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1 Texto base de um artigo de J. A. Dias, solicitado pela revista Ambiente Magazine, e publicado em 2001 Um dos problemas que tem vindo a ser objecto de grande preocupação de múltiplas organizações internacionais e dos governos dos países ribeirinhos é o da elevação do nível médio do mar. Trata-se de assunto complexo e de elevada relevância, não apenas pela magnitude dos impactes que poderá induzir mas, essencialmente, por constituir fenómeno irreversível à escala humana. Para se perceber melhor a dimensão do problema, basta referir que, se o nível médio do mar se elevar 1 metro, só no Egipto serão directamente afectados 6 milhões de pessoas e perder-se-ão 15% dos terrenos agrícolas, no Bangladesh, a população afectada ascenderá aos 13 milhões com perda de 16% da produção nacional de arroz e na China, desaparecerão dezenas de milhares de hectares de terrenos agrícolas, sendo afectadas mais de 72 milhões de pessoas. Alguns países quase desaparecerão O que é o Nível Médio do Mar (NMM)? Para compreender a complexidade e gravidade do problema é preciso perceber-se o que o que se entende por nível médio do mar (NMM). Qualquer cidadão tem a percepção de que o nível marinho está constantemente a variar, quer devido às marés, quer às ondas, variações estas que frequentemente atingem alguns metros. O que não é tão facilmente perceptível são outras modificações dessa superfície, como as relacionadas com variações da pressão atmosférica ou com a actuação do vento. Efectivamente, quando a pressão atmosférica baixa verifica-se uma elevação do nível marinho, e quando aquela sobe esta baixa proporcionalmente. Este fenómeno, que na terminologia anglo-saxónica se designa por storm surge (devido às baixas pressões e consequentes elevações do nível do mar ocorrerem geralmente durante temporais), é normalmente referido em Portugal por sobreelevação do nível do mar de índole meteorológica. No nosso País, esta sobreelevação atinge, por vezes, valores superiores a 1 metro, o que causa situações dramáticas no litoral quando tal se verifica durante maré cheia viva e por ocasião da actuação de temporais. Devido a estas variações causadas pelas marés, pelas ondas, pela pressão atmosférica, pelo vento e por vários outros factores, não é fácil determinar o nível médio do mar (NMM). Na realidade, todas essas variações constituem ruído quando se tenta saber qual é verdadeiramente o nível médio, o que, em geral, é conseguido através da análise de séries maregráficas, isto é, dos dados adquiridos por marégrafos. Para se conseguir eliminar o ruído referido e determinar o comportamento do NMM é preciso que a série maregráfica aludida tenha, pelo menos, 30 anos. Tal constitui outro problema, pois que não são muitos os marégrafos que estejam em funcionamento contínuo há mais de 3 décadas. Suplementarmente, existem outras limitações (como os da localização e da estabilidade do margeado), cuja descrição cai fora do âmbito deste artigo. Do que foi referido conclui-se que: a) não é fácil determinar o NMM; b) só se consegue detectar uma variação do NMM após ela ter ocorrido há alguns anos ou décadas. Esta segunda conclusão é particularmente importante pois que inibe a adopção de medidas preventivas ou mitigadoras de curto prazo, em tempo real. Só a posteriori (normalmente passados vários anos) é possível saber que ocorreu uma elevação do NMM, tendo os seus efeitos sido camuflados com as consequências da actuação dos temporais e da erosão costeira induzida por outros factores. Quanto é que o NMM vai subir no futuro próximo? Nestas condições, o que é possível fazer, actualmente, é determinar tendências de subida do NMM, ou seja, verificar como é que o NMM

2 variou no passado recente (preferencialmente ao longo do último século) e efectuar previsões para o próximo futuro. Com frequência, utilizam-se, complementarmente, modelos numéricos que entram em linha de conta com as inter-relações oceano-atmosfera, com diferentes cenários para as emissões dos gases de estufa nas próximas décadas, e com vários outros factores. Existem, internacionalmente, muitas previsões deste tipo (designadamente as do IPCC Intergovernmental Panel on Climate Change), as quais são periodicamente corrigidas face há existência de novos dados ou informações mais fiáveis. A incerteza dessas previsões é muito elevada devido a causas variadas, designadamente porque há muitas incertezas quanto aos futuros valores das emissões dos gases de estufa e porque se conhece ainda mal o funcionamento global do sistema atmosférico terrestre. Por essa razão, com frequência, essas previsões apontam geralmente valores optimistas e pessimistas Para 2100, as diferentes previsões indicam que o NMM poderá estar entre 20cm e mais de 1,5m acima do nível actual. Perante estas incertezas, o procedimento adequado é o de seguir o princípio da precaução, isto é, planear as diferentes actividades económico-sociais, designadamente o que se refere ao ordenamento do território, com base em cenários moderadamente pessimistas. Se tais previsões se não confirmarem, pouco ou nada se perde e, pelo menos, ter-se-ão protegido valores ambientais de enorme importância para a sociedade. Se ocorrer o pior, estaremos, de alguma forma, preparados. As recomendações de várias organizações internacionais vão precisamente nesse sentido. O NMM relativo As previsões divulgadas internacionalmente referem-se, em geral, à elevação global do NMM. No entanto, tais previsões não são suficientemente precisas para aplicação a nível local ou regional. Efectivamente, o que obviamente mais interessa é conhecer a variação do NMM relativamente ao continente, em determinada região específica. Na realidade, sabe-se que o NMM está a variar, mas sabe-se, também, que os continentes (ou parte destes) estão, também, a subir ou a descer. Este é mais um factor que traduz a complexidade desta problemática. Muitas destas movimentações continentais estão relacionadas com a física interna do globo, com a tectónica de placas e com as modificações climáticas que ocorreram após a última glaciação. É o que, normalmente, se designa por movimentos de compensação isostática. É devido a estes movimentos, que se prolongam por milhares de anos, que, por exemplo na Noruega, e ao contrário do que se verifica na maior parte das costas mundiais, o NMM relativamente ao continente está a descer. Na realidade o NMM está a subir mas o continente está a subir com maior velocidade, de forma que a resultante, a nível local, se traduz numa descida do NMM relativo. Noutros casos as variações aludidas podem afectar áreas menores. A exploração intensiva de petróleo, de gás ou, mesmo, de água, pode provocar diminuição da pressão interna e compactação dos sedimentos com consequente descida da superfície (subsistência) dessas regiões. O valor dessa subsistência provocada pelo Homem pode variar de alguns centímetros, como na Holanda, a vários metros, como em Long Beach, na Califórnia. Nestes casos a variação do NMM e do continente têm sinais contrários, isto é, um sobe e o outro desce, de forma que a elevação do NMM relativo é maior nestas regiões do que nas regiões não afectadas por estes fenómenos. Devido à variabilidade espacial destes comportamentos, torna-se necessário que, a nível regional e local, sejam desenvolvidos estudos que especifiquem como é que o NMM (relativo) está a evoluir e que permitam efectuar previsões para o futuro a curto e médio prazo. Consequências da elevação do NMM Para o cidadão menos envolvido nesta problemática, os valores médios anuais da elevação do NMM podem parecer desprezíveis. Efectivamente, ao longo do século XX, na maior parte das estações maregráficas mundiais, a elevação média foi apenas de 1,5mm a 2mm por ano. No entanto, esse valor não é tão baixo

3 como pode parecer à primeira vista. Basta dizer que, quando se realizou a EXPO 98 o NMM estava uns 15 a 20 centímetros acima do que existia quando foi a implantação da República Em quase todas as costas mundiais se verifica erosão costeira. Os ataques do mar são cada vez mais frequentes. Os danos provocados pelos temporais são cada vez maiores. Muitas das causas dessa intensificação estão directamente relacionadas com múltiplas actividades humanas, que vão da construção de barragens e da exploração de areias e cascalhos nos rios (o que diminui o abastecimento sedimentar ao litoral) até à construção em zonas de risco (que expõem os edifícios aos temporais maiores, conduzindo eventualmente à necessidade de construção de obras de protecção costeira, as quais, por via de regra, vão intensificar a erosão costeira a sotamar), passando pela degradação de estruturas dunares, pela construção de molhes de entradas de portos sem adopção de medidas minimizadoras adequadas, etc. etc. Normalmente, é possível estabelecer estas relações causais com relativa facilidade. Todavia, escondidas nestas consequências, estão as derivadas da elevação do NMM, mais difíceis de estabelecer. É uma actuação lenta mas irreversível à escala das gerações humanas que, normalmente, apenas intensifica um pouco os outros factores de erosão costeira. No entanto, sabe-se actualmente que grande parte da erosão costeira que se verifica nos litorais mundiais se deve, efectivamente, a essa elevação do NMM. Grande parte da comunidade científica e das organizações internacionais aceita como cenário credível que, em 2100, o NMM estará entre 0,5 e 1 metro acima do actual. Se o NMM se elevar 1 metro as consequências, a vários níveis, atingirão amplitude muito elevada. A erosão das praias será fortemente intensificada. Dependendo das suas características morfológicas, a largura das praias reduzir-se-á entre 50 e 1000 metros (a que, obviamente, há que acrescentar a diminuição induzida pelas actividades humanas acima aludidas). Perante tal recuo da linha de costa, a quantidade de edificações ameaçadas é enorme. Só em obras de protecção costeira estima-se que terão que ser investidos 12 biliões de dólares na costa holandesa, 74 na japonesa e entre 200 e 475 na dos Estados Unidos da América, sendo de prever verbas da mesma ordem de grandeza, ou mesmo maiores, nas obras de manutenção e reconstrução dessas estruturas. Com a redução da largura das praias (muitas das quais desaparecerão) e alteração profunda da sua estética devido às obras de protecção costeira, muitas destinos turísticos entrarão em colapso. Nalguns países faz-se, actualmente, uma análise de custos benefícios, isto é, tenta-se determinar se será económica e socialmente mais adequado proteger essas áreas edificadas ou transferir o que é importante para lugar seguro, considerando o resto como perdido. Mas os impactes dessa elevação do NMM são muito mais vastas do que as acima expressas. Grande parte das planícies costeiras, com terrenos agrícolas de excepcional qualidade, serão inundadas. Apenas como exemplo, pode referir-se que a Nigéria terá km 2 inundados e que, nos Estados Unidos da América, a área dos terrenos que serão submersos é superior a km 2. Algumas das ilhas-estado do Pacífico quase desaparecerão, como é o caso das ilhas Marshall em que mais de 80% do território será inundado. Na inventariação dos impactes da elevação do NMM nas zonas costeiras devem considerar-se muitos outros, de entre os quais se referem a salinização de aquíferos (o que em muitos casos trará problemas ao abastecimento público de água potável e à agricultura), a elevação dos níveis freáticos (e eventual inundação de zonas baixas), a diminuição da eficácia dos exuctores submarinos (o que poderá provocar riscos para a saúde pública), a modificação ou perda de ecossistemas costeiros (com consequências graves a nível ambiental e depauperação dos recursos bióticos, nomeadamente das pescas).

4 E em Portugal? São poucos os trabalhos realizados sobre o assunto em Portugal. Dispondo o nosso País de uma estação maregráfica bastante antiga, a de Cascais, foi possível, há pouco mais de uma década, determinar a elevação do NMM verificada nessa região entre 1882 e grande altura, não é dos países mais vulneráveis á elevação do NMM. Tem, todavia, extensão grande de praias arenosas, as quais reflectirão seguramente essa elevação. Tem, também, importantes áreas lagunares, onde as consequências serão, provavelmente, dramáticas. Variação do nível médio do mar, com base nas médias mensais referentes aos valores registados nas estações maregráficas de Cascais e de Lagos, estando representadas as respectivas rectas de regressão. Pode considerar-se que os resultados obtidos seguem a tendência média da maior parte das estações maregráficas mundiais. Considerando todo o período a razão de subida foi de 1,3mm/ano. No entanto, considerando apenas o período de 1920 a 1987, essa razão foi de 1,7mm/ano. Esta análise permitiu efectuar projecções para o futuro, segundo as quais, em 2100, o NMM estaria entre 140 e 572mm mais alto do que o actual. Todavia, estas projecções foram baseadas em extrapolação simples dos dados existentes, não considerando outros factores, como sejam a ampliação da tendência de subida da temperatura atmosférica e a propagação do aquecimento das águas superficiais para grandes profundidades. De qualquer modo, o trabalho aludido confirma que a elevação do NMM é um facto bem real também em Portugal, e que as consequências, ao longo do século XXI serão, também para nós, grandes. Todavia, a avaliar pelo pouco ou quase nada que os organismos responsáveis têm divulgados sobre eventuais medidas preventivas, a preocupação parece não ser grande Certo é que Portugal, com grandes extensões de costas rochosas, muitas vezes com arribas de Tipologia simplificada do litoral português As zonas onde as consequências da elevação do NMM serão maiores são as das lagunas de Aveiro e da Ria Formosa, as quais estão

5 separadas do oceano por cordões arenosos. Com o nível marinho 1 metro mais elevado do que o actual, estes cordões arenosos desaparecerão ou tornar-se-ão muito mais estreitos e aproximar-se-ão do continente. novas barras durante a actuação de temporais. Toda a ocupação existente nestes cordões dunares (entre vários outros, os núcleos urbanos da Costa Nova e da Vagueira, em Aveiro, e da Praia de Faro e da Armona, na Ria Formosa) serão muito provavelmente destruídos neste processo. A sua protecção com obras fixas de engenharia costeira custariam, pelo menos, muitas dezenas de milhões de contos, e a sua manutenção seria extremamente cara. Grande parte dos terrenos agrícolas existentes na periferia destas lagunas serão inundados. Embora com menor amplitude, as outras lagunas mais pequenas, como a de Óbidos, de Albufeira, de Melides e do Alvor, sofrerão impactes do mesmo tipo. Nas zonas estuarinas os impactes atingirão, também, elevada magnitude, principalmente os do Tejo e do Sado. Além da perda de terrenos agrícolas e de grande parte dos sapais (com importância ecológica muito grande), imaginese o que será a baixa de Lisboa durante as marés vivas cheias e em períodos de elevada pluviosidade, com o nível médio da águas um metro acima do actual! Pois se mesmo agora, quando tal se verifica, ocorrem inundações graves E nos outros estuários a resposta será do mesmo tipo. Imagine-se, também, o que acontecerá na zona da Ribeira, no Porto, quando ocorrerem cheias E as praias? Ficarão muito mais estreitas do que actualmente ou, mesmo, desaparecerão (pelo menos na maré cheia). Que vamos então vender aos turistas? Que faremos então dos múltiplos empreendimentos turísticos? E qual será a dimensão dos problemas económicos e sociais induzidos por estas consequências? Mapa simplificado da vulnerabilidade à elevação do nível médio do mar, das zonas costeiras portuguesas Os galgamentos oceânicos (passagem do mar para a laguna através dos corpos dunares remanescentes) tornar-se-ão muito vulgares e verificar-se-á, com frequência, a abertura de O problema é real! Não são apenas ameaças. O NMM está efectivamente a elevar-se! E o drama é que não é um problema isolado, isto é, integra-se numa problemática bastante mais vasta a que, normalmente, se atribui a designação de variação climática global. Não é só o NMM a elevar-se! É, também, a temperatura média atmosférica que simultaneamente está a subir. Aliás, todos estes factores estão intrinsecamente relacionados. Em

6 Portugal, segundo dados do Instituto de Meteorologia, a precipitação média no mês de Março é actualmente cerca de 27% inferior à que ocorria no início do século XX, sendo a temperatura atmosférica média anual 0,74ºC superior. A nível global, prevê-se que a temperatura média do ar na Terra, em 2100, seja entre 1,4º e 5,8º C mais quente do que actualmente. Vivemos num mundo em mudança, e grande parte dessa mudança é provocada por nós mesmos. É hoje quase consensual na comunidade científica que as variações climáticas que estão a ocorrer, assim como a elevação do NMM, são provocadas, pelo menos em grande parte, pelas actividades humanas. Em 2100 o nosso litoral, as nossas planícies, a nossa sociedade será profundamente diferente da actual. Devido à actuação dos nossos avós, dos nossos pais e de nós próprios, a vida dos nossos netos e dos nossos bisnetos terá de ser profundamente diferente da nossa. É tempo de agir! Deveríamos ter já começado ontem a preparar a nossa sociedade para fazer face às consequências de todas estas modificações provocadas por nós próprios.

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