A sociedade em crise e o Advogado ético: Utopia ou realidade?
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- Célia Molinari Mangueira
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1 A sociedade em crise e o Advogado ético: Utopia ou realidade?
2 Esta apresentação está voltada para a partilha de alguns conceitos sobre ética do advogado, que foram elencados sem grande sustentação científica, e não pretende ser um tema esgotado e muito menos uma reflexão individualizada sobre o comportamento dos advogados.
3 O advogado é indispensável à administração da Justiça, e, como tal, deve ter um comportamento público e profissional adequado à dignidade e responsabilidade da função que exerce, cumprindo pontual e escrupulosamente os deveres consignados neste Estatuto e todos aqueles que a lei, os usos, costumes e tradições profissionais lhe impõem. Artigo 72 dos Estatutos da Ordem dos Advogados de Moçambique
4 O advogado é indispensável à administração da Justiça, e, como tal, deve ter um comportamento público e profissional adequado à dignidade e responsabilidade da função que exerce, cumprindo pontual e escrupulosamente os deveres consignados neste Estatuto e todos aqueles que a lei, os usos, costumes e tradições profissionais lhe impõem. Artigo 72 dos Estatutos da Ordem dos Advogados de Moçambique
5 O advogado é indispensável à administração da Justiça, e, como tal, deve ter um comportamento público e profissional adequado à dignidade e responsabilidade da função que exerce, cumprindo pontual e escrupulosamente os deveres consignados neste Estatuto e todos aqueles que a lei, os usos, costumes e tradições profissionais lhe impõem. Artigo 72 dos Estatutos da Ordem dos Advogados de Moçambique
6 O advogado é indispensável à administração da Justiça, e, como tal, deve ter um comportamento público e profissional adequado à dignidade e responsabilidade da função que exerce, cumprindo pontual e escrupulosamente os deveres consignados neste Estatuto e todos aqueles que a lei, os usos, costumes e tradições profissionais lhe impõem. Artigo 72 dos Estatutos da Ordem dos Advogados de Moçambique
7 O advogado é indispensável à administração da Justiça, e, como tal, deve ter um comportamento público e profissional adequado à dignidade e responsabilidade da função que exerce, cumprindo pontual e escrupulosamente os deveres consignados neste Estatuto e todos aqueles que a lei, os usos, costumes e tradições profissionais lhe impõem. Artigo 72 dos Estatutos da Ordem dos Advogados de Moçambique
8 O advogado tem uma profissão movida por deveres, desde integridade, independência, urbanidade, mas essencialmente, Ética. É a ética que permite defender os seus clientes, dentro das regras positivas, actuando assim como verdadeiro actor da administração da justiça, contribuindo para o aprimoramento da nação e das instituições, buscando uma sociedade mais justa e fraterna.
9 No exercício das suas funções, o advogado não pode, em qualquer momento, se esquecer dos princípios fundamentais que regem as relações em juízo, como o princípio da integridade, independência, sigilo profissional, urbanidade com seus colegas, clientes e sociedade em geral, respeito à lei e aos princípios do Estatutos da OAM.
10 O Advogado, no exercício de suas funções, precisa estar preparado, tanto para as vitórias quanto para as derrotas, contendo suas emoções pessoais para que possa desempenhar suas atividades de forma deontológica e ética. A busca pela justiça não deve ser transformada numa batalha pessoal, vendo no advogado da parte contrária um inimigo que deve ser superado ou vencido a todo o custo.
11 A discussão sobre a ética tem estado em evidência não apenas em Moçambique como a nível global. Abruptamente, conclui-se que, quando se entra em crise todos os seus membros acabam por sentir seus efeitos mesmo que de forma indireta, pois os respingos nefastos atingem a todos.
12 É mister que a economia é regida pelo principio da maximização de lucro e esse principio, gera moral própria. O culto ao dinheiro, a tendência a acumular maiores lucros, constituem terreno fértil para que nas relações entre os homens floresça o espírito de posse, egoísmo, hipocrisia, cinismo e o individualismo exacerbado. No entanto, é dentro dessa sociedade que o respeito à lei e à ordem são essenciais. E o advogado possui papel de extrema importância para a preservação da ordem e dos direitos assegurados aos cidadãos.
13 Nós, os advogados, como cidadãos e profissionais cumpridores de seus deveres e obrigações, temos o dever moral de buscar uma sociedade solidaria e igualitária e procurar sempre garantir o sentido de justiça.
14 É voltado para as exigências de uma sociedade Justa e Perfeita que os advogados devem buscar em suas consciências um modo de vida pessoal e profissional baseado na ética e em princípios morais inabaláveis.
15 Estatutos da OAM
16 Integridade O advogado é indispensável à administração da justiça e como tal, deve ter um comportamento público e profissional adequado à dignidade e responsabilidade da função que exerce, cumprindo pontual e escrupulosamente os deveres consignados neste estatuto e todos aqueles que a lei, os usos, costumes e tradições profissionais lhe impõem.
17 Independência O advogado, no exercício da profissão, matem sempre em qualquer circunstância a sua independência, devendo agir livre de qualquer pressão, especialmente a que resulte dos próprios interesses ou influências exteriores, abstendo-se de negligenciar a deontologia profissional no intuito de agradar ao seu cliente, aos colegas, ao Tribunal ou a terceiros. Art. 73 dos Estatutos da OAM
18 Servidor de Justiça e do Direito O Advogado deve, no exercício da profissão e fora dela, considerar-se um servidor da justiça e do direito e, como tal mostrar-se digno da honra e das responsabilidades que lhe são inerentes. O Advogado, no exercício da profissão, mantem sempre e em quaisquer circunstâncias, a maior independência e isenção, não se servindo do mandato para prosseguir objetivos que não sejam meramente profissionais. Art. 74 dos Estatutos da OAM
19 Segredo Profissional O Advogado é obrigado a segredo profissional... Não fazem prova em tribunal as declarações feitas pelo advogado com violação de segredo profissional. Art. 79 dos Estatutos da OAM
20 Discussão Pública de Questões Profissionais O Advogado não deve pronunciar-se publicamente nem discutir ou contribuir para discussão, em público ou nos meios de comunicação social, sobre questões profissionais pendentes ou a instaurar perante tribunais ou outros órgãos do Estado, salvo se a Ordem dos Advogados concordar com a necessidade de uma explicação pública, de forma a prevenir ou remediar a ofensa à dignidade, direitos e interesses legítimos do cliente ou do próprio advogado. Art. 80 dos Estatutos da OAM
21 Deveres recíprocos dos Advogados Proceder com a maior correcção e urbanidade, abstendo-se de qualquer ataque pessoal ou alusão deprimente. Não se pronunciar publicamente sobre questões que saiba confiada a outro advogado, salvo na presença deste ou com seu prévio acordo. Actuar com lealdade, não procurando obter vantagens ilegítimas ou indevidas para seus constituintes. Não invocar, especialmente perante tribunais, quaisquer negociações transacionais, malogradas, quer verbais, quer escritas, em que tenha intervindo advogado. Não assinar pareceres, peças processuais ou outros escritos profissionais que não tenha feito ou em que não tenha participado. Fazer de tudo para que, quando for patrocinar assunto que estava com outro advogado, os honorários do anterior advogado sejam liquidados (reclamando junto do seu novo constituinte) Art. 85 dos Estatutos da OAM
22 Deveres para com a OAM Não prejudicar os fins e prestígio da OAM Pagar pontualmente as quotas Comunicar, no prazo de 30 dias, quaisquer mudanças de escritório Comparecer pontualmente às notificações pela OAM Art. 77 dos Estatutos da OAM
23 Em suma
24 Uma sociedade sem cumprimento de leis e regras, tende a tornar o homem despido de moral e este busca apenas o seu próprio bem, não se sensibilizando com a justiça.
25 A forma de mudar este cenário, é começarmos a buscar em nossas consciências os deveres morais e éticos que podem estar esquecidos, através do cumprimento das obrigações e deveres adstritos aos advogados nos diversos instrumentos legislativos, incluindo nos estatutos da OAM.
26 O advogado deve encontrar na ética as lições necessárias para exercer, com maestria e lealdade e principalmente probidade, a sua profissão. A ética é o veículo que permite ao advogado defender e lutar para que se faça a verdadeira justiça.
27 Mas para que isso se torne realidade é necessário que busquemos em nossa consciência um modo de vida pessoal e profissional baseado na ética e em princípios morais que sejam inabaláveis, agir com urbanidade com os colegas de profissão, assegurar o sigilo profissional e que tratemos com deferência mesmo o mais humilde de nossos clientes, colegas e cidadãos no geral, que cuidemos dos bens alheios com dedicação como se fossem nossos e que respeitemos à lei, princípios e normas constantes dos estatutos da OAM.
28 Utopia ou Verdade?
29 Obrigado! Mahomed Jussub Advogado Carteira profissional nº 444
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