Legalidade de PPA em Moeda Estrangeira. Guilherme G. Schmidt
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1 Legalidade de PPA em Moeda Estrangeira Guilherme G. Schmidt
2 Contextualização Histórica Decreto /1933 regra qual cria obrigatoriedade da moeda brasileira Decreto-Lei nº 857/1969 mantém a vedação como norma geral, mas determina algumas exceções relativas a contratos e relações de natureza internacional. Art 2º Não se aplicam as disposições do artigo anterior: IV - aos empréstimos e quaisquer outras obrigações cujo credor ou devedor seja pessoa residente e domiciliada no exterior, excetuados os contratos de locação de imóveis situados no território nacional. V - aos contratos que tenham por objeto a cessão, transferência, delegação, assunção ou modificação das obrigações referidas no item anterior, ainda que ambas as partes contratantes sejam pessoas residentes ou domiciliadas no país.
3 O Plano Real Lei nº 8.880/94 (Unidade Real de Valor URV), art. 6º - É nula de pleno direito a contratação de reajuste vinculado à variação cambial. Lei nº /01 (medidas complementares ao Plano Real), art. 1º - As estipulações de pagamento de obrigações pecuniárias exequíveis no território nacional deverão ser feitas em Real, pelo seu valor nominal. Lei /02 (Código Civil), art São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial.
4 Abertura Econômica e Estabilização da Moeda Lei Art. 18 O edital de licitação será elaborado pelo poder concedente, observados, no que couber, os critérios e as normas gerais da legislação própria sobre licitações e contratos e conterá, especialmente. VIII - os critérios de reajuste e revisão da tarifa; No entanto, quando for permitido ao licitante estrangeiro cotar preço em moeda estrangeira, igualmente o poderá fazer o licitante brasileiro, desde que o pagamento seja efetuado em moeda nacional, à taxa de câmbio vigente no dia útil imediatamente anterior à data do efetivo pagamento.
5 Estado Atual da Discussão: Entendimento do STJ cristalizado no REsp /MG, Rel. Min. Nancy Andrighi: i. É legitimo o contrato de compra e venda celebrado em moeda estrangeira, desde que o pagamento se efetive pela conversão em moeda nacional. ii. Quando não enquadradas nas exceções do art. 2º do DL 857/69, as dívidas fixadas em moeda estrangeira não permitem indexação. Sendo assim, havendo previsão de pagamento futuro, tais dívidas deverão, no ato de quitação, ser convertidas para moeda nacional com base na cotação da data da contratação e, a partir daí, atualizadas com base em índice de correção monetária admitido pela legislação pátria.
6 Legalidade de PPA em Moeda Estrangeira Dois eixos fundamentais de argumentação pela legalidade: i. Decisões do Judiciário. ii. Ausência de vedação legal expressa e princípio da legalidade: art. 5º, inciso II, da Constituição Federal: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Necessidade de pagamento feito pela conversão em moeda nacional.
7 Caso Anterior - Programa Emergencial CBEE Comercializadora Brasileira de Energia Elétrica Liberdade de indicação do K2
8 Regras Básicas do PPA Receita Fixa: remuneração do gerador, amortização dos investimentos na usina Receita Variável: cobertura dos custos variáveis (combustível e O&M variável)
9 Consequências FATORES de Risco ao Financiamento de Projetos Conclusão do projeto + Risco de desempenho de Usina + Risco de volume/demanda + Risco de combustível + RISCO CAMBIAL = ALTO CUSTO DO FINANCIAMENTO = ALTAS TARIFAS DE ENERGIA
10 Questões a serem analisadas para aprovação do PPA em moeda estrangeira Processos Licitatórios (formais) Diversidade de Partes contratantes envolvidas Interesse público tarifa Dificuldade de aprovação pela ANEEL Risco Cambial Risco Inflação Real x inflação Oficial
11 Necessidades Atrair Investidor Estrangeiro Reduzir o custo do Financiamento dos Projetos de Geração (Risco Brasil) Abertura de linhas de financiamento do exterior Redução de contratações de contratos de Hedge
12 Questões Atuais: A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) já tem estudos preliminares (2016) (Ex: Chile e UTEs a gás). Consulta Pública nº 33/2017 do MME, manifestação de interesse por players do setor. Pressão em Audiências Públicas de Leilões de Compra e Venda de Energia. Restrição do Ministério da Fazenda X Agência Brasileira de Exportações e Investimentos - Apex) Impacto Inflacionário 3,53% (Instituto Acende Brasil)
13 Questões Alternativas em Estudo: Ajustes da parcela de combustível em períodos menores Aplicação de parcela do ajuste de acordo com a inflação americana (ex. Fcomb e CVU). Acordo multi-setorial ( Distribuição e Geração - Consumidores). Ajustes no Sistema (ONS e EPE)
14 Conclusões: Dar continuidade aos estudos e contribuições da CP 33/201. Sensibilidade Regulatória e Legal Apoio do novo governo Meta para redução do custo energético Estímulo ao desenvolvimento Maior abertura do setor elétrico.
15 OBRIGADO! Guilherme G. Schmidt
16 Rio de Janeiro Rua da Assembleia, 66 17º andar Telefone: São Paulo Rua Leopoldo Couto de Magalhães Jr., 1098, cj 03 1º andar, Torre A, Jardim Paulista Telefone:
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