PARECERES Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados

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1 CONSULTA N.º 5/2008 Conflito de interesses Por requerimento que deu entrada nos serviços deste da Ordem dos Advogados no dia de de, com o nº..., veio o Exmo. Sr. Juiz de Direito..., no âmbito do Processo nº, solicitar a pronúncia deste da Ordem dos Advogados quanto à possibilidade de intervenção nos autos do Advogado Dr.... na qualidade de mandatário judicial dos Executados. Da leitura do expediente remetido pelo Tribunal apuraram-se os seguintes factos, que se revestem de particular importância para a elaboração do presente parecer: - No dia deu entrada na..., processo executivo para pagamento de quantia certa proposto pelo Banco... contra os... - Em (fls... dos autos) é, ao processo judicial, junta procuração conferida pelos Executados ao Dr Em, o Sr Advogado identificado terá renunciado ao mandato conferido pelos seus clientes nos autos. - A fls... dos autos consta requerimento subscrito pela mandatária da Exequente informando que recebeu um cheque do Dr.... para pagamento da quantia exequenda, pelo que se requer que se dê sem efeito a agendada venda através de abertura de propostas em carta fechada, do imóvel penhorado nos autos. - No dia (fls...), é junto aos autos requerimento subscrito pelo Dr.... onde este vem dizer que vai requerer a extinção da execução nos autos, ( ). 18

2 Contudo, compete ao credor sub-rogado imprimir impulso processual aos presentes autos de execução. Neste sentido vem o sub-rogado requerer que a execução siga os seus termos, muito embora que se venha a considerar extinta relativamente ao Banco, para efeitos de cobrança do seu crédito ( ). A este requerimento anexa o referido Advogado uma Declaração de quitação com sub-rogação emitida pelo Banco Exequente em seu favor. - No dia (fls...), é requerida a junção de duas procurações forenses outorgadas, novamente, pelos Executados, em favor do Dr...., ratificando ainda todo o processado desde a data da renúncia anteriormente operada. - A fls... é exarado despacho nos autos pelo Exmo. Sr. Juiz de Direito, o qual conclui, face ao atrás referenciado requerimento de fls..., que o ilustre Advogado, Sr Dr...., mandatário dos Executados na presente acção executiva, pretende assumir a posição de Exequente, naturalmente contra esses mesmos Executados,..., a quem, repete-se, patrocina nesta acção, ao abrigo de mandato judicial. Assim, considerando o estatuído, nomeadamente nos arts 84º, 92º, nº2, 94º, nº1, e 95º, nº1, al. d) do Estatuto, notifique o Ilustre Advogado acima identificado para, em dez dias, esclarecer o que tiver por conveniente. - Respondendo, o Dr.... vem informar os autos que: a) Os Executados tinham boas expectativas de realizar fundos para pagar a dívida ao Banco e assim obstar à realização da venda judicial que há última hora goraram-se. b) o Executado..., dada a relação de amizade mantida com o identificado Advogado, solicitou um empréstimo a este último. c) conseguida a verba em causa, tendo para isso o Dr.... recorrido à ajuda de uma sua filha, foi o próprio Executado que sugeriu a sub-rogação, conforme consta da declaração do Banco, bem como que esta fosse utilizada na execução. d) sub-rogação no montante exacto da quantia que emprestou. 19

3 e) não existirá, assim, qualquer violação do art. 84º do Estatuto da Ordem dos Advogados ou do nº 95, nº1, al. d) (que impede o Advogado de celebrar em proveito próprio, contratos sobre o objecto das questões que lhe estão cometidas). f) Tratou-se apenas de um empréstimo pró bonno em próprio prejuízo do Dr. e em detrimento de quem lho ajudou a conceder. PARECER Dispõe a alínea f) do n.º 1 do artigo 50º do Estatuto (E.O.A.), que cabe a cada um dos Conselhos Distritais, no âmbito da sua competência territorial, pronunciar-se sobre as questões de carácter profissional. Tem sido entendido pela jurisprudência que estas questões de carácter profissional serão aquelas de natureza intrinsecamente estatutárias, ou seja, que decorrem dos princípios, regras, usos e praxes que comandam ou orientam o exercício da Advocacia, nomeadamente os que relevam das normas do E.O.A., do regime jurídico das sociedades de Advogados e do universo de normas emergentes do poder regulamentar próprio reconhecido por lei aos órgãos da Ordem. Ora, a matéria colocada à apreciação deste Conselho Distrital subsume-se, precisamente, a uma questão de carácter profissional nos termos descritos, pelo que há que proceder à emissão de parecer sobre a questão colocada. A questão colocada pelo Tribunal apresenta-se com a clareza devida: Verificar da possibilidade de intervenção do Dr... como mandatário dos Executados. Nos termos do art. 84º, do Estatuto, o Advogado, no exercício da profissão, mantém sempre em quaisquer circunstâncias a sua independência, devendo agir livre de qualquer pressão, especialmente a que resulte dos seus próprios interesses ou de influências exteriores, abstendo-se de negligenciar a deontologia profissional no intuito de agradar ao seu cliente, aos colegas, ao tribunal ou a terceiros. 20

4 Por outro lado, dispõe o art. 94º, nº1 que o O advogado deve recusar o patrocínio de uma questão em que já tenha intervindo em qualquer outra qualidade ou seja conexa com outra em que represente, ou tenha representado, a parte contrária. Trata-se esta de regra fundamental no campo das relações Advogado/cliente, e que tem, a nosso ver, uma tripla função 1 : 1- Defender a comunidade em geral, e os clientes de um qualquer Advogado em particular, de actuações menos lícitas e/ou danosas por parte de um colega, conluiado ou não com algum ou alguns dos seus clientes; 2 Defender o Advogado da possibilidade de sobre ele recair a suspeita de actuar, no exercício da sua profissão, visando qualquer outro interesse que não seja a defesa intransigente dos interesses e direitos dos seus clientes; 3- Defender a própria profissão do anátema que sobre ela recairia na eventualidade de se generalizarem esse tipo de situações. No presente caso, verifica-se que o Dr...., relativamente à dívida em discussão nos autos terá entregue a quantia exequenda ao Exequente, sub-rogando-se como credor dos Executados. Pelo próprio é referido ter, com recurso ao auxílio da sua filha, efectivamente emprestado ao Executado... essa quantia Trata-se, a nosso ver, no que concerne à relação estabelecida entre o Dr... e os Executados, de uma situação abstractamente reconduzível à figura do contrato de mútuo, assumindo, pois, aquele Advogado, quanto à quantia exequenda, a qualidade de mutuante. Mais. O identificado Advogado veio nos autos, como credor subrogado dos Executados, manifestar a sua intenção de prosseguir com a execução, para efeitos de cobrança do seu crédito (fls 341 dos autos). 1 Cfr Consulta CDL nº 41/2007, na qual fomos relatores, bem como Consulta CDL nº 6/02, na qual foi relator o Dr João Espanha. 21

5 A letra do nº1 do art. 91º, nº1 do EOA não deixa, a este respeito, grandes margens para dúvidas: o Advogado deve recusar o patrocínio de uma questão em que já tenha intervindo noutra qualidade. Ora, a nosso ver, parece-nos evidente, que quanto à dívida exequenda nos autos, o Dr.... interveio numa outra qualidade que não a de Advogado, assumindo o papel de credor da mesma dívida. Realidade que é pelo próprio assumida processualmente. Com efeito, como pode aquele Advogado no caso vertente, pretender representar de forma condigna os Executados quando bem sabe que da sorte do processo depende a sua sorte pessoal? O risco de o Advogado não conseguir ser independente e isento é real e intolerável do ponto de vista de regulação da profissão, por violação directa daquela norma. Desta forma não deveria ter o Advogado em causa aceite o mandato novamente conferido pelos Executados (fls 422 e 423), por tal se encontrar vedado por lei. CONCLUSÕES: 1. Nos termos do art. 84º, do Estatuto, o Advogado, no exercício da profissão, mantém sempre em quaisquer circunstâncias a sua independência, devendo agir livre de qualquer pressão, especialmente a que resulte dos seus próprios interesses ou de influências exteriores, abstendo-se de negligenciar a deontologia profissional no intuito de agradar ao seu cliente, aos colegas, ao tribunal ou a terceiros. 2. Mais dispõe o art. 94º, nº1 que o O advogado deve recusar o patrocínio de uma questão em que já tenha intervindo em qualquer outra qualidade ou seja conexa com outra em que represente, ou tenha representado, a parte contrária. Assim, 3. Tendo o Advogado vindo a assumir a qualidade de credor dos Executados, quanto à dívida exequenda nos autos, em sub-rogação do credor originário, estará impedido de aceitar, dos Executados, mandato nos autos. 22

6 4. Mais se decide ser enviado o presente parecer, bem como todo o expediente a ele anexo enviado pelo Tribunal, ao Conselho de Deontologia de Lisboa da Ordem dos Advogados para apreciação da conduta deontológica do Advogado. O Assessor Jurídico do C.D.L. Rui Souto Lisboa, 27 de Fevereiro de

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