UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO: ANDRITZ SEPARATION INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS DE FILTRAÇÃO LTDA. CAROLINI MACHADO REBELO BLUMENAU 2010

2 CAROLINI MACHADO REBELO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO: ANDRITZ SEPARATION INDÚSTRIA E COMERCIO DE EQUIPAMENTOS DE FILTRAÇÃO LTDA Relatório de estagio curricular obrigatório apresentado à disciplina Estágio Supervisionado do curso de Engenharia Química da Universidade Regional de Blumenau. Orientador: Rodrigo Koerich Decker, Dr. Supervisor: Idemilson Fritzke, Eng. Coordenador: Griseldes Fredel Boos, Dra. BLUMENAU 2010

3

4 4 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por ter me dado saúde e coragem para alcançar meu objetivo. Aos meus pais, Élio e Eva pela força, carinho, compreensão e pelo todo o esforço para que eu conseguisse fazer uma faculdade. A minha irmã Catherini pelo carinho e compreensão na minha ausência em muitos momentos especiais em sua vida. Ao meu namorado Paulo César por todo o carinho, amor e compreensão pelos dias que não pude estar presente. A toda equipe da Andritz Separation Indústria e Comércio de Equipamentos de Filtração Ltda, em especial ao sr. Maurício Heinzle, co-diretor da empresa, sr. Idemilson Fritzke, gerente de vendas e aplicações e ao Jefferson, laboratorista, pela paciência, compreensão e pela confiança em meu trabalho. A todos os meus professores de faculdade, em especial a professora Griseldes, coordenadora do estágio e ao professor Rodrigo, orientador de estágio, pela atenção e pelo conhecimento adquirido. A dona Cilene, pessoa que me alugou um quarto em Pomerode, onde eu pude ficar para a realização desse estágio.

5 LISTA DE ILUSTRAÇOES Figura 1 Andritz Separation Indústria Comércio de Equipamentos de Filtração Ltda Pomerode/sc Figura 2 Linha de produtos Andritz Figura 3 Decantador Figura 4 - Flotador Figura 5 Centrífuga decanter Andritz Figura 6 Filtro prensa Figura 7 Diagrama de fluxo filtro prensa Figura 8 Filtro prensa tipo câmara Andritz Figura 9 Filtro prensa tipo diafragma Andritz Figura 10 Dispositivo monoface Figura 11 Teste planta piloto, filtro prensa Figura 12 Água de lavador de gases Figura 13 Argila e sílica Figura 14 Efluente de indústria de pigmentos orgânicos Figura 15 Efluente de tinta a base de água Figura 16 ETA e ETE Figura 17 Lama bentonita Figura 18 Lodo de cromagem Figura 19 Lodo de ferro Figura 20 Sulfato de cálcio Figura 21 Suspensão de sílica Figura 22 Testemunho de sondagem Figura 23 Centrífuga instalada, start up Figura 24 Torta centrífuga... 32

6 6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO APRESENTAÇÃO DA EMPRESA OPERAÇÕES UNITÁRIAS DE SEPARAÇÃO SEPARAÇÕES SÓLIDO-LÍQUIDO Decantação Flotação Centrífugas FILTRAÇÃO FILTRO PRENSA Filtro prensa tipo câmara Filtro prensa tipo diafragma Filtro prensa tipo placa e quadro FILTRO CONTÍNUO ROTATIVO FILTRO TAMBOR ROTATIVO FILTRO DE DISCO ROTATIVO FILTROS CONTÍNUOS HORIZONTAIS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS CENTRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE APLICAÇÕES LABORATÓRIO START-UP EM CENTRÍFUGAS CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 34

7 1 INTRODUÇÃO As operações unitárias de separação estão presentes nos mais diversos ramos da indústria química. Sejam eles como parte integrante de um processo industrial, com o objetivo de alcançar a produção de um produto pré-definido, ou como alternativa para os tratamentos de água e efluentes, visando atender às questões ambientais tão presentes na legislação em vigor. O presente estágio foi realizado na empresa Andritz Separation Indústria e Comércio de Equipamentos de Filtração Ltda, em Pomerode/SC, no período de 13 de outubro de 2009 à 19 de fevereiro de O objetivo do mesmo foi aplicar os conhecimentos adquiridos durante a graduação em situações práticas vivenciadas pelas indústrias químicas. Uma das atividades desenvolvidas foi o acompanhamento durante a visita de start-up em uma centrífuga. 1.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA A Andritz foi fundada em 1852, na cidade de Graz na Áustria, pelo húngaro Josef Körösi, para a fabricação e fundição de componentes para máquinas. Desde a fundação, o foco da empresa esteve voltado ao desenvolvimento e produção de bens de capital e plantas industriais completas para vários tipos de produtos standardizados ou específicos de alta tecnologia. No ano de 1999 tornou-se uma S.A. Atualmente o grupo possui cinco áreas de negócios e respectiva participação no faturamento de 2008: - Papel de celulose (Pulp & paper): 37%; - Energia hidráulica (Hydro): 33%; - Siderurgia (Metal): 16%; - Processos e meio ambiente (Environment & Process): 10%; - Alimentação animal e biocombustível (Feed & Biofuel): 4%.

8 8 Na área de negócios de meio ambiente e processos, o grupo Andritz adquiriu em 2004 todas as atividades mundiais da Unidade de Negócios Filtração do grupo Netzsch. Sendo assim, a empresa Andritz Separation Indústria e Comércio de Equipamentos de Filtração Ltda, inaugurada em 09 de novembro de 2005, surgiu como sucessora das atividades da Unidade de Negócios Filtração da Netzsch do Brasil, a qual atuava no mercado sul-americano desde Com uma área construída de 6.900m², a Anditz Separation Indústria e Comércio de Equipamentos de Filtração Ltda, (figura 1), localizada em Pomerode/SC, possui também, filiais de vendas nas cidades de São Paulo/SP e Belo Horizonte/MG e contou, em 2009, com a colaboração direta de 95 funcionários. Figura 1 Andritz Separation Indústria e Comércio de Equipamentos de Filtração Ltda Pomerode/SC Nos últimos cinco anos, a unidade de negócios em processos e meios ambiente, através de aquisições complementares e pesquisas avançadas, firmou-se como líder global em tecnologias de separação sólido-líquido e está presente nos mais variados ramos de processos industriais e efluentes com uma variada linha de produtos para o desaguamento mecânico, com destaque para: filtro prensa, desaguadora cotínua (contipress), centrífugas decanter, prensas desaguadoras, decantadores mecânicos, peneiras estáticas e dinâmicas e filtro de disco à vácuo ou hiperbárico, conforme figura 2.

9 Figura 2 Linha de produtos Andritz 9

10 2 OPERAÇÕES UNITÁRIAS DE SEPARAÇÃO Os diversos ramos da industria química utilizam a separação de materiais, seja como parte integrante do processo industrial, com o objetivo de alcançar a produção de um produto pré-estabelecido ou como alternativa para os tratamentos de águas e efluentes, visando atender às questões ambientais tão presentes na legislação em vigor. Há uma grande variedade de técnicas utilizadas para a separação em conseqüência do grande número de aplicações. Uma separação satisfatória depende primordialmente da escolha do método mais apropriado das características do produto. Com certeza é o maior grupo de operações unitárias aplicadas nas indústrias químicas. Este grupo inclui: processos físicos em que se permite a separação de duas fases (sólidolíquido e líquido-líquido), como filtração, decantação e centrifugação; processos em que ocorrem transferências de massa de uma fase para outra, pela afinidade do material para segunda fase, como a absorção (do gás para o líquido), a extração (de líquido para outro líquido), a adsorção (de uma mistura gasosa ou líquida para um sólido), a secagem etc.; processos em que ocorrem as tranferências de material de uma fase para outra pela influência de troca de calor, como a evaporação, a destilação, a cristalização,etc. Três são os critérios básicos de classificação das separações mecânicas: tipo de sistema, propriedade utilizada na separação e mecanismo. (GOMIDE, 1980) As classificações baseadas em qualquer destes critérios isolados são insatisfatórias. Uma vez que a natureza das fases a separar é a melhor orientação para selecionar o método de separação apropriado, o tipo de sistema é utilizado como base de classificação e os outros dois como critérios para definir sub-classes. São considerados quatro tipos de sistemas construídos respectivamente de: sólidos, sólidos e líquidos, sólidos ou líquidos e gases, e líquidos imiscíveis. (GOMIDE, 1980) As propriedades utilizadas como critério secundário para definir os métodos de separação são quatro: tamanho, densidade, inércia e propriedades eletromagnéticas. (GOMIDE, 1980) Segundo o mecanismo, que deve ser entendido como o maior ou menor importância do movimento relativo das fases na separação, os métodos são de dois tipos: dinâmicos e

11 11 estáticos. (GOMIDE, 1980) Um método é dinâmico quando a separação depende diretamente do movimento relativo das fases no seio de um fluido que já existe no sistema ou que é introduzido intencionalmente para promover a separação. A maior ou menor rapidez na movimentação relativa das fases constitui a base da separação. São exemplos a decantação diferencial, a classificação de sólidos em caixas de poeira e as operações de separação hidráulica. Nos métodos estáticos, exemplificados pelo peneiramento e a filtração, uma das fases é retida numa peneira ou tecido através dos quais as outras conseguem passar. (GOMIDE, 1980) 2.1 SEPARAÇÕES SÓLIDO-LÍQUIDO Muitos produtos industriais são suspensões de sólidos em líquidos, sendo necessário separar as fases para isolar o produto, seja ele o sólido ou o líquido. Os métodos de separação empregados são classificados de acordo com dois critérios. O primeiro critério refere-se ao movimento relativo das fases, distinguindo-se operações nas quais o sólido se move através do líquido em repouso e operações nas quais o líquido se move através da fase sólida estacionária. Do primeiro tipo são as operações de decantação, que podem ser sub-divididas de acordo com a concentração da suspensão ou com o fim visando: clarificação, que envolve suspensões diluídas e cujo objetivo é obter a fase líquida com um mínimo de sólidos; e espessamento, que visa obter sólidos com um mínimo de líquido, partindo de suspensões concentradas. As operações do segundo tipo são exemplificadas pela filtração. (GOMIDE, 1980) O segundo critério refere-se a força propulsora. As operações serão gravitacionais, centrífugas, por diferença de pressão ou eletromegnéticas. (GOMIDE, 1980) A combinação destes critérios conduz à seguinte divisão: Separação por decantação: clarificação, espessamento e lavagem; Decantação invertida (flotação); Separações centrífugas; Filtração.

12 Decantação Muito embora um sólido possa decantar sob a ação de uma força centrífuga, a decantação deve ser entendida como o movimento de partículas no seio de uma fase fluida, provocado pela ação da gravidade. Entende-se geralmente que as partículas são mais densas do que o fluido, apesar de haver decantação de sólidos ou líquidos em gases. (GOMIDE, 1980) A decantação pode visar a clarificação do líquido, o espessamento da suspensão ou a lavagem dos sólidos. No primeiro caso parte-se de uma suspensão com baixa concentração de sólidos para obter um líquido com um mínimo de sólidos. Obtém-se também uma suspensão mais concentrada do que a inicial, mas o fim visado é clarificar o líquido. No segundo caso parte-se de uma suspensão concentrada para obter os sólidos com a quantidade mínima possível de líquido. Algumas vezes, como no tratamento de minérios de zinco, chumbo e fosfatos, procura-se atingir os dois objetivos simultaneamente: obter uma lama com pouca água e ao mesmo tempo um concentrado com um mínimo de lama. Sendo assim, um mesmo decantador pode funcionar como clarificador ou espessador. (GOMIDE, 1980) A terceira finalidade é a passagem da fase sólida de um líquido para outro, para lavá-la sem recorrer à filtração, que é uma operação mais dispendiosa. Neste caso a decantação pode ser realizada em colunas na quais a suspensão alimentada pelo topo é tratada com um líquido de lavagem introduzido pela base. A decantação das partículas sólidas realiza-se em suspensão de concentração praticamente constante. Infelizmente estas oprerações são muito instáveis, pois as diferenças locais de concentração provocam escoamentos preferenciais intensos. O recurso é utilizar decantadores em série operando em contra-corrente. O exemplo típico é a lavagem da lama de carbonato na indústria de celulose pelo processo sulfato. (GOMIDE, 1980) Figura 3 Decantador

13 Flotação A flotação no tratamento de efluentes e água separa líquidos de sólidos com nuvens de microbolhas de ar que arrastam as impurezas em suspensão para a superfície. (NATURALTEC, 2010) Para aplicações industriais existem dois tipos básicos de flotação: flotação por ar dissolvido, com microbolhas da ordem de micra; e a flotação por ar disperso, com bolhas maiores, para arraste de partículs de maior facilidade de remoção. A eficiência da flotação ou flotador depende da relação ar/sólidos e tamanho da bolha. Quanto maior a quantidade de ar e menor o tamanho da bolha, mais eficiente o flotador. As bolhas produzidas no flotador tem efeito sobre a agregação das partículas e uma boa dispersão ar/sólidos para a colisão e agregação de partículas com as microbolhas é indispensável. (NATURALTEC, 2010) O flotador (figura 4) funciona por redução de densidade das impurezas fazendo-as flutuar. As microbolhas produzidas na câmara de flotação se prendem às partículas sólidas e óleos formando aglomerados carregados para a superfície. A espuma produzida na superfície é então retirada. A flotação/flotador funciona para partículas com densidade semelhante ou pouco acima da água e óleos/graxas. A flotação permite o controle e remoção de gases e odores da água; o oxigênio/ar fornecido ao líquido em flotação leva a oxigenação à saturação. Com a oxigenação tem-se um controle dos agentes de produção de odores (microorganismos) e do gases dissolvidos no efluente. (NATURALTEC, 2010) Figura 4 Flotador (Naturaltec, 2010)

14 Centrífugas A característica fundamental destas separações é a substituição da força da gravidade que atua sobre as partículas por uma força centrífuga de maior intensidade e que pode ser aumentada à nossa conveniência aumentando-se a rotação. Tudo se passa como se o peso das partículas fosse multiplicado por um fator maior do que um, de modo que a decantação das partículas no seio do líquido poderá ser tão rápida quanto for desejada. (GOMIDE, 1980) Separações centrífugas são utilizadas para realizar a decantação de sólidos (clarificação ou espessamento) e para filtração. Empregam-se também normalmente na separação de líquidos imiscíveis, para separar partículas sólidas ou gotículas em suspensão nos gases, para a separação de gases finamente dispersos em líquidos e ainda para a clarificação hidráulica de misturas de sólidos. (GOMIDE, 1980) Exemplo de aplicação na indústria química: clarificação de óleos lubrificantes, tanto para fazer a recuperação como durante o seu preparo; espessamento de suspensões de amido; filtração de cristais de açúcar ou de sal comum. (GOMIDE, 1980) As operações podem ser descontínuas, semi contínuas ou contínuas. No primeiro caso a carga e a descarga são feitas com a centrífuga parada. Nas operações semi contínuas a operação ainda é realizada em batelada, porém não se interrompe a operação para carregar e descarregar. Isto acarreta economia no consumo de energia porque um dos grandes consumos é o necessário para levar a máquina até a rotação de regime. O terceiro tipo de operação é inteiramente contínuo, sendo a alimentação e a descarga realizadas em regime permanente. (GOMIDE, 1980) As principais separações centrífugas são realizadas com dois tipos de máquinas: centrífugas decantadoras (figura 5) e centrífugas filtrantes. (GOMIDE, 1980) As centrífugas decantadoras servem para clarificar ou espessar suspensões. Um tambor horizontal, vertical ou inclinado gira em alta rotação em torno do eixo e as partículas são dirigidas para a periferia. A operação pode ser contínua ou semi contínua. Nas operações semi contínuas os sólidos acumulados na periferia devem ser retirados periodicamente por meio de facas ou raspadores. Centrífugas desse tipo prestam-se para suspensões diluídas (1 a 2% de sólidos). Um tipo bastante comum é o que permite a saída dos sólidos por bocais. Ao mesmo tempo que é feita a clarificação pode-se realizar a decantação de dois líquidos. (GOMIDE, 1980)

15 15 Figura 5 Centrífuga decanter Andritz (ANDRITZ, 2010) As centrífugas filtrantes constam de uma cesta que gira em alta velocidade em torno de um eixo vertical ou horizontal e cuja parede é feita de tela ou placa perfurada. Às vezes há uma tela por dentro e uma placa de reforço por fora. Os sólidos vão para a periferia e formam uma torta cuja espessura vai aumentando a medida que a operação prossegue. O filtrado passa através da torta e da tela, sendo recolhido num tambor fixo em cujo interior está girando a cesta. No fundo do tambor há uma válvula que levanta para dar saída ao líquido. A descarga da torta pode ser contínua ou descontínua, porém é sempre feita com uma lâmina que raspa os sólidos depositados. A rotação deve ser reduzida durante a raspagem. (GOMIDE, 1980)

16 16 3 FILTRAÇÃO Filtração consiste em separar mecanicamente as partículas sólidas de uma suspensão líquida com o auxílio de um leito poroso. Quando se força a suspensão através do leito, o sólido da suspensão fica retido sobre o meio filtrante, formando um depósito que se denomina torta e cuja espessura vai aumentando no decurso da operação. O líquido que passa através do leito é o filtrado. (GOMIDE, 1980) Em princípio a filtração compete com a decantação, a centrifugação e a prensagem. Seu campo específico é: a separação de sólidos relativamente puros de suspensões diluídas; a clarificação total de produtos líquidos encerrando pouco sólido; a eliminação total do líquido de uma lama já espessada. Em certas situações a filtração não compete com outras operações. Por exemplo, se o líquido for o produto e o sólido constituir o resíduo, como no caso do óleo existente nas tortas de algodão ou amendoim, a prensagem é o processo mais indicado. Do mesmo modo, a centrifugação compete com a filtração na clarificação de suspensões de média e elevada concentração. (GOMIDE, 1980) Frequentemente são tomadas medidas especiais para facilitar a descarga do bolo e aumentar a filtração. As medidas são: pré-cobertura e adição de um auxiliar de filtração. (UFRN, 2010) O pré revestimento das placas antes de introduzir a alimentação só é feita nos seguintes casos: (UFRN, 2010) quando os contaminantes são gelatinosos e pegajosos o pré revestimento forma uma barreira que evita a saturação do pano (entupimento). Igualmente a interface entre a pré-capa e o pano solta-se facilmente e assim o bolo descarrega deixando um pano limpo; (UFRN, 2010) quando um filtrado claro é requerido imediatamente depois do ciclo de filtração começar, caso contrário deve ser empregada a recirculação até um filtrado claro ser obtido. (UFRN, 2010) Quando a fase de pré-cobertura é completada a polpa do processo é bombeado no filtro, o bolo formado é retido nos pratos e o filtrado escoa para processos posteriores. Quando os sólidos são finos e reduzem a velocidade de filtração um corpo auxiliar é adicionado à polpa alimentada para aumentar a permeabilidade do bolo. Porém, deveria se

17 17 ter em mente que a adição de auxiliares aumenta a concentração de sólidos na alimentação e assim ocupa um vomule adicional entre os pratos e aumenta a quantidade de bolo formado. Do mesmo modo, para as aplicações onde o bolo é o produto, não podem ser usados a pré-cobertura nem auxiliares de filtração pois eles se misturam e descarregam junto com o bolo. (UFRN, 2010) Diversos são os fatores que devem ser considerados para especificar um filtro. Em primeiro lugar estão os fatores associados com a suspensão: vazão, temperatura, tipo e concentração dos sólidos, granulometria, heterogeneidade e forma das partículas. Vêm depois as características da torta: quantidade, compressibilidade, valor unitário, propriedades físico-químicas, uniformidade e estado de pureza desejado. Há os fatores associados com o filtrado: vazão, viscosidade, temperatura, pressão de vapor e grau de clarificação desejado. A seleção é feita dentre os diversos modelos existentes na praça, com todos estes fatores em mente, muito embora alguns sejam dominantes em certos casos, como a escala de operação ou a facilidade de remoção da torta, a perfeição da lavagem ou a economia de mão de obra. O tipo mais indicado para uma dada operação é aquele que, além de satisfazer aos requisitos de operação, também satisfaz quanto ao custo total de operação. (GOMIDE, 1980) 3.1 FILTRO PRENSA Os filtro prensa foram introduzidos por volta do século XIX e foram utilizados por muitos anos principalmente na separação de lamas servidas. Eles eram considerados máquinas de trabalho intensivo, consequentemente não encontraram muita aceitação nas indústrias de processo sofisticados e altamente automatizados. Isto ocorreu até meados dos anos 60 quando esta imagem mudou pela introdução de mecanismos avançados, orientados para obter bolos de baixa umidade que descarregam automaticamente e permitem a lavagem do pano ao término do ciclo de filtração. (UFRN, 2010) O filtro prensa (figura 6) consiste em uma cabeça e seguidor que contem entre si um pacote de placas retangulares verticais que são apoiadas pelo lado ou sobre vigas. A cabeça serve como um extremo fixo no qual os tubos de alimentação e filtrado são conectados e o seguidor move-se ao longo das vigas e comprime as placas juntas durante o ciclo de filtração por um mecanismo hidráulico ou mecânico. (UFRN, 2010)

18 18 Figura 6 Filtro prensa (UFRN, 2010) Cada placa é revestida com um pano filtrante (lona ou papel) em ambos os lados e, uma vez apertadas lado a lado, elas formam uma série de câmaras que dependem do número de placas. As placas geralmente tem uma porta de alimentação central que atravessa toda a extensão do filtro prensa, de forma que todas as câmaras do conjunto de placas estão interconectadas. (UFRN, 2010) Para os filtros prensa, os tecidos recomendados são os lisos, que soltam bem a torta. Por isso, as opções são os tecidos multifilamento e monofilamento. Do mesmo modo, quatro aberturas de canto conectam todas as placas e coletam os filtrados mãe e de lavagem em uma descarga fechada para saídas que são localizadas no mesmo lado que a entrada de alimentação. Alguns filtro prensa tem placas que dispõem de torneiras no seu lado mais inferior, de forma que o filtrado flui em uma descarga aberta para uma calha e serve como amostrador da condição do pano filtrante, pela claridade do filtrado que atravessa cada câmara. A desvantagem deste arranjo é que não pode ser usado com filtrados que são tóxicos, inflamáveis ou voláteis. (UFRN, 2010) Um diagrama de fluxo (figura 7) típico tem a seguinte aparência: Figura 7 Diagrama de fluxo filtro prensa (UFRN, 2010)

19 19 Atualmente os filtro prensa são equipados com características que habilitam operação completamente automática controladas por PLC. (UFRN, 2010) As principais características são: (UFRN, 2010) deslocadores móveis que separam os pratos um por um para descarga do bolo a uma taxa de 5-6 segundos por placa. Um projeto especial do mecanismo móvel assegura que duas placas adjacentes não ficam aderidas devido a bolos pegajosos; batedeira que sujeita a placa a vibrações e ajuda na descarga do bolo; regadores do pano com tubulações móveis e jatos de alto impacto para lavagem intensiva do pano. Os filtros prensa se aplicam melhor nas seguintes circunstâncias: (UFRN, 2010) quando é requerido um conteúdo muito baixo de umidade, para a secagem térmica da torta ou incineração; quandoé requerida alta claridade do filtrado, para aplicações de polimento; quando é requerida a liberação da torta auxiliada por compressão; quando o bolo é disposto como enchimento de terra, para esparramar com um trator, desde que ela seja dura o bastante para aguentar seu peso; quando grandes áreas de filtração são requeridas, num espaço limitado. Eles deveriam ser selecionados com cuidado: (UFRN, 2010) na filtração de salmouras saturadas, porque as placas esfriam durante a descarga da torta, requerendo aquecimento prévio para alimentar a polpa do processo. Para tais salmouras, filtros autoclavados como os de placas horizontais, folha vertical ou filtros de velas se adaptam melhor à medida que eles podem ser cobertos com uma camisa de vapor; quando há um risco de contaminação ambiental por bolos tóxicos, inflamáveis ou voláteis, quando as placas são abertas para descarga, ao término de cada ciclo. Novamente, os filtros autoclavados são melhor adaptados; quando uma lavagem eficiente é requerida, pois com a câmara cheia de torta, a água de lavagem pode não alcançar toda sua superfície, causando um deslocamento desigual. Porém, isto não apresenta nenhum problema quando permanece um espaçamento entre os bolos formados dentro de uma câmara, de forma que a água de lavagem é distribuída uniformemente em cima do bolo e alcança toda a superfície.

20 20 O ensaio no filtro prensa é realizado da seguinte forma: coloca-se a amostra em uma bombona de 200 litros, agita-se, coleta-se uma amostra de aproximadamente 2 litros; faz-se a análise de ph, densidade e teor de sólidos da amostra; faz-se um teste em dispositivo monoface para saber o tipo de tecido e a espessura da amostra; coloca-se as lonas nas placas; fecha-se as válvulas da unidade hidráulica; fecha-se o cilindro hidráulico através de botões do CLP (painel de comando); verifica-se a disposição das válvulas de acordo com a necessidade; ajusta-se os parâmetros pressão alimentação e frequencia através da IHM (localizada no painel elétrico); aciona-se a bomba de enchimento; faz-se o sopro de canal; faz-se lavagem, se necessário; faz-se pressurização, se necessário; faz-se secagem diagonal ou não; faz-se novamente o sopro do canal; faz-se despressurização; abre-se a unidade hidráulica; abre-se o filtro; coleta-se as tortas; faz-se análise de teor de sólidos, densidade e peso das tortas; registra-se os resultados obtidos; arquiva-se os resultados; descarta-se ou devolve-se os rejeitos. Muitos produtos contém quantias significativas de materiais que podem ser dissolvido na fase líquida. A remoção destes materiais é realizada através do processo de lavagem da torta, isto é, lavagem dos sólidos obtidos, que pode ser integrada ao processo de filtragem. Valiosos materiais poderão assim ser recuperados e também alcançar alto teor de pureza na torta. (ANDRITZ, 2010) Uma vantagem sem igual do filtro prensa é a capacidade para combinar várias fases do processo em uma unidade operacional, podendo assim alcançar uma alta performance. (ANDRITZ, 2010)

21 21 Fatores como pressurização e permeabilidade da torta; gradientes de temperatura e pressão; tem um papel no investimento de capital e custos operacionais. (ANDRITZ, 2010) O projeto e controle dos equipamentos periféricos, como sistema de alimentação, bombas de lavagem e pressurização das membranas são exigidos para otimizar custos. (ANDRITZ, 2010) Principais vantagens dos filtro prensa: (GOMIDE, 1980) construção simples, robusta e econômica; grande área filtrante por unidade de área de implantação; flexibilidade (pode-se aumentar ou diminuir o número de elementos para variar a capacidade); não tem partes móveis; os vazamentos são detectados com grande facilidade; trabalham sob pressões até 50kgf/cm²; a manutenção é muito simples e econômica: apenas substituição periódica das lonas. As desvantagens são: (GOMIDE, 1980) operação intermitente. A filtração deve ser interrompida, o mais tardar, quando os quadros estiverem cheios de torta; o custo da mão de obra de operação, montagem e desmontagem é elevado; a lavagem da torta, além de ser imperfeita, pode durar várias horas e será tanto mais demorada quanto mais densa for a torta. Suspensões de granulometria uniforme dão tortas homogêneas e portanto mais fáceis de lavar. Partículas finas tendem a produzir tortas de lavagem difícil. O uso de auxiliares de filtração melhora as condições de lavagem, mas não resolve completamente o problema Filtro prensa tipo câmara O filtro prensa tipo câmara (figura 8) funciona com o aumento da pressão com o passar do tempo em função da formação da torta, apresentando um desempenho excelente na desidratação de suspensões, obtendo assim tortas compactas e secas com baixa umidade. (ANDRITZ, 2010)

22 22 O filtro prensa tipo câmara distingue-se por sua confiabilidade e robustez em múltiplas áreas de aplicação em processos ou efluentes industriais. O pacote de placas é composto por placas tipo câmara homogêneas, com um recesso de mm para recepção das tortas. Uma placa tipo câmara é a combinação de uma placa de filtragem e dois semi-quadros, formando uma única peça. Normalmente as placas tipo câmaras são de polipropileno ou placas de material metálico, ferro fundido, aço inoxidável, alumínio, sendo conforme a necessidade da aplicação específica. (ANDRITZ, 2010) A sequencia de operação é definida pelas seguintes etapas: primeiramente a prensa é montada, começa-se então a alimentar a suspensão e pressegue-se até que as câmaras estejam cheias de torta ou quando a pressão exceder um valor pré-definido. Abre-se o filtro, retira-se a torta e monta-se novamente o conjunto. (GOMIDE, 1980) Figura 8 Filtro prensa tipo câmara Andritz (ANDRITZ, 2010) Filtro prensa tipo diafragma Durante a fase inicial do ciclo de filtração, denominada de enchimento o processo é semelhante ao filtro prensa tipo câmara. Depois de alcançar uma pressão definida, usualmente de 4 10 bar, a alimentação deste produto é parada e as membranas infladas, usando água ou ar (pressurização média), comprimido a torta facilitando assim o escoamento. Este processo é contínuo até que o fluxo do filtrado alcance o limite mínimo pré-estabelecido. Então os diafragmas são despressurizados e a torta descarregada. (ANDRITZ, 2010) As placas de filtragem tipo diafragma são constituídas conforme as placas tipo

23 23 câmara anteriormente descritas no corpo-suporte está fixada uma membrana flexível. Como o material para os diafragmas, é utilizado: polipropileno, borracha sintética ou elastômero termoplástico. Outros materiais especiais como PVDF, também estão disponíveis. O diafragma é impermeável e tem função de reduzir a espessura da torta na câmara. Como fluido para pressurização poderão ser utilizados: meios líquidos, como também gasosos (ar comprimido). (ANDRITZ, 2010) Poderão se utilizadas pressões de pressurização de até 30 bar, ou mais em casos especiais. (ANDRITZ, 2010) Figura 9 Filtro prensa tipo diafragma Andritz (ANDRITZ, 2010) Filtro prensa tipo placa e quadro Neste tipo de filtro as placas são quadradas, com faces planas e bordas levemente ressaltadas. Entre duas placas sucessivas da prensa há um quadro que nada mais é do que um espaçador das placas. De cada lado de um quadro há uma lona que encosta-se à placa correspondente. Assim sendo, as câmaras onde será formada a torta ficam delimitadas pelas lonas. A superfície das placas apresenta a mesma textura já descrita. Assim como os demais tipos de filtro prensa, a estrutura de suporte do conjunto é constituida por barras laterais que servem de suporte para as placas e os quadros e o aperto do conjunto é feito por meio de um sistema hidráulico. (GOMIDE, 1980) Num dos cantos superiores, às vezes num dos inferiores, de cada quadro há um furo circular que se comunica com a parte interna do quadro. As placas também apresentam um furo na mesma posição. Quando a prensa é montada, estes furos formam um canal de

24 24 escoamento da suspensão através do qual se alimenta a lama no interior de cada quadro. O filtrado atravessa as lona situadas ao lado dos quadros e passa para as placas, sobre cuja superfície escoa até chegar aos furos de saída. As lonas tem furos nas posições correspondentes aos canais. A saída de filtrado pode ser feita através de uma torneira existente em cada placa, ou por um canal idêntico ao de alimentação da suspensão formado pela justaposição de furos circulares que se comunicam com a saída das placas (GOMIDE, 1980) A vantagem do primeiro sistema é permitir retirar de operação as placas que estiverem produzindo filtrado turvo. Por outro lado, em certas circunstâncias a filtração tem que ser realizada a quente e, assim sendo, deve-se usar contra-pressão para evitar a vaporização do líquido. Nestas situações o canal coletor único de saída oferece vantagens. Uma outra vantagem deste segundo tipo de saída é evitar a exposição do filtrado ao ar, o que muitas vezes é um requisito de processo. O inconveniente é a necessidade de desmontar a prensa se em virtude de uma falha de montagem o filtrado sair turvo. (GOMIDE, 1980) 3.2 FILTRO CONTÍNUO ROTATIVO Como o nome indica, são de funcionamento contínuo, sendo indicados para operações que requerem filtros de grande capacidade. A saída do filtrado, a formação, a lavagem, a drenagem e a descarga da torta são realizadas automaticamente. Muito embora haja alguns tipos que funcionam sob pressão, estes filtros geralmente operam a vácuo. Os tipos existentes são: de tambor, de discos e horizontais. (ANDRITZ, 2010) 3.3 FILTRO TAMBOR ROTATIVO Consta de um tambor cilíndrico horizontal, com até 5m de diâmetro e 7m de

25 25 comprimento, que gira a baixa velocidade parcialmente submerso na suspensão a filtrar. A superfície externa do tambor é feita de tela ou metal perfurado sobre a qual é fixada a lona filtrante. O cilindro é dividido num certo número de setores, 8 a 24, por meio de partições radiais com o comprimento do tambor. Ligando estas partições há um outro cilindro interno de chapa comum. Assim, cada setor é parte de um compartimento que se comunica diretamente com um furo na sede de uma válvula. A sede da válvula gira com o tambor, mas está em contato com uma outra placa estacionária com rasgos junto a periferia. Estes rasgos comunicam-se através de tubulações presas numa terceira placa, também estacionária, com os reservatórios de filtrado, água de lavagem e, algumas vezes, de ar comprimido. (GOMIDE, 1980) A operação é automática. À medida que o tambor gira, os diversos setores vão passando sucessivamente pela suspensão enquanto um dado setor estiver submerso, o furo que lhe corresponde na sede da válvula estará passando em frente ao rasgo que comunica com o reservatório de filtrado e que é mantido em vácuo. Logo que o setor sair da suspensão e a torta estiver drenada começa a lavagem e o furo correspondente passa a ficar em comunicação com o reservatório de água de lavagem. Depois de feita quantas lavagens forem necessárias, a torta é soprada com ar comprimido e raspada por meio de uma faca. (GOMIDE, 1980) A retirada da torta nunca é total por duas razões: primeiro, para não haver o risco de rasgar a lona ou a tela do filtro e segundo, para não perder o vácuo. Em alguns modelos a torta é retirada do tambor por meio de cordas metálicas que giram com o tambor e passam por uma polia de retorno. (GOMIDE, 1980) As vantagens dos filtros rotativos são a grande capacidade produtiva e a pequena mão de obra necessária. As desvantagens estão no elevado investimento inicial, alto custo de operação e limitação da diferença de pressão ao máximo de 1atm. (GOMIDE, 1980) 3.4 FILTRO DE DISCO ROTATIVO Neste caso o tambor é substituído por discos verticais que giram parcialmente submersos na suspensão. O elemento filtrante é na realidade constituído de lâminas, mas o filtro não deixa de ter as características de um filtro conínuo rotativo. Cada setor do disco é ligado ao eixo do filtro por tubos. Os setores correspondentes dos diversos discos, isto é, os

26 26 de igual posição, chegam a um mesmo coletor geral no eixo, que vai para o furo correspondente na sede da válvula rotativa. O princípio de funcionamento é o mesmo do filtro de tambor rotativo. (GOMIDE, 1980) A vantagem dos filtros de disco rotativo é a grande área filtrante por unidade de área de implantação. As áreas são bem maiores que as do modelo convencional, variando ente 10 e 400m². (GOMIDE, 1980) 3.5 FILTROS CONTÍNUOS HORIZONTAIS Consta de certo número de células horizontais de filtração que giram presas numa estrutura circular. Cada célula passa sucessivamente pelo ponto de alimentação e pelos diversos pontos de lavagem. Os tempos de filtração e lavagem podem ser regulados à vontade. Tanto o filtrado, como as águas de lavagem são retirados por sucção pela parte inferior das células. A descarga da torta é feita por gravidade quando a célula correspondente é invertida automaticamente. Ao mesmo tempo atua um sopro de ar comprimido por trás do meio filtrante. Estes filtros prestam-se para operações de grande escala e oferecem a vantagem de facilitar a formação da torta por decantação. (GOMIDE, 1980)

27 27 4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS O estágio curricular obrigatório, desenvolvido no período de 13 de outubro de 2009 à 19 de fevereiro de 2010, foi caracterizado pelo desenvolvimento de atividades relacionadas a operação unitária de separação sólido-líquido através de equipamentos mecânicos tais como: filtro prensa e centrífugas. O estágio foi realizado no centro de pesquisa e desenvolvimento de aplicações (laboratório) e visita a uma empresa de beneficiamento têxtil. 4.1 CENTRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE APLICAÇÕES LABORATÓRIO Neste setor foram realizados alguns testes em planta piloto de filtro prensa, bem como, o desenvolvimento de atividades laboratoriais. Foram feitas análises para a venda de filtro e para resolver problemas como: soltura da torta, melhor lona para se filtrar determinada suspensão (no caso o cliente havia mudado de produto), tempo de decantação da suspensão, entre outros. Após o recebimento da amostra enviada pelo cliente, primeiramente, eram realizados alguns procedimentos para a caracterização da suspensão, tais como a determinação de: ph, teor de sólidos totais e densidade. Os valores de ph e teor de sólidos totais eram obtidos, respectivamente, através de phmetro e balança infra vermelho. A densidade era determinada a partir de certo volume de amostra recolhido em uma proveta, o qual tinha sua massa registrada por uma balança analítica. Em seguida, a amostra era submetida a testes em dispositivo monoface (figura 10), com a finalidade de selecionar o tecido de filtragem (lona) mais apropriada para a aplicação em questão, levando-se em consideração aspectos técnicos quantitativos e qualitativos, tais como: grau de filtrabilidade e desaguamento, formação e soltura das tortas e aparência dos filtrados.

28 28 Figura 10 Dispositivo Monoface Selecionado o tecido mais adequado para o produto a ser testado, através da análise dos testes em dispositivo monoface, seguia-se então, para os ensaios na planta piloto (figura 11), os quais tinham por objetivo o levantamento dos parâmetros fundamentais para o dimensionamento do filtro necessário para atender a vazão definida pelo cliente. Figura 11 Teste planta piloto, filtroprensa (ANDRITZ)

29 29 Estes parâmetros constavam da densidade da torta formada, teor de sólidos da torta, pressurização e tempo de ciclo, ou seja, o tempo necessário para o cumprimento das etapas envolvidas em uma batelada. Dentre a principais etapas envolvidas no processo de filtração, através de filtro prensa, estão: alimentação do filtro, filtração propriamente dita e descarga das tortas, podendo também apresentar as etapas de limpeza do canal, lavagem, se necessário, e secagem das tortas. Também era verificada a pressão para a alimentação do filtro, para o futuro dimensionamento da bomba de alimentação. Foram realizados testes em filtro 470x470mm e 250x250mm, com os seguintes produtos: água de lavador de gases, argila e sílica provenientes da fabricação de sulfato térmico, efluente de indústria de pigmentos orgânicos, efluente de tinta a base de água, ETA e ETE proveniente da fabricação de refrigerantes, lama bentonita, lodo de cromagem, lodo de ferro, sulfato de cálcio, suspensão de sílica e testemunho de sondagem (obtido por perfuração com sonda de rotação). Figura 12 Água de lavador de gases Figura 13 Argila e sílica Figura 14 Efluente de indústria de pigmentos orgânicos Figura 15 Efluente de tinta a base de água

30 30 Figura 16 ETA e ETE Figura 17 Lama bentonita Figura 18 Lodo de cromagem Figura 19 Lodo de ferro Figura 20 Sulfato de cálcio Figura 21 Suspensão de sílica

31 31 Figura 22 Testemunho de sondagem O dimensionamento de um filtro prensa, baseado no volume de torta formado por ciclo, é representado pela equação a seguir: V filtro. prensa Q( m = 3 / hora) xt T S torta S suspensão (%) xρ (%) xρ torta suspensão ( kg / l) x( horas / dia) ( kg / l) xnc( ciclos / dia Onde: Q: vazão da suspensão Ts suspensão: teor de sólidos totais da suspensão ρ suspensão: massa específica da suspensão Ts torta: teor de sólidos totais na torta ρ torta: massa específica da torta nc: número de ciclos por dia Após obtido o valor do volume de torta para um ciclo, obtém-se, através de tabelas específicas, o tamanho do filtro e a quantidade de câmaras necessárias para atender a vazão informada. 4.2 START-UP EM CENTRÍFUGAS O start-up foi realizado em uma empresa de beneficiamento têxtil. As etapas do start-up foram as seguintes:

32 32 Nivelamento do equipamento Teste de vibração do equipamento Ajuste dos inversores Programação dos inversores Verificação mecânica e elétrica Testes na centrífuga Mini curso para os operadores da máquina Figura 23 Centrífuga instalada, start up Figura 24 Torta centrífuga

33 CONCLUSÃO O engenheiro químico atualmente, na indústria, se depara com vários problemas, um deles é a separação de materiais. Uma separação satisfatória depende primordialmente da escolha do método mais apropriado. O estágio realizado na empresa Anditz Separation Indústria e Comércio de Equipamentos de Filtração Ltda, através da sua diversidade em equipamentos de separação sólido-líquido, permitiu juntar o conhecimento teórico com o prático, onde podese ter uma noção de como funciona a separação nas indústrias. A realização desse estágio permitiu também a verificação de possíveis melhorias no sentido de tentar suavizar as muitas diferenças enfrentadas durante a transição universidade - indústria. Sugestões para a FURB: fazer um contrato com as empresas onde o aluno passaria dois meses em sala de aula e dois meses na indústria, assim não teria tanta dificuldade quando fosse para o mercado de trabalho. Para a Andritz: abertura de vaga de estágio não obrigatório, sem a necessidade de remuneração e participação nas semanas acadêmicas da faculdade, assim os acadêmicos teriam conhecimento da empresa.

34 REFERÊNCIAS GOMIDE, Reynaldo. Operações unitárias. São Paulo, p, il. ANDRITZ. Filtro prensa. Disponível em: Acesso em: 05/01/2010. UFRN. Filterpress. Disponível em: OPUNIT/Filterpress.htm. Acesso em 30/10/2009. NATURALTEC. Flotador. Disponível em: 3.jpg&imgrefurl= PqA- X-O4dD_VUg99Kz2MKkv_BW0=&h=422&w=278&sz=21&hl=pt- BR&start=10&tbnid=lghmBFbyDLOrTM:&tbnh=126&tbnw=83&prev=/images%3Fq%3Dflota %25C3%25A7%25C3%25A3o%26gbv%3D2%26hl%3Dpt-BR. Acesso em 15/12/2009.

Operações Mecânicas: Filtração. Profª. Camila Ortiz Martinez UTFPR Campo Mourão 2016

Operações Mecânicas: Filtração. Profª. Camila Ortiz Martinez UTFPR Campo Mourão 2016 Operações Mecânicas: Filtração Profª. Camila Ortiz Martinez UTFPR Campo Mourão 2016 FILTRAÇÃO É a separação de sólidos de uma suspensão pela passagem da mesma através de um meio filtrante, no qual os sólidos

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENGENHARIA QUÍMICA LOQ 4017 OPERAÇÕES UNITÁRIAS EXPERIMENTAL II

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENGENHARIA QUÍMICA LOQ 4017 OPERAÇÕES UNITÁRIAS EXPERIMENTAL II UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENGENHARIA QUÍMICA LOQ 4017 OPERAÇÕES UNITÁRIAS EXPERIMENTAL II Profa. Lívia Chaguri E-mail: lchaguri@usp.br FILTRAÇÃO 1 Semestre de 2015 Introdução Filtração: separação de partículas

Leia mais

Aula: Processo de Filtração

Aula: Processo de Filtração Aula: Processo de Filtração Definição: É uma operação unitária que tem por finalidade, a separação de um sólido insolúvel presente em um fluido (líquido ou gás), através da passagem desta mistura sólido-fluido

Leia mais

Operações Unitárias: Centrifugação. Profª. Camila Ortiz Martinez UTFPR Campo Mourão

Operações Unitárias: Centrifugação. Profª. Camila Ortiz Martinez UTFPR Campo Mourão Operações Unitárias: Centrifugação Profª. Camila Ortiz Martinez UTFPR Campo Mourão CENTRIFUGAÇÃO Gravidade x força centrífuga ( rotação) Líquido x líquido, ou líquido x sólido por sed. é lenta: pesos específicos

Leia mais

Filtração. Operações Unitárias. Colégio Técnico de Lorena - COTEL. Prof. Lucrécio Fábio. Departamento de Engenharia Química

Filtração. Operações Unitárias. Colégio Técnico de Lorena - COTEL. Prof. Lucrécio Fábio. Departamento de Engenharia Química Colégio Técnico de Lorena - COTEL Operações Unitárias Filtração Prof. Lucrécio Fábio Departamento de Engenharia Química Atenção: Este roteiro destina-e exclusivamente a servir como base de estudo. Figuras

Leia mais

Operações Unitárias: Sedimentação. Profª. Camila Ortiz Martinez UTFPR Campo Mourão

Operações Unitárias: Sedimentação. Profª. Camila Ortiz Martinez UTFPR Campo Mourão Operações Unitárias: Sedimentação Profª. Camila Ortiz Martinez UTFPR Campo Mourão INTRODUÇÃO A operação unitária de separar pode envolver: separação de alimentos sólidos em sólido: peneiramento separação

Leia mais

Operações Unitárias Experimental II Filtração. Professora: Simone de Fátima Medeiros

Operações Unitárias Experimental II Filtração. Professora: Simone de Fátima Medeiros Operações Unitárias Experimental II Filtração Professora: Simone de Fátima Medeiros Lorena SP-2014 Conceito Separação sólido-fluido: Separação de partículas sólidas contidas em um fluido (líquido ou gás)

Leia mais

Saneamento Ambiental I. Aula 15 Flotação e Filtração

Saneamento Ambiental I. Aula 15 Flotação e Filtração Universidade Federal do Paraná Engenharia Ambiental Saneamento Ambiental I Aula 15 Flotação e Filtração Profª Heloise G. Knapik 1 Conteúdo Módulo 2 Parâmetros de qualidade de água - Potabilização Coagulação

Leia mais

16 Tratamento e disposição de lodos

16 Tratamento e disposição de lodos 16 Tratamento e disposição de lodos 16.1 Produção de lodo de uma ETE Lagoas de estabilização Grandes áreas acumulação pequena de lodo Lagoas aeradas Lagoas de sedimentação Acumulação por 1 a 2 anos necessidade

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENGENHARIA QUÍMICA LOQ4085 OPERAÇÕES UNITÁRIAS I

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENGENHARIA QUÍMICA LOQ4085 OPERAÇÕES UNITÁRIAS I UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENGENHARIA QUÍMICA LOQ4085 OPERAÇÕES UNITÁRIAS I Profa. Lívia Chaguri E-mail: lchaguri@usp.br Conteúdo Filtração Parte 1 - Mecanismos de filtração - Perda de carga relativa à

Leia mais

SEPARAÇÃO SÓLIDO LÍQUIDO NO BENEFICIAMENTO DE MINÉRIO DE FERRO.

SEPARAÇÃO SÓLIDO LÍQUIDO NO BENEFICIAMENTO DE MINÉRIO DE FERRO. Faculdade Ietec Pós-graduação Engenharia de Manutenção - Turma nº 05 29 Julho de 2017 SEPARAÇÃO SÓLIDO LÍQUIDO NO BENEFICIAMENTO DE MINÉRIO DE FERRO. Carlos César Ferreira Rodrigues carlos.cesar@csn.com.br

Leia mais

Frequentemente é necessário separar os componentes de uma mistura em frações individuais.

Frequentemente é necessário separar os componentes de uma mistura em frações individuais. Frequentemente é necessário separar os componentes de uma mistura em frações individuais. As frações podem diferenciar-se pelo tamanho de partículas, estado físico e composição química. Asoperaçõesdeseparaçãosãodeduasclasses:

Leia mais

12 e 13. Sedimentação e Filtração

12 e 13. Sedimentação e Filtração Universidade de São Paulo Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos Disciplina: Operações Unitárias I 12 e 13. Sedimentação e Filtração Profa. Dra. Milena Martelli Tosi mmartelli@usp.br Sistemas

Leia mais

Operações Unitárias Experimental II

Operações Unitárias Experimental II Universidade de São Paulo USP Escola de Engenharia de Lorena - EEL Operações Unitárias Experimental II Experimento: Filtro Prensa Alunos: 1 - Introdução 1.1 - Histórico do Filtro Prensa Os Filtros-prensa

Leia mais

AULA 5 Físico-Química Industrial. Operações Unitárias Na Indústria Farmacêutica

AULA 5 Físico-Química Industrial. Operações Unitárias Na Indústria Farmacêutica AULA 5 Físico-Química Industrial Operações Unitárias Na Indústria Farmacêutica Prof a Janaina Barros 2010 CENTRIFUGAÇÃO 1 Se a matéria for constituída por mais de um tipo de molécula teremos uma MISTURA

Leia mais

FILTRO PRENSA DE VIGA SUPERIOR GHT 4X4

FILTRO PRENSA DE VIGA SUPERIOR GHT 4X4 BILFINGER WATER TECHNOLOGIES FILTRO PRENSA DE VIGA SUPERIOR GHT 4X4 TECNOLOGIA DE SEPARAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO PARA PROCESSOS INDUSTRIAIS GHT 4X4 - Filtro prensa de tração integral de alta confiabilidade e

Leia mais

EXERCÍCIOS Curso Básico de Turbinas a Vapor Parte 3. Aluno: 1) Em relação ao sistema de controle das turbinas, marque verdadeiro V, ou Falso F:

EXERCÍCIOS Curso Básico de Turbinas a Vapor Parte 3. Aluno: 1) Em relação ao sistema de controle das turbinas, marque verdadeiro V, ou Falso F: EXERCÍCIOS Curso Básico de Turbinas a Vapor Parte 3 Aluno: Instrutor: Gustavo Franchetto 1) Em relação ao sistema de controle das turbinas, marque verdadeiro V, ou Falso F: (V) O sistema de controle atua

Leia mais

Coluna x célula mecânica. Geometria (relação altura: diâmetro efetivo). Água de lavagem. Ausência de agitação mecânica. Sistema de geração de bolhas.

Coluna x célula mecânica. Geometria (relação altura: diâmetro efetivo). Água de lavagem. Ausência de agitação mecânica. Sistema de geração de bolhas. FLOTAÇÃO Colunas Coluna x célula mecânica Geometria (relação altura: diâmetro efetivo). Água de lavagem. Ausência de agitação mecânica. Sistema de geração de bolhas. Flotação em coluna Geometria (relação

Leia mais

Operações Unitárias: Bombeamento. Profª. Camila Ortiz Martinez UTFPR Campo Mourão

Operações Unitárias: Bombeamento. Profª. Camila Ortiz Martinez UTFPR Campo Mourão Operações Unitárias: Bombeamento Profª. Camila Ortiz Martinez UTFPR Campo Mourão Bombeamento Transformam trabalho mecânico que recebe de um motor em energia + comuns: fluxo de transporte de... por meio

Leia mais

CATÁLOGO - EQUIPAMENTOS DE PROCESSO

CATÁLOGO - EQUIPAMENTOS DE PROCESSO CATÁLOGO - EQUIPAMENTOS DE PROCESSO EQUIPAMENTOS DE PROCESSO AGITADORES E CONDICIONADORES Nas operações em que se faça necessária mistura de líquidos, a dispersão ou a suspensão de sólidos, os Agitadores

Leia mais

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICOT Departamento de Engenharia Química e Biológica Separação e Purificação de Produtos Biológicos CENTRIFUGAÇÃO Centrifugação Velocidade de centrifugação vs diâmetro partícula Velocidade

Leia mais

Estabilização CENTRIFUGAÇÃO

Estabilização CENTRIFUGAÇÃO Estabilização CENTRIFUGAÇÃO 1 - Noções teóricas de centrifugação - Tipos de centrifugas 4 de Março de 011 Fernanda Cosme 1 Comparação da sedimentação num tanque com a centrifugação Aumentar a área para

Leia mais

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Campo Mourão Tratamento do Caldo - Clarificação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Campo Mourão Tratamento do Caldo - Clarificação Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Campo Mourão Tratamento do Caldo - Clarificação Profª Camila O. Martinez 1 2016 Tratamento do caldo Peneiramento Sulfitação (Bicarbonatação, ozonização)

Leia mais

Experimentos de Química Orgânica

Experimentos de Química Orgânica Experimentos de Química Orgânica Conhecimento dos procedimentos experimentais Montagem dos equipamentos e execução da reação REAGENTES PRODUTO PRINCIPAL + PRODUTOS SECUNDÁRIOS SOLVENTES + CATALISADORES

Leia mais

ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA. Filtração

ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA. Filtração ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA Filtração FILTRAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO Alimentação Na filtração, as partículas sólidas suspensas em um fluido são separadas usando um meio

Leia mais

Centrifugação. Profa. Marianne Ayumi Shirai. Centrifugação

Centrifugação. Profa. Marianne Ayumi Shirai. Centrifugação 15/03/016 Universidade Tecnológica ederal do Paraná Campus Londrina Departamento Acadêmico de Alimentos Operações Unitárias na Indústria de Alimentos Centrifugação Profa. Marianne Ayumi Shirai Centrifugação

Leia mais

Filtros prensa, lonas filtrantes, placas e serviços ANDRITZ

Filtros prensa, lonas filtrantes, placas e serviços ANDRITZ Filtros prensa, lonas filtrantes, placas e serviços ANDRITZ Filtros prensa, lonas filtrantes, placas e serviços ANDRITZ A ANDRITZ SEPARATION oferece amplo portfólio em lonas de filtração e em filtros prensa

Leia mais

TUBULAÇÕES INDUSTRIAS AULA 4 Prof. Clélio AULA 4. Volume I do Livro Texto CONTEÚDO: Capítulo 7. Purgadores de Vapor, Separadores Diversos e Filtros.

TUBULAÇÕES INDUSTRIAS AULA 4 Prof. Clélio AULA 4. Volume I do Livro Texto CONTEÚDO: Capítulo 7. Purgadores de Vapor, Separadores Diversos e Filtros. AULA 4 Volume I do Livro Texto CONTEÚDO: Capítulo 7 Purgadores de Vapor, Separadores Diversos e Filtros. 1 LINHAS DE VAPOR Nas linhas de vapor sempre haverá água líquida (condensado) resultante da condensação

Leia mais

Desenho e Projeto de Tubulação Industrial

Desenho e Projeto de Tubulação Industrial Desenho e Projeto de Tubulação Industrial Módulo IV Aula 02 Purgadores Definição e conceito Purgadores são equipamentos utilizados para eliminar condensado das tubulações que transportam vapor ou ar comprimido.

Leia mais

hydrostec VÁLVULAS DE REGULAÇÃO MULTIJATO Atuador Redutor Transmissor de posição Suporte Arcada Corpo Eixo Placa móvel Placa fixa

hydrostec VÁLVULAS DE REGULAÇÃO MULTIJATO Atuador Redutor Transmissor de posição Suporte Arcada Corpo Eixo Placa móvel Placa fixa B30.15.0-P VÁLVULAS DE REGULAÇÃO ULTIJATO Regulação da vazão e pressão Atuador Redutor Transmissor de posição Suporte Arcada Corpo Eixo Placa móvel Placa fixa A Válvula Regulação ultijato, foi desenvolvida

Leia mais

Operações Unitárias Experimental I PENEIRAMENTO

Operações Unitárias Experimental I PENEIRAMENTO Operações Unitárias Experimental I PENEIRAMENTO Tamisação Separação sólido - sólido A tamisação (peneiramento) trata da separação de uma mistura de materiais sólidos granulados de diversos tamanhos em

Leia mais

TRATAMENTO DA ÁGUA PARA GERADORES DE VAPOR

TRATAMENTO DA ÁGUA PARA GERADORES DE VAPOR Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS TÉRMICAS AT-056 M.Sc. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br 1 INTRODUÇÃO: A água nunca está em estado puro, livre de

Leia mais

Sistemas de Filtragem e Fertirrigação

Sistemas de Filtragem e Fertirrigação Sistemas de Filtragem e Fertirrigação Irrigação Localizada Filtros uma medida eficaz na redução de bloqueios físicos dos emissores; escolha dos filtros deve ser realizada de acordo com o tipo de emissor

Leia mais

Filtros prensa, lonas filtrantes, placas e serviços ANDRITZ

Filtros prensa, lonas filtrantes, placas e serviços ANDRITZ Filtros prensa, lonas filtrantes, placas e serviços ANDRITZ Lonas filtrantes e placas para filtros prensa Para os diversos processos de separação, a ANDRITZ SEPARATION oferece a solução ideal em componentes

Leia mais

AULA 4 Físico-Química Industrial. Operações Unitárias Na Indústria Farmacêutica

AULA 4 Físico-Química Industrial. Operações Unitárias Na Indústria Farmacêutica AULA 4 Físico-Química Industrial Operações Unitárias Na Indústria Farmacêutica Prof a Janaina Barros 2010 CLASSIFICAÇÃO Operações preliminares: São normalmente utilizadas antes de qualquer outra operação.

Leia mais

Saneamento Ambiental I. Aula 14 Sedimentação e Decantação

Saneamento Ambiental I. Aula 14 Sedimentação e Decantação Universidade Federal do Paraná Engenharia Ambiental Saneamento Ambiental I Aula 14 Sedimentação e Decantação Profª Heloise G. Knapik 1 Conteúdo Módulo 2 Parâmetros de qualidade de água - Potabilização

Leia mais

EVAPORAÇÃO. Profa. Marianne Ayumi Shirai EVAPORAÇÃO

EVAPORAÇÃO. Profa. Marianne Ayumi Shirai EVAPORAÇÃO Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Londrina Operações Unitárias na Indústria de Alimentos EVAPORAÇÃO Profa. Marianne Ayumi Shirai EVAPORAÇÃO É a remoção parcial da água de mistura de líquidos,

Leia mais

para fluxo laminar, com número de Reynolds N R menor que para fluxo turbulento, com número de Reynolds N vs

para fluxo laminar, com número de Reynolds N R menor que para fluxo turbulento, com número de Reynolds N vs taxa de escoamento superficial, mas também a velocidade de escoamento horizontal em seu interior, para evitar que sejam arrastados os flocos sedimentados. A velocidade máxima de escoamento horizontal segundo

Leia mais

AULA 11 SISTEMAS HIDRÁULICOS

AULA 11 SISTEMAS HIDRÁULICOS 19/10/16 Significado e Conceito AULA 11 SISTEMAS HIDRÁULICOS Significado: hidra = água e aulos = tubo Conceito: Estudo das característica e comportamento dos fluídos confinados sob pressão. Prof. Fabricia

Leia mais

MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE LODO

MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE LODO MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE LODO P A L E S T R A N T E : DIEGO RIVELLI M A R C A E M P R E S A MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA DE DESIDRATAÇÃO DE LODO RETROFFITING INDUSTRIAL CONCEITO; ESTUDO DE CASO

Leia mais

Tipos de filtros. Teoria da Filtração. Tipos de filtros. Tipos de filtros

Tipos de filtros. Teoria da Filtração. Tipos de filtros. Tipos de filtros Filtração é uma operação unitária que tem por objetivo a separação mecânica de um sólido de um fluido, seja este fluido um líquido ou gás. Suspensão Filtração Resíduo, torta ou bolo Meio Filtrante permeável

Leia mais

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO. Jeosafá Lima

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO. Jeosafá Lima PROCESSOS DE SEPARAÇÃO Jeosafá Lima Misturas homogêneas e heterogêneas Uma mistura é constituída por duas ou mais substâncias, sejam elas simples ou compostas. https://www.youtube.com/watch?v=6jcxdhovkcm

Leia mais

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO. Prof. Ms. George Verçoza

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO. Prof. Ms. George Verçoza PROCESSOS DE SEPARAÇÃO Prof. Ms. George Verçoza Separação magnética: Separa misturas do tipo sólido-sólido nas quais um dos componentes tem propriedades magnéticas e é atraído por um ímã. Ex: Ferro e areia.

Leia mais

9 PENEIRAMENTO UMA DAS OPERAÇÕES MECÂNICAS MAIS SIMPLES É O PENEIRAMENTO. É UMA OPERAÇÃO DE SEPARAÇÃO DE SÓLIDOS E PODE TER DOIS OBJETIVOS:

9 PENEIRAMENTO UMA DAS OPERAÇÕES MECÂNICAS MAIS SIMPLES É O PENEIRAMENTO. É UMA OPERAÇÃO DE SEPARAÇÃO DE SÓLIDOS E PODE TER DOIS OBJETIVOS: 9 PENEIRAMENTO UMA DAS OPERAÇÕES MECÂNICAS MAIS SIMPLES É O PENEIRAMENTO. É UMA OPERAÇÃO DE SEPARAÇÃO DE SÓLIDOS E PODE TER DOIS OBJETIVOS: A) DIVIDIR O SÓLIDO GRANULAR EM FRAÇÕES HOMOGÊNEAS B) OBTER FRAÇÕES

Leia mais

SECAGEM E TAMISAÇÃO MOAGEM - ETAPAS NA PREPARAÇÃO DOS PÓS: 1. operações preliminares (SECAGEM) 2. operações principais (moagem)

SECAGEM E TAMISAÇÃO MOAGEM - ETAPAS NA PREPARAÇÃO DOS PÓS: 1. operações preliminares (SECAGEM) 2. operações principais (moagem) SECAGEM E TAMISAÇÃO Lembrando MOAGEM - ETAPAS NA PREPARAÇÃO DOS PÓS: 1. operações preliminares (SECAGEM) 2. operações principais (moagem) 3. operações acessórias (TAMISAÇÃO) TAMISAÇÃO NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

Leia mais

Operações de separação mecânica Filtração

Operações de separação mecânica Filtração Operações de separação mecânica Filtração Operações Unitárias I Ano Lectivo 2016/2017 Joana Rodrigues Operações de separação mecânica Sedimentação (Decantação) Partículas no estado sólido ou gotas de líquido

Leia mais

Filtros Prensa de Placas Verticais VPA. Desaguamento com consciência ambiental

Filtros Prensa de Placas Verticais VPA. Desaguamento com consciência ambiental Filtros Prensa de Placas Verticais VPA Desaguamento com consciência ambiental Desaguamento mecânico por pressão Conforme as partículas se tornam mais finas, a resistência contra a remoção de água aumenta.

Leia mais

Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental ABES, seção ES

Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental ABES, seção ES Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental ABES, seção ES 2 - Sistemas primários de tratamento de efluentes O processo de tratamento do esgoto pode adotar diferentes tecnologias para depuração

Leia mais

Operações Unitárias Parte II

Operações Unitárias Parte II Operações Unitárias Parte II Apresentação Aula anterior: - Grandezas físicas; - Balanço de massa; - Balanço de energia; - Conversão; - Reciclo; - Rendimento; - Fração convertida; - Umidade relativa; -

Leia mais

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS PROFESSOR: BISMARCK

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS PROFESSOR: BISMARCK PROCESSOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS PROFESSOR: BISMARCK Substância Pura: Um único tipo de substância Simples: formada por átomos de um único elemento. Composta: formada por átomos de mais de um elemento.

Leia mais

FILTRAÇÃO. P r o f a. M A R G A R I T A Mª. D U E Ñ A S O R O Z C O m a r g a r i t a. u n i g m a i l. c o m

FILTRAÇÃO. P r o f a. M A R G A R I T A Mª. D U E Ñ A S O R O Z C O m a r g a r i t a. u n i g m a i l. c o m FILTRAÇÃO P r o f a. M A R G A R I T A Mª. D U E Ñ A S O R O Z C O m a r g a r i t a. u n i r @ g m a i l. c o m INTRODUÇÃO Processos de tratamento de água CLARIFICAÇÃO Remoção de sólidos DESINFECÇÃO Eliminação

Leia mais

Bag - Cesto - Cartucho CATÁLOGO GERAL

Bag - Cesto - Cartucho CATÁLOGO GERAL CATÁLOGO GERAL A EMPRESA APRESENTAÇÃO VESSELFILTER A Vesselfilter é uma empresa que desenvolve soluções e tecnologias de filtros para líquidos, ar, gases e vapor, assim como o desenvolvimento contínuo

Leia mais

Boletim da Engenharia

Boletim da Engenharia Boletim da Engenharia 22 Sistema de Lubrificação Centrífuga de Alta Performance para os Compressores Frigoríficos 09/05 No passado, os compressores frigoríficos com eixos horizontais eram normalmente projetados

Leia mais

PROCESSO DE TRATAMENTO

PROCESSO DE TRATAMENTO PROCESSO DE TRATAMENTO Consiste em separar a parte líquida da parte sólida do esgoto, e tratar cada uma delas separadamente, reduzindo ao máximo a carga poluidora, de forma que elas possam ser dispostas

Leia mais

SEPARAÇÃO DE MISTURAS

SEPARAÇÃO DE MISTURAS SEPARAÇÃO DE MISTURAS Métodos de separação de misturas HETEROGÊNEAS SÓLIDO SÓLIDO: Catação Ventilação Levigação Separação magnética Dissolução fracionada Peneiração Flotação SÓLIDO LÍQUIDO: Decantação

Leia mais

O USO DE ESPESSADORES DE LAMELAS NA RECUPERAÇÃO DE ÁGUA DE PROCESSO NA MINERAÇÃO

O USO DE ESPESSADORES DE LAMELAS NA RECUPERAÇÃO DE ÁGUA DE PROCESSO NA MINERAÇÃO O USO DE ESPESSADORES DE LAMELAS NA RECUPERAÇÃO DE ÁGUA DE PROCESSO NA MINERAÇÃO Ivo Takeshi Asatsuma (1), Eduardo Salles Campos (2) (1) Prominer Projetos S/C Ltda./ (2) CDC Equipamentos Industriais Ltda.

Leia mais

ASPECTOS TEÓRICOS DA SEDIMENTAÇÃO ASPECTOS TEÓRICOS DA SEDIMENTAÇÃO ASPECTOS TEÓRICOS DA SEDIMENTAÇÃO ASPECTOS TEÓRICOS DA SEDIMENTAÇÃO

ASPECTOS TEÓRICOS DA SEDIMENTAÇÃO ASPECTOS TEÓRICOS DA SEDIMENTAÇÃO ASPECTOS TEÓRICOS DA SEDIMENTAÇÃO ASPECTOS TEÓRICOS DA SEDIMENTAÇÃO Operação de separação de partículas sólidas suspensas com densidade superior à do líquido circundante. plicação Tratamento preliminar : remoção da areia Tratamento primário: decantação primária Tratamento

Leia mais

BOMBAS BOMBA CENTRÍFUGA SÉRIE BCM

BOMBAS BOMBA CENTRÍFUGA SÉRIE BCM BOMBA CENTRÍFUGA SÉRIE BCM Apresentação Décadas de experiência na fabricação de equipamentos hidráulicos destinados ao transporte de líquidos em geral e um amplo conhecimento de sistemas e processos qualificam

Leia mais

Operações Unitárias na Indústria de Alimentos

Operações Unitárias na Indústria de Alimentos Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Londrina Departamento Acadêmico de Alimentos Operações Unitárias na Indústria de Alimentos Operações Unitárias na Indústria de Alimentos PROFESSORA MARIANNE

Leia mais

Disciplina: Projeto de Ferramentais I

Disciplina: Projeto de Ferramentais I Aula 05 : 01: Introdução Princípio, classificação e potencialidades do processo. 02. Fundição sob pressão em cãmara quente 03. Fundição sob pressão em cãmara fria 04. Parâmetros de Processo 05. Processo

Leia mais

Aula 03. Dimensionamento da Tubulação de Distribuição de Ar Comprimido

Aula 03. Dimensionamento da Tubulação de Distribuição de Ar Comprimido Aula 03 Dimensionamento da Tubulação de Distribuição de Ar Comprimido 1 - Introdução A rede de distribuição de ar comprimido compreende todas as tubulações que saem do reservatório, passando pelo secador

Leia mais

Processamento de Cerâmicas I COLAGEM 20/6/17

Processamento de Cerâmicas I COLAGEM 20/6/17 Processamento de Cerâmicas I COLAGEM 20/6/17 Umidade (%) 100 0 Líquido Plástico Semi-Sólido Sólido Índice de Plasticidade - IP Limite de Liquidez - LL Limite de Plasticidade - LP Limite de Contração -

Leia mais

METALURGIA FÍSICA TECNOLOGIA DA CONFORMAÇÃO PLÁSTICA. Tecnologia em Materiais Prof. Luis Fernando Maffeis Martins

METALURGIA FÍSICA TECNOLOGIA DA CONFORMAÇÃO PLÁSTICA. Tecnologia em Materiais Prof. Luis Fernando Maffeis Martins 15 METALURGIA FÍSICA TECNOLOGIA DA CONFORMAÇÃO PLÁSTICA Tecnologia em Materiais Prof. Luis Fernando Maffeis Martins Processos de conformação Processos mecânicos Processos metalúrgicos Processos de conformação

Leia mais

EFLUENTES LÍQUIDOS INDUSTRIAIS

EFLUENTES LÍQUIDOS INDUSTRIAIS EFLUENTES LÍQUIDOS INDUSTRIAIS 1 UNIDADES GERADORAS DE EFLUENTES NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA Unidades de Produção; Manutenção; Caldeira e Torres de Resfriamento; Refeitório; Áreas Administrativas; Controle

Leia mais

12 FILTRAÇÃO FILTRAR CONSISTE EM SEPARAR MECÂNICAMENTE AS PARTÍCULAS SÓLIDAS DE UMA SUSPENSÃO LÍQUIDA COM O AUXÍLIO DE UM LEITO POROSO.

12 FILTRAÇÃO FILTRAR CONSISTE EM SEPARAR MECÂNICAMENTE AS PARTÍCULAS SÓLIDAS DE UMA SUSPENSÃO LÍQUIDA COM O AUXÍLIO DE UM LEITO POROSO. 12 FILTRAÇÃO 12.1 DEFINIÇÕES: FILTRAR CONSISTE EM SEPARAR MECÂNICAMENTE AS PARTÍCULAS SÓLIDAS DE UMA SUSPENSÃO LÍQUIDA COM O AUXÍLIO DE UM LEITO POROSO. A SEPARAÇÃO DE POEIRAS ARRASTADAS PELOS GASES UTILIZANDO

Leia mais

EXPERIMENTOS DE QUIMICA ORGANICA I(QUI 127, QUI 186 E QUI 214) EXPERIMENTO 7 TÉCNICAS DE EXTRAÇÃO

EXPERIMENTOS DE QUIMICA ORGANICA I(QUI 127, QUI 186 E QUI 214) EXPERIMENTO 7 TÉCNICAS DE EXTRAÇÃO EXPERIMENTO 7 TÉCNICAS DE EXTRAÇÃO 1.1. Fundamentação teórica A extração é um processo de separação de compostos que consiste em transferir uma substância da fase na qual essa se encontra (dissolvida ou

Leia mais

Sistema Separador e Coletor de Óleo e Água e Tratamento de Efluentes. Manual do Usuário

Sistema Separador e Coletor de Óleo e Água e Tratamento de Efluentes. Manual do Usuário Sistema Separador e Coletor de Óleo e Água e Tratamento de Efluentes PATENTE: MU 7802872-8 Manual do Usuário 05 01 - Adaptador para Bomba Submersa. Para Captar Água e o Óleo Superficial e aumentar a vida

Leia mais

Food Processing Equipment FRITADEIRA CONTÍNUA

Food Processing Equipment FRITADEIRA CONTÍNUA Food Processing Equipment FRITADEIRA CONTÍNUA NEAEN MasterFry NEAEN MasterFry é uma fritadeira projetada para frituras com imersão total em óleo. Graças à sua grade dupla, também pode ser utilizada com

Leia mais

Aula 5: Filtração. Introdução. Classificação dos filtros

Aula 5: Filtração. Introdução. Classificação dos filtros Curso: Engenharia Civil Disciplina: Sistema de Tratamento de Água e Esgoto Prof(a): Marcos Heleno Guerson de O Jr Nota de Aula! Aula 5: Filtração Introdução Após a passagem da água pelo tanque de decantação

Leia mais

Soldagem por fricção. Daniel Augusto Cabral -

Soldagem por fricção. Daniel Augusto Cabral - Soldagem por fricção Daniel Augusto Cabral - E-mail: daniel_pirula@yahoo.com.br 1. Princípios do processo A norma DVS 2909 declara a soldagem de fricção um grupo de procedimentos de soldagem a pressão.

Leia mais

INDUSTRIA 8/3/18 OBJETIVO GERAL DO CURSO PROCESSOS INDUSTRIAIS OBJETIVO GERAL DO CURSO EQUIPAMENTOS LINHA DE PRODUÇÃO

INDUSTRIA 8/3/18 OBJETIVO GERAL DO CURSO PROCESSOS INDUSTRIAIS OBJETIVO GERAL DO CURSO EQUIPAMENTOS LINHA DE PRODUÇÃO OBJETIVO GERAL DO CURSO 0 Explicar os princípios da farmácia industrial, isto é, os princípios físicos que regem os processos industriais na indústria farmacêutica e de alimentos 0-053 L FBT TRIA DUS A

Leia mais

14ª Aula Bombas Hidráulicas (Complemento)

14ª Aula Bombas Hidráulicas (Complemento) 14ª Aula Bombas Hidráulicas (Complemento) Bombas de Pistão As bombas de pistão geram uma ação de bombeamento, fazendo com que os pistões se alterem dentro de um tambor cilíndrico. O mecanismo de bombeamento

Leia mais

Para poder obter diferentes cortes de separação, as peneiras vibratórias da MS estão disponíveis nas versões com uma ou duas redes:

Para poder obter diferentes cortes de separação, as peneiras vibratórias da MS estão disponíveis nas versões com uma ou duas redes: PENEIRAS INCLINADAS O princípio de funcionamento das peneiras "MS" de alto rendimento representa um avanço significativo no setor da separação industrial, que se traduz em performances melhores e mais

Leia mais

Excelente relaçao ~ de qualidade - preço

Excelente relaçao ~ de qualidade - preço Automático Tipo 6.04 Excelente relaçao de qualidade - preço Proteçao totalmente automatizada através da filtragem de líquidos com o novo BOLLFILTER Automático Tipo 6.04 A soluçao simplesmente convence

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL Professor Dr. Joel Gustavo Teleken Palotina (PR), 15 de maio de 2014. SUMÁRIO 1) BIORREATORES 2) PROCESSO BIOETANOL 3) DESTILAÇÃO

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENGENHARIA QUÍMICA LOQ4085 OPERAÇÕES UNITÁRIAS I

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENGENHARIA QUÍMICA LOQ4085 OPERAÇÕES UNITÁRIAS I UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENGENHARIA QUÍMICA LOQ4085 OPERAÇÕES UNITÁRIAS I Profa. Lívia Chaguri E-mail: lchaguri@usp.br Conteúdo Bombas Parte 1 - Introdução - Classificação - Bombas sanitárias - Condições

Leia mais

Prof. José Valter SEPARAÇÃO DE MISTURAS

Prof. José Valter SEPARAÇÃO DE MISTURAS 1 Separação de misturas heterogêneas: LEVIGAÇÃO É usada para componentes de misturas de sólidos, quando um dos componentes é facilmente arrastado pelo líquido. Separação do ouro das areias auríferas Separação

Leia mais

Fundamentos de Automação. Hidráulica

Fundamentos de Automação. Hidráulica Ministério da educação - MEC Secretaria de Educação Profissional e Técnica SETEC Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul Campus Rio Grande Fundamentos de Automação Hidráulica

Leia mais

Decantação. João Karlos Locastro contato:

Decantação. João Karlos Locastro contato: 1 Decantação João Karlos Locastro contato: prof.joaokarlos@feitep.edu.br 2 Definição Literatura Processo de separação sólidolíquido que tem como força propulsora a ação da gravidade (partículas discretas).

Leia mais

VIBROPAC UNIDADE COMBINADA

VIBROPAC UNIDADE COMBINADA VIBROPAC UNIDADE COMBINADA As unidades combinadas de pré-tratamento podem ser instaladas em plantas novas ou nas já existentes, integrando etapas do processo de pré-tratamento em apenas um equipamento

Leia mais

AVALIAÇÃO DE MEIOS POROSOS NA FILTRAÇÃO DE REJEITO FOSFÁTICO DE TAPIRA-MG

AVALIAÇÃO DE MEIOS POROSOS NA FILTRAÇÃO DE REJEITO FOSFÁTICO DE TAPIRA-MG AVALIAÇÃO DE MEIOS POROSOS NA FILTRAÇÃO DE REJEITO FOSFÁTICO DE TAPIRA-MG Rafaela Gomes Rodrigues 1 Maria Alice Melo Faria 2 Gabriel Rizi Silva 3 Francisco de Castro Valente Neto 4 Michelly dos Santos

Leia mais

ÁREA DE ESTUDO: CÓDIGO 16 TERMODINÂMICA APLICADA, MECÂNICA DOS FLUIDOS E OPERAÇÕES UNITÁRIAS

ÁREA DE ESTUDO: CÓDIGO 16 TERMODINÂMICA APLICADA, MECÂNICA DOS FLUIDOS E OPERAÇÕES UNITÁRIAS INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ DIRETORIA DE GESTÃO DE PESSOAS COMISSÃO COORDENADORA DE CONCURSOS CONCURSO PÚBLICO PROFESSOR EFETIVO EDITAL Nº 10/DGP-IFCE/2010 ÁREA DE ESTUDO:

Leia mais

PHA 3418 Tecnologia de Separação por Membranas para Tratamento de Água e Efluentes

PHA 3418 Tecnologia de Separação por Membranas para Tratamento de Água e Efluentes PHA 3418 Tecnologia de Separação por Membranas para Tratamento de Água e Efluentes AULA 2 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE SEPARAÇÃO POR MEMBRANAS Prof.: José Carlos Mierzwa Processos de Separação por Membranas

Leia mais

3 Equipamento de Cisalhamento Direto com Sucção Controlada da PUC-Rio

3 Equipamento de Cisalhamento Direto com Sucção Controlada da PUC-Rio 3 Equipamento de Cisalhamento Direto com Sucção Controlada da PUC-Rio 3.1. Aspectos Históricos e Generalidades O estudo das características de resistência ao cisalhamento de solos não saturados tem sido

Leia mais

SEPARADOR CENTRÍFUGO PARA USO INDUSTRIAL

SEPARADOR CENTRÍFUGO PARA USO INDUSTRIAL SEPARADOR CENTRÍFUGO PARA USO INDUSTRIAL Força centrífuga: eficaz, confiável e inovadora Ao longo dos anos, nosso grupo desenvolveu uma grande experiência e forte know-how nos mais importantes mercados

Leia mais

Reservatório. 2

Reservatório.  2 www.iesa.com.br 1 Reservatório O reservatório serve para a estabilização da distribuição do ar comprimido. Ele elimina as oscilações de pressão na rede distribuidora. Quando há momentaneamente alto consumo

Leia mais

Maquinas Termicas - Fornalha

Maquinas Termicas - Fornalha Máquinas Térmicas: Fornalhas Combustão 1 Fornalha Converte energia química do combustível em energia térmica. De acordo com o tipo e a qualidade do combustível disponível, a queima pode ser em suspensão,

Leia mais

RECUPERAÇÃO DE INSUMOS E SUBPRODUTOS DA PRODUÇÃO DE BIODIESEL. Processo de recuperação do Metanol e da Glicerina.

RECUPERAÇÃO DE INSUMOS E SUBPRODUTOS DA PRODUÇÃO DE BIODIESEL. Processo de recuperação do Metanol e da Glicerina. RECUPERAÇÃO DE INSUMOS E SUBPRODUTOS DA PRODUÇÃO DE BIODIESEL Processo de recuperação do Metanol e da Glicerina. O processo completo de produção de biodiesel partindo-se do óleo degomado é constituído

Leia mais

Bem vindos à MAUSA. Eng. Egon Scheiber Gerente Comercial Eng. Christian Rodrigo Perini - Engenharia

Bem vindos à MAUSA. Eng. Egon Scheiber Gerente Comercial Eng. Christian Rodrigo Perini - Engenharia Bem vindos à MAUSA Eng. Egon Scheiber Gerente Comercial Eng. Christian Rodrigo Perini - Engenharia Fábrica - Piracicaba Distrito Industrial Unileste 1948 172.000 m2 450 empregados MAUSA Unidades de Negócios

Leia mais

Equipamentos e Técnicas laboratoriais: Amostragem e separação de misturas

Equipamentos e Técnicas laboratoriais: Amostragem e separação de misturas MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA CÂMPUS LAGES Equipamentos e Técnicas laboratoriais: Amostragem e separação de

Leia mais

Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa. Turma Farmácia- 4º Termo

Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa. Turma Farmácia- 4º Termo Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa Turma Farmácia- 4º Termo A disciplina tem como objetivo ensinar métodos, técnicas e equipamentos para operações de transformações físicas presentes nos processamentos

Leia mais

01/08/2010. química).

01/08/2010. química). UNIDADES DIDÁTICAS PROCESSOS QUÍMICOS I APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 1. Introdução ao estudo dos Processos Químicos Industriais. Relacionamento com a Indústria Química. 2. Derivados inorgânicos do nitrogênio.

Leia mais

EQUIPAMENTOS EQUIPAMENTOS

EQUIPAMENTOS EQUIPAMENTOS OPERAÇÕES UNITÁRIAS MECÂNICA DOS FLUÍDOS TRANSMISSÃO DE CALOR AGITAÇÃO E MISTURA SEPARAÇÃO MANUSEIO COM SÓLIDOS BOMBAS MECÂNICA DOS FLUÍDOS DESLOCAMENTO POSITIVO CINÉTICAS ALTERNATIVAS ROTATIVAS CENTRÍFUGAS

Leia mais

EQUIPAMENTOS EQUIPAMENTOS EQUIPAMENTOS OPERAÇÕES UNITÁRIAS TECNOLOGIA DE PROCESSOS QUÍMICOS II MECÂNICA DOS FLUÍDOS TRANSMISSÃO DE CALOR

EQUIPAMENTOS EQUIPAMENTOS EQUIPAMENTOS OPERAÇÕES UNITÁRIAS TECNOLOGIA DE PROCESSOS QUÍMICOS II MECÂNICA DOS FLUÍDOS TRANSMISSÃO DE CALOR OPERAÇÕES UNITÁRIAS MECÂNICA DOS FLUÍDOS TRANSMISSÃO DE CALOR AGITAÇÃO E MISTURA SEPARAÇÃO MANUSEIO COM SÓLIDOS MECÂNICA DOS FLUÍDOS DESLOCAMENTO POSITIVO ALTERNATIVAS ROTATIVAS BOMBAS CINÉTICAS CENTRÍFUGAS

Leia mais

Ciências Físico-Químicas 7º ano Ficha de trabalho nº14 Separação dos componentes de uma mistura

Ciências Físico-Químicas 7º ano Ficha de trabalho nº14 Separação dos componentes de uma mistura Para separar os constituintes de uma mistura pode-se recorrer a diferentes processos de separação. Os processos de separação permitem separar diferentes substâncias que inicialmente foram juntas, mantendo

Leia mais

MANUAL DE INSTRUÇÕES INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO PICADORES. (Com sensor no prato de segurança - NBR13767) 4B12-2 e 4B22-2

MANUAL DE INSTRUÇÕES INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO PICADORES. (Com sensor no prato de segurança - NBR13767) 4B12-2 e 4B22-2 INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO PICADORES (Com sensor no prato de segurança - NBR13767) 4B12-2 e 4B22-2 Rev.: C (AGOSTO 2010) A-392077-1 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS 4B12-2 4B22-2 4B-12 4B-22 rpm do sem fim 175 175 kg

Leia mais

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA CALDEIRAS E COMPONENTES Prof. Dr. Ramón Silva - 2015 Sistemas Térmicos de Potência - 2015 O objetivo dessa aula é mostrar os componentes das caldeiras flamotubulares e aquatubulares.

Leia mais

Refrigeração e Ar Condicionado

Refrigeração e Ar Condicionado Refrigeração e Ar Condicionado Câmaras Frigoríficas Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade Federal

Leia mais

BOMBAS. Bombas CLASSIFICAÇÃO BOMBAS ALTERNATIVAS APLICAÇÕES 06/04/2011 BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO

BOMBAS. Bombas CLASSIFICAÇÃO BOMBAS ALTERNATIVAS APLICAÇÕES 06/04/2011 BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO BOMBAS Bombas Para deslocar um fluido ou mantê-lo em escoamento é necessário adicionarmos energia, o equipamento capaz de fornecer essa energia ao escoamento do fluido é denominamos de Bomba. CLASSIFICAÇÃO

Leia mais