Resenha: GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.

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1 Novas lógicas e literacias emergentes no contexto da educação em rede: práticas, leituras e reflexões. Profa. Dra. Brasilina Passareli Autor: Marcelo Victor Teixeira Data: 28/04/2015 Resenha: GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, O livro se apresenta em dezesseis capítulos que, nas palavras do autor, organizam um manual de natureza prática de elaboração de projetos de pesquisa. Cap. 01 Como encaminhar uma pesquisa? O que é pesquisa procedimento racional, sistemático, que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. É requerida quando não se tem informação suficiente para responder ao problema, ou quando essa informação é disponível, mas necessita de organização. Exige utilização de métodos, técnicas e outros procedimentos científicos que abarcam inúmeras fases. O autor lembra que para realizar uma pesquisa, são necessárias qualidades pessoais (intelectuais e sociais) do pesquisador, tais como: conhecimento do assunto a ser pesquisado, curiosidade, criatividade, integridade intelectual, atitude autocorretiva, sensibilidade social, imaginação disciplinada, perseverança e paciência e confiança na experiência. O Planejamento é considerado como a primeira etapa de um projeto de pesquisa e envolve a formulação do problema, a especificação de seus objetivos, a construção de hipóteses, a operacionalização dos conceitos etc, além das questões de tempo, recursos humanos, materiais e financeiros. O planejamento de materializa mediante a elaboração de um projeto documento organizador das ações a serem desenvolvidas ao longo do processo de pesquisa, que contempla os objetivos da pesquisa, a justificativa de sua realização, a definição da(s) modalidade(s) de pesquisa e a determinação dos procedimentos de coleta e análise de dados. Deve ainda considerar um cronograma a ser seguido indicando o uso dos recursos. O autor reforça que não existem regras fixas acerca da elaboração do projeto, pois sua estrutura é determinada pelo tipo de problema a ser pesquisado e também pelo estilo do autor. Por outro lado, o projeto deve ser suficientemente detalhado para permitir a avaliação adequada. Cap. 02 Como formular um problema de pesquisa

2 Um problema científico é definido como uma questão não solvida e que é objeto de discussão, em qualquer domínio do conhecimento. O autor esclarece que nem todo problema é passível de tratamento científico, daí a necessidade de verificar se o problema que se pretende resolver se enquadra nessa categoria (científico). A pista mais relevante é relacionada a indagações sobre como são as coisas, suas causas e consequencias e não sobre como fazê-las. Problemas de valor também não são considerados para uma investigação científica: indagar se algo deve ou deveria ser feito, se uma coisa é boa, má, desejável, indesejável, certa ou errada ou se é melhor ou pior que outra. Assim, um problema é de natureza científica quando envolve variáveis que pdoem ser tidas como testáveis. (GIL, 2002, p. 24). As variáveis devem ser suscetíveis de observação ou de manipulação. A formulação do problema de pesquisa não se faz mediante a observação de procedimentos rígidos e sistemáticos. Existem condições que facilitam essa tarefa: imersão sistemática no objeto, estudo da literatura existente e discussão com pessoas que acumulam muita experiência prática no campod e estudo são apresentadas como referência na obra de Selltiz (1967). Algumas regras práticas para a formulação de um problema de pesquisa: (a) deve ser formulado como pergunta; (b) deve ser claro e preciso; (c) deve ser empírico; (d) deve ser suscetível de solução; e (e) deve ser delimitado a uma dimensão viável. Cap. 03 Como construir hipóteses Hipótese é a proposição testável que pode vir a ser a solução do problema. Tipos: casuísticas (que se referem a algo que ocorre em determinado caso. Afirmam que um objeto, uma pessoa ou um fato específico tem determinada característica); que se referem à frequência de acontecimentos (antecipam que determinada característica ocorre com maior ou menor frequência); estabelecem relação de associação entre variáveis (afirmam a existência de relação entre as variáveis sem vincular causalidade, dependência ou influência); estabelecem relação de dependência entre duas ou mais variáveis (uma variável interfere na outra). A construção de hipóteses pode ser favorecida a partir da observação, de resultados de outras pesquisas, teorias e intuição. O autor se baseia em Goode e Hatt (1969) e McGuigan (1976) para relacionar características que definem uma hipótese como logicamente aceitável no que se refere a testabilidade das mesmas: (a) deve ser conceituamente clara; (b) deve ser específica; (c) deve ter referências empíricas; (d) deve ser parcimoniosa uma hipótese simples é sempre preferível a uma mais complexa; (e) deve estar relacionada com as técnicas disponíveis; e (f) deve estar relacionada com uma teoria.

3 Cap. 04 Como classificar as pesquisas? O critério utilizado pelo autor para classificar as pesquisas em três grupos (exploratórias, descritivas e explicativas) é com base nos objetivos gerais. As pesquisas exploratórias têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com victas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. (GIL, 2002, p. 41) Citando Selltiz et al. (1967, p. 63), essas pesquisas envolvem: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que estimulem a compreensão. As pesquisas descritivs objetivam a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis e utilizam técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como questionário e a observação sistemática. Algumas pesquisas descritivas vão além da simples identificação da existência de relações entre variáveis, e pretendem determinar a natureza dessa relação (nesse caso se aproximam da explicativa) e outras acabam servindo mais para proporcionar uma nova visão do problema (se aproximam das exploratórias). As pesquisas explicativas objetivam identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Nesse sentido, são as que mais aprofundam o conhecimento da realidade porque explicam a razão, o porquê das coisas. Tomando como base o procedimento para coleta de dados, as pesquisas podem ser classificadas como: (a) quando os dados são existentes e coletados de fontes conhecidas pesquisa bibliográfica e pesquisa documental; e (b) quando os dados são coletados de pessoas pesquisa experimental, pesquisa ex-post facto, levantamento, estudo de caso, pesquisa-ação e pesquisa participante. O autor menciona que esses dois últimos tipos de pesquisa geram controvérsia na classificação proposta, sem contudo explicitar essas divergências. A pesquisa bibliográfica é a que tem como fonte material já elaborado e publicado ou disponibilizado em rede (o texto não atualiza em relação às pesquisas realizadas pela internet). Dependendo do problema de pesquisa, boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida com base em pesquisas bibliográficas. O autor sinaliza necessidade de atenção em relação a fontes secundárias utilizadas e que podem apresentar dados coletados ou processados de forma equivocada, o que pode comprometer a qualidade da pesquisa. Pesquisa documental difere da bibliográfica em relação ao tratamento de dados coletados, o que ocorre na segunda modalidade. Assim, a pesquisa documental faz uso de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. Segundo o autor, esse tipod e pesquisa apresenta vantagens em

4 relação à qualidade dos dados e também em relação ao custo. Limitações também são apontadas: (a) não representatividade e (b) subjetividade dos documentos. A pesquisa experimental, segundo o autor, representa o melhor exemplo de pesquisa científica, pois consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo e definir as formas de controle e de observação dos efeitos que essas variávies produzem no objeto. Ou seja, o pesquisador se apresenta como um agente ativo e não um observador passivo. São três as propriedades desse tipod e pesquisa: (a) manipulação o pesqusiador precisa manipular ao menos uma das características dos elementos estudados; (b) controle introduzir um ou mais controles na situação experimental; e (c) distribuição aleatória dos elementos para participar dos grupos experimentais. Por essa razão, essas pesquisas são valiosas para se testar hipóteses que estabelecem relações de causa e efeito entre variáveis, sobretudo em função dos grupos de controle. Dentre as limitações, o autor destaca: (a) existência de muitas variáveis cuja manipulação experimental se torna difícil ou mesmo impossível; e (b) muitas variáveis que poderiam ser tecnicamente manipuladas estão sujeitas a considerações de ordem ética que proíbem sua manipulação. Também chamada de correlacional, a pesquisa ex-post facto (a partir do fato passado) é aquela onde o estudo se realiza após a ocorrência de variações na variável dependente no curso natural dos acontecimentos, pois aqui o pesquisador não possui controle sobre a variável independente. Mais utilizada em ciências da saúde, o estudo de coorte refere-se a um grupo de pessoas que têm alguma característica comum, constituindo uma amostra que passa a ser acompanhada por determinado período de tempo. Duas importantes limitações são apontadas: (a) não-utilização do critério de aleatoriedade na formação dos grupos de participantes; e (b) exigência de uma amostra muito grande o que torna a pesquisa onerosa. O levantamento é o tipo de pesquisa que se caracteriza pela interrogação direta de pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. As conclusões são obtidas a partir de análise quantitativa dos dados coletados. O autor cita três vantagens dos levantamentos: (a) conhecimento direto da realidade a investigação torna-se mais livre de interpretações calcadas no subjetivismo dos pesquisadores; (b) economia e rapidez; e (c) quantificação dos dados mediante agrupamento em tabelas possibilita a análise estatística. Aponta ainda três limitações: (a) ênfase nos aspectos perceptivos, uma vez que os dados recolhidos referem-se à parcepção que as pessoas têm acerca de si mesmas e das intenções da pesquisa; (b) pouca

5 profundidade no estudo da estrutura e dos processos sociais já que a investigação de fatores interpessoais e institucionais não são investigados de maneira profunda; e (c) limitada apreensão do processo de mudança pois proporciona uma visão estática do fenômeno estudado. Dessa forma, o autor entende que os levantamentos tornam-se muito mais adequados para estudos descritivos que explicativos. São inapropriados para o aprofundamento dos aspectos psicológicos e psicossociais mais complexos, porém muito eficazes para problemas menos delicados (GIL, 2002, p. 52). O estudo de campo tem maior profundidade que um levantamento (enquanto esse tem maior alcance). É mais adequado quando se procura muito mais o aprofundamento de questões propostas e apresenta maior flexibilidade. Focaliza uma comunidade, que não é necessariamente geográfica, já que pode ser uma comunidade de trabalho, de estudo, de lazer ou voltada para qualquer outra atividade humana. A pesqusia é então desenvolvida por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar explicações e interpretações do que ocorre no grupo. Esses procedimentos são conjugados com muitos outros, tais como a a nálise de documentos, filmagens e fotografias. O estudo de campo apresenta, no entanto, algumas desvantagens. De modo geral, sua realização requer muito mais tempo do que um levantamento. Como, na maioria das vezes, os dados são coletados por um único pesquisador, existe risco de subjetivismo na análise e interpretação dos resultados da pesquisa. O Estudo de Caso consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento. Citando Yin (2001), o autor ressalta que durante muito tempo, o estudo de caso foi encarado como procedimento pouco rigoroso, que serviria apenas para estudos de natureza exploratória. Hoje, porém, é encarado como o delineamento mais adequado para a investigação de um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto real, onde os limites entre o fenômeno e o contexto não são claramente percebidos. Algumas objeções são pontuadas: (a) ausência de rigor metodológico; (b) dificuldade de generalização por se utilizar um único objeto; e (c) tempo destinado à pesquisa que dependendo do estudo pode ser longo. Pesquisa-Ação exige o envolvimento ativo do pesquisador e ação por parte das pessoas ou grupos envolvidos no problema. Tende a parecer desprovida de objetividade mas vem sendo reconhecida como muito útil por pesquisadores identificados por ideologias reformistas e participativas.

6 Pesquisa Participante caracteriza-se também pela interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas, razão pela qual muitos autores consideram sinônimas. No entanto, a pesquisa-ação geralmente supõe uma forma de ação planejada, de caráter social, educacional, técnico ou outro (Thiollent, 1985). A pesquisa participante, por sua vez, envolve a distinção entre ciência popular e ciência dominante e envolve posições valorativas derivadas sobretudo do humanismo cristão e de certas concepções marxistas. Cap. 05 Como delinear uma pesquisa bibliográfica? O autor sugere um processo que envolve as seguintes etaaps para o desenvolvimento de pesquisas bibliográficas: (a) escolha do tema; (b) levantamento bibliográfico preliminar; (c) formulação do problema; (d) elaboração do plano provisório do assunto consiste na estrutura do trabalho; (e) busca das fontes; (f) leitura do material; (g) fichamento; (h) organização lógica do assunto; e (i) redação do texto. Na sequência do texto, o autor detalha cada uma dessas etapas deixando lógica a sequência com que as atividades devem ser realizadas. Aqui se nota a ausência de referências eletrônicas, sobretudo em relação a fontes e pesquisas, bem como a confecção de fichas em papel com aqruivamento em caixas o que de fato pode ser substituído por aquivos organizados eletronicamente. Cap. 06 Como delinear uma pesquisa documental? São sete as fases sugeridas pelo autor para o desenvolvimento da pesquisa documental: (a) determinação dos objetivos; (b) elaboração do plano de trabalho; (c) identificação das fontes; (d) localização das fontes e obtenção do material; (e) tratamento dos dados; (f) confecção das fichas e redação do trabalho; e (g) construção lógica e redação do trabalho. Embora guarde similaridades, convém apontar o que distingue a pesquisa bibliográfica da documental. Enquanto a primeira costuma ser desenvolvida como parte de uma pesquisa mais ampla, visando identificar o conheciemnto disponível sobre um assunto, a melhor formulação do problema de pesquisa ou a construção de hipóteses, a segunda, de modo geral, constitui um fim em si mesma, com objetivos bem mais específicos, que envolve muitas vezes o teste de hipóteses. Cap. 07 Como delinear uma Pesquisa Experimental? Para o desenvolvimento de pesquisas experimentais, o autor sugere os seguintes passos: (a) formulação do problema; (b) construção das hipóteses; (c) operacionalização das variáveis; (d) definição do plano experimental; (e) determinação dos sujeitos; (f) determinação do ambiente; (g) coleta de dados; (h) análise e interpretação dos dados; e (i) apresentação das conclusões.

7 O autor destaca que como a pesquisa experimental se caracteriza pela clareza, precisão e parcimônia, frequentemente envolve uma única hipótese. Esta, por sua vez, tende a confundir-se com o próprio problema. O que varia é a forma: interrogativa no problema e afirmativa na hipótese. Cap. 08 Como delinear uma Pesquisa Ex-Post-Facto? O que difere a pesquisa ex-post-facto da experimental é a impossibilidade de manipulação de variáveis independentes. Nessen tipo de pesquisa, tem-se as seguintes etapas: (a) formulação do problema; (b) construção das hipóteses; (c) operacionalização das variáveis; (d) localização dos grupos para investigação; (e) coleta de dados; (f) análise e interpretação dos dados; e (g) apresentação das conclusões. Cap. 09 Como delinear um estudo de coorte? O delineamento dos estudos de coorte apresenta pontos de semelhança como o dos estudos experimentais, pois envolve uma amostra de indivíduos expostos a determinado fator e outra amostra equivalente de não expostos. A exposição, no entanto, não é aplicada aleatoriamente, já que as condições de seleção da amostra são muito limitadas nos estudos de coorte. Com frequência, os sujeitos são selecionados unicamente pelo critério do voluntariado. As etapas que contemplam o delineamento desse tipo de pesquisa são: (a) formulação do problema; (b) construção das hipóteses; (c) operacionalização das variáveis: (d) seleção dos participantes; (e) acompanhamento dos participantes e verificação dos efeitos; (f) análise e interpretação dos dados; e (g) apresentação dos resultados. Cap. 10 Como delinear um levantamento? São oito as fases sugeridas pelo autor para execução de uma pesquisa de Levantamento: (a) especificação dos objetivos; (b) operacionalização dos conceitos e variáveis; (c) elaboração do instrumento de coleta de dados; (d) pré-teste do instrumento; (e) seleção da amostra; (f) coleta e verificação dos dados; (g) análise e interpretação dos dados; e (h) apresentação dos resultados. Objetivos gerais são pontos de partida, indicam uma direção a seguir, mas, na maioria dos casos, não possibilitam que se parta para a investigação. Logo, precisam ser redefinidos, esclarecidos, delimitados. Daí surgem os objetivos específicos da pesquisa. Esses tentam descrever, nos termos mais claros possíveis, exatamente o que será obtido num levantamento. Enquanto os objetivos gerais referem-se a conceitos mais ou menos abstratos, os específicos referem-se a características que podem ser observadas e mensuradas em determinado grupo.

8 O autor detalha sobre técnicas de interrogação úteis nesse tipo de pesquisa o questionário, a entrevista e o formulário. Questionário é o conjunto de questões que são respondidas por escrito pelo pesquisado; Entrevista é a técnica que envolve duas pessoas numa situação face-a-face e em que uma delas formula questões e a outra responde; e Formulário é a técnica de coleta de dados em que o pesquisador formula questões previamente elaboradas e anota as respostas. O questionário é o meio mais rápido e barato de obtenção de informações, além de não exigir treinamento de pessoal e garantir anonimato. Já a entrevista é aplicável a um número maior de pessoas, inclusive às que não sabem ler ou escrever. O formulário, por fim, reúne as vantagens das duas técnicas, mas, em contrapartida, algumas das desvantagens tanto do questionário quanto da entrevista. O autor apresenta estratégias para elaboração desses tipos de pesquisa. A elaboração do questionário consiste basicamente em traduzir os objetivos específicos da pesquisa em itens bem redigidos. Algumas regras práticas são sugeridas: (a) as questões devem ser preferencialmente fechadas, mas com alternativas suficientemente exaustivas para abrigar a ampla gama de respostas possíveis; (b) devem ser incluídas apenas as perguntas relacionadas ao problema proposto; (c) não devem ser incluídas perguntas cujas respostas possam ser obtidas de forma mais precisa por outros procedimentos; (d) devem-se levar em conta as implicações da pergunta com os procedimentos de tabulação e análise de dados; (e) devem ser evitadas perguntas que penetrem na intimidade das pessoas; (f) as perguntas devem ser formuladas de maneira clara, correta e precisa; (g) deve-se levar em consideração o sistema de referência do entrevistado, bem como seu nível de informação; (h) a pergunta deve possibilitar uma única interpretação; (i) a pergunta não deve sugerir respostas; (j) as perguntas devem referir-se a uma única ideia de cada vez; (l) o número de perguntas deve ser limitado; (m) o questionário deve ser iniciado com as perguntas mais simples e finalizado com as mais complexas; e etc. Com relação à entrevista, é a que apresenta maior flexibilidade. A estratégia para a realização de entrevistas em levantamentos deve considerar duas etapas fundamentais: a especificação dos dados que se pretendem obter e a escolha e formulação das perguntas. De modo geral, os levantamentos abrangem um universo de elementos tão grande que se torna impossível considerá-los em sua totalidade. Por essa razão, o mais frequente é trabalhar com uma amostra, ou seja, com uma pequena parte dos elementos que compõem o universo. Na sequência, o autor apresenta algumas técnicas de seleção de amostras, aplicáveis conforme o tipo de pesquisa e os objetivos pretendidos. Outro detalhe importante é a determinação do tamanho da amostra, condição fundamnetal para que os dados obtidos

9 sejam significativos. Contudo, o autor apresenta de forma superficial e demanda aprofundamentos para os interessados em elaborar a pesquisa detalhadamente. Cap. 11 Como delinear Estudos de Campo? São sete as etapas sugeridas para desenvolver estudos de campo: (a) elaboração do projeto inicial; (b) exploração preliminar; (c) formulação do projeto de pesquisa; (d) pré-teste dos instrumentos e procedimentos de pesquisa; (e) coleta de dados; (f) análise do material; e (g) redação do relatório. Cap. 12 Como delinear um Estudo de Caso? Segundo Yin (2001) e Stake (2000), um possível conjunto de etapas a serem adotadas para elaboração de pesquisas definidas como estudo de caso são: (a) formulação do problema; (b) definição da unidade-caso; (c) determinação do número de casos; (d) elaboração do protocolo; (e) coleta de dados; (f) avaliação e análise dos dados; e (g) preparação do relatório. Após a definição da unidade-caso e da determinação do número de casos a serem pesquisados, recomenda-se a elaboração do protocolo, que se constitui no documento que não apenas contém o instrumento de coleta de dados, mas também define a conduta a ser adotada para sua aplicação. Cap. 13 Como delinear uma Pesquisa-Ação? Nesse tipo de pesquisa, ocorre um constante vaivém entre fases, que é determinado pela dinâmica do grupo de pesquisadores em seu relacionamento com a situação pesquisada. Assim, apresenta-se conjunto de ações que, embora não ordenados no tempo, podem ser considerados como etapas da pesquisa-ação: (a) fase exploratória; (b) formulação do problema; (c) construção de hipóteses; (d) realização do seminário; (e) seleção da amostra; (f) coleta de dados; (g) análise e interpretação dos dados; (h) elaboração do plano de ação; e (i) divulgação dos resultados. Cap. 14 Como delinear uma Pesquisa Participante? O autor aponta ser tarefa difícil, se não impossível, determinar com precisão as etapas de uma pesquisa participante. Sugerem Le Boterf (1984) e Gajardo (1984) as seguintes fases: (a) montagem institucional e metodológica; (b) estudo preliminar e provisório da região e da população pesquisadas; (c) análise crítica dos problemas; e (d) programa-ação e aplicação de um plano de ação. A primeira fase consiste no desenvolvimento das seguintes tarefas: (a) determinação das bases teóricas da pesquisa (formulação dos objetivos, definição dos conceitos, contsrução de hipóteses); (b) definição das técnicas de coleta de dados; (c) delimitação da região a ser

10 estudada; (d) organização do processo de pesquisa participante (identificação dos colaboradores, distribuição das tarefas, partilha das decisões, etc.); (e) preparação dos pesquisadores; e (f) elaboração do cronograma de atividades a serem realizadas. Cap. 15 Como calcular o tempo e o custo do projeto? O autor destaca nesse capítulo a importância de se tratar dos aspectos administrativos, tais como tempo (cronograma) e custos envolvidos (orçamento), para preservar o controle do pesquisador em relação a pesquisa em desenvolvimento. O cronograma (é apresentado o modelo de gráfico de Gannt linhas indicam as fases da pesquisa e colunas indicam o tempo previsto) deve indicar com clareza o tempo de execução previsto para as diversas fases. De forma semelhante, o orçamento deverá considerar os custos referentes a cada fase da pesquisa, segundo itens de despesa, agupados em custos de pessoal e custos de material. Cap. 16 Como redigir o projeto de pesquisa Um roteiro é apresentado e foi elaborado com base em manuais de universidades e de institutos de pesquisa e em observância às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Introdução define brevemente os objetivos do trabalho, as razões de sua realização, o enfoque dado ao assunto e sua relação com outros estudos. Pode ser elaborada de forma corrente ou apresentar subseções, tais como: (a) justificativa; (b) definição e delimitação do problema; (c) revisão da literatura (contextualização teórica do problema e seu relacionamento com o que tem sido investigado a seu respeito); e (d) objetivos e/ou hipóteses. Com relação às justificativas, trata-se de uma apresentação inicial do projeto, que pode inlcuir: (a) fatores que determinaram a escolha do tema, sua relação com a experiência profissional ou acadêmica do autor, assim como sua vinculação à área temática e a uma das linhas de pesquisa afiliadas; (b) argumentos relativos à importância da pesquisa, do ponto de vista teórico, metodológico ou empírico; e (c) referência sua possível contribuição para o conhecimento de alguma questão teórica ou prática ainda não solucionada. Metodologia onde se apresentam os procedimentos a serem seguidos na realização da pesquisa, destacando: (a) tipo de pesquisa (quanto à natureza exploratória, descritiva ou explicativa e quanto ao delineamento (experimental, levantamento, estudo de caso, pesquisa bibliográfica); (b) população e amostra; (c) descrição das técnicas de coleta de dados modelos de questionários, testes ou escalas, roteiros; e (d) descrição dos procedimentos para análise de dados).

11 Cronograma de execução indicando o tempo necessário para o desenvolvimento de cada uma das etapas da pesquisa. Suprimentos e Equipamentos podem incluir: questionários, impressos para registro, manuais de instrução para pesquisadores, equipamentos de registro, pastas, câmaras de vídeo, material de laboratório. Orçamento definindo o custo do projeto. Por fim, o autor tece comentários e apresenta dicas e sugestões para o estilo do texto a ser elaborado. São as seguintes as qualidades do texto: (a) impessoalidade deve ser redigido na terceira pessoa; (b) objetividade a argumentação deve apoiar-se em dados e provas e não em considerações e opiniões pessoais; (c) clareza evitar ambiguidade, verbosidades, expressões com duplo sentido, palavras supérfluas, repetições e detalhes prolixos; (d) precisão evitar adjetivos e advérbios que não sejam explícitos para tempo, modo e lugar; (e) coerência ideias apresentadas em sequência lógica e ordenada por meio de parágrafos que tenham fluência entre si; (f) concisão; e (g) simplicidade. O autor encerra a obra apresentando os aspectos gráfcios do texto, com destaque para a digitação e paginação que devem estar em conformidade com as regars ABNT para esa finalidade. O autor sugere evitar o estilo americano sem parágrafo. A disposição mais usual do texto consite em: (a) capa; (b) folha de rosto; (c) lista de ilustrações; (d) sumário; (e) introdução; (f) revisão bibliográfica preliminar; (g) metodologia; (h) cronograma; (i) suprimentos e equipamentos; (j) custos; (k) anexos (não elaborados pelo próprio autor) e/ou apêndices (elaborados pelo próprio autor); e (l) referências bibliográficas.

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