PEIXES NA EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL. Dra. Marisa Fernandes de Castilho Lab. de Estudos em Estresse Animal Depto. Fisiologia SCB/UFPR
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1 PEIXES NA EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL Dra. Marisa Fernandes de Castilho Lab. de Estudos em Estresse Animal Depto. Fisiologia SCB/UFPR
2 Quem são os peixes???
3 Na linguagem comum podemos descreve-los como um vertebrado aquático com brânquias, membros, se presentes, na forma de nadadeiras, e normalmente com escamas de origem dérmica no tegumento. ou... Animais vertebrados, aquáticos, ectotérmicos, possuem corpo fusiforme, membros transformados em barbatanas ou nadadeiras (ausentes em alguns grupos) sustentadas por raios ósseos ou cartilaginosos, guelras ou brânquias com as quais respiram o oxigênio dissolvido na água (dipnóicos - pulmões) e na sua maioria corpo recoberto por escamas. ou... Animais pertencentes ao reino animal, do Filo Chordata, Subfilo Vertebrata, Superclasse peixes.
4 Estima-se em espécies atuais mais do que a somatória de todas as outras espécies de vertebrados existentes. E...??????????
5 Antennarius commerson
6 Alostomus chinesis
7 Chauliodus sloani
8 Dauctylopterus volitans
9 Diodon liturosus
10 Ecsenius trilineatus
11 Bothus ocellatus
12 Electrophorus electricus
13 Hippocampus barginanti
14 Lophiocharon trisignatus
15 Novaculichthys taeniourus
16 Oxycirrhites typus
17 Gymnothorax meleagris
18 Arapaima gigas
19 Potamotrygon leopoldi
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21 Hippocampus sp
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23 Oreochromis niloticus (tilápia-do-nilo) Danio (paulistinha, zebrafish) Rhamdia quelen (jundiá) A) Astyanax scabripinnis. B) Astyanax fasciatus. C) Astyanax bimaculatus (Lambari)
24 Por que tratar dos peixes em particular? Peixes dor - seres sencientes? Vertebrados...Cordados seres sencientes? Invertebrados seres sencientes? Humanos são seres sencientes?
25 Humanos? human pain is an unpleasant sensory and emotional experience associated with actual or potential tissue damage, or described in terms of such damage. (International Association for the Study of Pain)
26 ACESSO A ESSA INFORMAÇÃO Humanos????? Demais animais?????
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30 PUBLICAÇÃO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 34, DE 27 JULHO DE O Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal - CONCEA informa que foi publicada, no Diário Oficial da União (31/07/2017), seção I, a Resolução Normativa n 34, de 27 de junho de 2017, que institui o Capítulo "Peixes mantidos em instalações de instituições de ensino ou pesquisa científica para fins de estudo biológico ou biomédico I - Lambari (Astyanax), Tilápia (Tilapia, Sarotherodon e Oreochromis) e Zebrafish (Danio rerio)" no Guia Brasileiro de Produção, Manutenção ou Utilização de Animais em Atividades de Ensino ou Pesquisa Científica.
31 Onde vivem ÁGUA AR RAZÃO: ÁGUA/AR Concentração de O 2 (litro/litro) 0,007 0,209 1:30 Densidade (kg/litro) 1,000 0, :1 Viscosidade dinâmica (cp) 1 0,02 50:1 Capacidade térmica (cal/litro o C) , :1 Condutividade térmica (cal/s cm o C) 0,0014 0, :1 Coeficiente de difusão, DO 2 (cm 2 /s) 0, ,198 1:8.000 Coeficiente de difusão DCO 2 (cm 2 /s) 0, ,155 1:9.000 Constante de difusão, K O2 (cm 2 / atm min) 34x : Constante de difusão, K CO2 (cm 2 / atm min) 850x10-6 9,4 1: Litros de meio por litro de O ,8 30:1 Quilogramas de meio por litro de O , :1
32 Osteichthyes Chondrichthyes *Agnatos ou ciclóstomos: sem mandíbulas (lampréias, feiticeiras).
33 CONSIDERAÇÕES 1. Espécie a ser utilizada Expressam as características (respostas) que o experimentado requer Disponibilidade Obtenção dos animais Informações pré-existentes 2. Coleta no ambiente natural SisBio 3. Compra de criadouros ou lojas Licença de funcionamento e comercialização
34 Acomodação 1. Espaço (densidade) espécie-específica 2. Qualidade da água sistema fechado (filtros) 3. Temperatura aquecedor/termostato 4. Luminosidade ciclo claro/escuro 5. Alimentação habito alimentar e origem do lote
35 QUALIDADE DA ÁGUA
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37 SINAIS CLÍNICOS DOS PEIXES ENVOLVIDOS EM PESQUISA OU TESTES
38 Manipulação Animal fora da água ESTRESSE
39 Estratégias para reduzir ou evitar o estresse Reduzir duração do tempo de exposição; Trabalhar em temperatura mais baixa; Prevenir estressores simultâneos; Utilizar salinidade moderada (para animais dulcícolas) ppt (partes por trilhão) Suspender a alimentação (reduz oxigênio requerido e melhora qualidade da água); Reduzir a densidade de estoque (reduz a interação); Usar anestesia leve (reduz atividade metabólica e injuria decorrente de agitação) Reduzir iluminação; Evitar mudança abrupta de temperatura; Evitar alteração de ph; Evitar transporta-los fora da água; Evitar lesão da pele, perda de escama, retirada de muco.
40 ANESTESIA EM PEIXES Robach R. e Gomes LC.
41 Fatores que afetam a eficácia dos anestésicos em peixes BIOLÓGICOS: 1. Espécie tamanho e formato do corpo, área das brânquias 2. Diferenças genéticas variabilidade fisiológica 3. Tamanho e/ou peso variabilidade na taxa metabólica 4. Sexo e maturidade sexual conteúdo de lipídeos 5. Conteúdo de lipídeos drogas lipolíticas = acumulação e recuperação mais lenta 6. Condição corporal animais exaustos, pós cruzamentos 7. Condição de saúde e estresse AMBIENTAL: 1. Temperatura coeficiente térmico nos ectodérmicos 2. ph ionização de moléculas 3. Salinidade efeito tampão 4. Conteúdo de minerais antagonistas de cálcio, por exemplo.
42 PROCEDIMENTOS UTILIZADOS: Imersão Injeção Aspersão sobre brânquias Avaliação do efeito do anestésico = perda de equilíbrio parcial ou total.
43 Anestésicos mais utilizados Metanosulfonato de tricaína(ms222) - Bloqueia entrada de sódio nos neurônios = reduzem excitabilidade. - Aceito para uso em peixes destinados ao consumo humano pelo FDA (Food and Drug Administration USA). - Possui alta solubilidade. - Anestesia rápida (1-5min.) e recuperação também rápida (3-5 min.). - É ACEITO PELO CONCEA.
44 Benzocaína (ethyil-p-aminobenzoato) - Pode ser usada para imersão e sistema de recirculação para peixes e anfíbios em solução tamponada até o ph 7. A forma isolada de benzocaína não é hidrossolúvel e deve ser preparada em álcool; - O mais utilizado no Brasil (fácil de obter, barato e seguro para o usuário); - Quimicamente similar ao MS-222 (mesmo mecanismo de ação), porém é uma solução neutra, o que gera menos agitação e irritação nos peixes comparado ao MS222; - É ACEITO PELO CONCEA
45 Eugenol (extrato vegetal, óleo de cravo da Índia) - inibição de canais de cálcio voltagem dependentes. - Baixo custo - É ACEITO PELO CONCEA
46 Eutanásia Recomenda-se duas etapas: 1. Anestesia até perda de equilíbrio 2. Método físico ou químico que cause a morte cerebral # Método físico concussão (atordoamento) somente após anestesia, exceto se o animal está sob estresse intenso --- sofrimento prolongado (aceito com restrição quando não acompanhado de anestesia) ## Congelamento imersão em nitrogênio líquido para peixes pequenos, que não ultapassem 200gr de peso. Espécies de médio e grande porte pode ser usado somente para embriões, larvas e pós-larvas até 200gr. ### Eletrocussão realizada com corrente alternada, causa morte por fibrilação cardíaca, seguido de hipóxia cerebral. Usado em combinação com método que cause inconsciência prévia. (*eletronarcose = atordoamento elétrico).
47 As drogas utilizadas como anestésicos por imersão - MS222, Benzocaína e Eugenol podem ser usados para eutanásia, mas são ineficazes para peixes que respiram ar ambiente ou que retém a respiração. Para peixes grandes, esses podem ser retirados da água e pode-se esguichar uma solução concentrada da substância sobre as brânquias.
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50 Suíça proíbe que lagostas sejam cozidas vivas, mas ninguém sabe dizer se elas sentem dor ou não. (UOL 17/01/2018) Uma nova lei que proíbe animais de serem preparados ainda vivos foi aprovada na Suíça no início deste ano. A ideia por trás da legislação é evitar o sofrimento animal, em especial o das lagostas, que costumam ser cozidas ainda vivas mas ninguém sabe afirmar com certeza se as lagostas sentem dor ou não.
51 ..., even if we cannot be certain that some species experience pain, they should be treated with respect for reasons that do not hinge on whether or not they experience pain. (Sneddon et al., 2014)
52 ÔNUS DA PROVA???????????????????
53 PowerPoint 2007.lnk Dra. Marisa Fernandes de Castilho Depto. Fisiologia Lab. de estudos em Estresse Animal
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