Organização Internacional do Trabalho. Genebra

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1 Organização Internacional do Trabalho Genebra

2 Copyright Organização Internacional do Trabalho 2006 Tradução em língua portuguesa: ACT Autoridade para as Condições do Trabalho As publicações do Bureau Internacional do Trabalho gozam da protecção dos direitos de autor em virtude do Protocolo 2 anexo à Convenção Universal sobre Direito de Autor. No entanto, breves extractos dessas publicações podem ser reproduzidos sem autorização, desde que devidamente mencionada a fonte. Para obter os direitos de reprodução ou de tradução, os pedidos devem ser dirigidos ao Serviço de Publicações (Direitos de Autor e Licenças) do Bureau Internacional do Trabalho, CH-1211 Genebra 22, Suíça, ou enviados para o seguinte endereço electrónico: pubdroit@ilo.org. Os pedidos serão sempre bem-vindos. As bibliotecas, instituições e outros utilizadores registados em organizações de direitos de reprodução poderão fazer fotocópias nos termos das licenças que lhes forem concedidas para este fim. Visite para saber qual é a organização de direitos de reprodução no seu país. Sistema Integrado de formação em inspecção do trabalho Edição: Maio 2009 Tiragem: exemplares ISBN: (edição impressa) ISBN: (web pdf) Depósito legal: /09 Impressão: Palmigráfica Artes Gráficas, Lda. Tradução: Traducta Revisão técnica: Manuel M. Roxo Albracht, G (Editor) Martin Daza, F, Brückner, B (Co-editores) Genebra, Bureau Internacional do Trabalho, 2006 ISBN da edição original: (edição impressa) ISBN da edição original: (web pdf) Também disponível em francês: Système intégré de formation à l inspection du travail Fotografias Organização Internacional do Trabalho Dados de catalogação na publicação do BIT As designações constantes das publicações do BIT, que estão em conformidade com as normas das Nações Unidas, bem como a forma sob a qual figuram nas obras, não reflectem necessariamente o ponto de vista do Bureau Internacional do Trabalho relativamente à condição jurídica de qualquer país, área ou território ou respectivas autoridades, ou ainda relativamente à delimitação das respectivas fronteiras. As opiniões expressas em artigos, estudos e outros documentos são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, e a publicação dos mesmos não vincula o Bureau Internacional do Trabalho às opiniões neles expressas. A referência ou não referência a empresas, produtos ou procedimentos comerciais não implica qualquer apreciação favorável ou desfavorável por parte do Bureau Internacional do Trabalho. As publicações e os produtos electrónicos do BIT estão disponíveis nas principais livrarias e nos escritórios locais do BIT em vários países, podendo ser também directamente obtidos na seguinte morada: Publicações do BIT, Bureau Internacional do Trabalho, CH-1211 Genebra 22, Suíça. Os catálogos e listas de novas publicações podem ser obtidos gratuitamente na morada acima mencionada ou solicitados através do seguinte endereço de pubvente@ilo.org Visite o site da OIT : Informação adicional sobre as publicações do BIT em língua portuguesa pode ser obtida no escritório da OIT em Lisboa, Rua do Viriato, 7, 7º andar, Lisboa, telef.: , Fax: ou directamente através da página da Internet: Design gráfico e layout : bemotiv Digital Media GmbH Patrick Gilles - Alemanha

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4 A formação é essencial à eficiência. Nesse sentido, para que a inspecção do trabalho possa desempenhar o papel central que lhe cabe, impõe-se a adopção de padrões elevados na formação dos inspectores, tendo em vista a promoção de um trabalho digno na empresa, especialmente face a todo um conjunto de desafios inerentes a um mundo do trabalho em rápida evolução. O Sistema Integrado de Formação em Inspecção do Trabalho (SIFIT) proporciona uma nova abordagem sob a forma de módulos para a formação neste domínio. Os conceitos que lhe estão subjacentes foram desenvolvidos pela primeira vez durante a aplicação de um projecto da OIT na Bulgária, por ocasião da Conferência Internacional do Trabalho de 2006, tendo conferido uma nova dinâmica à referida abordagem ao insistir no reforço das inspecções do trabalho e no apoio da OIT a este processo. Baseado na noção de formação de formadores, o SIFIT fornece um amplo conjunto de documentos que abrangem uma vasta gama de temáticas operacionais e estratégicas, assumindo, contudo, uma óptica flexível ao permitir às autoridades nacionais desenvolverem os seus próprios currículos mediante as escolhas que melhor se coadunem com as suas necessidades específicas. Este tipo de orientação será especialmente útil aos países que atravessam um processo de modernização da sua legislação do trabalho e dos seus sistemas de inspecção, designadamente aos que desenvolvem sistemas integrados de inspecção. O SIFIT foi também concebido de forma a permitir que mais módulos lhe sejam gradualmente acrescentados, possibilitando que a experiência adquirida por alguns seja posta ao serviço de todos. A existência do SIFIT deve muito à especialização e experiência de outros, e o BIT está muito grato a todos aqueles que forneceram material e comentaram o projecto. Agradecemos especialmente ao nosso consultor para o projecto de inspecção do trabalho, Dr. Bernhard Brückner, cuja metodologia de formação constituiu a base para o lançamento do SIFIT, bem como a Félix Martin Daza (OIT-Turim), a Peter Hurst (OIT/IPEC), Bernd Treichel e Malcom Gifford (OIT/SafeWork), à Associação Internacional da Inspecção do Trabalho e aos Directores e respectivos inspectores de um grande número de serviços de inspecção do trabalho, parceiros sociais e entidades governamentais, que ajudaram a apoiar e a conceber o presente sistema de formação. Gostaríamos ainda de agradecer ao Ministério Federal da Cooperação e do Desenvolvimento Económico da Alemanha, pelo apoio financeiro dado ao projecto. É com muito prazer que lhe apresentamos e recomendamos o SIFIT. Dr. Jukka Takala Director OIT/SafeWork Programa Internacional para a Segurança e Saúde dos Trabalhadores e o Ambiente de Trabalho Gerd Albracht Coordenador para o Desenvolvimento dos Sistemas de Inspecção, OIT/SafeWork Programa Internacional para a Segurança e Saúde dos Trabalhadores e o Ambiente de Trabalho

5 Page 1. INTRODUÇÃO Enquadramento Abordagem da inspecção do trabalho integrada Como utilizar o SIFIT 7 2. A INSPECÇÃO DO TRABALHO NUMA ECONOMIA GLOBAL Um actor estratégico para a aplicação das normas fundamentais do trabalho Desafios para a inspecção do trabalho 9 3. INSPECÇÃO DO TRABALHO INTEGRADA O conceito de inspecção do trabalho integrada Funções e responsabilidades Sistemas de gestão e cultura de prevenção POLÍTICA DE FORMAÇÃO Qualificações profissionais e pessoais para os inspectores do trabalho Grupos-alvo MODELO DE FORMAÇÃO Objectivos da formação Metodologia da formação Princípios da formação Os três pilares da formação Formas e conteúdos da formação Inspectores recém-recrutados Programas técnicos Concepção de programas Formação de formadores Formação de mentores Formação em competências sociais Formação de dirigentes Formação de inspectores no terreno IMPLEMENTAÇÃO 29 DESCRIÇÃO GERAL DOS ELEMENTOS DO SIFIT O SIFIT e o desenvolvimento gradual de instrumentos de formação,de programas e de documentos de apoio 31 Pacote de Recursos 1 Missão global da inspecção do trabalho 31 Pacote de Recursos 2 Ferramentas de desenvolvimento da Formação 31 Pacote de Recursos 3 Exemplos práticos de manuais de formação desenvolvidos 32 Pacote de Recursos 4 Ferramentas, orientações e instrumentos de acção Descrição geral dos instrumentos de formação actualmente desenvolvidos (situação em Setembro 2006) 33 OUTRAS REFERÊNCIAS Publicações Sítios na Internet 34 05

6 INTRODUÇÃO 1.1. Enquadramento TA inspecção dos locais de trabalho tem constituído uma prioridade para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), desde a fundação desta Organização em Na primeira Conferência Internacional do Trabalho da OIT, nesse mesmo ano, foi aprovada uma recomendação sobre a criação de um sistema eficiente de inspecção de fábricas e de serviços governamentais, que teria por missão a protecção da saúde dos trabalhadores. Desde então, o tema foi-se tornando cada vez mais importante, especialmente com a adopção, em primeiro lugar, da Convenção sobre a Inspecção do Trabalho, 1947 (n.º 81) e, posteriormente, da Convenção sobre a Inspecção do Trabalho (Agricultura), 1969 (n.º 129), bem como das recomendações que as acompanhavam. De todas as Convenções da OIT, a Convenção n.º 81 é uma das que têm merecido o maior número de ratificações (em Julho de 2006, 135 Estados-membros tinham ratificado esta Convenção e outros Estados tinham aplicado as políticas nela previstas). Por conseguinte, quase todos os países do mundo dispõem actualmente de um serviço de inspecção do trabalho sob qualquer forma, abrangendo a maioria dos sectores de emprego formal, senão todos, ou até mesmo a economia informal. Por muito que esta Convenção tenha resistido ao tempo, as rápidas mutações registadas na evolução do mundo do trabalho implicam mais do que nunca, para os inspectores, a necessidade de políticas actualizadas e de conselhos operacionais, para que possam manter-se eficientes e preparados para aquilo que é uma função cada vez mais exigente, mas de grande importância. O Sistema Integrado de Formação em Inspecção do Trabalho (SIFIT) proporciona um enquadramento para ir ao encontro dessas necessidades de formação. O conceito subjacente ao SIFIT foi tomando forma ao longo de um projecto da OIT financiado pela Alemanha e desenvolvido na Bulgária em 1999, numa altura em que este país procedia à revisão e reforma da sua legislação do trabalho e do sistema de inspecção. Foi então decidido integrar na inspecção do trabalho as funções de aconselhamento e de controlo de aplicação das normas de saúde no trabalho e condições de trabalho, para que todos esses elementos fizessem parte das responsabilidades de cada inspector, segundo o princípio uma empresa um inspector. A fim de corresponder às necessidades de formação, foi desenvolvido um programa de formação de formadores com a duração de três anos, no âmbito do qual foram formados 300 inspectores, sobre o planeamento e a realização das suas visitas aprofundadas visando a prevenção. Com base nesta nova abordagem, o número de visitas de inspecção relacionadas com a segurança e saúde no trabalho e com outras questões aumentou nitidamente entre 1998 e 2003 e, no mesmo período, duplicou o número de queixas investigadas. Posteriormente, quando o Comité dos Altos Responsáveis das Inspecções do Trabalho procedeu à avaliação dos serviços de inspecção do trabalho recentemente integrados, considerou-se que a Bulgária reunia já todos os requisitos para a adesão à União Europeia no domínio da inspecção do trabalho o que constitui também um indício do êxito do projecto. Após um período de integração igualmente bem sucedido no Vietname, os conceitos subjacentes ao SIFIT foram aperfeiçoados e, posteriormente, integrados no seu actual formato. 06

7 Abordagem integrada da inspecção do trabalho A OIT promove uma abordagem integrada da inspecção do trabalho, abrangendo a segurança e saúde no trabalho, as relações de trabalho, as condições gerais de trabalho e outros aspectos do Trabalho Digno, em apoio do conceito de uma empresa - um inspector. Esta perspectiva permite melhor congregar os recursos existentes, prestar melhores serviços e aumentar a presença de inspectores nos locais de trabalho. Simultaneamente, proporciona a flexibilidade suficiente aos Estados-membros para poderem desenvolver os seus próprios regimes de inspecção, em função dos seus próprios sistemas e formas de administração. A aplicação do conceito exige uma cooperação estreita com os empregadores e os sindicatos. Podem ser referidos diferentes exemplos de sistemas integrados de inspecção. A Inspecção do Trabalho e da Segurança Social de Espanha, por exemplo, é uma organização integrada que se dedica não apenas à segurança e saúde no trabalho, mas a todos os aspectos das relações de trabalho, incluindo o emprego e a segurança social. A inspecção marítima fornece também uma ilustração de um sistema integrado num determinado sector. Para além dos requisitos marítimos específicos, os inspectores asseguram o cumprimento e a aplicação das normas vigentes em todos os domínios da legislação do trabalho, por exemplo, requisitos de idade mínima para os trabalhadores marítimos, condições de admissão, de alojamento e alimentação, protecção da saúde e cuidados médicos, protecção da segurança social e direito à reforma. No entanto, para que os sistemas integrados de inspecção sejam eficazes, os inspectores deverão receber formação de forma sistemática e contínua, a fim de manterem um elevado nível de competência profissional, incluindo capacidades e conhecimentos no domínio das relações entre empregadores e trabalhadores, de modo a estarem preparados para um mundo do trabalhol cada vez mais globalizado Como utilizar o SIFIT O SIFIT proporciona um enquadramento em que cada inspecção nacional do trabalho poderá desenvolver os seus próprios sistemas e pacotes de formação. Trata-se de um sistema flexível e baseado em módulos, destinado a permitir às inspecções nacionais do trabalho desenvolverem sistemas de formação que se adaptem da melhor forma às suas necessidades próprias, e concebido para corresponder aos recursos disponíveis. Embora o SIFIT não possa abranger todos os aspectos do conceito de inspecção do trabalho integrada, o sistema aborda as principais questões técnicas e jurídicas, o tema da gestão, bem como as diferentes competências sociais e outras capacidades exigidas. Também pode ser utilizado para efeitos de formação e informação dos parceiros sociais. Foram já desenvolvidos diversos módulos e mais irão ser desenvolvidos proximamente, por exemplo no domínio da inspecção do trabalho e da agricultura. Os principais elementos que caracterizam o SIFIT são: Uma metodologia baseada na formação de formadores Para que a formação seja sustentável, é necessária uma abordagem que incentive a transferência de conhecimentos para as entidades de uma organização. Deste modo, o SIFIT baseia-se numa metodologia de formação de formadores, permitindo que os organizadores nacionais identifiquem, na sua organização, os potenciais candidatos à formação que poderão, depois, desenvolver os seus próprios programas de formação adaptados a fim de corresponderem a necessidades e critérios específicos. Uma abordagem modular A abordagem modular do SIFIT significa que a formação poderá prolongar-se por um período de tempo mais longo, se necessário. Os módulos abrangem uma gama de temas que incluem o desenvolvimento de princípios de política, a formação de formadores, as competências sociais e de comunicação, a organização do trabalho, as necessidades de sectores específicos, o diálogo social e outros aspectos. Para cada módulo, um plano curricular fornece orientações sobre como agir e quais os elementos cuja inclusão nos manuais nacionais de formação deve ser ponderada. Existem já diversos módulos, os quais foram desenvolvidos, em parte, pela OIT e, em parte, pelos Estados-membros. A finalidade é obter mais exemplos de módulos de formação nos próximos anos e expandir gradualmente o conteúdo do SIFIT. Pacotes de recursos para melhor formação Dado que os manuais de formação devem ser desenvolvidos em contextos nacionais, o SIFIT proporciona um conjunto de materiais de base para a orientação neste domínio, como, por exemplo, os relativos ao combate ao trabalho infantil e ao VIH/SIDA. Os pacotes de recursos incluem igualmente panorâmicas gerais sobre o papel e as funções da inspecção do trabalho, os seus problemas e desafios específicos. E, o que é mais importante, incluem também orientações sobre boas práticas, bem como fichas técnicas e outro material de apoio. Poderá ser consultada uma lista completa dos recursos da inspecção do trabalho em: 07

8 A INSPECÇÃO DO TRABALHO NUMA ECONOMIA GLOBAL Sendo a inspecção do trabalho uma função do Estado, deve distinguir-se da inspecção exercida por outras organizações, como aquela que é efectuada pelos empregadores a fim de assegurarem o seu próprio cumprimento da lei. O bom funcionamento de um sistema de inspecção de trabalho é um factor essencial à boa governação no mundo laboral. A inspecção do trabalho tem um papel fundamental a desempenhar nas estratégias nacionais e internacionais tendentes a assegurar a aplicação efectiva dos programas de trabalho digno. A Comissão de Peritos da OIT para a Aplicação das Convenções e Recomendações observou, no seu relatório de 2006, que os serviços de inspecção do trabalho são as principais instituições estratégicas governamentais de apoio aos instrumentos da OIT, na medida em que estes estão integrados na sua legislação, e que velam pela aplicação prática das normas ratificadas Um actor estratégico para a aplicação das normas fundamentais do trabalho A globalização tem tido efeitos profundos, não só nas prioridades comerciais, económicas e políticas, mas também no ambiente de trabalho de muitas pessoas, nomeadamente face aos riscos que enfrentam. Apesar das promessas de maior produtividade, de um crescimento mais rápido e de melhores condições de vida e de trabalho, muitos países estão ainda longe de realizar o potencial aberto pela globalização, como está demonstrado no relatório da OIT Por Uma Globalização Justa Criar Oportunidades para Todos (OIT, 2004). Assim, todos os parceiros sociais devem empenhar-se no desenvolvimento de estratégias criativas e abrangentes a fim de corresponder a estes desafios, através do processo de diálogo social e de consultas tripartidas. A existência de serviços de inspecção do trabalho competentes e independentes é fundamental neste processo, pois são os serviços de inspecção que têm acesso directo ao local de trabalho, no âmbito dos mandatos dos governos respectivos. É através dos serviços de inspecção que normas fundamentais do trabalho como as tendentes à abolição do trabalho infantil podem ser aplicadas nas empresas, que podem ser prestados conselhos técnicos e informações coerentes e que o trabalho digno pode ser promovido transversalmente em todos os sectores de actividade, incluindo a economia informal. É cada vez mais reconhecido que o nível de desenvolvimento de uma inspecção do trabalho é um indicador do desenvolvimento económico e social de um país. Os encargos com acidentes e problemas de saúde relacionados com o trabalho, por exemplo, são significativos, implicando custos globais estimados em cerca de 4-5% do PIB mundial. Contudo, se existirem serviços de inspecção eficazes, esses acidentes e problemas de saúde podem ser consideravelmente atenuados, não só melhorando a qualidade de vida dos trabalhadores e das suas famílias, mas também implicando resultados económicos significativos, melhorando o potencial de produtividade e de emprego. A importância de reforçar os sistemas de inspecção do trabalho a nível mundial foi também salientada na Conferência UE-OIT Unidade para além das diferenças, sobre a inspecção integrada do trabalho, realizada em Os governos devem investir em serviços de inspecção do trabalho e desenvolver os existentes, dado que muitos deles não dispõem dos recursos financeiros nem do apoio político para corresponder às necessidades nacionais e para dar uma resposta sólida aos desafios da globalização, promovendo o trabalho digno, tanto no sector formal como na economia informal. Felizmente, tal como demonstraram os projectos de cooperação técnica recentes da OIT na Bulgária e no Vietname, é possível transformar um serviço de inspecção do trabalho numa organização moderna, competente e altamente eficiente, mediante um forte apoio político a nível nacional. Evidentemente, uma boa formação é um elemento essencial no processo de modernização. 08

9 Desafios para a inspecção do trabalho As grandes mudanças nos padrões de emprego ocorridas nos anos mais recentes colocam desafios significativos para a inspecção do trabalho. Com a fragmentação e privatização das indústrias tradicionais e o recurso crescente à subcontratação e também à economia informal, os métodos tradicionais de inspecção já não atingem um número elevado de trabalhadores. Além disso, a alteração das relações de trabalho, as novas tecnologias, os riscos psicossociais emergentes, o número crescente de acidentes de trabalho e doenças profissionais em todo o mundo e a insistência em aplicar as normas fundamentais do trabalho da OIT de uma forma mais eficiente implicam que os desafios para os serviços de inspecção do trabalho sejam enormes. A necessidade de uma abordagem integrada da inspecção do trabalho e de políticas claras, concisas, coerentes e abrangentes, a fim de promover o trabalho digno, nunca foi tão imperiosa. As atitudes públicas face ao trabalho estão também a mudar. Em muitos países desenvolvidos, por exemplo, há uma intolerância crescente do público em geral face a riscos inaceitáveis relacionados com o trabalho, como os decorrentes da proximidade de grandes complexos químicos ou da exposição ao amianto. Embora este factor, em si mesmo, possa ser positivo, na medida em que constitui um sinal de maior consciencialização do público, coloca uma maior responsabilidade nos serviços de inspecção do trabalho, que têm de responder a mais preocupações, frequentemente justificadas, com os mesmos ou até com menos recursos. A necessidade política de uma maior responsabilização e eficiência perante o público tem tido também impacto sobre todos os serviços governamentais, incluindo as inspecções do trabalho, que são crescentemente chamadas a demonstrar que prestam serviços efectivos e eficientes. Os recursos têm sido levados ao seu limite mesmo nos países desenvolvidos e muito mais nos países em desenvolvimento, e tiveram de ser encontradas novas formas de trabalho. Assim, a avaliação do desempenho dos serviços de inspecção tem-se tornado mais comum e tende a ocupar mais tempo. Uma resposta a estes desafios tem consistido em trabalhar de forma mais abrangente com os parceiros sociais, partilhar ideias e informações, e trabalhar em conjunto com eles a fim de resolver algumas das questões mais complexas. Programas nacionais como os de abolição do trabalho infantil, do trabalho forçado ou do VIH/SIDA têmse tornado mais comuns e as inspecções do trabalho desenvolvem a sua actividade nestes contextos nacionais mais vastos. Vários países têm desenvolvido programas nacionais para a segurança e saúde no trabalho, quer a nível geral quer em sectores específicos, sendo certo que as inspecções do trabalho desempenham uma função central no planeamento estratégico, na prestação de conselhos e no controlo da aplicação das normas. A Estratégia Global de Segurança e Saúde no Trabalho da OIT salientou a importância de sistemas de inspecção e de fomento das capacidades neste contexto. Recentemente, foi adoptada a Convenção sobre o Quadro Promocional para a Segurança e Saúde no Trabalho, 2006, bem como a Recomendação que a acompanha, as quais abordam a necessidade de programas nacionais de segurança e saúde no trabalho, de reforçar os sistemas nacionais (incluindo a inspecção do trabalho) e de educação e formação nessas matérias. 09

10 INSPECÇÃO DO TRABALHO 3.1. O conceito de inspecção do trabalho integrada A inspecção do trabalho integrada significa a integração dos aspectos administrativos, processuais e técnicos multidisciplinares da inspecção do trabalho numa abordagem holítisca, coerente, mas flexível. As finalidades consistem em racionalizar os recursos existentes, prestar serviços mais efectivos e eficientes e aumentar o número de inspectores no local de trabalho. A aplicação desta abordagem implica, naturalmente, uma cooperação estreita entre os ministérios governamentais e as organizações de empregadores e de trabalhadores, quer a nível nacional quer na empresa. Um Sistema Integrado de Formação em Inspecção do Trabalho (SIFIT) reflecte, pois, esta perspectiva, e a sua concepção proporciona toda uma série de possibilidades na abordagem de questões continuamente emergentes relativas ao local de trabalho ou relacionadas com o trabalho Como todas as inspecções do trabalho nacionais, uma inspecção integrada opera sobretudo ao nível da empresa, ao nível sectorial e nacional, velando por que a legislação seja aplicada de forma coerente e adequada nos locais de trabalho, no âmbito das competências que lhe são conferidas. A nível empresarial, o princípio é uma empresa - um inspector, o que corresponde igualmente ao desejo dos empregadores de lidarem apenas com uma autoridade governamental, sempre que possível, para as diferentes questões de protecção social relativas à empresa. No entanto, os serviços de inspecção do trabalho integrada podem igualmente partilhar ideias e experiências a nível internacional, por terem muito em comum em virtude das suas funções. Estes serviços têm integrado muitas funções que lhes são comuns e defrontam-se com aspirações e desafios semelhantes. Isto aplica-se, mais particularmente, a grupos regionais de países, como a União Europeia, onde muita da legislação de protecção dos trabalhadores já foi harmonizada. A cooperação entre as inspecções nacionais do trabalho é especialmente importante neste contexto, como é o caso do Comité dos Altos Responsáveis da Inspecção do Trabalho da UE e a Associação Internacional da Inspecção do Trabalho. Estas redes são primordiais. As inspecções do trabalho integradas estão, pois, bem colocadas para reagir às iniciativas internacionais de fomento do trabalho digno e, em especial, para corresponder aos objectivos de atingir uma Globalização Justa, na medida em que aplicam normas e boas práticas internacionalmente acordadas a nível nacional e nas empresas. A integração de funções deste modo aumenta também a competência dos inspectores. Contudo, o SIFIT não significa que todos os inspectores tenham de ser peritos em todas as matérias de que se ocupam. As organizações podem ser agrupadas em generalistas e especialistas, de tal forma que as generalistas tenham um âmbito mais vasto na compreensão de cada aspecto dentro da sua área de responsabilidade, a ser apoiada pelos conselhos de especialistas sempre que necessário. Muitas inspecções funcionam já desta forma com bons resultados. Deste modo, a formação deve corresponder a essas necessidades específicas, para que inspectores generalistas correctamente formados tenham competência para identificar os temas de preocupação e para fazer avaliações preliminares, para prestar conselhos e tomar decisões sobre como proceder de seguida. Se não forem capazes de resolver a questão por falta de conhecimentos, poderão pedir a ajuda de especialistas, a fim de tomarem medidas com base em pareceres idóneos. 10

11 Funções e responsabilidades No âmbito da administração pública, as inspecções do trabalho têm por objectivo essencial promover o cumprimento da legislação laboral aplicável através da inspecção, prestando informações e conselhos e, se necessário, adoptando procedimentos de aplicação da lei. Em contrapartida, a responsabilidade por garantir que os requisitos da legislação são efectivamente cumpridos cabe aos empregadores e a outros titulares de tais deveres. No contexto das suas atribuições ou finalidade geral, as funções precisas das inspecções nacionais do trabalho divergem de um país para outro, tal como as suas responsabilidades específicas. Por conseguinte, as políticas de inspecção irão abordar áreas específicas de responsabilidade, bem como o modo como devem promover o cumprimento da legislação aplicável e das boas práticas através das actividades de inspecção, de processos de controlo e outras. Em termos gerais, as funções dos inspectores do trabalho podem ser resumidas do seguinte modo: - Aconselhar os empregadores, os trabalhadores e outros titulares de deveres sobre boas práticas e, mais concretamente, sobre o modo de cumprir a legislação em vigor; - Fazer averiguações na sequência de queixas, acidentes e casos de problemas de saúde; - Trabalhar com os parceiros sociais em actividades educativas/promocionais, tais como cursos de formação, seminários para pequenas empresas, etc. - Fazer aplicar a legislação pertinente; e - Informar os superiores hierárquicos sobre as suas actividades e sobre assuntos específicos sempre que necessário, chamando a atenção para deficiências ou abusos que não estejam especialmente previstos nas disposições em vigor (Convenção n.º 81). No exercício das suas funções, os inspectores do trabalho precisam de consultar e interagir com os parceiros sociais seja a nível nacional seja ao nível da empresa, incluindo as organizações de empregadores e de trabalhadores, bem como outros actores, tais como associações seguradoras, serviços de saúde no trabalho, fabricantes, projectistas e fornecedores, estabelecimentos de ensino e de formação, instituições de investigação e outras organizações que prossigam interesses específicos. A manutenção do diálogo social através de parcerias tem-se tornado cada vez mais importante, desde a relação com empresas multinacionais até ao combate ao trabalho infantil, desde o apoio aos trabalhadores da economia informal até às actividades sectoriais. Em todos estes domínios, os inspectores do trabalho desempenham um papel central e os interesses de todos os parceiros sociais relevantes devem ser tidos em conta. As competências para o exercício do controlo inspectivo variam de país para país. Na sua maioria, os serviços de inspecção têm poderes para desencadear processos judiciais, mas nalguns países os inspectores podem impor sanções administrativas, enquanto noutros apenas os tribunais judiciais podem aplicar multas. Nalguns países, os inspectores estão autorizados a emitir advertências de "proibição", "melhoria" ou semelhantes, que são documentos legais, não podendo fazê-lo noutros países. As responsabilidades dos inspectores variam também de um país para outro, podendo aplicar-se a todos ou à maioria dos temas adiante indicados. Quanto mais integrada for a organização, mais as competências seguintes farão parte dos respectivos mandatos: Segurança e saúde no trabalho e condições de trabalho Segurança no trabalho. O risco de acidentes pode resultar de vários factores, como a utilização de máquinas perigosas, o trabalho em altura, o transporte no local de trabalho, a adopção de equipamento sob pressão, equipamentos de elevação, a utilização de substâncias inflamáveis ou explosivas, etc. São necessários sólidos conhecimentos técnicos sobre o modo como surgem os riscos para a segurança e como podem ser efectivamente controlados através de uma boa concepção e manutenção adequada, da organização do local de trabalho e do ambiente de trabalho, de métodos de trabalho seguros e de outros meios. Saúde no trabalho. Os riscos de doença e os problemas de saúde podem surgir de várias formas, tais como a exposição a substâncias perigosas como o amianto, ou a produtos químicos como os pesticidas, o trabalho com cargas pesadas ou de difícil manuseamento, os ambientes ruidosos, o trabalho com ferramentas de fortes vibrações, o trabalho em temperaturas elevadas ou em pressão excessiva ou a exposição a agentes biológicos. Insiste-se na necessidade de conhecimentos técnicos sólidos para se poderem avaliar os riscos de forma adequada e para se poderem prestar informações e conselhos sobre o modo como esses riscos podem ser controlados de forma eficaz, referenciando-se vigilância da saúde e os serviços de saúde no trabalho. Os distúrbios músculo-esqueléticos fazem parte dos problemas de saúde no trabalho mais frequentes, tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, afectando a qualidade de vida da maioria das pessoas. A abordagem primária da prevenção dos distúrbios músculo-esqueléticos relacionados com o trabalho será a reformulação da actividade do trabalho de forma a optimizar a carga de trabalho, tornando-a compatível com a capacidade de desempenho físico e mental dos trabalhadores 11

12 Promoção da saúde no trabalho. Tradicionalmente, as medidas de segurança e de saúde no trabalho têm-se concentrado na prevenção de acidentes e doenças. No entanto, estas medidas, por si só, não são suficientes para fazer frente a toda a diversidade de questões referidas acima. Assim, a promoção da saúde no local de trabalho tem por finalidade o reforço do potencial de promoção da saúde e do bem-estar dos trabalhadores, contribuindo activamente para a melhoria da saúde no local de trabalho, elevando o moral dos trabalhadores e promovendo melhores relações de trabalho. Esta perspectiva deverá contribuir para uma força de trabalho mais saudável e motivada, para a redução dos custos relacionados com doenças e para maior produtividade, transformando assim o trabalho em "trabalho digno". Riscos psicossociais. O stress relacionado com o trabalho e outros problemas psicossociais podem derivar de diversos factores, incluindo horários e exigências de trabalho pouco razoáveis, assédio sexual ou moral e a ameaça de violência no trabalho. Esta problemática, que está longe de ser trivial, pode ter impacto no comportamento dos trabalhadores e prejudicar a sua saúde. Durante a última década, o stress relacionado com o trabalho tem sido consistentemente identificado como uma preocupação significativa no local de trabalho, representando um custo muito elevado em termos de sofrimento humano e de fraca motivação, maior rotatividade do pessoal e desempenho económico e produtividade mais reduzidos. VIH/SIDA. As consequências do VIH/SIDA relacionadas com o trabalho são graves. Para além de um maior absentismo e da perda de trabalhadores qualificados e experientes, os efeitos incluem a discriminação e o estigma no trabalho, menor produtividade e, a um nível mais vasto, um impacto negativo sobre o crescimento económico e um encargo para os sistemas de protecção social e para os serviços de saúde. Nalguns casos, a doença propaga-se directamente devido ao trabalho, por exemplo no caso dos trabalhadores no sector da saúde. Os inspectores do trabalho têm uma função essencial a desempenhar neste domínio, através de actividades de sensibilização, prestação de informações e de conselhos, promoção de medidas preventivas e, em geral, velando pela aplicação efectiva das políticas nacionais. Vigilância do mercado. Face ao aumento do comércio mundial, a legislação de muitos países prevê actualmente que os produtos colocados no mercado deverão obedecer a requisitos acordados em matéria de segurança e saúde (normas internacionais harmonizadas), a fim de garantir a segurança dos utilizadores. Com os seus conhecimentos, os inspectores do trabalho foram incumbidos da vigilância do mercado, para garantir que os fabricantes, fornecedores e importadores estejam informados sobre a legislação aplicável e forneçam apenas produtos seguros. Condições de trabalho. As condições de emprego constituem um aspecto muito importante do trabalho digno na empresa. De acordo com a Convenção n.º 81, os inspectores do trabalho deverão assegurar a aplicação das disposições legais relativas às condições de trabalho e à protecção dos trabalhadores no exercício da sua profissão, tais como as relativas à duração do trabalho [e] salários...". O número de horas de trabalho e o modo como este é organizado podem afectar significativamente a qualidade do trabalho e a qualidade de vida dos trabalhadores. O trabalho nocturno, o trabalho por turnos e os longos períodos de trabalho contribuem igualmente para a redução da esperança de vida e a deterioração da saúde dos trabalhadores. 12

13 Igualdade de género e não discriminação Recentemente, um número cada vez maior de países tem aprovado legislação antidiscriminação com base em Convenções fundamentais da OIT. Ao fazê-lo, o aconselhamento, o acompanhamento e o controlo das disposições aplicáveis passaram a ser da responsabilidade de serviços de inspecção do trabalho. Alguns desses serviços não só fazem aplicar a legislação em vigor, mas prepararam também regras específicas antidiscriminação aplicável através dos serviços de inspecção, no âmbito das suas próprias políticas gerais de igualdade de género e antidiscriminação. Trabalho infantil Embora a legislação que limita o emprego de crianças seja uma das mais antigas, o trabalho infantil persiste em muitos países e, em especial, na economia informal. Assim, a comunidade internacional tem desenvolvido esforços crescentes nos últimos anos para velar pela aplicação das normas da Convenção sobre as Piores Formas de Trabalho Infantil, 1999 (n.º 182) e de outras disposições neste domínio. Actualmente, os esforços nacionais são frequentemente coordenados entre diferentes ministérios governamentais, empregadores, trabalhadores, professores, organizações da colectividade e outras entidades, numa abordagem de equipa tendente a eliminar, em última instância, pelo menos as piores formas de trabalho infantil. As piores formas incluem o trabalho infantil perigoso, e é nesse domínio que as inspecções do trabalho colaboram cada vez mais com outros organismos na identificação do trabalho infantil perigoso e na cooperação para a sua eliminação. Relações de trabalho Os inspectores do trabalho têm frequentemente responsabilidades no domínio das relações de trabalho relativamente aos direitos sindicais e à protecção dos membros dos sindicatos. Em diversos países, também registam e controlam os acordos colectivos e podem até ter poderes para os fazer aplicar. As relações profissionais podem processar-se a nível nacional, regional e empresarial. Nalguns países, os inspectores do trabalho participam em actividades de conciliação e de arbitragem, embora a Recomendação n.º 81 da OIT desencoraje claramente essa prática. Migração Os trabalhadores migrantes representam normalmente 10% da força de trabalho nacional em muitos países desenvolvidos e correspondem a uma proporção crescente da mão-de-obra dos países em desenvolvimento. Muitos desses trabalhadores estão sujeitos a tratamentos violentos, à exploração e à discriminação nos países de acolhimento, por várias razões e, em parte, devido à situação vulnerável em que se encontram. A inspecção dos locais de trabalho onde estão presentes trabalhadores migrantes contribui para assegurar a igualdade de tratamento, desencoraja a exploração e reduz os incentivos à contratação de trabalhadores em situação irregular que, de outro modo, poderiam aceitar condições de trabalho abaixo dos requisitos legais. Trabalho forçado O trabalho forçado e o tráfico que o determina são dois actos criminosos e têm impacto no mercado de trabalho. Por conseguinte, as forças policiais, as inspecções do trabalho e os parceiros sociais cooperam no combate a este fenómeno. Sendo responsáveis pelo fomento de condições de trabalho condignas, os inspectores do trabalho conseguem igualmente identificar as vítimas e os autores destes crimes, adoptando as medidas correctivas necessárias. 13

14 Sistemas de gestão e cultura de prevenção No exercício das suas funções, os inspectores do trabalho tal como os seus parceiros sociais põem cada vez mais a tónica na prevenção e na necessidade de os empregadores adoptarem uma atitude próactiva, a fim de controlar e reduzir os riscos que ameaçam as condições para um trabalho digno. Assim, são necessários sistemas de gestão para que os empregadores possam identificar ilegalidades e adoptar as medidas necessárias, após consulta dos representantes dos trabalhadores. Por exemplo, os empregadores são incitados a prever sistemas de gestão para a segurança e saúde no trabalho. Esses sistemas deverão implicar organizações eficazes e medidas destinadas a identificar e avaliar os riscos para a segurança e saúde, antes que ocorram acidentes e problemas de saúde no trabalho, e devem providenciar pela adopção das medidas adequadas à definição e manutenção de padrões aceitáveis. Esta abordagem contribui para promover uma cultura mais responsável nas empresas e, de um modo mais geral, na comunidade, nos países e até nas regiões. O conceito de cultura preventiva de segurança e saúde", por exemplo, foi promovido na Estratégia Global da OIT para a Segurança e Saúde no Trabalho. Através destes mecanismos, as condições vigentes no local de trabalho poderão, espera-se, melhorar em todo o mundo, garantindo um trabalho digno e uma globalização justa para todas as populações. Mas, nunca é demais repetir, a inspecção do trabalho desempenha uma função vital para a realização desse objectivo. 14

15 POLÍTICA DE FORMAÇÃO De um modo geral, a política de formação dos inspectores do trabalho deve ter por preocupação essencial dotá-los da preparação necessária para que se tornem suficientemente competentes, a fim de poderem pro- ceder a avaliações idóneas sobre a melhor forma de promover o cumprimento da legislação em vigor e tomar as medidas necessárias para assegurar a sua aplicação 4.1. Qualificações profissionais e pessoais para os inspectores do trabalho Para uma missão desta natureza, é evidente que os inspectores devem dispor de determinadas qualidades e aptidões individuais e de habilitações académicas de um certo nível. Algumas das qualidades e aptidões mais pessoais devem ser verificadas durante as fases iniciais de recrutamento e selecção anteriores à nomeação, pois, se não forem evidentes pelo menos numa certa medida, a formação posterior poderá nunca vir a dotar o futuro inspector das competências necessárias. Os inspectores deverão igualmente dispor de uma sólida educação básica e de qualificações a um nível mais elevado. Por exemplo, muitas inspecções do trabalho requerem que os novos inspectores recrutados possuam já um curso universitário ou habilitações equivalentes, mas não necessariamente numa disciplina técnica ou jurídica. Após o recrutamento, e a fim de desenvolver as funções já descritas, quer o sistema de formação quer o inspector individualmente devem empenhar-se em corresponder aos seguintes objectivos (alguns dos quais devem já verificar-se antes da nomeação): Qualidades pessoais Capacidade para trabalhar de forma autónoma;. Capacidade de enfrentar e resolver conflitos;. Qualidades de comunicação e de persuasão;. Capacidade de exprimir críticas justificadas e frontais de uma forma sincera;. Disponibilidade para a formação permanente; e. Perseverança e empenho em concluir as missões atribuídas. Conhecimentos profissionais. Educação superior adequada;. Conhecimentos básicos em geral;. Aquisição de conhecimentos mais específicos (da legislação e aspectos técnicos);. Capacidade de utilização de recursos de forma económica; e. Capacidade de transmissão de conhecimentos. Aptidões. Capacidade de discernimento e de resolução de problemas;. Capacidade de fazer juízos fundamentados;. Capacidade de planeamento do trabalho próprio;. Capacidade para o trabalho em equipa;. Capacidade para o trabalho por objectivos;. Capacidade de cooperação com os parceiros sociais. Competências. Capacidade de aplicar os conhecimentos teóricos na prática;. Capacidade de realizar inspecções eficazes. Capacidade de avaliar os riscos na prática; e. Capacidade de fazer exposições orais; Figura: Qualificações requeridas para a Inspecção do Trabalho 15

16 Grupos-alvo Podem ser identificados três grupos-alvo para as actividades de formação:. Inspectores em geral; este grupo subdivide-se em inspectores operacionais e inspectores recém-nomeados;. Dirigentes de inspectores; e. Formadores, mentores, consultores e peritos. Figura: Grupos-Alvo 16

17 MODELO DE FORMAÇÃO Cada inspector do trabalho deve ser competente em todas as matérias técnicas e jurídicas, deverá dispor de poderes legais suficientes e de aptidões pessoais que lhe permitam velar pelo cumprimento da lei, identificar os problemas, prestar conselhos úteis e proceder a avaliações sólidas do cumprimento da legislação em vigor por parte de uma empresa. Neste contexto, o desenvolvimento e a aplicação de um modelo e de um programa de formação eficazes, baseado nas funções da inspecção do trabalho integrada, permitem que os inspectores do trabalho desempenhem eficientemente as tarefas que lhes são atribuídas e prestem serviços de qualidade aos empregadores e aos trabalhadores Objectivos da formação O sistema de formação tem como objectivo principal a prestação de formação inicial aos elementos recémrecrutados e de formação contínua de acompanhamento aos inspectores no activo, dotando-os da competência necessária para a realização eficaz da inspecção integrada. A implementação da inspecção integrada torna necessário que todos os inspectores disponham de formação inicial em diversas disciplinas novas, como a higiene no trabalho, princípios gerais do direito do trabalho, cooperação tripartida e diálogo social, princípios da prevenção, etc. Os programas de formação para este grupo alvo serão especialmente concebidos para tirar partido da experiência anterior e das aptidões profissionais dos formandos. A concepção e o desenvolvimento da formação devem corresponder integralmente às funções e tarefas dos inspectores do trabalho e aos requisitos da legislação em vigor. A formação tem por objectivos estratégicos:. Dotar os inspectores de conhecimentos e competências profissionais suficientes para a obtenção de maior produtividade aquando da inspecção;. Aumentar as competências técnicas e as capacidades pessoais dos inspectores do trabalho;. Constituir, desenvolver e manter uma equipa de formadores e mentores que disponha dos conhecimentos profissionais e das capacidades necessárias à formação; e. Reforçar a capacidade de gestão a todos os níveis administrativos mediante a formação de gestores capazes de aplicar os modernos métodos de gestão. Todas as pessoas, independentemente de questões de género, raça ou credo religioso, que tenham concluído a formação inicial exigida e obtido as qualificações e aptidões necessárias, devem poder tornar-se inspectores. 17

18 Metodologia da formação Formar significa organizar e facilitar um processo de aprendizagem e de mudança; o que se espera da formação é que aprofunde, incentive e promova os conhecimentos dos formandos, as suas capacidades profissionais e competências sociais. Para esse efeito, uma formação de qualidade deve aplicar metodologias que abordem três dimensões da aprendizagem:. Conhecimentos de base aumentar os conhecimentos técnicos;. Competências utilizar os conhecimentos e métodos profissionais, incluindo formação sobre a melhor forma de gerir as relações de trabalho;. Aptidões sociais adaptação a novas formas de trabalho na inspecção. A metodologia de formação acima descrita visa tornar o processo de aprendizagem aberto, positivo, pragmático, dinâmico e activo. Trata-se de uma metodologia orientada para os interesses e problemas específicos da profissão, interactiva e centrada nas necessidades dos participantes. Estes objectivos são atingidos mediante: a) a escolha e concepção de metodologias que correspondam à especificidade de cada temática; b) o envolvimento activo dos participantes e um trabalho de repetição; c) a utilização de estudos de caso; d) a formação e avaliação do desempenho através de gravações e análises em vídeo. Figura: Grupos-Alvo 18

19 Princípios da Formação A formação obedece a sete princípios fundamentais. O quadro que se segue apresenta a caracterização de cada princípio e descreve as características específicas da respectiva aplicação prática. Princípios Significado Características 1. Princípio da visualização Visualização do conhecimento teórico de um sistema de termos, conceitos e crenças, mediante modelos sensoriais, desenhos, mapas e gráficos 2. Princípio da consciencialização Reflexão consciente, séria e profunda sobre o processo de aprendizagem nos seus diferentes estádios - salientar as características existentes dos objectos estudados; - ligar a visualização à vida real; - valorizar e promover a motivação; - facilitar o processo de aprendizagem; - disposição estética do ambiente de aprendizagem. - suprir os desfasamentos entre a formação e os problemas reais dos formandos; - suscitar emoções positivas durante a formação; - oportunidades de autocontrolo e de controlo 3. Princípio de uma atitude pró-activa Ajudar o formando a ser mais pró-activo no processo de aprendizagem - provocar a experiência pessoal do formando; - ajudar os estagiários a compreender que são parceiros iguais e devem contribuir para o processo de aprendizagem 4. Princípio da acessibilidade Ajustar o conteúdo e os métodos às características individuais do formando 5. Princípio da sistematização Aquisição de conhecimentos, aptidões e hábitos numa determinada sequência lógica baseada nos atributos específicos dos objectos e fenómenos 6. Princípio da sustentabilidade Profundidade e sustentabilidade dos conhecimentos, aptidões e hábitos recém-adquiridos e capacidade para os aplicar após a formação É adoptada a seguinte evolução: - do fácil para o difícil - do conhecido para o desconhecido - do simples para o complicado - do próximo para o remoto - preparação meticulosa da documentação de formação em cada estádio lógico e curricular - ligação à aprendizagem anterior e lançamento das bases para a associação a futuros materiais de formação; - planear tempo para a repetição e o resumo do que foi ensinado - dividir o tema em unidades estruturais de significação; - reagrupar o tema, procedendo a resumos e repetições e orientando debates; - aplicação de métodos e materiais atraentes e fáceis de lembrar Princípio da abordagem personalizada Estudar e ponderar as características específicas de cada formando - aplicação de métodos de monitorização e discussão ; - manutenção de contactos positivos com os formandos; - utilizar as qualidades de cada formando 19

20 Os três pilares da formação Em geral, a formação para uma inspecção do trabalho inclui três pilares diferentes, destinados a dar uma resposta adequada às necessidades básicas dos gruposalvo (formadores, mentores, inspectores e gestores):. Formação para a competência profissional. Formação nas aptidões sociais. Formação em competências de gestão Figura: Os Três Pilares da Formação 5.5. Formas e conteúdos da formação Inspectores recém-recrutados Sempre que possível, a formação deve ser organizada como um programa interno. Baseando-se num sistema interno de inspectores-formadores, o conceito de formação de formadores é considerado como a ferramenta mais adequada, mais útil à inspecção do trabalho nos países em desenvolvimento ou em transição sujeitos a um processo de reforma, que poderão padecer igualmente de falta de recursos e sentir a necessidade de aumentar os conhecimentos gerais dos inspectores do trabalho. Este conceito pressupõe o estabelecimento de um grupo de formadores consistindo em peritos altamente qualificados de entre o pessoal da organização (no caso das Inspecções do Trabalho, de inspectores e de especialistas) que, após terem sido formados sobre a concepção de programas de formação e no ensino de adultos, podem prestar formação a outros inspectores. Pelo recurso a este modelo, a inspecção do trabalho realiza uma redução radical das despesas de formação. 20

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