pg. 1414). A fixação dos ossículos da orelha média na membrana timpânica, o seu formato e a sua disposição, favorecem a condução da energia com concentração para a orelha interna. A cavidade aérea da orelha média tem uma tendência à pressão negativa, com isso, a tuba auditiva comunica a nasofaringe com a cavidade do tímpano, possibilitando que a cavidade se abra e permita uma nova entrada de ar para a regularização dessa pressão (DURANTE et al., 2014). 16

17 2.1.3 Orelha interna assim: Segundo Momensohn-Santos et al. (2011), a estruturação da orelha interna, constitui-se A orelha interna, também chamada de labirinto, localiza-se na porção petrosa do osso temporal; constitui-se por uma série de cavidades e passagens dentro do osso que é chamada de labirinto ósseo. O labirinto ósseo compreende anteriormente a cóclea, que possui função auditiva, medialmente o vestíbulo e, posteriormente, os canais semicirculares (anterior, posterior e lateral), que possuem função de detecção e orientação da cabeça no espaço. Dentro do labirinto ósseo localiza-se o labirinto membranoso, e o espaço entre eles é preenchido pela perilinfa que é rica em sódio e pobre em potássio. O labirinto membranoso contém endolinfa que é rica em potássio e pobre em sódio. É constituído pelo ducto coclear, pelo sáculo e utrículo, pelo ducto e saco endolinfático (MOMENSOHN-SANTOS et al., 2011, pg. 23). Na orelha interna, encontram-se dois sistemas funcionais. Um deles contém os órgãos do equilíbrio e o outro contém os órgãos responsáveis pela transmissão da energia elétrica das ondas sonoras aos neurônios aferentes que conduzirão esta informação sensorial ao sistema nervoso central (DURANTE et al., 2014). A cóclea é a porção mais medial do labirinto ósseo que se compõe em um sistema de canais e cavidades; sua estrutura óssea possui um orifício no qual se insere o estribo e que é chamado de janela oval. Dentro do labirinto ósseo há um labirinto membranoso, que é preenchido por endolinfa, e entre o labirinto ósseo e o membranoso existe um líquido que é chamado de perilinfa (DURANTE et al., 2014). De acordo com Durante et al. (2014), o líquido circula dentro da orelha interna, desta forma: A compressão do estribo na janela oval provoca uma onda de pressão no líquido que se propaga pela rampa vestibular até o helicotrema (no ápice da cóclea) e retorna à base, deslocando pela rampa timpânica projetando a janela redonda, no sentido da orelha média (DURANTE et al., 2014, pg. 1416). Dentro da cóclea existe um órgão, que é chamado de órgão de Corti, que contém as células primordiais para a audição, as células receptivas e as células de sustentação (DURANTE et al, 2014). As células receptoras (sensitivas) são constituídas pelas células ciliadas internas (CCI) e pelas células ciliadas externas (CCE). O movimento das CCE adiciona energia ao movimento da membrana basilar, aumentando o estímulo para as CCI onde, assim, pode ser estimulada a enviar a mensagem auditiva ao cérebro (DURANTE et al., 2014). 17

18 2.2 Classificação das perdas auditivas Tipos de perdas auditivas As perdas auditivas podem ser classificadas em condutiva, neurossensorial ou sensórioneural e mista (SILMAN E SILVERMAN, 1997 apud SISTEMA DE CONSELHOS DE FONOAUDIOLOGIA, 2017). Figura 1 - Classificação do tipo de perda auditiva de acordo com Silman e Silverman (1997) Fonte: Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia, Grau das perdas auditivas Existem diversas classificações que podem ser utilizadas para determinar o grau das perdas auditivas. São elas: 18

19 Figura 2 - Classificação do grau da perda auditiva, de acordo com Lloyd e Kaplan (1978) Fonte: Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia, Figura 3 - Classificação do grau da perda auditiva de acordo com Davis ( ) Fonte: Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia,

20 Figura 4 - Classificação do grau de perda de acordo com BIAP (1996) Fonte: Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia, Figura 5 - Classificação do grau da perda auditiva segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2014) Fonte: Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia,

21 Figura 6 - Classificação do grau de perda auditiva para crianças de até 7 anos de idade, de acordo com Northern e Downs (2002) Fonte: Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia, Figura 7 - Classificação do grau da perda auditiva para crianças, de acordo com OMS (2002) Fonte: Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia, Configuração audiométrica 21

22 Para esta classificação, a configuração dos limiares auditivos de via aérea de cada orelha é levada em consideração (SISTEMA DE CONSELHOS DE FONOAUDIOLOGIA, 2017). Figura 8 - Classificação de Silman e Silverman (1997) adaptada de Carhart (1945) e Lloyd e Kaplan (1978) Fonte: Sistemas de Conselhos de Fonoaudiologia, Lateralidade Quando a classificação é bilateral, indica que ambas as orelhas possuem deficiência auditiva ou audição normal. Quando a classificação é unilateral, indica que só uma das orelhas possui deficiência auditiva (SISTEMA DE CONSELHOS DE FONOAUDIOLOGIA, 2017) Curva audiométrica As curvas audiométricas podem ser classificadas em simétricas, quando apresentam a mesma configuração audiométrica e/ou mesma configuração; ou assimétricas, quando apresentam configuração audiométrica e/ou grau diferentes (SISTEMA DE CONSELHOS DE FONOAUDIOLOGIA, 2017). 22

23 2.3 Impactos da perda auditiva na qualidade de vida Para Buscaglia (1997), as pessoas portadoras de algum tipo de deficiência no geral, buscam esconder tais privações para evitarem experiências interpessoais negativas, principalmente no início de um relacionamento, como se assim, estivessem em um nível maior de igualdade com quem não apresenta deficiência. Conforme Marin e Góes (2006), um dos problemas enfrentados pelos deficientes auditivos são em relação a emprego, pois os empregadores geralmente apresentam resistência e quando essas pessoas são contratadas, apresentam dificuldades para se relacionarem com os outros indivíduos do mesmo ambiente de trabalho. Também se sentem restritos quanto a ida em lojas, supermercados, bancos e clínicas médicas, onde necessitam do acompanhamento de algum familiar, uma vez que estes estabelecimentos na maioria das vezes não possuem suporte para atender alguém com deficiência auditiva. De acordo com Francelin et al (2010), as pessoas que apresentam algum tipo de perda auditiva apresentam dificuldades no relacionamento social, como a discriminação, isolamento e vergonha de ter deficiência auditiva. Para os familiares que acompanham estas pessoas, são visíveis as exclusões sociais que eles enfrentam, a alteração de comportamento, insegurança, estresse e dependência. Este impacto da deficiência auditiva na qualidade de vida do ser humano, faz com que, estes indivíduos sejam encaminhados para o processo de reabilitação, com a seleção e a adaptação de próteses auditivas. Sendo feito o diagnóstico precoce da perda auditiva e realizando a adaptação o quanto antes, proporcionará aos indivíduos a melhora da interação social, evitando o isolamento e diminuindo a privação sensorial (RUSSO; ALMEIDA, 1996; MAGNI, et al, 2005 apud Teixeira, et al, 2008). O estudo de Teixeira et al (2008), mostra que o uso constante de AASI (Aparelho de Amplificação Sonora Individual) melhora a qualidade de vida, não somente no aspecto auditivo, mas também, no aspecto emocional, possibilitando que retomem a sua rotina anterior, principalmente no convívio social do ambiente em que vivem. É de grande relevância a reabilitação auditiva e a orientação para o paciente e sua família com estratégias de comunicação e de como resolver as situações de dificuldades auditivas para se obter maior aproveitamento do AASI (Marques et al., 2004). 23

24 2.4 Estudos epidemiológicos Os estudos epidemiológicos buscam explicar os fatores responsáveis pela distribuição das doenças, pois os agravos à saúde em uma população não acontecem inesperadamente. Sendo possível obter o conhecimento dos fatores determinantes das doenças, é possível aplicar medidas preventivas com o objetivo de resolver o problema (PEREIRA, 1995). Por intermédio da epidemiologia é possível investigar de forma minuciosa as explicações sobre a ocorrência e a distribuição de doenças nos indivíduos. Consequentemente, a epidemiologia vem sendo muito utilizada nos programas clínicos de pesquisa e em outras áreas de saúde. O estudo epidemiológico, além de caracterizar as doenças infecciosas e parasitárias, também examina todo o conjunto de enfermidades (GOLDBAUM, 1996). A epidemiologia é o estudo da distribuição e frequência dos acontecimentos relacionados à saúde, estados e processos em populações específicas, incluindo o estudo dos fatores que influenciam esses processos e a aplicação desse conhecimento para controlar os problemas de saúde em específicas populações. O estudo epidemiológico inclui a vigilância, observação, triagem, testes de hipóteses, análise de pesquisa, experimentos e previsão. A epidemiologia busca analisar a distribuição (refere-se à análise por tempo, local e população), os determinantes (são os geofísicos, fatores biológicos, comportamentais, sociais, culturais, econômicos e políticos que influenciam a saúde), os eventos (são estados e processos relacionados à saúde que incluem surtos, doenças, distúrbios, causas de morte, comportamentos, processos ambientais e socioeconômicos, efeitos de programas preventivos e uso de serviços sociais e de saúde) e as populações específicas (refere-se aqueles com contextos comuns e características identificáveis). Desta forma, a epidemiologia busca promover, proteger, restaurar a saúde e avançar o conhecimento científico (UNIT et al., 2008). A etimologia da palavra epidemiologia vem do grego: epi=sobre; demos=população; e logo=estudo. Para se realizar o estudo epidemiológico é preciso fazer a coleta e avaliação de dados existentes e formular as hipóteses; realizar observações pessoais para aconselhar com a elaboração de novas hipóteses e analisar os dados, para testar o verdadeiro valor da hipótese formulada (MATHIAS, 2014). Pode-se usar quatro medidas básicas para medir a frequência de ocorrência de doenças: os tempos de incidência (são os tempos, após um evento referencial comum, em que novos casos da doença ocorrem entre membros da população), taxa de incidência (mede a ocorrência 24

25 de novos casos da doença por unidade pessoa-tempo), proporção de incidência (mensura a proporção de pessoas que desenvolvem nova doença durante um período de tempo especificado) e prevalência (uma medida de status que ao invés de ocorrência de casos novos de doença, mede a proporção de pessoas que têm a doença em um tempo específico) (ROTHMAN et al., 2016). 2.5 Estudos epidemiológicos em audiologia No estudo do perfil epidemiológico e audiológico de Sakae et al. (2006), a amostra foi composta por trabalhadores, sendo realizados exames audiométricos. Destes, 77% (14.226) eram do sexo masculino e 23% (4.247) do sexo feminino. A média de idade foi de 31,185 anos, variando entre 15 e 77 anos. A prevalência de perda auditiva foi de 25,9%. O tipo de perda bilateral foi o mais frequente, com 14,2%. A perda auditiva à esquerda prevaleceu sobre a perda auditiva à direita. De acordo com o estudo do perfil audiológico de Jardim et al. (2010), foram avaliados 217 indivíduos, sendo 94 (43,3%) do sexo masculino e 123 (56,7%) do sexo feminino com idade média de 54,3 anos. Foi observado que 79 (36,4%) indivíduos apresentaram audição normal, 39 (18%) indivíduos apresentaram perda auditiva unilateral e 99 (45,6%) com perda auditiva bilateral. Com relação ao tipo da perda auditiva, 4 (10,3%) indivíduos apresentaram condutiva, 7 (17,9%) mista e 28 (71,8%) neurossensorial. Dentre os indivíduos com perda auditiva, 20 (51,3%) indivíduos apresentaram grau leve, 6 (15,4%) moderado, 2 (5,1%) moderadamente severo, 5 (12,8%) severo e 6 (15,4%) com grau profundo. Em um estudo da prevalência e fatores determinantes da deficiência auditiva de Gondim et al. (2012), foram avaliados 379 indivíduos, onde 45,38% eram do sexo masculino e 54,62% feminino. A faixa etária era de: 11,34% até 10 anos; 64,39% 10 a 60 anos e 24,27% acima de 60 anos. Os avaliados apresentaram: 74,1% audição normal;18,9% deficiência auditiva leve; 5,1% moderada; e 1,9% grave. No estudo do perfil epidemiológico de Reis et al. (2012), foram analisados 480 prontuários, sendo encontrados 55,2% (265) do gênero feminino e 44,8% (215) do gênero masculino. Na faixa etária, a média de idade foi de 49,1 anos, variando entre 4 e 93 anos. Com relação a cidade de origem, 392 (81,6%) indivíduos residem em Petrolina e 82 (18,4%) em outras cidades de Pernambuco. Em relação ao tipo de perda auditiva, 220 (22,9%) orelhas 25

26 tinham limiares auditivos normais, 572 (59,5%) com perda auditiva neurossensorial, 134 (13,9%) mistas e 34 (3,5%) condutivas. Na pesquisa de levantamento e análise de dados de Gresele et al. (2013), foram encontrados 830 (52,8%) idosos, 302 (19,21%) adultos de meia-idade, 222 (14,12%) adultos jovens, seguidos de 150 (9,54%) crianças e 68 (4,33%) adolescentes, sendo 796 (50,64%) do sexo masculino e 776 (49,36%) do sexo feminino. Em relação ao tipo da perda auditiva, das 3144 orelhas analisadas, 2299 (73,12%) apresentaram perda auditiva do tipo neurossensorial, 653 (20,77%) apresentaram perda auditiva do tipo mista, 104 (3,31%) apresentaram perda condutiva e 88 (2,8%) apresentaram audição normal. Quanto ao grau da perda auditiva, 1720 (54,7%) apresentaram grau moderado, 554 (17,62%) grau severo, 477 (15,17%) profundo, 305 (9,7%) leve e 88 (2,8%) audição normal. 26

27 3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo geral Este estudo teve por objetivo caracterizar e associar as variáveis do perfil epidemiológico e audiométrico da população que procura o Centro de Saúde - UNICERP do município de Patrocínio Minas Gerais (MG) na área de Audiologia Clínica. 3.2 Objetivos específicos Caracterizar e associar as variáveis do perfil epidemiológico e audiométrico da população conforme: sexo, faixa etária, origem do encaminhamento e diagnóstico audiométrico (tipo de perda, grau da perda e lateralidade). 27

28 4 DESENVOLVIMENTO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO AUDIOMÉTRICO DA POPULAÇÃO DO CENTRO DE SAÚDE UNICERP DE PATROCÍNIO/MG NO SETOR DE AUDIOLOGIA CLÍNICA MIRIAN ZACCARO¹ ESTER FANNYA LUCAS MELO DE DEUS² RESUMO Introdução: A deficiência auditiva além de interferir na comunicação humana, causa impacto na qualidade de vida do ser humano. Através do estudo epidemiológico é possível reunir fontes de informações que vão auxiliar nos planejamentos e decisões quanto à atenção à saúde. Objetivo: Caracterizar e associar as variáveis do perfil epidemiológico e audiométrico da população em um centro de saúde conforme sexo, faixa etária, origem do encaminhamento e diagnóstico audiométrico. Material e métodos: Estudo do tipo epidemiológico, analíticodescritivo, transversal, quantitativo e retrospectivo, através de análise de prontuários de indivíduos do setor de audiologia da clínica de saúde em estudo nos anos de 2014 a Resultados: Houve maior frequência de pacientes do sexo feminino, na faixa etária de idosos, e que vieram encaminhados pelos médicos otorrinolaringologistas, ocupacionais e SASA/UFU. No diagnóstico audiométrico foi evidenciado que a maioria dos pacientes investigados obtiveram perda auditiva quando todos os graus de perda foram somados juntos quando comparados com a audição normal. O grau de perda leve, o tipo de perda mista e com lateralidade bilateral foram os mais encontrados. Conclusão: Somando-se todos as perdas auditivas, a maioria dos indivíduos investigados obtiveram perda auditiva em relação a audição normal, mas, quando comparados individualmente com os indivíduos sem perda auditiva, prevaleceu a normalidade, com maior proporção do sexo feminino, na faixa etária de idosos e encaminhados pelos médicos otorrinolaringologistas, ocupacionais e SASA/UFU. Palavras-chave: Audição. Epidemiologia. Perda auditiva. 1 Graduanda em Fonoaudiologia pelo Centro Universitário Patrocínio UNICERP, Patrocínio - MG. Endereço eletrônico: mirianzaccaro@hotmail.com 2 Mestranda em Educação pela Universidade De Uberaba. Especialista em Audiologia pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia. Docente do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário do Cerrado UNICERP, Patrocínio - MG. Endereço eletrônico: ester_mello@hotmail.com *Endereço para correspondência: Departamento de Fonoaudiologia, Centro Universitário do Cerrado Patrocínio UNICERP, Av. Líria Terezinha Lassi Capuano, Chácara das Rosas, Patrocínio - MG, Brasil, CEP

29 AUDIOMETRIC EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF THE POPULATION OF THE HEALTH CENTER - UNICERP OF PATROCÍNIO / MG IN THE CLINICAL AUDIOLOGY SECTOR ABSTRACT Introduction: Hearing impairment, besides interfering with human communication, has an impact on the quality of life of the human being. Through the epidemiological study it is possible to gather sources of information that will aid in health care planning and decision making. Objective: To characterize and associate the variables of the audiometric epidemiological profile of the population in a health center according to gender, age, origin of referral and audiometric diagnosis. Material and methods: Epidemiological, descriptive, cross-sectional, quantitative and retrospective epidemiological study by means of medical record analysis of individuals from the audiology sector of the health clinic under study from 2014 to Results: There was a higher frequency of female patients, in the elderly, who were referred by otorhinolaryngologists, occupational and SASA/UFU doctors. In the audiometric diagnosis it was evidenced that most of the patients investigated had hearing loss when all degrees of loss were added together when compared to normal hearing. The degree of mild loss, type of mixed loss and with bilateral laterality were the most found. Conclusion: In addition to all hearing losses, most of the individuals investigated had hearing loss in relation to normal hearing, but when compared with individuals without hearing loss, normality prevailed, with a higher proportion of females in the age group of the elderly and referred by otorhinolaryngologists, occupational and SASA/UFU doctors. Keywords: Hearing. Epidemiology. Hearing Loss. 4.1 INTRODUÇÃO A audição é um sentido fundamental para o desenvolvimento e uso da linguagem que possibilita a comunicação entre os seres humanos. Sendo assim, qualquer irregularidade que ocorra na audição, que é chamada de deficiência auditiva, causa um impacto na qualidade de vida do indivíduo (BENTES et al, 2011). Segundo a Organização Mundial da Saúde (2018), existem no mundo 466 milhões de pessoas com deficiência auditiva, sendo 34 milhões de crianças. A perda auditiva pode trazer um impacto na qualidade de vida, como isolamento social, solidão e frustração. Dentre os fatores de perda auditiva, podem ser citados as causas genéticas, doenças infecciosas, infecções crônicas do ouvido, uso de medicamentos ototóxicos, exposição a níveis de pressão sonora elevados e o envelhecimento. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identificou no ano de 2013, 2.239,12 milhões de pessoas com deficiência auditiva no Brasil, sendo 127,96 mil na Região Norte, 598,05 mil na Região Nordeste, 950,50 mil na Região 29

30 Sudeste, 415,13 mil na Região Sul e 147,47 mil na Região Centro-Oeste. No Estado de Minas Gerais, foram identificadas 221,63 mil pessoas com deficiência auditiva (IBGE, Tabela 5719, 2013). Em 28 de setembro de 2004, pela portaria GM/MS Nº 2.073, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva, realizando ações de promoção à saúde auditiva, prevenção e identificação precoce dos problemas auditivos, diagnósticos, exames auditivos, reabilitação auditiva, indicação do uso do aparelho de amplificação sonora individual e/ou cirurgias de implante coclear. Para estas ações serem realizadas é preciso levar em consideração as características sociais, epidemiológicas e sanitárias da população em cada território (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004). A Epidemiologia é o estudo que analisa a distribuição das ocorrências, as causas das doenças e seus fatores relativos com a saúde nas coletividades humanas. Através dos estudos epidemiológicos, é possível determinar fontes de informação que são fundamentais para a investigação do pesquisador, bem como para o bom exercício profissional. Portanto, a Epidemiologia tem fundamental relevância para aplicação em qualquer área da saúde, tanto para a pesquisa como para a prática profissional dos serviços (FERRITE; SANTANA, 2014). Sendo assim, é fundamental a realização de levantamentos epidemiológicos para caracterizar a população que é direcionada ao referido centro, com o intuito de implementar políticas públicas em relação ao atendimento audiométrico no município. Perante as consequências provocadas pela deficiência auditiva na comunicação do ser humano, esta pesquisa teve o objetivo de caracterizar e associar o perfil epidemiológico e audiométrico da população que procuram o Centro de Saúde UNICERP do município de Patrocínio - Minas Gerais, conforme: sexo, faixa etária, origem do encaminhamento e diagnóstico audiométrico (tipo de perda, grau da perda e lateralidade). 4.2 MATERIAL E MÉTODOS Este estudo é do tipo epidemiológico, analítico-descritivo, transversal, quantitativo e retrospectivo. A pesquisa foi realizada no Centro de Saúde do Centro Universitário do Cerrado - UNICERP na cidade de Patrocínio/MG. O Centro de Saúde do Centro Universitário do Cerrado - UNICERP é um local acadêmico e de serviços, vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), onde professores e alunos, na prática dos estágios curriculares, realizam atendimentos à comunidade nas áreas de 30

31 Fonoaudiologia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Enfermagem. O local oferece à população e às cidades vizinhas, avaliações, diagnósticos e tratamentos nas áreas de saúde que lá atuam. Participaram do estudo os pacientes atendidos no Centro de Saúde UNICERP no Setor de Audiologia Clínica. Para a seleção, foram estabelecidos critérios de inclusão e exclusão. Nos critérios de inclusão, foram incluídos no estudo todos os pacientes atendidos no referido Centro de Saúde, no período de 2014 a Nos critérios de exclusão, foram excluídos do estudo aqueles pacientes cujas fichas de dados não foram preenchidas de forma satisfatória, com exames incompletos ou que utilizaram outras classificações de diagnóstico audiométrico que não foram consideradas nesta pesquisa. Esta pesquisa teve a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (COEP) do Centro Universitário do Cerrado UNICERP sob protocolo de número F0N001. A pesquisa foi realizada através da coleta de dados, sendo extraídas as informações necessárias quanto ao sexo, faixa etária, origem do encaminhamento e diagnóstico audiométrico (tipo de perda, grau da perda e lateralidade: unilateral ou bilateral) dos pacientes. Estes dados foram coletados à partir da análise dos prontuários (fichas de anamneses e laudos dos exames audiométricos) dos últimos quatro anos ( ) da população atendida no Setor de Audiologia Clínica do Centro de Saúde do Centro Universitário do Cerrado UNICERP da cidade de Patrocínio/Minas Gerais (MG). Para a classificação do diagnóstico audiométrico, os achados audiométricos quanto ao grau e ao tipo de perda foram divididos por indivíduos e não por orelhas; quanto ao tipo de perda auditiva, foi adotada a classificação de Silman e Silverman (1997), quanto ao grau de perda auditiva, foi adotada a classificação Lloyd e Kaplan (1978) para adultos e a classificação de Northern e Downs (1984) para crianças até 07 anos. O presente estudo está de acordo com a Resolução nº 466 de 12 de dezembro de Foram cumpridos todos os requisitos do Comitê de Ética em Pesquisa (COEP) do Centro Universitário do Cerrado UNICERP, bem como todos os documentos necessários à realização deste projeto devidamente preenchidos. A coleta de dados nos prontuários só ocorreu após a devida aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa e após a autorização do Reitor da Instituição. Por este trabalho se tratar de análise documental retrospectiva de prontuários e não utilizar abordagem direta com os participantes, foi dispensado o uso do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial utilizando-se o software Statistica Todas as variáveis analisadas são qualitativas nominais. A análise descritiva das variáveis foi realizada por frequência relativa e porcentagem. Para a análise inferencial das 31

32 variáveis, utilizou-se o teste Qui-Quadrado de Pearson para associar os dados, e o Teste de Igualdade de Duas Proporções para comparar as proporções das categorias de resposta para cada variável, tomando como base a de maior proporção. O nível de significância adotado para todas as análises estatísticas inferenciais foi de 5% (p<0,05). 4.3 RESULTADOS Participaram do estudo 1115 pacientes atendidos no Setor de Audiologia da Clínica de Saúde do UNICERP, sendo assim divididos: no ano de 2014 (n=58; 5,20%), 2015 (n=173; 15,52%), 2016 (n=479; 42,96%) e 2017 (n=405; 36,32%). De acordo com a TAB. 1, na amostra havia maior frequência de pacientes do sexo feminino (n=633; 56,77%), na faixa etária de idosos (n=484; 43,41%), e que vieram encaminhados pelos médicos otorrinolaringologistas e ocupacionais e do SASA/UFU (n=855; 76,68%). Na somatória de todas as perdas auditivas (n=716; 64,22%), houve maior frequência em relação a audição normal. Quando analisados separadamente com a audição normal, com relação ao grau de perda auditiva, houve maior frequência de pacientes com resultado normal (n=399; 35,78%) ou leve (n=189; 16,95%). No que se refere ao tipo de perda auditiva, houve maior frequência de pacientes com resultado normal (n=399; 35,78%) ou com tipo de perda mista (n=262; 23,50%). A lateralidade do tipo bilateral (n=651; 58,39%) se manifestou na maioria dos indivíduos. Tabela 1 Análise descritiva das variáveis ano, sexo, faixa etária, origem do encaminhamento, lateralidade, tipo de perda e grau da perda (continua) Variável Categoria n % Ano Sexo Faixa etária Origem do encaminhamento , , , ,32 Feminino ,77 Masculino ,23 Idosos ,41 Adultos ,74 Jovens 83 7,44 Adolescentes 60 5,38 Crianças 56 5,02 Médicos otorrinolaringologistas e ocupacionais e SASA/UFU (SUS) ,68 32

33 Médico - PSF 15 1,35 Fonoaudiólogos (Policlínica) ,41 Unicerp 58 5,20 Clínica Unicerp 4 0,36 Sem alteração Normal ,78 Com alteração Total de perdas ,22 Unilateral 65 5,83 Lateralidade Bilateral ,39 Tipo de perda Grau da perda (Foram consideradas as classificações de Lloyd e Kaplan (1978) para adultos e de Northern e Downs (1984) para crianças de até 7 anos) Legenda: n=número; DP=desvio padrão Fonte: Dados da pesquisa. (continuação) Normal ,78475 Condutiva 65 5, Neurossensorial ,1704 Mista ,49776 Condutiva e Neurossensorial 38 3, Condutiva e Mista 71 6, Neurossensorial e Mista ,9417 Normal ,78 Leve ,95 Moderado 77 6,91 Moderadamente severo ,96 Severo 78 7,00 Profundo 34 3,05 Discreta e Leve 1 0,09 Leve e Moderado 33 2,96 Leve e Moderadamente severo 26 2,33 Leve e Severo 14 1,26 Leve e Profundo 2 0,18 Moderado e Moderadamente severo 32 2,87 Moderado e Severo 14 1,26 Moderado e Profundo 2 0,18 Moderadamente severo e Severo 23 2,06 Moderadamente severo e Profundo 7 0,63 Severo e Profundo 6 0,54 A FIG. 1 mostra que houve maior proporção de pacientes do sexo feminino, sendo significativamente maior a do sexo masculino nos anos de 2015 (p<0,001), 2016 (p=0,046) e 2017 (p=0,002). Foi utilizado o Teste de Igualdade de Duas Proporções, com valor de p<0,05. 33

34 70,00% 60,00% 58,62% 63,01% 53,86% 57,28% *p<0,05 50,00% 40,00% 30,00% 41,38% 36,99% 46,14% 42,72% Masculino Feminino 20,00% 10,00% 0,00% Ano 2014 Ano 2015 Ano 2016 Ano 2017 Figura 1 Análise da Proporção da variável sexo por ano de atendimento Fonte: Dados da pesquisa. Visualiza-se na FIG. 2 que houve maior proporção de pacientes na faixa etária de adultos no ano de 2015, sendo significativamente maior que a de idosos (p=0,037), jovens (p=0,002), adolescentes (p=0,035) e crianças (p=0,004). Já nos anos de 2016 e 2017 houve maior proporção de pacientes na faixa etária de idosos, com proporção significativamente maior que a de adultos (p=0,016; p=0,047, respectivamente), jovens (p<0,001; p=0,001, respectivamente), adolescentes (p<0,001; p=0,001, respectivamente) e crianças (p<0,001; p=0,001, respectivamente). Foi utilizado o Teste de Igualdade de Duas Proporções, com valor de p<0,05. 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 46,55% 29,31% 49,13% 34,10% 46,97% 36,33% 45,19% 36,05% 12,07% 7,16% 10,00% 8,09% 8,35% 6,90% 6,36% 5,64% 6,17% 5,17% 2,31% 2,71% 5,43% 0,00% Ano 2014 Ano 2015 Ano 2016 Ano 2017 Figura 2 - Análise da proporção da variável faixa etária, por ano de atendimento Fonte: Dados da pesquisa. *p<0,05 Crianças Adolescentes Jovens Adultos Idosos Observa-se na FIG. 3 que houve proporção significativamente maior de encaminhamentos dos médicos otorrinolaringologistas e ocupacionais e SASA/UFU (Serviço de Atenção à Saúde Auditiva/Universidade Federal de Uberlândia), para todos os anos analisados. Foi utilizado o Teste de Igualdade de Duas Proporções, com valor de p<0,05. 34

35 90,00% 80,00% 75,86% 76,88% 79,12% 73,83% *p<0,05 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 24,14% 23,12% 18,77% 20,00% 11,06% 0,00% 5,93% 0,00% 7,10% 10,00% 0,00% 0,00% 2,51% 0,74% 0,00% 0,00% 0,21% 0,74% 0,00% Ano 2014 Ano 2015 Ano 2016 Ano 2017 Médico Otorrinolaringologista e Ocupacional e SASA/UFU (SUS) Médico - PSF Fonoaudiólogo (Policlínica) Unicerp Clínica de Saúde - Unicerp Figura 3 - Análise da proporção da origem de encaminhamento, por ano de atendimento Fonte: Dados da pesquisa. A FIG. 4 mostra que houve proporção significativamente maior de pacientes com o resultado normal de audição nos anos de 2015, 2016 e 2017, sendo significativamente maior que todos os tipos de perda auditiva, exceto para perda do tipo mista no ano de 2014 (p=0,069). Foi utilizado o Teste de Igualdade de Duas Proporções, com valor de p<0,05. 45,00% 39,66% 40,00% 36,21% 35,84% 36,33% 35,00% 35,06% *p<0,05 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% 26,17% 19,65% 20,67% 15,03% 14,82% 14,61% 14,07% 11,56% 6,90% 7,16% 6,90% 6,94% 8,09% 5,01% 7,16% 7,16% 5,17% 5,17% 4,38% 2,89% 4,18% 3,21% 0,00% Normal Condutiva Neurossensorial Mista Condutiva e Neurossensorial Condutiva e Mista Neurossensorial e Mista Figura 4 - Análise da proporção da variável tipo de perda, por ano de atendimento Fonte: Dados da pesquisa. 35

36 Observa-se na TAB. 2 que no ano de 2014 houve proporção significativamente maior de resultados normais em relação aos graus de perda severo (p=0,018), discreto e leve (p=0,024), leve e moderado (p=0,018), leve e moderadamente severo (p=0,024), leve e severo (p=0,024), leve e profundo (p=0,018), moderado e severo (p=0,024), moderado e profundo (p=0,018), moderadamente severo e severo (p=0,024), moderadamente severo e profundo (p=0,018) e severo e profundo (p=0,024). Nos anos de 2015, 2016 e 2017 houve proporção significativamente maior de resultado normal, em relação aos demais graus de perda, exceto para perda de grau leve em 2015 (p=0,078). Foram consideradas as classificações de Lloyd e Kaplan (1978) para adultos e de Northern e Downs (1984) para crianças de até 7 anos. Tabela 2 Análise da proporção da variável grau da perda, por ano de atendimento Categoria Ano 2014 Ano 2015 Ano 2016 Ano 2017 n % p-valor n % p-valor n % p-valor n % p-valor Normal 21 36,21% Ref ,84% Ref ,33% Ref ,06% Ref. Leve 3 5,17% 0, ,54% 0, ,87% <0,001* 71 17,53% 0,004* Moderado 10 17,24% 0, ,40% 0,020* 17 3,55% 0,003* 32 7,90% 0,001* Moderadamente severo 10 17,24% 0, ,40% 0,020* 99 20,67% 0,005* 51 12,59% 0,001* Severo 0 0,00% 0,018* 13 7,51% 0,023* 37 7,72% <0,001* 28 6,91% 0,001* Profundo 4 6,90% 0, ,31% 0,008* 16 3,34% 0,004* 10 2,47% 0,018* Discreta e Leve 1 1,72% 0,024* 0 0,00% <0,001* 0 0,00% 0,003* 0 0,00% 0,012* Leve e Moderado 0 0,00% 0,018* 2 1,16% 0,015* 13 2,71% 0,007* 18 4,44% 0,004* Leve e Moderadamente 1 1,72% 0,024* 5 2,89% 0,029* 11 2,30% 0,011* 9 2,22% 0,022* severo Leve e Severo 1 1,72% 0,024* 1 0,58% 0,010* 6 1,25% 0,040* 6 1,48% 0,045* Leve e Profundo 0 0,00% 0,018* 0 0,00% <0,001* 0 0,00% 0,003* 2 0,49% 0,015* Moderado e Moderadamente 4 6,90% 0, ,73% 0,011* 14 2,92% 0,006* 11 2,72% 0,014* severo Moderado e Severo 1 1,72% 0,024* 3 1,73% 0,011* 2 0,42% 0,014* 8 1,98% 0,027* Moderado e Profundo 0 0,00% 0,018* 0 0,00% <0,001* 0 0,00% 0,003* 2 0,49% 0,015* Moderadamente severo e Severo 1 1,72% 0,024* 2 1,16% 0,015* 9 1,88% 0,018* 11 2,72% 0,014* Moderadamente severo e Profundo 0 0,00% 0,018* 2 1,16% 0,015* 3 0,63% 0,010* 2 0,49% 0,015* Severo e Profundo 1 1,72% 0,024* 1 0,58% 0,010* 2 0,42% 0,014* 2 0,49% 0,015* *p<0,05 Teste de Igualdade de Duas Proporções Legenda: n=número (frequência relativa); %=porcentagem; Ref.=proporção de referência para comparação Fonte: Dados da pesquisa. 36

37 Houve proporção significativamente maior de lateralidade do tipo bilateral em todos os anos de atendimento analisados, conforme mostra a FIG. 5. Foi utilizado o Teste de Igualdade de Duas proporções, com valor de p<0,05. 70,00% 60,00% 62,07% 54,34% 59,71% 58,02% 50,00% 40,00% 36,21% 35,84% 36,33% 35,06% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% 9,83% 6,91% 3,97% 1,72% Ano 2014 Ano 2015 Ano 2016 Ano 2017 Normal Unilateral Bilateral *p<0,05 Figura 5 - Análise da proporção da variável lateralidade, por ano de atendimento Fonte: Dados da pesquisa. A Tabela 3 mostra que houve frequência significativamente maior de atendimentos a adultos nos anos de 2014 e 2015, e idosos nos anos de 2016 e 2017 (p<0,001), com diferença para as demais faixas etárias. Tabela 3 - Análise da associação entre as variáveis ano e faixa etária Categoria Ano 2014 Ano 2015 Ano 2016 Ano 2017 Total p-valor Idosos Adultos Jovens Adolescentes Crianças n % 29,31% 34,10% 46,97% 45,19% n % 46,55% 49,13% 36,33% 36,05% n % 6,90% 8,09% 8,35% 6,17% n % 12,07% 2,31% 5,64% 5,43% n % 5,17% 6,36% 2,71% 7,16% Total *p<0,05 Teste Qui-Quadrado de Pearson Legenda: n=número (frequência relativa); %=porcentagem Fonte: Dados da pesquisa. <0,001* 37

38 Observa-se na TAB. 4 que houve frequência significativamente maior de encaminhamentos realizados pelos médicos otorrinolaringologistas e ocupacionais e SASA/UFU em todos os anos analisados, com diferença para as demais origens dos encaminhamentos (p<0,001). Tabela 4 - Análise da associação entre as variáveis ano e origem do encaminhamento Categoria Ano 2014 Ano 2015 Ano 2016 Ano 2017 Total p-valor Médicos Otorrinolaringologistas e Ocupacionais e SASA/UFU (SUS) Médico - PSF Fonoaudiólogo (Policlínica) Unicerp Clínica Unicerp n % 75,86% 76,88% 79,12% 73,83% n % 0,00% 0,00% 2,51% 0,74% n % 24,14% 23,12% 11,06% 18,77% n % 0,00% 0,00% 7,10% 5,93% n % 0,00% 0,00% 0,21% 0,74% Total *p<0,05 Teste Qui-Quadrado de Pearson Legenda: n=número (frequência relativa); %=porcentagem Fonte: Dados da pesquisa. <0,001* A TAB. 5 mostra que houve frequência significativamente maior de audição normal e do tipo de perda mista no ano de 2014, e normal nos anos de 2015, 2016 e 2017, com diferença para os demais tipos de perda (p=0,009). Tabela 5 - Análise da associação entre as variáveis ano e tipo de perda (continua) Categoria Ano 2014 Ano 2015 Ano 2016 Ano 2017 Total p-valor Normal Condutiva Neurossensorial Mista Condutiva e Neurossensorial Condutiva e Mista n % 36,21% 35,84% 36,33% 35,06% n % 5,17% 6,94% 4,38% 7,16% n % 6,90% 15,03% 14,82% 14,07% n % 39,66% 19,65% 20,67% 26,17% n % 0,00% 2,89% 4,18% 3,21% n % 6,90% 8,09% 5,01% 7,16% Neurossensorial e Mista n ,009* 38

39 % 5,17% 11,56% 14,61% 7,16% Total *p<0,05 Teste Qui-Quadrado de Pearson Legenda: n=número (frequência relativa); %=porcentagem Fonte: Dados da pesquisa. (continuação) Visualiza-se na TAB. 6 que houve frequência significativamente maior de resultado normal, com diferença para os demais graus de perda para todos os anos analisados (p<0,001). Tabela 6 - Análise da associação entre as variáveis ano e grau da perda (continua) Categoria Ano 2014 Ano 2015 Ano 2016 Ano 2017 Total p-valor Normal Leve Moderado Moderadamente severo Severo Profundo Discreta e Leve Leve e Moderado Leve e Moderadamente severo Leve e Severo Leve e Profundo Moderado e Moderadamente severo Moderado e Severo n % 36,21% 35,84% 36,33% 35,06% n % 5,17% 22,54% 15,87% 17,53% n % 17,24% 10,40% 3,55% 7,90% n % 17,24% 10,40% 20,67% 12,59% n % 0,00% 7,51% 7,72% 6,91% n % 6,90% 2,31% 3,34% 2,47% n % 1,72% 0,00% 0,00% 0,00% n % 0,00% 1,16% 2,71% 4,44% n % 1,72% 2,89% 2,30% 2,22% n % 1,72% 0,58% 1,25% 1,48% n % 0,00% 0,00% 0,00% 0,49% n % 6,90% 1,73% 2,92% 2,72% n % 1,72% 1,73% 0,42% 1,98% 39

40 (continuação) Moderado e Profundo Moderadamente severo e Severo Moderadamente severo e Profundo Severo e Profundo n % 0,00% 0,00% 0,00% 0,49% n % 1,72% 1,16% 1,88% 2,72% n % 0,00% 1,16% 0,63% 0,49% n % 1,72% 0,58% 0,42% 0,49% Total *p<0,05 Teste Qui-Quadrado de Pearson Legenda: n=número (frequência relativa); %=porcentagem Fonte: Dados da pesquisa. A TAB. 7 mostra que houve frequência significativamente maior de idosos com tipo de perda condutiva e mista, neurossensorial, neurossensorial e mista, condutiva e neurossensorial, e mista, sendo que, a maior delas, foi a do tipo neurossensorial e mista, e de adultos com perda do tipo condutiva e limiares auditivos dentro dos padrões de normalidade, com diferença em relação as demais faixas de idade (p<0,001). Tabela 7 - Análise da associação entre as variáveis tipo de perda e faixa etária Categoria Idosos Adultos Jovens Adolescentes Condutiva e Condutiva Neurossensorial Neurossensorial Mista Normal Condutiva Total Neurossensorial e Mista e Mista n % 56,34% 65,82% 66,39% 64,50% 13,53% 20,00% 60,53% n % 35,21% 30,38% 31,15% 27,10% 50,88% 50,77% 36,84% n % 5,63% 1,27% 0,00% 3,44% 13,78% 20,00% 0,00% n % 2,82% 1,90% 2,46% 3,05% 10,03% 6,15% 0,00% n Crianças % 0,00% 0,63% 0,00% 1,91% 11,78% 3,08% 2,63% Total *p<0,05 Teste Qui-Quadrado de Pearson Legenda: n=número (frequência relativa); %=porcentagem Fonte: Dados da pesquisa. p- valor <0, DISCUSSÃO 40

41 A epidemiologia é a estrutura da saúde coletiva. Ela proporciona os suportes para avaliação das medidas preventivas, fornece pistas para diagnósticos de doenças transmissíveis e não-transmissíveis e facilita a verificação da consistência de hipóteses de causalidade (ROUQUAYROL; GOLDBAUM, 2003). Em relação aos anos analisados (TAB. 1), observou-se que os anos de 2016 e 2017 foram os de maior demanda populacional, devido ao aumento do número de encaminhamentos para a realização do exame audiométrico. O aumento do número de alunos matriculados no curso de graduação em Fonoaudiologia do UNICERP permitiu o crescimento do número de atendimentos realizados pelo Centro de Saúde do UNICERP, o que pode ser considerado um indício do crescimento da profissão. No presente estudo, foi possível analisar uma proporção maior de atendimentos a pessoas do sexo feminino em relação ao sexo masculino (FIG. 1), fato que corrobora o estudo de Pinheiro (2002), onde a diferença na procura pelos serviços de saúde se justifica pelo perfil de necessidades de cada sexo. Segundo este autor, enquanto as mulheres buscam mais os serviços de saúde para realização de exames de rotina e prevenção, os homens procuram mais estes serviços por motivos de doença. Para Figueiredo (2005), os homens deixam de buscar os serviços de saúde devido à característica de identidade masculina, por não terem autocuidado suficiente e por não terem preocupação inicial com a saúde. Apesar do Brasil ser um país com uma população de predominância jovem, com o avanço da biotecnologia, da medicina e da conservação da saúde, a expectativa de vida vem aumentando, contribuindo para uma vida mais longa e saudável, e consequentemente, para o aumento da população idosa. De acordo com IBGE (2011), o evidente processo de envelhecimento que a população brasileira vem sofrendo, reverbera-se no aumento da participação relativa da população em idades mais avançadas, onde o grupo populacional de idosos passou em 2010 para 4,8% da população, número que tende a aumentar cada vez mais. Este dado corroborando com a análise desta pesquisa (FIG. 2 e TAB. 3), em que, em relação à faixa etária, foi observado uma demanda maior da população idosa nos dois últimos anos pesquisados. Foi constatado, nesta pesquisa, maior demanda de encaminhamentos dos médicos otorrinolaringologistas, médicos ocupacionais e do SASA/UFU (FIG. 3 e TAB. 4). Nestes encaminhamentos, foi observado que, os médicos otorrinolaringologistas foram os que mais encaminharam pacientes para a realização do exame audiométrico. Segundo Mitre (2003), os fonoaudiólogos e os otorrinolaringologistas são profissionais que estão intimamente ligados, seja nos diagnósticos otorrinolaringológicos que precisam da atuação fonoaudiológica ou nos 41

42 conhecimentos anátomo-funcionais, esclarecimento de patologias e no fornecimento de dados diagnósticos importantes para o planejamento terapêutico fonoaudiológico. Conforme a análise de Gonçalves et al. (2014), os fonoaudiólogos constataram que os otorrinolaringologistas são os profissionais que mais encaminham os pacientes para os serviços fonoaudiológicos. Nos encaminhamentos realizados pelos Fonoaudiólogos (FIG. 3 e TAB. 4), estão incluídos aqueles que atuam na rede pública de saúde. De acordo com o Parecer nº 26 de 16 de fevereiro de 2006 do Conselho Federal de Fonoaudiologia, a solicitação de exames audiológicos pode ser realizado por profissionais da área da saúde e da educação e não somente por médicos. (CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA, 2006). Nos encaminhamentos realizados pelos médicos do Programa Saúde da Família (PSF), estão incluídos os médicos clínicos gerais que atendem nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). O Programa Saúde da Família atua com uma proposta de reorganização da atenção básica como eixo de reorientação do modelo assistencial com base na promoção da qualidade de vida e intervenção nos fatores que a colocam em risco, pela incorporação das ações programáticas de uma forma mais abrangente e do desenvolvimento de ações intersetoriais (PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA, 2000). A atenção à saúde auditiva na atenção básica busca realizar ações que reproduzam na promoção e proteção da saúde auditiva, a prevenção e a identificação o mais precocemente possível de dificuldades de audição e a realização de encaminhamentos para serviços especializados, além da reabilitação (CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA, 2011). Os encaminhamentos do Centro Universitário do Cerrado UNICERP (FIG. 3 e TAB. 4), incluíram os exames periódicos ocupacionais de pessoas contratadas pela Instituição de Ensino UNICERP que ficam expostas a níveis de pressão sonora elevados. Estes exames periódicos possibilitam a comparação dos limiares auditivos dos exames audiométricos de um mesmo trabalhador ao longo do tempo de trabalho na instituição em que atua com o intuito de prevenir as perdas auditivas (COMISSÃO DE AUDIOLOGIA DO 7º COLEGIADO DO CONSELHO REGIONAL DE FONOAUDIOLOGIA DA 6ª REGIÃO). As perdas auditivas causadas por níveis de pressão sonora elevados causam a irreversibilidade e a progressão gradual com o tempo de exposição ao risco (NORMA REGULAMENTADORA 7, 2011). É importante que estes funcionários expostos a ruídos elevados façam uso regular de EPI s (Equipamentos de Proteção Individual), como o protetor auricular e o abafador de ruído, uma vez que, cessadas estas exposições, diminuirá o risco de perda auditiva, bem como a sua progressão. 42

43 Os encaminhamentos do Centro de Saúde do UNICERP (FIG. 3 e TAB. 4), incluíram os pacientes encaminhados pelos estagiários dos demais cursos de saúde que atuam no Centro de Saúde do UNICERP que podem realizar encaminhamentos para qualquer área quando necessário. Esta integração entre os profissionais da área de saúde é de extrema importância para a qualidade de vida do paciente em questão. Para Fiorin et al. (2014), a interdisciplinaridade é primordial para o desenvolvimento do profissional em saúde. Os profissionais precisam trabalhar em equipe, explorando cada um suas habilidades, visando qualificar o atendimento, assim como os resultados de seu trabalho. De acordo com Momensohn-Santos et al. (2011), as perdas auditivas do tipo mistas resultam de elementos condutivos e neurossensoriais em uma mesma orelha, as perdas auditivas do tipo neurossensoriais são consequentes de distúrbios que envolvem a cóclea ou o nervo auditivo e as perdas auditivas condutivas são decorrentes de patologias que atingem a orelha externa e/ou média. Nos estudos de Jardim et al. (2010), Reis (2012) e Gresele (2013), o tipo de perda auditiva mais encontrado foi o neurossensorial, ocorrência que não concorda o tipo de perda auditiva mais encontrada neste estudo, onde, excluindo-se a audição normal, o tipo de perda mais localizada foi a do tipo mista (FIG. 4 e TAB. 5). Na amostra considerada, excluindo-se a classificação de grau normal, o grau de perda auditiva leve foi o que chegou mais perto em relação ao grau normal no ano de 2015 (TAB. 2) e em relação a todos os anos analisados, o grau normal obteve maior relevância (TAB. 6). No estudo de Jardim et al. (2010), foram encontrados 51,3% indivíduos com grau de perda leve e no estudo de Gondim et al (2012), foram encontrados 18,9% indivíduos com este tipo de perda. Segundo a classificação de Lloyd e Kaplan (1978 apud SISTEMA DE CONSELHOS DE FONOAUDIOLOGIA, 2017), a classificação de grau normal é aquela em que os limiares tonais de 500kHz, 1kHz e 2kHz do exame audiométrico são de 25 db NA para baixo, onde, a pessoa não apresenta nenhuma dificuldade significativa para ouvir. Já a perda auditiva de grau leve, é aquela em que a média dos limiares tonais de 500kHz, 1kHz e 2kHz do exame audiométrico realizado vão de 26 a 40 db NA e apresentam como características dificuldades para ouvir fala fraca ou distante. A lateralidade do tipo bilateral foi a mais detectada em todos os anos analisados (FIG. 5), corroborando os estudos de Sakae (2006) e Jardim et al. (2010), que obtiveram resultados semelhantes. É fundamental a estimulação de ambos os ouvidos em indivíduos com perda auditiva bilateral, pois isso garante o desenvolvimento máximo das vias auditivas, propicia vantagens provenientes da audição binaural, reduz as dificuldades encontradas na percepção da fala e melhora a qualidade de vida (BEVILACQUA et al., 2014). 43

44 Na associação entre a faixa etária e o tipo de perda auditiva (TAB. 7), os idosos apresentaram maior perda do tipo neurossensorial e mista, e os adultos, excluindo-se os limiares auditivos dentro dos padrões de normalidade, tiveram maior perda do tipo condutiva. De acordo com Almeida (2014), o tipo de perda auditiva mais encontrada na população idosa é a neurossensorial, onde as alterações audiométricas consequentes da idade podem ser analisadas a partir dos quarenta anos de idade com agravamento progressivo dos limiares auditivos na medida em que a idade aumenta e, geralmente, apresentam queixas em relação à compreensão de fala quando precisam seguir a conversação em ambientes ruidosos e com muita reverberação. As perdas auditivas condutivas podem ter sido mais frequentes nos adultos devido à sua etiologia, pois, segundo Filho (2013), as causas mais comuns de perda auditiva condutiva são os cerumes impactados, otites, perfurações timpânicas e disfunções tubárias. É importante ressaltar que esses fatores são mais encontrados em crianças, adolescentes e adultos do que em idosos. Ao verificar-se as associações entre as variáveis ano e lateralidade, ano e sexo e tipo de perda e sexo, observou-se que estas não apresentaram relação entre si, não sendo assim, apresentadas neste estudo. 4.5 CONCLUSÃO Ao final deste estudo, concluiu-se que os objetivos foram alcançados, uma vez que a pesquisa permitiu caracterizar o perfil epidemiológico e audiométrico da população do Centro de Saúde - UNICERP. Quanto as associações entre as variáveis pesquisadas, houveram associação entre as variáveis ano e faixa etária, ano e origem do encaminhamento, ano e tipo de perda, ano e grau da perda e tipo de perda e faixa etária. Com este estudo, observou-se que o sexo feminino prevaleceu em relação ao sexo masculino em todos os anos analisados. Os médicos otorrinolaringologistas e ocupacionais e o SASA/UFU prevaleceram como a origem de encaminhamento mais predominante em todos os anos. Os idosos prevaleceram sobre a faixa etária que mais realizaram exames audiométricos em todos os anos. No diagnóstico audiométrico foi evidenciado que a maioria dos pacientes investigados obtiveram perda auditiva quando todas as perdas auditivas foram somadas juntas. Ao comparar o grau das perdas auditivas separadamente com os indivíduos normais, prevaleceu a normalidade. Excluindo-se a audição normal, o grau de perda auditiva mais encontrada foi a leve, prevaleceram o tipo de perda mista e lateralidade do tipo bilateral. 44

45 Os estudos epidemiológicos são importantes para produzirem informações que sirvam de parâmetros para a prevenção, controle e tratamento de doenças, estipulando a partir dos resultados encontrados, as suas prioridades. Desta forma, podem ser traçadas estratégias dentro da saúde pública, determinando políticas adequadas para a saúde auditiva para a população. 4.6 REFERÊNCIAS ALMEIDA, K de. Estratégias e reabilitação audiológica em idosos IN: MARCHESAN et al. (org). Tratado das Especialidades em Fonoaudiologia. São Paulo: Roca, Cap p BENTES, I. M. da S.; VIDAL, E. C. F.; MAIA, E. R. Percepção da pessoa surda acerca da assistência à saúde em um município de médio porte: estudo descritivo-exploratório. Revista Brasileira de Enfermagem on-line, [Sl], v. 10, n. 1, maio de ISSN Disponível em: < Acesso em 23 fev BEVILACQUA, M. C. et al. Desafios atuais em implante coclear. IN: Tratado das especialidades em fonoaudiologia. São Paulo: Roca, 2014, cap BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.073, de 28 de setembro de Institui a Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva. Brasília: Ministério da Saúde; Disponível em: < Acesso em: 25 fev CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA Academia Brasileira de Fonoaudiologia. Guia de orientações para fonoaudiólogos sobre implantação e desenvolvimento da saúde auditiva na atenção primária. Conselho Federal de Fonoaudiologia, Disponível em: < rafica.pdf>. Acesso em 20 fev CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA. Parecer CFFa-CS nº 26 de 16 de fevereiro de Dispõe sobre a realização de audiometria por fonoaudiólogos. Conselho Federal de Fonoaudiologia, Disponível em: < Acesso em 13 fev CONSELHO REGIONAL DE FONOAUDIOLOGIA 6ª Região. Audiologia ocupacional FAQ. Disponível em: < Acesso em 20 ago FERRITE, S; SANTANA, V.S. Medidas epidemiológicas como estimar e interpretar IN: MARCHESAN, et al. (org). Tratado das Especialidades em Fonoaudiologia. São Paulo: Roca, p

46 FIGUEIREDO, W. Assistência à saúde dos homens: um desafio para os serviços de atenção primária. Ciência & Saúde Coletiva, v. 10, p , FILHO, O. L. Audiologia clínica: deficiência auditiva. IN: FILHO, O. L., et al. (org). Novo Tratado de Fonoaudiologia. 3 ed. Barueri, São Paulo: Manole, Pt 1, p. 39. FIORIN, P. B. G. et al. O Ensino Interdisciplinar na Área da Saúde: Perspectivas para a formação e a atuação multiprofissional. Revista Didática Sistêmica, ISSN v.16 n.2,2014, p Disponível em: < Acesso em 20 ago GONÇALVES, M.T. et al. Trabalho, educação continuada e renda do profissional fonoaudiólogo atuante em audiologia. Revista CEFAC. v. 16, n. 6, nov-dez 2014, p São Paulo, Disponível em: < Acesso em 22 ago GONDIM, L. M. et al. Study of the prevalence of impaired hearing and its determinants in the city of Itajai, Santa Catarina State, Brazil. Brazilian journal of otorhinolaryngology, v. 78, n. 2, p São Paulo, Disponível em: < Acesso em 23 fev GRESELE, A. D. P. et al. Levantamento e análise de dados de pacientes atendidos em um programa de concessão de aparelhos de amplificação sonora individual. CoDAS, v. 3, n. 3, p , Disponível em: < Acesso em 23 mar IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico de Características da população e dos domicílios resultados do universo. Rio de Janeiro, Pg. 69. Disponível em: < _domicilios.pdf >. Acesso em 23 fev Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Tabela 5719 Pessoas com deficiência auditiva, total, percentual e coeficiente de variação, por sexo e situação de domicílio Disponível em: < Acesso em: 25 fev JARDIM, I. D. S.; IWAHASHI, J. H.; PAULA, V. D. C. Estudo do perfil audiológico de indivíduos atendidos em um serviço de diagnóstico brasileiro. Arq int otorrinolaringol Impr, v. 14, n. 1, p , Disponível em: < Acesso em 23 fev LLOYD E KAPLAN. Da avaliação audiológica. IN: Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia. Guia de Orientações na Avaliação Audiológica Básica Disponível em: < Audiologia.pdf>. Acesso em 25 fev MITRE, E. I. Introdução: Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia. In: MITRE, E. I. Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia. 1. ed. São José dos Campos: Pulso, p

47 MOMENSOHN-SANTOS, T. M. et al. Tipos de perdas auditivas e suas características. Cap Interpretação dos resultados da avaliação audiológica, pg. 293 IN: MOMENSOHN- SANTOS, T. M; RUSSO, I. C. P. Prática da Audiologia Clínica. 8 ed. São Paulo: Cortez, NORTHERN E DOWNS. Da Avaliação Audiológica. IN:.Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia. Guia de Orientações na Avaliação Audiológica Básica NR 7 - NORMA REGULAMENTADORA 7. Programa de controle médico de saúde ocupacional, diretrizes e parâmetros mínimos para avaliação e acompanhamento da audição em trabalhadores expostos a níveis de pressão sonora elevados Disponível em: < Acesso em 20 fev OMS - Organização Mundial da Saúde. Surdez e Perda Auditiva Disponível em: < Acesso em: 06 mar PINHEIRO, R. S. et al. Gênero, morbidade, acesso e utilização de serviços de saúde no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 7, p , PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA. Rev. Saúde Pública. São Paulo, v. 34, n. 3, p , Jun Disponível em: < Acesso em 06 out REIS, A. T. P. da S.; SILVA, F. G. F. da; FARIAS, R. B. de. Perfil epidemiológico dos pacientes atendidos no centro auditivo de petrolina-pe. Rev. Cefac, São Paulo, v. 14, n. 1, p , Disponível em: < Acesso em 20 ago ROUQUAYROL, M. Z. GOLDBAUM, M. Epidemiologia, História Natural e Prevenção de Doenças IN: ROUQUAYROL, M. Z. FILHO, N. de A. Epidemiologia e Saúde. Rio de Janeiro: Medsi Editora Médica e Científica, Cap. 2, p f. Disponível em: < Acesso em 23 fev SAKAE, T. M. et al. Perfil epidemiológico e audiológico dos trabalhadores atendidos pelo Serviço Social da Indústria de Blumenau Santa Catarina. Arquivos Catarinenses de Medicina, v. 35, p , SILMAN E SILVERMANN. Da avaliação audiológica. IN: Guia de Orientações na Avaliação Audiológica Básica Disponível em: < Audiologia.pdf>. Acesso em 23 fev

48 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A realização de análise de levantamentos epidemiológicos para caracterizar a população que é direcionada ao referido centro é importante para a elaboração de estratégias de combate e prevenção da perda auditiva. Quando há o investimento na epidemiologia, os dados colhidos favorecem na elaboração de um procedimento de saúde eficaz. Espera-se que os dados encontrados sirvam de parâmetros de comparação para o sistema de saúde do Município de Patrocínio/MG e que, a partir destes, possam planejar políticas públicas em relação ao atendimento audiológico no município. 48

49 6 CONCLUSÕES Através dos estudos epidemiológicos podem ser traçados estratégias dentro da saúde pública, determinando políticas adequadas para a saúde auditiva para a população, uma vez que, é possível coletar informações que sirvam de parâmetros para a prevenção, controle e tratamento de doenças, estipulando a partir dos resultados encontrados, as suas prioridades. Dentro da Fonoaudiologia, os estudos epidemiológicos de caráter quantitativo são importantes, pois levantam informações acerca de patologias, e sendo assim, pode-se adequar o atendimento de acordo com o perfil de demanda dos pacientes. Assim, pesquisas com esta temática auxiliam na compreensão e detalhamento da população portadora de perda auditiva dentro do município. 49

50 7 REFERÊNCIAS BENTES, I. M. da S.; VIDAL, E. C. F.; MAIA, E. R. Percepção da pessoa surda acerca da assistência à saúde em um município de médio porte: estudo descritivo-exploratório. Revista Brasileira de Enfermagem on-line, [Sl], v. 10, n. 1, maio de ISSN Disponível em: < Acesso em 23 fev BIAP. Da Avaliação Audiológica. IN:.Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia. Guia de Orientações na Avaliação Audiológica Básica Disponível em: < Audiologia.pdf>. Acesso em 25 fev BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.073, de 28 de setembro de Institui a Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva. Brasília: Ministério da Saúde; Disponível em: < Acesso em: 25 fev BUSCAGLIA, L. F. Os deficientes e seus pais. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Era, DAVIS. Da Avaliação Audiológica. IN:.Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia. Guia de Orientações na Avaliação Audiológica Básica Disponível em: < Audiologia.pdf>. Acesso em 25 fev DURANTE, A. S. et al. Fundamentos Teóricos Sistema Auditivo Periférico. In: MARCHESAN, I. Q. et al. (org). Tratado das Especialidades em Fonoaudiologia. 1 ed. São Paulo: Roca, cap p FERRITE, S; SANTANA, V.S. Medidas Epidemiológicas Como Estimar e Interpretar In: MARCHESAN, I. Q. et al. (org). Tratado das Especialidades em Fonoaudiologia. São Paulo: Roca, cap p FRANCELIN, M. A. S.; MOTTI, T. F. G.; MORITA, I. As implicações sociais da deficiência auditiva adquirida em adultos. Saúde e Sociedade, v. 19, p , GOLDBAUM, M. Epidemiologia e serviços de saúde. Cadernos de Saúde Pública, v. 12, n. 2 (Supl. 2), p , GONDIM, L. M. et al. Study of the prevalence of impaired hearing and its determinants in the city of Itajai, Santa Catarina State, Brazil. Brazilian journal of otorhinolaryngology, v. 78, n. 2, p São Paulo, Disponível em: < Acesso em 23 fev

51 GRESELE, A. D. P. et al. Levantamento e análise de dados de pacientes atendidos em um programa de concessão de aparelhos de amplificação sonora individual. CoDAS, v. 3, n. 3, p , Disponível em: < Acesso em 23 mar ITO, Taku. et al. Hereditary hearing loss and deafness genes in Japan. Journal of medical and dental sciences JARDIM, I. D. S.; IWAHASHI, J. H.; PAULA, V. D. C. Estudo do perfil audiológico de indivíduos atendidos em um serviço de diagnóstico brasileiro. Arq int otorrinolaringol Impr, v. 14, n. 1, p , Disponível em: < Acesso em 23 fev LLOYD E KAPLAN. Da avaliação audiológica. IN: Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia. Guia de Orientações na Avaliação Audiológica Básica Disponível em: < Audiologia.pdf>. Acesso em 25 fev MARIN, C. R.; GÓES, M. C. R. A experiência de pessoas surdas em esferas de atividade do cotidiano. Cadernos Cedes, v. 26, n. 69, p , MARQUES, A. C. O. et al. Reabilitação auditiva no idoso. Rev. Bras. Otorrinolaringolo. 2004; 70(1): MATHIAS, L. A. Apostila de Epidemiologia. Jaboticabal, Curso de Medicina Veterinária, UNESP, MOMENSOHN-SANTOS, et al. Anatomia e fisiologia do órgão da audição e do equilíbrio. In: MOMENSOHN-SANTOS, T. M. (Org.). Prática da audiologia clínica. 8. ed. São Paulo: Cortez, cap. 1, p NORTHERN E DOWNS. Da Avaliação Audiológica. IN:.Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia. Guia de Orientações na Avaliação Audiológica Básica OMS - Organização Mundial da Saúde. Surdez e Perda Auditiva Disponível em: < Acesso em: 06 mar ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Da Avaliação Audiológica. IN:.Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia. Guia de Orientações na Avaliação Audiológica Básica PEREIRA, F.J. Princípios de Epidemiologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, p OMS - Organização Mundial da Saúde. Surdez e Perda Auditiva Disponível em: < Acesso em: 06 mar PEREIRA, F.J. Princípios de Epidemiologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, p REIS, A. T. P. da S.; SILVA, F. G. F. da; FARIAS, R. B. de. Perfil epidemiológico dos pacientes atendidos no centro auditivo de Petrolina-PE. Rev. Cefac, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 51

52 79 83, Disponível em: < Acesso em 20 ago ROTHMAN, K. et al. Epidemiologia moderna. 3 ed. cap. 3. pg. 46 e 47. São Paulo: Art. Med SAKAE, T. M. et al. Perfil epidemiológico e audiológico dos trabalhadores atendidos pelo Serviço Social da Indústria de Blumenau Santa Catarina. Arquivos Catarinenses de Medicina, v. 35, p , SILMAN E SILVERMANN. Da avaliação audiológica. IN: Guia de Orientações na Avaliação Audiológica Básica Disponível em: < Audiologia.pdf>. Acesso em 23 fev SISTEMA DE CONSELHOS DE FONOAUDIOLOGIA. Guia de Orientações na Avaliação Audiológica Básica TEIXEIRA, A.R. et al. Qualidade de vida de adultos e idosos pós adaptação de próteses auditivas. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2008; 13(4): UNIT, I. M. I. M. M. P. P. H. C. M. E. C. et al. A Dictionary of Epidemiology. International Journal of Epidemiology, v. 15, n. 2, p. 277,

53 ANEXO A - Aprovação do Comitê De Ética Em Pesquisa do UNICERP 53

ÓRGÃO DA VISÃO. Constituição do Bulbo Ocular: Túnica Fibrosa: Túnica Vascular: Túnica nervosa: Túnica Nervosa. Túnica Vascular.

ÓRGÃO DA VISÃO. Constituição do Bulbo Ocular: Túnica Fibrosa: Túnica Vascular: Túnica nervosa: Túnica Nervosa. Túnica Vascular. ÓRGÃO DA VISÃO Constituição do Bulbo Ocular: Túnica Fibrosa: Túnica Vascular: Túnica nervosa: Túnica Nervosa Túnica Vascular Túnica Fibrosa ÓRGÃO DA VISÃO Constituição do Bulbo Ocular: Túnica Fibrosa:

Leia mais

ANATOMIA FUNCIONAL DA ORELHA. (a nova nomenclatura substitui o termo ouvido por orelha)

ANATOMIA FUNCIONAL DA ORELHA. (a nova nomenclatura substitui o termo ouvido por orelha) ANATOMIA DA ORELHA ANATOMIA FUNCIONAL DA ORELHA (a nova nomenclatura substitui o termo ouvido por orelha) O aparelho auditivo humano e dos demais mamíferos é formado pela orelha externa, a orelha média

Leia mais

Neurofisiologia da Audição

Neurofisiologia da Audição Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Fisiologia Humana - RFM 0006 Neurofisiologia da Audição Willian Lazarini Lopes, MSc. Doutorando em Neurologia/Neurociências Laboratório

Leia mais

Profa Silvia Mitiko Nishida Depto de Fisiologia FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO

Profa Silvia Mitiko Nishida Depto de Fisiologia FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO Profa Silvia Mitiko Nishida Depto de Fisiologia FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO FISIOLOGIA DA AUDIÇAO Porém não me foi possível dizer às pessoas: Falem mais alto, gritem, porque sou surdo...ai de mim! Como poderia

Leia mais

Sistema Sensorial. Biofísica da Audição

Sistema Sensorial. Biofísica da Audição Sistema Sensorial Biofísica da Audição Falar pelos cotovelos... Ouvir pelos joelhos... SENTIDO DA AUDIÇÃO - FINALIDADE Detectar predadores, presas e perigo Comunicação acústica intra - específica Som propagação

Leia mais

ARTIGO ORIGINAL. Objetivo:

ARTIGO ORIGINAL. Objetivo: doi: 10.20513/2447-6595.2017v57n2p26-30 26 ARTIGO ORIGINAL Raphael Oliveira Correia 1. Caio Calixto Diógenes Pinheiro 1. Felipe Cordeiro Gondim de Paiva 1. Pedro Sabino Gomes Neto 2. Talita Parente Rodrigues

Leia mais

SENTIDO DA AUDIÇÃO. Detectar predadores, presas e perigo. Comunicação acústica intra e inter específica

SENTIDO DA AUDIÇÃO. Detectar predadores, presas e perigo. Comunicação acústica intra e inter específica SENTIDO DA AUDIÇÃO FINALIDADE Percepção do som Detectar predadores, presas e perigo Comunicação acústica intra e inter específica Sobrevivência Alytes muletensis Fêmeas só maturam seus óvulos na presença

Leia mais

Sistema Sensorial. Biofísica da Audição. Biofísica Vet FCAV/UNESP

Sistema Sensorial. Biofísica da Audição. Biofísica Vet FCAV/UNESP Sistema Sensorial Biofísica da Audição Biofísica Vet. 2019 - FCAV/UNESP Falar pelos cotovelos... Ouvir pelos joelhos... O que vamos estudar? Modelo ouvido humano / associação a animais Características

Leia mais

O ser Humano e o Ecossistema

O ser Humano e o Ecossistema SISTEMA SENSORIAL O ser Humano e o Ecossistema Assistir a prática esportiva Ouvir o canto de um pássaro Sentir o vento no rosto Sabor de uma fruta gostosa Sentir o perfume de uma flor Isso ocorre graças

Leia mais

06/01/2011. Audição no útero materno. Os primeiros sons que você já escutou. Pedro de Lemos Menezes. Anatomo-fisiologia da audição.

06/01/2011. Audição no útero materno. Os primeiros sons que você já escutou. Pedro de Lemos Menezes. Anatomo-fisiologia da audição. Audição no útero materno Os primeiros sons que você já escutou Pedro de Lemos Menezes Anatomo-fisiologia da audição Orelha externa Pavilhão Orelha externa Orelha externa Pavilhão Ressonância Concentração

Leia mais

VIII Curso de Anatomia e Dissecção do Osso Temporal. Programação 16/10/2013 QUARTA FEIRA

VIII Curso de Anatomia e Dissecção do Osso Temporal. Programação 16/10/2013 QUARTA FEIRA 16/10/2013 QUARTA FEIRA ANFITEATRO DO COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS 07:45 8:00 hs Recepção dos Participantes / Entrega de Material Dr Aldo Stamm 8:15 8:45 hs 9:00 9:20 hs 9:20 12:00 hs Aula Teórica

Leia mais

Thanis G. B. Q. Bifaroni

Thanis G. B. Q. Bifaroni Libras Thanis G. B. Q. Bifaroni thanisbifaroni@hotmail.com Surdez conceito, causas e classificações A surdez é uma deficiência que fisicamente não é visível, e atinge uma pequena parte da anatomia do indivíduo.

Leia mais

29/05/14. Anatomo-fisiologia da audição. Revisão. Orelha externa. Orelha externa. Pavilhão. Pavilhão

29/05/14. Anatomo-fisiologia da audição. Revisão. Orelha externa. Orelha externa. Pavilhão. Pavilhão Anatomo-fisiologia da audição Pavilhão Pavilhão Concentração da energia sonora na entrada do conduto Localização de fontes sonoras no eixo sagital- mediano Ressonância Ressonância da orelha externa Ressonância

Leia mais

Receptores. Estímulo SNC. Células ciliadas da cóclea CODIFICAÇÃO TRANSDUÇÃO NVIII

Receptores. Estímulo SNC. Células ciliadas da cóclea CODIFICAÇÃO TRANSDUÇÃO NVIII SISTEMA AUDITIVO Estímulo Receptores NVIII SNC Som Células ciliadas da cóclea CODIFICAÇÃO TRANSDUÇÃO Fisiologia Básica, R. Curi, J. Procópio Som Ondas Sonoras Ondas Sonoras Espectro Audível 20-20.000 Hz

Leia mais

Sistema Auditivo Humano

Sistema Auditivo Humano Sistema Auditivo Humano Tecnologias de Reabilitação Aplicações de Processamento de Sinal Constituição do Ouvido Humano JPT 2 1 Constituição do Ouvido Humano JPT 3 Constituição do Ouvido Humano O ouvido

Leia mais

OS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS

OS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS OS SENTIDOS OS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS As terminações sensitivas do sistema nervoso periférico são encontradas nos órgãos dos sentidos: pele, ouvido, olhos, língua e fossas nasais. IMPORTÂNCIA DOS SENTIDOS

Leia mais

Módulo interação com o Ambiente - Sentidos I Sentidos especiais: olfato, gustação e audição

Módulo interação com o Ambiente - Sentidos I Sentidos especiais: olfato, gustação e audição ACH 4106 - Biologia do Corpo Humano Módulo interação com o Ambiente - Sentidos I Sentidos especiais: olfato, gustação e audição Profa Dra Patricia Targon Campana 2016 Olfato e gosto Olfato: sentido com

Leia mais

ÓRGÃOS DOS SENTIDOS. Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Médico Veterinário

ÓRGÃOS DOS SENTIDOS. Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Médico Veterinário UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALTO CENTRAL FACULDADES INTEGRADAS DA UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALTO CENTRAL Curso de Medicina Veterinária Disciplina de Anatomia Veterinária I ÓRGÃOS DOS SENTIDOS Médico Veterinário

Leia mais

RESULTADOS AUDIOLÓGICOS DE IDOSOS ATENDIDOS EM CLÍNICA- ESCOLA

RESULTADOS AUDIOLÓGICOS DE IDOSOS ATENDIDOS EM CLÍNICA- ESCOLA RESULTADOS AUDIOLÓGICOS DE IDOSOS ATENDIDOS EM CLÍNICA- ESCOLA Alexandre Hundertmarck Lessa (1), Adriana Laybauer Silveira (2); Sílvia Dornelles (3); Adriane Ribeiro Teixeira (4) (1) Universidade Federal

Leia mais

Os sons e a audição. Breve descrição da forma como percebemos os sons e de como funciona a audição

Os sons e a audição. Breve descrição da forma como percebemos os sons e de como funciona a audição Os sons e a audição 1 Breve descrição da forma como percebemos os sons e de como funciona a audição Esta brochura é o número 1 de uma série da Widex sobre audição e aparelhos auditivos. O que são sons?

Leia mais

Sistema Vestíbulo-Coclear. Matheus Lordelo Camila Paula Graduandos em Medicina pela EBMSP

Sistema Vestíbulo-Coclear. Matheus Lordelo Camila Paula Graduandos em Medicina pela EBMSP Sistema Vestíbulo-Coclear Matheus Lordelo Camila Paula Graduandos em Medicina pela EBMSP Salvador BA 27 de março de 2012 Componentes Orelha Externa Pavilhão Auditivo Meato Acústico Externo até a membrana

Leia mais

O Ouvido Humano e a Audição

O Ouvido Humano e a Audição 36 Capítulo 4 O Ouvido Humano e a Audição Neste capítulo faremos um estudo sobre o ouvido humano, a fisiologia da audição e a sensibilidade do nosso sistema auditivo. 1. Conceitos básicos sobre a anatomia

Leia mais

SISTEMA NERVOSO SENSORIAL AUDIÇÃO & EQUILÍBRIO

SISTEMA NERVOSO SENSORIAL AUDIÇÃO & EQUILÍBRIO SISTEMA NERVOSO SENSORIAL AUDIÇÃO & EQUILÍBRIO Audição e Equilíbrio Embora esses dois sistemas tenham funções muito diferentes eles apresentam estruturas e mecanismos de estimulação muito semelhantes.

Leia mais

ANATOMIA DO OUVIDO HUMANO. O ouvido possui três partes principais: o ouvido externo, o ouvido médio e o ouvido interno.

ANATOMIA DO OUVIDO HUMANO. O ouvido possui três partes principais: o ouvido externo, o ouvido médio e o ouvido interno. ANATOMIA DO OUVIDO HUMANO O ouvido possui três partes principais: o ouvido externo, o ouvido médio e o ouvido interno. Ouvido Externo: > Pavilhão auricular (orelha) coleta e encaminha o som para dentro

Leia mais

ANEXO I NORMAS PARA O ATENDIMENTO EM SAÚDE AUDITIVA

ANEXO I NORMAS PARA O ATENDIMENTO EM SAÚDE AUDITIVA ANEXO I NORMAS PARA O ATENDIMENTO EM SAÚDE AUDITIVA 1. AÇÕES DE SAÚDE AUDITIVA NA ATENÇÃO BÁSICA As Ações de Saúde Auditiva na Atenção Básica compreendem ações de promoção à saúde auditiva, de prevenção

Leia mais

Faculdade de Ciências Humanas de Olinda. Acadêmica de Enfermagem: Laicy Albuquerque

Faculdade de Ciências Humanas de Olinda. Acadêmica de Enfermagem: Laicy Albuquerque Faculdade de Ciências Humanas de Olinda Acadêmica de Enfermagem: Laicy Albuquerque Perda Auditiva Induzida pelo Ruído - PAIR Hoje Iremos abordar um tema muito importante, o ruído ocupacional, ou seja o

Leia mais

IMPLANTE COCLEAR EM CRIANÇAS DE 1 A 2 ANOS DE IDADE

IMPLANTE COCLEAR EM CRIANÇAS DE 1 A 2 ANOS DE IDADE IMPLANTE COCLEAR EM CRIANÇAS DE 1 A 2 ANOS DE IDADE INTRODUÇÃO O implante coclear em crianças deficientes auditivas pré-linguais tem sido considerado potencialmente o tratamento mais eficaz para assegurar

Leia mais

Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) INDICADORES DE QUALIDADE NO DIAGNÓSTICO AUDIOLÓGICO E NO PROCESSO DE INDICAÇÃO E ADAPTAÇÃO DO APARELHO DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL: REVISÃO SISTEMÁTICA Palavras-chave: Indicadores de Qualidade. Audiologia.

Leia mais

SISTEMA SENSORIAL TATO, VISÃO, AUDIÇÃO, PALADAR E OLFATO

SISTEMA SENSORIAL TATO, VISÃO, AUDIÇÃO, PALADAR E OLFATO SISTEMA SENSORIAL TATO, VISÃO, AUDIÇÃO, PALADAR E OLFATO TATO Pele (ou cútis): órgão de revestimento externo do corpo o maior órgão do corpo humano e o mais pesado responsável pela proteção do organismo

Leia mais

Temas: A Voz e o Ouvido Humanos

Temas: A Voz e o Ouvido Humanos Biofísica Aulas Teóricas (20 de Maio de 2010) Temas: A Voz e o Ouvido Humanos A voz humana Definição No seu sentido mais restrito a voz corresponde aos sons produzidos pela vibração das cordas vocais.

Leia mais

INVESTIGAR AS EMISSÕES OTOACÚSTICAS PRODUTO DE DISTORÇÃO EM TRABALHADORES DE UMA MADEREIRA DO INTERIOR DO PARANÁ

INVESTIGAR AS EMISSÕES OTOACÚSTICAS PRODUTO DE DISTORÇÃO EM TRABALHADORES DE UMA MADEREIRA DO INTERIOR DO PARANÁ INVESTIGAR AS EMISSÕES OTOACÚSTICAS PRODUTO DE DISTORÇÃO EM TRABALHADORES DE UMA MADEREIRA DO INTERIOR DO PARANÁ Jéssica Padilha Santos (PIBIC/CNPq-UNICENTRO - ESCOLHER PROGRAMA), Juliana De Conto(Orientador),

Leia mais

O que ele faz? Responsável pela captação de odores. Qual órgão é responsável pelo olfato? O nariz.

O que ele faz? Responsável pela captação de odores. Qual órgão é responsável pelo olfato? O nariz. O que ele faz? Responsável pela captação de odores. Qual órgão é responsável pelo olfato? O nariz. Como ele faz? Células quimiorreceptoras do epitélio olfatório; As moléculas de odor são dissolvidas no

Leia mais

Aula 03 ETIOLOGIA, DIAGNOSTICO, CA- RACTERIZAÇÃO DA SURDEZ:

Aula 03 ETIOLOGIA, DIAGNOSTICO, CA- RACTERIZAÇÃO DA SURDEZ: Aula 03 ETIOLOGIA, DIAGNOSTICO, CA- RACTERIZAÇÃO DA SURDEZ: aspectos anatômicos e fisiológicos do ouvido humano, diagnóstico precoce e tipos e graus de perda auditiva O tema e sub temas desta aula diz

Leia mais

RECEPTORES SENSORIAIS DA PELE

RECEPTORES SENSORIAIS DA PELE SISTEMA SENSORIAL DOR FANTASMA TATO RECEPTORES SENSORIAIS DA PELE Disco de Merkel Terminal de Ruffini Corpúsculo de Paccini Corpúsculo de Meissner Terminações nervosas livres Receptor do Folículo Piloso

Leia mais

Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos - IFSC. FFI0210 Acústica Física. Sistema auditivo. Prof. Dr.

Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos - IFSC. FFI0210 Acústica Física. Sistema auditivo. Prof. Dr. Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos - IFSC FFI0210 Acústica Física Sistema auditivo Prof. Dr. José Pedro Donoso Agradescimentos Os docentes da disciplina gostariam de expressar

Leia mais

Estudo do Perfil Audiológico de Indivíduos Atendidos em um Serviço de Diagnóstico Brasileiro

Estudo do Perfil Audiológico de Indivíduos Atendidos em um Serviço de Diagnóstico Brasileiro Artigo Original Estudo do Perfil Audiológico de Indivíduos Atendidos em um Serviço de Diagnóstico Brasileiro Study of the Audiological Profile of Individuals Attended in a Brazilian Diagnostic Service

Leia mais

OSSOS TEMPORAIS(OUVIDO)

OSSOS TEMPORAIS(OUVIDO) OSSOS TEMPORAIS(OUVIDO) A avaliação de perda auditiva ou tiníto quase sempre inclui a investigação do osso temporal através de imagens. Há uma grande variedade de processos de doenças congênitas e adquiridas

Leia mais

RASTREIO AUDITIVO NEONATAL UNIVERSAL (RANU)

RASTREIO AUDITIVO NEONATAL UNIVERSAL (RANU) (RANU) Catarina S. Oliveira e Marta Machado Internas da Formação Específica de Pediatria, CHBV Agradecimentos: Drª. Luísa Monteiro (Grupo de Rastreio e Intervenção da Surdez Infantil GRISI) Associação

Leia mais

ASSOCIAÇÃO ENTRE PRESSÃO ARTERIAL E CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS DE UM CENTRO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS DE BELO HORIZONTE-MG

ASSOCIAÇÃO ENTRE PRESSÃO ARTERIAL E CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS DE UM CENTRO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS DE BELO HORIZONTE-MG ASSOCIAÇÃO ENTRE PRESSÃO ARTERIAL E CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS DE UM CENTRO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS DE BELO HORIZONTE-MG Marcello Barbosa Otoni Gonçalves Guedes 1 ; Helder Viana Pinheiro; Johnnatas

Leia mais

AUDIÇÃO SISTEMA NERVOSO SENSORIAL. O valor da comunicação verbal faz com que a audição, em alguns momentos, seja ainda mais importante que a visão.

AUDIÇÃO SISTEMA NERVOSO SENSORIAL. O valor da comunicação verbal faz com que a audição, em alguns momentos, seja ainda mais importante que a visão. SISTEMA NERVOSO SENSORIAL Sunol Alvar O valor da comunicação verbal faz com que a audição, em alguns momentos, seja ainda mais importante que a visão. 1 CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS

Leia mais

Órgãos dos Sentidos. Profª Fernanda Jacobus de Moraes

Órgãos dos Sentidos. Profª Fernanda Jacobus de Moraes Órgãos dos Sentidos Profª Fernanda Jacobus de Moraes Introdução Sentidos: Meio pelo qual o corpo recebe a informação do ambiente: Externo: exterocepção -> detectam estímulos próximos a superfície externa

Leia mais

Material desenvolvido com conteúdo fornecido pelas unidades acadêmicas responsáveis pelas disciplinas.

Material desenvolvido com conteúdo fornecido pelas unidades acadêmicas responsáveis pelas disciplinas. 1 2 Material desenvolvido com conteúdo fornecido pelas unidades acadêmicas responsáveis pelas disciplinas. Organização Projeto Visual COMEP Paulo Roberto Bueno Pereira Michela Peanho Harumi Toda Watzel

Leia mais

Casos MRI. Dr. Jorge Cueter Dr. Ênio Setogu5

Casos MRI. Dr. Jorge Cueter Dr. Ênio Setogu5 Casos MRI Dr. Jorge Cueter Dr. Ênio Setogu5 Paciente de 69 anos, lesão no ouvido direito evidenciada na Otoscopia, cor vermelha, sintomas de barulho em cachoeira Lesões mais frequentes na orelha media

Leia mais

Sistemas coclear e vestibular

Sistemas coclear e vestibular Sistemas coclear e vestibular Desenvolvimento, Organização Anatômica. Vias e Conexões. Aspectos Funcionais e Aplicados Luiza da Silva Lopes FMRP-USP O sistema coclear, também chamado de sistema auditivo,

Leia mais

ENFERMAGEM ANATOMIA. SISTEMA NERVOSO Aula 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM ANATOMIA. SISTEMA NERVOSO Aula 1. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM ANATOMIA SISTEMA NERVOSO Aula 1 Profª. Tatiane da Silva Campos Sistema nervoso (SN) controla e coordena todos os processos vitais que se desenvolvem involuntariamente nos órgãos internos (atividade

Leia mais

SDE0183 TEORIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA Aula 5: Atividade Motora Adaptada as PcD s Auditivas

SDE0183 TEORIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA Aula 5: Atividade Motora Adaptada as PcD s Auditivas SDE0183 TEORIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA Aula 5: Atividade Motora Adaptada as PcD s Auditivas Objetivos desta aula: 1. Conceituar as DA s sob diferentes perspectivas; 2. Conhecer as diferentes

Leia mais

INFLUÊNCIA DOS DIFERENTES TIPOS DE AMAMENTAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DA FUNÇÃO AUDITIVA

INFLUÊNCIA DOS DIFERENTES TIPOS DE AMAMENTAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DA FUNÇÃO AUDITIVA INFLUÊNCIA DOS DIFERENTES TIPOS DE AMAMENTAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DA FUNÇÃO AUDITIVA Ágata Cristina Neumann Jorge 1 ; Meiryane Gonçalves Silva 2 ; Karla de Paula 3 ; Cristiane Faccio Gomes 4 RESUMO: Este

Leia mais

TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO DAS QUEDAS EM CRIANÇAS INTERNADAS EM HOSPITAL PEDIÁTRICO

TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO DAS QUEDAS EM CRIANÇAS INTERNADAS EM HOSPITAL PEDIÁTRICO TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO DAS QUEDAS EM CRIANÇAS INTERNADAS EM HOSPITAL PEDIÁTRICO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA

Leia mais

Engenharia Biomédica - UFABC

Engenharia Biomédica - UFABC Engenharia de Reabilitação e Biofeedback Deficiência Auditiva Professor: Pai Chi Nan 1 2 1 Ouvido externo Orelha Canal auditivo externo Função Coleta de sons 3 Ouvido médio Tímpano Ossículos Martelo Bigorna

Leia mais

Guia dos professores. Uma cartilha informativa para professores de crianças com perda auditiva. Clínicas Integradas Izabela Hendrix

Guia dos professores. Uma cartilha informativa para professores de crianças com perda auditiva. Clínicas Integradas Izabela Hendrix Fonte: Widex Fonte: programa Phonak infantil Guia dos professores Clínicas Integradas Izabela Hendrix Uma cartilha informativa para professores de crianças com perda auditiva Centro Universitário Metodista

Leia mais

FORMULÁRIO PARA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO SALDANHA PARA AUDITORIA DO PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA

FORMULÁRIO PARA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO SALDANHA PARA AUDITORIA DO PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA FORMULÁRIO PARA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO SALDANHA PARA AUDITORIA DO PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA Autor: Odilon Machado de Saldanha Júnior Auditor(es): Empresa: Rua Fausto Alvim, 65 Calafate Belo Horizonte/MG

Leia mais

6/18/2015 ANATOMIA DO OLHO ANATOMIA DO OLHO CÓRNEA CRISTALINO RETINA EPITÉLIO PIGMENTAR NERVO ÓPTICO

6/18/2015 ANATOMIA DO OLHO ANATOMIA DO OLHO CÓRNEA CRISTALINO RETINA EPITÉLIO PIGMENTAR NERVO ÓPTICO ANATOMIA DO OLHO CÓRNEA CRISTALINO RETINA EPITÉLIO PIGMENTAR NERVO ÓPTICO CÂMARA ANTERIOR IRIS CORPO CILIAR ANATOMIA DO OLHO CÓRNEA CRISTALINO RETINA EPITÉLIO PIGMENTAR NERVO ÓPTICO CÂMARA ANTERIOR IRIS

Leia mais

PORTARIA SSST Nº 19, DE 09 DE ABRIL DE 1998

PORTARIA SSST Nº 19, DE 09 DE ABRIL DE 1998 PORTARIA SSST Nº 19, DE 09 DE ABRIL DE 1998 Altera o Quadro II - Parâmetros para Monitoração da Exposição Ocupacional a Alguns Riscos à Saúde, da Portaria nº 24 de 29 de dezembro de 1994 - NR 7 - Programa

Leia mais

Tipos de Estudos Epidemiológicos

Tipos de Estudos Epidemiológicos Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Ciências Agrárias e Biológicas Epidemiologia e Saúde Pública Tipos de Estudos Epidemiológicos Prof. Macks Wendhell Gonçalves Msc. Quando recorrer às

Leia mais

Audição. Profa. Dra. Eliane Comoli Departamento de Fisiologia da FMRP

Audição. Profa. Dra. Eliane Comoli Departamento de Fisiologia da FMRP Audição Profa. Dra. Eliane Comoli Departamento de Fisiologia da FMRP ROTEIRO DE AULA TEÓRICA: AUDIÇÃO 1. O que é o som? Características da onda sonora: a. Comprimento da onda; b. Velocidade da onda e c.

Leia mais

TC Protocolo de Mastoide. José Pedro Gonçalves TN Esp. em Radiologia

TC Protocolo de Mastoide. José Pedro Gonçalves TN Esp. em Radiologia TC Protocolo de Mastoide Gonçalves TN Esp. em Radiologia das Mastoides e Face Gonçalves Tecnólogo Especialista do Instituto de Infectologia Emilio Ribas - HC - Pós Graduado em Ressonância Magnética e Computadorizada

Leia mais

Identificação e reprodução dos diversos tipos de tecidos e órgãos humanos, por meio de estruturas microscópicas.

Identificação e reprodução dos diversos tipos de tecidos e órgãos humanos, por meio de estruturas microscópicas. Disciplina Ementas Anatomia I Introdução a Anatomia Humana. Sistema Esquelético. Sistema Articular. Sistema Muscular. Sistema Circulatório. Sistema Respiratório. Sistema Urinário. Sistema Genital Masculino

Leia mais

- CAPÍTULO 9 - SISTEMA SENSORIAL

- CAPÍTULO 9 - SISTEMA SENSORIAL - CAPÍTULO 9 - SISTEMA SENSORIAL GABARITO 1. LETRA ESTRUTURA LETRA ESTRUTURA A córnea G humor aquoso B retina H nervo óptico C fóvea I coróide D íris J esclerótica E cristalino K corpo vítreo F ponto cego

Leia mais

TUBERCULOSE NA TERCEIRA IDADE NO BRASIL

TUBERCULOSE NA TERCEIRA IDADE NO BRASIL TUBERCULOSE NA TERCEIRA IDADE NO BRASIL Ana Elisa P. Chaves (1), Kleane Maria F. Araújo (2) Maria Luísa A. Nunes (3),Thainá Vieira Chaves (4), Lucas Chaves Araújo (5) 1 Docente Saúde Coletiva-UFCG e-mail:

Leia mais

RAFAELA TEODORO DA SILVA

RAFAELA TEODORO DA SILVA RAFAELA TEODORO DA SILVA PREVALÊNCIA DE INDICADORES DE RISCO PARA DEFICIÊNCIA AUDITIVA E SUA RELAÇÃO COM O RESULTADO "PASSA/FALHA" EM UM PROGRAMA DE TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL UNIVERSAL Trabalho de conclusão

Leia mais

BIOFÍSICA. Prof. Dr. Celso Xavier Cardoso

BIOFÍSICA. Prof. Dr. Celso Xavier Cardoso BIOFÍSICA Prof. Dr. Celso Xavier Cardoso BIOFÍSICA A ciência não orbita suas disciplinas de forma diferente, mas sim como um conjunto interdisciplinar: Física, Química e Biologia, por exemplo, trabalham

Leia mais

HEPATITES VIRAIS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM IDOSOS: BRASIL, NORDESTE E PARAÍBA

HEPATITES VIRAIS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM IDOSOS: BRASIL, NORDESTE E PARAÍBA HEPATITES VIRAIS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM IDOSOS: BRASIL, NORDESTE E PARAÍBA Larissa Ferreira de Araújo Paz (1); Larissa dos Santos Sousa (1) Polyana Cândido de Andrade (2); Gilson Vasco da Silva

Leia mais

UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO/ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-

UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO/ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS- DADOS DO PROJETO DE PESQUISA Pesquisador: PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP Título da Pesquisa: DEFICIÊNCIA VISUAL X HABILIDADES AUDITIVAS CENTRAIS: DESEMPENHO DAS HABILIDADES DO PROCESSAMENTO AUDITIVO EM

Leia mais

PERFIL DE USUÁRIOS DE PRÓTESE AUDITIVA ASSISTIDOS EM UMA CLÍNICA ESCOLA NO ANO DE 2016

PERFIL DE USUÁRIOS DE PRÓTESE AUDITIVA ASSISTIDOS EM UMA CLÍNICA ESCOLA NO ANO DE 2016 PERFIL DE USUÁRIOS DE PRÓTESE AUDITIVA ASSISTIDOS EM UMA CLÍNICA ESCOLA NO ANO DE 2016 Andréia Cristina Munzlinger dos SANTOS 1 Gabriela De LUCCIA 1 Sabrina Mendes da SILVA 2 ¹Docente do curso de Fonoaudiologia

Leia mais

BIOFÍSICA DA VISÃO E DA AUDIÇÃO

BIOFÍSICA DA VISÃO E DA AUDIÇÃO Universidade Estadual de Santa Cruz Departamento de Ciência Biológicas Matéria Biofísica BIOFÍSICA DA VISÃO E DA AUDIÇÃO -Bianca Mendes Maciel - Objetivo da aula Compreender os fenômenos biofísicos necessários

Leia mais

CIRURGIA DE TIMPANOMASTOIDECTOMIA. Termo de ciência e consentimento

CIRURGIA DE TIMPANOMASTOIDECTOMIA. Termo de ciência e consentimento CIRURGIA DE TIMPANOMASTOIDECTOMIA Termo de ciência e consentimento Por este instrumento particular o (a) paciente ou seu responsável, Sr. (a), declara, para todos os fins legais, que dá plena autorização

Leia mais

8 páginas 1. Formam a cavidade do crânio que. Repousa no topo da coluna vertebral. 22 ossos

8 páginas 1. Formam a cavidade do crânio que. Repousa no topo da coluna vertebral. 22 ossos Ossos do crânio ou neurocrânio (Somente texto) CRÂNIO E OSSO HIÓIDE Formam a cavidade do crânio que encerra e protege o cérebro. Repousa no topo da coluna vertebral 22 ossos Ossos do crânio câ o(8) Ossos

Leia mais

Benefício do implante coclear em crianças com paralisia cerebral

Benefício do implante coclear em crianças com paralisia cerebral Benefício do implante coclear em crianças com paralisia cerebral Palavras-chave: paralisia cerebral, implante coclear, criança. Introdução: Pesquisas internacionais descrevem o uso do implante coclear

Leia mais

60 TCC em Re-vista 2012

60 TCC em Re-vista 2012 Fonoaudiologia 60 TCC em Re-vista 2012 PELICIARI, Lidiane Macarini; SILVA, Suellen 1. Avaliação comportamental das habilidades auditivas de atenção seletiva e resolução temporal em diferentes grupos de

Leia mais

Fisiologia da Articulação Temporomandibular (ATM) Dra. Glauce Crivelaro Nascimento

Fisiologia da Articulação Temporomandibular (ATM) Dra. Glauce Crivelaro Nascimento Fisiologia da Articulação Temporomandibular (ATM) Dra. Glauce Crivelaro Nascimento COMPONENTES DO SIST. ESTOMATOGNÁTICO Articular Desenvolvimento: - 8ª semana de vida intrauterina - Até 20 semanas: totalmente

Leia mais

Guia de Orientações na Avaliação Audiológica Básica

Guia de Orientações na Avaliação Audiológica Básica Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia Guia de Orientações na Avaliação Audiológica Básica Guia de Orientações na Avaliação Audiológica Básica Elaboração: Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia Colaboração:

Leia mais

A Fonoaudiologia nos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador no Brasil

A Fonoaudiologia nos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador no Brasil A Fonoaudiologia nos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador no Brasil Autores: ALINE CRISTINA ALMEIDA GUSMÃO SOUZA, TATIANE COSTA MEIRA, FRANCIANA CRISTINA CAVALCANTE NUNES DOS SANTOS, VILMA SOUSA

Leia mais

Determinação do tipo facial: cefalometria, antropometria e análise facial

Determinação do tipo facial: cefalometria, antropometria e análise facial Determinação do tipo facial: cefalometria, antropometria e análise facial Palavras-chave: Face; Cefalometria; Antropometria. Introdução A face humana com suas estruturas ósseas e musculares apresenta características

Leia mais

DDS - PAIR Perda Auditiva Induzida pelo Ruído

DDS - PAIR Perda Auditiva Induzida pelo Ruído DDS - PAIR Perda Auditiva Induzida pelo Ruído Perda auditiva induzida por ruído (PAIR) / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília :

Leia mais

O que você precisa saber sobre perda auditiva

O que você precisa saber sobre perda auditiva Tel.: (61) 3339-6699 Cel.: (61) 98449-7734 SCS Qd. 01 Bl. E Ed. Ceará Sala 101/113 CEP 70.303-900 - DF centroauditivovidanova@gmail.com www.vidanovanet.com.br O que você precisa saber sobre perda auditiva

Leia mais

ANEXO IV DIRETRIZES PARA O FORNECIMENTO DE APARELHOS DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL (AASI)

ANEXO IV DIRETRIZES PARA O FORNECIMENTO DE APARELHOS DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL (AASI) ANEXO IV DIRETRIZES PARA O FORNECIMENTO DE APARELHOS DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL (AASI) Os Serviços habilitados pelo Ministério da Saúde para o fornecimento de Aparelhos de Amplificação Sonora Individual

Leia mais

A Audição abre novas portas para o Mundo. Opções para o tratamento da deficiência auditiva

A Audição abre novas portas para o Mundo. Opções para o tratamento da deficiência auditiva A Audição abre novas portas para o Mundo Opções para o tratamento da deficiência auditiva Sumário 01 Introdução 02 Tipos de perda auditiva 03 Como a audição funciona? 04 Reabilitação com Aparelhos Auditivos

Leia mais

TÍTULO: COLESTEATOMA DE CONDUTO AUDITIVO EXTERNO COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE PATOLOGIAS DA ORELHA EXTERNA

TÍTULO: COLESTEATOMA DE CONDUTO AUDITIVO EXTERNO COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE PATOLOGIAS DA ORELHA EXTERNA TÍTULO: COLESTEATOMA DE CONDUTO AUDITIVO EXTERNO COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE PATOLOGIAS DA ORELHA EXTERNA CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: MEDICINA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE

Leia mais

OS MARCOS DO DESENVOLVIMENTO DA COMUNICAÇÃO NAS CRIANÇAS

OS MARCOS DO DESENVOLVIMENTO DA COMUNICAÇÃO NAS CRIANÇAS Compartilhe conhecimento: Em mais uma análise de nossa colaboradora, Dra Milene Bissoli, especialista em otorrinolaringologia, conheça em detalhes os sete testes objetivos e subjetivos de avaliação auditiva

Leia mais

ANEXO 3 CONHECIMENTOS GERAIS EM SAÚDE

ANEXO 3 CONHECIMENTOS GERAIS EM SAÚDE ANEXO 3 PROGRAMA CONHECIMENTOS GERAIS EM SAÚDE 1. Conhecimentos sobre o SUS - Legislação da Saúde: Constituição Federal de 1988 (Título VIII - capítulo II - Seção II); Lei 8.080/90 e Lei 8.142/90; Norma

Leia mais

Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Tecnologia da Arquitetura

Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Tecnologia da Arquitetura Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Tecnologia da Arquitetura AUT 0278 - Desempenho Acústico, Arquitetura e Urbanismo Som Ranny L. X. N. Michalski e-mail: rannyxavier@gmail.com

Leia mais

Sistema Vestibular Equilíbrio (movimento e posição)

Sistema Vestibular Equilíbrio (movimento e posição) Sistema Vestibular Equilíbrio (movimento e posição) Qual a relevância do tema no curso de Medicina? Principais sinais e sintomas decorrentes de alterações do sistema vestibular. Tontura Desequilíbrio Nistagmo

Leia mais

PERFIL DE TRABALHADORES RURAIS ATENDIDOS EM UM CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO AUDITIVA DA REGIÃO NOROESTE DO RS 1

PERFIL DE TRABALHADORES RURAIS ATENDIDOS EM UM CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO AUDITIVA DA REGIÃO NOROESTE DO RS 1 PERFIL DE TRABALHADORES RURAIS ATENDIDOS EM UM CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO AUDITIVA DA REGIÃO NOROESTE DO RS 1 Ângela Leusin Mattiazzi 2, Iara Denise Endruweit Battisti 3, Isabel Cristina Pacheco

Leia mais

REUNIÃO CLÍNICA: PERDA AUDITIVA E ATRASO DE LINGUAGEM

REUNIÃO CLÍNICA: PERDA AUDITIVA E ATRASO DE LINGUAGEM UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO REUNIÃO CLÍNICA: PERDA AUDITIVA E ATRASO DE LINGUAGEM D i s c u s s ã o : P r o f a. D r a. S i m o n e H a g e D r a. P a u l a L a u r e t t i ( O R L ) A p r e s e n t a ç

Leia mais

Ondas sonoras. Qualidades fisiológicas de uma onda sonora

Ondas sonoras. Qualidades fisiológicas de uma onda sonora Ondas sonoras As ondas mecânicas que propiciam o fenômeno da audição aos seres vivos são chamadas de ondas sonoras. Como todas as ondas mecânicas, as ondas sonoras podem se propagar nos mais diversos meios,

Leia mais

Estudo do perfil clínico e epidemiológico da hanseníase no estado do Tocantins, no período de 2004 até os dias atuais

Estudo do perfil clínico e epidemiológico da hanseníase no estado do Tocantins, no período de 2004 até os dias atuais Estudo do perfil clínico e epidemiológico da hanseníase no estado do Tocantins, no período de 2004 até os dias atuais Heryka Fernanda Silva Barbosa¹; Marcello Otake Sato² ¹Aluna do curso de Medicina; Campus

Leia mais

Nervos Cranianos 24/04/2018

Nervos Cranianos 24/04/2018 Nervos Cranianos M.Sc. Coordenadora da Pós-graduação em Fonoaudiologia Hospitalar UVA Os nervos cranianos são os nervos que são ligados ao encéfalo. A maior parte deles são ligados ao tronco encefálico,

Leia mais

O CRESCIMENTO E O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS DE UMA ESCOLA MUNICIPAL¹

O CRESCIMENTO E O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS DE UMA ESCOLA MUNICIPAL¹ 608 Weliton Nepomuceno Rodrigues et al. O CRESCIMENTO E O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS DE UMA ESCOLA MUNICIPAL¹ Weliton Nepomuceno Rodrigues², Soliana de Lima Rosa², Cristina Ferreira Tomé², Alessandra

Leia mais

NÚCLEO DE FORMAÇÃO INICIAL Ciências Biológicas e da Saúde CÓDIGO NOME DA DISCIPLINA N/E* SEM TIPO (T-P) CHS

NÚCLEO DE FORMAÇÃO INICIAL Ciências Biológicas e da Saúde CÓDIGO NOME DA DISCIPLINA N/E* SEM TIPO (T-P) CHS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO CURSO DE FONOAUDIOLOGIA CONTEÚDOS DAS DIRETRIZES CURRICULARES E DISCIPLINAS DA UFSM NÚCLEO DE FORMAÇÃO INICIAL

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE FONOAUDIOLOGIA 2ª REGIÃO SÃO PAULO

CONSELHO REGIONAL DE FONOAUDIOLOGIA 2ª REGIÃO SÃO PAULO CONSELHO REGIONAL DE FONOAUDIOLOGIA 2ª REGIÃO SÃO PAULO Parecer CRFa. 2ª Região/SP Nº 02/2009 Dispõe sobre a atuação do fonoaudiólogo em Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU) CONSIDERANDO o disposto

Leia mais

RESUMO SEPSE PARA SOCESP INTRODUÇÃO

RESUMO SEPSE PARA SOCESP INTRODUÇÃO RESUMO SEPSE PARA SOCESP 2014 1.INTRODUÇÃO Caracterizada pela presença de infecção associada a manifestações sistêmicas, a sepse é uma resposta inflamatória sistêmica à infecção, sendo causa freqüente

Leia mais

TITULO: Ação Preventiva em saúde Triagem Auditiva em Escolares AISCE

TITULO: Ação Preventiva em saúde Triagem Auditiva em Escolares AISCE 969 TITULO: Ação Preventiva em saúde Triagem Auditiva em Escolares AISCE Área temática: Saúde. Coordenadores da Ação: Marcia Salgado Machado 1, Letícia Pacheco Ribas 1. Autores: Amanda Lucas 2,Karoline

Leia mais

Treinamento de Prot. Auditiva. Treinamento aos usuários de protetores auriculares

Treinamento de Prot. Auditiva. Treinamento aos usuários de protetores auriculares Treinamento de Prot. Auditiva Treinamento aos usuários de protetores auriculares 1 Objetivo Reconhecer o agente físico ruído Conhecer os efeitos à saúde causado por exposição ao ruído Conhecer os tipos

Leia mais

PERDA AUDITIVA NO IDOSO Suas interferências na vida psicossocial

PERDA AUDITIVA NO IDOSO Suas interferências na vida psicossocial CEFAC CENTRO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA AUDIOLOGIA CLÍNICA PERDA AUDITIVA NO IDOSO Suas interferências na vida psicossocial PATRÍCIA FERNANDA TAVARES ITAJAÍ 2001 CEFAC CENTRO DE ESPECIALIZAÇÃO

Leia mais

A Qualidade de Vida no Indivíduo com Perda Auditiva Segundo o Tipo de Local de Residência

A Qualidade de Vida no Indivíduo com Perda Auditiva Segundo o Tipo de Local de Residência A Qualidade de Vida no Indivíduo com Perda Auditiva Segundo o Tipo de Local de Residência Paulo Cardoso do Carmo ESTSP IPP CHTS-UPA, EPE. (Pjq@estsp.ipp.pt) Rui Pimenta ESTSP IPP APNOR (Rep@estsp.ipp.pt)

Leia mais

Percepção Auditiva. PTC2547 Princípios de Televisão Digital. Guido Stolfi 10 / EPUSP - Guido Stolfi 1 / 67

Percepção Auditiva. PTC2547 Princípios de Televisão Digital. Guido Stolfi 10 / EPUSP - Guido Stolfi 1 / 67 Percepção Auditiva PTC2547 Princípios de Televisão Digital Guido Stolfi 10 / 2015 EPUSP - Guido Stolfi 1 / 67 Som e Percepção Auditiva Fisiologia do Ouvido Humano Acústica Física Mascaramento Voz Humana

Leia mais

Área: Audiologia Laboratório de Próteses Auditivas Núcleo de Seleção e Adaptação de Próteses Auditivas (NUSEAPA)

Área: Audiologia Laboratório de Próteses Auditivas Núcleo de Seleção e Adaptação de Próteses Auditivas (NUSEAPA) Área: Audiologia Laboratório de Próteses Auditivas Núcleo de Seleção e Adaptação de Próteses Auditivas (NUSEAPA) A audição é uma importante porta de entrada para a aquisição da linguagem e da fala de um

Leia mais

Grupoterapia Fonoaudiológica Atuação Junto a Senescência e Senilidade

Grupoterapia Fonoaudiológica Atuação Junto a Senescência e Senilidade Grupoterapia Fonoaudiológica Atuação Junto a Senescência e Senilidade Autores Caroline Pal cio de Almeida Orientador Ivone Panhoca Ana Paula de Freitas Apoio Financeiro Fapic 1. Introdução De acordo com

Leia mais