UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RAFAEL SUSIN BAUMANN A CASA CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA: REGRA E TRANSGRESSÃO TIPOLÓGICA NO ESPAÇO DOMÉSTICO -

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1 UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RAFAEL SUSIN BAUMANN A CASA CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA: REGRA E TRANSGRESSÃO TIPOLÓGICA NO ESPAÇO DOMÉSTICO - CASAS CONTEMPORÂNEAS BRASILEIRAS: ESCRITÓRIO BERNARDES E JACOBSEN ARQUITETURA CAXIAS DO SUL 2015

2 RAFAEL SUSIN BAUMANN A CASA CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA: REGRA E TRANSGRESSÃO TIPOLÓGICA NO ESPAÇO DOMÉSTICO - CASAS CONTEMPORÂNEAS BRASILEIRAS: ESCRITÓRIO BERNARDES E JACOBSEN ARQUITETURA Trabalho apresentado como parte dos requisitos para aprovação na disciplina de Estágio em Arquitetura e Urbanismo, necessário ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Caxias do Sul. Orientadora: Prof. Arq. Ms. Cristina Piccoli Campo de Estágio: UFRGS - Faculdade de Arquitetura Supervisora: Prof. Dra. Arq. Ana Elísia da Costa CAXIAS DO SUL 2015

3 RESUMO O relatório apresenta um estudo específico sobre quatros residências produzidas pelo antigo escritório Bernardes e Jacobsen Arquitetura e pelo atual Jacobsen Arquitetura, também responsável pelas publicações dos projetos em seu site. Como um estudo parcial, este trabalho faz parte da pesquisa A Casa Contemporânea Brasileira: regra e transgressão tipológica no espaço doméstico, desenvolvida na Faculdade de Arquitetura da UFRGS. O intuito desta pesquisa é analisar e comparar projetos de habitações unifamiliares que façam parte da produção dos 25 escritórios ou arquitetos selecionados em 2010 pela revista AU Arquitetura e Urbanismo (Editora PINI) como a nova geração de arquitetos brasileiros, pretendendo identificar regras e transgressões tipológicas nas estratégias projetuais. Como base para este estudo parcial houve a realização de uma pesquisa bibliográfica e documental que subsidiou a elaboração dos redesenhos bidimensionais e modelos tridimensionais dos objetos de estudo, assim como a análise gráfico-textual. Esta última foi desenvolvida em dois momentos: análise individual das casas e posterior comparação entre elas, identificando as regras e exceções projetuais. Palavras-chave: Arquitetura. Bernardes e Jacobsen. Casa contemporânea brasileira.

4 LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURAS Figura 1: (a) Implantação; (b) Arranjo volumétrico. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 2: (a) Composição volumétrica e planar; (b) Muro que marca o eixo de acesso e penetra no corpo principal da casa. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 3: Modulação (a) pavimento inferior e (b) pavimento superior. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 4: (a) Setorização pavimento inferior; (b) Circulações e elementos irregulares pavimento inferior. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 5: (a) Setorização pavimento superior; (b) Circulações e elementos irregulares pavimento superior. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 6: (a) Planta guia; (b) O eixo que demarca o acesso; (c) O acessar. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 7: (a) Planta baixa guia; (b) Hall. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 8: (a) Planta baixa guia; (b) e (c) O setor social; (d) Corte transversal para compreensão da cobertura. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 9: (a) Planta baixa guia; (b), (c) e (d) Circulação íntima. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 10: (a) Planta baixa guia; (b) Quartos; (c) Suíte do casal. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 11: Implantação. Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 12: (a) Fachada voltada à via de acesso, (b) fachada voltada à via lateral e (c) os volumes superiores conectados através de um plano. Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 13: (a) O volume superior sustentado por pilotis e (b) a volumetria que se volta ao platô de lazer e as subtrações que configuram sacadas. Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 14: Setorização pavimento superior (a) e inferior (b). Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 15: Setorização em níveis. Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 16: Circulações e elemento irregulares no pavimento superior (a) e inferior (b). Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 17: (a) Planta baixa guia; (b) e (c) Pórtico de acesso ao hall; (d) Hall. Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 18: (a) Planta baixa guia; (b) e (c) Estar. Residência CT, 2008.Bernardes e Jacobsen Arquitetura... 32

5 Figura 19: (a) Planta baixa guia; (b) Sala home theater; (c) Circulação íntima; (d) Quarto. Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 20: a) Implantação; (b) e (c) Arranjo volumétrico. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 21: (a) Planta baixa guia; (b) Tratamento planar do bloco 1. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 22: (a) Planta baixa guia; (b) Volumetria; (c) Manipulação planar. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 23: (a) Setorização pavimento superior; (b) Circulação e elementos irregulares pavimento superior. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 24: (a) Planta baixa guia, (b) o acessar e (c) o hall de entrada/circulação integrado ao setor social. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 25: (a) Planta baixa guia; (b) Sala home theater; (c) Circulação íntima. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 26: (a) Planta baixa guia, (b) Quarto; (c) Suíte do casal. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 27: Implantação. Residência FB, Bernardes e Jacobsen Figura 28: (a) Volumetria a partir da via principal; (b) Volumetria a partir da via secundária; (c) Arranjo formal em relação ao terreno; (d) Corte transversal. Residência FB, Figura 29: Setorização pavimento superior (a) e inferior (b). Residência FB, Bernardes e Jacobsen Figura 30: Circulações e elementos irregulares pavimento superior (a) e inferior (b). Residência FB, Bernardes e Jacobsen Figura 31: Volume com pavimentos autônomos entre si, em corte e pavimento inferior em planta baixa. Residência FB, Bernardes e Jacobsen Figura 32: (a) Planta baixa guia; (b), (c) e (d) O acesso demarcado pela pérgola e a sua extensão, no interior do hall de entrada. Residência FB, Bernardes e Jacobsen Figura 33: (a) Planta baixa guia; (b) O setor social com a sala de jantar elevada; (b) O percurso sugerido pelo mobiliário com a presença do exterior. Residência FB, Bernardes e Jacobsen Figura 34: (a) Planta baixa guia; (b) Circulação íntima; (c) Quarto. Residência FB, Bernardes e Jacobsen Figura 35: Implantação e arranjo volumétrico. (a) Residência ZM, 2005; (b) Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 36: Implantação e arranjo volumétrico. (c) Residência MDT, 2008; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 37: Fachadas-muro. (a) Residência CT, 2008; (b) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 38: Volumes e elementos de arquitetura com linguagem planar. (a) Residência ZM, 2005.; (b) Residência CT, ; (c) Residência MDT, ; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 39: Arranjos volumétricos e tratamentos das fachadas. (a) e (e) Residência ZM, 2005.; (b) e (f) Residência CT, 2008.; (c) e (g) Residência MDT, 2008.; (d) e (h) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 40: Setorização e circulação. (a) Residência ZM, 2005.; (b) Residência CT, 2008.; (c) Residência MDT, 2008.; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura... 50

6 Figura 41: Setor íntimo organizado em faixas. Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 42: Setor íntimo - banheiros e sacadas (a) Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura; (b) Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 43: Setor social - circulação (a) Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura; (b) Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 44: Hall. (a) Residência ZM, 2005.; (b) Residência CT, Arquitetura; (c) Residência MDT, 2008; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 45: Sala. (a) Residência ZM, 2005; (b) Residência CT, Arquitetura; (c) Residência MDT, 2008; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 46: Circulação íntima. (a) Residência ZM, 2005; (b) Residência CT, 2008; (c) Residência MDT, 2008; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 47: Quarto. (a) Residência ZM, 2005; (b) Residência CT, Arquitetura; (c) Residência MDT, 2008; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Figura 48: Corte hall de entrada (a) Residência ZM, 2005; (b) Residência CT, Planta baixa hall de entrada (c) Residência MDT, Jacobsen Arquitetura; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura... 55

7 QUADROS Quadro 1: Roteiro para análise... 13

8 8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO CONTEXTO E DELIMITAÇÃO DA PESQUISA DEMANDA DO CAMPO DE ESTÁGIO OBJETIVO MÉTODO REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS PESQUISA DOCUMENTAL E PRODUÇÃO DE MATERIAL GRÁFICO ANÁLISES INDIVIDUAIS RESIDÊNCIA ZM Implantação e partido formal Configuração funcional Espacialidade RESIDÊNCIA CT Implantação e partido formal Configuração funcional Espacialidade RESIDÊNCIA MDT Implantação e Partido Formal Configuração funcional Espacialidade RESIDÊNCIA FB Implantação e partido formal Configuração funcional Espacialidade ANÁLISE COMPARATIVA IMPLANTAÇÃO E PARTIDO FORMAL CONFIGURAÇÃO FUNCIONAL ESPACIALIDADE CONSIDERAÇÕES FINAIS... 55

9 9 7 CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXOS... 59

10 10 1 INTRODUÇÃO Em 2010, a Revista AU Arquitetura e Urbanismo (Editora PINI) elegeu 25 escritórios ou arquitetos como a nova geração de arquitetos brasileiros. A produção residencial unifamiliar destes escritórios são os objetos de estudo da pesquisa A Casa Contemporânea Brasileira: regra e transgressão tipológica no espaço doméstico, desenvolvida pela Faculdade de Arquitetura da UFRGS. Esta pretende identificar regras e transgressões nas estratégias projetuais dos escritórios selecionados pela revista, onde está o antigo escritório Bernardes e Jacobsen Arquitetura, que gerou os atuais Bernardes Arquitetura e Jacobsen Arquitetura. Este trabalho de estágio é um estudo parcial dentro da pesquisa em que se insere e tem como objeto de estudo quatro casas do escritório Bernardes e Jacobsen Arquitetura: Residência ZM (2005), Residência CT (2008), Residência MDT (2008) e Residência FB (2011). O trabalho foi desenvolvido em três etapas: 1) Pesquisa bibliográfica e documental; 2) Produção de material gráfico; 3) Análise gráfico-textual. A pesquisa bibliográfica e documental visa a construir uma base teórica quanto ao tipo na arquitetura e quanto a produção do escritório estudado. A coleta e organização de dados referentes aos objetos de estudo é a pesquisa documental. A produção de material gráfico utiliza dos dados encontrados na pesquisa bibliográfica e documental para construção de redesenhos bidimensionais e modelos tridimensionais. A análise gráfico-textual é subsidiada pelas etapas anteriores e balizada pelas seguintes categorias de análise: 1) Implantação e partido formal; 2) Aspectos funcionais; 3) Espacialidade. Nesta etapa são produzidas as análises individuais e a análise comparativa, aonde são tecidas as conclusões sobre o modo de projetar do escritório. 2 CONTEXTO E DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

11 DEMANDA DO CAMPO DE ESTÁGIO A pesquisa A casa contemporânea brasileira expõe em seu nome o próprio tema: as habitações contemporâneas brasileiras advindas da produção de 25 arquitetos ou escritórios elegidos pela revista AU - Arquitetura e Urbanismo (Editora PINI), em 2010, como a "nova geração de arquitetos brasileiros". A seleção realizada pelos professores e críticos de arquitetura Mônica Junqueira de Camargo, Carlos Eduardo Comas, Cláudia Estrela, Fernando Lara e Roberto Segre incluiu apenas os nomes com menos de 40 anos de idade. No intuito de compreender a arquitetura atualmente produzida no Brasil, a coordenação da pesquisa optou por analisar a produção residencial unifamiliar desses escritórios, tratando-os como objetos de estudo distribuídos entre os pesquisadores. O escritório Bernardes e Jacobsen Arquitetura, mencionado na lista da Revista AU, teve doze casas de tipologia linear selecionadas para análise. Fundado em 1976 pelos arquitetos Paulo Jacobsen e Cláudio Bernardes, filho do modernista Paulo Bernardes, desestruturou-se com a morte de Cláudio, em Em seguida, Paulo associou-se à Thiago Bernardes e posteriormente à Bernardo Jacobsen em Em 2012 a sociedade desfez-se originando os atuais Jacobsen Arquitetura, de Paulo e Bernardo Jacobsen e Bernardes Arquitetura, de Thiago Bernardes. Este trabalho de estágio apresenta-se como estudo parcial e dá continuidade às análises das residências unifamiliares do escritório mencionado, já iniciadas por uma bolsista voluntária. Foram indicadas por parte da coordenação 04 casas, sendo 02 de autoria de Bernardes e Jacobsen Arquitetura e 02 restritas ao escritório Jacobsen Arquitetura. 2.2 OBJETIVO A pesquisa em que este trabalho se insere objetiva construir por amostragem um quadro que ilustre a "casa contemporânea brasileira", identificando métodos e estratégias que possam sugerir a ocorrência de séries tipológicas. Este estudo parcial objetiva analisar e comparar as casas ZM (2005), CT (2008), MDT (2008) e FB (2011)

12 12 quanto aos aspectos formais, funcionais e espaciais, para que possam ser identificadas as regras e as exceções nas estratégias projetuais do escritório. 2.3 JUSTIFICATIVA Como estudo parcial este trabalho se justifica por subsidiar o desenvolvimento da pesquisa, uma vez que esta se propõe a cruzar dados parciais para traçar conclusões sobre o universo estudado. Ao contribuir com o acervo, alimenta-se a discussão quanto aos seguintes questionamentos: quais os esquemas tipológicos recorrentes usados na arquitetura residencial contemporânea brasileira? Esses esquemas expressam continuidades, transgressões, miscigenações tipológicas em relação aos tipos tradicionalmente usados na arquitetura doméstica? Tais experiências podem indicar que estão sendo construídas e/ou consolidadas novas práticas projetuais? É a consolidação de novas práticas que faz com estes escritórios tenham ganhado notoriedade? Tais questionamentos tanto respondem às demandas da pesquisa quanto permitem que se tenha uma posição crítica frente à atual produção brasileira, possibilitando questionar a seleção de arquitetos e escritórios. Esta discussão também tem um caráter prático, uma vez que pode subsidiar diretamente a prática e a reflexão teórica de atividades profissionais e de ensino. 2.4 MÉTODO Este estudo trata os dados de modo quantitativo e qualitativo, caracterizando a sua natureza como descritiva. O seu desenvolvimento se deu em três etapas: pesquisa bibliográfica e documental, produção de material gráfico e análise gráficotextual. A pesquisa bibliográfica visa a construir uma base teórica quanto ao tipo na arquitetura a partir das leituras indicadas pela coordenação da pesquisa, que servem para dotar todos os pesquisadores do mesmo vocabulário, além de resultar em um roteiro para análise. A pesquisa sobre a produção do escritório estudado tem como

13 13 base artigos, matérias e entrevistas disponibilizados em sites e revistas. A pesquisa documental é a coleta e a organização de dados encontrados em sites e publicações referentes aos objetos de estudo. A produção de material gráfico utiliza dos dados da pesquisa bibliográfica e documental para a construção de redesenhos bidimensionais e modelos tridimensionais que devem seguir os padrões determinados pela pesquisa. A análise gráfico-textual é subsidiada pela pesquisa bibliográfica e documental e pelos produtos do material gráfico. As análises foram produzidas a partir da aplicação de dois métodos: 1) método da observação, contemplando a implantação e o partido formal, os aspectos funcionais e a espacialidade (critérios elencados no Quadro 1); 2) método comparativo, em que foram verificadas as similaridades e especificidades entre os objetos de estudo. Nas considerações finais da análise comparativa foram tecidas as conclusões sobre o modo de projetar do escritório. Quadro 1: Roteiro para análise CASA (ANO) Pavilhão: arranjo linear Manipulação planos Pátio: arranjo centrado em ponto Semi-pátios Indefinição das margens CATEGORIA DE ANÁLISE PARTIDO FORMAL IMPLANTAÇÃO PARTIDO FORMAL Manipulação volumétrica Ponto Linha Composição subtrativa (compacto) Composição aditiva (decomposto) Centralizado Pátio/átrio Radial Espaços lineares (único) Sequência de espaços Absorção conteúdo monumental Leis do uso do solo Regular Irregular Diminuir impacto programa Integrar com espaço aberto Manifestar programa na volumetria Grelha Materializada Não materializada LUGAR Lote Curto/profundo Largo/estreito

14 14 Meio de quadra/esquina Topografia do terreno Visuais Orientação Solar Pressão edifícios entorno PROGRAMA Quanto às alas Quanto aos pavimentos Alas desconectadas Espaço contínuo Arranjo térreo Arranjo em níveis CATEGORIA DE ANÁLISE CONFIGURAÇÃO FUNCIONAL CONFIGURAÇÃO DAS ALAS POSIÇÃO DOS ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO LINHA CIRCULATÓRIA EIXOS DE ACESSO E CIRCULAÇÃO DO CONJUNTO Regular Irregular (banheiros, cozinhas...) Esquemas principais Quanto a posição no volume Parte contínua + compartimentada Continuidade espacial Circulações monumentalizadas No perímetro externo (transladar) Interpor Aceitar no interior (volume isolado) Em "suíte" Espacializada Sugerida Centralizada - "carga dupla" Periférica - "carga simples" Piso-base Planos horizontais Piso Piso-elevado Piso-rebaixado Cobertura CATEGORIA DE ANÁLISE ESPACIALIDADE CARACTERÍSTI- CAS COMPOSITIVAS Planos verticais Elementos lineares verticais (colunas) Plano vertical isolado Plano em "L" Planos paralelos Planos em "U" Quatro planos Variáveis Número de aberturas Tamanho Aberturas Disposição Nos planos Tipos Nos cantos Entre planos Planos paralelos fechados Tensão unidirecional

15 15 PERCURSOS NO ESPAÇO Posição e dimensão de portas Dimensões proporcionais dos ambientes Visuais Layout de mobiliário Aberturas na aresta do volume Excessiva distribuição de aberturas em um plano Estreito e comprido Quadrado Estreito e aberto em uma lateral Frontais ou paralelas Oblíquas ou na diagonal da planta Laterais e oblíquas (a partir do centro) Tensão na diagonal da planta Tensão multidirecional Unidirecional, sugere circulação Caráter estático Suscetível à subdivisão Percepção profundidade limitada CATEGORIA DE ANÁLISE ESPACIALIDADE RELAÇÕES ESPACIAIS DOS AMBIENTES COM SEUS ADJACENTES PASSAGEM DE UM ITINERÁRIO A OUTRO Categoria 01 Categoria 02 Uniformidade Dilatação Compressão Fonte: COSTA (2014): adaptado pelo autor Abertas Fechadas Dinâmicas Estáticas Alternânica física Alternânica visual Alternânica física Alternânica visual Grau de fechamento planos/ mudança altura forros ou sentido Cor e luz Grau de fechamento planos/ mudança altura forros ou sentido Cor e luz 3 REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS A fim de embasar teoricamente os pesquisadores envolvidos e possibilitar a análise dos objetos de estudo, a coordenação indicou as leituras que discutem o conceito de tipo na arquitetura e suas estratégias projetuais. Indicado como leitura obrigatória a todos, o texto "Ensaio sobre a razão compositiva" (páginas 45 a 56), de Edson da Cunha Mahfuz, discorre sobre o método tipológico ao expor o conceito de tipo, estrutura que possibilita uma variação formal infinita e que serve de regra para o modelo. É destacado o seu papel como ponto de partida de uma composição que vai além da pureza volumétrica, o que possibilita a concepção de uma arquitetura que se impõe como artefato cultural. Os demais textos, produzidos pelos autores Ana Elísia da Costa, Alfonso Corona Martinez, Célia Helena Castro Gonsales e Marcio Cotrim Cunha referem-se às seguintes categorias de análise: implantação e partido formal, aspectos funcionais

16 16 e espacialidade. Esta última categoria foi definida pela coordenação como tarefa individual e a sua compreensão se deu pela leitura de três textos: o primeiro, A casa e o movimento: em busca da tipologia espacial, escrito por Ana Elísia da Costa, diferencia a ordem tipológica tradicional da tipologia espacial, cuja assimilação em um objeto arquitetônico de estudo se dá além da geometria e através do movimento sugerido por um itinerário base que possibilita a análise dos espaços, das relações entre eles e de seus elementos de composição, o que resulta na identificação do caráter espacial. O segundo texto estudado, da mesma autora, Rino Levi e a espacialidade visual: narrativas de uma arquitetura, percorre duas residências produzidas nos anos 1950 por Levi aplicando os conceitos desenvolvidos em A casa e o movimento. O último, Entre o pátio e o átrio: três percursos na obra de Vilanova Artigas, de autoria de Marcio Cotrim Cunha e Abilio Guerra, percorre a arquitetura residencial de Vilanova Artigas para expor a variação em nível tipológico e espacial do pátio em átrio. Posterior às leituras, elaborou-se uma apresentação para o seminário que ocorreu na Faculdade de Arquitetura - UFRGS (Anexo 1), aonde houve a troca dos conceitos. Um resumo destas categorias (Anexo 2) foi disponibilizado pela coordenação da pesquisa para que este pudesse auxiliar a aplicação dos conceitos na construção das análises. 4 PESQUISA DOCUMENTAL E PRODUÇÃO DE MATERIAL GRÁFICO Nesta etapa são organizados os dados referentes aos objetos de estudo para a elaboração dos redesenhos bidimensionais e modelos tridimensionais. Os dados coletados, assim como os desenhos produzidos, foram formatados no padrão da pesquisa (Anexo 3) e armazenados na conta Dropbox da pesquisa, a qual todos envolvidos têm acesso. Dentro da extensa produção do escritório Bernardes e Jacobsen, quatro casas foram eleitas como objetos de estudo para este trabalho de estágio: Residência Zm, Itacaré, BA, 2005; Residência CT, Bragança Paulista, SP, 2008; Residência MDT, Fazenda Boa Vista, São Paulo, 2008; e Residência FB, Porto Feliz, SP, Para a elaboração dos redenhos e modelos tridimensionais foram pesquisados sites e

17 17 publicações que forneceram o material essencial para conclusão da etapa. A produção gráfica foi desenvolvida em paralelo à pesquisa documental e bibliográfica. A elaboração dos redesenhos bidimensionais resultou nas seguintes representações: implantação, plantas baixa, cortes e fachadas de todas as residências, apresentadas em pranchas padrão da pesquisa (Anexo 4). A produção de modelos tridimensionais foi realizada no software Google SketchUp. Quando finalizados, foram geradas imagens da implantação, 04 fachadas perspectivadas (frontal, posterior, lateral esquerda e lateral direita), 04 perspectivas isométricas dos cantos do terreno e 04 vistas do observador (hall, íntima, social e significativa), totalizando 13 imagens. As mesmas, também foram formatadas em pranchas padrão da pesquisa (Anexo 4). 5 ANÁLISES INDIVIDUAIS A pesquisa bibliográfica e documental e a produção de material gráfico instrumentalizaram a elaboração das análises gráfico-textuais. A partir do método de observação elaborou-se estudos preliminares para a compreensão dos objetos (Anexo 5) e posteriormente foram desenvolvidas as análises individuais, formatadas no padrão da pesquisa (Anexo 6). Abaixo, elas são apresentadas em ordem cronológica (Residência ZM, Itacaré, BA, 2005; Residência CT, Bragança Paulista, SP, 2008; Residência MDT, Fazenda Boa Vista, São Paulo, 2008; e Residência FB, Porto Feliz, SP, 2011) e segmentadas nas seguintes categorias: implantação e partido formal, aspectos funcionais e espacialidade. 5.1 RESIDÊNCIA ZM Implantação e partido formal A Casa ZM está localizada em Itacaré, zona litorânea ao sul de Salvador, num terreno de encosta de 889,16m2 e geometria irregular. Dois são os fatores que parecem ter sido determinantes na implantação da residência: a topografia, com mais

18 18 de 20 metros de diferença entre a cota mais alta a noroeste e a mais baixa a sudeste e a visual da praia. Nesta topografia íngreme, a casa foi colocada em um platô criado em cota intermediária, paralelamente à divisa noroeste, colocando-se como uma sentinela para o mar e como um suporte da encosta. (Figura 1) Figura 1: (a) Implantação; (b) Arranjo volumétrico. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, A composição volumétrica é formada por três blocos lineares que se interceptam. O Bloco 1 é um volume puro semienterrado, cujo fechamento em painéis de madeira denuncia seu caráter privativo. O Bloco 2 é posicionado na parte posterior do Bloco 1, configurando-se um segundo pavimento para ele. Como um mirante, desvela a paisagem litorânea, para a qual se abre através dos seus grandes planos envidraçados e cobertura inclinada. Já o Bloco 3, com menores dimensões, tangencia o Bloco 2. Estando semienterrado, este bloco toma forma pela maciça fachada-muro em pedra que também exerce papel de contenção do terreno. (Figura 1 e 2) Apesar dos volumes puros, é notável a intenção de romper limites entre interiorexterior através da linguagem planar, como se observa na cobertura do Bloco 2 e na fachada-muro que rompe os limites do Bloco 3 ao acompanhar o pátio de acesso e ao penetrar no corpo principal da casa. (Figura 2)

19 19 Figura 2: (a) Composição volumétrica e planar; (b) Muro que marca o eixo de acesso e penetra no corpo principal da casa. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: (a) (b) BAUMANN, Rafael, O conjunto é regido por modulações longitudinais. No Bloco 1, observa-se quatro módulos longitudinais que organizam as suítes. Apenas na terminação sudoeste da ala, no espaço correspondente ao banheiro da suíte do casal, a regularidade da modulação é rompida. O Bloco 2, por sua vez, é regido por três módulos longitudinais, sofrendo uma subtração também a sudoeste, onde a piscina penetra no espaço edificado. (Figura 3) Figura 3: Modulação (a) pavimento inferior e (b) pavimento superior. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, Configuração funcional O acesso à residência se dá pelo Bloco 1, que abriga o setor íntimo. No segundo pavimento, o Bloco 2 abriga o setor social e o serviço que lhe atende. Um

20 20 hall com pé direito duplo organiza os fluxos: conduz à ala íntima, no mesmo nível de ingresso, ou à escadaria de lance único que conecta ao setor social. A posição deste ambiente no conjunto é estratégica e confere autonomia de uso aos Blocos 1 e 2. O Bloco 3, de acesso autônomo e sem interligação com o restante da casa, abriga a lavanderia e um banheiro de serviço. O Bloco 1 (íntimo) e inferior é organizado em duas faixas atendidas por uma circulação espacializada e centralizada. A primeira, que corresponde a projeção do Bloco 2, abriga, além do hall uma sala de TV sob a escadaria e um depósito. Na segunda faixa, estão os quartos com os banheiros privativos. Estes elementos irregulares de composição estão interpostos àqueles regulares e são agrupados quando possível, denotando preocupação em concentrar os núcleos hidráulicos. A suíte do casal, situada na extremidade da ala, incorpora a circulação que é convertida em escada, uma vez que este cômodo está posicionado em um nível mais baixo. O grande banheiro disposto na periferia do bloco tem o mesmo comprimento do quarto e se abre para o spa sobre deck externo. (Figura 4) Figura 4: (a) Setorização pavimento inferior; (b) Circulações e elementos irregulares pavimento inferior. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, O Bloco 2 (social), ingressado pela escadaria, se apresenta como uma grande planta livre. Pelo layout, se observa que há um hiperdimensionamento das áreas de

21 21 circulação em detrimento das áreas de permanência, sendo a circulação principal sugerida na porção sudeste do ambiente, junto à grande abertura que dilata as dimensões da sala para o exterior. Este pavimento configura-se como mirante, parte contido numa caixa de vidro, parte aberto, sob o terraço configurado pela cobertura do Bloco 1. Ao final da ala, uma piscina se estende em direção ao mar. Lavabo, despensa e cozinha são agrupados e dispostos na extremidade noroeste da planta, num módulo semelhante ao da escada. (Figura 5) Figura 5: (a) Setorização pavimento superior; (b) Circulações e elementos irregulares pavimento superior. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, Espacialidade O muro de pedra que contém a encosta e veda o Bloco 3 demarca o encaminhamento de acesso à casa. Ao fundo, o revestimento com ripado de madeira do Bloco 1 se contrapõe ao grande plano envidraçado que atravessa os blocos 1 e 2 e que configura o hall de pé direito duplo onde ocorre o acesso à residência. A transparência desse hall não deixa muito espaço para imaginação, antes mesmo de entrar, o espaço interno já está completamente revelado, mostrando a escadaria que leva ao pavimento superior. (Figura 6)

22 22 Figura 6: (a) Planta guia; (b) O eixo que demarca o acesso; (c) O acessar. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: (a) e (c) BAUMANN, Rafael, 2015; (b) O hall de entrada é um espaço de estímulos multidirecionais horizontalmente, se antevê o corredor íntimo e a sala de TV vislumbrada entre os degraus da escala; verticalmente, o pé-direito duplo e a escada conduzem o olhar ao pavimento superior. Reafirmam os inúmeros estímulos visuais neste ambiente os diferentes graus de iluminação que incidem nos setores a escura circulação íntima, sem aberturas para o exterior, se opõe claramente à abundante entrada de luz natural no setor social, já vislumbrada desde o hall. (Figura 7) Figura 7: (a) Planta baixa guia; (b) Hall. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, 2015.

23 23 O pavimento superior, ou setor social, promove relações espaciais muito dinâmicas, condicionadas por vários agentes: a) os planos envidraçados que instigam a interação visual com a piscina a sudoeste, com a topografia ascendente a noroeste e com o litoral a sudeste; b) a cobertura ascendente que dilata verticalmente a visual em relação ao mar; c) o layout de mobiliário que funciona como uma barreira física na definição das circulações, mas que evita bloqueios visuais no ponto de vista do observador. Todos estes elementos provocam tensões multidirecionais e contribuem para a sensação de dilatação espacial horizontal (Figura 8) Figura 8: (a) Planta baixa guia; (b) e (c) O setor social; (d) Corte transversal para compreensão da cobertura. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: (a), (c) e (d) BAUMANN, Rafael, 2015; (b) Para adentrar no setor íntimo, atravessa-se uma espécie de pórtico que faz a transição entre o pé direito duplo do hall e o pé direito simples da circulação íntima. Assim, se passa de um ambiente amplo para outro de estímulos mais limitados, onde a sensação de compressão vertical vem acompanhada de uma de compressão horizontal, condicionada pela geometria estreita e comprida do corredor. Na porção central deste percurso, ao tangenciar a sala de tv, a experiência espacial é levemente dilatada, seguida de nova compressão. (Figura 9)

24 24 Figura 9: (a) Planta baixa guia; (b), (c) e (d) Circulação íntima. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: (a), (c) e (d) BAUMANN, Rafael, 2015; (b) Entre o corredor e os quartos, a passagem pelos pequenos halls dos banheiros privativos define nova compressão espacial. Com o ingresso nos quartos propriamente dito, revela-se uma ambiência potencialmente estática, derivada da sua geometria regular e da estreita porta-janela que se abre para o exterior. O caráter íntimo destes ambientes é reforçado pelos painéis em madeira que possibilitam o fechamento pleno em relação ao exterior. A suíte principal, ao final do corredor, está numa cota mais baixa que o resto do setor íntimo, o que provoca aumento do pé direito e uma dilatação visual vertical ao longo do percurso da escada de acesso. Ao ingressar no dormitório, a porta-janela, colocada na parede oposta do acesso, provoca uma tensão diagonal. (Figura 10)

25 25 Figura 10: (a) Planta baixa guia; (b) Quartos; (c) Suíte do casal. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, RESIDÊNCIA CT Implantação e partido formal A Residência CT, idealizada em 2008, está localizada em um condomínio fechado de casas de veraneio na cidade de Bragança Paulista. O lote em que a casa se situa é comprido, de geometria irregular e ocupa todo um dos lados do quarteirão. Estende-se de sudeste a noroeste entre duas esquinas e faz divisa com outras propriedades privadas apenas a sudoeste. A edificação é o resultado de um arranjo volumétrico formado por três prismas que são implantados em dois níveis diferentes e que configuram um partido em H. O terreno acidentado foi fator determinante na implantação da residência, que, posicionada na cota mais alta, a sudeste, possibilitou uma melhor exploração das visuais do entorno e livrou o restante do lote para receber os espaços abertos. O bloco paralelo à via principal serve de barreira visual através de sua extensa fachada-muro, sendo aqui tratado como Bloco 1. Paralelo a este, ocorre o Bloco 2 que é semienterrado e volta-se para a área de lazer. Assim, se organiza um dos dois platôs que acomodam a composição. Conformado entre o primeiro e o segundo bloco, no nível do piso de um e da cobertura do outro, este platô é responsável por abrigar o percurso de acessos à residência. O Bloco 3, perpendicular aos dois anteriores, é disposto mais próximo da divisa sudoeste, configurando outra barreira visual em

26 26 relação ao entorno. Com dois andares, o pavimento superior do Bloco 3 está implantado no nível do primeiro platô e o inferior, no nível do segundo platô. Este segundo platô abriga os espaços abertos de lazer e suas proporções são determinadas pelo alinhamento dos Blocos 2 e 3. (Figura 11) Figura 11: Implantação. Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, Desse modo, a partir da via principal, a edificação é térrea, mas, percorrendo a via lateral, observa-se o desnível e a configuração de um volume com dois pavimentos (Figura 12). Como já afirmado, o Bloco 1 serve de barreira visual, delimitando o espaço público e o privado. Seu maciço revestimento em pedra, sem nenhuma abertura para a rua, configura uma muralha que reforça ainda mais a pureza geométrica do prisma. Na sua parte interna, destaca-se as subtrações volumétricas que configuram as garagens (Figura 12a). O Bloco 1 se conecta ao Bloco 3 através de uma robusta laje que pode também ser interpretada como a peça resultante de uma subtração volumétrica que configura o pórtico entre os dois blocos. A imponência do Bloco 3 é potencializada pelo revestimento de madeira em todo andar superior, onde prevalece o cheio sobre os vazios, pelos pilares que o erguem do nível do solo e pelos painéis de vidro recuado de seus limites, que fazem o fechamento dos ambientes no nível dos pilotis. (Figura 12b)

27 27 Figura 12: (a) Fachada voltada à via de acesso, (b) fachada voltada à via lateral e (c) os volumes superiores conectados através de um plano. Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, O Bloco 2, paralelo ao Bloco 1, só pode ser notado em planta ou depois de acessar o conjunto. Completamente mimetizado à topografia, somente a sua face exposta para o platô de lazer é que denuncia sua existência. (Figura 13b) Figura 13: (a) O volume superior sustentado por pilotis e (b) a volumetria que se volta ao platô de lazer e as subtrações que configuram sacadas. Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: (a) BAUMANN, Rafael, 2015; (b) Configuração funcional O acesso à residência, tanto de veículos, quanto de pedestres, se dá na parte posterior do Bloco 1, junto ao primeiro platô, que por sua vez é acessado por uma pequena via interna. Nesse platô, especificamente sob o pórtico de acesso, é feita a articulação espacial e compositiva das alas da edificação. Este pórtico, ao mesmo tempo em que segrega as alas, cumpre a missão visual e funcional de conectá-las. (Figura 14 e 15). O Bloco 1 é estritamente de serviços, incluindo garagem, dependências de empregados e lavanderia. O Bloco 2 abriga outra parte dos serviços e a área de lazer.

28 28 No Bloco 3, se desenvolve a casa da família propriamente dita. (Figura 14 e 15) Aqui, o pavimento que está no nível de chegada é aquele que abriga o setor íntimo e no inferior estão as áreas sociais e a cozinha. Um hall, com pé direito duplo organiza o ingresso à casa, levando ao corredor que conduz à área íntima ou à escadaria de lance único que conecta o hall ao setor social. Figura 14: Setorização pavimento superior (a) e inferior (b). Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, Figura 15: Setorização em níveis. Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, O Bloco 1 se organiza a partir da garagem que é definida como uma extensão do pórtico de acesso. A partir dela, são observados dois núcleos conectados por um depósito-corredor estreito e comprido que se desenvolve na face externa do bloco. De um lado, está disposta a residência do caseiro, cujos ambientes se abrem para um pátio interno que os isola visualmente do restante da casa. Do outro, estão dispostas a lavanderia e um dormitório de serviço. (Figura 16)

29 29 No setor íntimo do Bloco 3, a circulação espacializada, já indicada pelo hall, torna-se periférica e voltada ao limite com o terreno vizinho, à sudoeste, com uma única abertura camuflada por brises, o que reforça o caráter privativo da ala. A disposição dessa circulação permite que os quartos tenham as sacadas voltadas para a área de lazer, a nordeste, estando estas segregadas pelos banheiros que são agrupados e interpostos entre os quartos. Essa estratégica deixa livre a extremidade longitudinal da ala que é ocupada pelo quarto da suíte e sua sacada, aberta a noroeste. O setor social, no pavimento inferior, configura-se como uma grande planta livre que dialoga visualmente com a área externa de lazer e com o recuo lateral. No seu extremo longitudinal, a varanda faz o papel de espaço de transição entre o interior e o exterior. (Figura 16) A conexão entre os Blocos 2 e 3 é demarcada por um jardim interno que corresponde ao hall do pavimento superior. A largura desse jardim define as duas faixas longitudinais que organizam o Bloco 2. Na faixa mais estreita, estão dispostos os elementos de composição irregulares, deixando livre e aberta para o exterior a faixa mais larga. Assim, de um lado, as duas alas perpendiculares formam um grande setor social que dialoga visualmente com o espaço de lazer externo onde dominam a piscina e o verde horizonte. Nestes ambientes, o layout de mobiliário sugere percursos lineares e periféricos. Do outro lado, na interface com o terreno cortado, a cozinha disposta no extremo longitudinal do Bloco 2 permite que haja um acesso independente ao setor de serviços e, na sequência, ao pequeno pátio que se liga ao pavimento superior por meio de uma escada externa. (Figura 16)

30 30 Fonte: BAUMANN, Rafael, Fonte: BAUMANN, Rafael, Fonte: BAUMANN, Rafael, Figura 16: Circulações e elemento irregulares no pavimento superior (a) e inferior (b). Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, Espacialidade O pórtico de acesso define um espaço de transição entre o interior e o exterior. Configura-se um espaço multidirecional que exige escolhas - se dirigir ao setor de serviços do Bloco 1 ou acessar o corpo principal da casa, através da enorme porta camuflada sob o revestimento amadeirado do Bloco 3. Transposta essa porta, a experiência sensorial é cheia de estímulos. Os diversos encaminhamentos possíveis a partir do hall - corredor para o setor íntimo e escada que permite antever o pavimento inferior -, junto com a abertura zenital, definem tensões multidirecionais. (Figura 17)

31 31 Figura 17: (a) Planta baixa guia; (b) e (c) Pórtico de acesso ao hall; (d) Hall. Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: (a), (b) e (d) BAUMANN, Rafael, 2015; (c) A trajetória descente que leva ao setor social transmite uma forte sensação de dilatação espacial graças ao jardim interno no pavimento inferior, ao pé direito duplo e às visuais da ala social que antecipam visualmente o espaço externo. No estar, a sequência rítmica dos pilares robustos revestidos em madeira confere ordem ao espaço. Já os três planos envidraçados multiplicam as visuais, observando que os painéis retráteis voltados para a área de lazer tornam indefinidos os limites entre interior e exterior. À sudoeste, um bloqueio opaco resulta em um momento mais estático por causa de pouca integração com o exterior. (Figura 18)

32 32 Figura 18: (a) Planta baixa guia; (b) e (c) Estar. Residência CT, 2008.Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: (a) e (b) BAUMANN, Rafael, 2015; (c) Do hall para o corredor íntimo, vivencia-se uma compressão espacial gradativa que é mediada pelo home theater que se abre francamente para o exterior através da sacada. Na circulação de acesso aos dormitórios, a compressão espacial se acentua e há um unidirecionamento sugerido pela geometria desse espaço, pelo fechamento parcial da janela a sudoeste por brises verticais e pela disposição rítmica das portas de acesso aos dormitórios. O ingresso nos quartos, de geometria regular, revela um espaço potencialmente estático, contudo, a grande abertura de acesso à sacada se impõe como ponto de interesse, tornando-o dinâmico e provocando uma nova dilatação espacial. (Figura 19)

33 33 Figura 19: (a) Planta baixa guia; (b) Sala home theater; (c) Circulação íntima; (d) Quarto. Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, RESIDÊNCIA MDT Implantação e Partido Formal Casa MDT está localizada no interior paulista e foi projetada como uma casa de campo, para atender as necessidades de um casal com dois filhos. Seu terreno, de grandes proporções (2460m²), possui geometria irregular e topografia íngreme, destacando em suas margens uma abundante vegetação. (Figura 20) As três alas da casa são implantadas radialmente, conforme o comportamento da topografia, configurando espaços abertos entre elas. Partindo da cota mais alta, à nordeste, duas alas assumem uma posição paralela em relação ao limite frontal do lote, mantendo entre si distintos recuos (Bloco 1 e 2). Perpendicular a estas, é implantada uma terceira ala (Bloco 3) que, por afrontar o desnível do terreno, possui dois pavimentos em parte de sua extensão. Um bloco conector articula horizontal e verticalmente as três alas em si, contudo, este não está claramente evidenciado na

34 34 composição volumétrica. Ao fim, a estratégia de implantação das alas sobre o terreno define três pátios independentes um de acesso e estacionamento, junto ao recuo frontal; um de lazer (a sudeste); e outro que serve como uma tímida extensão dos três setores (a noroeste). (Figura 20) Figura 20: a) Implantação; (b) e (c) Arranjo volumétrico. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, No tratamento dos volumes, o Bloco 1 se distingue dos demais, relevando uma maior hierarquia no conjunto. Seu tratamento sugere a junção de um plano frontal em pedra, onde está o acesso frontal, e de um plano de cobertura que se transforma em um pergolado que cobre a varanda a sudeste. No entanto, estes planos perdem expressão ao estarem justapostos horizontal e verticalmente com o bloco conector, revestido em madeira, havendo aí uma ambiguidade compositiva na identificação volumétrica das partes que compõem o conjunto (Figura 21). Nos Blocos 2 e 3, o revestimento em madeira das paredes e o predomínio dos cheios sobre os vazios confere unidade ao conjunto. O Bloco 3, ao estar apoiado numa plataforma de pedra recuada dos seus limites verticais, parece flutuar sobre o terreno. Além disso, o fechamento da sacada longitudinal com painéis móveis de madeira que mimetizam com o revestimento do próprio volume garante a integridade visual do prisma puro. (Figura 22)

35 35 Figura 21: (a) Planta baixa guia; (b) Tratamento planar do bloco 1. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, Figura 22: (a) Planta baixa guia; (b) Volumetria; (c) Manipulação planar. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: (a) BAUMANN, Rafael, 2015; (b) e (c) Configuração funcional Em correspondência com o arranjo formal, cada uma das alas assume um setor da casa: o Bloco 1 absorve o setor social; o Bloco 2, o setor de serviços; e o Bloco 3, o setor íntimo no seu pavimento térreo e a sala de crianças no seu pavimento inferior. Articula os três setores um hall-corredor, que assume o papel de centro organizacional da residência. Contudo, observa-se que este hall não dá autonomia de uso aos setores, visto que para acessar o setor íntimo e o de serviços é necessário transpor transversalmente o setor social.

36 36 O Bloco 1 (social) se configura como uma grande planta livre, cujo layout sugere uma circulação centralizada entre o estar e o jantar. Em contraposição, o Bloco 2 (serviços) se apresenta de maneira bastante compartimentada. O arranjo é organizado em faixas transversais, onde uma circulação centralizada conecta o recuo frontal ao pátio posterior, bem como segmenta dois núcleos, um formado pela cozinha/lavabo/despensa e outro pela lavanderia /dependências de empregados. Em cada um destes núcleos e obedecendo às faixas transversais já referidas, os elementos de composição irregulares são cuidadosamente agrupados. Uma circulação longitudinal e periférica na ala conecta os dois núcleos entre si e estes ao hall. O Bloco 3 (setor íntimo) se organiza em quatro faixas longitudinais: circulação periférica (a noroeste); banheiros e closets internalizados na planta; quartos e home theather modularmente dispostos; e, por fim, uma varanda que conecta os quartos entre si e os isola do contato imediato com o espaço externo. A única irregularidade neste arranjo está na suíte do casal na que, extremidade da ala, incorpora a circulação e translada o seu banheiro para a periferia do bloco. Também é relevante observar que o home theather assume o papel de espaço de transição entre os setores, quer pela sua abertura em relação ao hall-corredor, quer por estar numa cota de nível diferente dos quartos. (Figura 23) Figura 23: (a) Setorização pavimento superior; (b) Circulação e elementos irregulares pavimento superior. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, 2015.

37 Espacialidade O acesso à casa ocorre sem espaços de transição entre o exterior e o interior. Apenas a textura em madeira destaca visualmente a porta de acesso junto à extensão do plano de pedra frontal do Bloco 1 (Figura 24b). Adentrar a casa é ingressar diretamente no grande estar, sem mediação de um hall efetivo, pois percebe-se um continuun espacial sugerido pelo forro de madeira uniforme entre os dois ambientes. Apenas a extensão final do hall-corredor, com a porta para o exterior, e a incidência de uma iluminação zenital filtrada evidenciam que o hall-corredor se configura como um espaço de passagem, contraposto ao espaço de permanência do estar (Figura 24c). Iluminado, o hall dilata verticalmente o grande espaço, tensionando a horizontalidade da sala que, confinada entre dois planos paralelos, estende seu forro e piso ao exterior para configurar a varanda (Figura 24c) Figura 24: (a) Planta baixa guia, (b) o acessar e (c) o hall de entrada/circulação integrado ao setor social. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, Da grande sala ao setor íntimo, o percurso impõe a passagem por uma pequena extensão do hall-corredor que se especializa e, na sequência, pelo home theater. No home theater, a geometria do espaço, o pé direito mais alto em relação ao hall-corredor e a abertura para a varanda promovem uma nova dilatação espacial no percurso. (Figura 25b), Contudo, com o ingresso no corredor íntimo, é sugerida uma nova compressão espacial, decorrente de sua geometria estreita e comprida e da

38 38 passagem de nível, com redução de seu pé-direito. Essa compressão só é compensada através da grande abertura do corredor para o exterior que sugere uma dilatação horizontal no ambiente e configura uma tensão multidirecional - seguir e/ou olhar para o exterior (Figura 25c). Figura 25: (a) Planta baixa guia; (b) Sala home theater; (c) Circulação íntima. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, Do corredor dilatado ao interior dos três primeiros quartos, a experiência espacial envolve uma compressão espacial, decorrente da passagem pelo estreito hall do banheiro/closet, seguida de uma nova dilatação, decorrente da geometria do espaço e suas amplas aberturas para o exterior, mesmo que intermediada pela sacada e seus painéis de madeira. (Figura 26b). Já no dormitório disposto no final da circulação, a abertura à varanda é completamente compreendida no ato de adentrar e o percurso até ela ao longo do extenso comprimento desse ambiente gera uma sensação de dilatação horizontal. (Figura 26c)

39 39 Figura 26: (a) Planta baixa guia, (b) Quarto; (c) Suíte do casal. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, RESIDÊNCIA FB Implantação e partido formal A Residência FB, localizada em um condomínio fechado na cidade de Bragança Paulista, foi concebida em 2011 com o intuito de afastar a família do grande centro urbano de São Paulo nos finais de semana. A casa ocupa um terreno amplo, de geometria irregular e topografia acidentada, delimitado por duas testadas (norte e sul). O seu entorno encontra-se consolidado, destacando edificações relativamente próximas a oeste. A proposta materializou-se através de um partido decomposto em "L", com dois volumes independentes interligados por um plano. Os volumes ocupam os extremos oeste e sul do terreno, configurando um grande jardim internalizado. Os eixos de implantação correspondem às cotas de nível mais altas do terreno, potencializando as relações com o entorno e o uso racional da topografia e da insolação a leste e norte. Assim, a edificação é térrea a partir da via principal e possui dois pavimentos a partir da via secundária. Junto à primeira, o próprio volume térreo configura uma barreira visual e, no interior do lote, o volume maciço onde é implantada a piscina, bem como a vegetação abundante, bloqueiam a visual de quem passa pela via secundária. (Figura 27)

40 40 Figura 27: Implantação. Residência FB, Bernardes e Jacobsen Fonte: BAUMANN, Rafael, O arranjo volumétrico sugerido em planta é tratado de modo planar, mascarando visualmente os dois volumes a partir da via principal. Neste contexto, destacam-se: a) as paredes frontais a leste que se prolongam além dos limites do volume e que se desconectam da cobertura; b) o extenso plano rebaixado que liga os dois volumes; c) as lajes de cobertura e seus longos beirais e varandas. (Figura 28) A partir da via secundária, o tratamento volumétrico é mais evidente, apesar dos grandes beirais da laje de cobertura. Reforça o tratamento aditivo do conjunto o fechamento vertical envidraçado da ala social e o uso de painéis de madeira no fechamento da área íntima. Assim, percebe-se uma hibridização do partido volumétrico e planar, este último utilizado de forma dialética, ora integrando, ora isolando a casa de seu contexto. (Figura 28)

41 41 Figura 28: (a) Volumetria a partir da via principal; (b) Volumetria a partir da via secundária; (c) Arranjo formal em relação ao terreno; (d) Corte transversal. Residência FB, 2011 Fonte: BAUMANN, Rafael, Configuração funcional O plano que une os dois volumes tem papel fundamental nesse projeto. Como pérgola, na parte externa, define o acesso social; ao penetrar no corpus da edificação transforma-se em hall e em seguida em jardim interno. Assim, esse núcleo articulador compositivo e funcional é fundamental para tornar as alas independentes entre si, bem como conectá-las. (Figura 29) O setor íntimo ocupa o volume paralelo à via de acesso e está distribuído em dois pavimentos, com os dormitórios da família ocupando o pavimento térreo e os dos hóspedes, o pavimento inferior. Na ala perpendicular à via, estão instalados o setor social, concentrado no pavimento superior, e o setor de serviço, que está distribuído entre os dois pavimentos. (Figura 29)

42 42 Figura 29: Setorização pavimento superior (a) e inferior (b). Residência FB, Bernardes e Jacobsen Fonte: BAUMANN, Rafael, Na ala íntima, a circulação horizontal em ambos os níveis é periférica a sul, liberando a fachada norte para a disposição dos quartos, banheiros e home theater. A conexão entre os andares é feita através de uma escada disposta no extremo oeste da ala, junto ao hall, o que condiciona os longos deslocamentos horizontais. (Figura 30) Quanto à disposição dos elementos de composição, percebe-se que nos dois pavimentos foi utilizada a mesma estratégia, ou seja, aqueles de caráter irregular foram agrupados e interpostos entre aqueles regulares. Apenas o banheiro da suíte do casal é disposto na periferia sul da ala, revelando pouca preocupação em concentrar os núcleos hidráulicos. (Figura 30) Na ala social e de serviços, observa-se que a cozinha, a despensa e o lavabo estão agrupados no extremo sul da ala, numa posição mais próxima à rua. Esta estratégia permite que se tenha um acesso de serviços independente, bem como libera o restante da ala para configurar uma planta livre em que é disposto o grande estar em um nível, o jantar, que se comunica diretamente com a cozinha e o hall; em outro, a sala da lareira, a varanda coberta, e, ao final do percurso, uma área de estar/lazer aberta que se comunica com a piscina. O trajeto é sugerido pelo mobiliário, ocorrendo na periferia da ala. (Figura 31)

43 43 Figura 30: Circulações e elementos irregulares pavimento superior (a) e inferior (b). Residência FB, Bernardes e Jacobsen Fonte: BAUMANN, Rafael, O andar inferior é semienterrado e está completamente dedicado a servir de apoio para a residência. O acesso a ele se dá a partir da cozinha e só pode ser realizado pelo exterior da edificação, através de uma longa escada de lance único que chega a um corredor avarandado responsável por toda a circulação, ventilação e iluminação entre os ambientes de serviços depósito e lavanderia e a casa do caseiro. (Figura 30 e 31) Figura 31: Volume com pavimentos autônomos entre si, em corte e pavimento inferior em planta baixa. Residência FB, Bernardes e Jacobsen Fonte: BAUMANN, Rafael, Espacialidade O acesso da residência é demarcado por um porticado, em que também é possível a passagem de veículos. Este espaço promove uma leve compressão

44 44 espacial e, pelas aberturas que ladeiam a grande porta de madeira, revela o hall a ser adentrado. A cobertura do pórtico se prolonga no hall, dando um sentido de continuum horizontal entre o interior e exterior. O tratamento deste hall com jardins, bem como as visuais que promove do pátio da piscina, revelam ainda um espaço de transição entre o dentro e o fora. Por estar ali disposta a escada e as portas de acesso à ala íntima e ao setor social, tem-se uma tensão multidirecional, sugerindo diversos caminhos a seguir. (Figura 32) Figura 32: (a) Planta baixa guia; (b), (c) e (d) O acesso demarcado pela pérgola e a sua extensão, no interior do hall de entrada. Residência FB, Bernardes e Jacobsen Fonte: (a), (b) e (c) BAUMANN, Rafael, 2015; (d) O ingresso na ala social se dá pelo jantar que possui o mesmo pé direito do hall e planos laterais opacos. É ainda um espaço comprimido e que faz a transição, como mirante, para o grande estar, que se desenvolve num nível inferior. A passagem do jantar para o estar promove uma maior dilatação espacial favorecida pelo pé direito mais alto e pelas superfícies envidraçadas a leste e norte, que ampliam o estar para o exterior e multiplicam as visuais. Unificam o jantar e o estar um plano de pedra a oeste que não toca na laje de cobertura. Assim, apesar de integrados, estes ambientes

45 45 possuem espacialidades distintas que vão sendo gradativamente reveladas no percurso. (Figura 33) Figura 33: (a) Planta baixa guia; (b) O setor social com a sala de jantar elevada; (b) O percurso sugerido pelo mobiliário com a presença do exterior. Residência FB, Bernardes e Jacobsen Fonte: BAUMANN, Rafael, A circulação que leva aos dormitórios da família tem pé direito elevado em relação ao do hall e sugere um unidirecionamento causado, em parte pela sua geometria, em parte pelos planos verticais opacos. Este efeito é reforçado pela entrada de luz através das janelas em fita de peitoril alto e pela abertura zenital (Figura 34b). As portas dispostas ritmicamente ao longo do corredor levam aos dormitórios. Nestes ambientes, o ingresso no pequeno hall do banheiro, promove uma suave compressão espacial que, em seguida, é dilatada ao se ingressar no quarto propriamente dito. Na geometria regular dos quartos, a grande abertura para as sacadas privativas se estabelece como ponto focal de interesse, promovendo uma tensão unidirecional. As sacadas, apesar de promoverem relações dinâmicas entre interior e exterior, configuram-se como um espaço de transição protegido por venezianas de madeira que garantem a intimidade dos quartos em relação ao exterior. (Figura 34c)

46 46 Figura 34: (a) Planta baixa guia; (b) Circulação íntima; (c) Quarto. Residência FB, Bernardes e Jacobsen Fonte: BAUMANN, Rafael, ANÁLISE COMPARATIVA Nesta análise são apresentadas as similaridades e as especificidades entre os objetos de estudo. No item 6.4 estão tecidas as conclusões sobre o modo de projetar do escritório. 6.1 IMPLANTAÇÃO E PARTIDO FORMAL As quatro casas analisadas são de uso eventual e estão localizadas em cidades interioranas, em condomínios fechados e/ou em lugares de paisagem peculiar, como campo e praia. As características topográficas e geométricas dos terrenos íngremes, irregulares e de grandes dimensões - em que estas residências estão implantadas parecem ter sido determinantes na concepção de seus partidos formais, o que pode ser demonstrado através de: a) implantação das casas nas cotas mais altas do terreno, garantindo a exploração das visuais para o entorno e/ou para os espaços abertos configurados no interior dos lotes; b) adoção de partidos decompostos, com

47 47 alas lineares, que exploram as grandes dimensões e a geometria irregular do lote; c) acomodação das alas na topografia, gerando arranjos em níveis. (Figuras 35 e 36) Figura 35: Implantação e arranjo volumétrico. (a) Residência ZM, 2005; (b) Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, Figura 36: Implantação e arranjo volumétrico. (c) Residência MDT, 2008; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, As composições volumétricas adotadas são, na maioria das vezes, organizadas por alas lineares e perpendiculares entre si. Recorrentemente, uma ala é posicionada paralelamente à via de acesso e sua fachada principal é tratada de modo hermético,

48 48 sem aberturas, buscando garantir a privacidade doméstica, O desejo de isolamento frente ao entorno também é evidenciado pela posição dos pátios sociais que, internalizados, se isolam das visuais de quem passa pelas vias. Esta estratégia é ainda reforçada pela disposição da vegetação na periferia do lote (Figuras 35, 36 e 37) Figura 37: Fachadas-muro. (a) Residência CT, 2008; (b) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, O arranjo volumétrico sugerido em planta é tensionado por alguns elementos de arquitetura que assumem uma linguagem planar. Destacam-se os planos-muros que isolam as casas das ruas (Figura 37) e os planos de cobertura que interligam os volumes independentes, bem como configuram pórticos de acesso ou varandas que garantem a exploração das visuais. (Figura 38) Figura 38: Volumes e elementos de arquitetura com linguagem planar. (a) Residência ZM, 2005.; (b) Residência CT, ; (c) Residência MDT, ; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, O tratamento das alas é constante e garante a legibilidade dos setores: a ala social é sempre envidraçada, o que tensiona o limite entre interior e exterior; a ala íntima é mais vedada, frequentemente misturando superfícies envidraçadas com elementos de vedação semipermeáveis, como treliças de madeira, indicando o seu

49 49 caráter introspectivo. As alas de serviço também são tratadas com opacidade (CT e MDT) ou mimetizados ao terreno (ZM e FB). (Figura 39) Figura 39: Arranjos volumétricos e tratamentos das fachadas. (a) e (e) Residência ZM, 2005.; (b) e (f) Residência CT, 2008.; (c) e (g) Residência MDT, 2008.; (d) e (h) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: (a), (b), (c) e (d) (e), (f), (g) e (h) BAUMANN, Rafael, CONFIGURAÇÃO FUNCIONAL Em todos os casos, o hall social conecta as alas independentes. Assim, este núcleo organiza as circulações e permite acesso seletivo a todos os setores. (Figura 40)

50 50 Figura 40: Setorização e circulação. (a) Residência ZM, 2005.; (b) Residência CT, 2008.; (c) Residência MDT, 2008.; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, O setor íntimo, sempre disposto no pavimento do hall de entrada, é geralmente arranjado em três faixas longitudinais: 1) circulação periférica; 2) sala íntima e suítes, modularmente dispostas; 3) sacadas. Nesta ala, é notável que a suíte principal ocupa a terminação longitudinal da ala, ampliando suas dimensões ao incorporar para si a faixa correspondente à circulação. (Figura 41) Figura 41: Setor íntimo organizado em faixas. Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, A disposição dos banheiros das suítes de solteiros não obedece a um regramento constante, podendo estar agrupados e inseridos entre os quartos (ZM, CT e FB) ou internalizados entre o corredor e os quartos (MDT) (Figura 42). Nas suítes de casal, a disposição dos banheiros é tensionada pelo desejo de explorar as

51 51 melhores visuais. Se estas ocorrem longitudinalmente na ala, os banheiros são inseridos no extremo transversal da ala (ZM e MDT); se transversalmente, os banheiros são deslocados, abrindo espaço para as sacadas ocuparem a terminação da ala (CT e FB). Figura 42: Setor íntimo - banheiros e sacadas (a) Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura; (b) Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, O setor social é configurado como uma grande planta livre, onde o layout do mobiliário sugere as circulações sempre longitudinais em relação à geometria do ambiente, podendo estas ser periféricas (ZM, CT e FB), explorando as visuais, ou centralizadas (MDT). (Figura 43). Em contraposição, o setor de serviço é compartimentado e sempre dotado de acesso independente, efetivado pelo exterior. Figura 43: Setor social - circulação (a) Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura; (b) Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, ESPACIALIDADE Os halls das casas analisadas são ambientes que promovem tensões multidirecionais, resultantes da excessiva disposição de aberturas para o exterior, portas internas, escadas e passagens que encaminham aos setores. Estas tensões são também enfatizadas pelos jardins internalizados que fazem transições entre o

52 52 dentro e o fora (FBe CT) e pelos efeitos de dilatação vertical promovidos através de pé-direito duplo (ZM e CT) e aberturas zenitais (CT e MDT). (Figura 44) Figura 44: Hall. (a) Residência ZM, 2005.; (b) Residência CT, Arquitetura; (c) Residência MDT, 2008; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, No setor social, as salas costumam ser espaços que promovem relações visuais abertas e dinâmicas, quer pela grande planta livre, quer pela disposição do mobiliário, quer pelas grandes superfícies envidraçadas que dilatam o espaço para o exterior. Nas salas das casas ZM e CT, o envidraçamento de três dos seus planos verticais define múltiplos pontos focais e tensões multidirecionais. Estas são mais intensas do que na casa FB, onde a perspectiva externa se revela apenas na aresta do ambiente, através da transparência de um plano transversal e de parte de um plano longitudinal. A sala da casa MDT é a que apresenta menor grau de relação com o espaço aberto, uma vez que possui um único plano envidraçado. Porém, este é confinado entre dois planos verticais paralelos e entre os planos de piso e forro que se estendem ao exterior, posicionando-o como ponto focal. O percurso sugerido pelo layout do mobiliário coopera ao direcionar o corpo e o olhar ao exterior. (Figura 45)

53 53 Figura 45: Sala. (a) Residência ZM, 2005; (b) Residência CT, Arquitetura; (c) Residência MDT, 2008; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, Nas circulações íntimas, de geometria comprida e estreita, é sugerida uma tensão unidirecional. Porém, há duas variáveis que influenciam na espacialidade destes ambientes: as diferentes dimensões e posições das janelas, o que gera diferentes graus de relação com o exterior; e a variação de altura do pé direito em relação aos demais ambientes das casas. No primeiro caso, destaca-se que as grandes aberturas dos corredores das casas CT e MDT tensionam visualmente a experiência espacial, sugerindo um percurso a ser seguido pelo corpo e outro pelos olhos, estabelecendo assim uma tensão multidirecional. No segundo caso, é notável as diferentes estratégias projetuais que proporcionam uma compressão vertical quando as circulações íntimas das casas MDT e ZM são acessadas: na primeira, esta sensação é proveniente da elevação do nível do piso em relação à sala de home theater, enquanto na segunda ela é causada pelo abandono do hall de pé direito duplo e acesso à circulação íntima de pé direito simples. O pé direito desta circulação nas casas CT e FB é de pouca influência na experiência espacial, pois se apresenta com altura equivalente à do hall (CT) ou levemente mais alta (FB). (Figura 46)

54 54 Figura 46: Circulação íntima. (a) Residência ZM, 2005; (b) Residência CT, 2008; (c) Residência MDT, 2008; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, Os quartos são frequentemente acessados por um pequeno hall, cuja geometria promove uma leve compressão espacial no percurso. Transposto este hall, os quartos revelam uma espacialidade estática, tensionada pelos grandes planos de vidro que encaminham às sacadas e ao espaço aberto. Mesmo assim, configura-se um espaço com tensão unidirecional, onde os planos envidraçados funcionam como pontos focais. (Figura 47) Figura 47: Quarto. (a) Residência ZM, 2005; (b) Residência CT, Arquitetura; (c) Residência MDT, 2008; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, 2015.

55 CONSIDERAÇÕES FINAIS A recorrência de terrenos amplos e de topografias íngremes, faz com que os projetos busquem a integração entre interior e exterior. Este ideal é principalmente evidenciado através das seguintes estratégias: a) as implantações tiram partido das topografias íngremes dos terrenos, estando as alas posicionadas nas cotas mais altas e voltadas para as visuais de interesse; b) os arranjos de alas lineares isoladas favorecem a configuração de pátios no interior do lote e a abertura dos ambientes para os mesmos; c) a manipulação planar favorece a indefinição de margens dos edifícios, configurando espaços de transição entre o interior e o exterior, como as varandas; d) o tratamento dos volumes com grandes superfícies envidraçadas dilatam os espaços internos para o exterior. A organização do extenso programa de necessidades se dá em alas independentes conectadas a um núcleo central. É recorrente a resolução dos setores que estas alas abrigam: o setor íntimo se apresenta modulado pela repetição das suítes de solteiros, estando a suíte principal disposta no perímetro da ala; o setor social se apresenta como grande planta livre e o setor de serviços assume uma configuração compartimentada. Porém, é no núcleo central que reside a maior experimentação projetual do escritório. Conectando as alas independentes, esses espaços assumem alturas simples ou duplas, proporções bidimensionais equilibradas (ZM, CT e FB) ou com comprimento maior que sua largura (MDT). (Figura 48) Figura 48: Corte hall de entrada (a) Residência ZM, 2005; (b) Residência CT, Planta baixa hall de entrada (c) Residência MDT, Jacobsen Arquitetura; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, Por fim, a espacialidade é condicionada principalmente pela intensidade com a qual os ambientes se relacionam com o espaço aberto. Recorrentemente, os

56 56 setores sociais possuem grandes planos envidraçados que se voltam ao exterior, definindo assim espaços com múltiplos pontos focais de interesse e, portanto, espaços com tensões multidirecionais. Das salas para os quartos, a passagem pelos corredores íntimos não revela um padrão constante. Mesmo que sempre estreitos e compridos, estes ambientes estabelecem diferentes graus de abertura para o exterior, condicionando assim diferentes espacialidades. Nos quartos de todos os casos estudados, a geometria estática revela uma tensão unidirecional que tem como ponto focal as aberturas para o exterior e as sacadas.

57 57 7 CONCLUSÃO A elaboração deste trabalho de estágio - inserido em um projeto de pesquisa - possibilitou a compreensão dos métodos e procedimentos que a estruturam, sendo notável neste caso específico a ampliação do olhar crítico quanto ao processo projetual. A pesquisa bibliográfica e documental ampliou os conhecimentos teóricos relativos à arquitetura, porém, a apreensão dos conceitos e definições se deu principalmente na aplicação destes sobre os objetos de estudo, ao longo das análises individuais e comparativa. A elaboração de material gráfico, anterior às análises, colaborou para o entendimento das residências selecionadas. Logo, o conhecimento também foi construído ao longo do desenvolvimento dos redesenhos e modelos tridimensionais. O estudo, limitado ao escritório Bernardes e Jacobsen Arquitetura, proporcionou a compreensão de sua produção residencial, principalmente entre 2005 e É notável a relevância de se compreender as regras e as especificidades no modo de projetar, o que direciona o olhar à nossa própria produção, mesmo que de caráter acadêmico. Destaca-se o enriquecimento do vocabulário projetual arquitetônico e o desenvolvimento do olhar crítico frente às produções: este trabalho possibilitou o conhecimento e o entendimento das estratégias de projeto, que poderão ser utilizadas na construção de meu acervo profissional. Por fim, subsidiar a pesquisa A Casa Contemporânea Brasileira a partir de um estudo parcial despertou o interesse de acompanhar as conclusões que serão obtidas do cruzamento de dados parciais, que, provavelmente, ilustrarão o modo de projetar da habitação contemporânea brasileira.

58 58 REFERÊNCIAS CHING, F. D. K. Arquitectura: forma, espacio y orden. México: Gustavo Gili, COSTA, A. E. O Gosto pelo Sutil: confluências entre as casas-pátio de Daniele Calabi e Rino Levi. Porto Alegre: UFRGS, 2011 (Tese de Doutorado). COTRIM, Marcio; GUERRA, Abilio. Entre o pátio e o átrio. Três percursos na obra de Vilanova Artigas. Arquitextos (São Paulo), v. 150, p. 00, MAHFUZ, Edson da Cunha. Ensaio sobre a razão compositiva. Viçosa: UFV; Belo Horizonte: AP Cultural, MARTINEZ, Alfonso Corona. Ensaio sobre o projeto. Brasília: UNB, 2000.

59 ANEXO 1

60 seminário 02 discussão de conceitos espacialidade A casa e o movimento: em busca da tipologia espacial Ana Elísia da Costa Entre o pátio e o átrio: três percursos na obra de Villanova Artigas Marcio Cotrim Cunha e Abilio Guerra Rino Levi e a espacialidade virtual: narrativas de uma arquitetura Ana Elísia da Costa Acadêmico: Rafael Susin Baumann Orientador: Cristina Piccoli Supervisor: Ana Elísia da Costa Local do estágio: Faculdade de Arquitetura UFRGS 2015/04

61 seminário 02 discussão de conceitos espacialidade A casa e o movimento: em busca da tipologia espacial Ana Elísia da Costa Entre o pátio e o átrio: três percursos na obra de Villanova Artigas Marcio Cotrim Cunha e Abilio Guerra Rino Levi e a espacialidade virtual: narrativas de uma arquitetura Ana Elísia da Costa

62 1 CARÁTER ARQUITETÔNICO Parcialmente compreendido da espacialidade dos ambientes; ana elísia da costa a casa e o movimento ESPACIALIDADE EXPERIÊNCIA CONCRETA (MOVIMENTO) SIGNIFICADO TRANSCEDER GEOMETRIA DOS ESPAÇOS 2 PROCEDIMENTO = Arranjos tipológicos espacialidade ou espacialidade. = = Arranjos tipológicos espacialidade ou espacialidade. A análise se dá além do arranjo tipológico compreendido em 2D, relevando a tensão vivenciada nas sequências espaciais; MOVIMENTO centros uma sala e um pátio podem assumir um mesmo papel espacial categoria tipológica tradicional ex: casa pátio tipologia espacial espaço internos - características e relações + relação com a ideia de centro

63 ana elísia da costa a casa e o movimento 3 ITINERÁRIO - "...lugares da casa se transformaram em temas espaciais..." a. o acessar b. o adentrar c. o acolher d. o deslocar-se e. separar-se f. recolher-se Planta baixa superior e imagens 3D referentes à Residência FB (Bernardes Jacobsen Arquitetura, 2011). Abaixo, percurso em destaque. c b a d f

64 4 ROTEIRO - CARACTERÍSTICAS COMPOSITIVAS - Elementos de arquitetura Apresentam-se por elementos de arquitetura que acabam por indicar a geometria do espaço e o grau de isolamento/integração entre ambientes com espaços adjacentes (internos e externos); PLANOS HORIZONTAIS - pisos e forros; Piso - piso-base piso-elevado piso-rebaixado Cobertura - relevante para definição espacial pois articula e determina volumes dentro do espaço, modifica a proporção de um ambiente e permite a entrada de luz e ventilação natural. ana elísia da costa a casa e o movimento Piso elevado em área social da Residência Fb (Bernardes Jacobsen Arquitetura, 2008). A elevação configura a sala de jantar, posicionando-a acima dos demais ambientes de caráter social.

65 4 ROTEIRO - CARACTERÍSTICAS COMPOSITIVAS - Elementos de arquitetura PLANOS VERTICAIS - fundamentais na definição da relação entre ambientes externos e internos; elementos lineares verticais (colunas); plano vertical isolado; planos em "L" ; planos paralelos; planos em"u" ; quatro planos; ana elísia da costa a casa e o movimento Sistema Dom-ino, de Le Corbusier - configuração da fachada livre; Fonte: Quarto da Residência Fb (Bernardes Jacobsen Arquitetura, 2008) definido por quatro planos.

66 4 ROTEIRO - CARACTERÍSTICAS COMPOSITIVAS - Elementos de arquitetura ABERTURAS - correspondem às portas e janelas que comunicam os ambientes. A continuidade espacial é resposta a três variáveis número de aberturas; tamanho; disposição; Quanto aos principais tipos: nos planos; nos cantos (junto às arestas dos volumes); entre planos (horizontalmente ou verticalmente), também podendo ocupar toda a superfície; ana elísia da costa a casa e o movimento

67 4 ROTEIRO - DOS PERCURSOS SUGERIDOS NO ESPAÇO ana elísia da costa a casa e o movimento POSIÇÃO E DIMENSÃO DE PORTAS - determinam os eixos dos percursos internos e condicionam o direcionamento - auxílio da luz na sugestão de percursos; ambientes com planos paralelos fechados - luz em dois extremos - tensão unidirecional; ambientes com aberturas dispostas na aresta do volume - tensão na diagonal da planta; ambientes com excessiva distribuição de aberturas em um de seus planos - tensão multidirecional; Circulação íntima da Residência Fb (Bernardes Jacobsen Arquitetura, 2008) com tensão multidirecional, sugerida pelas aberturas entre planos (verticais e vertical-horizontal), sendo portas, janelas ou zenitais. A luz apresenta-se como fator ratificador do caráter do percurso.

68 4 ROTEIRO - DOS PERCURSOS SUGERIDOS NO ESPAÇO ana elísia da costa a casa e o movimento DIMENSÕES PROPORCIONAIS DOS AMBIENTES - condicionam aspecto direcional e definição de caráter quanto a estática e ao movimento; ambiente estreito e comprido - caráter unidirecional, sugerindo circulação; ambiente quadrado - caráter estático (possível estar); ambiente estreito e aberto em uma de suas laterais - suscetível à subdivisão em diferentes zonas; Circulação íntima da Residência Fb (Bernardes Jacobsen Arquitetura, 2008). Quanto às dimensões, o caráter é unidirecional, sugerindo a circulação.

69 4 ROTEIRO - DOS PERCURSOS SUGERIDOS NO ESPAÇO ana elísia da costa a casa e o movimento VISUAIS - registram a percepção geral dos ambientes e de seus espaços adjacentes. Há a antecipação visual dos espaços sequenciais. frontais ou paralelas à geometria do espaço (percepção de profundidade limitada); oblíquas ou na diagonal das plantas; laterais e oblíquas a partir do centro do espaço; frontal/ paralela oblíqua/ diagonal da planta laterais/ oblíqua centro do espaço Hall de acesso da Residência Fb (Bernardes Jacobsen Arquitetura, 2008) em vista frontal, com perda da noção da profundidade do ambiente. Na vista do observador ao acessar o quarto obtêm-se uma vista oblíqua, na diagonal da planta.

70 4 ROTEIRO - DOS PERCURSOS SUGERIDOS NO ESPAÇO LAYOUT DE MOBILIÁRIO - define eixos de cirulação e áreas de uso; ana elísia da costa a casa e o movimento leitura em 2D - mobiliário como barreiras físicas e eixos de circulação como passagens; leitura em 3D - mobiliário como possível obstáculo visual; Área social da Residência Fb (Bernardes Jacobsen Arquitetura, 2008). Em 3D, é possível a identificação de mobiliário que apresenta-se como obstáculo visual, isolando parcialmente a participação do jantar em relação aos demais ambientes de caráter social. Recorte em planta baixa do pavimento inferior da Residência Fb (Bernardes Jacobsen Arquitetura, 2008). O mobiliário auxilia na definição do eixo de circulação e na configuração das áreas de uso.

71 ana elísia da costa a casa e o movimento 4 ROTEIRO - DAS CARACTERÍSTICAS DAS RELAÇÕES ESPACIAIS DOS AMBIENTES COM OS SEUS ADJACENTES A descrição das características das sequências espaciais dos ambientes com seus adjacentes procura destacar o grau de interação ou segregação entre eles (MEISS, 1998; CORNOLDI, 1994). relações fechadas - acesso por única porta / vida privada / isolada; relações abertas - ausência de portas / riqueza em interações; relações estáticas - espaços organizados por conexão única, normalmente por eixo simétrico; relações dinâmicas - relações espaciais provocam tensões entre áreas principais e marginais e são favorecidas pela assimetria (geometria aditiva também promove múltiplos centros) - em vermelho, ao lado; Quarto da Residência Fb (Bernardes Jacobsen Arquitetura, 2008).Espaço isolado, de poucas interações.

72 Hall da Residência Fb (Bernardes Jacobsen Arquitetura, 2008) dotado da recorrente compressão em ambientes dessa natureza. O grau de fechamento de planos verticais, no caso, do paralelo à face de acesso, que dotado de transparência permite a visibilidade ao ambiente externo (récem abandonado pela transição realizada ao adentrar), auxilia na compressão ao prever um possível retorno ao espaço livre de plano vertical superior. 4 ROTEIRO - DAS CARACTERÍTICAS DA PASSAGEM DE UM ITINERÁRIO A OUTRO Destaca-se os seguintes efeitos: uniformidade; dilatação; compressão espacial; a dilatação e compresão se dão por alternância física ou virtual: ana elísia da costa a casa e o movimento alternância física - grau de fechamento dos planos verticais; mudanças na altura dos ambientes ou no sentido dos forros; alternância virtual - cor e luz; HORIZONTAL

73 ana elísia da costa a casa e o movimento 4 ROTEIRO - DAS CARACTERÍTICAS DA PASSAGEM DE UM ITINERÁRIO A OUTRO Destaca-se os seguintes efeitos: uniformidade; dilatação; compressão espacial; a dilatação e compresão se dão por alternância física ou virtual: alternância física - grau de fechamento dos planos verticais; mudanças na altura dos ambientes ou no sentido dos forros; alternância virtual - cor e luz; Circulação vertical entre pavimentos da Residência Fb (Bernardes Jacobsen Arquitetura, 2008). A imagem 3D, com o observador em patamar da escada sugere dilatação vertical em direção ao hall de entrada, ainda contemplado pelo baixo grau de fechamento de plano vertical imediato. VERTICAL

74 "Mies van der Rohe utilizará de várias estratégias. Uma será a exploração da reflexão da luz para obter pisos e tetos com idêntica intensidade luminosa, tal como se pode observar no Pavilhão de Barcelona. Os distintos materiais de piso e teto permitem a obtenção de uma tonalidade equivalente, um equilíbrio ótico - realçado nas fotos preto e branco..." ÁBALOS, Iñaki. A boa-vida - Visita guiada às casas da modernidade. Barcelona: Gustavo Gili, ana elísia da costa a casa e o movimento 4 ROTEIRO - DAS CARACTERÍTICAS DA PASSAGEM DE UM ITINERÁRIO A OUTRO Destaca-se os seguintes efeitos: uniformidade; dilatação; compressão espacial; a dilatação e compresão se dão por alternância física ou virtual: alternância física - grau de fechamento dos planos verticais; mudanças na altura dos ambientes ou no sentido dos forros; alternância virtual - cor e luz; HORIZONTAL

75 seminário 02 discussão de conceitos espacialidade A casa e o movimento: em busca da tipologia espacial Ana Elísia da Costa Entre o pátio e o átrio: três percursos na obra de Villanova Artigas Marcio Cotrim Cunha e Abilio Guerra Rino Levi e a espacialidade virtual: narrativas de uma arquitetura Ana Elísia da Costa

76 márcio cotrim e abilio guerra entre o pátio e o átrio Percursos nas obras de Vilanova Artigas (datadas entre 1950 e 1971) - processo de transformação do espaço interno: pátio transforma-se em átrio variação em nível tipológico; espacial; Apreensão do espaço possui relação com a complexidade dos programas(os extensos possuem demandas sociais mais complexas, logo, há múltiplas formas de apreensão); A rampa + o "telhado" borboleta - Le Corbusier (Casa Errazuris, 1930, Valparaiso) - rampas induzem uso do "telhado borboleta " - forma segue espaço - difusão da associação de rampas, meio-níveis e "telhado borboleta " na arquitetura brasileira. Fonte:

77 1 O PÁTIO RESIDUAL - percurso de ida e volta CASA GERALDO D ESTEFANI (1950) márcio cotrim e abilio guerra entre o pátio e o átrio Solução binuclear próxima à forma de um "U" articulada por rampas intermediárias aos dois núcleos, com programa exíguo, distribuído em meio-níveis; Espaço externo como pátio residual - consequência da extensão necessária para união entre blocos por rampa - pátio não é o estruturador do projeto, mas sim, fruto do sistema organizacional: dois volumes conectados. "partido em U" terreno estreito espaço externo como pátio residual LEGENDA APOIO/SERVIÇO SOCIAL ÍNTIMO

78 2 O PÁTIO ESTRUTURANTE - percurso de ida e volta (x2) CASA MÁRIO TAQUES BITENCOURT II (1959) márcio cotrim e abilio guerra entre o pátio e o átrio Compreensão de que elementos não precisam estar juntos - rampas e "telhado borboleta", por exemplo; Opção de subir ou descer rampas, desde o pavimento de acesso; Pátio circundado em seus quatro lados, passa a estruturar e ser o tipo (organiza e promove integração visual); Planta do pavimento superior com o percurso em destaque;

79 3 RECINTO COM PÉ-DIREITO DUPLO - percurso de ida e volta CASA ARIOSTO MARTINARI (1969) márcio cotrim e abilio guerra entre o pátio e o átrio Maior complexidade programática - maior demanda de agenciamento formal, espacial e organizacional; Criação de circulação vertical (escada de concreto) evita acúmulo de circulações horizontais e, mesmo sugerindo um percurso circular, possui papel estratificador, uma vez que caracteriza um percurso como social e o outro como funcional. A circulação acaba por aproximar o serviço da zona íntima.

80 3 RECINTO COM PÉ-DIREITO DUPLO - percurso de ida e volta CASA JOSÉ VIETAS NETO(1969) márcio cotrim e abilio guerra entre o pátio e o átrio Maior complexidade programa Pátio (incorpora-se à casa) converte-se em recinto com pé-direito duplo "...uma sala e um pátio podem assumir o mesmo papel espacial..." Ao lado, Casa José Vietas Neto, com destaque para as circulações (caráter social e serviço) e o pátio aglutinado ao ambiente interno, apresentando-se como ambiente de pé-direito duplo, de óbvio caráter social. Abaixo, Casa Ariosto Martinari (1696).

81 márcio cotrim e abilio guerra entre o pátio e o átrio 4 ÁTRIO - percurso circular CASA JORGE EDNEY ATALLA (1971) Maior complexidade programática - incorporação do pátio e conversão do mesmo em espaço central (organiza- o programa, ao seu redor - separa e articula os movimentos e as visuais); Separação socioespacial a. rampa - uso por parte de moradores; b. escada - para convidados, alheios ao cotidiano da casa (sem acesso ao íntimo); c. escada - para funcionários Rampas e átrio da FAU-USP ( ); c a b

82 seminário 02 discussão de conceitos espacialidade A casa e o movimento: em busca da tipologia espacial Ana Elísia da Costa Entre o pátio e o átrio: três percursos na obra de Villanova Artigas Marcio Cotrim Cunha e Abilio Guerra Rino Levi e a espacialidade virtual: narrativas de uma arquitetura Ana Elísia da Costa

83 1 O CENÁRIO - as casas e sua implantação ana elísia da costa rino levi e a espacialidade virtual Organização em alas estreitas e horizontalizadas, cuja disposição no lote configura vazios ou pátios entre si - composições aditivas; Pátio como elemento de composição, não tipológico (resultado da configuração das alas); CASA YARA BERNETTE (1954) duas alas paralelas, unidas por um bloco de circulação que configura um U; quartos não obedecem métrica e banheiros são periféricos; arranjo binário com sala de um lado e cozinha-jantar-hall, do outro; hall - ponto de articulação entre alas;

84 1 O CENÁRIO - as casas e sua implantação ana elísia da costa rino levi e a espacialidade virtual Organização em alas estreitas e horizontalizadas, cuja disposição no lote configura vazios ou pátios entre si - composições aditivas; Pátio como elemento de composição, não tipológico (resultado da configuração das alas); CASA ROBERT KENNER (1955) duas alas perpendiculares que desenham um T e configuram pátios entre si; quartos obedecem métrica e banhos são internos; arranjo linear entre cozinha-jantar-estar; hall - ponto de articulação entre alas;

85 2 PASSEIO VIRTUAL - do hall para a sala ana elísia da costa rino levi e a espacialidade virtual ITINERÁRIOS ALTERNÂNCIAS FÍSICAS/VISUAIS ANÁLISE GRAU DE CENTRALIDADE PÁTIOS categoria tipológica tradicional X tipologia espacial BERNETTE Dilatação construída a partir da ascendência do plano de cobertura e pela abertura que impulsiona o olhar para fora; KANNER Não há alteração no plano horizontal superior, logo, reforça horizontalidade, mas a d i l a t a ç ã o s e d á p e l a gradação entre penumbraluz; Em ambas há prévia/percepção do pátio, em uma visual quase que linear ao percurso;

86 2 PASSEIO VIRTUAL - do sala par ao corredor íntimo ana elísia da costa rino levi e a espacialidade virtual BERNETTE Espaço se comprime verticalmente, uma vez que da sala ampla com forro inclinado passa-se a um corredor em rampa com a redução gradual do plano do forro, que se estabiliza; Há dilatação inicial devido a grande plano de abertura e seguida por compressão, devido janela horizontal de pequena dimensão. KANNER Há uma compensação entre a redução do pé-direito e um plano envidraçado que relaciona o interior com os pátios (social e íntimo), gerando uma dilatação horizontal; multiaxialidade virtual apresenta-se visual (não múltiplos caminhos, mas múltiplas visuais);

87 2 PASSEIO VIRTUAL - do corredor íntimo para o quarto ana elísia da costa rino levi e a espacialidade virtual Em ambas há um alinhamento entre as portas dos quartos e as que se abrem para os pátios, tornando-os o fim do percurso; BERNETTE Plano de forro ascendente e m q u a r t o s a u x i l i a n a construção de um efeito de dilatação, mesmo que as aberturas para o exterior sejam modestas; KANNER Frequente mudança de altura de pé-direito. Ocorre, por exemplo, entre o hallcorredor íntimo-quarto, sendo o segundo o de menor altura. Logo, há dilatações ao a d e n t r a r o s a m b i e n t e s extremos;

88 3 TIPOLOGIA ESPACIAL ana elísia da costa rino levi e a espacialidade virtual Estruturas monocêntricas; Estruturas policêntricas - vários centros de atenção; Estruturas acêntricas - não há um centro de atenção. Ausência de hierarquia espacial /ponto focal compositivo; Estruturas anticêntricas - o sistema de circulação não permite que o centro/pátio exerça papel compositivo; COSTA, A. E. O Gosto pelo Sutil: confluências entre as casas-pátio de Daniele Calabi e Rino Levi. Porto Alegre: UFRGS, 2011 (Tese de Doutorado). A espacialidade extroversa (possibilitada principalmente pela disposição de grandes aberturas) de frequente dilatação horizontal define estruturas policêntricas, mesmo que tipológicamente essa estrutura seja monocêntrica; KANNER Relações com o segundo pátio (íntimo) tensionam a ideia de centro, que tipológicamente apresenta-se por um grande pátio central;

89 3 TIPOLOGIA ESPACIAL ana elísia da costa rino levi e a espacialidade virtual Estruturas monocêntricas; Estruturas policêntricas - vários centros de atenção; Estruturas acêntricas - não há um centro de atenção. Ausência de hierarquia espacial /ponto focal compositivo; Estruturas anticêntricas - o sistema de circulação não permite que o centro/pátio exerça papel compositivo; COSTA, A. E. O Gosto pelo Sutil: confluências entre as casas-pátio de Daniele Calabi e Rino Levi. Porto Alegre: UFRGS, 2011 (Tese de Doutorado). A espacialidade extroversa (possibilitada principalmente pela disposição de grandes aberturas) de frequente dilatação horizontal define estruturas policêntricas, mesmo que tipológicamente essa estrutura seja monocêntrica; BERNETTE O pátio íntimo apresenta-se no percurso, já o de caráter central (tipologia) não exerce seu papel devido sua geometria irregular e pelas pequenas aberturas que v o l t a m - s e a e l e - e s t r u t u r a anticêntrica.

90 seminário 02 discussão de conceitos espacialidade A casa e o movimento: em busca da tipologia espacial Ana Elísia da Costa Entre o pátio e o átrio: três percursos na obra de Villanova Artigas Marcio Cotrim Cunha e Abilio Guerra Rino Levi e a espacialidade virtual: narrativas de uma arquitetura Ana Elísia da Costa

91 ANEXO 2

92 CATEGORIAS DE ANÁLISE PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO Partido formal: - planar/ volumétrico - compacto/ aditivo; - linear, centralizo ou em grelha; Lugar: - lote curtos/profundos, largos/estreitos, meio de quadra/esquina; - topografia do terreno, visuais, orientação solar, etc.; - pressão dos edifícios do entorno sobre o projeto. Programa: - arranjo em alas desconectadas ou espaço contínuo; - arranjo térreo ou em níveis. CONFIGURAÇÃO DAS ALAS Posições dos elementos de composição: - regular; - irregular no perímetro externo/aceito no interior/ volume isolado; Linha circulatória: - especializada, conduzindo a lugares privados; - sugerida, na continuidade espacial. EIXOS DE ACESSO E CIRCULAÇÃO DO CONJUNTO Halls Corredores ou circulações: - periféricos ou centralizados; ESPACIALIDADE Características compositivas: - planos horizontais, planos verticais e aberturas; Percursos no espaço: - posição e dimensão de portas e janelas; - dimensões proporcionais dos ambientes; - visuais - layout do mobiliário Relações ambientes e adjacentes: - abertas ou fechadas; - dinâmicas ou estáticas.

93 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO Casa em Pinheiros. Una Arquitetura Casa Rio Bonito. Carla Juaçaba Nesta categoria de análise, busque identificar a relação entre os partidos formais, o lote e o programa. PARA IDENTIFICAR OS PARTIDOS FORMAIS Duas estratégias definem, de modo mais recorrente, o partido formal de um projeto: 1. MANIPULAÇÃO DE VOLUMES 2. MANIPULAÇÃO DE PLANOS

94 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO MAHFUZ, 1995, p. 78 (versão digital) Casa Bertoline. Studio Paralelo 1. MANIPULAÇÃO DE VOLUMES: composição subtrativa

95 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO MAHFUZ, 1995, p. 78 (versão digital) Refúgio São Chico. Studio Paralelo 1. MANIPULAÇÃO DE VOLUME: composição aditiva

96 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO A manipulação dos volumes, seja numa composição aditiva, seja numa composição subtrativa, obedece a três princípios de organização principais: - Ponto - Linha - Grelha

97 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO MAHFUZ, 1995, p. 75 (versão digital) Residência ML. Jacobsen Arquitetura PRINCÍPIO DE ORGANIZAÇÃO: Ponto

98 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO MAHFUZ, 1995, p. 76 (versão digital) Casa em Joanopolis. Una Arquitetura PRINCÍPIO DE ORGANIZAÇÃO: Linha

99 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO MAHFUZ, 1995, p. 76, 77 (versão digital) Casa Barra do Uma 1. Nitsche Arquitetos PRINCÍPIO DE ORGANIZAÇÃO: Grelha

100 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO DIEMER, 2006, P. 70 DIEMER, 2006, P. 59 Pavilhão de Barcelona, Mies van der Rohe Pavilhão Sonsbeek. Gerrit Rietveld 2. MANIPULAÇÃO DE PLANOS: - Busca romper os limites da caixa, tensionando a gestalt da forma. - Os elementos de arquitetura (lajes, paredes, muros) são tratados de forma independente, o que promove o transpasse dos mesmos

101 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO Casa Moledo, Eduardo Souto de Moura Casa dos Três Pátios, Mies van der Rohe 2. MANIPULAÇÃO DE PLANOS: As composições planares buscam estabelecer uma intensa relação entre interiorexterior. Para tanto, adotam as seguintes estratégias: 2.1. Uso de tipologia que favorecem a relação do interior com o exterior: PAVILHÃO: arranjos lineares PÁTIO: arranjos centrados em ponto DIEMER, 2006, P. 49

102 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO Casa Alcanena, Eduardo Souto de Moura 2. MANIPULAÇÃO DE PLANOS: 2.2. Definição de espaços intermediários, que valorizem a experiência perceptiva, rica em sensações. SEMI-PÁTIOS INDEFINIÇÃO DAS MARGENS DIEMER, 2006, P. 59

103 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO MANIPULAÇÃO DA FORMA Subtração Adição Mahfuz (1985) sugere uma estreita relação entre as estratégias compositivas e o lugar PRINCÍPIO DE ORGANIZAÇÃO Linha Ponto Pode estar vinculado ao desejo de promover privacidade ou segurança. Também pode ser uma resposta paisagística, diante de um contexto pouco estimulante para o estabelecimento de visuais entre interior e exterior.

104 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO GONSALES, Célia Helena Castro. Residência e cidade. Arquiteto Rino Levi. Arquitextos, São Paulo, ano 01, n , Vitruvius, jan < As imagens revelam um estudo sobre as casas de Rino Levi, em que é enfatizada a relação do partido compacto ou aditivo com as dimensões do lote: se curtos ou profundos, se largos ou estreitos, se de meio de quadra ou esquina Na relação DO PARTIDO FORMAL com o LUGAR, avalie, além da geometria do lote: - topografia do terreno - visuais - orientação solar - pressão dos edifícios do entorno sobre o projeto.

105 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO Residência Boaçava. UMA Arquitetura Residência MDT. Jacobsen Arquitetura Ao analise a relação do Programa com Partido Formal e o Lugar, identifique: ARRANJO EM ALAS DESCONECTADAS: Volumes expressam as diferentes partes do programa, buscando definir um zoneamento eficiente; Podem ser explorados arranjos térreos (com 3 ou 2 volumes, com o setor íntimo numa ala isolada) ou em níveis (com setor íntimo num pavimento isolado); Os arranjos térreos normalmente se manifestam em lotes de dimensões generosas; Observar que a natureza programática de cada ala busca se relacionar diretamente com a natureza do lugar: com a orientação solar e com as visuais, com os acessos e com o desejo de privacidade, com a topografia do terreno, etc

106 PARTIDO FORMAL. LUGAR. PROGRAMA PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO Residência MAA. Jacobsen Arquitetura Residência Barra do Sahy.Nitsche Arquitetosi Ao analise a relação do Programa com Partido Formal e o Lugar, identifique: ARRANJOS EM ESPAÇOS CONTÍNUOS: As diversas partes do programa se subordinam a um volume único pré-definido; Podem ser explorados arranjos térreos (com o zoneamento definido por faixas ) ou em níveis (com setor íntimo num pavimento isolado); Normalmente se manifestam em lotes de dimensões restritas ou em terrenos grandes em que o programa exige a compacidade do edifício; Observar que o arranjo das faixas também busca se relacionar com os condicionantes impostos pelo terreno.

107 CATEGORIAS DE ANÁLISE PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO Partido formal: - planar/ volumétrico - compacto/ aditivo; - linear, centralizo ou em grelha; Lugar: - lote curtos/profundos, largos/estreitos, meio de quadra/esquina; - topografia do terreno, visuais, orientação solar, etc.; - pressão dos edifícios do entorno sobre o projeto. Programa: - arranjo em alas desconectadas ou espaço contínuo; - arranjo térreo ou em níveis. CONFIGURAÇÃO DAS ALAS Posições dos elementos de composição: - regular; - irregular no perímetro externo/aceito no interior/ volume isolado; Linha circulatória: - especializada e sugerida. - periférica e centralizada; EIXOS DE ACESSO E CIRCULAÇÃO DO CONJUNTO Halls Corredores ou circulações: ESPACIALIDADE Características compositivas: - planos horizontais, planos verticais e aberturas; Percursos no espaço: - posição e dimensão de portas e janelas; - dimensões proporcionais dos ambientes; - visuais - layout do mobiliário Relações ambientes e adjacentes: - abertas ou fechadas; - dinâmicas ou estáticas.

108 ELEMENTOS REGULARES. ELEMENTOS IRREGULARES CONFIGURAÇÃO DAS ALAS Nesta categoria de análise, analise a geometria das alas, identificando a disposição dos seus elementos de composição. Antes, porém, é importante entender o que se entende como elementos de arquitetura e elementos de composição. Segundo Alfonso Corona Martinez (2000, p. 157): - Elementos de Arquitetura são elementos materiais que formam uma edificação, como as paredes, as portas, as janelas e as escadas. - Elementos de Composição são elementos imateriais, os espaços delimitados pelos elementos de Arquitetura. - Elementos de arquitetura podem ser considerados os corpos e os elementos de composição os espaços. - O agrupamento de elementos de composição, reunidos espacialmente por afinidades de usos, define o que se chama de zoneamento. No arranjo de uma planta, os elementos de composição podem ser REGULARES (OU REPETITIVOS) E IRREGULARES. Nos programas habitacionais, normalmente, quartos são elementos repetitivos e banheiros e cozinhas são elementos irregulares. Neste sentido, Martinez observa: No caso das habitações, as redes de serviços que incidem em especial sobre banheiros e cozinhas fazem com que estes sejam elementos de pouca mobilidade nas plantas; seu desenhos como mínimos os tornam pouco modificáveis, aproximando-os do status projetual que possuíam os Elementos de Arquitetura. (MARTINEZ, 2000, p. 162)

109 ELEMENTOS REGULARES. ELEMENTOS IRREGULARES CONFIGURAÇÃO DAS ALAS Casa Curitiba. Una Arquitetos Casa LP. Metro Arquitetura ESTRATÉGIAS DE INSERÇÃO DOS ELEMENTOS DE ARQUITETURA IRREGULARES:

110 ELEMENTOS REGULARES. ELEMENTOS IRREGULARES CONFIGURAÇÃO DAS ALAS Casa AR Arquitetos Associados Casa RCM. Metro Arquitetura ESTRATÉGIAS DE INSERÇÃO DOS ELEMENTOS DE ARQUITETURA IRREGULARES:

111 LINHA CIRCULATÓRIA Casa LP. Metro Arquitetura Casa Joanópolis. Una Arquitetura Entre os séculos XIX e XX, são identificados três esquemas principais de circulação: EM SUÍTE : circulação cômodo a cômodo, tendo que passar através de um ambiente para se chegar num outro; ESPACIALIZADA: circulação independente dos cômodos, buscando promover privacidade e autonomia de uso. Neste caso, a circulação é um elemento de composição autônomo, que conduz a lugares privados; SUGERIDA: circulação estabelecida na continuidade espacial, tendo, de certo modo, um caráter residual. (MARTINEZ, 2000, p. 31). Se considerada a posição das circulações no volume edificado, estas podem ser: CENTRALIZADAS: configuram um corredor de carga dupla, que diminui a extensão do volume edificado; PERIFÉRICAS: configuram um corredor de carga simples, que pode ser relacionar física e visualmente com o exterior; CIRCULAÇÃO SUGERIDA/ ESPACILIZADA/ CENTRALIZADA CIRCULAÇÃO ESPACILIZADA/ SUGERIDA/ PERIFÉRICA

112 LINHA CIRCULATÓRIA Nas composições aditivas, a circulação podem se expressar mais facilmente, assumindo configuração própria, capaz de orientar o arranjo final do edifício. Nas composições subtrativas, a expressão da circulação fica contida pelo envoltório pré-concebido do arranjo formal (Martinez, 2000, p. 29 e 30) COMPOSIÇÃO SUBTRATIVA COMPOSIÇÃO ADITIVA CIRCULAÇÃO ESPACILIZADA/ SUGERIDA/ PERIFÉRICA Casa Aberta FGMF Casa do Cafezal FGMF Arquitetura

113 HALL E CORREDORES EIXOS DE ACESSO E CIRCULAÇÃO DO CONJUNTO A especialização da circulação definiu nos edifícios um sistema circulatório, em que se percebe diferentes categorias e hierarquias de circulação. Este sistema articula: 1) acessos distintos (hall social e serviço, por exemplo); 2) e os diversos setores, definidos por ambientes espacialmente contínuos e/ou ambientes compartimentados. No Movimento Moderno, Corona Martinez (2000, p. 171 e 173) identifica algumas estratégias recorrentes no tratamento das circulações, entre as quais se destaca: Circulação Principal Circulação Secundária Circulação Social Casa das Pérgolas Deslizantes. FGMF Circulação Serviço

114 HALL E CORREDORES EIXOS DE ACESSO E CIRCULAÇÃO DO CONJUNTO Casa em Pinheiros. Una. Casa Bacopari. Una. Casa em Portland. Grupo SP

115 CATEGORIAS DE ANÁLISE PARTIDO FORMAL/ IMPLANTAÇÃO Partido formal: - planar/ volumétrico - compacto/ aditivo; - linear, centralizo ou em grelha; Lugar: - lote curtos/profundos, largos/estreitos, meio de quadra/esquina; - topografia do terreno, visuais, orientação solar, etc.; - pressão dos edifícios do entorno sobre o projeto. Programa: - arranjo em alas desconectadas ou espaço contínuo; - arranjo térreo ou em níveis. CONFIGURAÇÃO DAS ALAS Posições dos elementos de composição: - regular; - irregular no perímetro externo/aceito no interior/ volume isolado; Linha circulatória: - especializada e sugerida. - periférica e centralizada; EIXOS DE ACESSO E CIRCULAÇÃO DO CONJUNTO Halls Corredores ou circulações: ESPACIALIDADE Características compositivas: - planos horizontais, planos verticais e aberturas; Percursos no espaço: - posição e dimensão de portas e janelas; - dimensões proporcionais dos ambientes; - visuais - layout do mobiliário Relações entre ambientes : - abertas ou fechadas; - dinâmicas ou estáticas.

116 CATEGORIAS DE ANÁLISE CONCEITOS Espacialidade se relaciona com a experiência concreta do espaço, através do movimento, e com o significado que ele passa a ter para as pessoas. (LEATHERBARROW, 2008). Este conceito se aproxima do conceito de tipologia espacial: [...] a tipologia formal na sua concepção completa, aquela da tridimensionalidade dinâmica (onde interferem as relações, ou seja, o movimento como quarta dimensão ) (CORNOLDI, 1994, p. 18, tradução nossa). RELEVÂNCIA MÉTODO O estudo da espacialidade (ou tipologia espacial) passa a ter importância ao se perceber que um arranjo tipológico convencional, depreendido da análise bidimensional do objeto, não traduz a sua complexidade. Arranjos tipológicos diferentes podem desfrutar de uma mesma espacialidade, assim como casas com mesmo tipo podem não desfrutar de uma mesma espacialidade. (CORNOLDI, 1999) Busca-se identificar a tensão vivenciada nas sequências espaciais: 1. Definir percursos: sugere-se entre hall de entrada > setor social > setor íntimo (fazer planta com estações de observação. Cada estação define uma imagem 3d, que ilustra a análise) 2. Analisar características e as relações entre os ambientes: Características compositivas dos ambientes: é uma descrição objetiva, absoluta, e procura descrever a coisa em si, o espaço geométrico. Características dos percursos no espaço e Relações espaciais dos ambientes com os seus adjacentes: são descrições relativas, destacando a existência dos objetos e a relação de uns com os outros, ou seja, o espaço topológico

117 CARACTERÍSTICAS COMPOSITIVAS PLANOS HORIZONTAIS. PLANOS VERTICAIS. ABERTURAS Casa Bacopari. UNA Casa em Joinvile. UNA Casa no Morro Querosene. Grupo SP São descritos os elementos de arquitetura, ou fechamentos, que definem a qualidade espacial dos ambientes: PLANOS HORIZONTAIS: Pisos: as variações de níveis dos pisos determinam a classificação dos planos horizontais: piso-base, piso-elevado e piso-rebaixado. Forros: O plano de cobertura pode determinar e articular volumes dentro de um espaço interior, modificar a proporção de um ambiente, ou ainda permitir a entrada de luz e da ventilação.

118 CARACTERÍSTICAS COMPOSITIVAS PLANOS HORIZONTAIS. PLANOS VERTICAIS. ABERTURAS Planos em U Casa S. Teresa. SPBR Una 2. Nitsche Casa Tibau. Yuri Vital Planos Paralelos Quatro Planos. Planos em L Casa Grelha. FGMF S. Francisco Xavier. Nitsche Elementos Lineares Verticais (colunas) Scasa FN. Jacobsen Plano Vertical Isolado

119 CARACTERÍSTICAS COMPOSITIVAS PLANOS HORIZONTAIS. PLANOS VERTICAIS. ABERTURAS ABERTURAS: nos planos: rodeada perimetralmente pelo plano nos cantos: dispostas junto às arestas dos volumes entre planos: disposta horizontalmente entre as paredes, ou verticalmente, entre o teto e o piso. Casa LP. Metro Arquitetura Casa S. B. Sapucaí. UNA Refúgio S. Chico. Mapa

120 PERCURSOS NOS ESPAÇOS São destacadas tensões promovidas pelos aspectos direcionais e visuais dos ambientes. Condicionam estas tensões: Dimensões proporcionais dos ambientes; (A) Posição e dimensão de portas e janelas; Visuais, antecipando visualmente os ambientes na sequência espacial e preparando o fruidor para a experiência que irá vivenciar; Layout do mobiliário, indicando barreiras x passagens;

121 PERCURSOS NOS ESPAÇOS Casa em Catalão. Yuri Vital Casa LP. Metro Arquitetura Casa BV. Jacobsen Tipos de tensão a serem registradas: Tensão unidirecional ocorre: em ambientes configurados por planos paralelos fechados, com a luz disposta em um de seus lados; em ambientes mais estreitos e compridos, que induzem à circulação; Tensão na diagonal da planta ocorre: em ambientes com aberturas nas arestas do volume, Tensão multidirecional ocorre: em ambientes com excessiva disposição de aberturas em um de seus planos, rompendo o seu caráter direcional; em ambientes suscetíveis a se subdividir em várias zonas Caráter estático ocorre: em ambientes com proporções quadráticas;

122 RELAÇÕES ENTRE AMBIENTES As sequências espaciais entre os ambientes podem ser abertas ou fechadas, dinâmicas ou estáticas: Relações fechadas: caracterizam os espaços da vida privada ou espaços comuns que exigem isolamento, acessados por uma única porta. Relações abertas: caracterizam os espaços que, sem portas, ganham liberdade de comunicação, atendendo às demandas de vidas domésticas ricas em interações. Relações estáticas: são aquelas em que a todos os espaços estabelecem uma conexão única, normalmente organizada por um eixo simétrico. Relações dinâmicas: são aquelas em que as relações espaciais provocam tensões entre áreas principais e áreas marginais. As relações dinâmicas são favorecidas pelos sistemas assimétricos e pela geometria adotada. A assimetria permite o imprevisto e o deslocamento livre e dinâmico nas sequências espaciais. A geometria aditiva, com deslocamentos e sobreposições de volumes, pode também promover ângulos com situações particulares, configurando uma planta com vários centros e níveis de tensão. As variáveis - aberto-fechado e estático-dinâmico - podem sobrepor-se, criando inúmeros tipos de sequência espacial.

123 ANEXO 3

124 Passo a passo para o trabalho de registro de uma residência (redesenho e modelo tridimensional) 1º passo conhecendo o material será fornecido pelo professor da disciplina uma pasta nomeada alunos_material, onde você encontrará: o arquivo Instruções.pdf fornece as informações necessárias para elaboração e formatação do trabalho os arquivos têm um padrão para nomeação que deverá ser seguido, uma espécie de abreviação para facilitar o trabalho: redesenho: rd modelo digital: md modelo físico: mf quadro analítico: qd imagens analíticas: ia (contidas dentro do quadro analítico) a pasta entrega vem dividida em subpastas e essa organização deve ser mantida, apenas renomeando-as quando for necessário, trocando a palavra casa pelo nome da residência em estudo (ver pasta exemplo)

125 na pasta 01. material encontrado deve ser colocado todo material de relevância encontrado nas pesquisas (desenhos técnicos, croquis, fotografias antigas, textos, documentos, etc.) na pasta 02. material elaborado deverá ser colocado o material elaborado pelos alunos: redesenho em formato.dwg modelo tridimensional digital em formato.skp imagens do modelo tridimensional em formato.tif quadro analítico em formato.dwg imagens analíticas em formato. tif modelo tridimensionais analíticos em formato.skp Em caso de dúvida, não deixe de olhar a pasta exemplo encaminhada juntamente a esse material. 2º passo elaboração do redesenho O trabalho se inicia na pesquisa, coleta de dados sobre a residência e arquiteto em questão; A partir do material encontrado será elaborado o redesenho da residência, que será resultado da interpretação dos materiais encontrados;...

126 O template do redesenho está disponível dentro da pasta 02. material elaborado - nomeado como casa_rd.dwg -, assim como o arquivo de penas_rd, configurado para a utilização dos layers presentes no arquivo fornecido; Dentro do arquivo casa_rd.dwg estão presentes todos os layers necessários para a representação padrão; Os símbolos contidos no template devem respeitar a escala em que o desenho será visualizado no layout; A prancha padrão está no layout e tem o tamanho de uma folha A3; Não esquecer! O nome do arquivo deve ser substituído como no exemplo 3º passo elaboração do modelo tridimensional digital Com o redesenho finalizado, passa-se para o modelo tridimensional digital; O template (casa_md) para esta etapa também está na pasta 02. material elaborado, como pode ser observado no esquema acima; O arquivo de SketchUp deve ser configurado no Estilo de engenharia, evitando a vista do horizonte (divisão por cores). Abaixo o caminho para alterar o estilo no programa: Janela -> Estilo -> Estilos Padrão -> Estilo de engenharia

127 O arquivo enviado já está com o estilo configurado corretamente, também neste arquivo existem exemplos de materiais e objetos, como a imagem humana e o modelo de árvore que devem ser utilizados. Alguns pontos que devem ser levados em consideração para garantir a qualidade do modelo: Identificar os materiais que se destacam na edificação e evidenciá-los; Utilizar as texturas definidas no template sempre que possível; Levar em consideração somente a vegetação que for parte do projeto, ou que tenha grande importância para as decisões projetuais; Fazer o entorno da residência, locando-a no lote, quadra e marcando as ruas circundantes, além das edificações vizinhas que devem ser representadas como prismas translúcidos, apenas como referência de gabarito e taxa de ocupação dos lotes próximos à residência.

128 Com o modelo finalizado, passa-se para a etapa de captura de imagens, onde teremos imagens em cores e em preto e branco: Salvar 10 cenas no SketchUp, mostrando as cenas descritas adiante; Exportar as 10 imagens (cenas) em.tif com o estilo sombreado com texturas; Fazer imagens com sombra Não esquecer! A casa deve estar com o norte correto para que a sombra esteja de acordo com a original, afinal a orientação solar é um fator considerado na decisão projetual. Atenção! Para não perder a qualidade da imagem, faça o seguinte procedimento para exportar suas imagens: Vá até o menu ARQUIVO > EXPORTAR > GRÁFICO 2D Na janela de exportação: Escolha o formato Arquivo TIF (*.tif) Em seguida, aperte no botão Opções... (no canto inferior direto) Nessa nova janela, desmarque a opção de Usar tamanho da visualização Depois coloque o valor de 4500 pixels para a Largura Marque a opção de Suavização de serrilhado

129 E finalmente exporte a imagem com o nome correto.

130 As imagens devem ser exportadas (cenas) e nomeadas conforme ordem abaixo: VISTA SUPERIOR IMPLANTAÇÃO nome do arquivo: casa_md (1) FACHADAS PERSPECTIVADAS nome do arquivo: casa_md (2) nome do arquivo: casa_md (3) nome do arquivo: casa_md (4) nome do arquivo: casa_md (5)

131 VISTAS SUPERIORES PERSPECTIVADAS - quatro cantos do terreno nome do arquivo: casa_md (6) nome do arquivo: casa_md (7) nome do arquivo: casa_md (8) nome do arquivo: casa_md (9) VISTA DO OBSERVADOR nome do arquivo: casa_md (10) Utilizar as 10 cenas feitas anteriormente e exportá-las com o estilo de linha oculta (essas são as imagens em preto e branco)

132 4º passo elaboração do modelo tridimensional físico O modelo deve ser ANALÍTICO Modelo analítico Modelo comercial Materiais da maquete física: Papel paraná Papelão de sapateiro Papel duplex Papel micro-ondulado Papel camurça Papel craft Cartolina Isopor Cola de isopor Acetato MDF... Como fotografar o modelo digital físico: Câmera fotográfica com resolução superior a 10 megapixels Boas condições de luz Fundo homogêneo preto ou branco

133 Não colocar efeitos nas fotos, como p&b, sépia, vintage, etc. Exemplos:

134 5º passo elaboração do quadro analítico Dividido em três grupos: funcional, formal e construtivo; O quadro analítico é o produto de toda interpretação e descobertas feitas ao longo do trabalho; A síntese (texto) deve ser produto das imagens analíticas (elaboradas pela equipe); As imagens do modelo digital ou físico que forem usadas no quadro, devem estar dentro da mesma pasta que o arquivo casa_qd.dwg e nomeadas como casa_ia, como no exemplo; Caso não seja possível analisar um dos parâmetros, a linha deve ser desconsiderada (apagada) e o quadro deve ser reajustado; Se houver alguma peculiaridade no objeto de estudo, é possível acrescentar um novo parâmetro ao quadro (em comum acordo com o orientador); O arquivo de penas é diferente daquele destinado ao redesenho, e está na pasta; No template estão presentes instruções importantes que devem ser seguidas.

135 ANEXO 4

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168 ANEXO 5

169 estudos preliminares análise gráfico-textual residência ZM

170 estudos preliminares análise gráfico-textual residência CT

171 estudos preliminares análise gráfico-textual residência CT

172 estudos preliminares análise gráfico-textual residência MDT

173 estudos preliminares análise gráfico-textual residência MDT

174 estudos preliminares análise gráfico-textual residência FB

175 estudos preliminares análise gráfico-textual residência FB

176 estudos preliminares análise gráfico-textual residência FB

177 estudos preliminares análise gráfico-textual residência FB

178 ANEXO 6

179 RESIDÊNCIA ZM Local: Itacaré - BA Ano: 2005 Escritório Bernardes Jacobsen Arquitetura Autores: Rafael Susin Baumann, Cristina Piccoli e Ana Elísia da Costa. Implantação e Partido Formal A Casa ZM está localizada em Itacaré, zona litorânea ao sul de Salvador, num terreno de encosta de 889,16m2 e geometria irregular. Dois são os fatores que parecem ter sido determinantes na implantação da residência: a topografia, com mais de 20 metros de diferença entre a cota mais alta a noroeste e a mais baixa a sudeste e a visual da praia. Nesta topografia íngreme, a casa foi colocada em um platô criado em cota intermediária, paralelamente à divisa noroeste, colocando-se como uma sentinela para o mar e como um suporte da encosta. (Figura 1) A composição volumétrica é formada por três blocos lineares que se interceptam. O Bloco 1 é um volume puro semienterrado, cujo fechamento em painéis de madeira denuncia seu caráter privativo. O Bloco 2 é posicionado na parte posterior do Bloco 1, configurando-se um segundo pavimento para ele. Como um mirante, desvela a paisagem litorânea, para a qual se abre através dos seus grandes planos envidraçados e cobertura inclinada. Já o Bloco 3, com menores dimensões, tangencia o Bloco 2. Estando semienterrado, este bloco toma forma pela maciça fachada-muro em pedra que também exerce papel de contenção do terreno. (Figura 1 e 2) Figura 1: (a) Implantação; (b) Arranjo volumétrico. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, 2015.

180 Apesar dos volumes puros, é notável a intenção de romper limites entre interior-exterior através da linguagem planar, como se observa na cobertura do Bloco 2 e na fachada-muro que rompe os limites do Bloco 3 ao acompanhar o pátio de acesso e ao penetrar no corpo principal da casa. (Figura 2) Figura 2: (a) Composição volumétrica e planar; (b) Muro que marca o eixo de acesso e penetra no corpo principal da casa. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: (a) (b) BAUMANN, Rafael, O conjunto é regido por modulações longitudinais. No Bloco 1, observa-se quatro módulos longitudinais que organizam as suítes. Apenas na terminação sudoeste da ala, no espaço correspondente ao banheiro da suíte do casal, a regularidade da modulação é rompida. O Bloco 2, por sua vez, é regido por três módulos longitudinais, sofrendo uma subtração também a sudoeste, onde a piscina penetra no espaço edificado. (Figura 3) Figura 3: Modulação (a) pavimento inferior e (b) pavimento superior. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, 2015.

181 Configuração funcional O acesso à residência se dá pelo Bloco 1, que abriga o setor íntimo. No segundo pavimento, o Bloco 2 abriga o setor social e o serviço que lhe atende. Um hall com pé direito duplo organiza os fluxos: conduz à ala íntima, no mesmo nível de ingresso, ou à escadaria de lance único que conecta ao setor social. A posição deste ambiente no conjunto é estratégica e confere autonomia de uso aos Blocos 1 e 2. O Bloco 3, de acesso autônomo e sem interligação com o restante da casa, abriga a lavanderia e um banheiro de serviço. O Bloco 1 (íntimo) e inferior é organizado em duas faixas atendidas por uma circulação espacializada e centralizada. A primeira, que corresponde a projeção do Bloco 2, abriga, além do hall uma sala de TV sob a escadaria e um depósito. Na segunda faixa, estão os quartos com os banheiros privativos. Estes elementos irregulares de composição estão interpostos àqueles regulares e são agrupados quando possível, denotando preocupação em concentrar os núcleos hidráulicos. A suíte do casal, situada na extremidade da ala, incorpora a circulação que é convertida em escada, uma vez que este cômodo está posicionado em um nível mais baixo. O grande banheiro disposto na periferia do bloco tem o mesmo comprimento do quarto e se abre para o spa sobre deck externo. (Figura 4) Figura 4: (a) Setorização pavimento inferior; (b) Circulações e elementos irregulares pavimento inferior. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, 2015.

182 O Bloco 2 (social), ingressado pela escadaria, se apresenta como uma grande planta livre. Pelo layout, se observa que há um hiperdimensionamento das áreas de circulação em detrimento das áreas de permanência, sendo a circulação principal sugerida na porção sudeste do ambiente, junto à grande abertura que dilata as dimensões da sala para o exterior. Este pavimento configura-se como mirante, parte contido numa caixa de vidro, parte aberto, sob o terraço configurado pela cobertura do Bloco 1. Ao final da ala, uma piscina se estende em direção ao mar. Lavabo, despensa e cozinha são agrupados e dispostos na extremidade noroeste da planta, num módulo semelhante ao da escada, (Figura 5) Figura 5: (a) Setorização pavimento superior; (b) Circulações e elementos irregulares pavimento superior. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, Espacialidade O muro de pedra que contém a encosta e veda o Bloco 3 demarca o encaminhamento de acesso à casa. Ao fundo, o revestimento com ripado de madeira do Bloco 1 se contrapõe ao grande plano envidraçado que atravessa os blocos 1 e 2 e

183 que configura o hall de pé direito duplo onde ocorre o acesso à residência. A transparência desse hall não deixa muito espaço para imaginação, antes mesmo de entrar, o espaço interno já está completamente revelado, mostrando a escadaria que leva ao pavimento superior. (Figura 6) Figura 6: (a) Planta guia; (b) O eixo que demarca o acesso; (c) O acessar. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: (a) e (c) BAUMANN, Rafael, 2015; (b) O hall de entrada é um espaço de estímulos multidirecionais horizontalmente, se antevê o corredor íntimo e a sala de TV vislumbrada entre os degraus da escala; verticalmente, o pé-direito duplo e a escada conduzem o olhar ao pavimento superior. Reafirmam os inúmeros estímulos visuais neste ambiente os diferentes graus de iluminação que incidem nos setores a escura circulação íntima, sem aberturas para o exterior, se opõe claramente à abundante entrada de luz natural no setor social, já vislumbrada desde o hall. (Figura 7) Figura 7: (a) Planta guia; (b) O hall de entrada. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, 2015.

184 O pavimento superior, ou setor social, promove relações espaciais muito dinâmicas, condicionadas por vários agentes: a) os planos envidraçados que instigam a interação visual com a piscina a sudoeste, com a topografia ascendente a noroeste e com o litoral a sudeste; b) a cobertura ascendente que dilata verticalmente a visual em relação ao mar; c) o layout de mobiliário que funciona como uma barreira física na definição das circulações, mas que evita bloqueios visuais no ponto de vista do observador. Todos estes elementos provocam tensões multidirecionais e contribuem para a sensação de dilatação espacial horizontal (Figura 8) Figura 8: (a) Planta baixa guia; (b) e (c) O setor social; (d) Corte transversal para compreensão da cobertura. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: (a), (c) e (d) BAUMANN, Rafael, 2015; (b) Para adentrar no setor íntimo, atravessa-se uma espécie de pórtico que faz a transição entre o pé direito duplo do hall e o pé direito simples da circulação íntima. Assim, se passa de um ambiente amplo para outro de estímulos mais limitados, onde a sensação de compressão vertical vem acompanhada de uma de compressão horizontal, condicionada pela geometria estreita e comprida do corredor. Na porção central deste percurso, ao tangenciar a sala de tv, a experiência espacial é levemente dilatada, seguida de nova compressão. (Figura 9)

185 Figura 9: (a) Planta baixa guia; (b), (c) e (d) Circulação íntima. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: (a), (c) e (d) BAUMANN, Rafael, 2015; (b) Entre o corredor e os quartos, a passagem pelos pequenos halls dos banheiros privativos define nova compressão espacial. Com o ingresso nos quartos propriamente dito, revela-se uma ambiência potencialmente estática, derivada da sua geometria regular e da estreita porta-janela que se abre para o exterior. O caráter íntimo destes ambientes é reforçado pelos painéis em madeira que possibilitam o fechamento pleno em relação ao exterior. A suíte principal, ao final do corredor, está numa cota mais baixa que o resto do setor íntimo, o que provoca aumento do pé direito e uma dilatação visual vertical ao longo do percurso da escada de acesso. Ao ingressar no dormitório, a porta-janela, colocada na parede oposta do acesso, provoca uma tensão diagonal.(figura 10)

186 Figura 10: (a) Planta baixa guia; (b) Os quartos; (c) Suíte do casal. Residência ZM, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, 2015.

187 RESIDÊNCIA CT Local: Bragança Paulista - SP Ano: 2010 Bernardes e Jacobsen Arquitetura Autores: Rafael Susin Baumann, Cristina Piccoli e Ana Elísia da Costa. Implantação e partido formal A Residência CT, idealizada em 2008, está localizada em um condomínio fechado de casas de veraneio na cidade de Bragança Paulista. O lote em que a casa se situa é comprido, de geometria irregular e ocupa todo um dos lados do quarteirão. Estendese de sudeste a noroeste entre duas esquinas e faz divisa com outras propriedades privadas apenas a sudoeste. A edificação é o resultado de um arranjo volumétrico formado por três prismas que são implantados em dois níveis diferentes e que configuram um partido em H. O terreno acidentado foi fator determinante na implantação da residência, que, posicionada na cota mais alta, a sudeste, possibilitou uma melhor exploração das visuais do entorno e livrou o restante do lote para receber os espaços abertos. O bloco paralelo à via principal serve de barreira visual através de sua extensa fachada-muro, sendo aqui tratado como Bloco 1. Paralelo a este, ocorre o Bloco 2 que é semienterrado e volta-se para a área de lazer. Assim, se organiza um dos dois platôs que acomodam a composição. Conformado entre o primeiro e o segundo bloco, no nível do piso de um e da cobertura do outro, este platô é responsável por abrigar o percurso de acessos à residência. O Bloco 3, perpendicular aos dois anteriores, é disposto mais próximo da divisa sudoeste, configurando outra barreira visual em relação ao entorno. Com dois andares, o pavimento superior do Bloco 3 está implantado no nível do primeiro platô e o inferior, no nível do segundo platô. Este segundo platô abriga os espaços abertos de lazer e suas proporções são determinadas pelo alinhamento dos Blocos 2 e 3. (figura 1) Figura 1: Implantação. Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, 2015.

188 Desse modo, a partir da via principal, a edificação é térrea, mas, percorrendo a via lateral, observa-se o desnível e a configuração de um volume com dois pavimentos (figura 2). Como já afirmado, o Bloco 1 serve de barreira visual, delimitando o espaço público e o privado. Seu maciço revestimento em pedra, sem nenhuma abertura para a rua, configura uma muralha que reforça ainda mais a pureza geométrica do prisma. Na sua parte interna, destaca-se as subtrações volumétricas que configuram as garagens (figura 2a). O Bloco 1 se conecta ao Bloco 3 através de uma robusta laje que pode também ser interpretada como a peça resultante de uma subtração volumétrica que configura o pórtico entre os dois blocos. A imponência do Bloco 3 é potencializada pelo revestimento de madeira em todo andar superior, onde prevalece o cheio sobre os vazios, pelos pilares que o erguem do nível do solo e pelos painéis de vidro recuado de seus limites, que fazem o fechamento dos ambientes no nível do pilotis. (figura 2b) Figura 2: (a) Fachada voltada à via de acesso, (b) fachada voltada à via lateral e (c) os volumes superiores conectados através de um plano. Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, O Bloco 2, paralelo ao Bloco 1, só pode ser notado em planta ou depois de acessar o conjunto. Completamente mimetizado à topografia, somente a sua face exposta para o platô de lazer é que denuncia sua existência. (figura 3b Figura 3: (a) O volume superior sustentado por pilotis e (b) a volumetria que se volta ao platô de lazer e as subtrações que configuram sacadas. Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: (a) (b)baumann, Rafael, 2015.

189 Configuração funcional O acesso à residência, tanto de veículos, quanto de pedestres, se dá na parte posterior do Bloco 1, junto ao primeiro platô, que por sua vez é acessado por uma pequena via interna. Nesse platô, especificamente sob o pórtico de acesso, é feita a articulação espacial e compositiva das alas da edificação. Este pórtico, ao mesmo tempo em que segrega as alas, cumpre a missão visual e funcional de conectá-las. (figura 4 e 5). O Bloco 1 é estritamente de serviços, incluindo garagem, dependências de empregados e lavanderia. O Bloco 2 abriga outra parte dos serviços e a área de lazer. No Bloco 3, se desenvolve a casa da família propriamente dita. (figura 4 e 5) Aqui, o pavimento que está no nível de chegada é aquele que abriga o setor íntimo e no inferior estão as áreas sociais e a cozinha. Um hall, com pé direito duplo organiza o ingresso à casa, levando ao corredor que conduz à área íntima ou à escadaria de lance único que conecta o hall ao setor social. Figura 4: Setorização pavimento superior (a) e inferior (b). Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, Figura 5:Setorização em níveis. Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, 2015.

190 O Bloco 1 se organiza a partir da garagem que é definida como uma extensão do pórtico de acesso. A partir dela, são observados dois núcleos conectados por um depósito-corredor estreito e comprido que se desenvolve na face externa do bloco. De um lado, está disposta a residência do caseiro, cujos ambientes se abrem para um pátio interno que os isola visualmente do restante da casa. Do outro, estão dispostas a lavanderia e um dormitório de serviço. (figura 6) No setor íntimo do Bloco 3, a circulação espacializada, já indicada pelo hall, torna-se periférica e voltada ao limite com o terreno vizinho, à sudoeste, com uma única abertura camuflada por brises, o que reforça o caráter privativo da ala. A disposição dessa circulação permite que os quartos tenham as sacadas voltadas para a área de lazer, a nordeste, estando estas segregadas pelos banheiros que são agrupados e interpostos entre os quartos. Essa estratégica deixa livre a extremidade longitudinal da ala que é ocupada pelo quarto da suíte e sua sacada, aberta a noroeste. O setor social, no pavimento inferior, configura-se como uma grande planta livre que dialoga visualmente com a área externa de lazer e com o recuo lateral. No seu extremo longitudinal, a varanda faz o papel de espaço de transição entre o interior e o exterior. (figura 6). A conexão entre os Blocos 2 e 3 é demarcada por um jardim interno que corresponde ao hall do pavimento superior. A largura desse jardim define as duas faixas longitudinais que organizam o Bloco 2. Na faixa mais estreita, estão dispostos os elementos de composição irregulares, deixando livre e aberta para o exterior a faixa mais larga. Assim, de um lado, as duas alas perpendiculares formam um grande setor social que dialoga visualmente com o espaço de lazer externo onde dominam a piscina e o verde horizonte. Nestes ambientes, o layout de mobiliário sugere percursos lineares e periféricos. Do outro lado, na interface com o terreno cortado, a cozinha disposta no extremo longitudinal do Bloco 2 permite que haja um acesso independente ao setor de serviços e, na sequência, ao pequeno pátio que se liga ao pavimento superior por meio de uma escada externa. (figura 6) Figura 6: Circulações e elementos de composição irregulares no pavimento superior (a) e inferior (b). Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte:BAUMANN, Rafael, 2015.

191 Espacialidade O pórtico de acesso define um espaço de transição entre o interior e o exterior. Configura-se um espaço multidirecional que exige escolhas - se dirigir ao setor de serviços do Bloco 1 ou acessar o corpo principal da casa, através da enorme porta camuflada sob o revestimento amadeirado do Bloco 3. Transposta essa porta, a experiência sensorial é cheia de estímulos. Os diversos encaminhamentos possíveis a partir do hall - corredor para o setor íntimo e escada que permite antever o pavimento inferior -, junto com a abertura zenital, definem tensões multidirecionais. (figura 7) Figura 7: (a) Planta baixa guia; (b), (c), e (d) Espacialidade do pórtico de acesso e do hall de entrada. Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: (a, b, d) BAUMANN, Rafael, 2015; (c) A trajetória descente que leva ao setor social transmite uma forte sensação de dilatação espacial graças ao jardim interno no pavimento inferior, ao pé direito duplo e às visuais da ala social que antecipam visualmente o espaço externo. No estar, a sequência rítmica dos pilares robustos revestidos em madeira confere ordem ao espaço. Já os três planos envidraçados multiplicam as visuais, observando que os painéis retráteis voltados para a área de lazer tornam indefinidos os limites entre interior e exterior. À sudoeste, um bloqueio opaco resulta em um momento mais estático por causa de pouca integração com o exterior. (figura 8)

192 Figura 8: (a) Planta baixa guia; (b) e (c) Espacialidade do estar. Residência CT, 2008.Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: (a, b) BAUMANN, Rafael, 2015; (c) Do hall para o corredor íntimo, vivencia-se uma compressão espacial gradativa que é mediada pelo home theater que se abre francamente para o exterior através da sacada. Na circulação de acesso aos dormitórios, a compressão espacial se acentua e há um unidirecionamento sugerido pela geometria desse espaço, pelo fechamento parcial da janela a sudoeste por brises verticais e pela disposição rítmica das portas de acesso aos dormitórios. O ingresso nos quartos, de geometria regular, revela um espaço potencialmente estático, contudo, a grande abertura de acesso à sacada se impõe como ponto de interesse, tornando-o dinâmico e provocando uma nova dilatação espacial. (figura 9)

193 Figura 9: (a) Planta baixa guia); (b) Espacialidade do corredor íntimo e dos dormitórios (c). Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, 2015.

194 RESIDÊNCIA MDT Local: Fazenda Boa Vista - SP Ano: 2008 Jacobsen Arquitetura Autores: Rafael Susin Baumann, Cristina Piccoli e Ana Elísia da Costa Implantação e Partido Formal Casa MDT está localizada no interior paulista e foi projetada como uma casa de campo, para atender as necessidades de um casal com dois filhos. Seu terreno, de grandes proporções (2460m²), possui geometria irregular e topografia íngreme, destacando em suas margens uma abundante vegetação. (Figura 1) As três alas da casa são implantadas radialmente, conforme o comportamento da topografia, configurando espaços abertos entre elas. Partindo da cota mais alta, à nordeste, duas alas assumem uma posição paralela em relação ao limite frontal do lote, mantendo entre si distintos recuos (Bloco 1 e 2). Perpendicular a estas, é implantada uma terceira ala (Bloco 3) que, por afrontar o desnível do terreno, possui dois pavimentos em parte de sua extensão. Um bloco conector articula horizontal e verticalmente as três alas em si, contudo, este não está claramente evidenciado na composição volumétrica. Ao fim, a estratégia de implantação das alas sobre o terreno define três pátios independentes um de acesso e estacionamento, junto ao recuo frontal; um de lazer (a sudeste); e outro que serve como uma tímida extensão dos três setores (a noroeste) (figura 1). Figura 1: (a) Implantação e condicionantes; (b) e (c) Arranjo volumétrico. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, 2015.

195 No tratamento dos volumes, o Bloco 1 se distingue dos demais, relevando uma maior hierarquia no conjunto. Seu tratamento sugere a junção de um plano frontal em pedra, onde está o acesso frontal, e de um plano de cobertura que se transforma em um pergolado que cobre a varanda a sudeste. No entanto, estes planos perdem expressão ao estarem justapostos horizontal e verticalmente com o bloco conector, revestido em madeira, havendo ai uma ambiguidade compositiva na identificação volumétrica das partes que compõem o conjunto (Figura 2). Nos Blocos 2 e 3, o revestimento em madeira das paredes e o predomínio dos cheios sobre os vazios confere unidade ao conjunto. O Bloco 3, ao estar apoiado numa plataforma de pedra recuada dos seus limites verticais, parece flutuar sobre o terreno. Além disso, o fechamento da sacada longitudinal com painéis móveis de madeira que mimetizam com o revestimento do próprio volume garante a integridade visual do prisma puro. (Figura 3) Figura 2: (a) Planta baixa guia; (b) Tratamento planar do bloco 1. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, Figura 3: (a) Planta baixa guia; (b) Volumetria; (c) Manipulação planar. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte:(a) BAUMANN, Rafael, (b) e (c)

196 Configuração funcional Em correspondência com o arranjo formal, cada uma das alas assume um setor da casa: o Bloco 1 absorve o setor social; o Bloco 2, o setor de serviços; e o Bloco 3, o setor íntimo no seu pavimento térreo e a sala de crianças no seu pavimento inferior. Articula os três setores um hall-corredor, que assume o papel de centro organizacional da residência. Contudo, observa-se que este hall não dá autonomia de uso aos setores, visto que para acessar o setor íntimo e o de serviços é necessário transpor transversalmente o setor social. O Bloco 1 (social) se configura como uma grande planta livre, cujo layout sugere uma circulação centralizada entre o estar e o jantar. Em contraposição, o Bloco 2 (serviços) se apresenta de maneira bastante compartimentada. O arranjo é organizado em faixas transversais, onde uma circulação centralizada conecta o recuo frontal ao pátio posterior, bem como segmenta dois núcleos, um formado pela cozinha/lavabo/despensa e outro pela lavanderia /dependências de empregados. Em cada um destes núcleos e obedecendo às faixas transversais já referidas, os elementos de composição irregulares são cuidadosamente agrupados. Uma circulação longitudinal e periférica na ala conecta os dois núcleos entre si e estes ao hall. O Bloco 3 (setor íntimo) se organiza em quatro faixas longitudinais: circulação periférica (a noroeste); banheiros e closets internalizados na planta; quartos e home theather modularmente dispostos; e, por fim, uma varanda que conecta os quartos entre si e os isola do contato imediato com o espaço externo. A única irregularidade neste arranjo está na suíte do casal na que, extremidade da ala, incorpora a circulação e translada o seu banheiro para a periferia do bloco. Também é relevante observar que o home theather assume o papel de espaço de transição entre os setores, quer pela sua abertura em relação ao hall-corredor, quer por estar numa cota de nível diferente dos quartos. (Figura 4)

197 Figura 4: (a) Setorização pavimento superior; (b) Circulação pavimento superior. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, Espacialidade O acesso à casa ocorre sem espaços de transição entre o exterior e o interior. Apenas a textura em madeira destaca visualmente a porta de acesso junto à extensão do plano de pedra frontal do Bloco 1 (figura 5b). Adentrar a casa é ingressar diretamente no grande estar, sem mediação de um hall efetivo, pois percebe-se um continuun espacial sugerido pelo forro de madeira uniforme entre os dois ambientes. Apenas a extensão final do hall-corredor, com a porta para o exterior, e a incidência de uma iluminação zenital filtrada evidenciam que o hall-corredor se configura como um espaço de passagem, contraposto ao espaço de permanência do estar (figura 5c). Iluminado, o hall dilata verticalmente o grande espaço, tensionando a horizontalidade da sala que, confinada entre dois planos paralelos, estende seu forro e piso ao exterior para configurar a varanda (figura 5c)

198 Figura 5: (a) Planta baixa guia, (b) o acessar e (c) o hall de entrada/circulação integrado ao setor social. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, Da grande sala ao setor íntimo, o percurso impõe a passagem por uma pequena extensão do hall-corredor que se especializa e, na sequência, pelo home theater. No home theater, a geometria do espaço, o pé direito mais alto em relação ao hall-corredor e a abertura para a varanda promovem uma nova dilatação espacial no percurso. (Figura 6b), Contudo, com o ingresso no corredor íntimo, é sugerida uma nova compressão espacial, decorrente de sua geometria estreita e comprida e da passagem de nível, com redução de seu pé-direito. Essa compressão só é compensada através da grande abertura do corredor para o exterior que sugere uma dilatação horizontal no ambiente e configura uma tensão multidirecional - seguir e/ou olhar para o exterior (figura 6c).

199 Figura 6: (a) Planta baixa guia, (b) a sala de home theater como espaço de circulação e (c) a circulação íntima. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, Do corredor dilatado ao interior dos três primeiros quartos, a experiência espacial envolve uma compressão espacial, decorrente da passagem pelo estreito hall do banheiro/closet, seguida de uma nova dilatação, decorrente da geometria do espaço e suas amplas aberturas para o exterior, mesmo que intermediada pela sacada e seus painéis de madeira. (figura 7.b). Já no dormitório disposto no final da circulação, a abertura à varanda é completamente compreendida no ato de adentrar e o percurso até ela ao longo do extenso comprimento desse ambiente gera uma sensação de dilatação horizontal (figura 7.c).

200 Figura 7: (a) Planta baixa guia, (b) dormitório e (c) dormitório situado no final do corredor, de arranjo divergente aos demais. Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, 2015.

201 RESIDÊNCIA FB Local: Bragança Paulista - SP Ano: 2011 Jacobsen Arquitetura Autores: Rafael Susin Baumann, Cristina Piccoli e Ana Elísia da Costa Implantação e partido formal A Residência FB, localizada em um condomínio fechado na cidade de Bragança Paulista, foi concebida em 2011 com o intuito de afastar a família do grande centro urbano de São Paulo nos finais de semana. A casa ocupa um terreno amplo, de geometria irregular e topografia acidentada, delimitado por duas testadas (norte e sul). O seu entorno encontra-se consolidado, destacando edificações relativamente próximas a oeste. A proposta materializouse através de um partido decomposto em "L", com dois volumes independentes interligados por um plano. Os volumes ocupam os extremos oeste e sul do terreno, configurando um grande jardim internalizado. Os eixos de implantação correspondem às cotas de nível mais altas do terreno, potencializando as relações com o entorno e o uso racional da topografia e da insolação a leste e norte. Assim, a edificação é térrea a partir da via principal e possui dois pavimentos a partir da via secundária. Junto à primeira, o próprio volume térreo configura uma barreira visual e, no interior do lote, o volume maciço onde é implantada a piscina, bem como a vegetação abundante, bloqueiam a visual de quem passa pela via secundária (figura 1). Figura 1: (a) Implantação. Residência FB, Bernardes e Jacobsen Fonte: BAUMANN, Rafael, 2015.

202 O arranjo volumétrico sugerido em planta é tratado de modo planar, mascarando visualmente os dois volumes a partir da via principal. Neste contexto, destacam-se: a) as paredes frontais a leste que se prolongam além dos limites do volume e que se desconectam da cobertura; b) o extenso plano rebaixado que liga os dois volumes; c) as lajes de cobertura e seus longos beirais e varandas. (Figura 2) A partir da via secundária, o tratamento volumétrico é mais evidente, apesar dos grandes beirais da laje de cobertura. Reforça o tratamento aditivo do conjunto o fechamento vertical envidraçado da ala social e o uso de painéis de madeira no fechamento da área íntima. Assim, percebe-se uma hibridização do partido volumétrico e planar, este último utilizado de forma dialética, ora integrando, ora isolando a casa de seu contexto. (figura 2) Figura 2: (a) Volumetria a partir da via principal; (b) Volumetria a partir da via secundária; (c) Arranjo formal em relação ao terreno; (d) Corte transversal. Residência FB, 2011 Fonte: BAUMANN, Rafael, Configuração funcional O plano que une os dois volumes tem papel fundamental nesse projeto. Como pérgola, na parte externa, define o acesso social; ao penetrar no corpus da edificação transforma-se em hall e em seguida em jardim interno. Assim, esse núcleo articulador compositivo e funcional é fundamental para tornar as alas independentes entre si, bem como conectá-las. (figura 3) O setor íntimo ocupa o volume paralelo à via de acesso e está distribuído em dois pavimentos, com os dormitórios da família ocupando o pavimento térreo e os dos hóspedes, o pavimento inferior. Na ala perpendicular à via, estão instalados o setor social, concentrado no pavimento superior, e o setor de serviço, que está distribuído entre os dois pavimentos. (figura 3)

203 Figura 3: Setorização pavimento superior (a) e inferior (b). Residência FB, Bernardes e Jacobsen Fonte: BAUMANN, Rafael, Na ala íntima, a circulação horizontal em ambos os níveis é periférica a sul, liberando a fachada norte para a disposição dos quartos, banheiros e home theater. A conexão entre os andares é feita através de uma escada disposta no extremo oeste da ala, junto ao hall, o que condiciona os longos deslocamentos horizontais. (figura 4) Quanto à disposição dos elementos de composição, percebe-se que nos dois pavimentos foi utilizada a mesma estratégia, ou seja, aqueles de caráter irregular foram agrupados e interpostos entre aqueles regulares. Apenas o banheiro da suíte do casal é disposto na periferia sul da ala, revelando pouca preocupação em concentrar os núcleos hidráulicos. (figura 4).

204 Figura 4: Circulações pavimento superior (a) e inferior (b). Residência FB, Bernardes e Jacobsen Fonte: BAUMANN, Rafael, Na ala social e de serviços, observa-se que a cozinha, a despensa e o lavabo estão agrupados no extremo sul da ala, numa posição mais próxima à rua. Esta estratégia permite que se tenha um acesso de serviços independente, bem como libera o restante da ala para configurar uma planta livre em que é disposto o grande estar em um nível, o jantar, que se comunica diretamente com a cozinha e o hall; em outro, a sala da lareira, a varanda coberta, e, ao final do percurso, uma área de estar/lazer aberta que se comunica com a piscina. O trajeto é sugerido pelo mobiliário, ocorrendo na periferia da ala. (figura 5) O andar inferior é semienterrado e está completamente dedicado a servir de apoio para a residência. O acesso a ele se dá a partir da cozinha e só pode ser realizado pelo exterior da edificação, através de uma longa escada de lance único que chega a um corredor avarandado responsável por toda a circulação, ventilação e iluminação entre os ambientes de serviços depósito e lavanderia e a casa do caseiro. (figuras 4 e 5) Figura 5: Volume com pavimentos autônomos entre si, em corte e pavimento inferior em planta baixa. Residência FB, Bernardes e Jacobsen

205 Espacialidade O acesso da residência é demarcado por um porticado, em que também é possível a passagem de veículos. Este espaço promove uma leve compressão espacial e, pelas aberturas que ladeiam a grande porta de madeira, revela o hall a ser adentrado. A cobertura do pórtico se prolonga no hall, dando um sentido de continuum horizontal entre o interior e exterior. O tratamento deste hall com jardins, bem como as visuais que promove do pátio da piscina, revelam ainda um espaço de transição entre o dentro e o fora. Por estar ali disposta a escada e as portas de acesso à ala íntima e ao setor social, temse uma tensão multidirecional, sugerindo diversos caminhos a seguir. (figura 6) Figura 6: (a) Planta baixa guia; (b) e (c) O acesso demarcado pela pérgola e a sua extensão, no interior do hall de entrada. Residência FB, Bernardes e Jacobsen Fonte: (a), (b) e (c) BAUMANN, Rafael, (d) O ingresso na ala social se dá pelo jantar que possui o mesmo pé direito do hall e planos laterais opacos. É ainda um espaço comprimido e que faz a transição, como mirante, para o grande estar, que se desenvolve num nível inferior. A passagem do jantar para o estar promove uma maior dilatação espacial favorecida pelo pé direito mais alto e pelas superfícies envidraçadas a leste e norte, que ampliam o estar para o exterior e multiplicam as visuais. Unificam o jantar e o estar um

206 plano de pedra a oeste que não toca na laje de cobertura. Assim, apesar de integrados, estes ambientes possuem espacialidades distintas que vão sendo gradativamente reveladas no percurso. (Figura 7) Figura 7: (a) Planta baixa guia; (b) O setor social com a sala de jantar elevada e (c) o percurso sugerido pelo mobiliário com a presença do exterior (b). Residência FB, Bernardes e Jacobsen Fonte: BAUMANN, Rafael, A circulação que leva aos dormitórios da família tem pé direito elevado em relação ao do hall e sugere um unidirecionamento causado, em parte pela sua geometria, em parte pelos planos verticais opacos. Este efeito é reforçado pela entrada de luz através das janelas em fita de peitoril alto e pela abertura zenital (figura 9). As portas dispostas ritmicamente ao longo do corredor levam aos dormitórios. Nestes ambientes, o ingresso no pequeno hall do banheiro, promove uma suave compressão espacial que, em seguida, é dilatada ao se ingressar no quarto propriamente dito. Na geometria regular dos quartos, a grande abertura para as sacadas privativas se estabelece como ponto focal de interesse, promovendo uma tensão unidirecional. As sacadas, apesar de promoverem relações dinâmicas entre interior e exterior, configuram-se como um espaço de transição protegido por venezianas de madeira que garantem a intimidade dos quartos em relação ao exterior. (figura 8)

207 Figura 8: (a) Planta baixa guia; (b) Circulação íntima; (c) Quarto. Residência FB, Bernardes e Jacobsen Fonte: BAUMANN, Rafael, 2015.

208 CASA ZM CASA CT CASA MDT CASA FB Local: Itacaré - BA Ano: 2005 Local: Bragança Paulista - SP Ano: 2008 Local: Fazenda Boa Vista - SP Ano: 2008 Local: Porto Feliz - SP Ano: 2011 Bernardes e Jacobsen Arquitetura Jacobsen Arquitetura Autores: Rafael Susin Baumann, Cristina Piccoli e Ana Elísia da Costa ANÁLISE COMPARATIVA: CASA ZM, CASA CT, CASA MDT E CASA FB Implantação e Partido Formal As quatro casas analisadas são de uso eventual e estão localizadas em cidades interioranas, em condomínios fechados e/ou em lugares de paisagem peculiar, como campo e praia. As características topográficas e geométricas dos terrenos íngremes, irregulares e de grandes dimensões - em que estas residências estão implantadas parecem ter sido determinantes na concepção de seus partidos formais, o que pode ser demonstrado através de: a) implantação das casas nas cotas mais altas do terreno, garantindo a exploração das visuais para o entorno e/ou para os espaços abertos configurados no interior dos lotes; b) adoção de partidos decompostos, com alas lineares, que exploram as grandes dimensões e a geometria irregular do lote; c) acomodação das alas na topografia, gerando arranjos em níveis. (Figuras 1 e 2) Figura 1: Implantação e arranjo volumétrico. (a) Residência ZM, 2005; (b) Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, 2015.

209 Figura 2: Implantação e arranjo volumétrico. (c) Residência MDT, 2008; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, As composições volumétricas adotadas são, na maioria das vezes, organizadas por alas lineares e perpendiculares entre si. Recorrentemente, uma ala é posicionada paralelamente à via de acesso e sua fachada principal é tratada de modo hermético, sem aberturas, buscando garantir a privacidade doméstica, O desejo de isolamento frente ao entorno também é evidenciado pela posição dos pátios sociais que, internalizados, se isolam das visuais de quem passa pelas vias. Esta estratégia é ainda reforçada pela disposição da vegetação na periferia do lote (Figuras 1, 2 e 3) Figura 3: Fachadas-muro. (a) Residência CT, 2008.; (b) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, 2015.

210 O arranjo volumétrico sugerido em planta é tensionado por alguns elementos de arquitetura que assumem uma linguagem planar. Destacam-se os planos-muros que isolam as casas das ruas (Figura 3) e os planos de cobertura que interligam os volumes independentes, bem como configuram pórticos de acesso ou varandas que garantem a exploração das visuais. (Figura 4) Figura 4: Volumes e elementos de arquitetura com linguagem planar. (a) Residência ZM, 2005.; (b) Residência CT, ; (c) Residência MDT, ; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, O tratamento das alas é constante e garante a legibilidade dos setores: a ala social é sempre envidraçada, o que tensiona o limite entre interior e exterior; a ala íntima é mais vedada, frequentemente misturando superfícies envidraçadas com elementos de vedação semipermeáveis, como treliças de madeira, indicando o seu caráter introspectivo. As alas de serviço também são tratadas com opacidade (CT e MDT) ou mimetizados ao terreno (ZM e FB). (Figura 5) Figura 5: Arranjos volumétricos e tratamentos das fachadas. (a) e (e) Residência ZM, 2005.; (b) e (f) Residência CT, 2008.; (c) e (g) Residência MDT, 2008.; (d) e (h) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: (a), (b), (c) e (d) (e), (f), (g) e (h) BAUMANN, Rafael, 2015.

211 Configuração funcional Em todos os casos, o hall social conecta as alas independentes. Assim, este núcleo organiza as circulações e permite acesso seletivo a todos os setores. (Figura 6) Figura 6: Setorização e circulação. (a) Residência ZM, 2005.; (b) Residência CT, 2008.; (c) Residência MDT, 2008.; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, O setor íntimo, sempre disposto no pavimento do hall de entrada, é geralmente arranjado em três faixas longitudinais: 1) circulação periférica; 2) sala íntima e suítes, modularmente dispostas; 3) sacadas. Nesta ala, é notável que a suíte principal ocupa a terminação longitudinal da ala, ampliando suas dimensões ao incorporar para si a faixa correspondente à circulação. (Figura 7) Figura 7: Setor íntimo organizado em faixas. Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, 2015.

212 A disposição dos banheiros das suítes de solteiros não obedece a um regramento constante, podendo estar agrupados e inseridos entre os quartos (ZM, CT e FB) ou internalizados entre o corredor e os quartos (MDT) (Figura 8). Nas suítes de casal, a disposição dos banheiros é tensionada pelo desejo de explorar as melhores visuais. Se estas ocorrem longitudinalmente na ala, os banheiros são inseridos no extremo transversal da ala (ZM e MDT); se transversalmente, os banheiros são deslocados, abrindo espaço para as sacadas ocuparem a terminação da ala (CT e FB). Figura 8: Banheiros e sacadas. (a) Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura; (b) Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, O setor social é configurado como uma grande planta livre, onde o layout do mobiliário sugere as circulações sempre longitudinais em relação à geometria do ambiente, podendo estas ser periféricas (ZM, CT e FB), explorando as visuais, ou centralizadas (MDT). (Figura 9) Em contraposição, o setor de serviço é compartimentado e sempre dotado de acesso independente, efetivado pelo exterior. Figura 9: Setor social - circulação (a) Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura; (b) Residência MDT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, 2015.

213 Espacialidade Os halls das casas analisadas são ambientes que promovem tensões multidirecionais, resultantes da excessiva disposição de aberturas para o exterior, portas internas, escadas e passagens que encaminham aos setores. Estas tensões são também enfatizadas pelos jardins internalizados que fazem transições entre o dentro e o fora (FBe CT) e pelos efeitos de dilatação vertical promovidos através de pé-direito duplo (ZM e CT) e aberturas zenitais (CT e MDT). (Figura 10) Figura 10: Hall de entrada. (a) Residência ZM, 2005.; (b) Residência CT, Arquitetura; (c) Residência MDT, 2008.; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, No setor social, as salas costumam ser espaços que promovem relações visuais abertas e dinâmicas, quer pela grande planta livre, quer pela disposição do mobiliário, quer pelas grandes superfícies envidraçadas que dilatam o espaço para o exterior. Nas salas das casas ZM e CT, o envidraçamento de três dos seus planos verticais define múltiplos pontos focais e tensões multidirecionais. Estas são mais intensas do que na casa FB, onde a perspectiva externa se revela apenas na aresta do ambiente, através da transparência de um plano transversal e de parte de um plano longitudinal. A sala da casa MDT é a que apresenta menor grau de relação com o espaço aberto, uma vez que possui um único plano envidraçado. Porém, este é confinado entre dois planos verticais paralelos e entre os planos de piso e forro que se estendem ao exterior, posicionando-o como ponto focal. O percurso sugerido pelo layout do mobiliário coopera ao direcionar o corpo e o olhar ao exterior. (Figura 11)

214 Figura 11: Sala. (a) Residência ZM, 2005.; (b) Residência CT, 2008;(c) Residência MDT, 2008.; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, Nas circulações íntimas, de geometria comprida e estreita, é sugerida uma tensão unidirecional. Porém, há duas variáveis que influenciam na espacialidade destes ambientes: as diferentes dimensões e posições das janelas, o que gera diferentes graus de relação com o exterior; e a variação de altura do pé direito em relação aos demais ambientes das casas. No primeiro caso, destaca-se que as grandes aberturas dos corredores das casas CT e MDT tensionam visualmente a experiência espacial, sugerindo um percurso a ser seguido pelo corpo e outro pelos olhos, estabelecendo assim uma tensão multidirecional. No segundo caso, é notável as diferentes estratégias projetuais que causam uma compressão vertical quando as circulações íntimas das casas MDT e ZM são acessadas: na primeira, esta sensação é proveniente da elevação do nível do piso em relação à sala de home theater, enquanto na segunda ela é causada pelo abandono do hall de pé direito duplo e acesso à circulação íntima de pé direito simples. O pé direito desta circulação nas casas CT e FB é de pouca influência na experiência espacial, pois se apresenta com altura equivalente à do hall (CT) ou com altura levemente mais alta (FB). (Figura 12)

215 Figura 12: Circulação íntima. (a) Residência ZM, 2005.; (b) Residência CT, 2008.; (c) Residência MDT, 2008.; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, Os quartos são frequentemente acessados por um pequeno hall, cuja geometria promove uma leve compressão espacial no percurso. Transposto este hall, os quartos revelam uma espacialidade estática, tensionada pelos grandes planos de vidro que encaminham às sacadas e ao espaço aberto. Mesmo assim, configura-se um espaço com tensão unidirecional, onde os planos envidraçados funcionam como pontos focais. (Figura 13) Figura 13: Quarto. (a) Residência ZM, 2005.; (b) Residência CT, Bernardes e Jacobsen Arquitetura; (c) Residência MDT, Jacobsen Arquitetura; (d) Residência FB, Bernardes e Jacobsen Arquitetura Fonte: BAUMANN, Rafael, 2015.

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