A migração das normas contábeis brasileiras para o padrão internacional: especialistas analisam o processo

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2 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 7 Reportagem A migração das normas contábeis brasileiras para o padrão internacional: especialistas analisam o processo Maristela Girotto Neste início de 2009, após um ano de vigência da Lei n.º /07, o processo de adoção do padrão contábil internacional (International Financial Reporting Standards IFRS) pelas companhias abertas brasileiras é considerado satisfatório, apesar das dificuldades enfrentadas. Especialistas da área contábil atribuem percalços à magnitude do processo em andamento: a maior alteração de práticas contábeis dos últimos 30 anos. No último dia útil de 2007, 28 de dezembro, foi publicada a Lei n.º11.638, que reformulou a parte contábil da Lei das Sociedades por Ações (Lei n.º 6.404, de 15 de dezembro de 1976), visando adequála à necessidade de maior transparência e qualidade das informações contábeis, em virtude da realidade econômica do Brasil e do mundo, com suas economias globalizadas e mercados abertos aos fluxos de capitais estrangeiros. Ao entrar em vigor no exercício seguinte, a nova lei foi comemorada, principalmente por determinar a consonância das normas contábeis com os padrões internacionais adotados nos principais mercados de valores mobiliários. Para garantir a convergência das normas brasileiras ao padrão IFRS emitido pelo International Accounting Standards Board (Iasb) e já adotado por mais de 100 países, a nova lei possibilitou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ao Banco Central do Brasil e aos demais órgãos e agências reguladoras celebrar convênio com entidade que tenha por objeto o estudo e a divulgação de princípios, normas e padrões de contabilidade e de auditoria, podendo, no exercício de suas atribuições regulamentares, adotar, no todo ou em parte, os pronunciamentos e demais orientações técnicas emitidas. Essa entidade é o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que, em 2008, emitiu 15 pronunciamentos e uma interpretação técnica sobre os temas contábeis que foram objeto da Lei nº /07 e da Medida Provisória 449, de 4 de dezembro de O Conselho Federal de Contabilidade, além de criar (Resolução n.º 1.055/05) e de compor o CPC juntamente com outras cinco entidades nacionais, faz a homologação dos Pronunciamentos Técnicos. Durante o ano passado, o CFC realizou uma série de ações, visando à aplicação da nova Lei. Nesta reportagem, a RBC traz um balanço sobre os principais esforços que têm sido feitos para implementar o padrão contábil internacional; apresenta um resumo das principais alterações que os Pronunciamentos Técnicos do CPC trouxeram em relação às práticas contábeis adotadas no Brasil até 31 de dezembro de 2007; e antecipa as expectativas de especialistas para o ano de 2009.

3 8 Reportagem: A migração das normas contábeis brasileiras para o padrão internacional: especialistas analisam o processo CPC corre para garantir a normatização da convergência A Lei n.º /07 foi aprovada no apagar das luzes de 2007 e já era aplicável em 1º de janeiro de 2008, o que gerou uma corrida contra o tempo para que as várias mudanças contábeis pudessem ser normatizadas. Apesar do esforço, uma pesquisa feita com 90 executivos brasileiros publicada em dezembro de 2008 num jornal de circulação nacional mostrou que, no final do ano, o processo de migração para o IFRS estava bastante atrasado nas companhias. Na opinião do coordenador técnico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, Edison Arisa Pereira, um processo de mudança como o que está sendo vivenciado atualmente é preocupante e requer adequado planejamento e cuidado na implementação. Temos que levar em consideração que estamos falando da maior alteração de práticas contábeis desde a edição da Lei n.º 6.404, ou seja, há mais de 30 anos, afirma. Confiante de que o processo será bem-sucedido, Arisa argumenta que a atual mudança, além de técnica, é cultural, por isso deverá demandar certo tempo para ser Edison Arisa Pereira, coordenador Técnico do CPC plenamente absorvida por todos os usuários das demonstrações contábeis. As normas internacionais de contabilidade, segundo ele, privilegiam a essência sobre a forma e ditam, em geral, o princípio a ser seguido, não trazendo uma formulação detalhada de como proceder em cada tipo de transação, o que implica em um maior exercício do esses novos documentos (pronunciamentos) já representam um grande avanço da contabilidade brasileira em direção às normas internacionais Edison Arisa Pereira julgamento profissional quando da aplicação das novas regras. A adaptação às alterações essenciais promovidas pela Lei n.º /07, que afeta os balanços de 2008, deverá produzir, na opinião do coordenador técnico do CPC, um efeito importante na percepção dos executivos sobre a relevância de se agilizar o processo de migração plena às IFRS. Para as companhias abertas, instituições financeiras e seguradoras, o processo deverá estar concluído até a divulgação dos balanços consolidados de 2010, por força das disposições dos reguladores dessas entidades (CVM, Banco Central e Superintendência de Seguros Privados). Cabe ressaltar que para se ter concluído o balanço (consolidado) em IFRS de 2010, necessário se faz elaborar demonstrações contábeis comparativas do exercício precedente (2009), explica. Ainda temos um grande desafio a superar até que todas as práticas contábeis brasileiras possam ser consideradas equivalentes às IFRS, mas o CPC avalia que o objetivo traçado para 2008 foi cumprido, pois esses Divulgação

4 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 9 novos documentos já representam um grande avanço da contabilidade brasileira em direção às normas internacionais, afirma o coordenador técnico, referindo-se aos pronunciamentos técnicos editados até agora (veja quadro na página 22). Em relação à assimilação das novas regras por auditores, contadores, controllers, empresários e executivos, Arisa entende que, como em todo processo de mudança, a conscientização vem aos poucos e é progressiva, dependendo de cada profissional e também dos órgãos reguladores e de exercício profissional. O Conselho Federal de Contabilidade, por exemplo, vem auxiliando nesse processo de conscientização por meio dos diversos seminários e palestras que vem promovendo em nível nacional, disse. Segundo ele, os estudantes da área também devem acompanhar todas essas alterações de maneira proativa. Trabalho árduo O ano de 2009 será particularmente árduo para o CPC, pois há mais de 25 documentos previstos, entre pronunciamentos e interpretações, para serem editados. Em decorrência dos vários documentos emitidos em 2008, Arisa lembra que o Comitê iniciou o ano divulgando uma Orientação a OCPC 02: Esclarecimentos sobre as Demonstrações Contábeis de 2008, para dar esclarecimentos sobre diversas questões relacionadas a todos os pronunciamentos emitidos. Para o coordenador técnico, uma decisão importante, fruto das discussões no âmbito do CPC com os reguladores, foi a de que todos os pronunciamentos emitidos durante o ano de 2009 somente terão vigência a partir de 1º de janeiro de Com isso, entendemos que estaremos dando o tempo necessário para que se possam assimilar adequadamente os novos requerimentos até a sua plena aplicação, explica. O trabalho do CPC é calcado no conteúdo das normas internacionais, tomando por base os pronunciamentos emitidos pelo Iasb até 2008 e com vigência prevista para até Além disso, o Comitê também está acompanhando os pronunciamentos que estão em fase de emissão pelo Iasb ainda para 2009, com previsão de entrada em vigência em Arisa garante que, ao final deste ano, todos os pronunciamentos do CPC equivalentes às normas internacionais estarão emitidos (veja na página 23). CFC tem papel decisivo no processo de convergência O Conselho Federal de Contabilidade, além de ser membrofundador do CPC ao lado da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca); Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec Nacional); Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa); Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras da USP (Fipecafi); e Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), tem papel decisivo no processo de convergência, aprovando os pronunciamentos e orientações técnicas e convertendo-os em Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs), de observância compulsória pelos profissionais contábeis. Para o vice-presidente Técnico do CFC, Nelson Mitimasa Jinzenji, a migração das normas contábeis brasileiras ao padrão internacional não é um processo simples, Nelson Mitimasa Jinzenji, vice-presidente Técnico do CFC ao contrário, requer tempo para a implementação, a exemplo do que tem ocorrido em outras partes do mundo. Naturalmente, existem companhias em que o processo de Miguel Mello

5 10 Reportagem: A migração das normas contábeis brasileiras para o padrão internacional: especialistas analisam o processo migração está bem adiantado, em compensação, em outras pode ser encontrado considerável atraso; essas diferenças nos estágios de migração são naturais, afirma, acrescentando que o processo migratório continuará sendo feito de forma paulatina e contínua. Apesar das dificuldades, o vice-presidente do CFC avalia que o cronograma de trabalho apresentado pelo CPC, em conjunto com a CVM, sinaliza que, no prazo estabelecido, o IFRS terá sido adotado pelo Brasil. Ele ressalva, no entanto, que deve ser considerada uma particularidade do processo migratório adotado no Brasil: Tendo em vista a adoção do IFRS constar em lei, ela deve ser aplicada para apuração e apresentação das demonstrações contábeis individuais e não, como em diversos outros países, apenas para as demonstrações consolidadas. Num primeiro momento, este aspecto poderá, segundo Jinzenji, apresentar maiores dificuldades para as empresas, mas certamente permitirá, ao final do prazo estabelecido, que as demonstrações consolidadas requeridas pelos órgãos reguladores sejam elaboradas com maior rapidez e segurança para o mercado. Em 2008, o CFC realizou várias ações visando à implementação da convergência contábil. O vicepresidente explica que essas ações buscaram atingir os objetivos fixados pela presidência do CFC, no sentido de que o Sistema CFC/CRCs fosse a entidade pioneira em dar os passos rumo à mudança na forma de pensar e agir da classe. Assim, com um esforço conjugado da Vice-presidência de Desenvolvimento Profissional e da Vice-presidência Técnica, o Curso de Contabilidade Internacional, realizado em maio e em junho, foi o primeiro passo dado no sentido existem companhias em que o processo de migração está bem adiantado, em compensação, em outras pode ser encontrado considerável atraso; essas diferenças nos estágios de migração são naturais Nelson Mitimasa Jinzenji de conscientizar parcela do corpo docente das Instituições de Educação Superior (IES) sobre a importância, necessidade e urgência de se inserir nos currículos dos cursos de Ciências Contábeis matérias relacionadas com a contabilidade internacional. Pode-se dizer que a ação implementada pelo CFC apresentou resultados muito satisfatórios, tendo em vista que, cumprindo o compromisso, os docentes que participaram desses cursos tornaram-se multiplicadores em seus estados, analisa Jinzenji. Além dessa ação específica para os docentes, o Sistema CFC/CRCs realizou diversas outras, focando na qualificação do profissional da área. Um exemplo foi o convênio firmado com a Fipecafi, para oferecer cursos de educação a distância, com redução substancial de custo. Em 2009, Jinzenji informa que a Vice-presidência Técnica dará continuidade às atividades de revisão das Normas Brasileiras de Contabilidade, tendo em vista a convergência para as normas internacionais. Paralelamente, sempre em conjunto com a vice-presidência de Desenvolvimento Profissional, vai dar prosseguimento às ações de implementação do IFRS, inclusive no que se refere ao Programa de Educação Continuada. Nesse aspecto, convém ressaltar que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no dia 2 de fevereiro, publicou o edital de Audiência Pública SNC n.º 01/2009, que estabelece que os auditores independentes registrados na CVM devem cumprir, dentro do Programa de Educação Continuada redefinido pela Resolução CFC n.º 1.146, de 12 de dezembro de 2008, no mínimo 20 pontos anuais em cursos ou eventos que tenham por objeto os pronunciamentos emitidos pelo Iasb ou as normas emanadas do CPC e referendadas pela CVM, ressalta. Conforme Jinzenji, esse aspecto poderá, inclusive, influenciar a grade de cursos oferecidos pelas entidades cadastradas no Programa de Educação Continuada do CFC.

6 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 11 Executivos atribuem atrasos à relevância do processo O presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Carlos Roberto Matavelli, considera que o processo atual de convergência das normas para o IFRS apresenta duas situações, dependendo do porte e da origem do capital da empresa. Boa parte das empresas de grande porte, principalmente as de capital estrangeiro, já está adotando as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros, emitidas pelo Iasb, e não encontram maiores dificuldades. Nas demais empresas de grande ou de médio porte não de capital estrangeiro a realidade é outra, analisa. Segundo Matavelli, as dificuldades iniciais são naturais e efetivamente muitas empresas irão senti-las. A migração para o novo, segundo ele, exige planejamento e gerência, o que nem sempre é possível de ser implementado de forma rápida e adequada, seja devido a falta de profissionais qualificados ou em função dos custos envolvidos. Para o presidente da Anefac, no globalizado mundo dos negócios, o Brasil está caminhando rumo a uma linguagem única para a apresentação contábil das empresas. Ele avalia que a edição da Lei n.º /07 Carlos Roberto Matavelli, presidente da Anefac promoveu um momento de ruptura na contabilidade brasileira. Este Big Bang contábil implica uma profunda mudança de postura dos profissionais, pois passaremos a ter balanços publicados não mais unicamente de acordo com regras estabelecidas, principalmente as tributárias para atender ao Fisco, mas iremos assertivamente exercer uma subjetividade responsável, avaliando, julgando, fazendo juízo de valor. Por isso, na opinião de Matavelli, o contabilista, para executar seu trabalho, terá que estar preparado para tomar decisões, gerenciar e liderar, devendo não só buscar dados e informações junto a outras áreas da empresa (informática, financeira e engenharia, entre outras) como também precisará aglutiná-las e transformá-las em conhecimento. Isso irá nos habilitar a enfrentar maiores desafios profissionais e a sermos efetivamente reconhecidos pelos empreendedores e investidores, conclui. O diretor contábil do Grupo Gerdau, Geraldo Toffanello recémempossado representante do Brasil no Standards Advisory Council (SAC) do Iasb, também concorda que atrasos em um processo de migração da relevância do atual são naturais e, de certa forma, até mesmo esperados. Divulgação Este Big Bang contábil implica uma profunda mudança de postura dos profissionais Carlos Roberto Matavelli

7 12 Reportagem: A migração das normas contábeis brasileiras para o padrão internacional: especialistas analisam o processo Segundo Toffanello, o processo de migração para o IFRS depende de alguns fatores, como o objetivo da empresa e os recursos disponíveis para a migração. Empresas como a Gerdau, com forte globalização, com ações negociadas em bolsas estrangeiras e com foco na transparência, tendem a priorizar a adoção das normas internacionais com o objetivo de reforçar o caráter de transparência e a comparabilidade das suas informações financeiras, afirma. Para ele, as empresas brasileiras, em geral, tenderão a priorizar a migração a partir de agora e deverão colocar mais recursos no processo, de maneira a atender os prazos estabelecidos pela legislação brasileira. Buscar a transparência, de acordo com o diretor da Gerdau, é uma forma de respeito para com os investidores, clientes, fornecedores e todos os demais públicos que fazem uso das informações financeiras da companhia. Por meio da transparência podemos assegurar ao mercado que as informações financeiras apresentam uma correta divulgação e um elevado nível de detalhamento para Geraldo Toffanello, diretor Contábil da Gerdau que os leitores possam tomar ações corretas e precisas. A Gerdau passou a divulgar suas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com o IFRS a partir de setembro de 2007, tornando-se a pioneira no País. As normas internacionais apresentam um grau de complexidade maior se comparadas às brasileiras. Entretanto, conforme Toffanello, com a vigência da Lei n.º /07 e os Estamos vivendo um momento sublime de valorização da profissão contábil e com muitas oportunidades de desenvolvimento e aprendizado Geraldo Toffanello pronunciamentos do CPC deliberados pela CVM, o Brasil caminha a largos passos para uma convergência com as normas internacionais e a consequente difusão dessas normas entre os profissionais de contabilidade. O diretor contábil acredita que a comparabilidade é o principal ganho que as empresas brasileiras terão com a adoção do IFRS, porque, dessa forma, as demonstrações financeiras de empresas brasileiras poderão ser divulgadas nas principais bolsas de valores e mercados financeiros do mundo sem a necessidade de se efetuarem reconciliações ou conversões para a contabilidade local desses mercados. Isso possibilitará acesso a recursos financeiros mais competitivos e resultará em ganhos e novas oportunidades de negócios para estas empresas. Em relação à qualificação dos profissionais brasileiros para a elaboração de demonstrativos financeiros em IFRS, o executivo é da opinião de que aqueles com experiência em United States Generally Accepted Accounting Principles (USGAAP) tendem a ter maior familiaridade com o International Financial Reporting Standards, em virtude da proximidade conceitual entre essas duas normas contábeis. Porém, ele afirma que o processo de educação continuada é importante para todos os profissionais da área contábil, de maneira a garantir um adequado conhecimento técnico e a atualização em relação às normas internacionais. Estamos vivendo um momento sublime de valorização da profissão contábil e com muitas oportunidades de desenvolvimento e aprendizado para todos os envolvidos neste processo, ressalta o diretor contábil da Gerdau. Divulgação

8 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 13 Nelson Carvalho: A realidade é preocupante, mas não surpreendente O professor da Universidade de São Paulo (USP) Nelson Carvalho assumiu este ano a Coordenadoria de Relações Internacionais do CPC, após encerrar mandato de chairman no Iasb. Além disso, é representante do Brasil no Grupo Consultivo da Crise Financeira, de âmbito internacional, que trata das normas de contabilidade e inclui eminentes personalidades do mundo todo como ex-ministros Nelson Carvalho, coordenador de Relações Internacionais do CPC da Fazenda, dirigentes e ex-dirigentes de Comissões de Valores Mobiliários, supervisores de companhias listadas em bolsa e conselheiros de presidentes da república, entre outros. Na entrevista a seguir, ele comenta sobre esse trabalho e analisa questões relacionadas ao momento atual da contabilidade brasileira: Luiz Akai RBC) O sr. encerrou, em dezembro de 2008, o seu mandato no Iasb. Qual o balanço que o sr. faz desse trabalho? O que mudou na contabilidade brasileira nesse período? Carvalho: Houve um fantástico avanço na aceitação e adoção das normas internacionais IFRS desde 2005, quando começou meu mandato como chairman do conselho consultivo de normas do Iasb. As metas foram em muito superadas tanto em número de países aderentes a tais normas quanto em termos de profundidade técnica e fundamentação conceitual das mesmas normas. A contabilidade brasileira primeiramente foi observadora passiva mas atenta dessas alterações, e a partir da sanção presidencial da Lei n.º /07 passou a ser protagonista ativa para nos inserir no estágio de convergência rumo às IFRS. RBC) O sr. poderia descrever a relevância do trabalho do CPC em relação à modernização da contabilidade brasileira? Carvalho: O CPC vem exercendo papel vital nessa modernização. Do ponto de vista institucional, seu surgimento permitiu que se extinguisse a proliferação de entidades normatizadoras antes existentes entre nós. Ter conquistado o respeito profissional e a adesão dos reguladores governamentais aumentou ao mesmo tempo sua importância e sua responsabilidade. E subscrever o mandato de convergir para a adoção das IFRS o faz agente importante na inserção do Brasil nos mercados de capitais mundiais. RBC) O sr. afirmou recentemente que tivemos três dias para fazer o que a Europa fez em cinco anos. O sr. pode explicar o que isso significa? Carvalho: A Europa, por meio da Comissão Européia e do Parlamento Europeu, sediados em Bruxelas, deliberou em 2000 que as cerca de sete mil companhias abertas da União Européia passariam a adotar as normas internacionais IFRS a partir de A lei n.º /07 foi publicada em 28 de dezembro de 2007, determinando imediata vigência a partir de exercícios sociais iniciando-se em 1º de janeiro de 2008.

9 14 Reportagem: A migração das normas contábeis brasileiras para o padrão internacional: especialistas analisam o processo RBC) Uma pesquisa feita com 90 executivos brasileiros (publicada no dia 5/12/08) mostrou que, no final de 2008, o processo de migração para o IFRS ainda estava bastante atrasado nas companhias. O sr. considera essa realidade preocupante? O que deve ser feito para reverter esse quadro? Carvalho: A realidade é preocupante, mas não surpreendente. Migrações de conjuntos de normas domésticas para internacionais desta magnitude dificilmente deixariam de ter impactos desta natureza. Não há solução fácil, nem única, nem mágica para contornar essa realidade. É necessário ser feito e alguns sempre estarão na vanguarda, enquanto outros sempre atrasados, por diversas razões: falta de mão de obra qualificada, recursos financeiros para custear mudanças de sistemas, recursos tecnológicos escassos, educação especializada ainda não abrangente são exemplos de dificuldades encontradas que retardam a migração. Cabe a cada empresa e profissional estudar sua dificuldade particular e desenhar mecanismos de superação. RBC) O sr. acredita que o cronograma de adoção do IFRS poderá ser cumprido plenamente pelos reguladores e pelas companhias brasileiras? Carvalho: Que poderá, sem dúvida, poderá. Vai representar uma pressão extraordinária para empresas, reguladores e profissionais, mas impossível não é. Tudo será uma questão de selecionar e investir nas prioridades corretas; por outro lado, não acontecerá por mero decurso de prazo sem esforço e foco, poderá não acontecer. RBC) Neste início de 2009, após um ano de vigência da Lei A crise não foi causada pela contabilidade, mas estamos dispostos a admitir que a contabilidade pode oferecer, despretensiosamente, contribuições /07, a quantas anda o ensino de Contabilidade Internacional nas IESs brasileiras? Carvalho: Não tenho a estatística para o universo das IESs brasileiras. Naquelas com as quais convivo direta ou indiretamente há plena consciência da necessidade de encontrar caminhos para suprir a demanda por esse tipo de conhecimento e, mais do que isso, há iniciativas concretas nesse sentido. Acho impossível generalizar. RBC) O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou recentemente, em entrevista, que a razão pela qual os EUA tiveram tantos problemas financeiros foi o fato de não termos feito uma contabilidade honesta, levando em conta os riscos e os custos reais. Qual a diferença da contabilidade feita no Brasil para a americana? Podemos afirmar que, aqui, a contabilidade é mais honesta? Carvalho: Contabilidade honesta não deve ser tomada pelo seu contraponto de contabilidade Nelson Carvalho desonesta. Quero crer que o que foi afirmado nos EUA deve dizer respeito a total transparência, clareza de princípios e critérios contábeis, e tempestivo reconhecimento de riscos e comprometimentos patrimoniais previstos. RBC) O sr. faz parte do Grupo Consultivo da Crise Financeira. Poderia comentar a respeito do trabalho que este Grupo vem realizando? Carvalho: Este grupo se dedica a estudar questões de como oferecer sugestões aos normatizadores contábeis que lhes permitam traçar ou revisar normas que, por sua vez, permitam que crises sejam ou evitadas, ou precocemente detectadas. A crise não foi causada pela contabilidade, mas estamos dispostos a admitir que a contabilidade pode oferecer, despretensiosamente, contribuições para que a cadeia produtiva do mundo empresarial se fortaleça. Esse é o foco de nosso trabalho, que prevemos concluir, no máximo, no início de julho próximo.

10 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 15 A adoção inicial da Lei n.º /07 e da Medida Provisória n.º 449/08 O ano de 2008 foi pautado por discussões sobre o tema contábil e pelas incertezas sobre a neutralidade fiscal dos efeitos trazidos pela Lei n.º /07. Mas a sociedade, como um todo, estava consciente de que, sem a neutralidade, a Lei não poderia passar, afirma o contador Tadeu Cendón Ferreira, diretor de Desenvolvimento Profissional do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon/Regional de São Paulo) e coordenador de Grupo de Trabalho do CPC. Especialista em IFRS, ele fez palestra no seminário O impacto da Lei n.º /07 no fechamento das Demonstrações Financeiras de 2008, realizado em fevereiro, no auditório do CFC, para cerca de 200 representantes de estatais federais. Em 4 de dezembro de 2008 foi publicada a Medida Provisória (MP) n.º 449, que trouxe a neutralidade fiscal dos efeitos da adoção da Lei /07 nas demonstrações financeiras das empresas. A MP alterou e acrescentou alguns artigos à Lei, simplificando a reconciliação entre as contabilidades societária e a fiscal e eliminando, em grande parte, se não totalmente, as incertezas sobre os potenciais efeitos fiscais da adoção da Lei, analisa. Para Cendón, apesar de anos em análise desde o seu projeto original, passando por diversas versões e constantes modificações até a sua aprovação final, a Lei n.º /07 ficou com aspecto de legislação aprovada às pressas, com algumas questões não muito Tadeu Cendón Ferreira, diretor de Desenvolvimento Profissional do Ibracon/Regional de São Paulo claras sobre a sua adoção. Dessa forma, a Medida Provisória n.º 449 aproveitou para fazer alguns outros pequenos ajustes necessários para deixar a Lei mais precisa. Sumário Tadeu Cendón faz, a seguir, uma avaliação das principais alterações que cada um dos pronunciamentos do CPC trouxe em relação às práticas contábeis adotadas no Brasil até 31 de dezembro de 2007 (exceto o CPC 11, que trata de contabilização de seguros, por causa de sua especificidade). Segundo o especialista, o texto é um sumário das principais alterações, não substituindo a leitura de cada um dos pronunciamentos. Ele recomenda que os profissionais da área façam a leitura, quantas vezes sejam necessárias, de cada um dos pronunciamentos. Este é um momento de grande desafio para a profissão contábil e, como não deixaria de ser, de muita oportunidade de crescimento e elevação de nossa profissão, afirma. a sociedade, como um todo, estava consciente de que, sem a neutralidade, a Lei não poderia passar Divulgação Tadeu Cendón Ferreira

11 16 Reportagem: A migração das normas contábeis brasileiras para o padrão internacional: especialistas analisam o processo CPC 01 Redução ao valor recuperável de ativos Este pronunciamento não trouxe mudanças conceituais relevantes. Mesmo antes de sua emissão, a avaliação sobre o valor de recuperação de um ativo já era necessária, com constituição de provisão para perda quando se constatava que o valor recuperável de um bem estivesse acima do valor. O que o CPC 01 trouxe foi uma maior orientação sobre a periodicidade e a metodologia de apuração do valor de recuperação de um ativo. A orientação também prevê situações em que uma redução do valor (impairment) pode ser revertida e os casos em que esta reversão está vedada. Finalmente, dá uma orientação muito mais abrangente sobre apuração de valor de recuperação de um ágio, considerando o conceito de Unidade Geradora de Caixa (UGC), já consagrado na literatura internacional. Por não se tratar de uma mudança de prática contábil, mas uma maior orientação do tema, os efeitos, se houver, da aplicação deste pronunciamento deverão ser contabilizados prospectivamente. CPC 02 Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis Trata-se de um dos pronunciamentos mais complexos já emitidos pelo CPC, não somente pela sua aplicação, mas pelo grande choque cultural em relação ao que se fazia até 31 de dezembro de A primeira importante mudança do pronunciamento foi passar a tratar os efeitos de câmbio da tradução de demonstrações financeiras de investidas no exterior em uma conta do patrimônio líquido: a conta de Ajuste Acumulado de Conversão. Anteriormente, todas as diferenças entre o saldo inicial do investimento e o seu saldo final eram tratadas como resultado de equivalência. Com este CPC, o resultado de equivalência passa a refletir tão somente o resultado da investida, deixando a variação cambial decorrente de tradução no patrimônio líquido da investidora. O CPC 02 também trouxe o conceito de moeda funcional, que é a moeda do ambiente econômico primário em que uma empresa opera; é a moeda na qual as operações de uma empresa são mensuradas. A determinação da moeda funcional é importante uma vez que ela vai determinar onde haverá ganhos e perdas cambiais nas demonstrações financeiras de uma empresa. Em geral, uma empresa sediada no Brasil tende a ter moeda funcional Real. Nesse caso, todas as contas monetárias em outra moeda, que não o Real, passam a gerar variação cambial. A moeda funcional de uma empresa não é uma opção da administração. Ela é determinada com base em indicadores primários, secundários e de autonomia; com prioridade e prevalência dos indicadores primários sobre os demais; e com ênfase na moeda do país cuja economia mais influencia as operações da empresa, independente da moeda em que as transações possam estar denominadas ou referenciadas. Embora o CPC 02 seja um pronunciamento que trata dos efeitos das mudanças nas taxas de câmbio sobre as demonstrações financeiras, acabou extrapolando esse objetivo. Este pronunciamento prevê que as ope- rações das empresas controladas no exterior, cuja autonomia econômica e administrativa é mínima ou nenhuma, tenham moeda funcional igual à da controladora, e sejam incorporadas linha a linha nas demonstrações financeiras da controladora, dispensando, dessa forma, a aplicação do método de equivalência. No caso da moeda funcional, o pronunciamento permite que os eventuais efeitos de sua adoção sejam tratados prospectivamente, ou seja, o saldo da conta de Ajuste Acumulado de Conversão em 1º de janeiro de 2008 é zero. Para as demais alterações trazidas pelo CPC, a sua aplicação é retrospectiva. CPC 03 Demonstração dos fluxos de caixa A Lei n.º /07 substituiu a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) pela Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC). Este pronunciamento dá orientações sobre como elaborar esta demonstração. A substituição já era esperada pelo mercado, considerando que a maioria dos analistas e leitores de demonstrações financeiras já havia manifestado sua preferência por esta segunda. Este pronunciamento é mais detalhado que os até então existentes sobre o tema. CPC 04 Ativo intangível A lei n.º /07 criou oficialmente o grupo de intangível para as demonstrações financeiras, embora a maioria das empresas já estivesse fazendo uso deste grupo na elaboração de suas demonstrações. Na prática, este grupo vai conter os bens incorpóreos da empresa que antes eram classificados no Ativo Imobilizado ou, em alguns casos, no ativo diferido. Também aqui fica classificado o ágio, quando da elaboração de demonstrações financeiras consolidadas, ou quando, por

12 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 17 incorporação, o investimento deixa de existir e o ágio é reclassificado para este grupo. O pronunciamento fala sobre as três maneiras básicas em que um intangível surge no balanço de uma empresa: Adquirido de terceiros Em conexão com uma combinação de empresas Desenvolvido internamente No segundo caso, considerando que a norma sobre combinação de empresas não foi emitida, o CPC 04 (item 129) suspendeu a aplicação dos itens do pronunciamento que tratavam do reconhecimento de ativos intangíveis em conexão com combinação de empresas. No caso de intangíveis desenvolvidos internamente, como novos produtos, softwares e outros intangíveis, o pronunciamento trata da importância em se definirem as fases de pesquisa e desenvolvimento, uma vez que somente os gastos relacionados com esta segunda fase é que são passíveis de capitalização. O pronunciamento também estabelece que alguns intangíveis podem ter vida útil indefinida e, portanto, não devem ser amortizados. Este é o caso do ágio na aquisição de uma empresa ou negócio que, a partir de 1º de janeiro de 2009, deixa de ser amortizado. CPC 05 Divulgação sobre partes relacionadas Também em relação à norma que vigorava até 31 de dezembro de 2007, não houve grandes mudanças. A principal delas é, sem dúvida, chamar a atenção para o fato de que as divulgações, até então, podiam não estar atendendo plenamente às normas em vigor. Neste caso, uma norma com a chancela do CPC e, no contexto das mudanças da Lei n.º /07, dá uma nova oportunidade de aprimoramento dessas divulgações, sendo um reforço na tentativa de mudar a cultura das empresas. A definição de parte relacionada passa basicamente pela capacidade de uma parte influir nas atividades operacionais e financeiras de outra. Nesse caso, os conceitos de controle e influência significativa, sem dúvida, auxiliam na identificação das partes. O pronunciamento chama a atenção para situações em que mesmo não havendo transações, a existência do relacionamento ainda assim Cabe a cada empresa e profissional estudar sua dificuldade particular e desenhar mecanismos de superação Nelson Carvalho precisa ser divulgada. Isso significa informar, por exemplo, quem são os controladores imediatos e em última instância da empresa. Outro aspecto importante da norma, que tem muito a ver com mudança de cultura, é o uso dos termos sobre as condições em que as transações ocorreram. Os termos em bases independentes ou comerciais somente são permitidos quando a administração puder comprovar esta afirmação. Finalmente, reforça o conceito de que pessoas-chave da administração e respectivos membros próximos da família são partes relacionadas e, portanto, entram na divulgação como qualquer outra parte relacionada. A remuneração do pessoal-chave da administração pode ser divulgada de forma agregada, sem a necessidade informá-la individualmente. CPC 06 Operações de arrendamento mercantil Este pronunciamento traz em definitivo a necessidade de diferenciar operações de arrendamento mercantil (ou leasing) entre operacional e financeiro. Alguns contratos, mesmo que não estejam na forma de arrendamento, podendo estar, por exemplo, sob o título de contrato de suprimento, podem transferir em essência, pelos seus termos, a maioria dos riscos e benefícios de um ativo para o arrendatário/ cliente. Nesse caso, a transação é considerada como de arrendamento financeiro e, como tal, ao invés de ser tratada como aluguel ou contrato de suprimento, como era o mais comum em 31 de dezembro de 2007, deverá ser tratada como se fosse uma compra financiada, ou seja, reconhecendo o ativo, por exemplo, uma máquina ou prédio, e o passivo correspondente ao valor presente das contra-prestações do leasing.

13 18 Reportagem: A migração das normas contábeis brasileiras para o padrão internacional: especialistas analisam o processo CPC 07 Subvenção e assistência governamentais As subvenções para investimento recebidas pelas empresas até 31 de dezembro de 2007 eram lançadas em contrapartida da reserva de capital. A partir de 1º de janeiro de 2008, essas subvenções passam a transitar no resultado. Em geral, as subvenções não são obtidas de forma gratuita. As empresas normalmente têm algum tipo de contrapartida com o poder concedente, por exemplo, instalando a fábrica em uma região na qual, sem a subvenção, provavelmente não instalaria. Dessa forma, as subvenções para investimentos são reconhecidas pela empresa quando se tem razoável certeza de que: cumprirá com as condições estabelecidas nos termos da subvenção; e receberá o incentivo. Mesmo que a subvenção seja recebida antecipadamente, por exemplo, pela redução do imposto na compra de um equipamento, a receita de subvenção será reconhecida no resultado ao longo do período necessário para contrapor o custo que ela visa compensar e de forma sistemática. Nesse caso, por exemplo, é provável que a redução do tributo esteja relacionada com a aquisição da máquina e, dessa forma, faz sentido reconhecê-la no resultado concomitantemente com a depreciação. Quando uma subvenção é recebida, mas seu reconhecimento no resultado se dará em períodos futuros, a empresa deve mantê-la como receita diferida e ser apropriada ao resultado em bases sistemáticas, como descrita acima. Alternativamente, a receita, no caso de subvenções para investimento relacionadas com ativos, pode ser mantida no balanço reduzindo o custo do próprio ativo recebido como subvenção para se chegar ao valor escriturado líquido do ativo, que pode ser até mesmo nulo. Quando reconhecida no resultado a receita de subvenção, pode se apresentada separadamente como Outras Receitas ou, alternativamente, como dedução da despesa/custo que visa contrapor. Finalmente, uma vez que transita pelo resultado, para que uma subvenção para investimento não seja base de cálculo dos dividendos, a administração poderá, na destinação do lucro do exercício, destinar esta receita para a reserva de incentivo fiscal, uma reserva de lucro. A aplicação deste CPC é prospectiva. CPC 08 Custos de transação e prêmios na emissão de títulos e valores mobiliários Este pronunciamento trata da contabilização dos custos e prêmios com emissão de dívida e de ações, assim como de transações com ações em tesouraria. Os custos com a emissão de uma dívida devem ser incorporados ao custo da dívida e compor a taxa efetiva de juros. Por exemplo, a empresa capta R$ 500 milhões por meio de uma emissão de dívida, com prazo de pagamento em um ano, com taxa de juros de 10%. Para emitir tal dívida, ela teve custos de captação de R$ 10 milhões. Nesse caso, o valor líquido da dívida no momento da emissão é de R$ 490 milhões. Como o valor a pagar ao final de um ano é de R$ 550 milhões, a taxa de juros que desconta o valor futuro do pagamento (R$ 550 milhões) ao valor presente (R$ 490 milhões) é de 12,24%. Essa é a taxa efetiva de juros e, portanto, a que deve ser informada em nota explicativa. Da mesma forma, se a empresa emite ações, os custos com a sua emissão também reduzem o valor da captação. Como no caso acima, se ao invés de dívida a empresa tivesse captado pela emissão de ações, o capital social estaria aumentado por R$ 500 milhões e uma conta retificadora de R$ 10 milhões, denominada Gastos com emissão de ações. O mesmo conceito é aplicável para transações com ações em tesouraria. Finalmente, os custos que são passíveis da contabilização acima são exclusivamente os chamados custos incrementais, que são basicamente aqueles custos que, se a empresa não tivesse efetuado a transação, não existiriam ou teriam sido evitados. CPC 09 Demonstração do valor adicionado Esta demonstração tem o objetivo de evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua distribuição no Ainda temos um grande desafio a superar até que todas as práticas contábeis brasileiras possam ser consideradas equivalentes às IFRS Edison Arisa Pereira

14 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 19 exercício. Simplificando, esta demonstração basicamente requer que se divulgue a geração da riqueza e sua distribuição entre funcionários, impostos, juros e acionistas. Esta demonstração não é prevista no Padrão Internacional de Relatórios Financeiros (IFRS, na sigla em inglês) e é de aplicação obrigatória no Brasil somente para companhias abertas. CPC 10 Pagamento baseado em ações Em geral, as empresas pagam seus empregados, administradores e fornecedores em caixa. Este pronunciamento trata das situações em que a empresa, por vários motivos, paga um fornecedor ou remunera seus empregados adicionalmente com ações da própria empresa ou opções de compra dessas ações. No caso do pagamento a empregados e administradores, o pagamento ou provisionamento em geral tem contrapartida no resultado. Se uma empresa remunerar seus empregados e administradores em ações ou opções de ações, a situação não é diferente e o valor justo do que está sendo dado ao empregado é lançado no resultado. Se, ao final do dia, o que será dado ao empregado é uma quantidade fixa de suas próprias ações ou opções de compra dessas ações, então a contrapartida é patrimônio líquido. Se, ao contrário, o valor da ação ou da opção for mero instrumento de indexação e o que será dado ao empregado é caixa ou outro ativo financeiro, então a contrapartida é passivo. Esse conceito está em linha com o CPC 14. No caso dos fornecedores, o pagamento ou o provisionamento tem contrapartida no ativo ou no resultado, dependendo da natureza do bem ou do serviço adquirido. O pronunciamento também trata de como mensurar essas despesas ou custos, assim como sua apropriação ao resultado. CPC 11 Contratos de Seguro Este pronunciamento técnico não será analisado por causa de sua especificidade. CPC 12 Ajuste a valor presente Sempre que uma transação dá origem a um valor a receber ou a pagar no balanço, o que está indireta ou diretamente ocorrendo é também uma transação financeira. O contas a receber, por exemplo, significa que a empresa está concedendo crédito a um terceiro. Por outro lado, em um contas a pagar, quem obteve o crédito foi a empresa. Quando esses valores a receber ou a pagar não têm remuneração ou esta remuneração está muito abaixo do mercado, é possível que o efeito do valor do dinheiro no tempo seja relevante e, dessa forma, não considerá-lo no reconhecimento da transação que originou o saldo a receber ou a pagar, distorce o seu valor. Exemplificando, quando uma empresa vende um determinado produto por R$ 100 mil, mas dá a seu cliente um prazo de 180 dias para pagar sem juros especialmente no caso do Brasil, onde essas taxas ainda são muito altas, não se pode dizer que a receita pela venda do produto seja o seu valor nominal. Economicamente, o produto foi vendido por valor menor, por exemplo, R$ 95 mil. Os R$ 5 mil é, na verdade, a remuneração do dinheiro no tempo e, dessa forma, deve ser tratado como receita financeira ao longo do prazo do pagamento. O mesmo raciocínio vale para as contas a pagar, com contrapartida do ajuste como despesa financeira. Em muitas transações, o prazo é praxe comercial e não tem caráter de financiamento. Nesse caso, o desconto a valor presente não se aplica, a menos que o prazo seja dilatado o suficiente para tornar o efeito do não-desconto a valor presente relevante. Nesse caso, mesmo que o prazo dado não tenha caráter financeiro, por ser relevante o efeito, o valor da transação deve ser inicialmente reconhecido pelo seu valor presente. A avaliação sobre se uma transação tem ou não embutido um financiamento varia de segmento para segmento. Exemplificando: no ramo de varejo, o fator prazo é mais sensível do que, por exemplo, na indústria de base. Um pagamento de 90 dias para compra de uma máquina industrial pode ser uma praxe comercial, mas o mesmo não se pode dizer do varejo, que tem muitas vendas à vista e, em geral, não faz sentido tratar igualitariamente uma venda à vista e uma venda em 90 dias nesse segmento. No caso de operações de longo prazo sem remuneração ou com remuneração muito abaixo do mercado, há o pressuposto da necessidade do registro da transação pelo seu valor presente. O pronunciamento dá, ainda, alguns exemplos de situações em que o ajuste a valor presente é aplicável, incluindo uma seção com perguntas e respostas. CPC 13 Adoção inicial da Lei n.º /07 e da Medida Provisória n.º 449/08 As exigências de ajustes trazidos pela Lei n.º /07 e da Medida Provisória n.º 449/08 não se enquadram como mudança de circunstâncias, estimativas ou evento econômico subseqüente, pois decorrem de processo normativo em direção às normas internacionais de contabilidade. Assim, este pronunciamento considera que os ajustes decorrentes da aplicação da Lei n.º /07 são considerados como mudança de critério (ou prática) contá-

15 20 Reportagem: A migração das normas contábeis brasileiras para o padrão internacional: especialistas analisam o processo bil. Dessa forma, a norma contábil brasileira que trata de práticas contábeis, mudanças nas estimativas contábeis e de correção de erros determina que tais ajustes sejam apurados de forma retroativa, e as cifras apresentadas para fins de comparação sejam ajustadas como se a nova prática contábil estivesse sempre em uso. Exceção a essa regra é quando um pronunciamento especifica em suas disposições transitórias de outra forma. Considerando a complexidade e o curto espaço de tempo para a adaptação dos profissionais, da contabilidade e dos sistemas, para fins da aplicação inicial da Lei n.º /07 e da Medida Provisória n.º 449/08, este pronunciamento desobriga as entidades quanto ao ajuste das cifras comparativas, tratando os efeitos da aplicação desses novos pronunciamentos nos saldos iniciais do último exercício, mantendo as cifras do ano anterior como originalmente apresentadas. Dessa forma, uma empresa com fechamento em 31 de dezembro de 2008 pode optar por efetuar os ajustes nos saldos iniciais deste exercício, mesmo quando o pronunciamento for omisso ou a sua aplicação for determinada como retroativa. Isso significa manter os saldos de 2007 como originalmente apresentados. A boa prática contábil determina que os saldos de anos anteriores sejam ajustados retroativamente para permitir a comparação entre os exercícios. Dessa forma, mesmo com a opção descrita acima, tendo a empresa condições de fazê-lo, as cifras comparativas deveriam ser ajustadas de acordo com a norma sobre práticas contábeis, mudanças nas estimativas contábeis e correção de erros. A conta de ativo diferido, cujo uso havia sido restringido pela Lei n.º /07, foi eliminada pela MP n.º 449/08. Por outro lado, a MP admitiu a possibilidade de manutenção do saldo do diferido existente em 31/12/08 até sua total amortização ou baixa por impairment. Existe opção de eliminação do diferido, por meio de baixa contra lucros acumulados do exercício mais antigo apresentado, após as alocações que forem possíveis. A Lei n.º /07 formalizou a necessidade de que as empresas façam revisão periódica da vida útil econômica estimada dos bens do ativo imobilizado e intangível. Considerando o volume de trabalho por trás desse tema, o CPC 13 orientou que esta primeira das análises periódicas referidas na Lei produza efeitos contábeis até o término do exercício que se iniciar a partir de 1º de janeiro de Finalmente, quanto à conta de Lucros Acumulados, a obrigação de não conter saldo positivo aplica-se unicamente às sociedades por ações, e não às demais, mesmo que de grande porte. CPC 14 Instrumentos financeiros: reconhecimento, mensuração e evidenciação - Fase 1 Instrumentos financeiros são, sem dúvida, um dos temas mais complexos para a contabilidade moderna. Tendo em vista esta complexidade, o CPC e os reguladores que participam das reuniões no Comitê entenderam que o processo de migração das normas contábeis brasileiras em direção aos padrões internacionais aplicáveis aos instrumentos financeiros deveria ser realizado em duas etapas. O CPC 14 é uma primeira etapa e tem como objetivo estabelecer os principais conceitos relativos ao reconhecimento e mensuração dos ativos e passivos financeiros. A segunda etapa buscará uma convergência mais ampla, incluindo os tratamentos detalhados dos itens que não foram considerados no CPC 14 e que estão presentes nas normas internacionais de contabilidade, como: a) maior detalhamento a respeito da contabilidade das operações de hedge; b) desreconhecimento (baixa) de ativos e passivos financeiros; c) derivativos embutidos; e d) perda no valor recuperável (impairment) de ativos financeiros e instrumentos financeiros com características híbridas. Embora houvesse algum movimento tímido de algumas empresas na aplicação do conceito de valor justo na contabilização de instrumentos financeiros, este pronunciamento é que traz de forma definitiva o conceito de valor justo de instrumentos financeiros na prática contábil adotada no Brasil. O CPC 14 abrange todos os instrumentos financeiros, incluindo ativos e passivos financeiros e instrumentos de patrimônio, com algumas exceções enumeradas em seu texto. O pilar da contabilização de instrumentos financeiros é a sua classificação nas diversas categorias determinadas no pronunciamento. A maneira com que um instrumento financeiro é classificado é que irá determinar a sua mensuração subseqüente. Dizemos subsequente, pois independente da classificação, na data original da transação todo instrumento financeiro deve ser contabilizado pelo seu valor justo. A classificação em cada uma das categorias vai depender basicamente da natureza do instrumento e intenção da administração. O pronunciamento dá as diretrizes para o usuário classificar estes instrumentos. Na próxima página há uma tabela com as categorias e a mensuração subseqüente.

16 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 21 Este pronunciamento também trata da contabilidade de hedge, que é uma opção que as empresas têm de seguir a regra de mensuração e/ ou contabilização diferente da acima prevista, para que a contabilidade reflita melhor a essência econômica de certa transação e reduza a volatilidade nos resultados. Entretanto, a aplicação de critérios contábeis diferentes da regra geral somente é possível se toda a documentação exigida pelo pronunciamento, incluindo testes de efetividade, estiver completada tempestivamente. Finalmente, o CPC 14 requer um nível de divulgação muito mais extenso e detalhado sobre instrumentos financeiros, que vai desde detalhes da política de administração de risco financeiro até outras informações quantitativas e qualitativas. No caso de companhias abertas, a CVM acrescentou a necessidade de se incluir análise de sensibilidade da empresa aos riscos financeiros de mercado. A aplicação deste pronunciamento é retrospectiva, com os ajustes lançados contra lucros acumulados, exceto os derivados da classificação de determinado ativo financeiro como disponível para a venda. Nesse caso, o ajuste vai para a conta de ajuste de avaliação patrimonial. Combinações de empresas A redação do parágrafo 3º do Artigo 226, introduzido pela Lei n.º /07, havia criado no mercado a Categoria Boa parte das empresas de grande porte, principalmente as de capital estrangeiro, já está adotando as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros expectativa de que certas operações de incorporação, fusão e cisão realizadas entre partes independentes e vinculadas à efetiva transferência de controle, seriam contabilizadas pelo seu valor de mercado. Quando da edição da MP n.º 449/08, este texto foi substituído por um texto remetendo à CVM a responsabilidade por estabelecer normas especiais de avaliação e de contabilização aplicáveis às operações de fusão, incorporação e cisão que envolvam companhias abertas. Considerando a complexidade do tema combinações de empresas, os membros do CPC e os reguladores decidiram por não emitir neste momento o CPC 15 Combinação de Negócios, que estava em audiência pública. A emissão da norma sobre combinações de empresas ficou para ser emitida em 2009, com entrada em vigor em 1º de janeiro de Avaliação Ativo/Passivo financeiro ao valor justo por meio do resultado Valor justo em contrapartida do resultado Empréstimos e recebíveis Mantidos até o vencimento Demais passivos Custo amortizado em contrapartida do resultado Valor justo, em contrapartida do patrimônio líquido Disponíveis para venda (Ajuste de Avaliação Patrimonial) 1 ( 1 Afetará o resultado quando realizado, por venda ou impairment) Carlos Roberto Matavelli Enquanto isso, as combinações de empresas que acontecerem nesse ínterim continuam sendo contabilizadas como anteriormente, lembrando que a definição de ágio é a diferença entre o valor de mercado dos ativos e passivos da adquirida e o valor pago. Regime Tributário de Transição (RTT) Como já foi dito, a MP n.º 449/08 trouxe a neutralidade fiscal sobre os efeitos da Lei n.º /07 ao estabelecer o Regime Tributário de Transição (RTT), permitindo que, para fins fiscais, o lucro líquido contábil do exercício seja ajustado no LALUR, para que seja apurado utilizando as mesmas práticas contábeis adotadas em 31 de dezembro de 2007, ou seja, imediatamente anterior à emissão da Lei. Considerando que esta prática traz diferenças entre as bases fiscais e os valores contábeis, e que essas diferenças decorrem exclusivamente de mudança da prática contábil e não da legislação tributária, sobre essas diferenças devem ser constituídos os tributos diferidos, não somente imposto de renda e contribuição social, como também os demais tributos, como: PIS, Cofins e ICMS.

17 22 Reportagem: A migração das normas contábeis brasileiras para o padrão internacional: especialistas analisam o processo Posição atual dos Pronunciamentos e Orientações Técnicas do CPC Emitidos Correlação Pronunciamento Técnico Data da aprovação IASB CVM Deliberação CFC Resolução BACEN Resolução SUSEP Circular ANEEL Despacho CPC 01 CPC 02 Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis Redução ao Valor Recuperável de Ativos Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis 11/01/08 Framework 539/ /08-379/ /08 14/09/07 IAS / / /08 379/ /08 09/11/07 IAS / /08-379/ /08 CPC 03 Demonstração dos Fluxos de Caixa 13/07/08 IAS 7 547/ / /08 379/ /08 CPC 04 Ativo Intangível 03/10/08 IAS / / /08-379/ /08 CPC 05 CPC 06 CPC 07 Divulgação sobre Partes Relacionadas Operações de Arrendamento Mercantil Subvenção e Assistência Governamentais 30/10/08 IAS / /08-379/ /08 03/10/08 IAS / /08-379/ /08 03/10/08 IAS / /08-379/ /08 CPC 08 Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários 30/10/08 IAS 39 (partes) 556/ /08-379/ /08 CPC 09 Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 30/10/08-557/ /08-379/ /08 CPC 10 Pagamento Baseado em Ações 05/12/08 IFRS 2 562/ /09-379/ /08 CPC 11 Contratos de Seguro 05/12/08 IFRS 4 563/ /09-379/08 - CPC 12 Ajuste a Valor Presente 05/12/08-564/ /09-379/ /08 CPC 13 Adoção Inicial da Lei n.º /07 e da Medida Provisória n.º 449/08 05/12/08-565/ /09-379/ /08 CPC 14 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação (Fase I) 05/12/08 IAS 39 e IAS 32 (partes) 566/ / /08 Correlação Orientação Técnica Data da aprovação IASB CVM Deliberação CFC Resolução BACEN Resolução SUSEP OCPC 01 Entidades de Incorporação Imobiliária 05/12/08-561/ / OCPC 02 Esclarecimentos sobre as Demonstrações Contábeis de /01/08 - Ofício-circular CVM/ SNC/SEP n. 01/ /09 - Cartacircular DECON 001/09

18 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 23 Audiências públicas Pronunciamento Técnico Correlação IASB Início Audiência Pública Encerramento CPC 16 Estoques IAS 2 11/02/09 10/04/09 CPC 17 Contratos de Construção IAS 11 11/02/09 10/04/09 CPC 20 Custos de Empréstimos IAS 23 11/02/09 10/04/09 A serem emitidos em 2009 Pronunciamento Técnico/Orientação Técnica/Interpretação Técnica Correlação IASB CPC 00 C1 Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis - Complemento n.º 1 CPC 15 Combinação de Negócios IFRS 3 CPC 18 Investimento em Coligada IAS 28 CPC 19 Investimento em Empreendimento Conjunto IAS 31 CPC 21 Demonstração Intermediária IAS 34 CPC 22 Informação por Segmentos IFRS 8 CPC 23 Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Erro IAS 8 CPC 24 Evento Subsequente IAS 10 CPC 25 Provisão e Passivo e Ativo Contingentes IAS 37 CPC 26 Apresentação das Demonstrações Contábeis IAS 1 CPC 27 Imobilizado IAS 16 CPC 28 Propriedade para Investimento IAS 40 CPC 29 Ativos Biológicos IAS 41 CPC 30 Receitas IAS 18 CPC 31 Ativo Não-Circulante Mantido para Venda e Operações Descontinuadas IFRS 5 CPC 32 Tributos sobre o Lucro IAS 12 CPC 33 Benefício a Pós-Emprego IAS 19 CPC 34 Exploração e Avaliação de Recursos Minerais IFRS 6 CPC 35 Demonstrações Separadas IAS 27 CPC 36 Demonstrações Consolidadas IAS 27 CPC 37 Adoção Inicial das IFRSs IFRS 1 CPC 38 Instrumentos Financeiros: reconhecimento e mensuração IAS 39 CPC 39 Instrumentos Financeiros: apresentação IAS 32 CPC 40 Instrumentos Financeiros: evidenciação IFRS 7 CPC 41 Resultado por Ação IAS 33 CPC 42 Contabilidade e Evidenciação em Economia Hiperinflacionária IAS 29 ICPC 01 Concessões IFRIC 12 ICPC 02 Contrato de Construção do Setor Imobiliário IFRIC 15 Observação: atualizado em 13 de março de 2009.

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