Em entrevista, empresário Fabiano Cazeca fala sobre política, esportes e negócios

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1 Em entrevista, empresário Fabiano Cazeca fala sobre política, esportes e negócios Danilo Moreira Na manhã do último sábado, dia 15 de dezembro, o empresário Fabiano Cazeca esteve em Itapecerica para uma entrevista na Rádio Ita FM. A conversa, que contou com participação da Folha de Itapecerica, teve quase duas horas de duração. Abaixo, você confere alguns trechos da entrevista. Entre os principais assuntos discutidos, estiveram as Eleições 2018, uma vez que Cazeca foi o candidato a deputado federal mais votado em Itapecerica, e os esportes, já que o empresário está atuando na diretoria do Villa Nova, foi candidato à presidência do Atlético e vai patrocinar o Cruzeiro em Política eleições 2018 "Na política, eu nunca havia sido candidato a nada. Nunca fui político. Mas ser deputado federal é um sonho antigo, já estive várias vezes no Congresso Nacional. Achei que eu poderia servir algo ao Brasil, pela minha experiência de vida como administrador, advogado, professor e palestrante. Não deu dessa vez, mas quero fazer um agradecimento muito especial aos itapecericanos, meus conterrâneos. Embora não eleito, aqui eu fui o candidato mais votado. Nós ganhamos do candidato oficial do prefeito, o que não é fácil. Em Itapecerica, recebi votos e fiquei muito feliz com isso". "Eu tive a notícia de que perdi as eleições deste ano às 20 horas do dia 7 de outubro. Às 8 horas do dia 8, iniciei minha campanha para Durante todo o ano de 2018, tive muito contato com prefeitos, vereadores, ex-prefeitos, ex-vereadores, pretensos prefeitos. São muitos prefeitos que eu vou ajudar nas próximas eleições. Quero constituir uma rede com, no mínimo, 200 comissões provisórias em todas essas cidades onde fiz parcerias. Vou sair fortalecido, vou trabalhar para isso. O que vai acontecer depois, a gente vê na hora oportuna, de acordo com a situação. O futuro pertence a Deus".

2 Política expectativas para Itapecerica "Nunca neguei que é um sonho meu ser prefeito da minha cidade. Agora, querer é uma coisa e poder é outra. O que eu acho é que nós temos uma nova realidade na política itapecericana. Tínhamos aqui, basicamente, dois grupos. Agora surgiram, com a opção do prefeito em seguir outro caminho, três grupos políticos. Há quem pense que isso facilitou para o grupo do professor Dianese, porque dividiu o outro lado, mas eu penso o contrário. Penso que ficou totalmente indefinida a política em Itapecerica agora com três grupos". "Para as próximas eleições municipais, logicamente o prefeito vai ser candidato ou lançar o candidato dele; o Dianese vai ser candidato ou vai colocar alguém dele; eu vou ser candidato ou vou lançar alguém do grupo. Em política, tudo é possível, mas acredito que costurar um acordo em Itapecerica seja muito difícil. A política aqui é vista como uma guerra, há um desgaste muito grande na época das campanhas. Isso acaba se refletindo na eleição futura. Acho que vai ser muito difícil, mas não dizendo que seja impossível algum tipo de acordo. Acredito que teremos três candidatos a prefeito na próxima eleição". "Acho que foi Tancredo Neves que dizia que política é como a nuvem, você olha está de um jeito e quando você olha novamente já mudou tudo. O candidato e aí falo do meu grupo político tem que ser consenso. O candidato que quer impor candidatura já começou a perder ali. Eu quero iniciar agora já em janeiro essa construção da candidatura do nosso lado; se sou eu ou se será outro, quem vai decidir é o grupo. Nós vamos fazer pesquisa, ver quem está bem na pesquisa, e vamos discutir entre o grupo qual será o nosso candidato. Posso garantir que o nosso grupo terá candidato a prefeito". "Na minha relação com o ex-prefeito Dianese houve um desgaste muito grande de outras campanhas, então somos bem distantes. Em relação ao Têko, embora ele tenha optado por apoiar outro candidato e que é um direito dele, eu sinceramente fiquei sentido. Eu achei que ele iria me apoiar. Mas hoje temos uma relação respeitosa, somos amigos de muitos anos e construímos muitos projetos juntos. Respeito o trabalho dele, politicamente estamos em vias diferentes". "Não tenho acompanhado de perto a gestão do atual prefeito, mas acho que ela está sendo razoável, no mínimo, porque não estou vendo críticas. A gente avalia muito pelas críticas. Então, se a maioria do povo não está criticando, eu acho que a gestão está sendo boa. Sei das dificuldades que todos os prefeitos estão enfrentando, mas acho que no final acaba dando tudo certo". Esportes disputa pela presidência do Atlético "Eu vou ser presidente do Atlético. Lógico que ali é tão difícil quanto a política normal, porque são grupos, três ou quatro segmentos que usam o Atlético para ganhar dinheiro. É muito complicado. Quando você tem uma proposta que é para trabalhar para o clube e não tirar proveito do clube, é complexo. Eu no Atlético quero tirar só fotografia, não quero tirar nada. Eu quero servir ao clube".

3 "Aprendi, ao longo desses quase trinta anos como conselheiro, que o Atlético é muito grande. O Atlético tem uma marca imensa e muito forte. O que o clube necessita é de um gestor competente, honesto e que queira administrar o clube para os atleticanos. Essa é a minha proposta. Eu tive, salvo melhor juízo, 61 votos falaram que eu não teria nem os 50 necessários para indicação e lutei contra os poderosos. Vou continuar lutando e, como disse, eu vou ser presidente do Atlético". "O Atlético passa por dificuldades, acho que há um problema sério na questão gestão. Não tenho nada contra o presidente, embora ele tenha me chamado de oportunista e aventureiro quando eu estava na campanha. Até hoje ele não explicou porque sou oportunista, uma vez que estou lá há quase trinta anos, já fui presidente do Conselho Fiscal, lutei muito para defender o Atlético por que eu seria oportunista? Aventureiro por quê? Será que ele acha que não tenho competência para administrar um clube da grandeza do Atlético? Eu administro uma empresa da grandeza da Multimarcas e outras mais. O que ele precisa é falar menos e cuidar mais". "O Atlético não ganhou nada, a torcida está cobrando. Precisa de gestão, montar um time. Tem que entender que no futebol o carro-chefe é o time. Se o time estiver bem, vende TV, vende ingresso, vende camisa, vende tudo. O segredo de administrar é você colocar as pessoas certas nos lugares certos, cobrar resultados e substituir quem não estiver correspondendo. Isso é o que precisa ser feito. O atual presidente já perdeu um ano que não fez nada, não ganhou nada, lutou muito para conseguir uma vaga na pré-libertadores. É preciso fazer o time ser campeão". Esportes patrocínio da Multimarcas ao Cruzeiro "Primeiro, é preciso deixar claro que a mesma proposta e contrato que fiz com o Cruzeiro, eu faço com o Atlético e outros clubes mais. Agora, por exemplo, estou estudando uma proposta do Flamengo. Se for viável financeiramente, vamos fazer, por que não? É preciso separar as coisas. Eu não sou radical. Na minha vida, nunca fui radical sobre nada, talvez somente quanto à minha honra". "Agora, vamos analisar do ponto de vista empresarial: sou um empresário e preciso fazer publicidade. Tenho hoje a empresa operando em todos os estados brasileiros, com quase 300 lojas. O Cruzeiro é um grande clube, eu não sou hipócrita. Vai disputar diversos campeonatos esse ano: Mineiro, Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores. Vai lotar o Mineirão. Qual empresário não quer sua marca na camisa desses jogadores? É preciso deixar a paixão de lado e olhar a situação como negócio". "A situação de patrocínio no Atlético é difícil atualmente, porque eu era patrocinador da Arena Independência e o senhor Sette Câmara mandou me tirar de lá por perseguição política. Quebrou o meu contrato. Então, acho difícil, mas a proposta está no ar".

4 Esportes cargo na diretoria do Villa Nova "Sou torcedor do Villa Nova há muitos anos. É uma grande força do futebol mineiro, um clube de muita tradição e onde tenho vários amigos. Recentemente, a convite do presidente do clube e também do prefeito de Nova Lima, Vitor Penido, que é meu amigo, aceitei o desafio de um cargo no clube. Sou vice-presidente de futebol, sou o homem do futebol do Villa Nova hoje. Estamos construindo uma equipe, inclusive para ser campeã do interior. Nosso projeto é esse, já contratamos vários jogadores e também um centro de treinamento em Matozinhos, porque o nosso está em reforma. Estou apostando bastante". Negócios crescimento da Multimarcas Consórcios "A empresa, nos últimos cinco anos, teve um diferencial muito grande. Fizemos um novo planejamento estratégico que deu muito certo. Ela está bombando, graças a Deus. Temos muita coisa para realizar, sempre tem algo para construir. Sou muito jovem ainda, então tem muita coisa para fazer na minha vida também, não só na empresa. Tenho um filho de um ano e nove meses para criar, então é preciso correr muito. Não tenho esse negócio de acomodar, de sentir-se realizado. Continuo lutando e trabalhando minhas 12 a 14 horas por dia tranquilamente". "O ano de 2018 foi abençoado para a Multimarcas, todas as nossas metas foram cumpridas antecipadamente. Nós estamos muito felizes, chegamos neste ano a todos os estados da federação, inclusive ao Distrito Federal. Ultrapassamos nossa meta, que era construir 200 lojas, chegamos a 213. Estamos aproximando, só na Multimarcas, da marca de três mil funcionários. A Multimarcas é a primeira e muito primeira no ranking em Minas Gerais e a 17ªa no ranking nacional, algo que nos dá muito orgulho. Temos vários projetos para o ano que vem, que serão lançados junto com as metas para 2019". Negócios desenvolvimento da Casa Rios "A Casa Rios está bem, é uma loja que tem um nome e uma marca muito forte, um patrimônio imenso. Estive em uma reunião sobre o fechamento de balanço de ano e o planejamento para o ano seguinte. É fato que a economia nacional ainda não deu sinal de melhora. A gente está apostando muito que, com a mudança de governo, haja uma mudança significativa na economia. O Brasil precisa retomar o crescimento para que melhore o setor de construções, ponto forte da Casa Rios". "Depois da minha entrada, já abrimos mais uma loja, que é a unidade em Campo Belo. Temos sonhos de abrir mais lojas na região à fora. Tudo depende da economia. Desafio é o combustível da minha vida. Coisas diferentes me atraem. Gosto muito da questão da geração de emprego, principalmente em Itapecerica, onde gerávamos poucos empregos. Com a Casa Rios, geramos empregos e isso me dá uma satisfação muito grande porque estou gerando emprego na minha terra e para o meu povo".

5 Foto: Danilo Moreira / Folha de Itapecerica em 26/01/ :01