Alterações Climáticas: o passado e o futuro. Do GLOBAL ao l cal.
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- Dina Rios Mota
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1 Alterações Climáticas: o passado e o futuro. Do GLOBAL ao l cal. Álvaro Pimpão Silva, Fátima Espírito Santo alvaro.silva@ipma.pt Divisão de Clima e Alterações Climáticas Departamento de Meteorologia e Geofísica
2 PLANO Alterações Climáticas: o passado e o futuro. Do global ao local. ALTERAÇÕES OBSERVADAS DO CLIMA ATUAL Escala Global Portugal Continental Coruche CENÁRIOS DO CLIMA FUTURO Escala Global Portugal Continental Coruche O QUE PODEMOS FAZER? CONSIDERAÇÕES FINAIS
3 Alterações Climáticas: o passado e o futuro. Do global ao local.
4 ALTERAÇÕES OBSERVADAS DO CLIMA ATUAL: Escala Global Temperatura do ar Aquecimento global: o período foi provavelmente o mais quente de qualquer trinténio nos últimos 1400 anos. Média da temperatura do ar global à superfície As últimas 3 décadas foram sucessivamente mais quentes e mais quentes do que qualquer das décadas depois de Variação da média da temperatura global à superfície IPCC AR5
5 ALTERAÇÕES OBSERVADAS DO CLIMA ATUAL: Escala Global Temperatura do ar Nos últimos anos tem sido ultrapassados recordes sucessivos da média da temperatura do ar no globo. Anomalias anuais da temperatura do ar global à superfície 2015 foi o ano mais quente mas 2016 será ainda mais, aproximando-se da barreira (acordo de PARIS) dos 1.5 C. Anomalias mensais da temperatura do ar global à superfície
6 ALTERAÇÕES OBSERVADAS DO CLIMA ATUAL: Escala Global Precipitação Redução de precipitação nalgumas regiões do mundo, incluindo a bacia do Mediterrâneo. Valores anuais de precipitação Tendência de decréscimo na Península Ibérica e de acréscimo na Escandinávia. Tendência da precipitação continental IPCC AR5 EEA
7 ALTERAÇÕES OBSERVADAS DO CLIMA ATUAL: Escala Global Gelo e nível médio do mar O gelo oceânico no Ártico diminuiu 40% nos últimos 50 anos, e de forma mais acentuada nos últimos 20 anos. Extensão do gelo oceânico - verão A partir de 1850, o nível médio do mar aumentou a uma taxa maior do que a dos últimos 2 milénios: % deve-se a dilatação do oceano % devido à fusão dos glaciares Subida do nível médio do mar, IPCC AR5
8 Alterações Climáticas: o passado e o futuro. Do global ao local.
9 Temperatura média ( C) ALTERAÇÕES OBSERVADAS DO CLIMA ATUAL: Portugal Temperatura do ar As últimas 3 décadas foram as mais quentes Década + quente / Desde meados dos anos 70 a temperatura média subiu em todas as regiões de Portugal, a uma taxa de cerca de 0.3 ºC/década. De referir que dos 10 anos mais quentes, 7 ocorreram depois de 1990, sendo o ano de 1997 o mais quente / / / / / / / /10
10 ALTERAÇÕES OBSERVADAS DO CLIMA ATUAL: Portugal Temperatura do ar: Extremos (calor) Noites Tropicais Dias muito quentes Onda de Calor (WSDI)
11 ALTERAÇÕES OBSERVADAS DO CLIMA ATUAL: Portugal Temperatura do ar: Extremos (frio) Dias frios (Tx10) Noites frias (Tn10)
12 Precipitação (mm) ALTERAÇÕES OBSERVADAS DO CLIMA ATUAL: Portugal Precipitação As últimas 4 décadas foram sucessivamente mais secas Década mais seca /2010 Decréscimo da precipitação anual: os últimos 20 anos foram particularmente pouco chuvosos em Portugal Continental. De referir ainda que 5 dos 10 anos mais secos ocorreram depois de : ano mais seco; 2007: 2º mais seco; 2004: 3º mais seco / / / / / / / /10
13 ALTERAÇÕES OBSERVADAS DO CLIMA ATUAL: Portugal Precipitação Precipitação total R99p dias muito chuvosos
14 Alterações Climáticas: o passado e o futuro. Do global ao local.
15 ALTERAÇÕES OBSERVADAS DO CLIMA ATUAL: Coruche Temperatura do ar
16 ALTERAÇÕES OBSERVADAS DO CLIMA ATUAL: Coruche Precipitação
17 PORQUÊ? 0.05 Wm -2 IPCC AR Wm -2
18 Alterações Climáticas: o passado e o futuro. Do global ao local. Clima Futuro
19 CENÁRIOS DO CLIMA FUTURO: Global Temperatura e precipitação Temperatura do ar Precipitação IPCC AR5
20 IPCC AR5 (2014) The Physical Science Basis (reference period ) CENÁRIOS DO CLIMA FUTURO: Global e Mediterrâneo Temperatura e precipitação Anomalias da temperatura do ar à superfície, Anomalias da precipitação, C a 4.8 C (RCP8.5) 1.4 C a 3.1 C (RCP6.0) 1.1 C a 2.6 C (RCP4.5) 0.3 C a 1.7 C (RCP2.6)
21 CENÁRIOS DO CLIMA FUTURO: Europa Caudal dos rios
22 CENÁRIOS DO CLIMA FUTURO: Portugal Portal do Clima
23 CENÁRIOS DO CLIMA FUTURO: Portugal Portal do Clima
24 CENÁRIOS DO CLIMA FUTURO: Lezíria do Tejo/Coruche Temperatura do ar Aumento da temperatura mínima e da temperatura máxima, sobretudo no meses de verão.
25 CENÁRIOS DO CLIMA FUTURO: Lezíria do Tejo/Coruche Precipitação Decréscimo da precipitação anual: - 25 a 35 mm para o RCP a 110 mm (15%) para o RCP 8.5 Menos precipitação na primavera, verão e outono e aumento no inverno.
26 Alterações Climáticas: o passado e o futuro. Do global ao local. RISCOS CLIMÁTICOS E DESASTRES NATURAIS
27 Conceito de Risco Exposição: A presença de pessoas, atividades, equipamentos, infraestruturas em locais/regiões que possam ser afetados. Vulnerabilidade: Propensão ou predisposição para ser afetado. Risco de catástrofe: Probabilidade de num período de tempo de ocorrerem alterações severas no normal funcionamento de uma comunidade ou sociedade devido a eventos meteorológicos/climáticos. Risco = Evento x Exposição x Vulnerabilidade (Hazard event)
28 Aumento do Risco O clima em mudança leva a alterações nos eventos climáticos e meteorológicos extremos. Os impactos dos eventos climáticos e meteorológicos extremos dependem de: Tipo e severidade do evento; Vulnerabilidade; Exposição. As catástrofes podem ser desencadeadas por eventos que, não sendo extremos do ponto de vista estatístico, afetam as populações com elevados níveis de vulnerabilidade e exposição. Importante Escala do fenómeno De: Pequena duração numa pequena área (ex: tornado) Longa duração numa vasta região (ex: seca)
29 Aumento da Exposição ao Perigo Aumento da Exposição ( ): Cheias e inundações média de pessoas afetadas (milhares/ano)
30 O QUE PODEMOS FAZER? PERIGO, VULNERABILIDADE, RISCO Vulnerabilidade Perigo Exposição IPCC AR5 Diminuição do Risco através da diminuição da vulnerabilidade (adaptação) e da exposição (regulamentação, ordenamento) e do aumento da resiliência das comunidades, na impossibilidade de controlar o perigo (fenómenos extremos ou causadores de danos).
31 O QUE PODEMOS FAZER? ADAPTAÇÃO, MITIGAÇÃO, RESILIÊNCIA GLOBAL CONTINENTAL NACIONAL MITIGAÇÃO ACORDOS INTERNACIONAIS POLÍTICA EMISSÕES GEE TECNOLOGIA REGIONAL LOCAL INDIVIDUO ADAPTAÇÃO RESILIÊNCIA PLANEAMENTO REGULAMENTAÇÃO ESTILO DE VIDA TEMPO MITIGAÇÃO: IPCC (2007) a intervenção para reduzir o forçamento antrópico no sistema climático. ADAPTAÇÃO: Gestão do efeitos das alterações climáticas reduzindo a vulnerabilidade. RESILIÊNCIA das populações é muito variável, dependendo, entre outros, da sua organização, nível económico, social e cultural, bem como da própria identidade dos lugares. Nem sempre são as comunidade mais desenvolvidas as mais resilientes
32 Considerações finais TEMPERATURA Alterações climáticas Desde 1976: O aquecimento predomina em todas as estações do ano. Tendência para mais episódios de calor e com maior duração. Diminuição no número de dias/noites frias e aumento dos dias quentes e muito quentes. PRECIPITAÇÃO Decréscimo na precipitação anual e, principalmente, na primavera. Fenómenos extremos de precipitação intensa aumentam no outono e decrescem significativamente na primavera. Mais secas e de maior duração. NO FUTURO AS SIMULAÇÕES APONTAM PARA QUE ESTAS TENDÊNCIAS CONTINUEM/INTENSIFIQUEM, INCLUINDO O AUMENTO DE FREQUÊNCIA DOS FENÓMENOS EXTREMOS DE CALOR, SECA, CHUVA Hotter, Drier, Wetter. Face the future.
33 Considerações finais Aumento do risco (climático) pode resultar de alterações na frequência de eventos extremos (e não só), mas também do aumento da exposição a estes eventos. Redução do risco -> diminuição de exposição e/ou de vulnerabilidade (na impossibilidade de controlo dos eventos). Não só as regiões mas também as populações apresentam vulnerabilidades distintas. Grupos sociais diferentes enfrentam eventos semelhantes de formas diversas. Necessidade de projetos que integrem projeções de clima futuro e modelos socioeconómicos numa perspetiva integrada, e é nesta base que as medidas de adaptação deverão ser propostas (Marengo, 2009). As estratégias de adaptação válidas requerem a correta perceção da vulnerabilidade local e regional. Risco
34 Alterações Climáticas: o passado e o futuro. Do global ao local. Obrigado Questões?
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