Aula 01 (Prof. Igor Maciel)

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1 Livro Eletrônico Direito Urbanístico e Legislação Ambiental p/ CODHAB (Analista - Arquitetura e Urbanismo) Pós-Edital Professores:

2 Sumário Sumário... 1 Considerações Iniciais... Erro! Indicador não definido. 1 - Considerações Iniciais... 3 Capítulo I Disposições Preliminares... 3 Capítulo II Dos Requisitos Urbanísticos para Loteamento...13 Capítulo III Do Projeto de Loteamento...16 Capítulo IV Do Projeto de Desmembramento...22 Capítulo V Da Aprovação do Projeto de Loteamento e Desmembramento...24 Capítulo VI Do Registro do Loteamento e Desmembramento...31 Capítulo VII Dos Contratos...38 Capítulo VIII Disposições Gerais...46 Aspectos Processuais previsto na Lei...5 Desapropriação...5 Legitimidade...51 Foro...51 Intimações...51 Capítulo IX Disposições Penais...53 Capítulo X Disposições Finais Bibliografia Questões Objetivas Questões Objetivas Gabaritos Comentários Considerações Finais...86

3 Apresentação Olá meus amigos, tudo bem? Meu nome é Igor Maciel, sou advogado e professor. Graduado na Universidade Federal de Pernambuco, com extensão na Universidade de Coimbra/Portugal. Especialista LLM em Direito Corporativo pelo IBMEC/RJ. Mestre em Direito e Políticas Públicas pelo UNICEUB/DF. Minha atuação profissional é centrada no Direito Público, lidando, inclusive com diversas causas em face de Municípios, sendo o Direito Urbanístico matéria que possuo grande interesse. Procuraremos, neste curso, analisar as questões de concurso e os últimos julgados do STJ e do STF acerca do tema. A ideia é fazer um curso com bastante jurisprudência e focando nas questões de concursos das principais bancas do Brasil. Isto porque, meus amigos, quando analisamos a profundidade com que as bancas, em geral, tem cobrado a matéria de direito urbanístico, perceberemos que facilmente conseguiremos superar todas as questões da prova, com um curso relativamente rápido e prático. Estou à disposição dos senhores. Grande abraço, Igor Maciel profigormaciel@gmail.com Convido-os a seguir minhas redes sociais. Basta clicar no ícone 2 de 86

4 1 - Considerações Iniciais Hoje falaremos em nossa aula sobre a Lei 6.766/79 que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano. Referida norma é também conhecida por Lei Lehmann. De acordo com o artigo 1º: Art. 1º. O parcelamento do solo para fins urbanos será regido por esta Lei. Parágrafo único - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão estabelecer normas complementares relativas ao parcelamento do solo municipal para adequar o previsto nesta Lei às peculiaridades regionais e locais. Assim, em que pese o parcelamento do solo ser regido por esta lei, Estados, Distrito Federal e Municípios poderão estabelecer normas complementares para adequar as disposições legais às peculiaridades regionais e locais. A legislação em análise divide-se em 1 (dez) capítulos e geralmente é cobrada em provas de concursos com a letra fria da lei. Iremos, então, analisar cada capítulo do texto legal, apontando, sempre que possível, a forma de cobrança dos dispositivos em prova, bem como eventual doutrina cabível no contexto. Capítulo I Disposições Preliminares De acordo com o artigo 2º, da lei em análise, o parcelamento do solo urbano poderá ocorrer de duas formas: através de loteamento ou desmembramento. Art. 2º. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes. E o que seria um loteamento? A própria norma explica a definição de loteamento, tratando-se de uma subdivisão da gleba em lotes destinados a edificação, desde que haja alteração nas vias de circulação existentes (abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos, prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes). 3 de 86

5 1º - Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. E o que seria um desmembramento? Já o desmembramento é a subdivisão da gleba também em lotes destinados a edificação, mas sem alteração nas vias de circulação, aproveitando-se o sistema viário existente (inexistirá abertura de novas vias e logradouros públicos, nem prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes. 2º- considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes. E o que seria um lote? Para José Afonso da Silva (215, pg. 354): A formação de lotes constitui o objetivo do processo de loteamento (arruamento e divisão em lotes). Lote é a porção do terreno com frente para logradouro público em condições de receber edificação residencial, comercial, institucional ou industrial. Lotes são, pois, unidades edificáveis. Por isso, a legislação de ordenação do solo há que estabelecer um mínimo de normas quanto às suas dimensões e contornos, para que se prestem à sua finalidade. A lei, definindo o conceito de lote, estabeleceu ser um terreno servido de infraestrutura básica e com dimensões que atendam aos índices urbanísticos da sua área. 4o Considera-se lote o terreno servido de infra-estrutura básica cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe. Como este ponto já foi cobrado em prova? CESPE FUB Engenheiro Civil O loteamento de solo urbano será considerado viável, desde que a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento 4 de 86

6 do sistema viário existente, não acarrete abertura de novas vias e logradouros públicos ou mesmo prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes. Comentários Percebam, meus amigos, que o item está Falso. A diferença básica entre o desmembramento e o loteamento está na alteração ou não do sistema viário existente. No loteamento, ocorrerá a alteração do sistema viário existente, incluindo a abertura de novas vias e logradouros públicos ou mesmo a modificação ou ampliação dos já existentes. CESPE MPOG Analista Nos termos da Lei de Parcelamento vigente, considera-se desmembramento a subdivisão de glebas com ou sem abertura de vias, desde que haja criação de logradouro público. Comentários O item também está Falso. Isto porque, conforme vimos acima, o desmembramento, nos termos da legislação vigente, não permite a abertura de novas vias ou logradouros públicos. Aproveitase, em tal instituto, as vias públicas existentes. CESPE CEF Engenheiro Civil - 26 No que se refere a parcelamento do solo urbano, considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique a abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes. Comentários Item verdadeiro, conforme disposto no parágrafo 2º, do artigo 2º, da Lei 6.766/79. E, professor, a Lei também define o que seria infraestrutura básica? Sim. Mas aqui precisamos ter um pouco de atenção. É que o texto original da lei já foi alterado algumas vezes, razão pela qual as bancas gostam de cobrar este ponto. Para não confundir, veremos apenas o texto vigente (desde a Lei /27): 5 de 86

7 5o A infra-estrutura básica dos parcelamentos é constituída pelos equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica pública e domiciliar e vias de circulação. Necessário, pois, que no parcelamento do solo haja a previsão de infraestrutura básica de iluminação, escoamento de águas pluviais, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, enfim, condições mínimas para assegurar qualidade de vida à população que passará a ocupar aquele determinado ponto do território. E, aqui, meus amigos, necessário a memorização do dispositivo. Isto porque até mesmo o CESPE cobra a letra fria da lei. Como este ponto já foi cobrado em prova? CESPE FUB Engenheiro Civil De acordo com a legislação federal vigente aplicada ao parcelamento do solo urbano, julgue o item subsequente. A lei considera como estrutura básica dos parcelamentos do solo urbano os equipamentos urbanos de escoamento de águas pluviais, as redes de esgoto sanitário, de abastecimento de água potável e de energia elétrica pública e domiciliar, a iluminação pública, bem como as vias de circulação, pavimentadas ou não. CESPE MPE - RR Promotor - 28 Quanto ao parcelamento do solo urbano, julgue o item subsequente. São considerados infraestrutura básica os equipamentos urbanos de escoamento de águas pluviais, iluminação pública, redes de esgoto sanitário e abastecimento de água potável, de energia elétrica pública e domiciliar, bem como as vias de circulação pavimentadas ou não. Comentários Ambos os itens estão verdadeiros, conforme parágrafo 5º, do artigo 2º, da Lei 6.766/79. 6 de 86

8 E quanto à infraestrutura básica dos parcelamentos situados em Zonas de Interesse Social? A Lei 9.785/99 acrescentou à norma estudada a possibilidade de se exigir uma infraestrutura básica diferenciada para parcelamentos situados em Zonas Habitacionais de Interesse Social (ZHIS) assim declaradas por lei. Nestes casos, a infraestrutura consistirá, no mínimo de: I - vias de circulação; II - escoamento das águas pluviais; III - rede para o abastecimento de água potável; e IV - soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar. Percebam que comparativamente com o parágrafo anterior, não se exige neste tipo de zona equipamentos urbanos de iluminação pública w energia elétrica pública. Eis o texto legal para análise: 6o A infra-estrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas habitacionais declaradas por lei como de interesse social (ZHIS) consistirá, no mínimo, de: (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) I - vias de circulação; II - escoamento das águas pluviais; III - rede para o abastecimento de água potável; IV - soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar. Como este ponto já foi cobrado em prova? CESPE MPE/RR Promotor - 28 Para as ZHIS, as exigências para o parcelamento restringem-se às vias de circulação, ao escoamento de águas pluviais, à rede de abastecimento de 7 de 86

9 água potável e às soluções para o esgotamento sanitário, para a biodigestão de resíduos sólidos e a energia elétrica domiciliar. Comentários O item está falso, eis que não se exige para as ZHIS soluções para a biodigestão de resíduos sólidos. CESPE MPE/RR Promotor - 28 Os equipamentos públicos de educação, saúde e lazer não fazem parte obrigatória da infraestrutura básica, salvo no que se refere às ZHIS, onde, por força de lei, fica o poder público local obrigado a restabelecer as condições mínimas de inserção social das comunidades carentes. Comentários Item falso. A lei estabelece quanto às Zonas Habitacionais de Interesse Social um conteúdo inferior de exigências de infraestrutura básica e não superior ao parcelamento do solo tradicional. A Lei /217 acrescentou ao artigo 2º, da Lei 6.766/79 os parágrafos 7º e 8º que assim estão estabelecidos: 7o O lote poderá ser constituído sob a forma de imóvel autônomo ou de unidade imobiliária integrante de condomínio de lotes. 8o Constitui loteamento de acesso controlado a modalidade de loteamento, definida nos termos do 1o deste artigo, cujo controle de acesso será regulamentado por ato do poder público Municipal, sendo vedado o impedimento de acesso a pedestres ou a condutores de veículos, não residentes, devidamente identificados ou cadastrados. Percebam que o novel dispositivo legal acrescentou ao artigo 2º a definição das formas de constituição do lote. Estes poderá ser constituído sob a forma de: Imóvel Autônomo ou Unidade imobiliária integrante de condomínio de lotes A Lei /217 procurou regularizar uma situação bastante corriqueira no Brasil: os diversos condomínios de loteamentos existentes onde o Empreendedor loteava uma gleba de terra e vendia os lotes individualizados sem casas construídas, mas os compradores não conseguiam constituir um condomínio. 8 de 86

10 Isto porque a Lei 4.591/64 que dispõe sobre condomínio em edificações e incorporações imobiliárias apenas definia dois tipos de condomínio: o horizontal, constituído por casas e o condomínio vertical, constituído em um edifício de dois ou mais pavimentos. Além disso, o parágrafo 8º definiu o que seria o condomínio de acesso controlado. Penso ser ponto com alta probabilidade de cobrança em provas e apenas a letra da lei pode nos socorrer no estudo: 8o Constitui loteamento de acesso controlado a modalidade de loteamento, definida nos termos do 1o deste artigo, cujo controle de acesso será regulamentado por ato do poder público Municipal, sendo vedado o impedimento de acesso a pedestres ou a condutores de veículos, não residentes, devidamente identificados ou cadastrados. Apenas a título de exemplo, imaginemos que em um prédio de apartamentos residenciais (condomínio vertical) seja necessária a instituição de uma taxa de condomínio extra para pagamento de uma reforma na área da piscina. Acaso a assembleia de condôminos delibere pelo pagamento de um valor extra por cada condômino, ainda que um destes não tenha comparecido à reunião, todos estarão obrigados pela decisão assemblear. Trata-se de interpretação do artigo 12, caput e parágrafo quarto, da Lei 4.591/64: Art. 12. Cada condômino concorrerá nas despesas do condomínio, recolhendo, nos prazos previstos na Convenção, a quota-parte que lhe couber em rateio. 4º As obras que interessarem à estrutura integral da edificação ou conjunto de edificações, ou ao serviço comum, serão feitas com o concurso pecuniário de todos os proprietários ou titulares de direito à aquisição de unidades, mediante orçamento prévio aprovado em assembléia-geral, podendo incumbir-se de sua execução o síndico, ou outra pessoa, com aprovação da assembléia. E se o condômino se recusar a pagar as taxas? Amigos, neste caso, o condomínio (pessoa jurídica que engloba a coletividade dos condôminos) poderá executar os valores judicialmente e o imóvel do particular ainda que seja bem de família responderá pela dívida. Neste sentido: Execução. Penhora. Imóvel financiado. Bem de família. Taxas condominiais. Precedentes da Corte. 9 de 86

11 1. A jurisprudência da Corte admite a penhora de imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação para pagamento de taxas condominiais, não obstando o fato de ser considerado bem de família, a teor do art. 3º, IV, da Lei nº 8.9/9. 2. Recurso especial não conhecido. (REsp /SP, Rel. Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, TERCEIRA TURMA, julgado em 16/8/1999, DJ 2/1/2, p. 162) E o condomínio de lotes, como funcionava? Os proprietários de imóveis em condomínio de lotes precisavam constituir não um condomínio do edifício X para administrar as taxas de manutenção do patrimônio comum. Para tanto, era necessária a constituição de associações de moradores que não gozavam das mesmas vantagens de um condomínio. A mesma reforma na área da piscina de um condomínio de lotes seria instituída pela assembleia da associação de moradores. Contudo, acaso um dos moradores se recuse a pagar, o STJ definiu que nestas hipóteses por inexistir previsão deste tipo de condomínio na lei 4.591/64: RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA - ART. 543-C DO CPC - ASSOCIAÇÃO DE MORADORES - CONDOMÍNIO DE FATO - COBRANÇA DE TAXA DE MANUTENÇÃO DE NÃO ASSOCIADO OU QUE A ELA NÃO ANUIU IMPOSSIBILIDADE. 1. Para efeitos do art. 543-C do CPC, firma-se a seguinte tese: "As taxas de manutenção criadas por associações de moradores não obrigam os não associados ou que a elas não anuíram". 2. No caso concreto, recurso especial provido para julgar improcedente a ação de cobrança. (REsp /SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Rel. p/ Acórdão Ministro MARCO BUZZI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 11/3/215, DJe 22/5/215) Parcelamento apenas é permitido em Zonas Urbanas, expansão urbanas ou de urbanização específica. Este é mais um ponto bastante cobrado em provas. O parcelamento do solo para fins urbanos não será possível, via de regra em áreas rurais. É que somente se admite o parcelamento em áreas urbanas, em zonas consideradas como de expansão urbana ou em zonas de urbanização específica. Trata-se do disposto no artigo 3º, da lei: 1 de 86

12 Art. 3º Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal. (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) E onde não será permitido o parcelamento do solo? Este talvez o dispositivo da Lei 6.766/79 que mais deverá ser memorizado. Trata-se do parágrafo único do artigo 3º que estabelece não ser possível o parcelamento do solo: I Em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, sem que antes sejam tomadas as medidas necessárias para assegurar o escoamento das águas. A ideia é exatamente evitar a construção de imóveis em terrenos que irão, no futuro próximo, alagar. II Em terrenos alterados com material nocivo à saúde pública, antes de terem sido saneados os impactos nocivos à saúde; III Em terreno com declividade igual ou superior a 3% (trinta por cento), a não ser que as autoridades competentes façam exigências específicas permitindo o parcelamento e estas sejam devidamente atendidas; IV Em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação; V Em áreas de preservação ecológica; VI Em áreas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua correção. Transcreve-se o texto legal para análise e memorização: Parágrafo único - Não será permitido o parcelamento do solo: I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas; II - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam previamente saneados; 11 de 86

13 III - em terrenos com declividade igual ou superior a 3% (trinta por cento), salvo se atendidas exigências específicas das autoridades competentes; IV - em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação; V - em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua correção. Como este ponto já foi cobrado em prova? CESPE FUB Arquiteto Em referência a planejamento e projeto de espaços urbanos, julgue o próximo item. É defeso por lei o parcelamento do solo em terrenos, com declividade igual ou superior a 4% como também os alagadiços, ainda que seja providenciado o escoamento prévio de suas águas, visto que, em épocas de chuvas, esses locais estarão sujeitos a inundações. Comentários O item está falso por vários motivos. O índice de declividade proibitivo é igual ou superior a 3% (trinta por cento) e não 4; Já os terrenos alagadiços, acaso sejam tomadas providências prévias que garantam o escoamento das águas poderão ser objeto de parcelamento. CESPE CEF Engenharia Civil No Brasil, legislação federal regula o parcelamento do solo urbano desde os anos 7 do século passado, com definição das devidas restrições em relação à ocupação de áreas frágeis e insalubres, além das obrigações do poder público, dos loteadores e dos compradores. Acerca desse assunto, julgue o item que se segue. Não se permite o parcelamento do solo em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações antes que sejam tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas. Comentários 12 de 86

14 Item verdadeiro, conforme disposto no artigo 3º, parágrafo único, inciso I, da Lei 6.766/79. CESPE Senado Federal Consultor Legislativo - 22 Para a aprovação de projeto de parcelamento, é preciso que o município inclua a respectiva gleba em sua zona urbana ou de expansão urbana. É o poder público local que define onde e quando poderá haver parcelamento do solo. A lei federal, entretanto, veda o parcelamento de áreas insalubres ou perigosas até que a situação de risco esteja sanada. Comentários Item Verdadeiro. Interpretação que sintetiza o entendimento que tivemos em aulas anteriores com o disposto na Legislação ora estudada. Notem, meus amigos, que independente da área do concurso, nesta matéria a cobrança sempre passa pelos dispositivos legais. Seguiremos com a mesma didática no restante da aula. Capítulo II Dos Requisitos Urbanísticos para Loteamento Os requisitos urbanísticos do loteamento estão previstos nos artigos 4 e 5 da Lei 6.766/79. O artigo 4º traz exigências mínimas que os loteamentos deverão atender, como: I Áreas de circulação mínimas e espaços livres de uso público, além de área destinada à implantação de equipamento urbano comunitário, todos proporcionais à densidade de ocupação prevista para a zona respectiva; II Lotes com área mínima de 125 m² e frente mínima de cinco metros; As exceções dizem respeito às urbanizações específicas ou edificações de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes; III Reserva obrigatória de uma faixa não-edificável mínima de 15 metros de cada lado em faixas de domínio público em rodovias e ferrovias e também ao longo de águas correntes e dormentes; 13 de 86

15 Legislação específica pode ampliar tais exigências. IV As vias do loteamento devem harmonizar-se com a topografia local e articular-se com as vias adjacentes oficiais; Eis o texto legal para análise: Art. 4º. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: I - as áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento urbano e comunitário, bem como a espaços livres de uso público, serão proporcionais à densidade de ocupação prevista pelo plano diretor ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem. 2º - Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e similares. II - os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes; III - ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa nãoedificável de 15 (quinze) metros de cada lado, salvo maiores exigências da legislação específica; 3o Se necessária, a reserva de faixa não-edificável vinculada a dutovias será exigida no âmbito do respectivo licenciamento ambiental, observados critérios e parâmetros que garantam a segurança da população e a proteção do meio ambiente, conforme estabelecido nas normas técnicas pertinentes. IV - as vias de loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes oficiais, existentes ou projetadas, e harmonizar-se com a topografia local. Ademais, a legislação municipal definirá para cada zona em que se divida o território do Município, os usos permitidos e os índices urbanísticos de parcelamento e ocupação do solo, que incluirão, obrigatoriamente, as áreas mínimas e máximas de lotes e os coeficientes máximos de aproveitamento. (parágrafo 1º). 14 de 86

16 A Lei nº /217 acrescentou o parágrafo 4º ao artigo 4º da Lei 6.766/79 que está assim redigido: 4o No caso de lotes integrantes de condomínio de lotes, poderão ser instituídas limitações administrativas e direitos reais sobre coisa alheia em benefício do poder público, da população em geral e da proteção da paisagem urbana, tais como servidões de passagem, usufrutos e restrições à construção de muros. A ideia, portanto, é que se surgira um condomínio de lotes que antes não estava legalmente previsto, o Poder Público poderá estabelecer limitações administrativas e direitos reais sobre o imóvel em benefício da população em geral. Assim, poderá ser estabelecido, por exemplo, uma servidão de passagem, onde o proprietário do imóvel (cada um dos condôminos) permite a comunicação entre vias ou logradouros públicos para a população. A lei 6.766/79 estabelece ainda a possibilidade de o Poder Público exigir para cada loteamento reservas de áreas sem construção alguma (áreas non aedificandi) destinada a equipamentos urbanos. Ou seja, o Poder Público garante uma reserva de área para que no futuro possa construir equipamentos públicos, conforme caput do artigo 5º: Art. 5º. O Poder Público competente poderá complementarmente exigir, em cada loteamento, a reserva de faixa non aedificandi destinada a equipamentos urbanos. E o que seriam estes equipamentos públicos urbanos? Conforme previsão do parágrafo único, do artigo 5º, são urbanos os equipamentos públicos destinados aos serviços públicos essenciais como abastecimento de água, esgoto, energia elétrica, telefone, gás canalizado e coleta de águas das chuvas. Parágrafo único - Consideram-se urbanos os equipamentos públicos de abastecimento de água, serviços de esgotos, energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado. Como este ponto já foi cobrado em prova? CESPE Senado Federal Consultor Legislativo - 22 A definição do perímetro urbano, das exigências de infra-estrutura e da destinação de áreas públicas e de áreas de lotes é feita pelo município, no exercício de sua competência para a ordenação do território urbano. 15 de 86

17 Comentários Item verdadeiro, conforme parte final do inciso I, do artigo 4º, acima estudado. CESPE Câmara dos Deputados Analista Legislativo Com relação ao desenvolvimento urbano e aos aspectos legais relacionados a esse assunto, julgue o item subsecutivo. Um lote, segundo a legislação, deve ter área mínima de 125 m2. Comentários Item Verdadeiro. Trata-se da especificação do lote prevista no artigo 4º, inciso II, acima transcrito. CESPE CEF Engenharia Civil - 26 Julgue o item que se segue, relativo a legislação ambiental e urbanística. Em loteamentos, os lotes devem ter área e dimensão de frente mínimas estabelecidas por legislação pertinente, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes. Comentários Item Verdadeiro. Trata-se da interpretação do inciso II, do artigo 4º, da Lei 6.766/79. Capítulo III Do Projeto de Loteamento Antes de elaborar o projeto de loteamento, caberá ao interessado solicitar à Prefeitura Municipal (ou DF) que defina as diretrizes do uso do solo, bem como o traçado dos lotes, do sistema viário e das áreas reservadas para equipamentos urbano e comunitário. 16 de 86

18 O interessado apresenta, então, requerimento com as plantas do imóvel e projeto com as divisas da gleba e demais requisitos do artigo 6º, da Lei 6.766/79. A Prefeitura, quando for o caso, indicará nas plantas apresentadas, de acordo com as diretrizes de planejamento estadual e municipal o traçado básico do sistema viário principal, bem como a localização dos terrenos destinados a equipamento urbano e comunitário das áreas livres de uso e demais aspectos constantes no artigo 7º. Art. 6º. Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado deverá solicitar à Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal quando for o caso, que defina as diretrizes para o uso do solo, traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das áreas reservadas para equipamento urbano e comunitário, apresentando, para este fim, requerimento e planta do imóvel contendo, pelo menos: I - as divisas da gleba a ser loteada; II - as curvas de nível à distância adequada, quando exigidas por lei estadual ou municipal; III - a localização dos cursos d água, bosques e construções existentes; IV - a indicação dos arruamentos contíguos a todo o perímetro, a localização das vias de comunicação, das áreas livres, dos equipamentos urbanos e comunitários existentes no local ou em suas adjacências, com as respectivas distâncias da área a ser loteada; V - o tipo de uso predominante a que o loteamento se destina; VI - as características, dimensões e localização das zonas de uso contíguas. Art. 7º. A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, indicará, nas plantas apresentadas junto com o requerimento, de acordo com as diretrizes de planejamento estadual e municipal: I - as ruas ou estradas existentes ou projetada, que compõem o sistema viário da cidade e do município, relacionadas com o loteamento pretendido e a serem respeitadas; II - o traçado básico do sistema viário principal; III - a localização aproximada dos terrenos destinados a equipamento urbano e comunitário e das áreas livres de uso público; IV - as faixas sanitárias do terreno necessárias ao escoamento das águas pluviais e as faixas não edificáveis; V - a zona ou zonas de uso predominante da área, com indicação dos usos compatíveis. 17 de 86

19 Ressalte-se que as diretrizes expedidas pelo Município vigorarão pelo prazo máximo de quatro anos, consoante determinado pelo parágrafo único do artigo 7º: Parágrafo único. As diretrizes expedidas vigorarão pelo prazo máximo de quatro anos. Há possibilidade de os Municípios dispensarem as exigências vistas nos artigos 6º e 7º? Sim, de acordo com o artigo 8º, tanto os Municípios com menos de cinquenta mil habitantes, como os Municípios cujo plano diretor já tenha diretrizes de urbanização para aquela determinada zona em que se situe o parcelamento, poderão dispensar a fase de fixação das diretrizes previstas nos dispositivos 6º e 7º da Lei 6.766/79. Mas atenção! Tal dispensa apenas pode ser feita através de lei. Art. 8o Os Municípios com menos de cinqüenta mil habitantes e aqueles cujo plano diretor contiver diretrizes de urbanização para a zona em que se situe o parcelamento poderão dispensar, por lei, a fase de fixação de diretrizes previstas nos arts. 6o e 7o desta Lei. Uma vez recebidas as orientações do Município, o que deve o interessado fazer? Deverá, então, o interessado apresentar ao Município projeto do loteamento contendo desenhos, memorial descritivo e cronograma de execução de obras com duração máxima de quatro anos. Estas exigências todas devem ser orientadas pelo traçado e diretrizes oficiais previamente definidas. Além disso, deverá também o interessado apresentar certidão atualizada da gleba expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis, certidão negativa de tributos municipais e instrumento de garantia. O título de propriedade será, contudo, dispensado na hipótese de se tratar de parcelamento popular destinado às classes de menor renda, ou imóvel declarado de utilidade pública e em processo de desapropriação. 18 de 86

20 Art. 9o Orientado pelo traçado e diretrizes oficiais, quando houver, o projeto, contendo desenhos, memorial descritivo e cronograma de execução das obras com duração máxima de quatro anos, será apresentado à Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal, quando for o caso, acompanhado de certidão atualizada da matrícula da gleba, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis competente, de certidão negativa de tributos municipais e do competente instrumento de garantia, ressalvado o disposto no 4o do art. 18. (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) 1º - Os desenhos conterão pelo menos: I - a subdivisão das quadras em lotes, com as respectivas dimensões e numeração; Il - o sistema de vias com a respectiva hierarquia; III - as dimensões lineares e angulares do projeto, com raios, cordas, arcos, pontos de tangência e ângulos centrais das vias; IV - os perfis longitudinais e transversais de todas as vias de circulação e praças; V - a indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos ângulos de curvas e vias projetadas; VI - a indicação em planta e perfis de todas as linhas de escoamento das águas pluviais. 2º - O memorial descritivo deverá conter, obrigatoriamente, pelo menos: I - a descrição sucinta do loteamento, com as suas características e a fixação da zona ou zonas de uso predominante; II - as condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem sobre os lotes e suas construções, além daquelas constantes das diretrizes fixadas; III - a indicação das áreas públicas que passarão ao domínio do município no ato de registro do loteamento; IV - a enumeração dos equipamentos urbanos, comunitários e dos serviços públicos ou de utilidade pública, já existentes no loteamento e adjacências. Por fim, destaque-se as orientações do parágrafo 3º, do artigo 9º: 3o Caso se constate, a qualquer tempo, que a certidão da matrícula apresentada como atual não tem mais correspondência com os registros e averbações cartorárias do tempo da sua apresentação, além das conseqüências penais cabíveis, serão consideradas insubsistentes tanto as diretrizes expedidas anteriormente, quanto as aprovações consequentes. Como este ponto já foi cobrado em prova? CESPE MPOG Analista de 86

21 O poder público municipal, por meio da emissão de diretrizes, estabelece parâmetros para parcelamentos, como a frente mínima dos lotes, o comprimento máximo das quadras e os tipos das infraestruturas urbanas exigidas. Comentários Item verdadeiro. Esta a interpretação que se faz dos artigos 6º e 8º acima transcritos, cabendo, pois, ao Município a emissão das diretrizes e parâmetros para os parcelamentos. CESPE Senado Federal Consultor Legislativo - 22 Ainda que a gleba se localize em zona urbana, ou de expansão urbana, nem por isso seu proprietário dispõe do direito de parcelá-la. Antes de apresentar o projeto de parcelamento, o proprietário deve, necessariamente, aguardar e atender diretrizes específicas estabelecidas pela prefeitura municipal. Comentários Item Verdadeiro. Trata-se da interpretação do artigo 6º, da Lei 6.766/79, eis que caberá ao Município dar diretrizes e parâmetros ao parcelamento que se pretende aprovar. CESPE Câmara dos Deputados Analista Legislativo Considerando a Lei n.º 6.766/1979, que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano, julgue o item subsequente. Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado deverá solicitar à prefeitura municipal, ou ao Distrito Federal, quando for o caso, a definição das diretrizes para o uso do solo. Comentários Item verdadeiro. 2 de 86

22 Trata-se da interpretação do artigo 6º, da Lei 6.766/79, eis que caberá ao Município dar diretrizes e parâmetros ao parcelamento que se pretende aprovar. CESPE MPU - Analista - 21 Em áreas municipais, o loteador deve apresentar as diretrizes de uso do solo à prefeitura antes da elaboração do projeto de loteamento. Comentários Item Falso. Conforme visto acima, tais diretrizes são apresentadas pelo Poder Público Municipal (artigo 6º, Lei 6.766/79). CESPE TRE/GO - Analista 29 - ADAPTADA Considerando a Lei n.º 6.766/1979,(...), assinale a opção correta. a) São considerados equipamentos comunitários as escolas de ensino fundamental e médio localizadas em cidades de até 3. habitantes. b) As diretrizes para a elaboração de projetos de loteamentos expedidas pelo poder municipal vigorarão pelo prazo máximo de 4 anos. c) Ao poder federal caberá disciplinar a aprovação pelos municípios de loteamentos e desmembramentos quando localizados em áreas de interesse histórico. d) Os municípios com menos de 1. habitantes serão dispensados da fase de fixação de diretrizes de planejamento para a elaboração do projeto de loteamento. Comentários Alternativa correta, letra B, conforme disposto no parágrafo único do artigo 7º: Art. 7º. Parágrafo único. As diretrizes expedidas vigorarão pelo prazo máximo de quatro anos. A alternativa A está falsa, em razão de que o parágrafo 2º, do artigo 4º, estabelece que são equipamentos comunitários: 21 de 86

23 2º - Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e similares. Não há, portanto, qualquer ressalva quanto à quantidade de habitantes da cidade, tornando a alternativa falsa. A alternativa C está falsa, conforme será visto adiante no artigo 13, inciso I. Referida competência cabe aos Estados. A alternativa D está falsa, eis que, conforme artigo 8º, os municípios com menos de 5. habitantes poderão dispensar por lei a fase de fixação de diretrizes de planejamento para elaboração do projeto de loteamento. Art. 8o Os Municípios com menos de cinqüenta mil habitantes e aqueles cujo plano diretor contiver diretrizes de urbanização para a zona em que se situe o parcelamento poderão dispensar, por lei, a fase de fixação de diretrizes previstas nos arts. 6o e 7o desta Lei. Capítulo IV Do Projeto de Desmembramento Vimos acima as disposições quanto aos projetos de loteamento. Quanto aos projetos de desmembramento, a lei regula as disposições nos artigos 1 e 11 que serão vistos a seguir. O interessado em um projeto de desmembramento deverá apresentar requerimento à Prefeitura Municipal acompanhado de certidão atualizada da matrícula da gleba, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis e da planta do imóvel correspondente. O título de propriedade será, contudo, dispensado na hipótese de se tratar de parcelamento popular destinado às classes de menor renda, ou imóvel declarado de utilidade pública e em processo de desapropriação. O requerimento deve conter, ainda, as exigências do artigo 1: Art. 1. Para a aprovação de projeto de desmembramento, o interessado apresentará requerimento à Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal quando for o caso, acompanhado de certidão atualizada da matrícula da gleba, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis competente, ressalvado o disposto no 4o do art. 18, e de planta do imóvel a ser desmembrado contendo: I - a indicação das vias existentes e dos loteamentos próximos; II - a indicação do tipo de uso predominante no local; III - a indicação da divisão de lotes pretendida na área. 22 de 86

24 Além disso: Art. 11. Aplicam-se ao desmembramento, no que couber, as disposições urbanísticas vigentes para as regiões em que se situem ou, na ausência destas, as disposições urbanísticas para os loteamentos. Parágrafo único - O Município, ou o Distrito Federal quando for o caso, fixará os requisitos exigíveis para a aprovação de desmembramento de lotes decorrentes de loteamento cuja destinação da área pública tenha sido inferior à mínima prevista no 1º do art. 4º desta Lei. Como este ponto já foi cobrado em prova? Para resumir o que estudamos sobre desmembramento tanto no artigo 2º, como nos artigos 1 e 11 da Lei 6.766/79, eis uma excelente questão do CESPE cuja afirmativa fora considerada VERDADEIRA: CESPE Câmara dos Deputados Analista Legislativo Com relação ao desenvolvimento urbano e aos aspectos legais relacionados a esse assunto, julgue o item subsecutivo. Realiza desmembramento aquele que subdivide a gleba em lotes com a finalidade de edificação, se tal subdivisão não implicar na abertura de novas vias e logradouros públicos. O projeto de desmembramento deverá ser apresentado junto à prefeitura municipal ou ao Distrito Federal, quando for o caso, de modo a indicar as vias existentes, os loteamentos próximos, o tipo de uso predominante no local e a divisão de lotes pretendida na área. 23 de 86

25 Capítulo V Da Aprovação do Projeto de Loteamento e Desmembramento Tanto a aprovação do projeto de loteamento como do projeto de desmembramento seguem as disposições do Capítulo V da Lei. Os projetos devem ser aprovados pela Prefeitura Municipal a quem compete a fixação de diretrizes e, uma vez aprovado, o projeto deve ser executado respeitando o prazo constante no cronograma de execução, sob pena de caducidade da aprovação. Art. 12. O projeto de loteamento e desmembramento deverá ser aprovado pela Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for o caso, a quem compete também a fixação das diretrizes a que aludem os arts. 6º e 7º desta Lei, salvo a exceção prevista no artigo seguinte. 1o O projeto aprovado deverá ser executado no prazo constante do cronograma de execução, sob pena de caducidade da aprovação. E se o Município possuir áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, como fica a aprovação do projeto? Nestes casos, a aprovação de projetos nos municípios inseridos no cadastro nacional com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos ficará vinculada ao atendimento dos requisitos constantes da carta geotécnica de aptidão à urbanização. Trata-se do disposto no parágrafo 2: 2o Nos Municípios inseridos no cadastro nacional de municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos, a aprovação do projeto de que trata o caput ficará vinculada ao atendimento dos requisitos constantes da carta geotécnica de aptidão à urbanização. (Incluído pela Lei nº 12.68, de 212) (Vigência) Ressalte-se, por fim, que é vedada a aprovação de projeto de loteamento e desmembramento em áreas de risco definidas como não edificáveis, no plano diretor ou em legislação dele derivada. (parágrafo 3º). 24 de 86

26 E qual o prazo para aprovação ou rejeição de um projeto de parcelamento? De acordo com ao artigo 16, lei municipal irá definir os prazos para: I - Aprovação ou rejeição dos projetos; II - Aceitação ou recusa das obras executadas; Contudo, se a legislação Municipal for omissa, os prazos devem ser considerados como (parágrafo 2º): I 9 (noventa) dias para aprovação ou rejeição dos projetos; II 6 (sessenta) dias para aceitação ou recusa fundamentada das obras de urbanização; Eis o texto legal para análise: Art. 16. A lei municipal definirá os prazos para que um projeto de parcelamento apresentado seja aprovado ou rejeitado e para que as obras executadas sejam aceitas ou recusadas. 2o Nos Municípios cuja legislação for omissa, os prazos serão de noventa dias para a aprovação ou rejeição e de sessenta dias para a aceitação ou recusa fundamentada das obras de urbanização E se referido prazo transcorrer sem a manifestação expressa do Poder Municipal? Quais os efeitos da omissão Administrativa? Para o parágrafo 1º, do artigo 16, acaso transcorram os prazos sem a manifestação do Poder Público: I O projeto apresentado será considerado rejeitado, ou; II As obras executadas serão consideradas recusadas; 25 de 86

27 Neste caso, assegura-se eventual indenização por eventuais danos derivados da omissão. 1o Transcorridos os prazos sem a manifestação do Poder Público, o projeto será considerado rejeitado ou as obras recusadas, assegurada a indenização por eventuais danos derivados da omissão Professor, é possível que a disciplina para aprovação de loteamentos e desmembramentos pelos Municípios fique a cargo dos Estados? Sim. E aqui precisamos ficar atentos. A CESPE e FCC gostam muito destas hipóteses.. Art. 13. Aos Estados caberá disciplinar a aprovação pelos Municípios de loteamentos e desmembramentos nas seguintes condições: I - quando localizados em áreas de interesse especial, tais como as de proteção aos mananciais ou ao patrimônio cultural, histórico, paisagístico e arqueológico, assim definidas por legislação estadual ou federal; II - quando o loteamento ou desmembramento localizar-se em área limítrofe do município, ou que pertença a mais de um município, nas regiões metropolitanas ou em aglomerações urbanas, definidas em lei estadual ou federal; III - quando o loteamento abranger área superior a 1.. m². Além disso, quando o loteamento estiver localizado em área do município integrante de região metropolitana, o exame e a anuência prévia à aprovação dos projetos caberão à autoridade metropolitana, conforme parágrafo único do artigo 13: Parágrafo único - No caso de loteamento ou desmembramento localizado em área de município integrante de região metropolitana, o exame e a anuência prévia à aprovação do projeto caberão à autoridade metropolitana. 26 de 86

28 A lei de parcelamento prevê hipóteses em que o Estado atua por meio de Decreto? Sim. Os artigos 14 e 15 estabelecem hipóteses onde os Estados devem atuar por Decreto: I Na definição das áreas de proteção especial (a exemplo, da proteção aos mananciais ou ao patrimônio cultural, histórico, paisagístico e arqueológico, assim definidas por legislação estadual ou federal); II No estabelecimento das normas a que deverão se submeter os projetos de loteamento e desmembramento de sua competência, devendo sempre atender às exigências urbanísticas do planejamento municipal. Neste sentido: Art. 14. Os Estados definirão, por decreto, as áreas de proteção especial, previstas no inciso I do artigo anterior. Art. 15. Os Estados estabelecerão, por decreto, as normas a que deverão submeterse os projetos de loteamento e desmembramento nas áreas previstas no art. 13, observadas as disposições desta Lei. Parágrafo único - Na regulamentação das normas previstas neste artigo, o Estado procurará atender às exigências urbanísticas do planejamento municipal.. Art. 14. Os Estados definirão, por decreto, as áreas de proteção especial, previstas no inciso I do artigo 13. Finalizando este tópico, cabe-nos destacar que a partir da aprovação do loteamento, o loteador não poderá alterar a destinação dos espaços livres de uso comum, as vias e praças, as áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo. 27 de 86

29 A exceção fica por conta das hipóteses da caducidade da licença ou desistência do loteador, hipótese em que algumas exigências, estudadas mais adiante, devem ser observadas. Art. 17. Os espaços livres de uso comum, as vias e praças, as áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo, não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, desde a aprovação do loteamento, salvo as hipóteses de caducidade da licença ou desistência do loteador, sendo, neste caso, observadas as exigências do art. 23 desta Lei. Como este ponto já foi cobrado em prova? CESPE MPOG Analista Para reforçar a divisão das responsabilidades governamentais, as áreas de proteção especial devem ser definidas pelos municípios, juntamente com os estados, no plano diretor ou em legislação dele derivada. Comentários Item Falso. Conforme artigo 14, da Lei 6.766/79, as áreas de proteção especial são definidas por meio de decreto estadual e não através de lei. CESPE Câmara dos Deputados Analista Legislativo Considerando a Lei n.º 6.766/1979, que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano, julgue o item subsequente. Caso a área de um loteamento pertença a dois municípios, a definição das diretrizes para o traçado dos lotes e do sistema viário caberá ao município onde estiver localizada a maior área desse loteamento. Comentários Item Falso. 28 de 86

30 Conforme inciso II, do artigo 13, da Lei 6.766/79, caso a área de um loteamento pertença a dois muncípios, a definição das diretrizes caberá aos Estados: Art. 13. Aos Estados caberá disciplinar a aprovação pelos Municípios de loteamentos e desmembramentos nas seguintes condições. II - quando o loteamento ou desmembramento localizar-se em área limítrofe do município, ou que pertença a mais de um município, nas regiões metropolitanas ou em aglomerações urbanas, definidas em lei estadual ou federal. CESPE TCE/ES Analista Administrativo Com relação ao parcelamento do solo urbano no Brasil, assinale a opção correta. a) Lote é legalmente definido como o terreno servido de infraestrutura básica cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou pela lei municipal para a zona em que se situa. b) A existência de rede de gás liquefeito de petróleo é um dos requisitos de infraestrutura básica para os parcelamentos situados em zonas habitacionais de interesse social. c) Em loteamentos de urbanização específica, a área mínima estabelecida para o lote é de 125 m2. d) A definição das diretrizes de uso do solo para parcelamento é de responsabilidade do arquiteto e urbanista, em parceria com o proprietário da área. e) Cabe à União formular as diretrizes para a aprovação dos loteamentos em regiões metropolitanas. Comentários Alternativa correta, letra A, dada a definição de lote vista no parágrafo 4º, do artigo 2º, da Lei 6.766/79: 4o Considera-se lote o terreno servido de infra-estrutura básica cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe. A alternativa B está falsa, eis que inexiste tal exigência no parágrafo 6º, do artigo 2º. Relembremos as exigências: 29 de 86

31 6o A infra-estrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas habitacionais declaradas por lei como de interesse social (ZHIS) consistirá, no mínimo, de: I - vias de circulação; II - escoamento das águas pluviais; III - rede para o abastecimento de água potável; IV - soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar. A letra C também está falsa, uma vez que a área mínima de 125 m² é a regra geral para o tamanho de um lote. Em loteamento de urbanização específica, a área pode ser diferenciada, conforme inciso II, do artigo 4º: Artigo 4º. II - os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes; Já a letra D está errada porque a definição de diretrizes do uso do solo é de responsabilidade do Poder Público, conforme disposto np caput do artigo 6º: Art. 6º. Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado deverá solicitar à Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal quando for o caso, que defina as diretrizes para o uso do solo, traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das áreas reservadas para equipamento urbano e comunitário, apresentando, para este fim, requerimento e planta do imóvel contendo, pelo menos: Por fim, a letra E está falsa, eis que a competência para formular as diretrizes para a aprovação dos loteamentos em regiões metropolitanas é do Estado, consoante estudado no inciso II, do artigo 13: Art. 13. Aos Estados caberá disciplinar a aprovação pelos Municípios de loteamentos e desmembramentos nas seguintes condições. II - quando o loteamento ou desmembramento localizar-se em área limítrofe do município, ou que pertença a mais de um município, nas regiões metropolitanas ou em aglomerações urbanas, definidas em lei estadual ou federal. 3 de 86

32 Capítulo VI Do Registro do Loteamento e Desmembramento Aprovado o projeto de loteamento ou desmembramento, a Lei 6.766/79 estabelece que deve o loteador submetê-lo ao registro imobiliário. E, acaso não o faça no prazo de 18 (cento e oitenta) dias, ocorrerá a caducidade do projeto. O artigo 18 estabelece, ainda, os documentos que devem acompanhar o pedido de registro do imóvel no Cartório, quase todos relacionados a certidões negativas, ao título de propriedade do imóvel e a ações e títulos relacionados ao proprietário e ao imóvel. Art. 18. Aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento, o loteador deverá submetê-lo ao registro imobiliário dentro de 18 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da aprovação, acompanhado dos seguintes documentos: I - título de propriedade do imóvel ou certidão da matrícula, ressalvado o disposto nos 4o e 5o; (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) II - histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos 2 (vintes anos), acompanhados dos respectivos comprovantes; III - certidões negativas: a) de tributos federais, estaduais e municipais incidentes sobre o imóvel; b) de ações reais referentes ao imóvel, pelo período de 1 (dez) anos; c) de ações penais com respeito ao crime contra o patrimônio e contra a Administração Pública. IV - certidões: a) dos cartórios de protestos de títulos, em nome do loteador, pelo período de 1 (dez) anos; b) de ações pessoais relativas ao loteador, pelo período de 1 (dez) anos; c) de ônus reais relativos ao imóvel; d) de ações penais contra o loteador, pelo período de 1 (dez) anos. V - cópia do ato de aprovação do loteamento e comprovante do termo de verificação pela Prefeitura Municipal ou pelo Distrito Federal, da execução das obras exigidas por legislação municipal, que incluirão, no mínimo, a execução das vias de circulação do loteamento, demarcação dos lotes, quadras e logradouros e das obras de escoamento das águas pluviais ou da aprovação de um cronograma, com a duração máxima de quatro anos, acompanhado de competente instrumento de garantia para a execução das obras; (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) VI - exemplar do contrato padrão de promessa de venda, ou de cessão ou de promessa de cessão, do qual constarão obrigatoriamente as indicações previstas no art. 26 desta Lei; 31 de 86

33 VII - declaração do cônjuge do requerente de que consente no registro do loteamento. 1º - Os períodos referidos nos incisos III, alínea b e IV, alíneas a, e d, tomarão por base a data do pedido de registro do loteamento, devendo todas elas serem extraídas em nome daqueles que, nos mencionados períodos, tenham sido titulares de direitos reais sobre o imóvel. A eventual existência de protestos, de ações pessoais ou de ações penais, exceto as referentes a crime contra o patrimônio e contra a administração, não impedirá o registro do loteamento se o requerente comprovar que esses protestos ou ações não poderão prejudicar os adquirentes dos lotes. E, acaso o Oficial do Registro de Imóveis julgar insuficiente a comprovação feita, este suscitará a dúvida perante o juiz competente. (parágrafo 2º). Além disso, o inciso VII acima transcrito exige a anuência do cônjuge quanto ao registro do loteamento. Esta não dispensa também o consentimento para os atos de alienação ou promessa de alienação dos lotes 3º - A declaração a que se refere o inciso VII deste artigo não dispensará o consentimento do declarante para os atos de alienação ou promessa de alienação de lotes, ou de direitos a eles relativos, que venham a ser praticados pelo seu cônjuge. O destaque necessário deve ser feito quanto à desnecessidade de se acostar o título de propriedade quando se tratar de parcelamento popular destinado às classes de menor renda, em imóvel declarado de utilidade pública com processo de desapropriação judicial em curso e imissão provisória na posse: 4o O título de propriedade será dispensado quando se tratar de parcelamento popular, destinado às classes de menor renda, em imóvel declarado de utilidade pública, com processo de desapropriação judicial em curso e imissão provisória na posse, desde que promovido pela União, Estados, Distrito Federal, Municípios ou suas entidades delegadas, autorizadas por lei a implantar projetos de habitação. 5o No caso de que trata o 4o, o pedido de registro do parcelamento, além dos documentos mencionados nos incisos V e VI deste artigo, será instruído com cópias autênticas da decisão que tenha concedido a imissão provisória na posse, do decreto de desapropriação, do comprovante de sua publicação na imprensa oficial e, quando formulado por entidades delegadas, da lei de criação e de seus atos constitutivos 32 de 86

34 Para José Afonso da Silva (215, pg. 336): A inscrição do loteamento produz os seguintes efeitos urbanísticos: (a) Legitima a divisão e as vendas de lotes, com a perda da individualidade objetiva do terreno loteado e a aparição das individualidades dos lotes; (b) Torna imodificável unilateralmente o plano de loteamento e arruamento; (c) Transfere para o domínio público do Município as vias de comunicação e as áreas reservadas constantes do memorial e da planta, independentemente de qualquer outro ato alienativo. Qual o procedimento a ser adotado dentro do Cartório de Imóveis? De acordo com o artigo 19: Art. 19. Examinada a documentação e encontrada em ordem, o Oficial do Registro de Imóveis encaminhará comunicação à Prefeitura e fará publicar, em resumo e com pequeno desenho de localização da área, edital do pedido de registro em 3 (três) dias consecutivos, podendo este ser impugnado no prazo de 15 (quinze) dias contados da data da última publicação. Após este prazo, o registro será feito imediatamente. E se houver impugnação de terceiros? Neste caso, o procedimento a ser adotado pelo Oficial de Registros será: i. Intimação da Prefeitura Municipal para se manifestar em cinco dias, sob pena de arquivamento do processo; ii. Com as manifestações, o processo será enviado ao juiz competente para decisão; Recebidos os autos, o juiz: i. Ouvirá o Ministério Público no prazo de cinco dias; ii. Após, o juiz decidirá de plano ou fará uma instrução sumária, devendo remeter ao interessado as vias ordinárias caso a matéria exija maior indagação. 33 de 86

35 Trata-se do disposto nos parágrafos 1º e 2º: 1º - Findo o prazo sem impugnação, será feito imediatamente o registro. Se houver impugnação de terceiros, o Oficial do Registro de Imóveis intimará o requerente e a Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, para que sobre ela se manifestem no prazo de 5 cinco) dias, sob pena de arquivamento do processo. Com tais manifestações o processo será enviado ao juiz competente para decisão. 2º - Ouvido o Ministério Público no prazo de 5 (cinco) dias, o juiz decidirá de plano ou após instrução sumária, devendo remeter ao interessado as vias ordinárias caso a matéria exija maior indagação. Quanto aos editais, a lei prevê que: 3º - Nas capitais, a publicação do edital se fará no Diário Oficial do Estado e num dos jornais de circulação diária. Nos demais municípios, a publicação se fará apenas num dos jornais locais, se houver, ou, não havendo, em jornal da região. E, se o Oficial de Registro de Imóveis efetuar o Registro em desacordo com as exigências legais, a ele serão aplicadas as seguintes sanções: 4º - O Oficial do Registro de Imóveis que efetuar o registro em desacordo com as exigências desta Lei ficará sujeito a multa equivalente a 1 (dez) vezes os emolumentos regimentais fixados para o registro, na época em que for aplicada a penalidade pelo juiz corregedor do cartório, sem prejuízo das sanções penais e administrativas cabíveis. Por fim, o registro do loteamento será feito por extrato no livro próprio, com a indicação de cada lote, a averbação das alterações, a abertura de ruas e praças e as áreas destinadas a espaços livres ou a equipamentos urbanos. (artigo 2 e parágrafo único). E, após registrado o loteamento, o Oficial de Registro comunicará, por certidão, o seu registro à Prefeitura (artigo 19, parágrafo 5º). E se área loteada estiver situada em mais de uma circunscrição imobiliária? Imaginemos a hipótese de um loteamento que ocupe terrenos situados em mais de uma circunscrição imobiliária (mais de um Cartório de Registro de Imóveis é competente para o registro da área). 34 de 86

36 Nestes casos, a solução dada pelo artigo 21, da Lei 6.766/79 foi o requerimento ser feito primeiramente perante a circunscrição em que estiver localizada a maior parte da área loteada. Após, o interessado requererá sucessivamente o registro do loteamento em cada uma das demais, comprovando em cada uma o registro efetuado na anterior, até que o loteamento esteja registrado em todas. E, enquanto não procedidos todos estes registros o loteamento será considerado como não registrado. Eis a norma legal: Art. 21. Quando a área loteada estiver situada em mais de uma circunscrição imobiliária, o registro será requerido primeiramente perante aquela em que estiver localizada a maior parte da área loteada. Procedido o registro nessa circunscrição, o interessado requererá, sucessivamente, o registro do loteamento em cada uma das demais, comprovando perante cada qual o registro efetuado na anterior, até que o loteamento seja registrado em todas. Denegado registro em qualquer das circunscrições, essa decisão será comunicada, pelo Oficial do Registro de Imóveis, às demais para efeito de cancelamento dos registros feitos, salvo se ocorrer a hipótese prevista no 4º deste artigo. 3º - Enquanto não procedidos todos os registros de que trata este artigo, considerar-se-á o loteamento como não registrado para os efeitos desta Lei. Além disso, nenhum lote poderá situar-se em mais de uma circunscrição, sendo certo que não poderá o interessado processar simultaneamente em diferentes cartórios pedidos de registro do mesmo loteamento. Tal prática enseja a nulidade dos atos praticados. 1º Nenhum lote poderá situar-se em mais de uma circunscrição. 2º - É defeso ao interessado processar simultaneamente, perante diferentes circunscrições, pedidos de registro do mesmo loteamento, sendo nulos os atos praticados com infração a esta norma. Por fim, acaso denegado o registro em qualquer das circunscrições, essa decisão será comunicada pelo Oficial de Registros de Imóveis a todos os demais, para efeito de cancelamento dos registros feitos (artigo 21, caput, parte final). 4º - O indeferimento do registro do loteamento em uma circunscrição não determinará o cancelamento do registro procedido em outra, se o motivo do indeferimento naquela não se estender à área situada sob a competência desta, e desde que o interessado requeira a manutenção do registro obtido, submetido o remanescente do loteamento a uma aprovação prévia perante a Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso. 35 de 86

37 A partir de que momento os lotes destinados a equipamentos públicos passam a integrar patrimônio público? A partir da data do registro do loteamento, as vias, praças, espaços livres e as áreas destinadas a equipamentos públicos passam a integrar o domínio do Município. E, caso o parcelamento do solo seja implantado e não registrado, o Município poderá requerer o registro das áreas destinadas a uso público que passarão a integrar seu patrimônio. Nesta hipótese, precisará apenas da planta de parcelamento elaborada pelo loteador ou aprovada pelo Município e de declaração que o parcelamento se encontra implantado. Art. 22. Desde a data de registro do loteamento, passam a integrar o domínio do Município as vias e praças, os espaços livres e as áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo. Parágrafo único. Na hipótese de parcelamento do solo implantado e não registrado, o Município poderá requerer, por meio da apresentação de planta de parcelamento elaborada pelo loteador ou aprovada pelo Município e de declaração de que o parcelamento se encontra implantado, o registro das áreas destinadas a uso público, que passarão dessa forma a integrar o seu domínio. O registro do loteamento poderá ser cancelado? De acordo com o artigo 23, as hipóteses de cancelamento do registro de loteamento são: I decisão judicial; II requerimento do loteador, enquanto nenhum lote houver sido repassado a terceiros (com anuência da Prefeitura ou do Estado, quando for o caso); III requerimento conjunto de todos os adquirentes dos lotes com o loteador (com anuência da Prefeitura ou do Estado, quando for o caso); A anuência do Ente Público, contudo, deve ser a regra. A Prefeitura e o Estado só poderão se opor ao cancelamento se disto resultar inconveniente comprovado para o desenvolvimento urbano ou se já se tiver realizado qualquer melhoramento na área loteada ou adjacências. 36 de 86

38 Neste sentido: Art. 23. O registro do loteamento só poderá ser cancelado: I - por decisão judicial; II - a requerimento do loteador, com anuência da Prefeitura, ou do Distrito Federal quando for o caso, enquanto nenhum lote houver sido objeto de contrato; III - a requerimento conjunto do loteador e de todos os adquirentes de lotes, com anuência da Prefeitura, ou do Distrito Federal quando for o caso, e do Estado. 1º - A Prefeitura e o Estado só poderão se opor ao cancelamento se disto resultar inconveniente comprovado para o desenvolvimento urbano ou se já se tiver realizado qualquer melhoramento na área loteada ou adjacências. Ressalte-se que sempre que o cancelamento ocorrer a requerimento do loteador, o Oficial de Registro fará publicar um resumo contendo o edital do pedido de cancelamento para que seja impugnado no prazo de 3 (trinta) dias. E, mesmo que não haja qualquer impugnação, passado esse prazo, o processo deve ser remetido ao Juiz para a competente homologação do pedido de cancelamento, ouvido o Ministério Público. Esta homologação deve ser, ainda, precedida de vistoria judicial para comprovar a inexistência de adquirentes instalados na área loteada. 2º - Nas hipóteses dos incisos II e III, o Oficial do Registro de Imóveis fará publicar, em resumo, edital do pedido de cancelamento, podendo este ser impugnado no prazo de 3 (trinta) dias contados da data da última publicação. Findo esse prazo, com ou sem impugnação, o processo será remetido ao juiz competente para homologação do pedido de cancelamento, ouvido o Ministério Público. 3º - A homologação de que trata o parágrafo anterior será precedida de vistoria judicial destinada a comprovar a inexistência de adquirentes instalados na área loteada. Por fim, destaque-se que o processo de loteamento e os contratos depositados em Cartório poderão ser examinados por qualquer pessoa, a qualquer tempo, independentemente do pagamento de custas ou emolumentos, ainda que a título de busca (artigo 24). 37 de 86

39 Como este ponto já foi cobrado em prova? CESPE PGE/BA Procurador do Estado No que se refere ao parcelamento do solo urbano e aos registros públicos, julgue o item seguinte. Aprovado o projeto de loteamento pelo município, o loteador deverá submetê-lo ao registro imobiliário, acompanhado dos documentos indicados na lei, dentro de cento e oitenta dias, sob pena de caducidade da aprovação. Comentários Item Verdadeiro. Trata-se do disposto no caput do artigo 18: Art. 18. Aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento, o loteador deverá submetê-lo ao registro imobiliário dentro de 18 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da aprovação, acompanhado dos seguintes documentos: Capítulo VII Dos Contratos Para o artigo 25, os compromissos de compra e venda bem como qualquer outro que atribua direito a adjudicação compulsória dos lotes, acaso estejam registrados, conferem direito real oponível a terceiros. Além disso, tais compromissos são irretratáveis. Art. 25. São irretratáveis os compromissos de compra e venda, cessões e promessas de cessão, os que atribuam direito a adjudicação compulsória e, estando registrados, confiram direito real oponível a terceiros. Tais contratos podem ser feitos mediante escritura pública ou instrumento particular, mas devem seguir o modelo apresentado pelo loteador quando do pedido de registro do loteamento, devendo conter no mínimo os dados constantes no artigo 26: Art. 26. Os compromissos de compra e venda, as cessões ou promessas de cessão poderão ser feitos por escritura pública ou por instrumento particular, de acordo com o modelo depositado na forma do inciso VI do art. 18 e conterão, pelo menos, as seguintes indicações: I - nome, registro civil, cadastro fiscal no Ministério da Fazenda, nacionalidade, estado civil e residência dos contratantes; II - denominação e situação do loteamento, número e data da inscrição; 38 de 86

40 III - descrição do lote ou dos lotes que forem objeto de compromissos, confrontações, área e outras características; IV - preço, prazo, forma e local de pagamento bem como a importância do sinal; V - taxa de juros incidentes sobre o débito em aberto e sobre as prestações vencidas e não pagas, bem como a cláusula penal, nunca excedente a 1% (dez por cento) do débito e só exigível nos casos de intervenção judicial ou de mora superior a 3 (três) meses; VI - indicação sobre a quem incumbe o pagamento dos impostos e taxas incidentes sobre o lote compromissado; VII - declaração das restrições urbanísticas convencionais do loteamento, supletivas da legislação pertinente. 1º O contrato deverá ser firmado em 3 (três) vias ou extraídas em 3 (três) traslados, sendo um para cada parte e o terceiro para arquivo no registro imobiliário, após o registro e anotações devidas. 2º Quando o contrato houver sido firmado por procurador de qualquer das partes, será obrigatório o arquivamento da procuração no registro imobiliário. Percebam que a legislação exige a redação de um contrato com o mínimo de informações sobre a avença. E, em casos de parcelamentos populares, quando o Poder Público estiver provisoriamente imitido na posse do imóvel (casos de desapropriação vistos acima), admite-se apenas a cessão da posse por instrumento particular, ao qual se atribui caráter de escritura pública. Tal documento constitui crédito contra o Poder Público expropriante, desde que cumpridas as obrigações do cessionário. Tão logo a sentença da desapropriação seja registrada, a posse provisória será convertida em propriedade e o contrato de cessão, em promessa de compra e venda. 3o Admite-se, nos parcelamentos populares, a cessão da posse em que estiverem provisoriamente imitidas a União, Estados, Distrito Federal, Municípios e suas entidades delegadas, o que poderá ocorrer por instrumento particular, ao qual se atribui, para todos os fins de direito, caráter de escritura pública, não se aplicando a disposição do inciso II do art. 134 do Código Civil. 4o A cessão da posse referida no 3o, cumpridas as obrigações do cessionário, constitui crédito contra o expropriante, de aceitação obrigatória em garantia de contratos de financiamentos habitacionais. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) 5o Com o registro da sentença que, em processo de desapropriação, fixar o valor da indenização, a posse referida no 3o converter-se-á em propriedade e a sua cessão, em compromisso de compra e venda ou venda e compra, conforme haja obrigações a cumprir ou estejam elas cumpridas, circunstância que, demonstradas ao Registro de Imóveis, serão averbadas na matrícula relativa ao lote. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) 39 de 86

41 Os compromissos de compra e venda, as cessões e as promessas de cessão valerão como título para o registro da propriedade do lote adquirido, quando acompanhados da respectiva prova de quitação (parágrafo 6º). Indo além, o artigo 27 regula o inadimplemento contratual em promessas de compra e venda ou de cessão: Art. 27. Se aquele que se obrigou a concluir contrato de promessa de venda ou de cessão não cumprir a obrigação, o credor poderá notificar o devedor para outorga do contrato ou oferecimento de impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de proceder-se ao registro de pré-contrato, passando as relações entre as partes a serem regidas pelo contratopadrão. 1º Para fins deste artigo, terão o mesmo valor de pré-contrato a promessa de cessão, a proposta de compra, a reserva de lote ou qualquer, outro instrumento, do qual conste a manifestação da vontade das partes, a indicação do lote, o preço e modo de pagamento, e a promessa de contratar. 2º O registro de que trata este artigo não será procedido se a parte que o requereu não comprovar haver cumprido a sua prestação, nem a oferecer na forma devida, salvo se ainda não exigível. 3º Havendo impugnação daquele que se comprometeu a concluir o contrato, observar-se-á o disposto nos arts. 639 e 64 do Código de Processo Civil. Alteração ou cancelamento parcial do loteamento registrado Segundo o artigo 28, a alteração do loteamento registrado depende de acordo entre o loteador e os adquirentes de lotes atingidos pela alteração. Além disso, necessária a aprovação pela Prefeitura e o registro no Cartório de Imóveis. Art. 28. Qualquer alteração ou cancelamento parcial do loteamento registrado dependerá de acordo entre o loteador e os adquirentes de lotes atingidos pela alteração, bem como da aprovação pela Prefeitura Municipal, ou do Distrito Federal quando for o caso, devendo ser depositada no Registro de Imóveis, em complemento ao projeto original com a devida averbação. Transmissão de direitos Quanto ao loteador O adquirente do terreno mediante ato inter vivos ou causa mortis deverá suceder o transmitente em todos os seus direitos e obrigações, ficando, inclusive, os compromissos de compra e venda eventualmente firmados. Qualquer disposição em contrário será nula. 4 de 86

42 Art. 29. Aquele que adquirir a propriedade loteada mediante ato inter vivos, ou por sucessão causa mortis, sucederá o transmitente em todos os seus direitos e obrigações, ficando obrigado a respeitar os compromissos de compra e venda ou as promessas de cessão, em todas as suas cláusulas, sendo nula qualquer disposição em contrário, ressalvado o direito do herdeiro ou legatário de renunciar à herança ou ao legado. Quanto aos adquirentes Já os adquirentes dos lotes poderão transferir seus direitos por simples trespasse lançado no verso das vias em poder das partes ou por instrumento em separado. Tal cessão não depende da anuência do loteador, contudo, necessária a notificação do loteador ou o registro da cessão para que sejam produzidos efeito em relação a este. Tal ciência pode ser dada, inclusive, pelo próprio Oficial de Registro no prazo de 1 (dez) dias em caso de registro de cessão sem anuência do loteador. Art. 31. O contrato particular pode ser transferido por simples trespasse, lançado no verso das vias em poder das partes, ou por instrumento em separado, declarando-se o número do registro do loteamento, o valor da cessão e a qualificação do cessionário, para o devido registro. 1º A cessão independe da anuência do loteador mas, em relação a este, seus efeitos só se produzem depois de cientificado, por escrito, pelas partes ou quando registrada a cessão. 2º - Uma vez registrada a cessão, feita sem anuência do loteador, o Oficial do Registro dar-lhe-á ciência, por escrito, dentro de 1 (dez) dias. Quais os efeitos da declaração de falência de uma das partes sobre os contratos? A lei ainda estabelece que a sentença que declarar a falência de qualquer uma das partes não possui o condão de rescindir os compromissos de compra e venda ou de cessão da área loteada ou de lotes da mesma. O artigo 3, inclusive, é expresso ao afirmar que se a falência ou insolvência for do proprietário da área loteada ou do titular de direito sobre ela, incumbirá ao síndico ou ao administrador dar cumprimento aos referidos contratos; se do adquirente do lote, seus direitos serão levados à praça. Art. 3. A sentença declaratória de falência ou da insolvência de qualquer das partes não rescindirá os contratos de compromisso de compra e venda ou de promessa de cessão que tenham por objeto a área loteada ou lotes da mesma. Se a falência ou insolvência for do proprietário da área loteada ou do titular de direito sobre ela, incumbirá ao síndico ou ao administrador dar cumprimento aos referidos contratos; se do adquirente do lote, seus direitos serão levados à praça. 41 de 86

43 Rescisão por inadimplemento De acordo com o artigo 32: Art. 32. Vencida e não paga a prestação, o contrato será considerado rescindido 3 (trinta) dias depois de constituído em mora o devedor. O devedor adquirente será intimado a pagar as prestações vencidas e as que se vencerem até o pagamento, acrescidos de juros e custas. Acaso o devedor pague referidos valores (purgue a mora), o contrato estará restabelecido (convalescerá o contrato). 1º Para os fins deste artigo o devedor-adquirente será intimado, a requerimento do credor, pelo Oficial do Registro de Imóveis, a satisfazer as prestações vencidas e as que se vencerem até a data do pagamento, os juros convencionados e as custas de intimação. 2º Purgada a mora, convalescerá o contrato. Contudo, acaso o devedor não pague tais valores, o vendedor poderá requerer ao cartório o cancelamento da averbação. 3º - Com a certidão de não haver sido feito o pagamento em cartório, o vendedor requererá ao Oficial do Registro o cancelamento da averbação. Se o cancelamento ocorrer após o pagamento de mais de 1/3 (um terço) do preço, será necessário constar este fato no ato de cancelamento e da quantia paga. Novo registro do mesmo lote apenas poderá ser feito, após comprovada a restituição do valor pago pelo vendedor ao titular do registro cancelado. Outra alternativa é o loteador depositar o valor correspondente em conta à disposição do cartório, oportunidade em que o Oficial de Registro irá intimar o interessado para vir receber os valores no prazo de 1 (dez) dias. Art. 35. Ocorrendo o cancelamento do registro por inadimplemento do contrato e tendo havido o pagamento de mais de 1/3 (um terço) do preço ajustado, o Oficial do Registro de Imóveis mencionará este fato no ato do cancelamento e a quantia paga; somente será efetuado novo registro relativo ao mesmo lote, se for comprovada a restituição do valor pago pelo vendedor ao titular do registro cancelado, ou mediante depósito em dinheiro à sua disposição junto ao Registro de Imóveis. 42 de 86

44 1º Ocorrendo o depósito a que se refere este artigo, o Oficial do Registro de Imóveis intimará o interessado para vir recebê-lo no prazo de 1 (dez) dias, sob pena de ser devolvido ao depositante. 2º No caso de não se encontrado o interessado, o Oficial do Registro de Imóveis depositará quantia em estabelecimento de crédito, segundo a ordem prevista no inciso I do art. 666 do Código de Processo Civil, em conta com incidência de juros e correção monetária. E se o credor / loteador se recusar a receber as prestações durante o adimplemento do contrato? Nesta hipótese, será o credor constituído em mora através de notificação via Cartório de Registro de Imóveis para receber as importâncias que serão depositadas pelo devedor no próprio cartório. Passados 15 (quinze) dias desta notificação, o pagamento será considerado efetuado, salvo impugnação do credor que impugne o depósito e, alegando inadimplemento do devedor, requeira a intimação do devedor nos termos do artigo 32 acima transcrito. Art. 33. Se o credor das prestações se recusar recebê-las ou furtar-se ao seu recebimento, será constituído em mora mediante notificação do Oficial do Registro de Imóveis para vir receber as importâncias depositadas pelo devedor no próprio Registro de Imóveis. Decorridos 15 (quinze) dias após o recebimento da intimação, considerar-se-á efetuado o pagamento, a menos que o credor impugne o depósito e, alegando inadimplemento do devedor, requeira a intimação deste para os fins do disposto no art. 32 desta Lei. Benfeitorias Atenção! Independente da hipótese de rescisão por inadimplemento do adquirente, as benfeitorias úteis e necessárias feitas por ele deverão ser indenizadas. Art. 34. Em qualquer caso de rescisão por inadimplemento do adquirente, as benfeitorias necessárias ou úteis por ele levadas a efeito no imóvel deverão ser indenizadas, sendo de nenhum efeito qualquer disposição contratual em contrário. Ressalte-se, contudo, que: Parágrafo único - Não serão indenizadas as desconformidade com o contrato ou com a lei. benfeitorias feitas 43 de 86 em

45 Cancelamento do registro de compromisso, cessão ou promessa de cessão. Nos termos do artigo 36, as hipóteses de cancelamento do registro de compromisso, cessão ou promessa de cessão são apenas: I - decisão judicial; II - requerimento conjunto das partes contratantes; III - rescisão comprovada do contrato. Eis o texto legal: Art. 36. O registro do compromisso, cessão ou promessa de cessão só poderá ser cancelado: I - por decisão judicial; II - a requerimento conjunto das partes contratantes; III - quando houver rescisão comprovada do contrato. Como este ponto já foi cobrado em provas? VUNESP Procurador do Município de São José do Rio Preto 214 A Lei n.º 6.766, de 19 de dezembro de 1979, que dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras providências, estabelece sobre os contratos que a) são retratáveis os compromissos de compra e venda e as cessões que, registrados, confiram direito real oposto a terceiros. b) as promessas de cessão e as cessões deverão ser feitas por escritura pública. c) os firmados por procurador de uma das partes terão a respectiva procuração arquivada em cartório de registro de documentos com dois translados para o registro imobiliário. d) a sentença declaratória de falência ou da insolvência de qualquer das partes não rescindirá os contratos e compromisso de compra e venda ou de 44 de 86

46 promessa de cessão que tenham por objeto a área loteada ou lotes da mesma. e) o contrato particular pode ser transferido por trespasse, mas a cessão depende da anuência do loteador. Comentários Alternativa correta, letra D. Trata-se do disposto no artigo 3: Art. 3. A sentença declaratória de falência ou da insolvência de qualquer das partes não rescindirá os contratos de compromisso de compra e venda ou de promessa de cessão que tenham por objeto a área loteada ou lotes da mesma. Se a falência ou insolvência for do proprietário da área loteada ou do titular de direito sobre ela, incumbirá ao síndico ou ao administrador dar cumprimento aos referidos contratos; se do adquirente do lote, seus direitos serão levados à praça. ==== A alternativa A está falsa, em razão do disposto no artigo 25, acima estudado: Art. 25. São irretratáveis os compromissos de compra e venda, cessões e promessas de cessão, os que atribuam direito a adjudicação compulsória e, estando registrados, confiram direito real oponível a terceiros. A letra B também está falsa, uma vez que as contratações poderão ser feitas também por instrumentos particulares, conforme artigo 26: Art. 26. Os compromissos de compra e venda, as cessões ou promessas de cessão poderão ser feitos por escritura pública ou por instrumento particular, de acordo com o modelo depositado na forma do inciso VI do art. 18 e conterão, pelo menos, as seguintes indicações: A letra C está falsa, uma vez que a legislação não faz tal exigência. Quanto aos procuradores, diz o parágrafo 2º, do artigo 26: 2º Quando o contrato houver sido firmado por procurador de qualquer das partes, será obrigatório o arquivamento da procuração no registro imobiliário. A letra E está falsa, uma vez que a cessão não depende da anuência do loteador, conforme disposto no parágrafo 1º, do artigo 31: Art º A cessão independe da anuência do loteador mas, em relação a este, seus efeitos só se produzem depois de cientificado, por escrito, pelas partes ou quando registrada a cessão. 45 de 86

47 A nova lei procurou regularizar estas associações de moradores? Sim. E aqui trazemos o disposto no artigo 36-A da Lei 6.766/79 também inserido pela Lei /217: Art. 36-A. As atividades desenvolvidas pelas associações de proprietários de imóveis, titulares de direitos ou moradores em loteamentos ou empreendimentos assemelhados, desde que não tenham fins lucrativos, bem como pelas entidades civis organizadas em função da solidariedade de interesses coletivos desse público com o objetivo de administração, conservação, manutenção, disciplina de utilização e convivência, visando à valorização dos imóveis que compõem o empreendimento, tendo em vista a sua natureza jurídica, vinculam-se, por critérios de afinidade, similitude e conexão, à atividade de administração de imóveis. Procurou-se, assim, dar maior efetividade / cogência às taxas cobradas por estas associações de moradores, nos termos do parágrafo único do artigo 36-A: Parágrafo único. A administração de imóveis na forma do caput deste artigo sujeita seus titulares à normatização e à disciplina constantes de seus atos constitutivos, cotizando-se na forma desses atos para suportar a consecução dos seus objetivos. Capítulo VIII Disposições Gerais Conforme artigo 37, da Lei 6.766/79, é vedado vender ou prometer vender parcela de loteamento ou desmembramento não registrado. Mas e se o loteador o fizer irregularmente? Quais os efeitos? Em primeiro lugar, não poderá o loteador rescindir contratos com adquirentes inadimplentes, eis que o artigo 39 estabelece ser nula de pleno direito qualquer cláusula que possibilite a rescisão do contrato por inadimplemento, quando irregular o loteamento: Art.39. Será nula de pleno direito a cláusula de rescisão de contrato por inadimplemento do adquirente, quando o loteamento não estiver regularmente inscrito. 46 de 86

48 Isto porque a própria norma estabelece que ao verificar a irregularidade do loteamento, deverá o adquirente suspender os pagamentos a que se obrigara e notificar o loteador para suprir a falta. Art. 38. Verificado que o loteamento ou desmembramento não se acha registrado ou regularmente executado ou notificado pela Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for o caso, deverá o adquirente do lote suspender o pagamento das prestações restantes e notificar o loteador para suprir a falta. Tal notificação poderá ser feita também pela Prefeitura ou pelo Ministério Público: 2º A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, ou o Ministério Público, poderá promover a notificação ao loteador prevista no caput deste artigo. Ademais, suspendendo o pagamento das prestações, deverá o adquirente começar a depositá-las no cartório de Imóveis que as depositará em algum banco. A movimentação destes valores dependerá de prévia autorização judicial. 1º Ocorrendo a suspensão do pagamento das prestações restantes, na forma do caput deste artigo, o adquirente efetuará o depósito das prestações devidas junto ao Registro de Imóveis competente, que as depositará em estabelecimento de crédito, segundo a ordem prevista no inciso I do art. 666 do Código de Processo Civil, em conta com incidência de juros e correção monetária, cuja movimentação dependerá de prévia autorização judicial. Ao demonstrar que regularizou o loteamento, o loteador comparece a juízo e solicita uma autorização para levantar os valores depositados. Neste caso, necessária a citação da Prefeitura e a oitiva do Ministério Público. Reconhecida a regularidade do loteamento, o loteador deverá promover a notificação de todos os adquirentes dos lotes para que passem a pagar diretamente a ele as prestações restantes. 3º Regularizado o loteamento pelo loteador, este promoverá judicialmente a autorização para levantar as prestações depositadas, com os acréscimos de correção monetária e juros, sendo necessária a citação da Prefeitura, ou do Distrito Federal quando for o caso, para integrar o processo judicial aqui previsto, bem como audiência do Ministério Público. 4º Após o reconhecimento judicial de regularidade do loteamento, o loteador notificará os adquirentes dos lotes, por intermédio do Registro de Imóveis competente, para que passem a pagar diretamente as prestações restantes, a contar da data da notificação. 47 de 86

49 Contudo, acaso o loteador não atenda às notificações no prazo legal, ou em casos onde a própria Prefeitura regularize o empreendimento, não poderá o empreendedor exigir o recebimento das prestações depositadas. 5º No caso de o loteador deixar de atender à notificação até o vencimento do prazo contratual, ou quando o loteamento ou desmembramento for regularizado pela Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for o caso, nos termos do art. 4 desta Lei, o loteador não poderá, a qualquer titulo, exigir o recebimento das prestações depositadas. Mas, professor, poderá a própria Prefeitura regularizar o loteamento? Sim, esta a disposição do artigo 4. Acaso desatendida a notificação pelo loteador, poderá a própria Prefeitura regularizar o loteamento não autorizado ou executado sem observância das normas legais. Tal ato objetiva evitar lesão aos padrões de desenvolvimento urbano e defender os direitos dos adquirentes de lotes. Nestes casos, a própria Prefeitura irá obter judicialmente o levantamento dos valores depositados pelos adquirentes, conforme analisado no item anterior. Trata-se de um ressarcimento das importâncias despendidas com equipamentos urbanos ou expropriações necessárias para regularizar o loteamento ou desmembramento. Contudo, não poderá a Prefeitura contrariar as regras para regularização de parcelamento vistas nos artigos 3º e 4º desta lei. Art. 4. A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, se desatendida pelo loteador a notificação, poderá regularizar loteamento ou desmembramento não autorizado ou executado sem observância das determinações do ato administrativo de licença, para evitar lesão aos seus padrões de desenvolvimento urbano e na defesa dos direitos dos adquirentes de lotes. 1º A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, que promover a regularização, na forma deste artigo, obterá judicialmente o levantamento das prestações depositadas, com os respectivos acréscimos de correção monetária e juros, nos termos do 1º do art. 38 desta Lei, a título de ressarcimento das importâncias despendidas com equipamentos urbanos ou expropriações necessárias para regularizar o loteamento ou desmembramento. 5o A regularização de um parcelamento pela Prefeitura Municipal, ou Distrito Federal, quando for o caso, não poderá contrariar o disposto nos arts. 3o e 4o desta Lei, ressalvado o disposto no 1o desse último. 48 de 86

50 Quanto aos valores pagos pela Prefeitura para regulariza o loteamento, caso não sejam integralmente ressarcidas, poderão ser exigidas do loteador, na forma do artigo 47 a ser estudado um pouco mais adiante ou dos próprios adquirentes. 2º As importâncias despendidas pela Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for o caso, para regularizar o loteamento ou desmembramento, caso não sejam integralmente ressarcidas conforme o disposto no parágrafo anterior, serão exigidas na parte faltante do loteador, aplicando-se o disposto no art. 47 desta Lei. 3º No caso de o loteador não cumprir o estabelecido no parágrafo anterior, a Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, poderá receber as prestações dos adquirentes, até o valor devido. A Prefeitura poderá, inclusive, promover eventual Ação Cautelar para assegurar o integral ressarcimento com os gastos de regularização do loteamento. 4º A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, para assegurar a regularização do loteamento ou desmembramento, bem como o ressarcimento integral de importâncias despendidas, ou a despender, poderá promover judicialmente os procedimentos cautelares necessários aos fins colimados. Uma vez regularizado o loteamento, poderá o adquirente proceder normalmente à obtenção do registro, desde que comprove o depósito do pagamento de todas as prestações do preço avençado. Art. 41. Regularizado o loteamento ou desmembramento pela Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for o caso, o adquirente do lote, comprovando o depósito de todas as prestações do preço avençado, poderá obter o registro, de propriedade do lote adquirido, valendo para tanto o compromisso de venda e compra devidamente firmado. Mesmo que haja a execução do loteamento não aprovado, as áreas públicas exigidas por lei devem ser mantidas, sem prejuízo das sanções administrativas, civis e criminais. Neste caso, deverá o loteador ressarcir a Prefeitura em pecúnia em valor equivalente ao dobro da diferença entre a área exigida e a efetivamente destinada. Art. 43. Ocorrendo a execução de loteamento não aprovado, a destinação de áreas públicas exigidas no inciso I do art. 4º desta Lei não se poderá alterar sem prejuízo da aplicação das sanções administrativas, civis e criminais previstas. Parágrafo único. Neste caso, o loteador ressarcirá a Prefeitura Municipal ou o Distrito Federal quando for o caso, em pecúnia ou em área equivalente, no dobro 49 de 86

51 da diferença entre o total das áreas públicas exigidas e as efetivamente destinadas. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) Como este ponto já foi cobrado em prova? CESPE MPU - Analista - 21 A aprovação final de um parcelamento urbano depende da efetivação da venda, cessão ou ocupação de todos os lotes e de seu registro, pelo proprietário, em cartório de registro de imóveis da circunscrição onde se encontra a gleba fracionada. Comentários Item Falso. A efetivação da venda não possui relação com a aprovação do parcelamento urbano. Ao contrário, nos termos do artigo 37, sequer será possível vender o lote antes de devidamente aprovado e registrado o loteamento. Aspectos Processuais previsto na Lei Desapropriação Quanto a eventual processo de desapropriação nos terrenos loteados, a Lei 6.766/79 estabelece que não serão considerados como loteados ou loteáveis os terrenos objetos de desmembramento ou loteamento não registrado. Contudo, apenas os terrenos ainda não vendidos ou compromissados. Art. 42. Nas desapropriações não serão considerados como loteados ou loteáveis, para fins de indenização, os terrenos ainda não vendidos ou compromissados, objeto de loteamento ou desmembramento não registrado. Ao mesmo tempo, o artigo 44 estabelece que: Art. 44. O Município, o Distrito Federal e o Estado poderão expropriar áreas urbanas ou de expansão urbana para reloteamento, demolição, reconstrução e incorporação, ressalvada a preferência dos expropriados para a aquisição de novas unidades. 5 de 86

52 Legitimidade Tanto o loteador quanto os vizinhos são partes legítimas para promover ação destinada a impedir a construção em desacordo com as normas legais ou contratuais. Tal direito do loteador permanece, ainda que tenha vendido todos os lotes. Art. 45. O loteador, ainda que já tenha vendido todos os lotes, ou os vizinhos, são partes legítimas para promover ação destinada a impedir construção em desacordo com restrições legais ou contratuais. Ao demandar em juízo, o loteador deverá acostar aos autos os registros e contratos a que se refere quanto ao loteamento: Art. 46. O loteador não poderá fundamentar qualquer ação ou defesa na presente Lei sem apresentação dos registros e contratos a que ela se refere. Se o loteador integrar grupo econômico, qualquer pessoa física ou jurídica beneficiária do grupo será solidariamente responsável pelos prejuízos causados aos compradores de lotes e ao Poder Público: Art. 47. Se o loteador integrar grupo econômico ou financeiro, qualquer pessoa física ou jurídica desse grupo, beneficiária de qualquer forma do loteamento ou desmembramento irregular, será solidariamente responsável pelos prejuízos por ele causados aos compradores de lotes e ao Poder Público. Foro Quanto ao foro: Art. 48. O foro competente para os procedimentos judiciais previstos nesta Lei será o da comarca da situação do lote. Intimações 51 de 86

53 Quanto às intimações previstas na legislação em epígrafe, o artigo 49 estabelece que: Art. 49. As intimações e notificações previstas nesta Lei deverão ser feitas pessoalmente ao intimado ou notificado, que assinará o comprovante do recebimento, e poderão igualmente ser promovidas por meio dos Cartórios de Registro de Títulos e Documentos da Comarca da situação do imóvel ou do domicílio de quem deva recebê-las. 1º Se o destinatário se recusar a dar recibo ou se furtar ao recebimento, ou se for desconhecido o seu paradeiro, o funcionário incumbido da diligência informará esta circunstância ao Oficial competente que a certificará, sob sua responsabilidade. 2º Certificada a ocorrência dos fatos mencionados no parágrafo anterior, a intimação ou notificação será feita por edital na forma desta Lei, começando o prazo a correr 1 (dez) dias após a última publicação. 52 de 86

54 Capítulo IX Disposições Penais O capítulo IX da Lei 6.766/79 estabelece ainda algumas disposições penais. Trata-se de crime contra a Administração Pública dar início ou efetuar loteamento ou desmembramento para fins urbanos sem autorização do órgão competente ou em desacordo com as normas legais. Tal crime será qualificado se cometido por meio de venda ou promessa de venda de lotes não registrado no Registro de Imóveis competentes. As penas cominadas para este delito são de reclusão. Art. 5. Constitui crime contra a Administração Pública. I - dar início, de qualquer modo, ou efetuar loteamento ou desmembramento do solo para fins urbanos, sem autorização do órgão público competente, ou em desacordo com as disposições desta Lei ou das normas pertinentes do Distrito Federal, Estados e Municipíos; II - dar início, de qualquer modo, ou efetuar loteamento ou desmembramento do solo para fins urbanos sem observância das determinações constantes do ato administrativo de licença; III - fazer ou veicular em proposta, contrato, prospecto ou comunicação ao público ou a interessados, afirmação falsa sobre a legalidade de loteamento ou desmembramento do solo para fins urbanos, ou ocultar fraudulentamente fato a ele relativo. Pena: Reclusão, de 1(um) a 4 (quatro) anos, e multa de 5 (cinco) a 5 (cinqüenta) vezes o maior salário mínimo vigente no País. Parágrafo único - O crime definido neste artigo é qualificado, se cometido. I - por meio de venda, promessa de venda, reserva de lote ou quaisquer outros instrumentos que manifestem a intenção de vender lote em loteamento ou desmembramento não registrado no Registro de Imóveis competente. II - com inexistência de título legítimo de propriedade do imóvel loteado ou desmembrado, ressalvado o disposto no art. 18, 4o e 5o, desta Lei, ou com omissão fraudulenta de fato a ele relativo, se o fato não constituir crime mais grave. (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) Pena: Reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa de 1 (dez) a 1 (cem) vezes o maior salário mínimo vigente no País. Além disso, aquele que concorrer para a prática do crime previsto nesta lei também incidirá nas mesmas penalidades. Art. 51. Quem, de qualquer modo, concorra para a prática dos crimes previstos no artigo anterior desta Lei incide nas penas a estes cominadas, considerados em 53 de 86

55 especial os atos praticados na qualidade de mandatário de loteador, diretor ou gerente de sociedade. Por fim, efetuar o registro de loteamento ou desmembramento não aprovado pelos órgãos competentes também é crime sujeito à pena de detenção e multa. Art. 52. Registrar loteamento ou desmembramento não aprovado pelos órgãos competentes, registrar o compromisso de compra e venda, a cessão ou promessa de cessão de direitos, ou efetuar registro de contrato de venda de loteamento ou desmembramento não registrado. Pena: Detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa de 5 (cinco) a 5 (cinqüenta) vezes o maior salário mínimo vigente no País, sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis. Capítulo X Disposições Finais De acordo com o artigo 53, as alterações de uso do solo rural para fins urbanísticos dependem de prévia oitiva do INCRA e da aprovação da Prefeitura Municipal. Art. 53. Todas as alterações de uso do solo rural para fins urbanos dependerão de prévia audiência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, do Órgão Metropolitano, se houver, onde se localiza o Município, e da aprovação da Prefeitura municipal, ou do Distrito Federal quando for o caso, segundo as exigências da legislação pertinente. Por fim, o artigo 53-A considera de interesse público os parcelamentos vinculados a programas habitacionais de iniciativa do Poder Público, em especial na regularização de parcelamentos e de assentamentos. Nestes casos, não será exigível documentação que não seja a mínima necessária e indispensável aos registros no cartório competente. Ao Poder Público não se aplicam as exigências e sanções aplicáveis aos particulares, em especial aquelas que visem garantir a realização de obras e serviços, ou que visem prevenir questões de domínio de glebas, que se presumirão asseguradas pelo Poder Público respectivo. Art. 53-A. São considerados de interesse público os parcelamentos vinculados a planos ou programas habitacionais de iniciativa das Prefeituras Municipais e do 54 de 86

56 Distrito Federal, ou entidades autorizadas por lei, em especial as regularizações de parcelamentos e de assentamentos. Parágrafo único. Às ações e intervenções de que trata este artigo não será exigível documentação que não seja a mínima necessária e indispensável aos registros no cartório competente, inclusive sob a forma de certidões, vedadas as exigências e as sanções pertinentes aos particulares, especialmente aquelas que visem garantir a realização de obras e serviços, ou que visem prevenir questões de domínio de glebas, que se presumirão asseguradas pelo Poder Público respectivo. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) 55 de 86

57 2 -Bibliografia AMADO, Frederico Di Trindade. DIREITO AMBIENTAL ESQUEMATIZADO. 5ª EDIÇÃO. Rio de Janeiro: Forense, 214. SILVA, José Afonso da. DIREITO URBANÍSTICO BRASILEIRO. 7ª Edição. São Paulo: Malheiros Editores, 215. THOMÉ, Romeu. Manual de Direito Ambiental. 5ª edição. Salvador: Juspodivm, de 86

58 3 Questões Objetivas Questões Objetivas Questão 1 - Com. Exam. (MPE SP) - Promotor de Justiça (MPE SP) Assinale a alternativa INCORRETA. Segundo a Lei n.º 6.766, de 19 de dezembro de 1979, que dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras Providências, a) a infraestrutura básica dos parcelamentos é constituída pelos equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica pública e domiciliar e vias de circulação. b) considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. c) considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes. d) considera-se lote o terreno cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe, bem como às diretrizes especificadas pelo loteador no que diz respeito à sua destinação. e) somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal. Questão 2 - Com. Exam. (MPE SP) - Promotor de Justiça (MPE SP) À luz da Lei nº 6.766/79 (Lei de Parcelamento do Solo Urbano), assinale a alternativa que contém afirmação incorreta: a) Em caso de rescisão por inadimplemento do adquirente, as benfeitorias necessárias ou úteis por ele levadas a efeito no imóvel deverão ser indenizadas, salvo disposição contratual em contrário. b) É vedado vender ou prometer vender parcela de loteamento ou desmembramento não registrado. 57 de 86

59 c) O loteador, ainda que já tenha vendido todos os lotes, ou os vizinhos, são partes legítimas para promover ação destinada a impedir construção em desacordo com restrições legais ou contratuais. d) Os compromissos de compra e venda, as cessões e as promessas de cessão valerão como título para o registro da propriedade do lote adquirido, quando acompanhados da respectiva prova de quitação. e) Será nula de pleno direito a cláusula de rescisão de contrato por inadimplemento do adquirente, quando o loteamento não estiver regularmente inscrito. Questão 3 - VUNESP - Procurador Jurídico (Suzano) Sobre o que dispõe a lei do parcelamento do solo, é correto afirmar que a) a Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, indicará, nas plantas apresentadas junto com o requerimento, de acordo com as diretrizes de planejamento estadual e municipal, diretrizes essas que depois de expedidas valerão pelo prazo máximo de dois anos. b) o registro do loteamento só poderá ser cancelado por ordem judicial e independentemente da sentença ter transitado em julgado. c) o projeto de loteamento e desmembramento deverá ser aprovado pela Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for o caso, a quem compete também a fixação das diretrizes, devendo porém, para ter validade, ter anuência expressa do Poder Público Estadual. d) será nula de pleno direito a cláusula de rescisão de contrato por inadimplemento do adquirente, quando o loteamento não estiver regularmente inscrito. e) os espaços livres de uso comum, as vias e praças, as áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo, não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, em nenhuma hipótese, a partir da aprovação do loteamento pelos órgãos competentes. Questão 4 - FCC - Procurador (Campinas) Um empreendedor decidiu investir em uma grande área de sua propriedade para a implantação de um residencial. Elaborou projeto de loteamento e o submeteu às autoridades municipais para aprovação prévia. Além da competência municipal para ordenamento do solo e, portanto, aprovação dos projetos de loteamento, cabe ao Município a) a definição das Áreas de Proteção Permanente APP e a autorização para sua utilização. b) receber as áreas institucionais assim definidas em processos de loteamento, vedada a alteração de destinação e a instalação de equipamentos públicos de outras esferas de governo. 58 de 86

60 c) o licenciamento ambiental dos projetos de loteamento, tendo em vista a predominância do interesse local e a competência urbanística do município. d) a definição, em lei, do percentual de áreas públicas obrigatórias para os loteamentos, observados os critérios lançados na lei de parcelamento do solo e respeitada a legislação ambiental específica quanto às áreas verdes. e) autorizar a alteração de destinação das áreas verdes e institucionais dos loteamentos registrados há menos de 1 anos, para conformação à situação urbanística atual. Questão 5 - CESPE TCE/PB Procurador do Ministério Público de Contas Acerca do regramento legal sobre o parcelamento do solo para fins urbanos, conforme a Lei n.º 6.766/1979, assinale a opção correta. a) Como regra geral, a infraestrutura mínima com a qual deve contar qualquer parcelamento do solo urbano restringe-se à existência de rede de abastecimento de água potável e de esgotamento sanitário, bem como energia elétrica domiciliar. b) A partir do registro do loteamento, passam a integrar o domínio do município as vias e praças, os espaços livres e as áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos constantes do projeto e do memorial descritivo. c) Será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos apenas em zonas urbanas ou de urbanização específica, e que assim forem definidas pelo plano diretor. d) O registro de loteamento poderá ser cancelado mediante requerimento do loteador, desde que conte com anuência da prefeitura e tenham sido comercializados no máximo 1% dos lotes, garantido aos compradores o direito à indenização. e) Tanto o loteamento quanto o desmembramento consistem na subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, admitindo-se, em ambas as modalidades de parcelamento do solo urbano indicadas, o prolongamento dos logradouros públicos já existentes, embora a abertura de novas vias de circulação somente seja admitida no loteamento. Questão 6 - FCC - AJ TRF3/TRF 3/Apoio Especializado/Arquitetura/27 Leis de Zoneamento são leis que dispõem sobre o parcelamento, disciplinam e ordenam o Uso e Ocupação do Solo. Para os efeitos destas leis, considere a definição das seguintes expressões: I. Pavimento térreo é aquele onde está situado o acesso principal da edificação, segundo critérios estabelecidos em lei. II. Taxa de ocupação é a relação entre a área da projeção horizontal da edificação ou edificações e a área do lote. 59 de 86

61 III. Taxa de permeabilidade é a relação entre a área permeável, que permite a infiltração da água no solo, livre de qualquer edificação ou pavimentação não drenante e a área não edificada do lote. Está correto o que se afirma em a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) I, II e III. d) II, apenas. e) II e III, apenas. Questão 7 - FCC - AJ TRF3/TRF 3/Apoio Especializado/Engenharia Civil/27 Em relação à Lei de Parcelamento do Solo, é correto afirmar: a) Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. b) O parcelamento do solo será admitido, ainda que para fins urbanos, em zonas rurais destinadas à expansão urbana, quando estas forem definidas por lei municipal como de destinação comunitária, a exemplo dos condomínios residenciais, dos centros comerciais, das áreas de lazer, entre outras. c) Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado deverá solicitar à Prefeitura Municipal e ou Distrito Federal, se for o caso, que defina as diretrizes para o uso do solo, traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das áreas reservadas para equipamento urbano e comunitário, apresentando, para este fim, requerimento e planta contendo os documentos legais previstos na lei. d) Toda área destinada à instalação de sistema de equipamentos urbanos e comunitários, assim espaços livres de uso público, serão aprovadas protocolado na Assembléia Legislativa com correspondente a 1/3 da área a ser loteada. de circulação, implantação como a disponibilização de considerando-se o projeto densidade de ocupação e) O parcelamento do solo em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações somente será permitido quando autorizado pelo órgão competente, desde que haja a assunção por parte do interessado, por meio de requerimento redigido de próprio punho e registrado em cartório. Questão 8 - FCC - AJ TRF4/TRF 4/Apoio Especializado/Engenharia Civil/21 Sobre parcelamento de solo, considere: 6 de 86

62 I. Loteamento é a subdivisão da gleba em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. II. Desmembramento é a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com o aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique abertura de novas vias e logradouros públicos, nem prolongamento, modificação ou ampliação das já existentes. III. É necessário, mas não suficiente, que qualquer terreno que venha a receber um loteamento, e que, portanto, sofrerá divisão em lotes, tenha regularizada sua matrícula junto ao cartório responsável ou de direito. V. Sem a liquidação de partilha de bens, referente a um determinado terreno, não é possível proceder ao desdobramento futuro de um loteamento ou terreno, visto que a matrícula relativa aos lotes finais não poderá ser emitida. É correto o que consta em a) II e IV, apenas. b) I e III, apenas. c) I, II, III e IV. d) I e II, apenas. e) I, III e IV, apenas. Questão 9 - FCC - Eng (CEF)/CEF/Engenharia Civil/213 O parcelamento do solo para fins urbanos é feito de acordo com leis federais, estaduais e municipais. Sobre o parcelamento do solo, considere: I. O loteamento e o desmembramento são subdivisões de gleba em lotes destinados à edificação. II. O loteamento e o desmembramento permitem a abertura de novas vias de circulação e logradouros públicos. III. A infraestrutura básica de um parcelamento do solo é constituída por equipamentos urbanos, como por exemplo: escoamento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, entre outros. IV. O desmembramento possibilita o prolongamento e a ampliação dos logradouros existentes. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II e IV. b) II e III. c) I e III. d) II e IV. 61 de 86

63 e) I e IV. Questão 1 - FCC - Proc (Cuiabá)/Pref Cuiabá/214 São atos sujeitos ao registro na matrícula do imóvel: a) notificação para parcelamento, edificação ou utilização compulsórios de imóvel urbano. b) servidões em geral. c) mudança de denominação e de numeração dos prédios, edificação, reconstrução, demolição, desmembramento e loteamento de imóveis. d) caução e cessão fiduciária de direitos relativos a imóveis. e) cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade impostas a imóveis, bem como a constituição de fideicomisso. Questão 11 - FCC - Proc (Cuiabá)/Pref Cuiabá/214 A respeito dos requisitos urbanísticos para loteamentos, considere: I. As áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento urbano e comunitário, bem como a espaços livres de uso público, serão proporcionais à densidade de ocupação prevista pelo plano diretor ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem. II. Os lotes terão área mínima de 25 m2 (duzentos e cinquenta metros quadrados) e frente mínima de 1 (dez) metros, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes. III. Ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa não edificável de 3 (trinta) metros de cada lado, salvo maiores exigências da legislação específica. Está correto o que se afirma APENAS em a) III. b) I e III. c) I e II. d) I. e) II e III. Questão 12 - FCC - Proc (PGE MT)/PGE MT/211 NÃO será permitido o parcelamento do solo a) em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, em qualquer hipótese. b) em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, ainda que sejam previamente saneados. 62 de 86

64 c) em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua correção. d) em terrenos onde as condições geológicas aconselham a edificação. e) em terreno com declividade igual ou superior a 2% (vinte por cento). Questão 13 - FCC - Proc (Teresina)/Pref Teresina/21 Em relação aos loteamentos urbanos, é INCORRETO afirmar que a) o Município não poderá expropriar áreas urbanas ou de expansão urbana para reloteamento, demolição, reconstrução e incorporação. b) os interessados em elaborar projetos de loteamento deverão solicitar à Prefeitura Municipal que defina as diretrizes para o uso do solo, o traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das áreas reservadas para equipamento urbano e comunitário. c) os espaços livres de uso comum, as vias e praças e áreas destinadas a outros equipamentos urbanos constantes do projeto não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, desde a aprovação do loteamento, salvo em caso de caducidade da licença ou desistência do loteador. d) aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento, o loteador deverá submetê-lo ao Registro Imobiliário dentro de 18 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da aprovação. e) a Prefeitura Municipal poderá, para assegurar a regularização do loteamento ou desmembramento, bem como o ressarcimento integral de importâncias despendidas ou a despender, promover judicialmente os procedimentos cautelares necessários a tais fins. Questão 14 - FCC - ADP (DPE SP)/DPE SP/Arquiteto/21 Em loteamentos, considerando os requisitos urbanísticos exigidos pela Lei no 6.766/76, os lotes terão área a) mínima de 125 m2 e frente mínima de 5 metros. b) mínima de 125 m2 e frente mínima de 5 metros, apenas para conjuntos habitacionais de interesse social. c) mínima de 15 m2 e frente mínima de 5 metros. d) proporcional à densidade de ocupação prevista nos planos diretores ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem. e) mínima de 125 m2 e frente mínima de 8 metros. Questão 15 - FCC - APE (TCE-RS)/TCE-RS/Arquitetura/214 De acordo com a Lei Federal nº 6.766/79, são, entre outros, documentos que o loteador deve submeter ao registro imobiliário após aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento: 63 de 86

65 a) histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos vinte anos, acompanhados dos respectivos comprovantes; certidões negativas de ações reais referentes ao imóvel, pelo período de dez anos; declaração do cônjuge do requerente de que consente no registro do loteamento. b) certidões dos cartórios de protestos de títulos, em nome do loteador, pelo período de vinte anos; histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos dez anos, acompanhados dos respectivos comprovantes; declaração do cônjuge do requerente de que consente no registro do loteamento. c) histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos dez anos, acompanhados dos respectivos comprovantes; certidões negativas de ações reais referentes ao imóvel, pelo período de dez anos; certidões dos cartórios de protestos de títulos, em nome do loteador, pelo período de vinte anos. d) histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos vinte anos, acompanhados dos respectivos comprovantes; certidões dos cartórios de protestos de títulos, em nome do loteador, pelo período de vinte anos; certidões negativas de ações reais referentes ao imóvel, pelo período de vinte anos. e) certidões dos cartórios de protestos de títulos, em nome do loteador, pelo período de dez anos; histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos dez anos, acompanhados dos respectivos comprovantes; certidões negativas de ações reais referentes ao imóvel, pelo período de dez anos. 64 de 86

66 3.2 Gabaritos Questão Resposta Questão Resposta 1 D 9 C 2 A 1 B 3 D 11 D 4 D 12 C 5 B 13 A 6 A 14 A 7 C 15 A 8 C 65 de 86

67 3.3 Comentários Questão 1 - Com. Exam. (MPE SP) - Promotor de Justiça (MPE SP) Assinale a alternativa INCORRETA. Segundo a Lei n.º 6.766, de 19 de dezembro de 1979, que dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras Providências, a) a infraestrutura básica dos parcelamentos é constituída pelos equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica pública e domiciliar e vias de circulação. b) considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. c) considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes. d) considera-se lote o terreno cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe, bem como às diretrizes especificadas pelo loteador no que diz respeito à sua destinação. e) somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal. Comentários Gabarito, letra D. Art. 2º. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes. 4o Considera-se lote o terreno servido de infra-estrutura básica cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe. O erro é que não há, conforme a lei, necessidade de observar as diretrizes especificadas pelo loteador no que diz respeito à sua destinação. Letra A: Art. 2º, 5º da Lei nº 6.766/79: 66 de 86

68 Art. 2º. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes. 5o A infra-estrutura básica dos parcelamentos é constituída pelos equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica pública e domiciliar e vias de circulação. Letra B: Art. 2º, 1º da Lei nº 6.766/79: Art. 2º. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes. 1º - Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. Letra C: Art. 2º, 2º da Lei nº 6.766/79: Art. 2º. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes. 2º- considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes. Letra E: Art. 3º da Lei º 6.766/79: Art. 3o Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal. Questão 2 - Com. Exam. (MPE SP) - Promotor de Justiça (MPE SP) À luz da Lei nº 6.766/79 (Lei de Parcelamento do Solo Urbano), assinale a alternativa que contém afirmação incorreta: 67 de 86

69 a) Em caso de rescisão por inadimplemento do adquirente, as benfeitorias necessárias ou úteis por ele levadas a efeito no imóvel deverão ser indenizadas, salvo disposição contratual em contrário. b) É vedado vender ou prometer vender parcela de loteamento ou desmembramento não registrado. c) O loteador, ainda que já tenha vendido todos os lotes, ou os vizinhos, são partes legítimas para promover ação destinada a impedir construção em desacordo com restrições legais ou contratuais. d) Os compromissos de compra e venda, as cessões e as promessas de cessão valerão como título para o registro da propriedade do lote adquirido, quando acompanhados da respectiva prova de quitação. e) Será nula de pleno direito a cláusula de rescisão de contrato por inadimplemento do adquirente, quando o loteamento não estiver regularmente inscrito. Comentários Gabarito, letra A. O contrato não poderá dispor qualquer exceção ao ressarcimento pelas benfeitorias, conforme art. 34 da Lei nº 6.766/79: Art. 34. Em qualquer caso de rescisão por inadimplemento do adquirente, as benfeitorias necessárias ou úteis por ele levadas a efeito no imóvel deverão ser indenizadas, sendo de nenhum efeito qualquer disposição contratual em contrário. Letra B: Art. 37: Art. 37. É vedado vender ou prometer vender parcela de loteamento ou desmembramento não registrado. Letra C: Art. 45: Art. 45. O loteador, ainda que já tenha vendido todos os lotes, ou os vizinhos, são partes legítimas para promover ação destinada a impedir construção em desacordo com restrições legais ou contratuais. Letra D: Art. 26, 6º: 68 de 86

70 Art. 26. Os compromissos de compra e venda, as cessões ou promessas de cessão poderão ser feitos por escritura pública ou por instrumento particular, de acordo com o modelo depositado na forma do inciso VI do art. 18 e conterão, pelo menos, as seguintes indicações: 6º Os compromissos de compra e venda, as cessões e as promessas de cessão valerão como título para o registro da propriedade do lote adquirido, quando acompanhados da respectiva prova de quitação. Letra E: Art. 39: Art.39. Será nula de pleno direito a cláusula de rescisão de contrato por inadimplemento do adquirente, quando o loteamento não estiver regularmente inscrito. Questão 3 - VUNESP - Procurador Jurídico (Suzano) Sobre o que dispõe a lei do parcelamento do solo, é correto afirmar que a) a Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, indicará, nas plantas apresentadas junto com o requerimento, de acordo com as diretrizes de planejamento estadual e municipal, diretrizes essas que depois de expedidas valerão pelo prazo máximo de dois anos. b) o registro do loteamento só poderá ser cancelado por ordem judicial e independentemente da sentença ter transitado em julgado. c) o projeto de loteamento e desmembramento deverá ser aprovado pela Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for o caso, a quem compete também a fixação das diretrizes, devendo porém, para ter validade, ter anuência expressa do Poder Público Estadual. d) será nula de pleno direito a cláusula de rescisão de contrato por inadimplemento do adquirente, quando o loteamento não estiver regularmente inscrito. e) os espaços livres de uso comum, as vias e praças, as áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo, não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, em nenhuma hipótese, a partir da aprovação do loteamento pelos órgãos competentes. Comentários Gabarito, letra D. Art. 39 da Lei nº 6.766/79: 69 de 86

71 Art.39. Será nula de pleno direito a cláusula de rescisão de contrato por inadimplemento do adquirente, quando o loteamento não estiver regularmente inscrito. Letra A: O prazo de validade será de quatro anos, conforme art. 7º: Art. 7º. A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, indicará, nas plantas apresentadas junto com o requerimento, de acordo com as diretrizes de planejamento estadual e municipal: Letra B: Há mais requisitos que apenas a decisão judicial, conforme art. 23: Art. 23. O registro do loteamento só poderá ser cancelado: I - por decisão judicial; II - a requerimento do loteador, com anuência da Prefeitura, ou do Distrito Federal quando for o caso, enquanto nenhum lote houver sido objeto de contrato; III - a requerimento conjunto do loteador e de todos os adquirentes de lotes, com anuência da Prefeitura, ou do Distrito Federal quando for o caso, e do Estado. Letra C: Não é esse o requisito do art. 12: Art. 12. O projeto de loteamento e desmembramento deverá ser aprovado pela Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for o caso, a quem compete também a fixação das diretrizes a que aludem os arts. 6º e 7º desta Lei, salvo a exceção prevista no artigo seguinte. Letra E: É possível a alteração da destinação, conforme art. 17: Art. 17. Os espaços livres de uso comum, as vias e praças, as áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo, não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, desde a aprovação do loteamento, salvo as hipóteses de caducidade da licença ou desistência do loteador, sendo, neste caso, observadas as exigências do art. 23 desta Lei. Questão 4 - FCC - Procurador (Campinas) Um empreendedor decidiu investir em uma grande área de sua propriedade para a implantação de um residencial. Elaborou projeto de loteamento e o submeteu às autoridades municipais para aprovação prévia. Além da 7 de 86

72 competência municipal para ordenamento do solo e, portanto, aprovação dos projetos de loteamento, cabe ao Município a) a definição das Áreas de Proteção Permanente APP e a autorização para sua utilização. b) receber as áreas institucionais assim definidas em processos de loteamento, vedada a alteração de destinação e a instalação de equipamentos públicos de outras esferas de governo. c) o licenciamento ambiental dos projetos de loteamento, tendo em vista a predominância do interesse local e a competência urbanística do município. d) a definição, em lei, do percentual de áreas públicas obrigatórias para os loteamentos, observados os critérios lançados na lei de parcelamento do solo e respeitada a legislação ambiental específica quanto às áreas verdes. e) autorizar a alteração de destinação das áreas verdes e institucionais dos loteamentos registrados há menos de 1 anos, para conformação à situação urbanística atual. Comentários Gabarito, letra D. Em outra palavras, a resposta está no art. 4º, 1º da Lei nº 6.766/79: Art. 4º. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: 1o A legislação municipal definirá, para cada zona em que se divida o território do Município, os usos permitidos e os índices urbanísticos de parcelamento e ocupação do solo, que incluirão, obrigatoriamente, as áreas mínimas e máximas de lotes e os coeficientes máximos de aproveitamento. Letra A: Não é esta uma competência dos Municípios, mas sim da esfera federal (Lei Florestal). Letra B: A lei não prevê tal vedação, conforme art. 17: Art. 17. Os espaços livres de uso comum, as vias e praças, as áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo, não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, desde a aprovação do loteamento, salvo as hipóteses de caducidade da licença ou desistência do loteador, sendo, neste caso, observadas as exigências do art. 23 desta Lei. Letra C: Não há a referida vedação na lei, conforme art. 17: 71 de 86

73 Art. 17. Os espaços livres de uso comum, as vias e praças, as áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo, não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, desde a aprovação do loteamento, salvo as hipóteses de caducidade da licença ou desistência do loteador, sendo, neste caso, observadas as exigências do art. 23 desta Lei. Letra E: Não há previsão legal para a referida competência municipal. Questão 5 - CESPE TCE/PB Procurador do Ministério Público de Contas Acerca do regramento legal sobre o parcelamento do solo para fins urbanos, conforme a Lei n.º 6.766/1979, assinale a opção correta. a) Como regra geral, a infraestrutura mínima com a qual deve contar qualquer parcelamento do solo urbano restringe-se à existência de rede de abastecimento de água potável e de esgotamento sanitário, bem como energia elétrica domiciliar. b) A partir do registro do loteamento, passam a integrar o domínio do município as vias e praças, os espaços livres e as áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos constantes do projeto e do memorial descritivo. c) Será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos apenas em zonas urbanas ou de urbanização específica, e que assim forem definidas pelo plano diretor. d) O registro de loteamento poderá ser cancelado mediante requerimento do loteador, desde que conte com anuência da prefeitura e tenham sido comercializados no máximo 1% dos lotes, garantido aos compradores o direito à indenização. e) Tanto o loteamento quanto o desmembramento consistem na subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, admitindo-se, em ambas as modalidades de parcelamento do solo urbano indicadas, o prolongamento dos logradouros públicos já existentes, embora a abertura de novas vias de circulação somente seja admitida no loteamento. Comentários Gabarito, letra B. Art. 22 da lei: 72 de 86

74 Art. 22. Desde a data de registro do loteamento, passam a integrar o domínio do Município as vias e praças, os espaços livres e as áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo. Letra A: São mais itens/requisitos: Art. 2º. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes. 6º A infra-estrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas habitacionais declaradas por lei como de interesse social (ZHIS) consistirá, no mínimo, de: I - vias de circulação; II - escoamento das águas pluviais; III - rede para o abastecimento de água potável; e IV - soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar. Letra C: O erro desse quesito é questionável, isso porque a escrita dele traz uma afirmação que não está errada. Porém, pela completude do que determina a lei, observa-se o art. 3º: Art. 3o Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal. Letra D: Não poderiam ter sido comercializados lotes: Art. 23. O registro do loteamento só poderá ser cancelado: II - a requerimento do loteador, com anuência da Prefeitura, ou do Distrito Federal quando for o caso, enquanto nenhum lote houver sido objeto de contrato; Letra E: Essa não é a exata definição em lei, conforme art. 2º, 2º: Art. 2º. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes. 2º- considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes. 73 de 86

75 Questão 6 - FCC - AJ TRF3/TRF 3/Apoio Especializado/Arquitetura/27 Leis de Zoneamento são leis que dispõem sobre o parcelamento, disciplinam e ordenam o Uso e Ocupação do Solo. Para os efeitos destas leis, considere a definição das seguintes expressões: I. Pavimento térreo é aquele onde está situado o acesso principal da edificação, segundo critérios estabelecidos em lei. II. Taxa de ocupação é a relação entre a área da projeção horizontal da edificação ou edificações e a área do lote. III. Taxa de permeabilidade é a relação entre a área permeável, que permite a infiltração da água no solo, livre de qualquer edificação ou pavimentação não drenante e a área não edificada do lote. Está correto o que se afirma em a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) I, II e III. d) II, apenas. e) II e III, apenas. Comentários Gabarito, letra A. Termos puramente técnicos, pertencem a outra área de conhecimento. Questão 7 - FCC - AJ TRF3/TRF 3/Apoio Especializado/Engenharia Civil/27 Em relação à Lei de Parcelamento do Solo, é correto afirmar: a) Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. b) O parcelamento do solo será admitido, ainda que para fins urbanos, em zonas rurais destinadas à expansão urbana, quando estas forem definidas por lei municipal como de destinação comunitária, a exemplo dos condomínios residenciais, dos centros comerciais, das áreas de lazer, entre outras. 74 de 86

76 c) Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado deverá solicitar à Prefeitura Municipal e ou Distrito Federal, se for o caso, que defina as diretrizes para o uso do solo, traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das áreas reservadas para equipamento urbano e comunitário, apresentando, para este fim, requerimento e planta contendo os documentos legais previstos na lei. d) Toda área destinada à instalação de sistema de equipamentos urbanos e comunitários, assim espaços livres de uso público, serão aprovadas protocolado na Assembléia Legislativa com correspondente a 1/3 da área a ser loteada. de circulação, implantação como a disponibilização de considerando-se o projeto densidade de ocupação e) O parcelamento do solo em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações somente será permitido quando autorizado pelo órgão competente, desde que haja a assunção por parte do interessado, por meio de requerimento redigido de próprio punho e registrado em cartório. Comentários Gabarito, letra C. Conforme art. 6º: Art. 6º. Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado deverá solicitar à Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal quando for o caso, que defina as diretrizes para o uso do solo, traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das áreas reservadas para equipamento urbano e comunitário, apresentando, para este fim, requerimento e planta do imóvel contendo, pelo menos: Letra A: Não é essa a definição legal, conforme art. 2º, 2º: Art. 2º. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes. 2º- considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes. Letra B: No caso, exclusivamente em zonas urbanas: Art. 3o Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal. 75 de 86

77 Letra D: Não é esse o requisito de admissão: Art. 4º. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: I - as áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento urbano e comunitário, bem como a espaços livres de uso público, serão proporcionais à densidade de ocupação prevista pelo plano diretor ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem. Letra E: Somente será permitido, em tal caso, quando for assegurado o escoamento da água: Art. 3o Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal. Parágrafo único - Não será permitido o parcelamento do solo: I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas; Questão 8 - FCC - AJ TRF4/TRF 4/Apoio Especializado/Engenharia Civil/21 Sobre parcelamento de solo, considere: I. Loteamento é a subdivisão da gleba em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. II. Desmembramento é a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com o aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique abertura de novas vias e logradouros públicos, nem prolongamento, modificação ou ampliação das já existentes. III. É necessário, mas não suficiente, que qualquer terreno que venha a receber um loteamento, e que, portanto, sofrerá divisão em lotes, tenha regularizada sua matrícula junto ao cartório responsável ou de direito. V. Sem a liquidação de partilha de bens, referente a um determinado terreno, não é possível proceder ao desdobramento futuro de um loteamento ou terreno, visto que a matrícula relativa aos lotes finais não poderá ser emitida. É correto o que consta em a) II e IV, apenas. b) I e III, apenas. 76 de 86

78 c) I, II, III e IV. d) I e II, apenas. e) I, III e IV, apenas. Comentários Gabarito, letra C. I -> VERDADEIRO: Art. 2º, 1º: Art. 2º. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes. 1º - Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. II -> VERDADEIRO: Art. 2º, 2º: Art. 2º. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes. 2º- considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes. III -> VERDADEIRO: Há outros requisitos/documentos, conforme o art. 9º: Art. 9o Orientado pelo traçado e diretrizes oficiais, quando houver, o projeto, contendo desenhos, memorial descritivo e cronograma de execução das obras com duração máxima de quatro anos, será apresentado à Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal, quando for o caso, acompanhado de certidão atualizada da matrícula da gleba, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis competente, de certidão negativa de tributos municipais e do competente instrumento de garantia, ressalvado o disposto no 4o do art. 18. IV -> VERDADEIRO: Correto, visto que a averbação em cartório não admite saltos no histórico do imóvel. Assim, necessário que seja primeiro feita a liquidação da partilha para que, definindo-se o destino de determinado imóvel (ou parte dele), proceda-se ao loteamento. 77 de 86

79 Questão 9 - FCC - Eng (CEF)/CEF/Engenharia Civil/213 O parcelamento do solo para fins urbanos é feito de acordo com leis federais, estaduais e municipais. Sobre o parcelamento do solo, considere: I. O loteamento e o desmembramento são subdivisões de gleba em lotes destinados à edificação. II. O loteamento e o desmembramento permitem a abertura de novas vias de circulação e logradouros públicos. III. A infraestrutura básica de um parcelamento do solo é constituída por equipamentos urbanos, como por exemplo: escoamento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, entre outros. IV. O desmembramento possibilita o prolongamento e a ampliação dos logradouros existentes. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II e IV. b) II e III. c) I e III. d) II e IV. e) I e IV. Comentários Gabarito, letra C. I -> VERDADEIRO: São essas duas formas de parcelamento do solo urbano, conforme art. 2º da Lei nº 6.766/79: Art. 2º. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes. II -> FALSO: O desmembramento aproveita vias já existentes: Art. 2º. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes. 1º - Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. 2º- considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não 78 de 86

80 implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes. III -> VERDADEIRO: Trata-se de exata disposição legal (art. 2º, 6º): Art. 2º. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes. 6º A infra-estrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas habitacionais declaradas por lei como de interesse social (ZHIS) consistirá, no mínimo, de: I - vias de circulação; II - escoamento das águas pluviais; III - rede para o abastecimento de água potável; e IV - soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar. IV - > FALSO: Não é isso que define o art. 2º, 2º. Questão 1 - FCC - Proc (Cuiabá)/Pref Cuiabá/214 São atos sujeitos ao registro na matrícula do imóvel: a) notificação para parcelamento, edificação ou utilização compulsórios de imóvel urbano. b) servidões em geral. c) mudança de denominação e de numeração dos prédios, edificação, reconstrução, demolição, desmembramento e loteamento de imóveis. d) caução e cessão fiduciária de direitos relativos a imóveis. e) cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade impostas a imóveis, bem como a constituição de fideicomisso. Comentários Gabarito, letra B. Trata-se de questão relacionada à lei de registros públicos. Todos os atos, à exceção das servidões em geral (apto a registro), são aptos a averbação, conforme art. 167 da Lei nº 6.15/73. Questão 11 - FCC - Proc (Cuiabá)/Pref Cuiabá/214 A respeito dos requisitos urbanísticos para loteamentos, considere: 79 de 86

81 I. As áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento urbano e comunitário, bem como a espaços livres de uso público, serão proporcionais à densidade de ocupação prevista pelo plano diretor ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem. II. Os lotes terão área mínima de 25 m2 (duzentos e cinquenta metros quadrados) e frente mínima de 1 (dez) metros, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes. III. Ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa não edificável de 3 (trinta) metros de cada lado, salvo maiores exigências da legislação específica. Está correto o que se afirma APENAS em a) III. b) I e III. c) I e II. d) I. e) II e III. Comentários Gabarito, letra D. I -> VERDADEIRO: Art. 4º, inciso I da Lei nº 6.766/79: Art. 4º. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: I - as áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento urbano e comunitário, bem como a espaços livres de uso público, serão proporcionais à densidade de ocupação prevista pelo plano diretor ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem. II -> FALSO: As medidas são menores, conforme art. 4º, inciso II: Art. 4º. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: II - os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes; 8 de 86

82 III - > FALSO: O limite da faixa será de 15 (quinze) metros: Art. 4º. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: III - ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa não-edificável de 15 (quinze) metros de cada lado, salvo maiores exigências da legislação específica; Questão 12 - FCC - Proc (PGE MT)/PGE MT/211 NÃO será permitido o parcelamento do solo a) em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, em qualquer hipótese. b) em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, ainda que sejam previamente saneados. c) em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua correção. d) em terrenos onde as condições geológicas aconselham a edificação. e) em terreno com declividade igual ou superior a 2% (vinte por cento). Comentários Gabarito, letra C. Os impedimentos de parcelamento estão dispostos no art. 3º, parágrafo único da Lei nº 6.766/79: Art. 3o Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal. Parágrafo único - Não será permitido o parcelamento do solo: I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas; Il - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam previamente saneados; III - em terrenos com declividade igual ou superior a 3% (trinta por cento), salvo se atendidas exigências específicas das autoridades competentes; IV - em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação; V - em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua correção. Questão 13 - FCC - Proc (Teresina)/Pref Teresina/21 81 de 86

83 Em relação aos loteamentos urbanos, é INCORRETO afirmar que a) o Município não poderá expropriar áreas urbanas ou de expansão urbana para reloteamento, demolição, reconstrução e incorporação. b) os interessados em elaborar projetos de loteamento deverão solicitar à Prefeitura Municipal que defina as diretrizes para o uso do solo, o traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das áreas reservadas para equipamento urbano e comunitário. c) os espaços livres de uso comum, as vias e praças e áreas destinadas a outros equipamentos urbanos constantes do projeto não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, desde a aprovação do loteamento, salvo em caso de caducidade da licença ou desistência do loteador. d) aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento, o loteador deverá submetê-lo ao Registro Imobiliário dentro de 18 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da aprovação. e) a Prefeitura Municipal poderá, para assegurar a regularização do loteamento ou desmembramento, bem como o ressarcimento integral de importâncias despendidas ou a despender, promover judicialmente os procedimentos cautelares necessários a tais fins. Comentários Gabarito, letra A. Existe essa permissão, conforme art. 44 da Lei nº 6.766/79: Art. 44. O Município, o Distrito Federal e o Estado poderão expropriar áreas urbanas ou de expansão urbana para reloteamento, demolição, reconstrução e incorporação, ressalvada a preferência dos expropriados para a aquisição de novas unidades. Letra B: Art. 6º da Lei nº 6.766/79: Art. 6º. Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado deverá solicitar à Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal quando for o caso, que defina as diretrizes para o uso do solo, traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das áreas reservadas para equipamento urbano e comunitário, apresentando, para este fim, requerimento e planta do imóvel contendo, pelo menos: Letra C: Art. 17: Art. 17. Os espaços livres de uso comum, as vias e praças, as áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do 82 de 86

84 memorial descritivo, não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, desde a aprovação do loteamento, salvo as hipóteses de caducidade da licença ou desistência do loteador, sendo, neste caso, observadas as exigências do art. 23 desta Lei. Letra D: Art. 18: Art. 18. Aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento, o loteador deverá submetê-lo ao registro imobiliário dentro de 18 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da aprovação, acompanhado dos seguintes documentos: Letra E: Art. 4, 4º: Art. 4. A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, se desatendida pelo loteador a notificação, poderá regularizar loteamento ou desmembramento não autorizado ou executado sem observância das determinações do ato administrativo de licença, para evitar lesão aos seus padrões de desenvolvimento urbano e na defesa dos direitos dos adquirentes de lotes. 4º A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, para assegurar a regularização do loteamento ou desmembramento, bem como o ressarcimento integral de importâncias despendidas, ou a despender, poderá promover judicialmente os procedimentos cautelares necessários aos fins colimados. Questão 14 - FCC - ADP (DPE SP)/DPE SP/Arquiteto/21 Em loteamentos, considerando os requisitos urbanísticos exigidos pela Lei no 6.766/76, os lotes terão área a) mínima de 125 m2 e frente mínima de 5 metros. b) mínima de 125 m2 e frente mínima de 5 metros, apenas para conjuntos habitacionais de interesse social. c) mínima de 15 m2 e frente mínima de 5 metros. d) proporcional à densidade de ocupação prevista nos planos diretores ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem. e) mínima de 125 m2 e frente mínima de 8 metros. Comentários Gabarito, letra A. A medida é definida conforme o art. 4º, inciso II da Lei nº 6.766/79: Art. 4º. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: 83 de 86

85 II - os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes; Questão 15 - FCC - APE (TCE-RS)/TCE-RS/Arquitetura/214 De acordo com a Lei Federal nº 6.766/79, são, entre outros, documentos que o loteador deve submeter ao registro imobiliário após aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento: a) histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos vinte anos, acompanhados dos respectivos comprovantes; certidões negativas de ações reais referentes ao imóvel, pelo período de dez anos; declaração do cônjuge do requerente de que consente no registro do loteamento. b) certidões dos cartórios de protestos de títulos, em nome do loteador, pelo período de vinte anos; histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos dez anos, acompanhados dos respectivos comprovantes; declaração do cônjuge do requerente de que consente no registro do loteamento. c) histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos dez anos, acompanhados dos respectivos comprovantes; certidões negativas de ações reais referentes ao imóvel, pelo período de dez anos; certidões dos cartórios de protestos de títulos, em nome do loteador, pelo período de vinte anos. d) histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos vinte anos, acompanhados dos respectivos comprovantes; certidões dos cartórios de protestos de títulos, em nome do loteador, pelo período de vinte anos; certidões negativas de ações reais referentes ao imóvel, pelo período de vinte anos. e) certidões dos cartórios de protestos de títulos, em nome do loteador, pelo período de dez anos; histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos dez anos, acompanhados dos respectivos comprovantes; certidões negativas de ações reais referentes ao imóvel, pelo período de dez anos. Comentários Gabarito, letra A. Eis alguns dos documentos necessários: Art. 18. Aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento, o loteador deverá submetê-lo ao registro imobiliário dentro de 18 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da aprovação, acompanhado dos seguintes documentos: 84 de 86

86 I - título de propriedade do imóvel ou certidão da matrícula, ressalvado o disposto nos 4º e 5º; II - histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos 2 (vintes anos), acompanhados dos respectivos comprovantes; III - certidões negativas: a) de tributos federais, estaduais e municipais incidentes sobre o imóvel; b) de ações reais referentes ao imóvel, pelo período de 1 (dez) anos; c) de ações penais com respeito ao crime contra o patrimônio e contra a Administração Pública. IV - certidões: a) dos cartórios de protestos de títulos, em nome do loteador, pelo período de 1 (dez) anos; b) de ações pessoais relativas ao loteador, pelo período de 1 (dez) anos; c) de ônus reais relativos ao imóvel; d) de ações penais contra o loteador, pelo período de 1 (dez) anos. Percebe-se que todas as alternativas são parecidas, diferenciando-se apenas por algum detalhe específico. Assim: Letra B: O histórico é dos últimos vinte anos, conforme art. 18, inciso II. Letra C: Idem. Letra D: As dos cartórios de protestos de títulos deve ser dos últimos dez anos, e não vinte. Letra E: Idem a B e C. 85 de 86

87 4 - Considerações Finais Chegamos ao final de mais uma aula, meus amigos. Quaisquer dúvidas, estou às ordens nos canais do curso e nos seguintes contatos: Aguardo vocês na próxima aula. Grande abraço e até lá! Convido-os a seguir minhas redes sociais. Basta clicar no ícone desejado: Igor Maciel 86 de 86

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