As lendas e a ciência por trás dos répteis gigantes de Araraquara
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- Ágata Beatriz Estrada Candal
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1 Revista da Biologia (2018) 18(1): DOI: /revbio Revisão Opinião As lendas e a ciência por trás dos répteis gigantes de Araraquara Legends and science behind the Araraquara giant reptiles Heitor Francischini 1* ; Paula Dentzien-Dias 2 ; Virgínia de Gobbi 3 e Marcelo Adorna Fernandes 4 1 Programa de Pós-Graduação em Geociências, Laboratório de Paleontologia de Vertebrados, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS. 2 Laboratório de Geologia e Paleontologia, Instituto de Oceanografia, Universidade Federal do Rio Grande, FURG. 3 Museu de Arqueologia e Paleontologia de Araraquara, MAPA. 4 Laboratório de Paleoecologia e Paleoicnologia, Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva, Universidade Federal de São Carlos, UFSCar. *Contato: heitorfrancischini@hotmail.com Resumo. Imersa em lendas e mitos sobre a presença de uma gigantesca serpente que habita o seu subterrâneo, a cidade paulista de Araraquara possui um dos mais ricos e diversos registros de pegadas fósseis do mundo. Este registro revela que as rochas que a sustentam foram outrora um grande deserto habitado por outro tipo de réptil: os dinossauros. Até hoje é possível encontrar em suas calçadas pegadas destes e de outros animais pré-históricos. Palavras-chaves. Dinossauros; pegadas; Cretáceo; Formação Botucatu; paleontologia. Abstract. Immersed in legends and myths about the presence of a giant snake that inhabits its underground, Araraquara has one of the richest and most diverse records of fossil footprints in the world. This record reveals that the rocks that support this city were once a large desert inhabited by another type of reptile: the dinosaurs. Up to this day, it is still possible to find footprints of these and other prehistoric animals on the sidewalks.keywords. Dinosaurs; footprints; Cretaceous; Botucatu Formation; paleontology. Recebido: 06jul17 Aceito: 07out18 Publicado: 23nov18 Editado por Ana Bottallo Quadros e revisado por Anônimo A Vila de São Bento de Araraquara foi fundada em agosto de 1817 na região central do Estado de São Paulo, há pouco mais de 200 anos (Figura 1). Desde então, existem diversos rumores sobre a presença de répteis habitando o subsolo desta cidade paulista. A cidade nasceu e cresceu ao redor da Igreja Matriz de São Bento (Fig. 1A), construída na então Sesmaria do Ouro por Pedro José Neto e sua família. As obras desta igreja, no entanto, não terminaram até hoje. Isso porque no ano de 1897 dois homens foram assassinados em um episódio conhecido como o linchamento dos Britos, derivado de uma disputa política entre os que defendiam a Proclamação da República e os que defendiam a manutenção da Monarquia (Françoso, 2015a). Após uma briga, o jornalista e monarquista Rosendo de Souza Brito teria assassinado o coronel republicano Antônio Joaquim de Carvalho, o que levou à prisão juntamente com seu tio, Manoel de Souza Brito (Telarolli, 2003; Martinez Côrrea, 2008; Françoso, 2015a,b). Posteriormente, teria havido uma invasão na cadeia pública (naquela época localizada em frente à Igreja Matriz) por parte de pessoas que buscavam vingança pela morte do coronel, e os Britos teriam sido cruelmente linchados e postos em exposição na praça da Igreja (Telarolli, 2003; Martinez Côrrea, 2008; Françoso, 2015a). O Padre Antônio Cezarino, responsável pela Igreja Matriz, teria amaldiçoado os envolvidos neste trágico evento. A partir de então, nasceria uma serpente que habitaria o subterrâneo da Igreja Matriz e que permaneceria dormente sob a cidade (Françoso, 2015b). Uma das versões desta lenda conta que a cabeça de tal réptil estaria localizada debaixo do altar da Igreja e a ponta de sua cauda alcançaria o local onde os Britos foram enterrados (o antigo Cemitério dos Britos, hoje Cemitério das Cruzes, no bairro Jar-
2 Francischini Revista et al. da Dinossauros Biologia (2018) em 18(1) Araraquara 32 dim Paraíso), a aproximadamente 5 km de distância. Outras versões contam que o corpo da serpente poderia alcançar a Igreja do Carmo, e os menos contidos dizem que a cauda do réptil chegaria à Catedral de São Carlos, cidade vizinha que dista mais de 40 km do centro de Araraquara. A serpente, adormecida, esperaria por vingança e cresceria no subsolo araraquarense até que despertaria para destruir toda a cidade. O momento exato desta tragédia começaria com o término da construção da Igreja Matriz (para mais detalhes sobre esta lenda, suas variações e significados etnográficos, ver Françoso, 2015b). Curiosamente, nestes 200 anos de história, a igreja nunca terminou de ser construída e seu projeto original passou por diversas reformas. Uma das versões da lenda diz que a serpente se move assim que as obras se aproximam do final, criando novas rachaduras no templo (Françoso, 2015b). Imersos nas diversas versões da lenda, os responsáveis pelas obras da Igreja modificaram por várias vezes o projeto original, de maneira a dar à cúpula da Igreja um formato de águia, o qual salvaria Araraquara da total destruição. Por medidas de segurança, a fonte da Praça da Matriz também possui uma escultura desta ave (Fig. 1A). Ainda, por coincidência ou não, o pa- droeiro da cidade é São Bento da Núrsia. Este santo é conhecido pela relação com serpentes e aves, e as inscrições em sua Cruz-Medalha possuem referências a répteis amaldiçoados ( Non draco sit mihi dux, não seja o meu guia o dragão ) e vingança ( Ipse venena bibas, bebas do teu próprio veneno). Estes elementos da mitologia católica poderiam ter servido de base para o surgimento da lenda araraquarense (Françoso, 2015b). A despeito da popularidade desta lenda entre os araraquarenses, não existem evidências da presença da famosa e gigantesca serpente sob o solo da cidade. É conhecido entre os geólogos que Araraquara está assentada sobre camadas de basalto e arenito (Figura 1B; Soares, 1975; Scherer, 2000). A origem destas rochas, também conhecidas como Grupo São Bento (em referência à antiga Vila e seu padroeiro), está relacionada com a deposição de um enorme deserto de areia que cobria uma área de 1,2 milhão de km2 (Soares, 1975). Os arenitos (conhecidos como Arenito Botucatu) são rochas derivadas das areias das dunas deste imenso deserto e podem ser encontradas nos atuais territórios da Argentina, Paraguai, Uruguai, Namíbia e África do Sul, além de oito estados brasileiros (GO, MG, MS, MT, PR, RS, SC e SP; Figura 1. Araraquara e o Jazigo Icnofossilífero do Ouro. A. A Igreja Matriz de São Bento em sua versão mais atual e sua fonte em forma de águia. Neste mesmo local, os Britos teriam sido assassinados em B. Visão geral dos arenitos eólicos da Formação Botucatu na Pedreira São Bento. C. Localização geográfica do Jazigo Icnofossilífero do Ouro, onde estão localizadas as pedreiras.
3 33 Revista da Biologia (1) Scherer, 2000). As areias deste deserto foram acumuladas pelo vento, que realocou e depositou cada grão em grandes dunas, tais como as do atual deserto de Saara, na África (Scherer, 2000). Já as camadas de basalto encontradas sempre acima das camadas de arenito têm origem magmática, ou seja, são derrames de lava que, em contato com a atmosfera, resfriaram e endureceram. Dadoas geocronológicos (obtidos da datação absoluta das rochas usando isótopos de argônio) indicam que o início da deposição destas lavas e, consequentemente, o fim da deposição das dunas de areia, ocorreu há aproximadamente 137 Figura 2. O padre e paleontólogo ítalo-brasileiro Giuseppe Leonardi. A. Na Pedreira São Bento, estudando as pegadas nos arenitos de uma antiga duna. B. Em sua mais recente expedição (à direita) à pedreira São Bento, no ano de C. Estudando as lajes de arenito nas calçadas de Araraquara. milhões de anos, no período geológico conhecido como Cretáceo (Turner et al., 1994). O Cretáceo é o período geológico que compreende a história da vida na Terra entre 145 e 66 milhões de anos, mas ficou mais conhecido pelos gigantescos animais que habitaram o nosso planeta naquele momento (e também nos dois períodos anteriores, o Triássico e o Jurássico): os dinossauros. Este grupo de animais surgiu durante o período Triássico (de 251 a 201 milhões de anos atrás), mas foi durante o Cretáceo que os dinossauros atingiram um tamanho descomunal. Dentre os gigantes, talvez o mais popular seja o tiranossauro (Tyrannosaurus rex), um dinossauro bípede e carnívoro do grupo dos terópodes. Já dentre os herbívoros, os saurópodes foram os maiores animais que já habitaram a Terra, alguns deles podendo pesar quase 70 toneladas (Carballido et al., 2017). Atualmente, mais de 20 espécies de dinos- sauros já foram descritas no Brasil e este número só tende a crescer (Anelli, 2010; Bittencourt e Langer, 2011). Diversas espécies foram encontradas em cidades do interior paulista, como o Gondwanatitan faustoi e o Brasilotitan nemophagus (e.g. Kellner e Azevedo, 1999; Machado et al., 2013), mas a região de Araraquara não possui (até o presente) restos corporais de dinossauros, como dentes e ossos fossilizados. Por outro lado, pegadas destes animais são muito abundantes nos arenitos utilizados no calçamento das vias públicas da cidade (Leonardi, 1980; Fernandes et al., 2008). Araraquara possui inúmeras pedreiras (atualmente quase todas inativas) que exploram comercialmente o arenito para sua utilização em pavimentação de calçadas, quintais, praças, dentre outros (Leonardi, 1980; Leonardi e Godoy, 1980; Leonardi e Carvalho, 2002; Leonardi et al., 2007). Uma vez que os arenitos são rochas derivadas da areia das dunas do referido deserto cretácico, eles preservaram os vestígios dos animais que viveram neste ambiente. Desta forma, é muito comum encontrar lajes de arenito com pegadas fossilizadas de animais já extintos (dentre eles, dinossauros, mamíferos e invertebrados, como aranhas, escorpiões e besouros) ao se caminhar pelo centro de Araraquara (Leonardi, 1980; Fernandes et al., 2008). Na década de 1970, este curioso acervo paleontológico a céu aberto chamou a atenção de um especialista no assunto (Figura 2). Em 1976, o padre e paleontólogo italiano (naturalizado brasileiro em 1979) Giuseppe Leonardi chegou a Araraquara com o intuito de encontrar tais pegadas fósseis e estudá- -las (Caloni, 2010). Ao notar a abundância destes vestígios fósseis, Leonardi chegou a mencionar em uma das tantas entrevistas que era possível encontrar de cinco a dez lajes contendo pegadas fósseis a cada quadra caminhada (Fig. 3; Caloni, 2010). Era o lugar ideal para que um paleoicnólogo (paleontólogo especialista em pegadas e outros vestígios de animais preservados no registro fóssil) realizasse suas pesquisas. Ao buscar a origem destas lajes, Leonardi encontrou a Pedreira São Bento (então em atividade) e outras seis pedreiras (Califórnia, Cerrito Novo, Cerrito Velho, Corpedras, Santa Águeda e São Domingos, todas em Araraquara), que funcionavam extraindo lajes de arenito das antigas dunas e, em todas elas, pegadas de dinossauros eram muito abundantes (Leonardi, 1980; Leonardi e Godoy, 1980). Todas estas pedreiras estão localizadas muito próximas umas das outras e representam os antigos campos de dunas do Cretáceo. A região, então, passou a ser denominada Jazigo Icnofossilífero do Ouro, devido à sua
4 Francischini Revista et al. da Dinossauros Biologia (2018) em 18(1) Araraquara 34 Gondwanatitan mencionado anteriormente). Como estes animais eram muito grandes, eles não poderiam sobreviver em um ambiente tão hostil e, além disso, afundariam se tentassem cruzar as dunas de areias do deserto de Araraquara (Francischini et al., 2015). Sendo assim, podemos dizer que, apesar de não serem conhecidos ossos e dentes de dinossauros no município, as pegadas por eles deixadas reforçam a ideia de que o ambiente e o clima da região durante o Cretáceo eram muito diferentes dos encontrados em outras localidades do mundo no mesmo período (Francischini et al., 2015), o que chama a atenção para a excepcionalidade da fauna de dinossauros de Araraquara. Ainda é possível andar por Araraquara e encontrar lajes de arenito nas calçadas da cidade. Todavia, com o crescimento da cidade e a falta de preservação deste patrimônio, as lajes estão desaparecendo ou sendo destruídas (Fig. 5). Muitos moradores desconhecem a presença de pegadas de dinossauros nestas rochas e/ou não sabem reconhecê-las. Por isso, acabam por preenchê-las com cimento (Fig. 5A), pintá-las (Fig. 5B) ou mesmo por descartá-las como entulho durante uma reforma. Neste sentido, o Museu de Arqueologia e Paleontologia de Araraquara (MAPA) oferece estrutuimportância científica e em alusão à antiga Sesmaria (Fig. 1C; Leonardi e Carvalho, 2002). Durante todo o período em que Leonardi ficou em Araraquara, o paleontólogo coletou inúmeras lajes com pegadas, que hoje estão distribuídas em diversos museus e universidades Brasil afora. O padre cientista, no entanto, intrigou-se pelo fato de os dinossauros de Araraquara terem deixado pegadas tão pequenas, uma vez que, em outros lugares do mundo, eles teriam atingido tamanhos colossais. Uma das hipóteses levantadas por ele era de que se tratava de uma fauna de pequeno porte, uma vez que o deserto quente e seco não forneceria recursos suficientes, como água e alimento, para que animais de grande porte pudessem habitá-lo (Leonardi et al., 2007). Recentemente, publicamos um trabalho em que pudemos inferir o tamanho dos dinossauros de Araraquara com base em suas pegadas (Fig. 4; Francischini et al., 2015), e o resultado revelou que a maioria dos animais não passava de meio metro de altura. Com isto, pudemos endossar a hipótese levantada pelo Padre Leonardi. Outro resultado importante foi a completa ausência de pegadas de dinossauros saurópodes (herbívoros quadrúpedes que possuíam longos pescoços e caudas, como o Figura 3. Pegadas de dinossauros (A-G) encontradas nas calçadas de Araraquara. As mais bem preservadas estão localizadas na Praça do Parque Infantil (Av. Padre Duarte, entre as ruas São Geraldo e Prof. Jorge Corrêa), no centro de Araraquara. Escalas em centímetros.
5 35 Revista da Biologia (1) Figura 4. Reconstrução artística do deserto que cobria Araraquara há 137 milhões de anos e os dinossauros que o habitavam. Toda esta reconstrução foi realizada unicamente com base no estudo das pegadas fósseis da região. Retirada de Francischini et al. (2015). Arte de Voltaire Paes Neto. ra e pessoal qualificado para o ensino e a divulgação científica sobre a importância deste patrimônio científico, cultural e arquitetural de Araraquara (Fig. 5C). Somente com o devido investimento em educação este patrimônio estará a salvo e terá a sua importância científica resguardada, o que permitirá que o povo araraquarense se aproprie do conhecimento científico derivado da pesquisa das pegadas fósseis da cidade tal como faz com seu patrimônio cultural e folclórico representado pela lenda da serpente adormecida sob a Igreja Matriz de São Bento. A Paleontologia, como atividade científica, tem como um de seus preceitos a busca racional pelo conhecimento e, conforme novos dados ou evidências surgem, modifica seus paradigmas de modo a tentar explicar melhor os fenômenos e os agentes da natureza, sejam os atuais ou os de tempos remotos. Não podemos deixar de lembrar que Araraquara não possui somente 200 anos de história. Antes de sua fundação por Pedro José Neto, habitaram na região índios e, ainda mais antigamente, animais que hoje já se encontram extintos. De qualquer modo, as lendas locais e a Ciência indicam que Araraquara possui uma vocação para histórias envolvendo padres e répteis ferozes. Cabe ao povo manter viva a sua tradição folclórica sem deixar que o patrimônio científico caia no esquecimento. Agradecimentos Agradecemos às equipes do Museu de Arqueologia e Paleontologia de Araraquara (MAPA) e do Laboratório de Paleontologia de Vertebrados da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFR- Figura 5. A conservação das pegadas fósseis de Araraquara. A. Um par de pegadas de dinossauros já preenchidas por cimento. B. O Padre Giuseppe Leonardi fotografa uma laje com pegadas que foi pintada. C. A fachada do Museu de Arqueologia e Paleontologia de Araraquara (MAPA), onde são realizadas atividades de educação patrimonial e divulgação científica.
6 Francischini Revista et al. da Dinossauros Biologia (2018) em 18(1) Araraquara 36 GS) por todo o suporte concedido. Também somos gratos aos dois revisores anônimos e à editora Dra. Fabiana Rodrigues da Costa (UFABC), cujos comentários e sugestões contribuíram para o enriquecimento do texto. Agradecemos ao Dr. Giuseppe Leonardi, por todo seu trabalho realizado na cidade e pela concessão de algumas de suas fotos. A pesquisa que embasa este texto foi financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com uma bolsa concedida a HF (Processo: /2014-6). Referências Anelli, LE O Guia Completo dos Dinossauros do Brasil. São Paulo: Editora Peirópolis. 224p. Bittencourt, JS, Langer, MC Mesozoic dinosaurs from Brazil and their biogeographic implications. Anais da Academia Brasileira de Ciências 83(1): Caloni, B Giuseppe Leonardi: um cidadão do Pangea. O Imparcial, Araraquara, 22 ago. p.1 4. Carballido, JL, Pol, D, Otero, A, Cerda, IA, Salgado, L, Garrido, AC, Ramezzani, J, Cúneo, NR, Krase, MJ A new giant titanosaur sheds light on body mass evolution among sauropod dinosaurs. Proceedings of the Royal Society B 284(1860): Fernandes, MA, Francischini, H, Carvalho, IS Paleoicnologia Urbana: o patrimônio fossilífero de Araraquara, estado de São Paulo, Brasil. Memórias e Notícias 3: Françoso, LM. 2015a. Linchaquara o assassinato dos Brito. Cadernos de Campo 19: Françoso, LM. 2015b. A Modernidade é uma Serpente. 134p. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Araraquara. Francischini, H, Dentzien-Dias, PC, Fernandes, MA, Schultz, CL Dinosaur ichnofauna of the Upper Jurassic/Lower Cretaceous of the Paraná Basin (Brazil and Uruguay). Journal of South American Earth Sciences 63: Kellner, AWA, Azevedo, SAK A new sauropod dinosaur (Titanosauria) from the Late Cretaceous of Brazil. National Science Museum Monographs 15: Leonardi, G On the discovery of an abundant ichno-fauna (vertebrates and invertebrates) in the Botucatu Formation s.s. in Araraquara, São Paulo, Brazil. Anais da Academia Brasileira de Ciências 52(3): Leonardi, G, Carvalho, IS Jazigo Icnofossilífero do Ouro Araraquara (SP). In Schobbenhaus, C, Campos, DA, Queiroz, ET, Winge, M, Berbert-Born, M (Eds.) Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. Brasília: DNPM. p Leonardi, G, Carvalho, IS, Fernandes, MA The desert ichnofauna from Botucatu Formation (Upper Jurassic Lower Cretaceous), Brazil. In Carvalho, IS, Cassab, RCT, Schwanke, C, Carvalho, MA, Fernandes, ACS, Carvalho, MSS, Arai, M, Oliveira, MEQ (Eds.) Paleontologia: Cenários de Vida. Rio de Janeiro: Interciência. p Leonardi, G, Godoy, LC Novas pistas de tetrápodes da Formação Botucatu no Estado de São Paulo. In Anais do XXXI Congresso Brasileiro de Geologia, Balneário Camboriú, 5. p Machado, EB, Avilla, LS, Nava, WR, Campos, DA, Kellner, AWA A new titanosaur sauropod from the Late Cretaceous of Brazil. Zootaxa 3701(3): Martinez Corrêa, AM Araraquara : um capítulo da história do café em São Paulo. São Paulo: Cultura Acadêmica. 321p. Scherer, CMS Eolian dunes of the Botucatu Formation (Cretaceous) in southernmost Brazil: morphology and origin. Sedimentary Geology 137: Soares, PC Divisão estratigráfica do Mesozóico no Estado de São Paulo. Revista Brasileira de Geociências 5: Telarolli, R Para uma história de Araraquara: 1800 a Araraquara: Editora da Universidade Estadual Paulista, Laboratório Editorial. 232p. Turner, S, Regelous, M, Hawkesworth, C, Montovani, M Magmatism and continental break-up in the South Atlantic: high precision 40 Ar- 39 Ar geochronology. Earth and Planetary Science Letters 121:
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