ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA Curso de Educação e Formação de Adultos NS Trabalho Individual Área / UFCD
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- João Batista Fialho
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1 1 de 9 Impactos económicos, culturais e sociais dos fluxos migratórios no Portugal Contemporâneo OBJECTIVO: reconhecer a diversidade de políticas de inserção e inclusão multicultural. FLUXOS MIGRATÓRIOS Introdução Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Profissionalismo, com o objectivo de avaliar parte do módulo 4: "Fluxos migratórios em Portugal". Para a sua realização, pesquisei informação na internet, consultei livros, documentos. A emigração de portugueses não é um fato recente, sempre esteve presente na sociedade portuguesa cuja evolução ficou mais forte ao término do século de XIX e durante o terceiro quarto do século de XX. Razões económicas, entre outros de natureza social, A análise da emigração portuguesa, registada durante as últimas décadas, testemunha as vicissitudes porque tem vindo a passar este fenómeno realçando uma vez mais na sua história a relação destas saídas, com o estado de desenvolvimento de Portugal e com a evolução do mercado de mão-de-obra internacional. Com efeito, se tivermos em consideração a evolução
2 2 de 9 deste movimento, em particular no decurso do século XX, verificamos que este movimento sofreu alterações muito significativas em relação ao seu volume e destinos, à sua evolução e composição, às suas causas e reflexos sobre a sociedade de origem. Emigrantes por países de destino, 1992/2003 Evolução
3 3 de 9 A análise da emigração portuguesa, revela a existência de variações muito significativas desde o início do século XV, quando da descoberta das Ilhas Atlânticas dos Açores e da Madeira, seguida do povoamento destes territórios. Desde então, é de realçar a enorme saída da população portuguesa para África e para as Índias Orientais e Ocidentais, facto que passou a ser uma constante desde o início do século XVII após a descoberta das minas de ouro e de pedras preciosas no Brasil e o arranque da emigração para estas paragens. Uma estimativa destas saídas nos séculos seguintes realça: - a saída de 8000 a portugueses com destino ao Brasil durante o século XVIII; - a saída de cerca de emigrantes durante a última década do século XIX. Em relação à evolução deste movimento durante a primeira metade do século XX assinalamos o seu incremento até 1914 e uma quebra acentuada no decurso dos anos seguintes em consequência das guerras e da crise económica dos anos trinta: 9,2 milhares de saídas anuais entre 1939 e 1945 e 26 milhares de saídas anuais entre 1946 e Evolução do fenómeno migratório em Portugal, 1900/2003
4 4 de 9 Entre as razões que explicariam os contínuos fluxos emigratórios dos portugueses podemos destacar as seguintes: 1. Factor Geográfico. Portugal fica num extremo da Europa, entre a Espanha e o Mar. Os rasgados horizontes marítimos nas suas costas parecem ter estimulado nos portugueses o desejo de explorar o mundo, descobrir outras culturas. A Espanha, no lado oposto, lembra guerras, pilhagens, saques. A emigração na direcção do centro da Europa, é um fenómeno relativamente recente (segunda metade do século XX) e ocorre numa altura que os portugueses já estavam há séculos espalhados pelo mundo. 2. Miséria.
5 5 de 9 Os portugueses emigram para fugirem à miséria e falta de trabalho que grassa nos campos e que as cidades não conseguem absorver. Nas regiões, como o Douro, Minho, as ilhas da Madeira e Açores, onde é mais notório o excesso de mão-de-obra a emigração surge como o recurso por excelência para resolver a falta de trabalho na agricultura e pescas. Analisando as descrições dos que emigraram entre meados do século XIX e os anos 70 do século XX, ninguém dúvida em subscrever esta terá sido uma das razões que motivou a saída de alguns milhões de portugueses. 3. Tradição. A emigração é uma tradição secular em Portugal. Na verdade, uma vez iniciada a emigração no século XV nunca mais parou. Um dos factores que estimulou a sua continuidade foi o facto de se terem criado em muitos pontos do mundo comunidades de Portugueses que apoiaram os novos emigrantes estimulandoos a partir ou ajudando-os a fixarem-se no local. Por outro lado, em Portugal, numa qualquer família, há sempre um familiar ou amigo que emigrou e que pode prestar as informações necessárias para outro o fazer. Quando os problemas se avolumam no país, ou ocorre algum problema na vida, afirmam alguns analistas, o português não luta para os resolver, mas emigra. É mais fácil convencer um português a emigrar para a China, do que convencê-lo a mudar de residência para outra parte do país. 4. Fuga a perseguições religiosas e políticas.
6 6 de 9 Entre princípios dos séculos XVI e inícios do XX, tivemos ferozes perseguições religiosas a judeus e cristãos novos portugueses. Muitos milhares foram forçados, para sobreviverem a espalharem-se por todo o mundo. No século XX, as perseguições políticas que ocorreram entre 1926 e 1974, a que se juntou entre a fuga de centenas de milhares de jovens ao serviço militar ajudaram a engrossar este caudal emigratório. 5. Missão Histórica. Um elaborado discurso ideológico desde o século XVI atribui aos portugueses uma espécie de missão histórica: difundirem a cristandade pelo mundo (Luís de Camões, escreveu sobre este tema uma epopeia Os Lusíadas). O Padre António Vieira retomou o tema com a ideia do Vº. Império. A emigração seria, neste aspecto, um instrumento deste desígnio nacional. No século XX, poetas como Fernando Pessoa, reelaboraram esta explicação à luz dos valores contemporâneos, embora mantendo o seu esquema inicial. 6. Abertura de Horizontes. A situação geográfica de Portugal, num extremo da Europa, sempre provocou problemas de isolamento cultural. "As coisas chegam aqui com muito atraso", este é o lamento que se repetiu durante séculos e que explica a partida de muitos milhares de portugueses para o estrangeiro.
7 7 de 9 A Imigração para Portugal Portugal precisa de conseguir fixar imigrantes para população não diminuir - especialista em demografia Lisboa, 18 dez (Lusa) - Portugal precisa dos imigrantes para não perder população e precisa de conseguir fixar imigrantes para população não diminuir - especialista em demografia Lisboa, 18 dez (Lusa) Portugal precisa dos imigrantes para não perder população e precisa de se esforçar para os fixar no país, defendeu a especialista em demografia Maria João Valente Rosa a propósito do Dia Internacional das Migrações, que hoje se assinala. "Os imigrantes que chegam a Portugal podem ajudar a atenuar o processo de envelhecimento demográfico", disse à agência Lusa a directora do projecto Portara, uma base de dados sobre Portugal. P - Como caracterizaria, de forma geral, a situação das populações imigradas em Portugal? R - Como primeira forma de caracterizar a imigração no nosso país, poderá dizer-se que dos cerca de 140 mil imigrantes, à volta de 130 mil são provenientes de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). Embora existam cidadãos de outras origens, eles constituem uma parcela pouco significativa. Em segundo lugar, a situação de qualquer imigrante depende da sua
8 8 de 9 capacidade de integração e de um conjunto de outros factores, nomeadamente do ponto de vista legal, como autorizações de residência ou o facto de terem, ou não, laços familiares mais ou menos fixos. Considerando a situação dos cidadãos dos PALOP, a esmagadora maioria trabalha em sectores onde se manifesta uma grande precariedade no emprego - nomeadamente na construção civil, onde trabalham em regimes de subempreitada -, e situações constantes de falta de pagamento de salários ou de acidentes de trabalho não compensados por falta de um vínculo contratual com a entidade patronal. Muitas vezes, não chegam sequer a saber quem é essa entidade. Podem, quanto muito, identificar a pessoa quem lhes paga, mas não sabem estabelecer uma relação entre esta e o dono da obra. Esta precariedade significa, do ponto de vista geral, salários abusivos e nenhumas regalias sociais, onde se verificam, claramente, violações do direito do trabalho Para além desta comunidade de emigrantes oriundos da África que falam português, há outras comunidades oriundas de África, contundo estas são menos expressivas. Uma outra grande comunidade de emigrantes presentes em Portugal é oriunda do Brasil que em comparação com a dos palop é o facto de falarem a Língua de Camões. Para além destes há uma grande comunidade de emigrantes oriunda da Europa de leste, Ucrânia
9 9 de 9 Ninguém sabe ao certo o número total de ucranianos que actualmente vivem em Portugal. Para o comum dos portugueses, a Ucrânia era ainda até há bem pouco tempo, um país longínquo que integrava a antiga União Soviética. Hoje fruto da enorme imigração a vida na Ucrânia passou a ser objecto de contínuas reportagens nos órgãos de comunicação social portugueses. Roménia Rodeado por povos de línguas eslavas (Rússia, Bulgária, Ucrânia, etc), os romenos mantiveram a longo dos séculos a sua língua de origem latina. O número de imigrantes romenos e Moldavos em Portugal ascende a mais de 55 mil pessoas. Por fim, existe em Portugal uma grande comunidade de emigrantes provenientes do continente asiático, sobretudo da China e da Índia, assim como de outros países desta zona como por exemplo do Paquistão. Estes emigrantes dedicam-se sobreudo ao comércio e à restauração. São fechados dentro das suas comunidades o que dificulta a sua integração na comunidade
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