UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE MEDICINA HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE MEDICINA HOSPITAL UNIVERSITÁRIO"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE MEDICINA HOSPITAL UNIVERSITÁRIO TIEMI SAYURI MENEZES OKI FONTES GRAU DE INFORMAÇÃO SOBRE A VACINA CONTRA A INFECÇÃO PELO PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV) ENTRE ADOLESCENTES EM ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES DE ARACAJU, SERGIPE Aracaju/SE

2 TIEMI SAYURI MENEZES OKI FONTES GRAU DE INFORMAÇÃO SOBRE A VACINA CONTRA A INFECÇÃO PELO PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV) ENTRE ADOLESCENTES EM ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES DE ARACAJU, SERGIPE Monografia apresentada à Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial à conclusão do curso de Medicina do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. Orientadora: Profª PhD. Júlia Maria Gonçalves Dias. Aracaju/SE

3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE MEDICINA HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GRAU DE INFORMAÇÃO SOBRE A VACINA CONTRA A INFECÇÃO PELO PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV) ENTRE ADOLESCENTES EM ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES DE ARACAJU, SERGIPE Monografia apresentada à Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial à conclusão do curso de Medicina do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. Aracaju, / / Autora: Tiemi Sayuri Menezes Oki Fontes 3

4 TIEMI SAYURI MENEZES OKI FONTES GRAU DE INFORMAÇÃO SOBRE A VACINA CONTRA A INFECÇÃO PELO PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV) ENTRE ADOLESCENTES EM ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES DE ARACAJU, SERGIPE Monografia apresentada à Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial à conclusão do curso de Medicina do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. Aprovada em / / Orientadora: Profª PhD. Júlia Maria Gonçalves Dias Universidade Federal de Sergipe BANCA EXAMINADORA Universidade Federal de Sergipe Universidade Federal de Sergipe Universidade Federal de Sergipe 4

5 Aos meus pais, Kenji e Suely, exemplos de vida justa, ao meu esposo Carlos que me ajuda a tomar as decisões certas, e às minhas filhas, Letícia e Luiza, minha fortaleza. 5

6 AGRADECIMENTOS momento. A Deus, por realizar tantas coisas boas em minha vida e por me permitir viver esse Aos meus pais, Kenji e Suely, pelo amor, apoio, confiança e dedicação à minha vida pessoal e acadêmica. A Carlos Augusto, meu esposo, que sempre me apoiou, ajudou bastante na produção deste trabalho e esteve sempre ao meu lado. Às minhas filhas, Letícia e Luiza, que inconscientemente me deram força e coragem para que eu seguisse firme nessa caminhada. À minha orientadora, Dra. Júlia Dias, professora dedicada e atenciosa, peça fundamental para o desenvolvimento desta monografia. Obrigada pela atenção, amizade, paciência e por ter partilhado comigo suas experiências e conhecimentos, os quais fizeram com que eu me apaixonasse pela Ginecologia e Obstetrícia, caminho que pretendo seguir. pesquisa. À Débora Medeiros, minha amiga, por ter me ajudado durante a coleta de dados desta A todos os meus amigos que acreditaram em mim e estimularam a conclusão dessa longa trajetória. 6

7 LISTAS LISTA DE TABELAS Tabela 1: Distribuição de frequência dos dados sócio- demográficos de meninas estudantes de escolas particulares e públicas na cidade de Aracaju-SE Tabela 2: Distribuição de frequência dos dados sexuais de meninas estudantes de escolas particulares e públicas na cidade de Aracaju-SE Tabela 3: Associação entre o conhecimento sobre a vacina contra HPV e variáveis sexuais e sócio-demográficas de meninas estudantes de escolas particulares na cidade de Aracaju- SE...60 Tabela 4: Associação entre o conhecimento sobre a vacina contra HPV e variáveis sexuais e sócio-demográficas de meninas estudantes de escolas públicas na cidade de Aracaju-SE

8 LISTA DE ABREVIATURAS HPV Papiloma Vírus Humano. OMS Organização Mundial da Saúde. ECA Estatuto da Criança e do Adolescente. IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. DST Doença Sexualmente Transmissível. HIV Vírus da Imunodeficiência Humana. AIDS Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. DNA - Ácido desoxirribonucleico. PCR Reação da Polimerase em Cadeia. NIC Neoplasia intraepitelial cervical. VLP Partículas vírus-like. INCA - Instituto Nacional do Câncer. PRR Papilomatose Respiratória Recorrente. 8

9 SUMÁRIO I INTRODUÇÃO...10 II REVISÃO DE LITERATURA DEFINIÇÃO EPIDEMIOLOGIA INFECÇÃO PELO PAPILOMA VÍRUS HUMANO Agente Etiológico Fatores de Risco LESÕES CERVICAIS DIAGNÓSTICO Citologia Colposcopia Histopatologia Métodos Biológicos PREVENÇÃO III REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...36 IV NORMAS PARA PUBLICAÇÃO...44 V ARTIGO ORIGINAL Resumo...52 Abstract...53 Introdução Materiais e métodos Resultados Discussão Conclusão Referências Bibliográficas VI ANEXOS

10 I INTRODUÇÃO De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a adolescência compreende a faixa etária entre 10 e 19 anos. A adolescência é o caminho essencial do desenvolvimento social e a busca por suas identidades. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, no estado de Sergipe, a população adolescente correspondia a mais de 400 mil habitantes (20,1%) e na cidade de Aracaju representa cerca de 100 mil habitantes (17,3%) (OSELKA; TROSTER, 2000; SCHOEN-FERREIRA; AZNAR-FARIAS; SILVARES, 2010). Na adolescência, são estabelecidos padrões básicos de comportamento que se perpetuam ao longo da vida, entre os quais aqueles pertencentes ao campo da sexualidade. Nesse momento de grandes transformações biopsicossociais, costuma ocorrer a iniciação sexual, muitas vezes sem a orientação prévia de um adulto responsável, que possibilitaria ao adolescente e à adolescente fazer escolhas conscientes, considerando desejo, prazer e riscos (CEDARO; VILAS BOAS; MARTINS, 2012). Apesar de o tema ser importante para a formação integral do adolescente, existem poucos estudos no Brasil a respeito da sexualidade na adolescência. Ainda há as dificuldades que os próprios serviços de saúde e educação demonstram em tratar do assunto e assegurar universalmente os direitos sexuais e reprodutivos dessa população. Existe uma antecipação da iniciação sexual, à medida que se inicia cada vez mais precocemente a puberdade e a idade da menarca. Em 2004, no Brasil, a média de idade da primeira relação sexual em meninas era de 15 anos (ROMERO et al, 2007; MORAES; VITALLE, 2012; MAAKAROUN et al, 2007; UNESCO, 2004). Pensar sobre a sexualidade na adolescência é também refletir sobre seus riscos e sobre a educação recebida pela população jovem a respeito desse tema, pois o início da vida sexual do/a adolescente costuma ser um momento marcante, e é considerado por muitos um dos passos para se atingir a plenitude pessoal. Contudo, esse início de inserção no universo adulto também insere o/a adolescente no campo das vulnerabilidades às doenças sexualmente transmissíveis (DST) e aos riscos de uma gestação não planejada (CEDARO; VILAS BOAS; MARTINS, 2012). 10

11 O vírus HPV é considerado o agente infeccioso de transmissão sexual mais comum. A depender de seu tipo, o HPV tem uma grande relação com lesões precursoras pré-malignas e com o câncer de colo de útero. A evolução do câncer de colo de útero, na maioria dos casos, se dá de forma lenta passando por fases pré-clínicas detectáveis e curáveis. No Brasil, estimase que o câncer do colo uterino seja o terceiro mais comum na população feminina, sendo superado pelo câncer de pele não melanoma e pelo câncer de mama. Representa a segunda causa de óbito por câncer entre mulheres (NAKAGAWA; SCHIRMER; BARBIERI, 2010; INCA, 2012; PINTO; FUZII; QUARESMA, 2011). Existem mais de 200 tipos de Papiloma Vírus descritos e se distinguem entre si na sequência do DNA. De acordo com o risco epidemiológico, o vírus pode ser classificado como baixo e alto risco. Os de baixo risco são geralmente encontrados em condilomas vulvogenitais e os de alto risco são associados ao câncer cervical. O HPV tem um tropismo pelo epitélio escamoso, a região da mucosa que é infectada por HPV está associada a uma variedade de doenças, que vão desde as verrugas genitais benignas aos carcinomas francos do colo do útero e região anogenital (NAKAGAWA; SCHIRMER; BARBIERI, 2010; MCLAUGHLIN-DRUBIN; MÜNGER, 2009). O condiloma acuminado apresenta lesões como pápulas, nódulos ou vegetações macias, filiformes, róseas, sésseis ou pediculadas. Podem apresentar também crescimento exofítico e são, geralmente, assintomáticas. Os HPVs de baixo risco, HPV 6 e HPV 11, são os mais detectados nessas lesões. Já os HPVs 16 e 18 são os dois tipos carcinogênicos mais importantes e responsáveis por cerca de 70% dos carcinomas cervicais e 50% das neoplasias intraepiteliais de grau III (LETO et al, 2011). A alta prevalência da infecção pelo HPV entre adolescentes e mulheres jovens pode ser explicada por ser este o grupo etário no qual se inicia a vida sexual, sendo característica a maior frequência de atividade sexual, rotatividade de parceiros e procura por parceiros novos, uso irregular de métodos contraceptivos de barreira e fragilidade da cérvice uterina no início da vida sexual, além dos traços psicossociais desse grupo etário, que normalmente não procura os serviços de saúde com a mesma regularidade que as mulheres mais velhas para fins preventivos. A infecção por HPV em homens também provoca verruga genital e está associada com o câncer cervical em suas parceiras (PINTO; FUZII; QUARESMA, 2011; ALBERO et al, 2012). 11

12 O objetivo fundamental do rastreio do câncer do colo do útero é prevenir a morbidade e mortalidade por este câncer. A infecção por HPV é diagnosticada através dos dados da história, exame físico e exames complementares com a pesquisa direta do vírus ou indiretamente através das alterações provocadas pela infecção nas células e no tecido (SASLOW et al, 2012; DÔRES et al, 2005). Em relação à prevenção da infecção por HPV, é muito importante a mulher realizar o exame preventivo Papanicolaou periodicamente, pois o HPV é considerado o agente causal do carcinoma da cérvice uterina. Além disso, deve-se estimular o uso de preservativos nas relações sexuais e a redução no número de parceiros. Deve-se incluir também a circuncisão em homens que deve ser considerada como uma intervenção preventiva adicional susceptível de reduzir a carga de doenças associadas ao HPV em homens e mulheres, especialmente entre os países em que os programas de vacinação contra HPV e a triagem para câncer cervical não estão disponíveis (REIS et al, 2013; ALBERO et al, 2012). Outra forma de prevenção são as vacinas contra HPV. As vacinas contra HPV são tão seguras quanto às outras vacinas profiláticas comuns, pois não contém o DNA viral. A vacina contra HPV não previne a infecção por outras doenças sexualmente transmissíveis e sua introdução não elimina a necessidade de rastreio para câncer cervical. Entretanto, o foco, atualmente, deve ser a vacinação universal de adolescentes contra a infecção pelo HPV (JIN et al, 2013; STEINBROOK, 2006; SASLOW et al, 2012; MOSCICKI et al, 2010). A vacina contra a infecção pelo HPV está destinada, inicialmente, somente para os indivíduos que previamente não tiverem contato com o vírus, preferencialmente antes de iniciar a vida sexual, com idade entre 09 e 25 anos, visto que a infecção geralmente ocorre logo após o início da vida sexual, e, por enquanto, ser do sexo feminino. Essa vacina é uma promissora ferramenta para o combate ao câncer cervical, porém ainda é uma prática distante da realidade dos países de baixa e média renda, em razão de seu alto custo (NADAL; NADAL, 2008; INCA, 2012). O objetivo deste estudo é avaliar o grau de conhecimento sobre a vacina contra a infecção pelo papiloma vírus humano (HPV) entre adolescentes em escolas públicas e particulares da cidade de Aracaju, Sergipe. Além de determinar o perfil sócio demográfico e de comportamento sexual, com análise comparativa de ambos os grupos. 12

13 II REVISÃO DE LITERATURA 1. DEFINIÇÃO De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a adolescência compreende a faixa etária entre 10 e 19 anos. Para o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) (Lei n o de 13/07/90), são considerados adolescentes indivíduos entre 12 e 18 anos de idade. Essa diferença tem pouca importância em virtude de todas as modificações biológicas, psicológicas e sociais que caracterizam esse período da vida (OSELKA; TROSTER, 2000). A adolescência é uma fase de transição entre a infância e a idade adulta, e como fase própria possui características singulares nos campos biológicos, psicológicos e sociais, sendo um período que contém várias etapas que influenciam no desenvolvimento do sujeito, das quais é importante destacar a ocorrência da puberdade e a separação das figuras parentais. A adolescência é o caminho essencial do desenvolvimento social e a busca por suas identidades. O termo adolescência vem do latim adolescere e significa crescer. A palavra adolescence foi usada na língua inglesa pela primeira vez em 1430, e referia-se à faixa etária dos 14 aos 21 anos para homens e dos 12 aos 21 anos para as mulheres (SCHOEN-FERREIRA; AZNAR- FARIAS; SILVARES, 2010). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, a população adolescente de 10 a 19 anos alcançou 17,9% da população total do país, representando cerca de 34 milhões de jovens nessa faixa etária. No estado de Sergipe, a população adolescente corresponde a mais de 400 mil habitantes (20,1%) e na cidade de Aracaju representa cerca de 100 mil habitantes (17,3%). Existe um consenso de que os primeiros sinais de puberdade assinalam o início da adolescência. Essa eclosão puberal ocorre em tempo individual e é regulada, principalmente, por mecanismos genéticos, neuroendócrinos e ambientais, podendo iniciar-se antes dos 10 anos. O início cada vez mais precoce da puberdade e da idade da menarca tem acarretado uma antecipação da iniciação sexual (MAAKAROUN et al, 2007). Os adolescentes estão expostos a muitos riscos relacionados com a sexualidade, incluindo gravidez, DST, abuso sexual e prostituição, e as circunstâncias que favorecem essa exposição são a influência dos meios de comunicação, a falta de educação sexual, a rebeldia 13

14 própria dessa fase e o abandono de algumas famílias. Observa-se, atualmente, que a atividade sexual se inicia cada vez mais precocemente. Em 2004, no Brasil, a média de idade da primeira relação sexual em meninas era de 15 anos. Embora o exercício da sexualidade seja considerado uma conduta simples e cotidiana, é muito complexa e permeia aspectos cognitivos que vão desde os mais primitivos (sensoriais) até esquemas de representação mais complexos, que envolvem a linguagem corporal, facial e outros sistemas de sinais. Há, ainda, os aspectos culturais, extremamente relevantes, também imbricados na formação e no exercício da sexualidade humana. Apesar de o tema ser importante para a formação integral do adolescente, existem poucos estudos no Brasil a esse respeito. Ainda há as dificuldades que os próprios serviços de saúde e educação demonstram em tratar do assunto e assegurar universalmente os direitos sexuais e reprodutivos dessa população (WIESNER et al, 2010; ROMERO et al, 2007; UNESCO, 2004; MORAES; VITALLE, 2012). O início da atividade sexual cada vez mais cedo e a falta de comunicação a respeito do assunto, seja com os pais, professores ou profissionais de saúde, põem em risco a saúde das adolescentes, as quais podem sofrer com uma gestação precoce, indesejada e não planejada ou contrair doenças sexualmente transmissíveis (DST) como HIV/AIDS, sífilis, gonorreia e o papiloma vírus humano (HPV). No Brasil, os homens ainda representam o maior contigente de portadores de infecções sexuais, entretanto, as mulheres representam uma parte crescente dessa epidemia, com a relação masculino e feminino de casos de AIDS diminuindo de 15:1 em 1986 para 1,5:1 em Vários estudos têm demonstrado que a infecção por HPV é significativamente mais comum entre mulheres HIV-positivas em comparação com aquelas que não são infectadas (MORAES; VITALLE, 2012; MS, 2010; AVERBACH et al, 2010). O vírus HPV é considerado o agente infeccioso de transmissão sexual mais comum. A depender de seu tipo, o HPV tem uma grande relação com lesões precursoras pré-malignas e com o câncer de colo de útero. O DNA-HPV é detectado em mais de 95% dos casos, sendo os tipos 16 e 18 responsáveis por mais de 70% do câncer cervical, e juntos com o HPV 45 contribuem em 94% dos adenocarcinomas cervicais. O diagnóstico morfológico de adenocarcinoma endocervical é extremamente difícil, dado a multiplicidade de variantes histológicas, cada uma com diferente comportamento biológico. (NAKAGAWA; SCHIRMER; BARBIERI, 2010; SANJOSE et al, 2010; BARBU; CRĂIŢOIU; MĂRGĂRITESCU, 2012) 14

15 2. EPIDEMIOLOGIA O combate ao câncer de colo de útero teve significativos avanços após a confirmação do papel etiológico do vírus HPV sobre a doença. Apesar do avanço nos conhecimentos, as taxas de morbimortalidade por câncer de colo de útero continuam altas em países em desenvolvimento, por ser uma patologia de evolução lenta, sem manifestação clínica no seu início e, principalmente por se tratar de uma infecção de transmissão sexual. A cada ano, cerca de mulheres são diagnosticadas com HPV e mulheres morrem de câncer invasivo do colo do útero induzido por tipos oncogênicos de HPV. No Brasil, estimase que o câncer do colo uterino seja o terceiro mais comum na população feminina, sendo superado pelo câncer de pele não melanoma e pelo câncer de mama. Representa a segunda causa de óbito por câncer entre mulheres. Para o Brasil, no ano de 2012, esperou-se casos novos de câncer do colo do útero, com um risco estimado de 17 casos a cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores da pele não melanoma, o câncer do colo do útero é o mais incidente na região Norte (24/100 mil). Nas regiões Centro-Oeste (28/100 mil) e Nordeste (18/100 mil) ocupam a segunda posição mais frequente, na região Sudeste (15/100 mil), a terceira, e na região Sul (14/100 mil), a quarta posição (NAKAGAWA; SCHIRMER; BARBIERI, 2010; INSINGA; DASBACH; ELBASHA, 2009; PINTO; FUZII; QUARESMA, 2011; INCA, 2012). Sadeghi e colaboradores em 1984 publicaram um estudo realizado em 1981, nos Estados Unidos, que foi um dos primeiros a apontar a tendência crescente da prevalência de lesões intraepiteliais entre adolescentes, dentre as mulheres rastreadas, eram adolescentes. Observou-se uma taxa de 1,9% com 3651 citologias anormais, e uma prevalência histológica de lesões de todos os graus de 13,3/1000. Taxas de prevalência de lesões pré-neoplásicas do colo uterino detectadas por citologia em adolescentes também foram descritas em um estudo desta natureza realizado na década de 90. Nesse estudo foi feita uma análise retrospectiva de citologias coletadas na região da Nova Inglaterra, das quais 378 citologias eram de adolescentes entre 10 e 14 anos e 9918 eram de adolescentes entre 15 e 19 anos, nestas foram detectadas 388 lesões intraepiteliais, com sete casos na faixa de 10 a 14 anos e 381 casos na faixa de 15 a 19 anos. O mais importante é que o câncer cervical invasivo é extremamente raro nessa faixa etária e a progressão não é comum em adolescentes mesmo com NIC II ou III, mas a incidência do câncer cervical invasivo cresce a 15

16 partir dos 25 anos (SADEGHI; HSIEH; GUNN, 1984; RICHARDSON et al, 2005; FUCHS et al, 2007). A evolução do câncer de colo de útero, na maioria dos casos, se dá de forma lenta passando por fases pré-clínicas detectáveis e curáveis. O câncer de útero é o que apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura, chegando perto de 100% quando diagnosticado precocemente. Seu pico de incidência situa-se entre 40 e 60 anos de idade e apenas uma pequena porcentagem ocorre abaixo dos 30 anos (INCA, 2012). A infecção pelo papiloma vírus humano (HPV) é frequentemente comum em adultos jovens de ambos os sexos, com prevalência estimada entre 20 e 46%. A infecção causada por HPV constitui um problema de saúde pública no Brasil e em diversos países. Nos Estados Unidos, o câncer cervical representa sozinho 53,4% do número total de cânceres associados ao HPV entre mulheres e 32,7% de todos os cânceres associados ao HPV (REIS et al, 2013; AHMEDIN et al, 2012). O câncer do colo do útero é um problema de saúde pública, principalmente nos países mais pobres. Nos Estados Unidos, as taxas de câncer cervical foram marcadamente elevadas entre a maioria das mulheres que vivem em áreas de baixo nível socioeconômico e disparidades semelhantes foram observadas entre os homens para o câncer do ânus e pênis associados ao HPV. Em países onde não há extensos programas de esfregaço de Papanicolaou, o câncer cervical é altamente prevalente e é responsável por 10-25% de todos os cânceres em mulheres (BORSATTO; VIDAL; ROCHA, 2011; MCLAUGHLIN-DRUBIN; MÜNGER, 2009; AHMEDIN et al, 2012). 3. INFECÇÃO PELO PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV) 3.1. Agente Etiológico Papiloma Vírus Humano (HPV) Existem mais de 200 tipos de Papiloma Vírus descritos e se distinguem entre si na sequência do DNA. O vírus é relativamente pequeno, não envelopado, com 55 nm de diâmetro. O genoma deste vírus é uma molécula com DNA duplo e é encontrado no núcleo das células infectadas do colo uterino normal, onde partículas virais infectantes se replicam e 16

17 podem ser isoladas. O HPV tem um genoma de DNA circular de 8000 nucleótidos dividido em duas regiões: a região de início, para a replicação viral, e a região tardia, para a produção da cápside viral. O DNA do HPV se integra aos cromossomos do hospedeiro no câncer cervical e esta integração parece ser aleatória, porque o genoma do vírus é integrado em locais distintos em diferentes cânceres. Isso leva a um acúmulo de danos no DNA do hospedeiro e ao desenvolvimento de células cancerosas durante um longo período de tempo (NAKAGAWA; SCHIRMER; BARBIERI, 2010; JIN et al, 2013; FURUMOTO; IRAHARA, 2002). Os HPVs de alto risco nas mucosas codificam três proteínas de transformação, E5, E6 e E7, sendo as principais reguladoras, as oncoproteínas E6 e E7. Essas oncoproteínas virais, E6 e E7, contribuem para a iniciação do tumor e também desempenham um papel importante na progressão maligna da lesão através da indução da instabilidade genômica e outros mecanismos. No processo de progressão maligna as oncoproteínas E6 e E7 promovem, nas células da mucosa, a aquisição de potencial proliferativo ilimitado, fator de crescimento independente, evasão de apoptose e sensibilidade para sinais citostáticos, indução de propriedades invasivas e metastáticas e angiogênese sustentada (MCLAUGHLIN-DRUBIN; MÜNGER, 2009). Os HPVs não são somente espécies específicas, mas também apresentam um tropismo para epitélio escamoso, um grande grupo de HPVs infecta epitélios da pele, ao passo que outro considerável grupo infecta epitélios da mucosa. A região da mucosa infectada por HPV está associada a uma variedade de doenças, que vão desde as verrugas genitais benignas aos carcinomas francos do colo do útero e região anogenital. O HPV pode causar verrugas genitais, câncer cervical, câncer na orofaringe, câncer anal, câncer vulvar, câncer vaginal, câncer no pênis e papilomatose respiratória recorrente, criando um considerável problema econômico e de saúde (MCLAUGHLIN-DRUBIN; MÜNGER, 2009; JIN et al, 2013). As infecções por HPV de alto risco podem causar lesões intraepiteliais que são risco de progressão maligna, porém a maioria dessas infecções não resulta em lesões clinicamente aparentes, podendo aquelas que se desenvolvem espontaneamente regredirem com alta frequência. A integração de sequências de genoma de HPV a um cromossomo da célula hospedeira é um acontecimento frequente durante a progressão maligna (MCLAUGHLIN- DRUBIN; MÜNGER, 2009). 17

18 De acordo com o risco epidemiológico, o vírus pode ser classificado como baixo e alto risco. Os de baixo risco são geralmente encontrados em condilomas vulvo-genitais e os de alto risco são associados ao câncer cervical. Foram classificados 15 tipos de vírus de alto risco, entre eles estão os tipos: 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, e 58, sendo que os tipos 26, 53 e 66 poderiam também ser considerados de provável alto risco. Os tipos de baixo risco são: 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61, 70, 72, 81, e CP6108 e os tipos 34, 57 e 83 ainda não foram detectados em nenhuma das amostras e, portanto, foram considerados de risco indeterminado. A incidência de infecções por HPV de alto risco é mais elevada do que a de baixo risco. Muitas infecções são assintomáticas e transitórias, porém a infecção persistente com tipos oncogênicos de HPV é um sério problema de saúde (NAKAGAWA; SCHIRMER; BARBIERI, 2010; STEINBROOK, 2006). Os tipos de HPV são considerados independentes (sem sinergia ou competição) no que diz respeito à transmissão, infecção, persistência e progressão da doença, assim, qualquer combinação de várias infecções é possível, como também pode ocorrer uma reinfecção pelo mesmo tipo. Uma vez infectados com HPV6 ou 11, indivíduos têm uma probabilidade conjunta de desenvolver e ser diagnosticado com verrugas anogenitais ou resolver a infecção. Os indivíduos podem experimentar múltiplos episódios de verrugas anogenitais através da recorrência de uma infecção persistente, reinfecção após tratamento prévio de tipos de HPV ou infecção com um novo tipo de HPV (VELDE et al; 2012). Dos tipos de HPV de alto risco, os tipos 16 e 18 são os mais encontrados nas biópsias de mulheres com carcinoma cervical de células escamosas e também nas biópsias de carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço. O HPV16 é mais comumente associado com carcinoma de células escamosas, enquanto o HPV18 é o tipo predominante encontrado nos adenocarcinomas e carcinomas neuroendócrinos. Os tipos de HPV 16, 18, 31, 33, e 35 também podem causar câncer de orofaringe, sendo o tipo 16 o mais frequente. Curiosamente, as lesões intraepiteliais penianas são muito menos detectadas nos homens em comparação com as NICs em mulheres, mas elas podem evoluir para a progressão maligna e carcinoma de pênis (REDDOUT et al, 2007; JIN et al, 2013; MCLAUGHLIN-DRUBIN; MÜNGER, 2009) Fatores de Risco A infecção por HPV foi estabelecida como causa necessária de câncer cervical invasivo nas mulheres. Dos fatores de risco relacionados à infecção por HPV, o número de 18

19 parceiros sexuais demonstra ser o mais importante. Portanto, faz-se necessário esclarecer a população sobre as formas de transmissão, diagnóstico, tratamento e formas de prevenção das infecções ocasionadas pelo HPV. Ademais, na maioria das populações, os picos de prevalência da infecção por HPV ocorrem poucos anos após a idade média de iniciação sexual (ALBERO et al, 2012; HAUSEN, 1991; REIS et al, 2013; SASLOW et al, 2012). Aspectos sócio demográficos, comportamentais, sexuais, contraceptivos, reprodutivos e/ou clínicos tornam a mulher mais susceptível a outros fatores mais diretamente envolvidos na carcinogênese cervical, tais como inflamação local e infecção por HPV. Estudos epidemiológicos mostraram que, em mulheres citologicamente normais, a infecção por HPV precede o desenvolvimento de lesões pré-cancerosas do colo do útero. Atualmente, são considerados aspectos importantes para o incremento da vulnerabilidade feminina à ocorrência de altos índices de morte por câncer de colo no Brasil, aspectos socioculturais e político-econômicos, com destaque para a escolaridade, acesso aos serviços de prevenção e manejo do câncer cervical, hábitos de vida, bem como os diferentes grupos etários e sua região de residência (PINTO; FUZII; QUARESMA, 2011; FURUMOTO; IRAHARA, 2002). A saúde da mulher, hoje no Brasil, é um tema que abrange vários aspectos que tangem direta ou indiretamente as dimensões social, educacional e das políticas públicas de saúde. Existe a ideia de que a adolescente é biologicamente mais vulnerável às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), o que se explica devido à diferença anatômica na topografia da cérvice entre adolescentes e adultos. Isso ocorre devido a uma mudança na cérvice da adolescente chamada de metaplasia escamosa. Essa área de transição é conhecida como Zona de Transformação. Os epitélios colunares e metaplásicos são vulneráveis a infecção pelo HPV. A alta prevalência da infecção pelo HPV entre adolescentes e mulheres jovens pode ser explicada por ser este o grupo etário no qual se inicia a vida sexual, sendo característica a maior frequência de atividade sexual, rotatividade de parceiros e procura por parceiros novos, uso irregular de métodos contraceptivos de barreira e fragilidade da cérvice uterina no início da vida sexual, além dos traços psicossociais desse grupo etário, que normalmente não procura os serviços de saúde com a mesma regularidade que as mulheres mais velhas para fins preventivos (PINTO; FUZII; QUARESMA, 2011; MOSCICKI et al, 2008). O maior conhecimento, por parte da mulher, sobre as formas de aquisição, fatores de risco e frequência da infecção por HPV em grupos etários e populacionais distintos pode, provavelmente, contribuir para que ela tenha maior percepção em relação ao seu risco de 19

20 desenvolver lesões pré-neoplásicas cervicais e, consequentemente, influenciar a sua adesão permanente às atividades de colpocitologia e/ou estimular modificações de comportamentos e estilos de vida considerados de risco para o HPV (PINTO; FUZII; QUARESMA, 2011). A compreensão da patogênese viral pela população é de grande importância para dinamizar as prevenções primárias e secundárias, gerando um novo enfoque na área da educação em saúde com ênfase no cuidado da saúde das populações humanas. A transmissão sexual, incluindo as formas anal e oral, é considerada a principal forma de transmissão do HPV e possui relação direta com o número de parceiros sexuais, entretanto existem outras formas de transmissão do HPV, como através de fômites e a contaminação vertical durante o parto, esteja a infecção ativa ou latente (REIS et al, 2013). 4. LESÕES CERVICAIS A imunossupressão, idade mais jovem e infecção pelo HPV são preditores de neoplasia intraepitelial cervical. A doença no colo do útero é dividida em sete etapas sequenciais: infecção por HPV de alto risco (infecção causada por um tipo de HPV que pode causar câncer e que pode ser detectado pelo teste de HPV), três estágios pré-invasivos do colo do útero (neoplasia intraepitelial grau I, II, e III), e três etapas invasivas (Estágio IA, IB e II). Os estágios pré-invasivos e o estágio IA podem ser diagnosticados apenas por rastreio do HPV, pois não vão desenvolver sintomas, enquanto os estágios IB e II podem ser diagnosticados clinicamente também. A neoplasia intraepitelial cervical (NIC) é um bom modelo de doença com muitos estágios, começa com NIC I e pode progredir até NIC III. Em alguns casos ocorre o desenvolvimento do carcinoma invasivo, contudo, nem todos os casos de NIC progridem e a maioria das NIC I regride espontaneamente (TEIXEIRA et al, 2012; KOK et al, 2012; FURUMOTO; IRAHARA, 2002). O HPV é adquirido através de relações sexuais, mas a maioria dos HPVs sofre uma espécie de clearance, no prazo de dois anos na maioria das mulheres. Aproximadamente 60% das mulheres com HPV DNA detectado irá desenvolver anticorpos séricos contra o HPV (HPV soropositivos), e se amostras celulares são coletadas durante a produção viral de pico, leves anormalidades citológicas podem ser detectadas no exame de Papanicolaou. Uma minoria de infecções por HPV podem persistir, e indivíduos com infecção por HPV de alto 20

21 risco persistente tem um risco substancial de desenvolvimento de pré-câncer cervical, ou NIC III. As NICs III são os alvos de rastreio, porque mais de um terço deles irá evoluir para o câncer cervical invasivo dentro de anos (GRAVITT, 2011). As verrugas genitais são causadas, principalmente, pelos tipos de HPV 6 e 11, gerando incômodo pelos sinais/sintomas clínicos e constrangimento. Embora essas verrugas genitais sejam benignas no sentido oncológico, elas podem causar uma boa dose de estresse emocional e financeiro. As verrugas e condilomas com frequência regridem espontaneamente, mas também podem persistir indefinidamente e, mesmo a progressão maligna de tais lesões sendo extremamente improvável, em casos raros, pode dar origem a problemas que põem a vida em risco, incluindo papilomatose respiratória recorrente (PRR) e o condiloma gigante de Buschke-Lowenstein. A papilomatose respiratória recorrente é uma doença rara causada por infecção pelo HPV6 ou HPV11 no nascimento. O condiloma gigante de Buschke-Lowenstein pode ser causado por infecções anogenitais pelo HPV6 ou HPV11 em doentes com um defeito genético que os torna incapazes de controlar eficazmente ou combater estas infecções. Adolescentes e adultos que têm ou tiveram verrugas genitais precisam informar o seu atual e futuro parceiros ou então arriscar infectá-los e enfrentar as consequências (JIN et al, 2013; MCLAUGHLIN-DRUBIN; MÜNGER, 2009). Os homens infectados com HPV desempenham um papel importante na transmissão da infecção por HPV para suas parceiras do sexo feminino. A infecção por HPV em homens também provoca verruga genital e está associada com o câncer cervical em suas parceiras. Por isso, as intervenções que reduzem o risco de infecção por HPV em homens pode ter um efeito preventivo sobre as doenças relacionadas com o HPV tanto em homens quanto em mulheres. A circuncisão em homens foi associada com uma significativa redução da prevalência de infecção genital por HPV, com um consistente efeito protetor e com uma redução significativa do risco de aquisição de infecção por HPV de alto risco, porém não houve associação da circuncisão com as verrugas genitais (ALBERO et al, 2012). O câncer do colo do útero não pode se desenvolver a menos que o epitélio do colo do útero esteja infectado com um dos tipos oncogênicos de HPV. Este tem seu controle baseado na análise microscópica de alterações no esfregaço cervical (exame de Papanicolaou), que permite detectar precocemente as lesões precursoras ou o próprio câncer. O rastreio do câncer do colo do útero continua a ser a estratégia preventiva primária, e a triagem em mulheres vacinadas ou não vai continuar por várias décadas, pois as vacinas atuais contra o HPV não 21

22 cobrem todos os tipos de vírus que causam câncer, sendo também importante o rastreio de mulheres vacinadas (JIN et al, 2013; BORSATTO; VIDAL; ROCHA, 2011; KOK et al, 2012). 5. DIAGNÓSTICO O objetivo fundamental do rastreio do câncer do colo do útero é prevenir a morbidade e mortalidade por este câncer. A estratégia ideal de triagem deve identificar, de forma eficiente e com precisão, aquelas lesões cervicais precursoras (pré-neoplásicas) que possam evoluir para cânceres invasivos e evitar a detecção e o tratamento desnecessário de infecção transitória por HPV e suas lesões benignas associadas que não são destinadas a tornarem-se cancerosas (SASLOW et al, 2012). Recomenda-se que o rastreio do câncer do colo do útero começe aos 21 anos de idade. Antes disso não se deve rastrear independente da idade de iniciação sexual ou outros fatores de risco, pois é uma afecção rara nessa faixa etária e a citologia não altera sua incidência. Rastrear adolescentes leva a uma avaliação desnecessária e ao tratamento de lesões cervicais pré-invasivas que têm uma alta probabilidade de regredir espontaneamente e que terá um significativo potencial para se tornar câncer invasivo após muitos anos de evolução. O foco deve ser a vacinação universal de adolescentes contra a infecção pelo HPV. Mesmo sem o rastreio do câncer do colo do útero, é fundamental que as adolescentes continuem a ter acesso a cuidados de saúde adequados, incluindo avaliação de riscos à saúde, planejamento familiar, contracepção e aconselhamento sobre prevenção, triagem e tratamento de infecções sexualmente transmissíveis. Mulheres em qualquer idade após uma histerectomia com remoção do colo, que não tem história de NIC II, não se recomenda rastrear para o câncer vaginal usando qualquer modalidade. Depois de interrompido, o rastreio não deve ser retomado por qualquer que seja o motivo. As mulheres que interrompem a triagem devem continuar a obter cuidados preventivos de saúde adequados à idade (SASLOW et al, 2012; MOSCICKI et al, 2010). Ao longo do tempo, o aumento de evidências e a melhor compreensão da história natural do câncer do colo do útero têm levado a um crescente reconhecimento de que as recomendações anteriores para triagem anual eram excessivas e levou a um aumento da taxa de danos. Hoje, há poucas evidências para apoiar a seleção anual de mulheres em qualquer 22

23 idade, por qualquer teste de triagem, método ou modalidade, visto a alta prevalência de infecções transitórias e benignas por HPV e suas lesões associadas, a maioria das quais regridem dentro de um a dois anos ou demoram muitos anos para causar câncer. Mulheres em qualquer idade não devem ser rastreadas anualmente por qualquer método de rastreio, mas sim, é recomendado intervalos de rastreio baseados na idade e história clínica de cada paciente (SASLOW et al; 2012). A infecção por HPV é diagnosticada através dos dados da história, exame físico e exames complementares com a pesquisa direta do vírus ou indiretamente através das alterações provocadas pela infecção nas células e no tecido. A progressão maligna das lesões precursoras associadas ao HPV de alto risco é muitas vezes um processo lento e surgem anos a décadas após a infecção original, assim proporciona uma estendida janela de oportunidade para a detecção das lesões pelo exame de Papanicolaou antes de desenvolverem carcinomas invasivos e uma chance única para a prevenção e tratamento (DÔRES et al, 2005; MCLAUGHLIN-DRUBIN; MÜNGER, 2009) Citologia O diagnóstico morfológico das infecções por HPV é amplamente utilizado tanto em esfregaços celulares (citologia) quanto em cortes de tecido (histopatologia). A presença de coilócitos indica uma infecção produzida pelo HPV. O diagnóstico de lesões induzidas pela infecção por papiloma vírus humano é baseado nas alterações citológicas e histopatológicas compatíveis com coilocitose, ou seja, presença de largos e redondos vacúolos perinucleares em células localizadas em qualquer camada do epitélio estratificado, embora mais dificilmente encontrada no epitélio basal e parabasal (ROSENBLATT et al, 2004; NICOLAU, 2002). Colpocitologia oncótica (Papanicolaou) que deve ser feita com frequência e estuda as células descamadas, esfoliadas, no conteúdo cérvico-vaginal e visa identificar as alterações celulares que precedem o processo neoplásico e o próprio câncer cervical, porém não detecta o vírus. O esfregaço de Papanicolaou é um procedimento simples e bem aceito, que permite exame citológico dessas células cervicais esfoliadas (BRITO, 2007; MCLAUGHLIN- DRUBIN; MÜNGER, 2009). 23

24 Os resultados citológicos podem ser classificados como: normal, lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL), lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL), células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASCUS), células escamosas atípicas que não se pode excluir HSIL (ASC-H), células glandulares atípicas de significado indeterminado (AGUS) e carcinoma in situ. A triagem por citologia (Papanicolaou) tem sido muito bem sucedida na redução da incidência do câncer e mortalidade nos países onde o rastreio de boa qualidade está disponível (JARIENE et al, 2012; SASLOW et al, 2012). No mundo, a prevalência dos tipos de HPV 16 e 18, em mulheres com achados citológicos normais, varia de 32% a 33%, e são os tipos mais frequentes nos casos de infecção persistente e progressão da lesão para câncer cervical. O rastreio do câncer do colo do útero diminuiu com sucesso a incidência de câncer cervical e mortalidade. A redução na mortalidade em virtude do rastreio por colpocitologia é devido a um aumento na detecção de câncer cervical invasivo em estágios iniciais, quando se tem alta taxa de sobrevida, e a uma detecção e tratamento de lesões pré-neoplásicas, o que reduz a incidência global de câncer invasivo (JARIENE et al, 2012; SASLOW et al, 2012). De acordo com Saslow e colaboradores (2012), para mulheres entre 21 e 29 anos, a triagem apenas com citologia é recomendada a cada três anos, não sendo recomendado o teste do HPV nessa faixa etária. Entre 30 e 65 anos, recomenda-se que o rastreio seja feito com citologia e teste de HPV complementar a cada cinco anos (preferencialmente) ou citologia sozinha a cada três anos (aceitável). Acima de 65 anos, com uma adequada triagem prévia negativa (três consecutivos resultados de citologia negativa ou dois testes complementares consecutivos negativos nos 10 anos antes de cessar a triagem, sendo o mais recente há 5 anos) e sem histórico de NIC II nos últimos 20 anos, não se recomenda rastreio para câncer cervical qualquer que seja a modalidade.a citologia pode ser coletada de maneira convencional ou em meio líquido. Na coleta de citologia em meio líquido, células esfoliadas do colo do útero são transferidas para um líquido fixador e processadas em laboratórios (SASLOW et al, 2012; DERCHAIN; LONGATTO FILHO; SYRJANEN, 2005). A associação da citologia e da biologia molecular pode elevar a sensibilidade e o valor preditivo negativo para cerca de 100%. Entretanto, o custo dos testes de HPV permanece como um impedimento maior para sua aceitação em programas de prevenção de câncer. Ademais, não há evidências suficientes para alargar esses intervalos mesmo se tiver dois ou mais testes consecutivos com resultado negativo, visto que há um aumento do risco de câncer, 24

25 e intervalos menores não são recomendados por não apresentarem benefícios e aumentar o custo com diagnósticos e tratamentos desnecessários. Ao longo da vida, os riscos de morte previstos devido ao câncer cervical associado com a triagem cada três anos, a cada dois anos e anualmente são muito baixos: 0,05, 0,05 e 0,03 por mil mulheres, respectivamente (DERCHAIN; LONGATTO FILHO; SYRJANEN, 2005; SASLOW et al, 2012). Segundo Derchain e colaboradores (2005), após a coleta da amostra para citologia é realizada uma avaliação pré-analítica que consiste em identificar as amostras específicas que devem ser rejeitadas, que estão inadequadamente identificadas, danificadas ou ausentes. Caso a amostra não possa ser considerada adequada para leitura por outros motivos, esta informação deve ser especificada, e aquelas que estiverem inadequadas implicam nova coleta do exame citológico assim que possível (DERCHAIN; LONGATTO FILHO; SYRJANEN, 2005). Para Saslow e colaboradores (2012), depois que o rastreio é interrompido não deveria retomar por qualquer motivo, mesmo que a mulher relate ter um novo parceiro sexual, pois a maioria das lesões se resolve espontaneamente e a zona de transformação das mulheres mais velhas é menor e menos acessível. Para mulheres acima de 65 anos, com uma história de NIC II, NIC III ou adenocarcinoma in situ, após regressão espontânea ou gestão adequada dessas lesões, a rotina de triagem deve continuar por pelo menos 20 anos. A idade exata para interromper a triagem do câncer cervical não está bem definida (SASLOW et al, 2012) Colposcopia Colposcopia que é realizada com um colposcópio, o qual aumenta o poder de visão do médico, permitindo identificar as lesões em vulva, vagina, colo do útero e região anal. A colposcopia é o principal método para detectar mudanças tipo NIC induzidas por HPV (FUCHS et al, 2007; JARIENE et al, 2012). Os resultados colposcópicos podem ser classificados em: achados normais, de baixo grau, de alto grau, queratose, erosão, inflamação, pólipos, condiloma, zona de transformação não visualizada (JARIENE et al, 2012). A colposcopia com biópsia dirigida é descrita como o método de referência ou padrão de excelência para o diagnóstico de lesões pré-neoplásicas do colo uterino. Alguns fatores podem influenciar na acurácia do método, dentre eles o tamanho e a gravidade da lesão, a 25

26 idade das pacientes, o número de biópsias realizado e a variabilidade da interpretação citológica e histológica (REIS et al,1999). As falhas encontradas na colposcopia se devem, em geral, a falta de qualificação dos profissionais, fato comum no nosso meio. Por isso é fortemente recomendado que a colposcopia seja realizada por médicos que possuam habilitação específica na aplicação dessa técnica. A associação da colposcopia, da citologia oncótica e da histologia constitui o chamado tripé diagnóstico que permite realizar o diagnóstico das lesões neoplásicas e préneoplásicas em mais de 90% das vezes. Isto é importante já que isoladamente a colposcopia bem como a citologia apresentam alta sensibilidade, porém baixa especificidade (FEBRASGO, 2010) Histopatologia Biópsias são colhidas a fim de obter fragmentos de cada tipo de lesão, consiste na retirada de um pequeno fragmento de tecido do colo do útero, das paredes vaginais ou da vulva para análise da natureza de suas alterações (NICOLAU et al, 1997). Os resultados da biópsia podem ser classificados da seguinte forma: achados normais, endocervicite, NIC I, NIC I-II, NIC II, NIC II-III, NIC III, carcinoma in situ, pólipos e câncer cervical (carcinoma de células escamosas ou adenocarcinoma). As lesões intraepiteliais escamosas se caracterizam por alterações de maturação e anomalias nucleares em diversos níveis do epitélio. Essas lesões são divididas em três graus segundo a extensão e gravidade. A NIC I é a displasia confinada ao terço inferior do epitélio; a NIC II é a displasia que afeta os dois terços inferiores do epitélio, e a NIC III é uma lesão escamosa na qual as anomalias nucleares afetam mais de dois terços da espessura do epitélio (JARIENE et al, 2012; FEBRASGO, 2010). A biópsia deverá ser efetuada após a avaliação dos resultados colposcópicos (biópsia direta). Assim, em casos de falta de habilidades durante a realização da colposcopia, que pode ser feita e ter seus resultados avaliados de forma inadequada, a biópsia pode ser feita a partir de áreas sem lesões cervicais ou áreas menos afetadas. Entretanto, a biópsia é recomendada para todas as mulheres com alterações citológicas de alto grau, mesmo com colposcopia inconclusiva (JARIENE et al, 2012). 26

27 5.4. Métodos Biológicos Para a prevenção e detecção precoce do câncer do colo do útero, é importante não só detectar mudanças cervicais intraepiteliais, mas também identificar a presença de HPV de alto risco e seu tipo. O vírus HPV pode ser detectado no colo do útero através de métodos biológicos, como PCR (Reação da Polimerase em Cadeia), captura híbrida, hibridização in situ e imunohistoquímica. O PCR consiste na amplificação de segmentos específicos do DNA viral do HPV, seguida da hibridização. A Captura Híbrida detecta sequências específicas de DNA do HPV, através da análise de células esfoliadas do colo uterino, identificando as células que estão alteradas, presentes em lesões pré-cancerígenas e na doença propriamente dita, com base na modificação da estrutura arquitetural (JARIENE et al, 2012; NONNENMACHER et al, 2002; NAKAGAWA; SCHIRMER; BARBIERI, 2010). O teste de HPV usa o mesmo tipo de amostra cervical que é usada no teste de esfregaço cervical. No entanto, em vez de colocar as células cervicais em uma lâmina de vidro, como é feito na citologia, elas são colocadas num frasco de líquido de conservação. O teste de HPV aumenta a sensibilidade para detecção de NIC III em comparação com a citologia, apesar da baixa especificidade. Além disso, esse teste não deve ser utilizado sozinho para rastreio. O teste para HPV é tipicamente feito usando a amplificação molecular automatizada ou técnicas de hibridização. As amostras positivas foram aquelas que atingiram ou excederam o limiar de 1,0 pg / ml de DNA de HPV (KOK et al, 2012; SASLOW et al, 2012). Por sua alta sensibilidade e especificidade, o rastreio primário para o HPV é preferido em muitas situações quando comparado com o rastreio para câncer de colo uterino, com exceção dos locais com alta prevalência de HPV e custo elevado para o teste de HPV, nos quais a citologia é preferível. Em um estudo realizado na Lituânia, que apresenta alta incidência da infecção por HPV e alta morbimortalidade por câncer cervical, aproximadamente 45% das mulheres entre 20 e 50 anos de idade são positivas para HPV de alto risco, principalmente os tipos 16, 18 e 45, sendo 11,9% dessas mulheres com colpocitologia normal e 13,9% com colposcopia normal. Mostrou também que os tipos de HPV 16, 18 e 45 foram responsáveis por 62% das alterações citológicas, 66% das alterações colposcópicas e 68% das alterações histológicas. Por isso, é importante realizar a genotipagem de HPV rotineiramente na triagem primária, principalmente nas mulheres em 27

28 idade reprodutiva, visando detectar precocemente a infecção por HPV de alto risco e prevenir suas consequências (KOK et al, 2012; JARIENE et al, 2012). Quase 100% dos casos de câncer do colo do útero são positivos para o teste de HPV. O HPV16 é o genótipo mais cancerígeno e é responsável por cerca de 55 a 60% de todo câncer cervical. O HPV18 é o segundo mais cancerígeno e responsável por cerca de 10 a 15% dos cânceres cervicais (mais envolvido nos cânceres glandulares, adenocarcinomas e carcinomas adenoescamosos). Aproximadamente 10 outros genótipos de HPV causam os restantes 25 a 35% dos cânceres cervicais. A incorporação de testes de HPV em estratégias de rastreio do câncer cervical tem o potencial de permitir tanto um aumento da detecção da doença quanto um aumento da duração dos intervalos de triagem (diminuindo danos como o impacto psicossocial da triagem positiva, visitas clínicas adicionais e procedimentos e tratamento de lesões autoresolutivas) (DE SANJOSE et al, 2010; MUNOZ et al, 2003; SASLOW et al, 2012). Uma maior compreensão da associação entre HPV e o risco de câncer cervical levou ao desenvolvimento de testes moleculares para HPV que oferecem sensibilidade aumentada embora menor especificidade em comparação com a citologia. Neste caso, HPV refere-se apenas ao HPV de alto risco, outros tipos de HPV não são relacionados com o câncer cervical e não devem ser utilizados no rastreio deste câncer. Teste para HPV de baixo risco não tem nenhum papel clínico no rastreio do câncer do colo do útero ou na avaliação de mulheres com citologia anormal (SASLOW et al, 2012). 6. PREVENÇÃO Em relação à prevenção da infecção por HPV, é muito importante a mulher realizar o exame preventivo Papanicolaou periodicamente, pois o HPV é considerado o agente causal do carcinoma da cérvice uterina. Além disso, deve-se estimular o uso de preservativos nas relações sexuais e a redução no número de parceiros. Pensando em prevenção, as vacinas profiláticas contra o HPV trouxeram a possibilidade de ações em nível primário, já que até então a prevenção só ocorria em nível secundário (REIS et al, 2013; BORSATTO; VIDAL; ROCHA, 2011). 28

HPV - Perguntas e respostas mais freqüentes Sáb, 01 de Janeiro de :16 - Última atualização Qui, 13 de Janeiro de :02

HPV - Perguntas e respostas mais freqüentes Sáb, 01 de Janeiro de :16 - Última atualização Qui, 13 de Janeiro de :02 Autor: Inca - Instituto Nacional do Câncer. Veiculação: www.inca.gov.br O que é HPV? Os papilomavírus humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae, capazes de induzir lesões de pele ou mucosa, as quais

Leia mais

A PREVENÇÃO. faz a diferença CANCRO DO COLO DO ÚTERO. #4 Junho de 2016 Serviços Sociais da CGD

A PREVENÇÃO. faz a diferença CANCRO DO COLO DO ÚTERO. #4 Junho de 2016 Serviços Sociais da CGD Todas as mulheres que alguma vez tenham tido relações sexuais estão em risco de ter cancro do colo do útero. É causado pelo Papilomavírus Humano (HPV). É mais frequente a partir dos 30 anos O Cancro do

Leia mais

PREVALÊNCIA CITOPATOLÓGICA DE ALTERAÇÕES COLO UTERINAS EM RESIDENTES DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, ENTRE 2006 A

PREVALÊNCIA CITOPATOLÓGICA DE ALTERAÇÕES COLO UTERINAS EM RESIDENTES DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, ENTRE 2006 A PREVALÊNCIA CITOPATOLÓGICA DE ALTERAÇÕES COLO UTERINAS EM RESIDENTES DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, ENTRE 2006 A 2014 1 Douglas Vinícius Pires De Menezes 2, Matias Nunes Frizzo 3, Bruna Lanielle Roratto

Leia mais

Patologia - orientações

Patologia - orientações Patologia - orientações Padronização para Patologistas e Ginecologistas Elaborado pelas Sociedades Brasileiras de Citopatologia, de Patologia, de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia, FEBRASGO,

Leia mais

Colpocitologia Oncótica Anormal na Gestação. O exame citopatológico da cérvice é ainda o método de rastreio por excelência

Colpocitologia Oncótica Anormal na Gestação. O exame citopatológico da cérvice é ainda o método de rastreio por excelência Colpocitologia Oncótica Anormal na Gestação José Eleutério Junior O exame citopatológico da cérvice é ainda o método de rastreio por excelência para detecção de lesões pré-malignas e malignas iniciais

Leia mais

Vírus DNA tumorais: PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) Testes inespecíficos:

Vírus DNA tumorais: PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) Testes inespecíficos: Vírus DNA tumorais: PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) Os vírus do papiloma humano são classificados na família Papillomaviridae, gênero Papilomavírus. São vírus envelopados, de simetria icosaédrica, com 72 capsômeros

Leia mais

NEWS artigos CETRUS Ano 2 - Edição 16 - Dezembro/2010

NEWS artigos CETRUS Ano 2 - Edição 16 - Dezembro/2010 NEWS artigos CETRUS Ano 2 - Edição 16 - Dezembro/2010 Atualização em Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia - Capítulo II - Infecção por HPV e Lesões HHV-Induzidas Prof. Dr. Flávio Zucchi -

Leia mais

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 16 TÍTULO: REVISÃO DE CONCEITO CITOMORFOLÓGICO PARA DIAGNÓSTICO DE ADENOCARCINOMA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES

Leia mais

Vírus do Papiloma Humanos (HPV) DSR-

Vírus do Papiloma Humanos (HPV) DSR- Vírus do Papiloma Humanos (HPV) O que é o HPV? O HPV é um vírus frequente nos humanos, responsável pela formação de lesões chamadas papilomas. Existem diferentes tipos de HPV Alguns podem infectar a zona

Leia mais

PREVENÇÃO E TRANSMISSÃO DA INFECÇÃO POR HPV. UNITAU-SP SETOR DE GENITOSCOPIA Prof. Dr André Luis F Santos

PREVENÇÃO E TRANSMISSÃO DA INFECÇÃO POR HPV. UNITAU-SP SETOR DE GENITOSCOPIA Prof. Dr André Luis F Santos PREVENÇÃO E TRANSMISSÃO DA INFECÇÃO POR HPV UNITAU-SP SETOR DE GENITOSCOPIA Prof. Dr André Luis F Santos 2010 DÚVIDAS MAIS FREQUENTES A transmissão pelo HPV é só sexual? Peguei do meu parceiro? Quando?

Leia mais

TÍTULO: FATORES QUE INTERFEREM NA QUALIDADE DO DIAGNÓSTICO CITOPATOLÓGICO INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

TÍTULO: FATORES QUE INTERFEREM NA QUALIDADE DO DIAGNÓSTICO CITOPATOLÓGICO INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 16 TÍTULO: FATORES QUE INTERFEREM NA QUALIDADE DO DIAGNÓSTICO CITOPATOLÓGICO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES

Leia mais

AIDS e HPV Cuide-se e previna-se!

AIDS e HPV Cuide-se e previna-se! AIDS e HPV Cuide-se e previna-se! O que é AIDS? Existem várias doenças que são transmissíveis através das relações sexuais e por isso são chamadas DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). As mais conhecidas

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS CENTRO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DISCIPLINA DE GENÔMICA FUNCIONAL. Ludmila Entiauspe

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS CENTRO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DISCIPLINA DE GENÔMICA FUNCIONAL. Ludmila Entiauspe UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS CENTRO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DISCIPLINA DE GENÔMICA FUNCIONAL Ludmila Entiauspe O HPV Vírus que apresenta tropismo específico por células epiteliais e da mucosa

Leia mais

IV CONCURSO DE REDAÇÃO. HPV e Câncer e EU com isso? Agosto, 2016.

IV CONCURSO DE REDAÇÃO. HPV e Câncer e EU com isso? Agosto, 2016. IV CONCURSO DE REDAÇÃO HPV e Câncer e EU com isso? Agosto, 2016. TEMA OBJETIVO PÚBLICO ALVO HPV e câncer, e eu com isso? Auxiliar os professores das escolas participantes a sensibilizar e educar seus alunos

Leia mais

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 9. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 9. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 9 Profª. Lívia Bahia Rastreio de Câncer Cérvico-uterino em mulheres que têm ou tiveram DST Mulheres com história ou portadoras de DST

Leia mais

Aula 10 Propedêutica Ginecológica IV: diagnósticos. Prof. Ricardo Mattos UNIG,

Aula 10 Propedêutica Ginecológica IV: diagnósticos. Prof. Ricardo Mattos UNIG, Saúde Integral da Mulher Aula 10 Propedêutica Ginecológica IV: diagnósticos colpocitológicos alterados Prof. Ricardo Mattos UNIG, 2009.1 Tríade Diagnóstica Colpocitologia (*Screening) Colposcopia Anatomopatologia

Leia mais

PRÁ-SABER DIGITAL: Informações de Interesse à Saúde SISCOLO Porto Alegre 2007

PRÁ-SABER DIGITAL: Informações de Interesse à Saúde SISCOLO Porto Alegre 2007 1 SISCOLO RELATÓRIO 2007 2 Prefeitura Municipal de Porto Alegre Prefeito José Fogaça Secretaria Municipal da Saúde Secretário Eliseu Santos Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde Coordenador José Ângelo

Leia mais

MÉTODOS MOLECULARES PARA IDENTIFICAÇÃO DO HPV COLO UTERINO. Dra Rejane Santana R3 Orientadora: Dra Vera Fonseca

MÉTODOS MOLECULARES PARA IDENTIFICAÇÃO DO HPV COLO UTERINO. Dra Rejane Santana R3 Orientadora: Dra Vera Fonseca UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO SERVIÇO DE GINECOLOGIA MÉTODOS MOLECULARES PARA IDENTIFICAÇÃO DO HPV NO RASTREIO DO CÂNCER DE COLO UTERINO Dra Rejane

Leia mais

Profa. Dra. Margarida S. Matos

Profa. Dra. Margarida S. Matos Profa. Dra. Margarida S. Matos Objetivo da gestão NIC I Evitar uma possível progressão para câncer invasivo, considerando a possibilidade de evitar super tratamento de lesões que são susceptíveis de regressão.

Leia mais

PREVALÊNCIA DE GESTANTES INFECTADAS POR HPV EM UM SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA NO SERTÃO CENTRAL DO CEARÁ

PREVALÊNCIA DE GESTANTES INFECTADAS POR HPV EM UM SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA NO SERTÃO CENTRAL DO CEARÁ PREVALÊNCIA DE GESTANTES INFECTADAS POR HPV EM UM SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA NO SERTÃO CENTRAL DO CEARÁ Havena Alves Nobre¹; Carla Patrícia de Almeida Oliveira²; Karla Bruna Nogueira Torres Barros³;

Leia mais

PERCENTUAL DE EXAMES ALTERADOS FRENTE À PRESENÇA DE CÉLULAS DA JUNÇÃO ESCAMOCOLUNAR NO RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO UTERINO EM PONTA GROSSA

PERCENTUAL DE EXAMES ALTERADOS FRENTE À PRESENÇA DE CÉLULAS DA JUNÇÃO ESCAMOCOLUNAR NO RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO UTERINO EM PONTA GROSSA 15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA

Leia mais

HPV E SUA INFLUÊNCIA NO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

HPV E SUA INFLUÊNCIA NO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO HPV E SUA INFLUÊNCIA NO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO Jader Iury de Souza Mercante Graduando em Fisioterapia, Faculdades Integradas de Três Lagoas FITL/AEMS Rafaela Giuzeppe Rodrigues Graduanda em Fisioterapia,

Leia mais

Guia de Serviços Atualizado em 04/04/2019

Guia de Serviços Atualizado em 04/04/2019 Guia de Serviços Atualizado em 04/04/2019 Realizar consulta em ginecologia (patologia cervical) Atualizado em: 19/03/2019 Descrição A Consulta em Ginecologia - Patologia Cervical avalia a mulher com o

Leia mais

OS EFEITOS CITOPÁTICOS DO HPV INTRAGENITAL E EXTRAGENITAL: UMA BREVE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.

OS EFEITOS CITOPÁTICOS DO HPV INTRAGENITAL E EXTRAGENITAL: UMA BREVE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. OS EFEITOS CITOPÁTICOS DO HPV INTRAGENITAL E EXTRAGENITAL: UMA BREVE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. SAMARA SANTOS COUTINHO¹ ANA PAULA MORAES¹, ALDA FRAN LEITE¹, JOSILEIDE MARCOLINO¹ ALLEF RAVELY DIAS GONZAGA¹

Leia mais

ANÁLISE DE DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: EXAMES CITOPATOLÓGICOS E ANATOMOPATOLÓGICOS DE VIÇOSA, MG

ANÁLISE DE DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: EXAMES CITOPATOLÓGICOS E ANATOMOPATOLÓGICOS DE VIÇOSA, MG ANÁLISE DE DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: EXAMES CITOPATOLÓGICOS E ANATOMOPATOLÓGICOS DE VIÇOSA, MG Ana Cristine Pepe Parabocz 1, Eliangela Saraiva Oliveira Pinto 2 Resumo:

Leia mais

ENFERMAGEM NA ANÁLISE DE LAUDOS CITOPATOLÓGICOS CERVICAIS

ENFERMAGEM NA ANÁLISE DE LAUDOS CITOPATOLÓGICOS CERVICAIS U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O C E A R Á D E P A R T A M E N T O D E E N F E R M A G E M P R O G R A M A D E E D U C A Ç Ã O T U T O R I A L I CURSO DE ATUALIZAÇÕES EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

Leia mais

Interpretação da colpocitologia

Interpretação da colpocitologia DEPARTAMENTO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO -USP- Interpretação da colpocitologia 22ª Jornada de Ginecologia e Obstetrícia da Maternidade Sinhá Junqueira PATRICIA

Leia mais

Rastreio: Quando iniciar e quando parar? O que dizem as evidências?

Rastreio: Quando iniciar e quando parar? O que dizem as evidências? Rastreio: Quando iniciar e quando parar? O que dizem as evidências? Andréa Cytryn Trocando Ideias XIX Click to edit Master subtitle style Agosto de 2015 Trocando Ideias XIX Hospital Federal de Ipanema

Leia mais

ROTINAS DE PATOLOGIA CERVICAL

ROTINAS DE PATOLOGIA CERVICAL ROTINAS DE PATOLOGIA CERVICAL INTRODUÇÃO O câncer de colo uterino é o 2º mais incidente entre as mulheres no mundo e no Brasil, tornandose um grave problema de saúde pública. Os fatores de risco incluem

Leia mais

NIC II mesma abordagem da NIC III

NIC II mesma abordagem da NIC III UNICAMP NIC II mesma abordagem da NIC III Luiz Carlos Zeferino Professor Titular em Ginecologia Departamento de Tocoginecologia Faculdade de Ciências Médicas CAISM - UNICAMP Click to edit Master subtitle

Leia mais

ATUAÇÃO DE PROJETO EXTENSÃO NA PREVENÇÃO NO CÂNCER DO COLO UTERINO EM PONTA GROSSA

ATUAÇÃO DE PROJETO EXTENSÃO NA PREVENÇÃO NO CÂNCER DO COLO UTERINO EM PONTA GROSSA 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO ATUAÇÃO DE PROJETO

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE Obesidade, Colo do Útero, Teste de Papanicolaou.

PALAVRAS-CHAVE Obesidade, Colo do Útero, Teste de Papanicolaou. 14. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE

Leia mais

Introdução. Parte do Trabalho de Conclusão de Curso do Primeiro Autor. 2

Introdução. Parte do Trabalho de Conclusão de Curso do Primeiro Autor. 2 399 IMPLANTAÇÃO DA VACINAÇÃO CONTRA O PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) NA POPULAÇÃO FEMININA EM IDADE FÉRTIL: PERSPECTIVAS DE DIMINUIÇÃO DA INCIDÊNCIA DE CASOS DE CÂNCER DE COLO DO ÚTERO 1 Kelen Lopes Da Silva

Leia mais

Diga não ao cancro do colo do utéro. Pense em se vacinar. Fale com o seu médico.

Diga não ao cancro do colo do utéro. Pense em se vacinar. Fale com o seu médico. NÃ Diga não ao cancro do colo do utéro. Pense em se vacinar. Fale com o seu médico. Qual é a frequência do cancro do colo do útero? - A nível mundial, o cancro do colo do útero é muito frequente nas mulheres;

Leia mais

CORRELAÇÃO ENTRE A CITOPATOLOGIA E ANATONOPATOLOGIA NO EXAME DE PAPANICOLAOU NO RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO UTERINO EM PONTA GROSSA

CORRELAÇÃO ENTRE A CITOPATOLOGIA E ANATONOPATOLOGIA NO EXAME DE PAPANICOLAOU NO RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO UTERINO EM PONTA GROSSA 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO CORRELAÇÃO ENTRE A CITOPATOLOGIA

Leia mais

Papilomavirus humanos (HPV)

Papilomavirus humanos (HPV) Papilomavirus humanos (HPV) - Capsídio icosaédrico de 55-60 nm, sem envoltório - 72 capsômeros pentaméricos formados por 2 proteínas (cinco cópias de L1 fora, 1 L2 dentro) - Família Papillomaviridae, gênero

Leia mais

CIÊNCIAS EJA 5ª FASE PROF.ª SARAH DOS SANTOS PROF. SILONE GUIMARÃES

CIÊNCIAS EJA 5ª FASE PROF.ª SARAH DOS SANTOS PROF. SILONE GUIMARÃES CIÊNCIAS EJA 5ª FASE PROF.ª SARAH DOS SANTOS PROF. SILONE GUIMARÃES CONTEÚDOS E HABILIDADES Unidade II Ser Humano e Saúde 2 CONTEÚDOS E HABILIDADES Aula 11.2 Conteúdo Doenças Sexualmente Transmissíveis

Leia mais

CÂNCER DE COLO DO ÚTERO E HPV

CÂNCER DE COLO DO ÚTERO E HPV CÂNCER DE COLO DO ÚTERO E HPV 1: Definição O que significa "HPV"? É a sigla em inglês para papilomavírus humano. Os HPV são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 150 tipos diferentes

Leia mais

Rastreio citológico na doença anal

Rastreio citológico na doença anal Clique para editar o estilo do subtítulo mestre Declaro inexistência de conflito de interesse. Medley G. Anal smear test to diagnose occult anorectal infection with human papillomavirus in men. British

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE Neoplasias do colo do útero. Epidemiologia. Patologia

PALAVRAS-CHAVE Neoplasias do colo do útero. Epidemiologia. Patologia 14. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE

Leia mais

Nº 23 HPV NEILA MARIA DE GÓIS SPECK CNE TRATO GENITAL INFERIOR O HPV:

Nº 23 HPV NEILA MARIA DE GÓIS SPECK CNE TRATO GENITAL INFERIOR O HPV: Nº 23 HPV NEILA MARIA DE GÓIS SPECK CNE TRATO GENITAL INFERIOR O HPV: O papilomavirus humano (HPV) é um DNA vírus com forma icosaédrica, de 55 nm de diâmetro e composto por 8000 pares de base. O genoma

Leia mais

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 14. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 14. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA Parte 14 Profª. Lívia Bahia Controle do câncer do colo do útero e de mama na Atenção Básica Controle do câncer da mama O câncer de mama é o mais incidente em

Leia mais

Atualmente, cerca de 5% de todos os cânceres do homem e 10% dos da. mulher são causados pelo HPV, que atinge mais de 630 milhões de pessoas

Atualmente, cerca de 5% de todos os cânceres do homem e 10% dos da. mulher são causados pelo HPV, que atinge mais de 630 milhões de pessoas Perguntas e respostas sobre a vacinação contra o HPV Última atualização: Dez/2017 1) O HPV é perigoso? A vacina é mesmo necessária? Atualmente, cerca de 5% de todos os cânceres do homem e 10% dos da mulher

Leia mais

Rastreamento com teste de HPV conduta nos casos positivos

Rastreamento com teste de HPV conduta nos casos positivos Rastreamento com teste de HPV conduta nos casos positivos Yara Furtado Professora Adjunta UFRJ/UNIRIO Chefe do Ambulatório de Patologia Cervical IG/UFRJ e HUGG Presidente ABPTGIC Capítulo RJ Secretária

Leia mais

Tumores Ginecológicos. Enfª Sabrina Rosa de Lima Departamento de Radioterapia Hospital Israelita Albert Einstein

Tumores Ginecológicos. Enfª Sabrina Rosa de Lima Departamento de Radioterapia Hospital Israelita Albert Einstein Tumores Ginecológicos Enfª Sabrina Rosa de Lima Departamento de Radioterapia Hospital Israelita Albert Einstein Tumores Ginecológicos Colo de útero Endométrio Ovário Sarcomas do corpo uterino Câncer de

Leia mais

AVALIAÇÃO DA FAIXA ETÁRIA DAS MULHERES QUE PARTICIPARAM DO RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO UTERINO EM PONTA GROSSA

AVALIAÇÃO DA FAIXA ETÁRIA DAS MULHERES QUE PARTICIPARAM DO RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO UTERINO EM PONTA GROSSA 15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA

Leia mais

IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO E DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO BRASIL

IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO E DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO BRASIL IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO E DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO BRASIL Maria Franncielly Simões de Morais 1, Juliana Romano de Lima 1, Carina Scanoni Maia 1 Universidade

Leia mais

Citopatologia I Aula 7

Citopatologia I Aula 7 Ciências Biomédicas Laboratoriais Citopatologia I Aula 7 2016/17 João Furtado jffurtado@ualg.pt Gab. 2.06 na ESSUAlg Sumário Anomalias das células epiteliais Alteração de significado indeterminado não

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE COMO AUXÍLIO NO DIAGNÓSTICO PARA O PAPILOMAVÍRUS HUMANO

A IMPORTÂNCIA DA REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE COMO AUXÍLIO NO DIAGNÓSTICO PARA O PAPILOMAVÍRUS HUMANO A IMPORTÂNCIA DA REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE COMO AUXÍLIO NO DIAGNÓSTICO PARA O PAPILOMAVÍRUS HUMANO Natalia Diniz Nunes Pazos (1); Elisangela da Costa Farias (1); Eduardo Carlos de Almeida (2); Milena

Leia mais

Ectrópio cervical Módulo III Ginecologia Direto ao assunto Condutas Luiz Carlos Zeferino Professor Titular de Ginecologia Unicamp Março de 2013

Ectrópio cervical Módulo III Ginecologia Direto ao assunto Condutas Luiz Carlos Zeferino Professor Titular de Ginecologia Unicamp Março de 2013 Ectrópio cervical Módulo III Ginecologia Direto ao assunto Condutas Luiz Carlos Zeferino Professor Titular de Ginecologia Unicamp Março de 2013 Ectrópio é a exteriorização do epitélio glandular através

Leia mais

LESÃO INTRA-EPITELIAL ESCAMOSA DE BAIXO GRAU (LSIL) NIC 1 - DL

LESÃO INTRA-EPITELIAL ESCAMOSA DE BAIXO GRAU (LSIL) NIC 1 - DL LESÃO INTRA-EPITELIAL ESCAMOSA DE BAIXO GRAU (LSIL) NIC 1 - DL Predominância de alterações discarióticas em células intermediárias e superficiais Aumento nuclear, variação na forma Bi/multinucleação Rabelo,S.H./UFG

Leia mais

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 23. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 23. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA Parte 23 Profª. Lívia Bahia HPV Doença infecciosa, de transmissão frequentemente sexual, também conhecida como condiloma acuminado, verruga genital ou crista

Leia mais

CÂNCER CÉRVICO-UTERINO

CÂNCER CÉRVICO-UTERINO FACULDADE NOVO MILÊNIO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM CÂNCER CÉRVICO-UTERINO Alexandre L. P. da Costa Edgard Souto Silva Juliana Merlo Marcélia Alves Marcos Renan Marotto Marques Renato Rosalem Samara

Leia mais

Cancro do Colo do Útero A eficiência dos Programas de Rastreio

Cancro do Colo do Útero A eficiência dos Programas de Rastreio Cancro do Colo do Útero A eficiência dos Programas de Rastreio Licenciatura em Gestão em Saúde Trabalho elaborado por: Ana Marina de Oliveira Gameiro N.º de estudante: 20141935 Orientador: Professor Paulo

Leia mais

O FUTURO SEM CÂNCER 2018

O FUTURO SEM CÂNCER 2018 O FUTURO SEM CÂNCER 2018 FUTURO SEM CÂNCER Fundação Dr. Amaral Carvalho Programa de Prevenção do Câncer Ginecológico Prefeitura Municipal de Jaú Secretaria Municipal de Saúde Secretaria Municipal de Educação

Leia mais

TÍTULO: CONHECIMENTO DE DESCENTES DO GÊNERO MASCULINO DE UM CENTRO UNIVERSITÁRIO DA ZONA SUL DE SÃO PAULO SOBRE O CÂNCER DE PÊNIS.

TÍTULO: CONHECIMENTO DE DESCENTES DO GÊNERO MASCULINO DE UM CENTRO UNIVERSITÁRIO DA ZONA SUL DE SÃO PAULO SOBRE O CÂNCER DE PÊNIS. TÍTULO: CONHECIMENTO DE DESCENTES DO GÊNERO MASCULINO DE UM CENTRO UNIVERSITÁRIO DA ZONA SUL DE SÃO PAULO SOBRE O CÂNCER DE PÊNIS. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM

Leia mais

ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA

ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA Saúde da Mulher Profa. Dra. Ana Luiza Vilela Borges Como é o perfil epidemiológico das mulheres brasileiras? Do que adoecem e morrem? Expectativa média de vida das mulheres:

Leia mais

TÉCNICAS DE ESTUDO EM PATOLOGIA

TÉCNICAS DE ESTUDO EM PATOLOGIA TÉCNICAS DE ESTUDO EM PATOLOGIA Augusto Schneider Carlos Castilho de Barros Faculdade de Nutrição Universidade Federal de Pelotas TÉCNICAS Citologia Histologia Imunohistoquímica/imunofluorescência Biologia

Leia mais

HPV PAPILOMA VÍRUS HUMANO A Conscientização, Prevenção e as Dificuldades do Diagnóstico

HPV PAPILOMA VÍRUS HUMANO A Conscientização, Prevenção e as Dificuldades do Diagnóstico HPV PAPILOMA VÍRUS HUMANO A Conscientização, Prevenção e as Dificuldades do Diagnóstico Letícia Mariana de Santana 1, Francis Widman H. Roito Obara 2, Renato Nogueira Pérez Avila 3. RESUMO Será abordado

Leia mais

CÂNCER PREVINIR É O MELHOR REMÉDIO

CÂNCER PREVINIR É O MELHOR REMÉDIO CÂNCER PREVINIR É O MELHOR REMÉDIO Drª Cléria Santiago de Ávila O QUE É O CÂNCER? Câncer é o nome dado a doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que se dividem rapidamente são agressivas

Leia mais

Curso Técnico em Enfermagem

Curso Técnico em Enfermagem AULA 07 CÂNCER DE COLO DO ÚTERO Sinônimos: Câncer de Cérvice Uterina, Câncer do colo uterino O câncer de colo uterino é o câncer mais comum entre as mulheres no Brasil, correspondendo a, aproximadamente,

Leia mais

LESÃO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA DE BAIXO GRAU: ABORDAGEM NAS MULHERES ATÉ 25 ANOS

LESÃO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA DE BAIXO GRAU: ABORDAGEM NAS MULHERES ATÉ 25 ANOS LESÃO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA DE BAIXO GRAU: ABORDAGEM NAS MULHERES ATÉ 25 ANOS Clique para editar o estilo do subtítulo mestre Yara Furtado Professora Adjunta da UFRJ/UNIRIO Chefe do Ambulatório de Patologia

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico O QUE É? HPV é a sigla em inglês para papilomavírus humano. É um vírus de grande relevância médica pelo fato de estar relacionado a praticamente 100% dos casos de câncer de colo do útero (um dos tipos

Leia mais

Professor Dr Flavio Zucchi CRM Médico Ginecologista Especialista em HPV (Papilomavirus Humano)

Professor Dr Flavio Zucchi CRM Médico Ginecologista Especialista em HPV (Papilomavirus Humano) Professor Dr Flavio Zucchi CRM 27311 Médico Ginecologista Especialista em HPV (Papilomavirus Humano) Atividades: Chefe de ambulatório no setor de Genitoscopia da disciplina de Ginecologia da escola paulista

Leia mais

A RELAÇÃO DO VIRUS HPV COM O CANCER DE COLO DE ÚTERO

A RELAÇÃO DO VIRUS HPV COM O CANCER DE COLO DE ÚTERO A RELAÇÃO DO VIRUS HPV COM O CANCER DE COLO DE ÚTERO Adriane Policarpo Rose Guedes ¹; Priscila Trajano da Silva¹; Jeane Karla de Mendonça Mota². ¹Discente da Faculdade Maurício de Nassau, Campina Grande

Leia mais

folder_saude_da_mulher.pdf 1 19/07/16 16:48 VIVER BEM ADRIANA JUSSARA EM A MULHER QUE VALIA POR MUITAS CMY SAÚDE DA MULHER

folder_saude_da_mulher.pdf 1 19/07/16 16:48 VIVER BEM ADRIANA JUSSARA EM A MULHER QUE VALIA POR MUITAS CMY SAÚDE DA MULHER folder_saude_da_mulher.pdf 1 19/07/16 16:48 VIVER BE ADRIANA JUSSARA E A ULHER QUE VALIA POR UITAS SAÚDE DA ULHER folder_saude_da_mulher.pdf 2 19/07/16 16:48 Leia o código e assista a história de Adriana

Leia mais

ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DO HPV DURANTE O PERÍODO DA ADOLESCÊNCIA

ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DO HPV DURANTE O PERÍODO DA ADOLESCÊNCIA ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DO HPV DURANTE O PERÍODO DA ADOLESCÊNCIA Juliana Romano de Lima¹ Marcone Almeida Dantas Junior¹ Maria Franncielly Simões de Morais¹ Carina Scanoni Maia¹ ¹ Universidade

Leia mais

CONCEPÇÃO DA MULHER A RESPEOTO DO EXAME PAPANICOLAU: IMPORTÂNCIA E CONHECIMENTO

CONCEPÇÃO DA MULHER A RESPEOTO DO EXAME PAPANICOLAU: IMPORTÂNCIA E CONHECIMENTO CONCEPÇÃO DA MULHER A RESPEOTO DO EXAME PAPANICOLAU: IMPORTÂNCIA E CONHECIMENTO Autor: Francicleia Bezerra de Morais Costa. Graduanda em Enfermagem pelas Faculdades Mauricio de Nassau- Campus Campina Grande

Leia mais

RELAÇÃO ENTRE O RESULTADO DO EXAME PAPANICOLAOU E A REPRESENTATIVIDADE DA JUNÇÃO ESCAMO-COLUNAR

RELAÇÃO ENTRE O RESULTADO DO EXAME PAPANICOLAOU E A REPRESENTATIVIDADE DA JUNÇÃO ESCAMO-COLUNAR RELAÇÃO ENTRE O RESULTADO DO EXAME PAPANICOLAOU E A REPRESENTATIVIDADE DA JUNÇÃO ESCAMOCOLUNAR CERBARO, Kamila 1 ; ROSA, Jéssica 2 ; CORADINI, Lidiane 3 ; COSER, Janaina 4 ; HANSEN, Dinara 4 ; GARCES,

Leia mais

MORTALIDADE POR CÂNCER DE COLO DE ÚTERO, CARACTERÍSTICAS SÓCIODEMOGRÁFICAS E COBERTURA DO EXAME PAPANICOLAU NA PARAÍBA,

MORTALIDADE POR CÂNCER DE COLO DE ÚTERO, CARACTERÍSTICAS SÓCIODEMOGRÁFICAS E COBERTURA DO EXAME PAPANICOLAU NA PARAÍBA, MORTALIDADE POR CÂNCER DE COLO DE ÚTERO, CARACTERÍSTICAS SÓCIODEMOGRÁFICAS E COBERTURA DO EXAME PAPANICOLAU NA PARAÍBA, 2010-2014 Milena de Cassia Alves Monteiro da Silva¹; Wedja Marcelino da Silva²; Yonara

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 Altera a Lei nº 11.664, de 29 de abril de 2008, para incluir a pesquisa de biomarcadores entre as ações destinadas à detecção precoce das neoplasias malignas de mama

Leia mais

Yara Furtado Professora Adjunta UFRJ/UNIRIO Chefe do Ambulatório de Patologia Cervical IG/UFRJ e HUGG Presidente ABPTGIC Capítulo RJ Secretária

Yara Furtado Professora Adjunta UFRJ/UNIRIO Chefe do Ambulatório de Patologia Cervical IG/UFRJ e HUGG Presidente ABPTGIC Capítulo RJ Secretária Yara Furtado Professora Adjunta UFRJ/UNIRIO Chefe do Ambulatório de Patologia Cervical IG/UFRJ e HUGG Presidente ABPTGIC Capítulo RJ Secretária Adjunta ABPTGIC ASC-US e ASC-H Significado clínico Sistema

Leia mais

Equipe de Vigilância de Eventos Vitais, Doenças e Agravos Não Transmissíveis SISCOLO RELATÓRIO 2006

Equipe de Vigilância de Eventos Vitais, Doenças e Agravos Não Transmissíveis SISCOLO RELATÓRIO 2006 SISCOLO RELATÓRIO 2006 1 Prefeitura Municipal de Porto Alegre Prefeito José Fogaça Secretaria Municipal da Saúde Secretário Eliseu Santos Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde Coordenador José Ângelo

Leia mais

Ano V Mai./2018. Prof. Dr. André Lucirton Costa, Adrieli L. Dias dos Santos e Paulo

Ano V Mai./2018. Prof. Dr. André Lucirton Costa, Adrieli L. Dias dos Santos e Paulo O Boletim de Abril/2018 apresentou dados referentes ao o Capítulo XV Gravidez, parto e puerpério do CID 10 (Código Internacional de Doenças). Foram analisadas as internações decorrentes de gravidez, parto

Leia mais

TÍTULO: INCIDÊNCIA DE AIDS NA POPULAÇÃO DE 50 ANOS OU MAIS EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP, NO PERÍODO DE 2003 A 2013

TÍTULO: INCIDÊNCIA DE AIDS NA POPULAÇÃO DE 50 ANOS OU MAIS EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP, NO PERÍODO DE 2003 A 2013 TÍTULO: INCIDÊNCIA DE AIDS NA POPULAÇÃO DE 50 ANOS OU MAIS EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP, NO PERÍODO DE 2003 A 2013 CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: MEDICINA INSTITUIÇÃO: FACULDADE

Leia mais

. Vacinas contra papillomavírus, vacinas contra HPV, prevenção de câncer de colo uterino

. Vacinas contra papillomavírus, vacinas contra HPV, prevenção de câncer de colo uterino VACINA PAPILOMAVÍRUS HUMANO RECOMBINANTE: CARACTERÍSTICAS GERAIS AUTORES Silvana Oliveira Costa Wagner Fernando Xavier Larissa Cristina de Carvalho Pena Discente da União das Faculdades dos Grandes Lagos

Leia mais

VII Semana Acadêmica da UEPA Marabá Ambiente, Saúde e Sustentabilidade na Amazônia Oriental: desafios e perspectivas. 28 a 30 de Setembro/2016

VII Semana Acadêmica da UEPA Marabá Ambiente, Saúde e Sustentabilidade na Amazônia Oriental: desafios e perspectivas. 28 a 30 de Setembro/2016 UMA ANÁLISE DA CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA HPV EM ADOLESCENTES NO MUNICÍPIO DE MARABÁ Laís S. Pismel Sarah L. Rocha Waleska C. Rocha RESUMO Visando a redução dos casos de câncer de colo de útero foram

Leia mais

PACTUAÇÃO DE METAS PARA O MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA NO RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO UTERINO

PACTUAÇÃO DE METAS PARA O MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA NO RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO UTERINO 15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA

Leia mais

Vale a pena vacinar quem foi tratada para lesão de alto grau? Fábio Russomano IFF/Fiocruz Trocando Idéias 14 a 16 de agosto de 2014

Vale a pena vacinar quem foi tratada para lesão de alto grau? Fábio Russomano IFF/Fiocruz Trocando Idéias 14 a 16 de agosto de 2014 Vale a pena vacinar quem foi tratada para lesão de alto grau? Fábio Russomano IFF/Fiocruz Trocando Idéias 14 a 16 de agosto de 2014 Contexto Vacinas contra HPV tem se mostrado muito eficazes em prevenir

Leia mais

O MAIOR RISCO É... ACHARMOS QUE NÃO CORREMOS RISCOS! Tiemi Arakawa

O MAIOR RISCO É... ACHARMOS QUE NÃO CORREMOS RISCOS! Tiemi Arakawa O MAIOR RISCO É... ACHARMOS QUE NÃO CORREMOS RISCOS! Tiemi Arakawa Enfermeira, Doutora em Ciências Membro do GEOTB e do GEO-HIV/aids Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto Quais imagens temos do HIV? O

Leia mais

Tumorigênese mediada por papilomavírus humano (HPV)

Tumorigênese mediada por papilomavírus humano (HPV) Tumorigênese mediada por papilomavírus humano (HPV) Papilomavírus Família: Papillomaviridae Gênero:,...Papillomavirus Vírus não envelopado Partícula de 50 nm DNA circular dupla fita Genoma de ~ 8.000 pb

Leia mais

ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE

ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE PREVALÊNCIA DAS NEOPLASIAS INTRA-EPITELIAIS CERVICAIS EM MULHERES ATENDIDAS PELA UNIDADE DE AÇÕES E SAÚDE DA MULHER E DO ADOLESCENTE DA CIDADE DE ANÁPOLIS, GO ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Leia mais

DST/ PAPILLOMAVIRUS HUMANO- HPV: Retomando um tema importante.

DST/ PAPILLOMAVIRUS HUMANO- HPV: Retomando um tema importante. DST/ PAPILLOMAVIRUS HUMANO- HPV: Retomando um tema importante. FERNANDO DA ROCHA CAMARA/prof.dr./MEDICO UROLOGISTA INTRODUÇÃO: Como prevenir? Camisinhas, seleção e restrição numérica e individual de parcerias;

Leia mais

Palavras-chave: Enfermagem. Teste Papanicolau. Câncer de colo uterino.

Palavras-chave: Enfermagem. Teste Papanicolau. Câncer de colo uterino. ÁREA TEMÁTICA: SAÚDE PAPANICOLAU: DETECTAÇÃO PRECOCE DO CÂNCER CERVICAL ATUAÇÃO DO PET GRADUA-SUS ENFERMAGEM Ianka do Amaral 1 Geovane Menezes Lourenço 2 Caroline Gonçalves Pustiglione Campos 3 Resumo:

Leia mais

CA Colo uterino PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE CÂNCER DE COLO DE ÚTERO. Enfa Dayse Amarílio. 3º Tipo de CA mais comum nas Mulheres

CA Colo uterino PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE CÂNCER DE COLO DE ÚTERO. Enfa Dayse Amarílio. 3º Tipo de CA mais comum nas Mulheres PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE CÂNCER DE COLO DE ÚTERO Enfa Dayse Amarílio CA Colo uterino 3º Tipo de CA mais comum nas Mulheres Tem início com displasias de leve a acentuada. É classificado como

Leia mais

Perfil das mulheres que realizaram a coleta de citologia oncótica no 1ºsem na Clínica da Unaerp.

Perfil das mulheres que realizaram a coleta de citologia oncótica no 1ºsem na Clínica da Unaerp. SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ Perfil das mulheres que realizaram a coleta de citologia oncótica no 1ºsem. 2011 na Clínica da Unaerp. Kelly Cristina do Nascimento

Leia mais

TÍTULO: ASSISTÊNCIA BÁSICA NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS CRÔNICAS ATRAVÉS DO PAPANICOLAU

TÍTULO: ASSISTÊNCIA BÁSICA NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS CRÔNICAS ATRAVÉS DO PAPANICOLAU Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: ASSISTÊNCIA BÁSICA NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS CRÔNICAS ATRAVÉS DO PAPANICOLAU CATEGORIA: EM ANDAMENTO

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO Faculdade de Medicina. Acadêmicas do 2º ano Priscilla Maquinêz Veloso Renata Maia de Souza

UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO Faculdade de Medicina. Acadêmicas do 2º ano Priscilla Maquinêz Veloso Renata Maia de Souza UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO Faculdade de Medicina Acadêmicas do 2º ano Priscilla Maquinêz Veloso Renata Maia de Souza Fonte: Centro de Vigilância Epidemiológica, 2011 1. BCG: Caso a vacina BCG não tenha

Leia mais

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 1. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 1. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 1 Profª. Lívia Bahia pública; Doenças Sexualmente Transmissíveis Anatomia e Fisiologia do Sistema Reprodutor Feminino As Doenças Sexualmente

Leia mais

Brasil vai incluir meninos na vacinação contra HPV

Brasil vai incluir meninos na vacinação contra HPV Brasil vai incluir meninos na vacinação contra HPV Brasil é o 1º país da América do Sul e 7º do mundo a inserir a vacina no programa nacional Apresenta 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema

Leia mais

Redações vencedoras IV Concurso de Redação. Finalistas. HPV: É possível escapar?

Redações vencedoras IV Concurso de Redação. Finalistas. HPV: É possível escapar? Redações vencedoras IV Concurso de Redação Finalistas 1º Lugar Aluno: Fábio Eduardo Belavenuto Silva Professora: Maria Rita Rodrigues de Souza Unidade Escolar: Escola Estadual Salustiano Lemos Cidade:

Leia mais

Anais do Evento PIBID/PR. Foz do Iguaçu 23 e 24 Outubro 2014 ISSN:

Anais do Evento PIBID/PR. Foz do Iguaçu 23 e 24 Outubro 2014 ISSN: II SEMINÁRIO ESTADUAL PIBID DO PARANÁ Anais do Evento PIBID/PR Foz do Iguaçu 23 e 24 Outubro 2014 ISSN: 2316-8285 unioeste Universidade Estadual do Oeste do Paraná PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO Universidade

Leia mais

A HISTÓRIA SE REPETE CASO

A HISTÓRIA SE REPETE CASO A HISTÓRIA SE REPETE CASO PARTE 1 Nelson, 17 anos, estudante, está interessado em Verônica, 16 anos, que resiste a "ficar" com ele porque quer um relacionamento mais sério. O comentário na escola é que

Leia mais

CARACTERIZAÇAO SOCIODEMOGRÁFICA DE IDOSOS COM NEOPLASIA DE PULMAO EM UM HOSPITAL DE REFERENCIA EM ONCOLOGIA DO CEARA

CARACTERIZAÇAO SOCIODEMOGRÁFICA DE IDOSOS COM NEOPLASIA DE PULMAO EM UM HOSPITAL DE REFERENCIA EM ONCOLOGIA DO CEARA CARACTERIZAÇAO SOCIODEMOGRÁFICA DE IDOSOS COM NEOPLASIA DE PULMAO EM UM HOSPITAL DE REFERENCIA EM ONCOLOGIA DO CEARA Autor (Bhárbara Luiza de Araújo Pontes); Co-autor (Natureza Nathana Torres Gadelha);

Leia mais

Rastreamento Populacional. Maria Isabel do Nascimento Instituto de Saúde Coletiva - UFF

Rastreamento Populacional. Maria Isabel do Nascimento Instituto de Saúde Coletiva - UFF Rastreamento Populacional de Câncer Maria Isabel do Nascimento Instituto de Saúde Coletiva - UFF Roteiro de aula Prevenção primária do câncer do colo do útero Exercícios introdutórios Vacina contra o HPV

Leia mais

SÍFILIS MATERIAL DE APOIO.

SÍFILIS MATERIAL DE APOIO. SÍFILIS MATERIAL DE APOIO www.hilab.com.br Segundo o Ministério da Saúde, a sífilis, em sua forma adquirida, teve um crescimento de 5.174% entre 2010 e 2015. A forma congênita, transmitida da mãe para

Leia mais

ENFERMAGEM IMUNIZAÇÃO. Calendário Vacinal Parte 17. Profª. Tatianeda Silva Campos

ENFERMAGEM IMUNIZAÇÃO. Calendário Vacinal Parte 17. Profª. Tatianeda Silva Campos ENFERMAGEM IMUNIZAÇÃO Calendário Vacinal Parte 17 Profª. Tatianeda Silva Campos Vacina papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (HPV) apresentada na forma de suspensão injetável em frascoampola unidose de 0,5

Leia mais

Vida Você Mulher. O que é. Proteção. Público Alvo

Vida Você Mulher. O que é. Proteção. Público Alvo VIDA VOCÊ MULHER Vida Você Mulher O que é É um Seguro de Vida desenvolvido especialmente para o público feminino, com coberturas e serviços diferenciados. Proteção A segurada conta com coberturas diferenciadas,

Leia mais